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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PATRICIA RAMOS NEVES CARNEIRO
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA-MODELO DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO-QVT PARA A EMPRESA WESTHOUSE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
Biguaçu
2007
1
PATRICIA RAMOS NEVES CARNEIRO
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA-MODELO DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO-QVT PARA A EMPRESA WESTHOUSE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Tadeu Nobre Formiga
Biguaçu
2007
2
PATRICIA RAMOS NEVES CARNEIRO
(caixa alta, fonte 12, sem negrito,
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA-MODELO DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO-QVT PARA A EMPRESA WESTHOUSE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do
título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Área de Concentração:
Recursos Humanos
Biguaçu, 19 de junho de 2007.
Prof. M.Sc.Tadeu Nobre Formiga UNIVALI - CE de Biguaçu
Orientador
Profª. Dra. Simone Dias UNIVALI - CE de Biguaçu
Prof. M.Sc. Sandro César Sell UNIVALI - CE de Biguaçu
3
Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a Deus, o
grande arquiteto do Universo que está presente em todos os
momentos da minha vida, a minha mãe pelo seu exemplo de
força e determinação, a meu esposo José Henrique, minha
filha Luiza, meu cachorro Boly pela paciência e compreensão
nos dias que estive ausente.
4
AGRADECIMENTOS
À Universidade do Vale do Itajaí. Ao orientador Prof. Tadeu Nobre Formiga, pela sua dedicação, humildade
e apropriação de conhecimentos na área de recursos humanos que muito contribuíram para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.
Ao orientador do curso de Administração Prof. João Carlos Domingues
Carneiro pelo apoio nos momentos difíceis e dedicação na elaboração das matrículas a cada semestre.
Ao professor Juarez Domingues Carneiro pela oportunidade e incentivo
permanente. As professoras, Simone Dias e Abertina Bonin pela dedicação e apoio. A secretária Tânia Regina Gonçalves Campos pela sua disposição em
solucionar problemas.
Aos colegas de turma que estão concluindo este curso, pela amizade e companheirismo demonstrados durante o Curso.
A todos os professores que tive oportunidade de conviver, um muito
obrigado pela disseminação de conhecimento que muito contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional.
A minha amiga Paula Maria Cherem pela sua generosidade a atenção na
revisão deste trabalho. À direção da Empresa Westhouse pelo incentivo permanente na
qualificação pessoal, autonomia na realização das atividades e aos colaboradores, pelo apoio e paciência.
5
“ Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muito para ser insignificante”.
Charles Chaplin
6
RESUMO
(fonte 12, caixa alta, negrito, l)
CARNEIRO, Patrícia Ramos Neves. Implantação de programa-modelo de qualidade de vida no trabalho - QVT para a empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. 2007. 163 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2007. O programa de QVT - Qualidade de Vida no Trabalho é um método de aplicabilidade de procedimentos que visa atingir as pessoas que estão inseridas no ambiente de trabalho com o objetivo de proporcionar melhores condições de vida, disponibilizando recursos que possam atender as necessidades físicas, psicológicas e emocionais. Este trabalho analisou as condições anteriores insatisfatórias, relativas à Q.V.T., oferecidas nos canteiros de obras aos trabalhadores da empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. O programa implementado proporcionou melhorias, atendendo as necessidades humanas e organizacionais, resultando em segurança, conhecimento e satisfação aos colaboradores. O objetivo deste trabalho de conclusão de estágio foi adequar a organização aos padrões legais e humanísticos relativos à Q.V.T., a fim de posicioná-la no mercado competitivo e satisfazer sua missão. O procedimento metodológico adotado foi à pesquisa bibliográfica, documental e a entrevista, como também a aplicabilidade dos processos de recursos humanos. Os resultados obtidos na implantação do programa-modelo de QVT apresentaram mudança no comportamento humano e organizacional, garantindo sua sustentabilidade. A integração e colaboração dos funcionários, o apoio da direção, foram fatores determinantes para o sucesso deste programa. Palavras–chave: Q.V.T., recursos humanos, segurança, saúde, aspectos físicos e aspectos psicológicos.
7
ABSTRACT
CARNEIRO, Patrícia Ramos Neves. Implementation of a model programme for Quality of Life at Work-QVT, at the Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltd. 2007. 163 f. Training period conclusion work (Business Degree) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2007. The Quality of Life at Work Programme (QVT – from the Portuguese acronym), is a method directed at people inserted in a work environment, of which the objective is to allow for better life conditions, providing resources as to fulfill their physical, psychological and emotional needs. This work has analised conditions related to Q.V.T. at construction sites of the Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. – which were previously unsatisfactory. The programme has enabled improvements, providing for human and organizational necessities, resulting in safetyness, knowledge and satisfaction for the staff. The objective of this training period concluding work was to adjust the organizations legal and humanistic standards related to Q.V.T., with the intention of better positioning it at a competitive market and satisfying its mission. The adopted methodology consisted of bibliographical and documental research, interviews, as well as human resources applicability processes. Results obtained with the implementation of the Q.V.T. model, showed evidence of changes in human and organizational behavior, guaranteeing its sustainability. Integration and collaboration of the staff and the directors’ support were determinant factors in the programme’s success. Key-words: Q.V.T., human resources, safetyness, health, physical and psychological aspects.
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Indices da Indústria da Construção Civil........................................ 25
Tabela 2 – Índices do Macrossetor da Construção – Efeitos Totais................ 25
Tabela 3 – Dados da Inspeção em segurança e Saúde no Trabalho –Brasil
(2005)...............................................................................................
37
Tabela 4 – Quantidade acidentes do trabalho registrados, por motivo,
segundo os subgrupos da Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO) -2005.....................................................................................
37
Tabela 5 – Estatísticas de acidentes de trabalho, em Santa Catarina, 2003 a
2005.................................................................................................
38
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Organograma da Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda... 87
Quadro 1 – Mitos e Verdades da Qualidade...................................................... 23
Quadro 2 – Benefícios da Qualidade.................................................................. 24
Quadro 3 – Tipos, conseqüências, condições físicas e técnicas envolvendo o
acidente de trabalho...........................................................................................
33
Quadro 4 – Teoria das hierarquias das necessidades de A.Maslow.................. 44
Quadro 5 – Teoria das necessidades de Herzberg............................................ 46
Quadro 6 –.Evolução do Conceito de Q.V.T...................................................... 53
Quadro 7 – Fatores motivacionais de distintos critérios..................................... 56
Quadro 8 – Descrição da Sistemática – Logísitica e Aspectos Materiais........... 61
Quadro 9 – Descrição da Sistemática–Aspectos Administrativos e Gerenciais. 68
Quadro 10 – Descrição da Sistemática – Aspectos de Recursos Humanos...... 75
Quadro 11 –Descrição da Sistemática – Segurança, Saúde e Higiene no
Trabalho........................................................................................
82
Quadro 12 – Influência da Q.V.T. na satisfação e produtividade....................... 89
Quadro 13 – Perigos na construção civil............................................................ 90
Quadro 14 – Perigos e uso adequado do E.P.I.................................................. 91
Quadro 15 – Importância do canteiro de obras limpo e organizado................... 92
Quadro 16 – Fatores importantes na área de convivência................................. 93
Quadro 17 – Sugestões para melhoria no canteiro de obras............................. 94
Quadro 18 – Condições de segurança no trabalho............................................ 95
Quadro 19 – Treinamentos e palestras.............................................................. 96
Quadro 20 – Contribuição do programa de Q.V.T. na vida pessoal................... 97
Quadro 21 – Contribuições dos funcionários no programa de Q.V.T................. 98
10
G.LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CA - Certificado de Aprovação
CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção
CBO – Classificação Brasileira de Ocupações
CEF – Caixa Econômica Federal
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
CTE – Centro de Tecnologia de Edificações
DORT – Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FNQ – Fundação Nacional da Qualidade
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
ISO - International Standards Organization ou Organização Internacional de
Padronização
LER – Lesões por Esforços Repetitivos
MTPS – Ministérios do Trabalho e da Previdência Social
NR – Norma Regulamentadora
OIT – Organização Internacional do Trabalho
11
PBQP-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat
PCMSO – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PNVT – Programa Nacional de Valorização do Trabalhador
QVT – Qualidade de Vida no Trabalho
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais
RH – Recursos Humanos
VAB – Valor Acrescentado Bruto
12
SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................VI ABSTRACT...........................................................................................................VII LISTA DE TABELAS...........................................................................................VIII LISTA DE ILUSTRAÇÕES.....................................................................................IX LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................X
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................13 1.1 OBJETIVOS............................................................................ .....................14 1.1.1 Objetivo geral..............................................................................................14 1.1.2 Objetivos específicos.................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................17 2.1 RECURSOS HUMANOS- GESTÃO DE PESSOAS.....................................17 2.1.1 Conceito.......................................................................................................17 2.1.2 Contexto de Gestão de Pessoas................................................................18 2.2 QUALIDADE.................................................................................................21 2.2.1 Construção Civil.........................................................................................24 2.2.2 Qualidade no Setor da Construção Civil..................................................26 2.2.3 Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat-PBQP..27 2.3 DIMENSÃO ORGANIZACIONAL.................................................................28 2.3.1 Aspectos Físicos........................................................................................29 2.3.2 Ergonomia...................................................................................................29 2.3.3 Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho................................................30 2.3.4 Produtividade..............................................................................................38 2.4 DIMENSÃO HUMANA..................................................................................39 2.4.1 Aspectos Psicológicos...............................................................................40 2.4.2 Motivação.....................................................................................................41 2.4.3 Qualidade de Vida no Trabalho - QVT.......................................................48 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO.........................................................58 4 DESCRIÇÃO, ANÁLISE E PROPOSTAS PARA SISTEMÁTICA..............60 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO...............................................................85 4.2 AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS IMPLEMENTADAS...............................87 4.2.1 Visão da Empresa......................................................................................87 4.2.2 Visão dos Colaboradores..........................................................................88
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................99 REFERÊNCIAS....................................................................................................102 APÊNDICES.........................................................................................................107
ANEXOS...............................................................................................................146
13
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a qualidade de vida dos
funcionários encontrada nos canteiros de obras da empresa Westhouse
Empreendimentos Imobiliários Ltda, apresentar as implementações realizadas e
propor sugestões para futuros trabalhos, a fim de garantir condições que visam
agregar valores à empresa, seus clientes internos e externos.
Para França (2001, p.236), a QVT representa hoje um dos mais
importantes desafios nas organizações. Destaca-se pelas dificuldades em
aproximar a competitividade com novos padrões de conhecimento, qualificações
profissionais e novas formar de viver.
Cabe destacar que para reafirmar um posicionamento do mercado, as
empresas devem investir num ambiente de trabalho saudável para atingir uma
melhor produtividade (BONCIANI, 2002, p. 535).
O tema escolhido está diretamente ligado à área de recursos humanos,
porém, cabe ressaltar que o RH (Recursos Humanos) de uma empresa era visto
como o departamento que cuidava somente de processos administrativos. Na
última década ele tomou uma nova performance, ocupando o lugar de “parceiro
de negócios”. Tal fato não eliminou a quantidade burocrática que o RH administra
em relação aos dados de pessoal (LAWLER, 2006, p.72).
O relevante crescimento da importância do capital humano nas
organizações ressalta que o bom gerenciamento na habilidade humana resulta
em sucesso e eficiência para as organizações (LAWLER, 2006, p.73).
A entidade que avalia o desempenho das organizações rumo a excelência
em qualidade, a FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, utiliza o critério da
força de trabalho como parte interessada.
A empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. foi fundada em
fevereiro de 2005 e atua no mercado imobiliário de Florianópolis. Atualmente, seu
quadro funcional é composto de 15 colaboradores, sendo em torno de 70%
operacional e 30% administrativo. A filosofia da empresa é manter seu quadro
funcional reduzido e proporcionar aos seus colaboradores uma remuneração
satisfatória.
14
Na finalização do empreendimento anterior, edificado pela mesma
empresa, observou-se uma queda na produtividade dos funcionários, o que gerou
atraso no cronograma de entrega do empreendimento, desperdício de material e
retrabalho, ocasionando insatisfação na gerência da empresa e no cliente final.
Propõe-se, então, implantar algumas ferramentas que possam melhorar a
qualidade de vida dos funcionários do novo empreendimento com vistas a
detectar as falhas no decorrer do processo e interagir no momento oportuno para
obter o resultado desejado.
Buscar-se-á responder a seguinte questão: a implantação de um programa
que proporcione uma melhor qualidade de vida no trabalho poderá melhorar a
satisfação dos trabalhadores em canteiros de obras da empresa Westhouse
Empreendimentos Imobiliários Ltda.?
1.1 OBJETIVOS
A seguir, relacionamos os objetivos propostos desta pesquisa.
1.1.1 Objetivo geral
Conceber e implantar um programa-modelo de Qualidade de Vida no
Trabalho - Q.V.T. nos canteiros de obras para os funcionários da empresa
Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda., na cidade de Florianópolis, no
período de agosto de 2006 a junho de 2007.
1.1.2 Objetivos específicos
• Verificar as condições atuais de QVT praticadas pela Empresa Westhouse
Empreendimentos Imobiliários Ltda;
• Incorporar procedimentos e prover informações de segurança e saúde aos
funcionários relativos ao QVT, no Manual do Canteiro de Obras;
• Implantar o modelo proposto de Q.V.T.
15
1.2 JUSTIFICATIVA
Muitas empresas do ramo imobiliário têm dificuldades de implantar um
programa de qualidade de vida no trabalho aos funcionários que desenvolvem
atividades em canteiro de obras, devido à baixa qualificação e grau de instrução
deficiente. Os funcionários que exercem tarefas operacionais na construção civil,
geralmente desenvolvem suas tarefas baseadas em horários pré-estabelecidos e
possuem uma visão muito limitada. Por se tratar de atividades que exigem muito
mais da força bruta do que intelectual, constatou-se que neste ramo existe muita
rotatividade de pessoal e desperdício de material. A sociedade deve acreditar no
potencial do ser humano e promover melhores condições de trabalho para obter
resultados desejados.
A empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. está inserida
no ramo imobiliário e tem grande preocupação em atender as necessidades do
consumidor final. É de suma importância implantar um programa de qualidade de
vida para seus funcionários, pois se espera atingir um aumento na satisfação das
atividades realizadas, maior conscientização, comprometimento nos resultados e
aumento de produtividade.
O século XXI está gerando muitas mudanças comportamentais e verifica-
se que a insatisfação permanente permeia os colaboradores inseridos na
construção civil. Desse modo, este trabalho teve o propósito de oferecer a seus
colaboradores, treinamentos que visam a conscientização dos perigos na
construção civil, palestras de higiene individual e coletiva, satisfação nos
trabalhos realizados e melhores condições físicas que proporcionem segurança e
conforto. Segundo Chiavenato (2004, p.226), “as empresas de serviços
excelentes acreditam que suas relações com os funcionários se refletem
diretamente nas relações com os consumidores”.
O surgimento deste estudo deu-se através da avaliação e análise realizada
no final do empreendimento construído anteriormente, onde a empresa constatou
uma considerável queda na produtividade dos funcionários, acarretando o não
cumprimento do cronograma físico. Atenta a este fato, o departamento
administrativo propôs implantar um programa de qualidade de vida no trabalho a
fim de atender melhor as necessidades básicas de seus funcionários,
16
promovendo a satisfação e produtividade dos mesmos e, oferecer ao cliente
interno e externo melhores condições físicas e maior segurança.
A implantação do programa de qualidade de vida no trabalho aos
funcionários, foi acompanhada, fiscalizada e analisada semanalmente. As
informações necessárias foram disponibilizadas para a acadêmica,
proporcionando uma ampliação nos conhecimentos administrativos e
comportamentais.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para atender as necessidades humanas e organizacionais, as empresas
estão implantando o programa QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) e obtendo
muito sucesso diante das tendências comprovadas através de estudos realizados.
Na maioria das vezes, os empregados passam grande parte de seu tempo nas
organizações e anseiam um ambiente sadio para resultar em bom desempenho
produtivo e satisfação pessoal.
A organização deve preocupar-se permanentemente com o
desenvolvimento do empregado, respeitando sua integridade física, psicológica,
social e valorizando seus resultados. A segurança e o respeito pela
individualidade são fatores determinantes para promover um ambiente agradável
de trabalho (DUTRA, 2006, p.29).
Embora seja difícil a separação entre os aspectos organizacionais e
pessoais, optou-se neste capítulo, após apresentar os conceitos de gestão de
pessoas e noções de qualidade com especificidades para a construção civil,
assumir o risco e dividir esta fundamentação teórica na dimensão organizacional,
englobando aspectos físicos, ergonomia, higiene, segurança e saúde no trabalho
e produtividade; e na dimensão humana, enfatizando os aspectos psicológicos, a
motivação e por fim a QVT.
Para tal, foi necessário realizar uma revisão teórica dos principais
conceitos e abordagens de autores a respeito do tema QVT, onde são abordados
os seguintes tópicos: primeiramente, os conceitos de Qualidade, pela sua
relevante importância que visa promover a primazia dos serviços e o
contentamento ao ser humano, posteriormente, os aspectos físicos, a higiene, a
segurança e saúde no trabalho, a produtividade, os aspectos psicológicos, a
motivação e QVT.
2.1 RECURSOS HUMANOS – GESTÃO DE PESSOAS
2.1.1 Conceito
18
Para conceituar Gestão de Pessoas é necessário apropriar-se de vários
aspectos, tais como: cultura da organização, a estrutura organizacional,
características do contexto ambiental, ramo de atividade, tecnologia aplicada, os
processos internos aplicados. É considerada uma área que se prevalece pela
sensibilidade dos hábitos da organização (CHIAVENATO, 2004, P.6).
Administração de recursos humanos pode ser definida por várias decisões
integradas que constituem as relações de trabalho. A qualidade dessas relações
influenciam na capacidade da organização em atingir seus objetivos (MILKOVICH
E BOUDREAU, 2000, p.19).
Ulrich (2000, p.9) evidencia as mudanças conceituais de RH nas últimas
décadas. No início da década de 80, destacava-se em quatro categorias:
recrutamento/seleção, desenvolvimento, avaliação e recompensas, ampliando-se
no início de 90, abrangendo o desenvolvimento organizacional e a comunicação.
Nos últimos anos foram organizadas em 19 categorias, embora abrangentes,
continuam enfatizando as atividades. Os profissionais de RH são responsáveis
pelo desempenho da empresa e as capacidades que definem os resultados.
Para Vergara (2000, p.9) o tema gestão de pessoas é de suma
importância. Considera o local de trabalho e o tempo muito próximo, pois é no
interior das organizações que as pessoas passam grande parte do tempo de suas
vidas. As pessoas é que definem o propósito das organizações através de
esforços. Afirma que as organizações são construções sociais.
2.2.2 Contexto da Gestão de Pessoas
Pessoas e organizações formam o contexto de gestão de pessoas,
cabendo evidenciar que grande parte do tempo, as pessoas encontram-se dentro
das organizações (CHIAVENATO, 2004, p.4).
As organizações realizam suas atividades por meio das pessoas e as
mesmas podem ser chamadas de várias maneiras, dependo do grau de
importância para as organizações. Quando denominadas de funcionários,
empregados, pessoal, trabalhadores e operários, ressalta-se o pouco valor dado
aos mesmos; em segunda escala podem ser chamadas de recursos humanos,
colaboradores e associados, destacam-se pelo respeito e grau de importância
dada ao colaborador e finalmente, quando consideradas de grande importância e
19
valor, são denominadas de talentos humanos, capital humano e capital intelectual
(CHIAVENATO, 2004, p.5).
Os especialistas em RH são os responsáveis pela eficácia da utilização
dos recursos humanos. Cabe a eles, promover treinamentos, avaliar o
desempenho, despertar a criatividade e satisfação dos colaboradores
(MILKOVICH E BORDREAU, 2000, p.26).
Anteriormente, o setor de recursos humanos de uma organização
evidenciava conflitos entre as pessoas e as organizações. Os valores eram
inversamente aplicados, destacando o lucro, a produtividade, a redução de
custos, como objetivos da organização e; a segurança no trabalho, melhor
remuneração, benefícios e desenvolvimento pessoal, ao idealismo das pessoas,
enquanto que atualmente, o relacionamento entre pessoas e organizações
demanda uma maior participação dos envolvidos para promover um encontro de
interesses e esforços (CHIAVENATO, 2004, p.5).
Desse modo, cabe evidenciar que o RH atua com importante relevância
nas organizações, buscando sempre alcançar a excelência, através do
aprendizado, buscando a qualidade, a integração do trabalho e a reengenharia
(ULRICH, 2000, p.35).
Para alcançar os objetivos e realizar a missão de uma organização, as
pessoas são componentes imprescindíveis, enquanto que; para as pessoas, as
organizações estabelecem meios de realização pessoal (CHIAVENATO, 2004,
p.5).
Segundo ULRICH (2000, p.36), o RH pode atuar na organização, buscando
seguir alguns caminhos para atingir a excelência nos resultados, sendo eles:
• Promover parceria com os gerentes seniors e de produção, executando a
estratégia de forma a levar o planejamento interno para o mercado;
• Tornar-se um especialista na execução dos trabalhos e na própria
organização, promovendo a capacitação com o objetivo de reduzir os
custos e manter a qualidade;
• Formar parcerias com os gerentes e demais funcionários, de modo a
proporcionar maior segurança, envolvendo-os na colaboração contínua,
resultando em maior comprometimento com a organização e melhores
resultados;
20
• Promover mudanças contínuas nos processos e na cultura da organização.
Chiavenato (2004, p.11) afirma que os objetivos da Gestão de Pessoas são
variados e contribuem na organização da seguinte forma:
• Ajudam a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão;
• Proporcionam competitividade à organização;
• Proporcionam à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas;
• Aumentam a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho;
• Desenvolvem qualidade de vida no trabalho;
• Administram e impulsionam a mudança;
• Mantém políticas éticas e comprometimento social, tanto da empresa como
também das pessoas que nela trabalham.
Para Tonelli, Lacombe e Caldas (2002, p.61) o papel e as práticas de RH
originam-se da difusão e do crescimento do humanístico nas organizações,
surgindo devido a fatores relevantes no final do século XIX e início do século XX,
são eles:
• Forte desenvolvimento econômico e tecnológico: intensificação na
qualidade do trabalho e qualificação dos trabalhadores;
• Experiências e doutrinas humanistas do fim do século XIX até 1930:
responsáveis pelo surgimento e difusão de valores humanistas ao trabalho;
• Acirramento das relações de trabalho e reformismo que surge para
apaziguá-las: a introdução do humanismo deve-se as condições sociais e
históricas.
• Grande evolução das ciências comportamentais: a valorização dos seres
humanos e as relações sociais surgem nas décadas de 1920 e 1930 que
buscam a compreensão das necessidades materiais, sociais e psicológicas
das pessoas.
Segundo Milkovich e Boudreau (2000, p.35), a administração de recursos
humanos é um tema essencial. Envolve pessoas no trabalho que integram a
21
organização. As pessoas são responsáveis pelas decisões, objetivos,
planejamento e comercialização dos serviços e produtos. A forma como
administradas é que faz a diferença.
2.2 QUALIDADE
A qualidade é um conceito com vários sentidos. A descrição de qualidade
não pode ser descrita de forma clara e objetiva, de modo que vários fatores são
levados em consideração. A percepção de qualidade depende de várias situações
para serem julgadas como superiores ou inferiores (MOLLER, 1997, p.13).
Para Barros (1999, p. 68), “quem faz a qualidade são as pessoas que as
produzem, e não os equipamentos ou os departamentos de controle da
qualidade”.
Proporcionar a qualidade de vida no trabalho e a qualidade dos serviços
necessita de um envolvimento de todos; as pessoas devem trabalhar da melhor
forma com os melhores meios, para dar continuidade e conclusão aos trabalhos.
Em se tratando de qualidade nos serviços prestados é necessário estar
atento às falhas ocorridas para que se possa promover a correção, alcançar
respeito e se tornar competitivo, eficiência no relacionamento e crescimento dos
serviços prestados.
Moller (1997, p.17) destaca que “a qualidade pessoal é a base de todas as
outras qualidades”.
O mesmo autor, comenta que o desenvolvimento de qualidade numa
organização,’ deve iniciar pela análise do comportamento do indivíduo e suas
atitudes em relação à qualidade.
Para satisfazer as exigências humanas e organizacionais, destacam-se
alguns melhoramentos na área de qualidade pessoal, departamental, produtos,
serviços e da empresa (MOLLER. 1997, p.13).
Segundo Chang e outros (1994, p.170), a palavra qualidade apresenta-se
sob cinco pilares:
• Foco no cliente: dentro da organização, fornecemos um ou outro produto/serviço e informações. Essa troca nos aproxima como clientes internos e fornecedores. Podemos satisfazer melhor as necessidades de nossos clientes finais externos,
22
quando trabalhamos para atender as demandas de nosso cliente interno;
• Envolvimento total: a qualidade não é responsabilidade da gerência ou do controle. Todos na organização devem estar envolvidos no processo de alcançar a qualidade;
• Avaliação: é impossível aperfeiçoar aquilo que não é válido. Não podemos alcançar as metas da qualidade, sem estabelecermos para elas uma linha de referência e um gráfico do desenvolvimento. A decisão sobre o que deve ser avaliado, deve ser influenciada pelas demandas dos clientes;
• Apoio constante: todos os sistemas da organização, tais como planejamento, finanças, programação e gestão do desempenho precisam apoiar o esforço pela qualidade;
• Melhoria contínua: amanhã precisamos fazer tudo melhor do que ontem e consequentemente procurar corrigir problemas, prever problemas e apresentar melhorias.
A partir da afirmação de Chang e outros(1994, p. 170) acima, pode-se
concluir que para o fortalecimento da organização é necessária a busca
permanente da eficácia dos trabalhos através das manifestações dos clientes
externos, atender da melhor forma as demandas internas, apoiar
permanentemente o grupo envolvido e buscar a melhoria contínua.
Barros (1999, p.75) também afirma: um país que pretenda conquistar
posição de destaque no mercado internacional, garantindo altos níveis de
qualidade de seus produtos e serviços, precisa adotar pelo menos duas ações
imediatas:
A primeira cabe ao governo, que deve definir clara e objetivamente os caminhos e as grandes linhas estratégicas a serem adotadas, no sentido de orientar as organizações e seus consumidores num esforço único e integrado. A segunda ação, cabe às próprias organizações, começando pela vontade política de seus dirigentes em promover a qualidade e incentivar a produtividade (BARROS, 1999, p. 75).
Esta afirmação sustenta a responsabilidade do governo em promover um
suporte voltado diretamente à orientação das organizações para garantir a sua
permanência, promover informações adequadas e reduzir os índices de
insucessos nas organizações, enquanto que na direção das organizações, cabe a
responsabilidade de garantir a qualidade e produtividade.
23
De acordo com Lovelock e Wright (2003, p. 22), “qualidade é o grau em
que um serviço satisfaz os clientes ao atender as necessidades, desejos e
expectativas”.
Para Campos (1993), a implantação de um programa de qualidade é um
processo de aprendizado e suas regras não devem ser muito rígidas e estar
adaptadas às necessidades e costumes da organização. Um programa da
qualidade deve ser visto como o aperfeiçoamento do gerenciamento já existente.
Na mesma linha dos autores supra citados, Barros (1999) conceitua mitos
e verdades a respeito da qualidade, conforme o Quadro 1 abaixo.
MITOS VERDADES Qualidade de serviços é diferente da qualidade de produtos
Qualidade é uma coisa só, tanto para produtos, quanto para serviços. O que importa é que se está em conformidade, atendendo às expectativas do cliente.
Quem tem certificado ISO 9000 tem qualidade.
Como toda norma, a ISO mostra apenas caminhos. A qualidade é resultante do compromisso em colocá-la em prática.
Os resultados de um programa de qualidade aparecem a curto prazo.
Resultados a curto prazo deve ser uma expressão banida do vocabulário da qualidade. Resultados sólidos e duradouros só ocorrem no médio e longo prazo. É preciso ter paciência.
O gerente do estabelecimento é responsável pela qualidade.
A responsabilidade pela qualidade é de todos. A gerência tem o dever de dar exemplo de qualidade, para que possa cobrar os resultados. Ela não é “dona” da qualidade.
O final de um programa de qualidade é quando se atinge a excelência.
Excelência não se atinge. Excelência se persegue. Por esta razão, um programa de qualidade não tem fim. Será sempre um alvo (em movimento) que pretendemos atingir.
Quadro 1: Mitos e Verdades da Qualidade. Fonte: Adaptado de Barros (1999).
Para se manter no mercado competitivo, as organizações devem estar
atentas aos mitos e verdades, adaptando o programa dentro da sua realidade
para que o processo não seja exaustivo e fracassado, pois o envolvimento das
pessoas é fundamental para o bom desempenho.
Adair (1995, p. 26) relata que:
A cada ano, há novos estágios na evolução da qualidade, a gerência apresenta uma atitude cada vez mais preventiva e menos defensiva no processo de melhoria da qualidade. Em vez de tentar eliminar ou tentar reduzir o nível de erros ou as falhas em si, hoje a orientação está muito mais relacionada à identificação das causas dos problemas e busca de soluções possíveis.
24
Apresentam-se, no Quadro 2, os benefícios da qualidade total para a
empresa, funcionários e clientes.
QUALIDADE TOTAL BENEFÍCIO
Empresa Produzir melhor, a custo menor; lealdade dos clientes; lucratividade, reputação e imagem.
Funcionários Maior satisfação no trabalho; bem estar na relação com colegas; menor giro de pessoas e maiores chances de promoção.
Clientes Melhores produtos e serviços; preços mais baixos e maior confiança na empresa.
Quadro 2: Benefícios da qualidade. Fonte: Adaptado de Adair (1995, p. 52).
2.2.1 Construção Civil
Para Costa (2002, p. 22) a construção civil envolve atividades complexas
onde os processos produtivos e de trabalho sustentam um alto grau de
originalidade, vinculada a diversos tipos de demanda.
Conforme dados publicados no site Wikipédia, a construção civil está
classificada no setor secundário, ou seja, setor da economia que transforma
produtos naturais em produtos, bens de consumo ou em máquinas, produzidos
pelo setor primário. Nas sociedades desenvolvidas, este setor apresenta grandes
índices e destaca-se na indústria e na construção civil como grandes utilizadores
do fator capital.
Segundo a RAIS (2000), o setor edificações, segmento da construção civil,
representa 80% dos trabalhadores do ramo e se destaca pelo maior índice de
geração de emprego e de relevância social (GONÇALVES, 2006, p. 565).
De acordo com pesquisas divulgadas pela Câmara Brasileira da Indústria
da Construção - CBIC, o setor da construção civil apresenta relevante importância
no mercado nacional, conforme Tabela 1 e 2:
25
Tabela 1 – Índices da Indústria da Construção Civil Abordagem Dados
P.I.B.
• Em 2005, o PIB do setor foi de R$ 126,2 bilhões* • O setor cresceu 1,3% e participou com 7,3% do PIB Nacional • Nos relatórios de 2006,a previsão do IPEA é de que a
construção apresente crescimento em torno de 6%. •
Crescimento
e Empregabilidade
• Entre 1991-2004 a construção civil cresceu a uma taxa média de 0,9% ao ano;
• Em 2003, o setor ocupou diretamente 3.771.400 trabalhadores em todo país (5,6% da População Ocupada Total).
Produtividade
• Em 2004, a produtividade do setor (valor adicionado/pessoal ocupado) foi de R$ 28.266, contra R$ 22.418 da economia brasileira.
Setor Formal
• O segmento formal contribuiu com 37% do VAB (valor acrescentado bruto) do setor, mas paga carga tributária de 45,69%;
• Existem 118.993 empresas de Construção Civil no país, responsáveis pela ocupação formal de 1.462.589 trabalhadores;
• Quase 94% é micro e pequenas empresas, empregando até 29 trabalhadores;
• Cerca de 73% destas empresas estão nos segmentos de edificações e obras de engenharia civil;
• As transações formais do setor são equivalentes a R$ 37,141 bilhões (2,5% do VAB brasileiro).
Setor Informal
• Cerca de 63% do valor adicionado pela construção civil na economia está no setor informal, que paga carga tributária de 15,6%;
• A informalidade da mão-de-obra na construção civil é de ordem de 61% e na atividade empresarial em torno de 63%.
Tributos • A construção civil como um todo, paga 26,64% do seu VAB (valor Acrescentado Bruto) em tributos.
(*) Calculado de acordo com a participação percentual no Valor Adicionado a Preços Básicos Totais no país, divulgada pelo IBGE. Fonte: IPEA, IBGE EFGV-Consult – “Informalidade na Construção Civil” – Conjuntura da Construção, Ano 3, n.3, setembro de 2005. Fonte: Adaptado da CBIC (2007). Tabela 2 – Indíces do Macrossetor da Construção - Efeitos Totais Abordagem Dados
P.I.B.
• Participa com 18,4% do PIB nacional (cerca de R$ 276,152 bilhões)*;
Economia nacional
• Contribui com 68,4% dos investimentos totais do país; • Participa com 14,7% do total dos salários pagos na economia • Paga carga tributária da ordem de 44,27% do seu PIB
Empregabilidade • Gera 12,142 milhões de empregos na economia**
Importação • Baixo coeficiente de importação: 10,5% dos insumos
importados; (*)Projeção 2004 (**) Estimativa 2003 Fonte: Adaptado da CBIC (2007).
26
2.2.2 Qualidade no Setor da Construção Civil
Grandes esforços estão sendo realizados em relação à introdução de
programas qualidade no setor da construção civil. Suas características próprias
apresentam dificuldades que estão sendo apontadas na utilização prática das
teorias modernas da qualidade e requer um ajuste devido à sua complexidade no
processo produtivo (Roberto de Souza apud OLIVEIRA, 2006, p.199).
A melhoria da qualidade está presente em vários segmentos ligados ä
construção civil. O sistema de gestão de qualidade tem por objetivo aumentar a
satisfação dos seus clientes internos e externos, resultando em melhor
desempenho. O processo destacou-se no ano de 2000, por um grupo de 21
construtoras do estado de Pernambuco que implantaram o Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade no Habitat - PBQP-H. (PRIORI e BARKOKÉBAS,
2007, p.72)
Para Oliveira (2006, p.199), algumas atividades da construção civil tornam-
se difíceis na aplicação de conceitos e ferramentas de qualidade, tais como:
• A construção civil tem sua peculiaridade nômade;
• Os produtos criados são únicos;
• Dificuldade na aplicação de produção em cadeia;
• Produção centralizada;
• Indústria tradicional com dificuldades de mudança;
• Baixa motivação dos colaboradores, devido à mão-de-obra com baixa
qualificação e rotativa;
• Suas atividades dependem das variações das condições atmosféricas
(temperatura, chuvas, ventos, umidade);
• Produto único;
• Descrição rigorosa e minuciosa das características dos materiais que se
tornam contraditórias e confusas;
• Responsabilidades poucos definidas;
• Grau de precisão baixo.
Corroborando com esta afirmação, Oliveira (2006, p.201) sugere a
implementação de melhorias na qualidade do setor de construção, adotando o
27
trabalho contínuo e meticuloso entre os diversos agentes do processo com
objetivo de comprometimento dos envolvidos para obter a qualidade de seus
processos, produtos parciais e qualidade do produto final .
Cabe ressaltar, que a descontinuidade das atividades produtivas é uma
característica própria da construção civil. Sendo assim, a dinâmica da produção
considera fundamental a aptidão e agilidade do trabalhador (COSTA, 2002).
Desse modo, Farah (1992 apud COSTA, 2002, p. 24) ressalta que “a
incapacidade da indústria da construção civil é vinculada ao atraso tecnológico do
setor”.
Ainda que, para Gonçalves (2006, p. 566):
A construção civil tem vivenciado um processo de reestruturação produtiva, com uma tendência à utilização de sistemas construtivos baseados na pré-fabricação de elementos antes produzidos no canteiro de obras, transformando o processo de construção em sistemas de montagem. Entretanto, tais inovações tecnológicas não excluem, necessariamente, materiais e sistemas construtivos tradicionais. Quanto ao trabalhador da construção civil, porém, não se constata nenhum investimento significativo na melhoria de sua capacitação profissional.
2.2.3 Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H
O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H)
foi criado em 1988 pelo Governo Federal e coordenado pela Secretaria Especial
de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República. Expandiu-se em 2000,
com o objetivo de atuar nas áreas de saneamento, infra-estrutura e transporte
urbano, a fim de incentivar o esforço brasileiro para melhoria da qualidade e
produtividade do setor da construção e ampliar a competitividade de bens e
serviços (OLIVEIRA, 2006, p. 203).
Oliveira (2006, p. 205) menciona que o programa contempla doze projetos,
sendo: ações de normalização, gestão de qualidade, certificação, capacitação
laboratorial, desenvolvimento de tecnologia que atingem o setor da cadeia
produtiva com destaque em construtoras, projetistas, fabricantes de materiais de
construção, órgãos públicos contratantes de projetos e obras e agentes
financeiros (CEF - Caixa Econômica Federal).
28
O Centro de Tecnologia de Edificações – CTE, realizou pesquisa no ano de
2002 com mais de 600 construtoras que implantaram os sistemas de qualidade
relativos à melhoria nos aspectos de gestão de pessoas. Apresentaram os
seguintes resultados: em relação às organizações, a alta administração e as
gerências, manifestaram um maior comprometimento com aspectos humanos e
com a gestão de pessoas que trabalham na empresa e nas obras, enquanto que
os colaboradores apresentaram maior comprometimento e motivação nas tarefas
realizadas e a significativa melhoria na comunicação interna e troca de
informações (OLIVEIRA, 2006, p. 206-208).
Após conceituar a gestão de pessoas e tecer comentários sobre a
qualidade na construção civil, conforme mencionado anteriormente, aborda-se a
seguir a dimensão organizacional, centrando-se nos aspectos voltados as
empresas.
2.3 DIMENSÃO ORGANIZACIONAL
Chiavenato (2003, p.94) destaca que “a organização do ponto de vista de
função administrativa é aquela que constitui o duplo organismo material e social
da empresa. Do ponto de vista de entidade social, constitui o conjunto de pessoas
que interagem ente si para alcançar objetivos específicos”.
De forma mais abrangente, Bernardes e Marcondes (2003, p. 14) revela
que “a organização é uma coletividade formada por pessoas”.
Para os autores, a organização tem a função de ocasionar bens, prestar
serviços à sociedade e também atender às necessidades dos colaboradores.
Deve envolver uma estrutura formada por indivíduos que se relacionam e
promovem o objetivo de transformar insumos em bens e serviços, através da
cooperação e divisão do trabalho.
Cada organização visa atingir seus objetivos no cenário atual competitivo,
enfatizando sua tomada de decisões, a coordenação de várias atividades, o meio
de conduzir as pessoas, a avaliação de desempenho, a obtenção e alocação de
recursos (CHIAVENATTO, 2003, p.13)
Cabe evidenciar, que as organizações do terceiro milênio sofrem o
processo dialético da mudança. Projetam para o futuro a experiência atual, sem
29
condições de prever as mudanças radicais que invalidam métodos e processos
hoje utilizados (BERNARDES e MARCONDES, 2003, p. 249).
2.3.1 Aspectos Físicos
Bellusci (2001, p.15) destaca a relação existente entre aspectos
ergonômicos do trabalho (exigências físicas, químicas, biológicas e
organizacionais) e a estrutura de personalidade. Revela que tal relação é
responsável pelo surgimento de insatisfação e conseqüente sofrimento mental e
síndromes psicopatológicas.
As condições físicas no trabalho apresentam conseqüências físicas ao
trabalhador. Desse modo, as exposições a temperaturas extremas podem causar
doenças e morte; a exposição a doenças infecciosas gerar enfermidade;
movimentos repetitivos causar problemas de mãos e pulsos; a exposição a ruído,
a conseqüente perda de audição e as numerosas exposições a substâncias
químicas, o câncer (SPECTOR, 2003, p. 305).
Convém destacar o ruído como um fenômeno físico que é produzido
através do movimento ondulatório em um meio elástico, podendo constituir
estímulos para o organismo humano e provocar em determinadas condições,
respostas-sensações de bem ou mal-estar, ou seja; o ruído pode ser considerado
um som ou combinação de vários sons que produzem o barulho (SALIBA, 2002,
p.15).
As condições de trabalho nos canteiros de obras influenciam diretamente a
rotatividade de mão de obra (COSTA, 2002, p. 25).
Nesse sentido, Grandi (1985 apud COSTA, 2002, p. 25) salienta que as
condições de trabalho englobam a qualidade de vida no canteiro de obras, o
fornecimento devido de equipamentos de segurança (EPI) e as ferramentas para
o processo produtivo.
2.3.2 Ergonomia
A ergonomia é um campo da ciência que estuda a relação homem e
trabalho. Visa buscar uma melhor adaptação do trabalhador no ambiente de
30
trabalho e tem como objetivo buscar a otimização do trabalho e prevenir o
desgaste prematuro do potencial profissional (GONÇALVES, 2006, p. 542).
Na mesma perspectiva, Priori e Barkokébas (2007, p.72) consideram a
ergonomia como um estudo e ciência multidisciplinar que promove a adaptação
do trabalho ao homem como o objetivo de promover a humanização e a melhoria
da produtividade.
Chiavenato ( 2003, p.76) considera ergonomia como “ a ciência que estuda
os ritmos e métodos de trabalho no intuito de melhor adaptação do homem no
processo de trabalho”.
Cabe ressaltar que o Ministério do Trabalho e da Previdência Social,
através da Portaria MTPS n.3.751, de 23 de novembro de 1990 concedeu nova
estrutura do que diz respeito à Norma Regulamentadora NR-17: Ergonomia,
devido sua importância inserida na segurança e saúde do trabalhador. Os tópicos
abordados atualmente são: levantamento, transporte e descarga individual de
materiais; mobiliário dos postos de trabalho; condições ambientais de trabalho e
organização do trabalho (GONÇALVES, 2006, p. 543).
No que se refere à Consolidação das Leis do trabalho, destacam-se alguns
fatores relacionados com a ergonomia, evidenciando que, no ramo da construção
civil, o peso máximo permitido para remoção individual de até 60 kg pode
comprometer o empregador (GONÇALVES, 2006, p. 543).
Gonçalves (2006, p. 544) menciona que a NR-17 alerta que: a carga
máxima permitida para transportar deve ser compatível com a capacidade de
força do trabalhador, a fim de não comprometer sua saúde ou segurança.
Priori e Barkokébas (2007, p.72) destacam a ginástica laboral como
método de contribuição para a ergonomia, promovendo redução de dores, fadiga,
estresse, acidentes e doenças ocupacionais dos trabalhadores.
No intuito de ampliar os conceitos para garantir a saúde do trabalhador,
aborda-se a seguir, os temas relativos à higiene, segurança e saúde no trabalho.
2.3.4 Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho
Higiene do trabalho é a ciência e arte de promover a antecipação,
avaliação e controle de fatores e riscos ambientais nos locais de trabalho que
possam causar danos à saúde e bem estar dos trabalhadores com a preocupação
31
dos reflexos e impactos causados ao meio ambiente e comunidades locais
(SALIBA, 2002, p.11).
As condições proporcionadas às pessoas nos ambientes de trabalho, isto
é, a higiene do trabalho é que assegura a saúde física, mental e bem estar dos
envolvidos (CHIAVENATO, 2004, p. 430).
A atividade humana de trabalho e o fenômeno saúde-doença se relacionam
e se processam em um mesmo eixo histórico. A doença no trabalho enquanto
fenômeno particular e social, ora revela, ora oculta suas origens
(ECHTERNACHT, 2004, p.85).
Em relação às condições físicas de trabalho, Robbins (1999, p.334) afirma
que este aspecto não tem impacto motivacional relevante nas pessoas, mas pode
interferir no comportamento das pessoas.
Gonçalves (2006, p. 560) destaca a construção civil como um ramo
produtivo que apresenta elevados índices de acidentes de trabalho, devido as
suas características geradoras de riscos ambientais e grande índice de mão-de-
obra desqualificada.
A Norma Regulamentadora NR 18: condições e meio ambiente de trabalho
na indústria da construção é a norma que regulamenta a segurança e saúde na
indústria da construção civil, atualizada em 1995. Atualmente abrange as
condições e meio ambiente de trabalho, na ordem administrativa, planejamento,
organização e execução de medidas preventivas de segurança nos processos
(GONÇALVES, 2006, p. 561).
Desse modo, Chiavenato (2004, p. 430) afirma que os principais itens do
programa de higiene do trabalho estão relacionados com:
1. Ambiente físico do trabalho, envolvendo:
• Iluminação: luminosidade adequada a cada tipo de atividades;
• Ventilação: remoção de gases, fumaça e odores desagradáveis, bem como o afastamento de possíveis fumantes ou a utilização de máscaras;
• Temperatura: manutenção de níveis adequados de temperatura;
• Ruídos: remoção de ruídos ou utilização de protetores auriculares.
2. Ambiente psicológico de trabalho, envolvendo:
32
• Relacionamentos humanos agradáveis; • Tipo de atividade agradável e motivadora; • Estilo de gerência democrático e participativo; • Eliminação de possíveis fontes de estresse.
3. Aplicação de princípios de ergonomia, envolvendo:
• Máquinas e equipamentos adequados às características humanas;
• Mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas; • Ferramentas que reduzam a necessidade de esforço
físico humano.
4. Saúde ocupacional. A classificação de um ambiente saudável de trabalho deve envolver
condições ambientais físicas que contribuam para o melhor desempenho dos
órgãos vitais, tais como: visão, audição, tato, olfato e paladar (CHIAVENATO,
2004, p. 430).
Chiavenato (2004, p. 431) complementa que a higiene do trabalho é
baseada nas normas e procedimentos que tem por objetivo, manter a integridade
física e mental do trabalhador, protegendo-o dos riscos de saúdes ocasionadas
pelas tarefas desenvolvidas e o ambiente físico.
Ribeiro (1974, p. 11) salienta que o Brasil teve prejuízos significativos em
relação aos acidentes do trabalho e salienta que os mesmos prejudicam o
desenvolvimento sócio-econômico do país e enfraquecem a capacidade produtiva
e debilita o trabalhador.
A revolução de 1964 fortaleceu os conceitos de segurança no trabalho e
proporcionou uma melhor condição na saúde e integridade física do trabalhador.
Em 1972, o governo do presidente Emílio G. Médici lançou o PNVT (Programa
Nacional de Valorização do Trabalhador), que incluíram medidas para evitar o
contínuo aumento de acidentes que desagregavam a economia nacional e
aumentavam os problemas da nação (RIBEIRO, 1974, p. 11).
Na construção civil, os acidentes de trabalho também são decorrentes do
processo produtivo desgastante (COSTA, 2002, p. 26).
Para Ribeiro (2006), a segurança no trabalho é um conjunto de medidas
técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para
prevenir acidentes, seja; pela eliminação de condições inseguras do ambiente,
33
pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de
táticas preventivas.
A segurança do trabalho é, ao mesmo tempo, um imperativo técnico e uma
imposição legal. Entretanto, não evoluiu como outras técnicas industriais e tem
recebido menos atenção do que a dispensada a determinado serviços, também
considerados importantes para o bem-estar dos empregados, complementa
Ribeiro (2006).
Ribeiro (2006) ainda ressalta que a segurança do trabalho é um conjunto
de recursos de ordem material e humana, ainda ignorado por muitos, mal
interpretado e nem sempre bem aceito por outros. Sem o qual não se pode
esperar que haja prevenção de acidentes. Isso significa que a prevenção de
acidentes do trabalho é conseqüência da aplicação desses recursos ou dessas
medidas de segurança.
Para caracterizar e ilustrar didaticamente o acidente do trabalho, Ribeiro
descreve a seguir, os tipos, conseqüências, condições físicas e técnicas
envolvendo o acidente do trabalho:
De trajeto: acidente ocorrido no trajeto residência – trabalho – residência; Por ato inseguro: acidente desencadeado por conduta errada no funcionário;
Tipos de acidente Por condição insegura: acidente ocorrido por condição imprópria do equipamento ou de materiais, no ambiente de trabalho. Deficiências físicas: surdez, visão prejudicada, lesões, daltonismo; Condições físicas: cansaço, embriaguez, sono;
O que mais
comumente provoca acidentes Condições técnicas: imperícia, falta de treinamento,
condições inadequadas do equipamento. Quadro 3: Tipos, conseqüências, condições físicas e técnicas envolvendo o acidente de trabalho. Fonte: Ribeiro (2006).
Por sua vez, Spector (2003, p. 300) afirma que as organizações têm se
preocupado demasiadamente com a prevenção de acidentes, pois os custos
gerados pelos acidentes, estão cada vez mais elevados. Enfatiza que para
prevenir acidentes é necessário entender suas causas para eliminá-las.
Munis (1993 apud COSTA 2002, p. 26) também cita alguns fatores que se
volta para ocorrência de acidentes: riscos presentes nas etapas de uma obra,
34
condições de vida inadequada (alimentação, moradia, transporte, etc.), pouca
importância dada pelas empresas em relação à higiene e segurança dos
trabalhadores.
Em outra perspectiva, as condições precárias de sobrevivência fora do
local de trabalho também influenciam nos agravos e patologias dos trabalhadores
(COSTA, 2002, p. 27).
Segundo Chiavenato (2004, p. 437), “a segurança no trabalho está
relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de riscos
ocupacionais”.
Na mesma perspectiva, Zocchio (2002 apud LAGO e GLASENAPP, 2004,
p. 3) afirmam que: “a segurança do trabalho é uma forma abrangente de
prevenção, que une dois pontos de convergências das ações e medidas
preventivas: os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais”.
Gonzalez (2005, p. 37) destaca que em relação à segurança do trabalho a
prevenção de acidentes é prioritária e deve ter uma atenção maior por parte dos
dirigentes.
De forma mais abrangente, o programa 5S, ferramenta oriunda do modelo
japonês de qualidade que tem a função principal de organizar, também contribui
de forma relevante no que diz respeito à segurança do trabalho, pois; destaca-se
por atuar na limpeza, organização, fiscalização, cobrança e conscientização da
prevenção de acidentes (GONZALES, 2005, p. 37).
De forma mais abrangente, Gonçalves (2006, p.183) destaca a importância
do uso do EPI – equipamento de proteção individual, fornecido gratuitamente aos
empregados, pelos empregadores. Visa evitar e diminuir a gravidade das lesões
nos acidentes de trabalho, mas alerta; não previne a ocorrência dos mesmos.
Gonçalves ainda afirma que o empregador tem obrigação de propiciar aos
trabalhadores um ambiente de trabalho saudável e seguro, isento de riscos
profissionais, de modo que a segurança e saúde no trabalho proporcionem aos
trabalhadores a garantia de um retorno sadio para suas residências.
Para Gonçalves (1988 apud SOUZA et al., 2003, p. 7), as doenças do
trabalho estão relacionadas diretamente às exposições inadequadas aos agentes
físicos, químicos e biológicos ambientais que provocam continuamente o
organismo.
35
Sobre este aspecto, Costa (2002, p. 32) menciona que a Revista Cipa
destaca também os problemas causados pelas Lesões por Esforços Repetitivos
(LER) que são de origem ocupacional e que geralmente atingem os membros
superiores na região escapular e pescoço. São resultantes do desgaste
tendinoso, muscular, articular e neurológico decorrente da postura inadequada e
do uso repetido de grupos musculares, provocados pela inadequação do trabalho
ao ser humano.
Bellusci (2001, p.81) complementa que a LER ou DORT (Distúrbio
Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) não é uma doença, isto é, um nome
para indicar um grupo de doenças de repercussões sociopsicológicas e
osteomusculares, comuns por serem provocadas pelas condições inadequadas
no trabalho.
Convém enfatizar que a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), termo
substituído atualmente por DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionada ao
Trabalho) surge pela falta de cuidado e negligência em relação aos cuidados com
a postura e o movimento do corpo do indivíduo. Cabe ressaltar alguns membros
que são prejudicados, tais como: tendões, ombro e pescoço, membros
superiores, músculos e articulações. A doença pode surgir em atividades
dinâmicas quando existe a repetição e falta de adequação dos movimentos como
também no uso da força elevada, danificando tendões de mãos e punhos. O
estresse e a tensão profissional, as características individuais, o tipo de
musculatura e o uso de equipamentos impróprios também contribuem para
evolução da doença (LOPEZ, 2006, p.7).
O Estado de Santa Catarina conta com o Movimento em Defesa da Saúde,
Segurança e Qualidade de Vida da Classe Trabalhadora – MOVIDA que foi
fundado em maio de 2003, em parceria com a FETIESC – Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina, associações de
LER/DORT , entidades sindicais e representantes de mandatos legislativos,
democráticos e populares . Revela seus principais objetivos: conscientizar os
trabalhadores através de cursos, palestras, seminários e eventos relacionados às
patologias do trabalho e/ ou doenças profissionais; focar na luta contra as LERs/
DORTs e as formas de violências no trabalho (como assédio moral e sexual),
pressionar os órgãos competentes na aprovação de Leis de prevenção e
mobilizar as entidades de classe.
36
No que diz respeito ao conceito de segurança no trabalho, conclui-se que é
o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas que
previnem acidentes (CHIAVENATO, 2004, p. 438).
Corroborando com esta afirmação, Zocchio (2002 apud LAGO e
GLOSENAPP, 2004, p. 3) conceitua segurança do trabalho um conjunto de
medidas e ações aplicadas para prevenir acidentes e doenças ocupacionais nas
atividades das empresas, sendo que tais medidas e ações são de caráter técnico,
educacional, médico, psicológico e motivacional, incluindo também medidas
administrativas favoráveis.
Já para Cardela (1999 apud LAGO e GLOSENAPP, 2004, p. 3), o maior
desafio à inteligência do homem é a redução de acidentes e define segurança
como uma variável de estado dos sistemas vivos dentro das organizações,
comunidade e sociedade, considerada ampla e holística.
Rangel (2001, p. 13) destaca a importância de condições de segurança nos
canteiros de obra e ressalta que os acessos temporários de madeira utilizados na
indústria da construção , tais como: escada de uso individual e coletivo, rampas e
passarelas devem seguir algumas recomendações, pois as mesmas, quando
mal elaboradoras, colocam em risco a segurança de todos.
Para Spector (2003, p. 301), uma das “principais dificuldades para a
prevenção de acidentes de trabalho é conseguir a cooperação dos funcionários
para utilizar os equipamentos de segurança adequados e adotar comportamentos
seguros”.
De acordo com Chiavenato (2004, p. 432), “a saúde ocupacional está
relacionada com a assistência médica preventiva”.
Em relação aos aspectos legais, a Lei número 24/1994 institui a
obrigatoriedade dos Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO, determina uma exigência na elaboração de um exame médico-
admissional, o periódico, o de mudança de função e o de retorno de trabalho,
quando se tratar de afastamento superior a 30 dias e demissional (CHIAVENATO,
2004, p. 432).
Gonçalves (2006, p. 207) menciona o PCMSO como um programa técnico
e preventivo realizado aos trabalhadores que visa auxiliar no campo da proteção à
saúde. Deve estar de acordo com as normas preventivas para avaliar os
incidentes sobre o indivíduo e a coletividade, privilegiar os exames clínicos-
37
epidemiológicos em relação à saúde e trabalho, ter caráter preventivo para
diagnosticar antecipadamente os agravos à saúde e a existência de doenças
profissionais ou danos reversíveis à saúde dos trabalhadores.
Em perspectiva similar, Gonçalves (2006, p. 61) revela que o art.160 da
CLT, NR-02: Inspeção Prévia, o empregador deverá realizar uma verificação
física prévia em novo estabelecimento para que seja comprovado se as condições
mínimas de segurança e medicina no trabalho estão aceitáveis. Em contrapartida,
Gonçalves (2006) destaca que não consta nenhum código ou infração pertinente
a tal inspeção que seja aplicada nas empresas, caso não cumpram tal
determinação.
Para complementar esta afirmativa, segue abaixo dados de inspeção em
segurança e saúde no trabalho e quantidade de acidentes registrados no setor da
construção civil.
Tabela 3: Dados da Inspeção em segurança e saúde no trabalho – Brasil (2005)
Ações fiscais
Trabalhadores alcançados
Situações regularizadoras
Autuações Embargos/ interdições
Acidentes Analisados
29.914
1.424.916
220.781
4.958
2.052
265
Fonte: Adaptada M.T.E., em 2006. Tabela 4: Quantidade de acidentes do trabalho registrados, por motivo, segundo os subgrupos da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) - 2005
Quantidade de acidentes do
trabalho registrados
Setor de atividade econômica Ano Total Motivo
2002 25.952 25.029 923 2003 23.559 22.686 873 2004 25.720 24.735 985 Construção
2005 33.446 32.219 1227 Fonte: Adaptada Ministério da Previdência Social (2007). Nota: Os dados são preliminares, estando sujeitos a correções.
38
Tabela 5: Estatísticas de acidentes de trabalho, em Santa Catarina, 2003 a 2005. Motivo Estado
Município
TOTAL Típico Doença do Trabalho
Ano 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2003 2004 2005
S.C. 23.387 26.576 27.964 22.660 25.327 26.309 727 1.249 1.655
Fpolis 1.384 1.529 1.586 1.214 1.348 1.414 170 181 172
Fonte: Adaptada Ministério Previdência Social (2007).
Gonçalves (2006, p. 290) tece considerações a NR-10: Segurança em
instalações e serviços em eletricidade, mencionando que esta norma foi revisada
e alterada em 2004 e ressalta a obrigatoriedade da habilitação, qualificação,
capacitação e autorização dos trabalhadores para realizar as tarefas
relacionadas com eletricidade.
As organizações estão cada vez mais preocupadas com a saúde, a
satisfação e a segurança proporcionada aos seus funcionários, relacionadas
diretamente à sua qualidade de vida, buscando uma melhor realização do ser
humano através de estímulos para melhor utilização de suas habilidades (SOUZA
e outros, 2003, p. 9).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou em 2001, o dia 28
de abril como a data oficial da segurança e saúde nos locais de trabalho.
Conclui-se que o novo conceito global e amplo de saúde é a base
fundamental para que a educação para a saúde seja destacada como prioritárias
nos programas de saúde, salientando as mudanças de comportamento e hábitos
da vida das pessoas, surgindo como instrumento capaz de valorizar o homem e
colocá-los em condições de produzir e construir um futuro de maior compreensão
humana (SOUTO, 2003, p.34).
2.3.5 Produtividade
Para alcançar a produtividade, o fator humano é peça fundamental. Em
virtude de grande preocupação com a qualidade de vida no trabalho, o
trabalhador tem papel importante no desempenho de suas atividades e a busca
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de vantagens competitivas que, consequentemente, irão agregar valores aos
serviços (SOUZA et al., 2003).
Para Robbins (1999, p. 99) a produtividade leva à satisfação. Este autor
ressalta que a organização deve recompensar a produtividade, proporcionando
aos funcionários, um maior reconhecimento verbal, aumento de salário e
promoções para obter um aumento no nível de satisfação com o trabalho.
A produtividade é muito abrangente, pois engloba todo o conjunto de
atividades de gestão, incluindo suprimentos, logística de distribuição e
organização do trabalho (PRIORI e BARKOKÉBAS, 2007, p.73).
Dando prosseguimento à fundamentação teórica, discorre-se, a seguir,
sobre a dimensão humana que enfatiza os fatores que influenciam o ser humano
na concretização dos resultados.
2.4 DIMENSÃO HUMANA
Segundo Chanlat (1996, p. 27) “o ser humano, acima da diversidade das
disciplinas que o estudam, é uno. Ele é único enquanto espécie. Ele o é
igualmente enquanto indivíduo”.
Chanlat (1996, p.27) evidencia “que todo reducionismo, quer seja de ordem
biológica, psicológica ou sociológica, não tem nenhum sentido”.
Todo conhecimento acumulado sobre o aspecto da vida humana, não é
suficiente para explicar outros aspectos (CHANLAT, 1996, p. 27).
Para Moscovici et al. (1972 apud CHANLAT, 1996, p. 27) o homem
biopsicossocial se apresenta intimamente ligado à natureza e a cultura que o
envolve e transforma.
Corroborando com esta afirmação, CHANLAT (1996, p. 28) sustenta que o
ser humano mencionado acima, à espécie humana, conseqüentemente apresenta
as características: bipedia, pensamento, linguagem, liberação das mãos etc,
considerando que cada indivíduo leva consigo, a forma da humanidade.
Para Guerin e outros (2001, p. 19) cabe evidenciar que ”a dimensão
pessoal do trabalho se expressa concretamente nas estratégias usadas pelos
operadores para realizar sua tarefa”. Assim, o sentido da relação do indivíduo
com o mundo, significa a atividade exercida e a concretização dos resultados,
fator este que irá determinar a construção da personalidade e socialização.
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2.4.1 Aspectos Psicológicos
Em relação aos aspectos psicológicos, Bergamini (1982, p. 13) “ revela que
por razões sociais e ambientais, o homem dos dias atuais vem apresentando
cada vez mais, estados conhecidos como ansiedade e angústia”. Embora esta
afirmação seja de 1982, percebe-se que um quarto de século depois, ela continua
bem atual.
A organização deve considerar as particularidades psicológicas do ser
humano, pois cada indivíduo traz consigo desejos, capacidades e esperanças.
Caso contrário pode-se gerar grupos e indivíduos insatisfeitos, muita ansiedade e
medo. Tais sentimentos resultam em sofrimento psicológico que podem gerar
conflito entre as pressões do trabalho e a história de cada indivíduo ou do grupo
(BELLUSCI, 2001, p. 15).
Para os autores Rocha e outros (2001, p. 82) “a psicodinâmica do trabalho
enfatiza a centralidade do trabalho na vida dos trabalhadores, analisando os
aspectos dessa atividade que podem favorecer a saúde ou a doença”.
Corroborando com esta afirmação, cabe ressaltar que a doença
psicossomática, é proveniente da insatisfação, medo e ansiedade do ser humano,
tem origem em desorganização psicológica e interfere diretamente no
desenvolvimento endócrino-metabólico do organismo, ocasionando desconforto
físico (BELLUSCI, 2001, p. 16).
De forma mais abrangente, cabe evidenciar as modificações relevantes
provocadas na economia, decorrentes das exigências globalizadas, resultando
em modificações organizacionais e sociais, tais como: intensificação na produção,
redução de pessoal, crescimento do desemprego e violência urbana. Estes
fatores constituem um crescimento dos casos de distúrbios psíquicos
relacionados ao trabalho (Rocha, Batista e Mendonça, 2001, p.96)
Bergamini (1982, p. 13) enfatiza: “aos poucos, os cientistas do
comportamento foram compreendendo que poderiam ajudar mais efetivamente as
pessoas à medida que facilitassem que elas mesmas se conhecessem”.
Convém enfatizar que o trabalho, no ponto de vista psicológico, é um grupo
central que desenvolve o conceito de si mesmo e produz a auto-estima. Desse
modo, quando as pessoas perdem o emprego, apresentam os seguintes
sintomas: desnorteamento, desequilibro emocional, sensação de inutibilidade e
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sentimento de falta de contribuição e consequentemente procuram a realização
em substitutos adequados ou inadequados. Conclui-se, a partir daí, que o
trabalho é um elemento substancioso na construção da pessoa que acredita e se
relaciona bem consigo mesmo. Em relação às atividades impostas ao empregado,
que não despertam finalidade e direção, geralmente coloca em risco a sanidade
mental dos mesmos (ZANELLI, 2006, p. 12).
Para Dejours (1987 apud Rocha, Batista e Mendonça, 2001, p 82), as
organizações responsáveis pelo aparecimento de distúrbios mentais, poderão ao
mesmo tempo ser responsáveis pelos desejos dos trabalhadores, resultando em
doenças mentais e físicas. Entretanto, as organizações flexíveis, proporcionam
equilíbrio e contribuem para as condições favoráveis da saúde do trabalhador.
Bellusci (2001, p. 16) destaca que na construção civil, os funcionários que
apresentam medo de altura, apresentam um distanciamento do grupo e ignoram o
risco. Salienta que neste caso, o trabalho não causa sofrimento, é o sofrimento
que produz o trabalho, gerando um desgaste alto que provoca o “envelhecimento
e incapacidade precoce para o trabalho”.
Rocha, Batista e Mendonça (2001, p. 83) consideram ideais, os ambientes
que proporcionem o desenvolvimento do individuo, com alterações das exigências
promovidas e maior controle do trabalhador sobre o processo de trabalho nos
períodos de repouso. Destaca a importância das características da personalidade
para medir os fatores de estresse no ambiente e os sintomas.
2.4.2 Motivação
A palavra motivação resulta do verbo latino move-o que significa mover,
comover, mobilizar (MINICUCCI, 1995, p.236).
Bertoni (1994, p.79) revela que:
Para Maslow, a motivação é meio para alcançarmos o sentimento interno de auto-realização, as “peak experiences”, algo que a criança experimenta quando aprende a andar sobre os dois pés; nada mais do que a soma de duas emoções básicas nos seres humanos: a alegria mais o amor; é o chamado estado de graça, o nirvana, o orgasmo, mas é também o prazer de produzir um trabalho criativo e bem feito.
42
A autora Moscovici (1997, p. 75) enfatiza que a percepção está ligada à
emoção e condicionada à motivação. Motivação é emoção.
Em linha distinta, Minicucci (1995, p. 215) afirma que a motivação é a força
que estimula um indivíduo para atingir uma meta e alcançar um objetivo.
Para Vergara (2000, p.41), motivação é um fluxo contínuo da vida, não é
um produto que deve ser finalizado. É uma força, energia que é direcionada para
algo.
Desse modo, a motivação envolve o estado interno das necessidades,
desejos e expectativas do ser humano que busca atingir um objetivo e que poderá
causar um desequilíbrio interno (MINICUCCI, 1995, p. 236).
De forma mais abrangente, Castro (2002, p. 104) sustenta que a motivação
humana resulta de dois vetores indispensáveis: o interno e o externo. O vetor
interno é que alimenta a alma do indivíduo e proporciona a satisfação plena por
sua vida, enquanto que o externo é caracterizado pelo conjunto de elementos
ambientais que causam estímulos, resultando em causas, motivos, sentidos ou
razões para serem mais felizes.
França e Zaima (2002, p. 418) destacam a importância da gestão
participativa na qualidade de vida no trabalho para obter uma equipe mais
motivada e comprometida. Na visão destes autores, o resultado garantirá o
sucesso dentro das exigências atuais globais.
O autor Robbins (1999, p. 141) sugere que as empresas planejem melhor
seu horário de trabalho, planos de compensação, benefícios, melhorem os
ambientes físicos de trabalho para atender as necessidades dos trabalhadores e
motivar a força de trabalho. O mesmo autor salienta também que alguns aspectos
são relevantes na motivação, tais como: reconhecer as diferenças individuais e
dar tratamento diferenciado, propor metas aos funcionários e dar feedback sobre
o seu progresso, permissão aos funcionários na participação de decisões que
envolvem metas, benefícios, produtividade e qualidade, vinculando recompensas
ao desempenho, experiências, habilidades, capacidades e esforço individual.
Um dos aspectos mais importantes no contexto de qualidade de vida no
trabalho é sem dúvida a motivação dos colaboradores. Sendo assim, torna-se
necessário entender o processo motivacional e sua relevância para o atingir os
objetivos da organização e satisfação dos envolvidos.
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Segundo Knapik (2006), as organizações são compostas de pessoas, que
representam o coração da empresa, bombeando informações e ações para sua
sobrevivência. Para que a relação homem-empresa seja agradável e eficaz,
devemos buscar harmonia e equilíbrio de interesses. Um relacionamento
harmonioso não evita as discordâncias e os conflitos, mas desencadeia
maturidade emocional para superar as dificuldades e fazer das divergências uma
oportunidade de estreitar as relações, aumentando a capacidade de resolução de
problemas.
Knapik (2006) salienta ainda que o homem é um ser social, que vive e
depende de organizações e grupos, e essa relação está sujeita a uma infinidade
de variáveis que modelam o comportamento humano. Essas variáveis podem ser:
• Externas: provenientes do ambiente como a família, escola, a profissão, a
religião, a política, a cultura, etc.;
• Internas: decorrentes das diferenças individuais, que são as características
de personalidade, desejos, valores, motivações, interesses, etc.
De acordo com Knapik (2006), motivar quer dizer “mover para a ação”,
mobilizar energia e esforços na busca de realização de determinadas metas.
Motivação, portanto, é o que move uma pessoa para uma determinada direção.
Em um mundo globalizado e competitivo, a preocupação com a motivação tem
um aspecto estratégico; significa incentivar as pessoas para a ação, para a
realização e a conquista de objetivos, de modo a evitar a acomodação e a
estagnação da criatividade e da inventividade.
A motivação não é motivo de estudo recente. Estudos realizados por
Maslow (1943 apud KNAPIK, 2006, p.98), revelaram que o indivíduo deseja
permanentemente, e o seu comportamento é explicado em termos de
necessidades que experimenta e que servem como estímulos para a ação. As
necessidades são, assim, fontes de motivação. O comportamento motivado é a
ação gerada por uma tensão agradável ou desagradável, cujo objetivo é
satisfazer uma necessidade. Somente as necessidades não satisfeitas são fontes
de motivação. Segundo Maslow (1943 apud KNAPIK, 2006), as necessidades
humanas são organizadas em um sistema de hierarquia, começando com as que
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geram os comportamentos mais primitivos e terminando com as que produzem
comportamentos mais elaborados e amadurecidos.
As necessidades indicadas por Maslow (1943 apud KNAPIK, 2006) são
representadas em uma pirâmide de importância com influência no comportamento
do homem. Na base da pirâmide encontram-se as necessidades primárias e, na
parte superior, as necessidades secundárias, que são mais elaboradas e
intelectualizadas. Essas necessidades descritas por Maslow, segundo Knapik
(2006, p. 99), são:
Fatores Conceitos Aplicabilidade
Necessidades Fisiológicas
Conhecidas também como de sobrevivência, nível básico da hierarquia e abrangem necessidades como: vestuário, abrigo (contra frio ou calor),alimento, desejo sexual (perpetuação da espécie), sono, etc. São necessidades biológicas e buscam satisfação cíclica com o intuito de sobrevivência, fazendo parte do indivíduo desde o nascimento.
No trabalho, esse primeiro nível da hierarquia pode estar vinculado ao recebimento do salário, que permite a satisfação das necessidades fisiológicas.
Necessidades de
Segurança
Constituem o segundo nível da hierarquia e referem-se a uma série de comportamentos que levam a pessoa a proteger-se dos perigos reais ou imaginários, a buscar a estabilidade e segurança. Surgem quando as necessidades fisiológicas estão parcialmente satisfeitas e também estão ligadas a sobrevivência, sendo consideradas, ao mesmo tempo, primárias e secundárias.
No trabalho, tais necessidades refletem-se na preocupação com benefícios, como plano de saúde, seguro de vida, plano de previdência privada, indenizações, segurança no trabalho, além da preocupação relativa à solidez da empresa e à permanência na instituição.
Necessidades Sociais
Surgem quando as necessidades segurança e as fisiológicas são relativamente satisfeitas. Trata-se do terceiro nível, que está relacionado com o desejo de ser membro de grupos, de afiliação, aceitação, traduzindo-se em um sentimento de pertencer, fazer parte, ter afeto e amor. Quando as necessidades sociais não são satisfeitas, o indivíduo pode apresentar hostilidade com aqueles que estão próximos, problemas de relacionamento e solidão. Quando satisfeita, a pessoas torna-se menos preocupada consigo mesma e mais conscienciosa dos outros.
No trabalho, estão ligadas ao interesse pelos colegas, à integração com os outros e aos sentimentos de trabalho em equipe.
45
continuação
Necessidades de
auto-estima
A satisfação dessas necessidades proporciona sentimentos de auto-confiança, valor, poder, capacidade e utilidade. Uma vez que a aceitação tenha sido conquistada, o indivíduo procura status especial no grupo; quer ser apreciado, admirado e reconhecido social e profissionalmente. A frustração dessas necessidades pode desencadear sentimentos de inferioridade, fraqueza e dependência.
No âmbito do trabalho, as necessidades de auto-estima manifestam-se no desejo de o individuo demonstrar suas competências profissionais, de desenvolver-se e de ascender na carreira, bem como no empenho para realizar bem um trabalho em troca de reconhecimento.
Necessidades de
auto-realização
São as necessidades mais elaboradas e encontram-se no topo da pirâmide. Nesse ponto, o indivíduo começa a testar o seu próprio potencial e capacidades, almejando atividades profissionais mais desafiadoras e significativas, para fazer uso da criatividade em busca de auto-realização e satisfação pessoal. As quatro necessidades anteriores podem ser satisfeitas por meio de condições externas e, quando o são, não motivam mais o comportamento, diferente das necessidades de auto-realização, que são satisfeitas somente por meio de recompensas dadas pela pessoa a si mesma.
No trabalho, a satisfação dessas necessidades exige certa autonomia, vontade e oportunidade de correr riscos, além de liberdade para experimentar.
Quadro 4 : Teoria das hierarquias das necessidades de A. Maslow Fonte: Adaptado de Knapik (2006)
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Em uma outra concepção, Herzberg citado por Knapik (2006) baseia sua
teoria da motivação no ambiente externo e no trabalho. Sustenta os fatores
higiênicos e motivacionais como relevantes nesse processo.
Fatores Conceitos Outras Considerações
1. Fatores Higiênicos
continuação
São fatores externos ou ambientais, localizados no ambiente de trabalho, tais como: remuneração, benefícios, condições físicas e ambientais empresa, diretrizes, clima organizacional, tipo supervisão e oportunidade.
A higiene refere-se à prevenção de insatisfação do meio ambiente. Quando se trata de fatores higiênicos ótimos, impedem a insatisfação e não seguram o aumento da satisfação; e quando precários, geram a insatisfação das pessoas, denominados insatisfacientes.
2. Fatores Motivacionais
Fatores internos são relacionados ao cargo/função, obrigações e atividades realizadas. Produzem alto nível satisfação e duradouro, elevado aumento da produtividade que atingem sentimentos de realização, crescimento e reconhecimento profissional.
Quando fatores motivacionais são ótimos aumentam a satisfação pelo trabalho, e quando insuficiente, evitam a satisfação, denominados satisfacientes. Para que seja contínua a motivação, o individuo deve ocupar posição que proporcionem desafios profissionais, liberdade para decisão, crescimento de carreira, reconhecimento e realização profissional.
Quadro 5 : Teoria das necessidades de Herzberg Fonte: Adaptado de Knapik(2006)
Em complemento a esta posição, Chiavenato (1999 apud BERNARDES,
2003, p. 49) sustenta que:
O aspecto prescritivo da teoria proposto por Herzberg é o enriquecimento do trabalho (job enrichment), consistindo na eliminação das tarefas simples e repetitivas por outras mais complexas que permitam o desenvolvimento profissional da pessoa. Essa seria a forma de tornar o executor motivado para desempenhar com eficiência as atividades pelas quais é responsável.
A teoria de McClelland identifica três necessidades: o poder, a afiliação e a
realização. As necessidades são adquiridas socialmente, onde o poder promove a
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relação entre as pessoas e promove o status e o poder de influência. Já a
afiliação, destaca-se pelo afeto e a realização à auto-estima e auto-realização
(VERGARA 2000, p.45).
Cabe evidenciar que as teorias de Maslow e Herzberg, apresentam
aspectos em comum, tais como: em relação às necessidades primárias, Maslow
destaca as fisiológicas, enquanto Herzberg destaca segurança e necessidades
fisiológicas nos fatores higiênicos. Já para necessidades secundárias, Maslow
abrange auto-estima, aspectos sociais e segurança, enquanto que Herzberg
aborda auto-estima e aspectos sociais (KNAPIK, 2006).
Vergara (2000, p.46) também cita a teoria da expectativa por promover a
recompensa através do desempenho e a teoria da equidade que objetiva
desenvolver a igualdade nas relações de trabalho como fator influenciador na
motivação.
De forma mais abrangente, o autor Minicucci (1995, p. 222) afirma que um
funcionário poderá sentir-se satisfeito no trabalho quando a chefia e seus colegas
trabalho atenderem suas necessidades de estima pessoal.
Segundo Bergamini (1982, p. 144) “no contexto motivacional a frustração
surge como um elemento estranho, que se interpõe entre o próprio sujeito e seus
objetivos anteriormente pretendidos”.
Em complemento a esta posição, Bergamini (1982, p. 145) considera que a
frustração tem um elevado grau de relevância e que para vencê-la, o ser humano
precisa modificar seu comportamento. Esta autora revela também que do ponto
de vista dos psicólogos da aprendizagem, a frustração está relacionada a um tipo
especial de incentivo negativo e resulta no bloqueio de uma atividade em
andamento. Mesmo diante dos objetivos não atingidos, cabe ressaltar que os
sensores disparados pelo indivíduo continuam existindo e causam desconforto e
tensão.
Concluem-se a partir daí, que as necessidades individuais propulsam
forças ativadoras e diretoras do comportamento humano e que os mesmos
procuram sempre fugir às conseqüências prejudiciais da frustração para não
resultar em desajuste (BERGAMINI, 1982, p. 146).
48
2.4.3 Qualidade de Vida no Trabalho - QVT
O tema escolhido Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) aborda diversos
aspectos comportamentais do ser humano e das organizações, interagindo para
um resultado esperado. A Fundação Nacional da Qualidade - FNQ, afirma que
esta dinâmica da organização do trabalho tem o objetivo de aumentar o bem-estar
físico e psicológico do indivíduo, harmonizando as atividades no ambiente de
trabalho e na vida pessoal, resguardando a individualidade dos mesmos.
A Qualidade de Vida no trabalho originou-se da necessidade de minimizar
os esforços físicos dos trabalhadores e propiciar sua satisfação, reduzindo o mal-
estar dentro das organizações. A prática e a teoria da QVT eram desenvolvidas
pelas primeiras civilizações, tornando-se um meio de engrandecimento para as
organizações, fazendo com que elas alcançassem maior produção e satisfação
dos funcionários (GOULART e SAMPAIO, 2004, p. 26).
A terminologia QVT surgiu na literatura na década de 1950, na Inglaterra,
com Eric Trist e colaboradores que pesquisavam uma melhor abordagem para
agrupar pessoas, trabalho e organização (BÚRIGO, 1997).
Na mesma perspectiva, Fernandes (1996, p. 40 - 42) cita Eric Trist (1975)
e seus colaboradores como desenvolvedores de estudos no Tavistok Institute, em
1950, em termos de uma abordagem sócio-técnica, em relação à organização do
trabalho, originando a denominação Qualidade de Vida no Trabalho – QVT. Este
estudo designou experiências calcadas na relação indivíduo-trabalho-
organização, com base na análise e reestruturação da tarefa, com o objetivo de
tornar a vida dos trabalhadores menos penosa.
Já na década de 1960, a QVT destacou-se pelas iniciativas de cientistas,
líderes sindicais, empresários e governantes que se preocuparam em realizar
pesquisas quanto às melhores formas de realizar o trabalho, baseando-se na
saúde, segurança e satisfação dos trabalhadores (BÚRIGO, 1997, p. 32).
HUSE e CUMMINGS(1985, apud Fernandes,1996) ressalta ainda que na
década de 60, nos Estados Unidos, um maior incremento às preocupações com a
Qualidade de Vida no Trabalho ocorreu, impulsionado pela criação da “National
Comission on Produtivity”, que teve como função, analisar as causas da baixa
produtividade nas indústrias americanas, seguindo-se a criação pelo Congresso
do “National Center for Produtivity and Quality of Working Life”, com a função de
49
realizar estudos e servir de laboratório sobre a produtividade e qualidade de vida
do trabalhador (apud HUSE e CUMMINGS, 1985).
Bertoni (1994, p. 73) salienta que no Brasil muitas organizações
conseguiram implantar os programas de qualidade vida, rompendo o círculo
vicioso do trabalho que envolve quantidade de tempo dedicado ao trabalho e
qualidade mental para produzir. Destaca que a qualidade de vida resulta na
produtividade.
Já o autor Chiavenato (2004, p. 448) afirma que “o termo Qualidade de
Vida no trabalho (QVT) foi cunhado por Louis Davis na década de 1970, quando
desenvolvia um projeto sobre desenho e cargos”.
Já os fatores econômicos, tais como inflação, a crise do petróleo e o
aparecimento de forças industriais, marcaram, até o final da década 1970, uma
estagnação no desenvolvimento da QVT (BÚRIGO, 1997).
O Japão teve um papel importante nas mudanças mundiais, promovendo o
questionamento nos americanos em relação às técnicas de gestão utilizadas.
Enquanto que no Brasil este tema despertou maior interesse na globalização dos
mercados e na abertura para a importação (FERNANDES, 1996).
Segundo Rodrigues (1994), na década de 70 assistiu uma mudança no
enfoque do gerenciamento organizacional, incentivada principalmente pelo
sucesso industrial japonês, que tinha como destaque às formas de gerenciamento
distintas das usadas no Ocidente. É nessa década que surgem os primeiros
movimentos e aplicações estruturadas e sistematizadas no interior da
organização, utilizando a Qualidade de Vida no Trabalho – QVT.
O cenário que se descortina nos anos 80 marca o crescente avanço
tecnológico e a conseqüente modernização das organizações. A automatização
dos meios produtivos e as constantes mudanças políticas, econômicas, sociais e
tecnológicas tornam o contexto altamente dinâmico e instável.
Cabe evidenciar que na década de 1980, o trabalhador passa a ter maior
influência nas decisões das organizações devido à necessidade das organizações
adaptarem-se ao modelo de gestão participativa (BÚRIGO, 1997).
Conclui-se, a partir daí, como afirma Búrigo (1997, p.32), que nos anos 90,
“a QVT tornou-se foco de programas que estudam a saúde na organização,
resgatando valores ambientais e humanísticos negligenciados em favor do
avanço tecnológico”.
50
A qualidade de uma organização pode ser definida pelo seu desempenho
global buscando satisfazer as exigências e expectativas humanas e técnicas.
Pode ser desenvolvida através de esforços voltados para duas áreas principais:
em primeiro lugar, melhorar a qualidade dos colaboradores, os setores, produtos
e serviços, ressaltando que a imagem e posição no mercado são detectadas pela
percepção do cliente nas diversas áreas; em segundo lugar, adotar uma cultura
de qualidade (MOLLER, 1997, p. 161).
Corroborando com esta afirmação, o programa de Q.V.T. deverá permitir
um olhar a cada indivíduo, com maior atenção por parte das empresas em relação
às necessidades individuais e maior valorização, a sensatez, a visão, a
sensibilidade, a cooperação, a efetividade, o respeito e a auto-administração para
que sejam elaboradas internamente a missão pessoal, visão de futuro e as metas
a serem alcançadas (O’DONELL, 1997).
A Organização Internacional do Trabalho – OIT, entidade mundial que
estuda as condições de trabalho no mundo tem como alguns de seus objetivos, a
preocupação quanto à elevação da qualidade de vida e a proteção da saúde dos
trabalhadores em todas as suas ocupações. Originou-se das reivindicações dos
trabalhadores, durante a Primeira Guerra Mundial, na conferência da Paz em seis
de maio de 1919, da Sociedade das Nações, a criar, pelo Tratado de Versailles, a
OIT, com o objetivo de promover as questões trabalhistas um tratamento
uniformizado (MELO, 2001, p.47).
Segundo Chiavenato (2004, p. 448) a QVT “envolve tanto os aspectos
físicos e ambientais como os aspectos psicológicos do local de trabalho”.
O conceito de QVT engloba diversas atividades e setores dentro de uma
organização, destacando as condições de trabalho que incluem a limpeza e
organização; a segurança do trabalho; as condições de saúde no trabalho, tanto
preventiva como curativa; a organização do trabalho, envolvendo quesitos como
educação, treinamento, habilidades para exercer a função e a capacitação para
desenvolver as tarefas, destacando a importância da expressão e contribuição de
idéias (PRIORI; BARKOKÉBAS, 2007, p.72).
O objetivo principal da QVT dentro de estudos organizacionais é humanizar
as relações de trabalho, adotando métodos que proporcionem bem-estar, saúde,
segurança para promover a satisfação do trabalhador e resultar em melhor
produtividade (BÚRIGO, 1997).
51
Para Priori e Barkokébas (2007, p.72) afirmam que a QVT pode ser uma
ferramenta que contribua na renovação de métodos utilizados e a sistemática do
trabalho nas organizações, promovendo um elevado índice de satisfação dos
colaboradores e aumento de produtividade, resultando num maior envolvimento
dos mesmos em relação aos processos de trabalho.
Fernandes 1 (1996, p. 55) salienta que a qualidade de vida no trabalho é
abalada, segundo Werther e Davis, pelos princípios comportamentais relativos às
necessidades humanas, comportamentos individuais no ambiente de trabalho,
tais como: identidade de tarefa e retroinformação, autonomia e variedade.
Na mesma perspectiva, França e Zaima (2002, p. 405) afirmam que este
tema tem revelado grande interesse por parte do empresariado brasileiro devido à
relação próxima de satisfação por parte do empregado e influência na
produtividade dentro da organização.
Zanelli (2006) revela que a qualidade de vida está relacionada ao
desenvolvimento do equilíbrio interior que busca consciência em praticar hábitos
benéficos, mesmo diante do enfrentamento da tensão do dia-a-dia. Restringindo
ao ambiente de trabalho, o autor salienta que a qualidade de vida aprecia
aspectos, tais como: significado do trabalho para o empregado, condições de
trabalho, riscos e segurança, liberdade para criatividade e inovação, percepção
em relação à remuneração e recompensas, perspectivas de desenvolvimento
pessoal e profissional e franqueza nas relações interpessoais.
Em relação às doenças físicas e psicológicas, sintomas como tecno-stress,
síndrome do desamparo (medo da empregabilidade e do emprego), depressão,
violência, lesão por esforço repetitivo (LER) fazem parte dos desafios da gestão
de qualidade de vida no trabalho (FRANÇA e ZAIMA, 2002, p. 405).
Cabe evidenciar que em 1981, o autor Drucker (2002 apud FRANÇA e
ZAIMA, 2002, p. 405) já definia QVT como “avaliação qualitativa da qualidade
relativa das condições de vida, incluindo-se atenção aos agentes poluidores,
barulho, estética, complexidade [...]”.
Ainda na linha do conceito amplo de QVT, cabe ressaltar que há várias
contribuições de diferentes ciências, tais como: na saúde: busca a preservação da
integridade física, mental e social do ser humano, o controle de doenças e tem o
objetivo de aumentar a expectativa de vida; na ergonomia, busca a contribuição
tecnológica para estudar as condições de trabalho, enquanto que na medicina,
52
enfermagem, fisioterapia: às condições confortáveis e o amparo no trabalho do
empregado. Já na psicologia, tem mostrado a grande influência das necessidades
internas de cada indivíduo como fator marcante no desempenho e na percepção
de QVT de cada um (FRANÇA e ZAIMA, 2002, p. 406).
A cultura da organização é um fator relevante na incrementação dos
programas de qualidade com QVT. Os responsáveis atribuem os esforços dos
trabalhadores como determinantes do sucesso (BÚRIGO, 1997).
A qualidade de vida pessoal também é um fator relevante dentro dos
programas de qualidade de vida nas organizações. Para França e Zaima (2002, p.
406), o ser humano não se divide e todo ato de expressar-se é complexo e
interligado. Cada um é composto da interação biológica, psicológica e social que
reagem concomitantemente aos estímulos recebidos.
Em complemento a esta afirmação, Encarnação (1996 apud SOUZA et al.
2003, p. 8) sustenta que dentro dos aspectos fundamentais para a QVT no
ambiente de trabalho e na vida pessoal, 75% das doenças são provocadas por
desordem emocional. Desse modo, as organizações devem prestar atenção e
proporcionar cuidados aos funcionários relativos às necessidades integrais,
destacando as áreas biológica, social, psicológica e espiritual.
Desse modo, Shinyashiki (2002, p. 467) salienta a importância do
comprometimento com o sucesso na qualidade de vida pessoal e profissional do
ser humano e destaca a empresa ideal, como sendo aquela que proporciona ao
profissional um tempo para aumentar sua criatividade, reciclar-se e renovar as
energias para não ser levado à exaustão. Além do mais, acrescenta que o
profissional moderno se importa com a felicidade encontrada na família, filhos e
detalhes importantes da vida.
Convém enfatizar que uma vida pessoal equilibrada não garante sucesso
na vida profissional, assim como a pessoa infeliz no trabalho tem pouca chance
de encontrar felicidade na vida pessoal. Mas, cabe ressaltar que o fator tempo
tem sido muito cruel nos dias de hoje, pois; pouco tempo dedica-se às realizações
pessoais e familiares (BARROS, 2002, p. 381).
Huse & Cummings (1985 apud FERNANDES (1) 1996) afirmam ainda que
é possível, também, atribuir-se a preocupação crescente com QVT, uma maior
conscientização dos trabalhadores e aumento das responsabilidades sociais da
empresa. Tais autores relacionam países como França, Alemanha, Dinamarca,
53
Suécia, Canadá, Holanda e Itália como os que adotam em suas organizações a
tecnologia e a filosofia de QVT, visando atender às necessidades psicossociais
dos trabalhadores, elevando seus níveis de satisfação no trabalho.
Um trabalho bastante significativo de Nadler e Lawler (1983 apud
Fernandes, 1996) examinava QVT ao longo do tempo, já que ela passou por
diferentes concepções, conforme se verifica no Quadro 6 a seguir:
CONCEPÇOES EVOLUTIVA DO QVT CARACTERÍSTICAS OU VISAO QVT como uma variável (1959 a 1972) Reação do individuo ao trabalho. Era
investigado como melhorar a qualidade de vida no trabalho para o individuo.
QVT como uma abordagem (1969 a 1974) O foco era o individuo antes do resultado organizacional; ao mesmo tempo, tendia a trazer melhorias tanto ao emprego como direção.
QVT como um método (1975 a 1980) Um conjunto de abordagem, métodos ou técnicas para melhorar o ambiente de trabalho mais produtivo e mais satisfatório. QVT era visto como sinônimo de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas com integração social e técnica.
QVT como um movimento (1975 a 1980) Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores com a organização. Os termos – administração participativa e democracia industrial – eram freqüentemente ditos como idéias do movimento de QVT.
QVT como tudo (1979 a 1982) Como panacéia contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade, problemas de queixas e outros problemas organizacionais.
QVT como nada (futuro) No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passará de apenas um ”modismo” passageiro.
Quadro 6 – Evolução do Conceito de QVT. Fonte: Adaptado Fernandes (1996, p. 42). Finalizando, Fernandes 1 (1996, p. 44) conclui que a tecnologia de QVT
refere-se a esforços no sentido de melhorar ou humanizar a situação de trabalho,
orientados por soluções mais adequadas que visem à reformulação do desenho
dos cargos, tornando-os mais produtivos em termos de empresa e mais
satisfatórios para os executores. Tal proposta vem ao encontro da visão de que
em todo o processo produtivo dois atores são importantes para as metas da
54
qualidade: o consumidor (cliente externo) e o produtor (cliente interno). Nas
estratégias empresariais, o primeiro é sempre enfatizado; é evidente a
preocupação das empresas com o cliente externo, o rei, não se verificando o
mesmo esforço relativamente à satisfação dos clientes internos, os empregados,
os que produzem.
De uma forma mais específica, Nadler & Lawler (1983 apud FERNANDES,
1996, p. 45) identificaram tipos de atividades como representativos dos esforços
de QVT, tais como:
• Resolução participativa dos problemas;
• Reestruturação do trabalho;
• Inovação do sistema de recompensas;
• Melhoria do meio-ambiente de trabalho.
Por sua vez Kolodny e outros (1979 apud FERNANDES, 1996, p. 45)
indicam que a expressão “Qualidade de Vida no Trabalho” pode ser usada para
designar experiências de humanização no trabalho, sob dois aspectos
importantes:
• A reestruturação do cargo ou a reformulação dos postos individuais de
trabalho;
• A estruturação de grupos de trabalho autogerenciados ou semi-autônomos,
onde a reformulação dos cargos do grupo de trabalho implica em dar às
pessoas certo grau de participação.
Por outro lado, pode-se deduzir pela revisão da literatura que os
elementos-chave de QVT apóiam-se especialmente em quatro pontos:
• Resolução de problemas envolvendo os membros da organização em
todos os níveis (participação, sugestões, inovações, etc.);
• Reestruturação da natureza básica do trabalho (enriquecimento de tarefas
redesenho de cargos, rotação de funções, grupos autônomos ou semi-
autônomos, etc.);
55
• Inovações no sistema de recompensas (remunerações financeiras e não-
financeiras);
• Melhorias no ambiente de trabalho (clima, cultura, meio-ambiente físico,
aspectos ergonômicos, assistenciais).
Para Oliveira (2006, p. 164), a qualidade de vida no trabalho constitui-se na
qualidade de vida de cada um, uma vez que não se pode dissociá-la da essência
do próprio homem. A maneira como as organizações tratam as pessoas pode
gerar conseqüências que são refletidas em ambientes externos, para muito além
das fronteiras do espaço do trabalho. Portanto, cabe às organizações a
preocupação com as práticas motivacionais, a fim de que o indivíduo encontre
nesse ambiente um motivo para melhor desempenhar suas habilidades
profissionais.
Ainda para Vasconcelos (2001, apud OLIVEIRA, 2006), nesse contexto,
outras ciências têm dado grande contribuição ao estudo do desenvolvimento da
QVT, tais como: Saúde, Ecologia, Ergonomia, Psicologia, Sociologia, Economia,
Administração e Engenharia, todas empenhadas em desenvolver processos que
beneficiem, a relação trabalhador-organização, em prol de melhorias das
condições humanas do trabalho, visando a maior produtividade aliada à
satisfação do homem. Isso só é possível, quando o trabalhador encontra no
ambiente de trabalho, categorias conceituais que podem ser transformadas em
fatores motivacionais que impliquem em critérios distintos, conforme ilustra o
Quadro 7 a seguir:
56
Critérios Indicadores de QVT 1. Compensação justa e adequada
Equidade interna e externa Justiça na compensação Partilha de ganhos de produtividade
2. Condições de trabalho
Jornada de trabalho razoável Ambiente físico seguro e saudável Ausência de insalubridade
3. Uso e desenvolvimento de capacidades
Autonomia Autocontrole relativo Qualidades Múltiplas Informações sobre o processo total do trabalho
4.Oportunidade de crescimento e segurança
Possibilidade de carreira Crescimento pessoal Perspectiva de avanço salarial Segurança de emprego
5.Integração social da organização
Ausência de preconceitos Igualdade Mobilidade Relacionamento Senso comunitário
6.Constitucionalismo
Direitos de proteção ao trabalhador Privacidade Liberdade de expressão Tratamento imparcial Direitos trabalhistas
7. O trabalho e o espaço total da vida
Papel balanceado no trabalho Estabilidade de horários Poucas mudanças geográficas Tempo de lazer com a família
8. Relevância social do trabalho na vida
Imagem da empresa Responsabilidade social da empresa Responsabilidade pelos produtos Práticas de emprego
Quadro 7: Fatores motivacionais de distintos critérios Fonte: Adaptado de Olveira(2006) -Caderno de Pesquisas em Administração, SP, v.8, n.1, p.27, jan./mar.2001. Desse modo, FRANÇA (2001, p. 242) também destaca alguns temas da
ciência que estão exercendo poder e relevante influência para a contribuição na
construção de uma melhor qualidade de vida no trabalho, são eles:
• A saúde: a Organização Mundial da Saúde – OMS definiu em 1986, que a
saúde deve ser preservada como integridade física, mental e social,
proporcionando ao ser humano um melhor bem-estar biopsicossocial e
promovendo maior expectativa de vida, acompanhada de avanços na
medicina;
57
• A ecologia: o homem integra o meio, considerado como responsável pela
preservação do ecossistema e na natureza;
• A engenharia: através da ergonomia, promovendo melhores condições nos
ambientes de trabalho;
• A psicologia: aliada a filosofia, apresentando o reflexo das atitudes internas
do ambiente de trabalho e considerando as necessidades individuais;
• A sociologia: apresentando a importância da construção social e as
diversas influências das culturas;
• A economia: promovendo maior conscientização na limitação dos bens,
recursos e serviços, desenvolvendo maior responsabilidade social;
• A administração: mobilizando recursos mais eficientes.
58
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Este capítulo apresenta os caminhos trilhados nesta pesquisa para o
alcance dos objetivos estabelecidos.
Para Lakatos e Marconi (1992, p.106) “os métodos de procedimento
constituem etapas mais concretas de investigação, com finalidade mais restrita
em termos de explicação geral dos fenômenos menos abstratos”.
Os métodos de procedimentos devem ser adaptáveis a cada área de
pesquisa. Possuem caráter específico e relacionam-se com as etapas do plano
trabalho (ANDRADE, 1999, p.115).
A fim de complementar o trabalho, foram pesquisados livros de referência
informativa e publicações periódicas com a colaboração de vários autores e
diversos assuntos (GIL, 2002, p. 44).
O trabalho teve como principal propósito a implantação de um programa-
modelo de Q.V.T. nos canteiros de obra da Empresa Westhouse.
Inicialmente, procedeu-se o diagnóstico da situação anterior e atual, por
meio de observações e constatações realizadas na entrega do Residencial
Acquamare, obra executada anteriormente pela Construtora. Algumas
informações adicionais foram obtidas verbalmente com reuniões realizadas com a
Diretoria.
Observou-se uma instalação precária no canteiro de obras, destacando as
condições mínimas de higiene, ausência de local apropriado para realização das
refeições, falta de controle e esclarecimentos em relação ao uso correto do
E.P.I.(equipamento de proteção individual), resíduos e materiais na circulação.
As solicitações adicionais da Diretoria foram de suma importância para
realização deste trabalho, observados os setores em carência. Quanto à
segurança: implantação de melhores condições no ambiente físico e
disponibilização de equipamentos de proteção individual e treinamentos; quanto à
higiene e saúde: disponibilização de palestras e fornecimento de utensílios de
higiene, e ainda, solução das situações precárias de higiene que causaram má
impressão aos prováveis compradores do empreendimento.
Este programa foi constructo da acadêmica, baseada nas informações e
necessidades da empresa e seus funcionários. A Diretoria atribuiu à acadêmica
59
no final do ano de 2005, a supervisão e a proposta para implantar melhores
condições de vida nos canteiros de obra da empresa.
Procedeu-se a elaboração de um diagnóstico através da descrição atual,
baseada no empreendimento anterior realizado pela empresa Westhouse
Empreendimentos Imobiliários Ltda. no qual foi construído um modelo próprio
para a organização, onde se propôs adequar as necessidades e promover
melhorias nas condições físicas, psicológicas e financeiras.
Devido às necessidades e carências da organização propõe-se a
implantação de um programa de Q.V.T., destacando os principais tópicos a serem
pesquisados, abordados e implementados, tais como: a importância da qualidade,
pela sua relevante importância que visa promover a primazia dos serviços e o
contentamento ao ser humano, posteriormente os aspectos físicos, a higiene, a
segurança e saúde no trabalho, a produtividade, os aspectos psicológicos, a
motivação e QVT.
Na implantação do modelo, houve envolvimento por parte dos funcionários,
o que facilitou o entendimento e a colaboração de todos. Para maior apropriação
dos assuntos relativos a segurança e saúde do trabalhador, foram necessárias
realizar algumas visitas a Fundacentro, afim de proceder melhorias de acordo
com as normas legais . Os materiais consultados na biblioteca do órgão acima
citado foram de grande relevância..
Depois de implantado o modelo de Q.V.T., aplicou-se um questionário
monitorado, para avaliar a satisfação dos funcionários e expectativas da empresa,
relativas ao tema Q.V.T. A elaboração do questionário foi baseada na
fundamentação teórica da autora França (2001) com as devidas adaptações para
o ramo da empresa.
60
4. DESCRIÇÃO, ANÁLISE E PROPOSTAS DA SISTEMÁTICA No intuito de promover um melhor entendimento e visão geral deste
trabalho, apresentam-se as várias etapas do trabalho com relação aos subitens
relacionados em que a acadêmica apresenta as quatro dimensões estudadas:
a) Logística e Aspectos Materiais englobando as condições físicas
estudadas, ou seja, as condições oferecidas pela organização aos
trabalhadores, a sistemática de supervisão adotada, às condições de higiene e
limpeza encontradas e propostas, o meio de transporte utilizado, a forma de
aquisição e controle dos materiais.
b) Aspectos Administrativos e Gerenciais da organização aborda à
avaliação da produtividade, a análise do relacionamento dos envolvidos, a forma
de identificação do pessoal, o cumprimento do cronograma pré-definido, as
metas atingidas, a comunicação encontrada no grupo e terceiros e a
aplicabilidade do método existente na delegação das tarefas.
c) Aspectos de Recursos Humanos visam promover os levantamentos
necessários da situação encontrada e adequação da legislação vigente,
registrar a freqüência dos colaboradores, proporcionarem uma melhor
qualificação, promovendo o incentivo e a humanização permanente ao grupo.
d) Segurança e Higiene no Trabalho analisa a higiene pessoal, o uso dos
equipamentos de segurança adequados e certificados, implantando os
programas de saúde que possam contribuir na Q.V.T.
Assim, verifica-se de uma forma integrada que todos os levantamentos
realizados foram comparados aos quesitos apresentados, abordando:
a) Descrição da sistemática atual visa relatar a situação encontrada;
b) Análise da sistemática descreve com melhor detalhamento e;
c) Apresentação da sistemática proposta com suas descrições de ações já
executadas e as implementações propostas.
No final de cada quadro apresentam-se, as análises gerais das dimensões
em estudo, com base na experiência/vivência do trabalho realizado pela
acadêmica.
61
I – LOGÍSTICA E ASPECTOS MATERIAIS
1.CONDIÇÕES FÍSICAS
BWC E VESTUÁRIO
• Descrição Sistemática Atual
Existência de 01 BWC com vestuário.
• Análise da Sistemática Atual
As condições de higiene e disponibilidade
para uso do BWC são precárias, devido ao
pequeno espaço físico e falta de
supervisão.
• Sistemática Proposta Implementada
Elaboração de Layout com melhor
aproveitamento onde foi executada a
reforma no barraco de obras contendo: um
banheiro com vestuário para funcionários
com piso cerâmico e azulejo, com 02
vasos sanitários, 03 chuveiros, bancos ,
01 pia e armários individualizados
fechados com cadeado para guarda de
objetos pessoais (Apêndice A).
REFEITÓRIO • Descrição da Sistemática Atual
Inexistência de local apropriado. Utilização
da garagem sub-solo com acomodações
inadequadas.
• Análise da Sistemática Atual
As refeições são feitas na garagem do
sub-solo, local inadequado, onde os
funcionários sentam em um pequeno
banco de madeira, tipo engraxate.
• Sistemática Proposta Implementada
Construção de um refeitório em piso
cerâmico e azulejo, mesa e bancos,
geladeira, fogão, bebedouro com água
potável, conf. NR 18-18.37.2l, armários,
prateleiras individuais, mural para avisos,
cabideiro para guarda dos capacetes fica
armazenamento na parede externa, com
identificação (Anexo E).
62
ACESSO E TRÂNSITO NA OBRA • Descrição da Sistemática Atual
Acesso insatisfatório, não há placas de
identificação e de segurança, presença de
entulhos, proteção aceitável para
operários e terceiros.
• Análise da Sistemática Atual
Não possui sinalização na obra para
garantir a segurança e melhor
identificação de materiais e outros.
• Sistemática Proposta Implementada
Colocação de placas de identificação de
segurança, reaproveitamento das placas
de concreto do muro colocadas na
passagem de pedestres (frente do
refeitório), uso obrigatório de equipamento
de segurança (Anexos: E, I, L).
• Sistemática Proposta a Implementar Colocação de placas de identificação do
interior da construção, contendo:
identificação do piso, número da unidade,
aspectos de segurança individual e
coletiva.
PROGRAMA 5S • Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Análise da Sistemática Atual
Considerado um programa fundamental no
canteiro de obras
• Sistemática Proposta Implementada
Implantação do programa 5S, incluindo as
áreas de vivência, circulação externa,
ferragens, carpintaria e depósito. As
vistorias acontecem semanalmente, com
pontuação. As divisões de tarefas são
sorteadas e disponibilizadas no quadro de
aviso. (Apêndices:G e H).
• Sistemática Proposta a Implementar
Implementar o programa já existente e
inclusão no interior da edificação.
63
LOCAL PARA DESCANSO • Descrição Sistemática Atual
Inexistência de local apropriado.
• Análise da Sistemática Atual
Os funcionários utilizam colchonetes e se
alojam na garagem sub-solo, no horário de
descanso.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilização de colchonetes para
descanso no horário do almoço.
2. SUPERVISÃO
MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Atual
Periódica.
• Análise da Sistemática Atual
O mestre de obras supervisiona seus
subordinados durante todo o dia.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Sem periodicidade.
• Análise da Sistemática Atual
O engenheiro supervisiona semanalmente
ou quinzenalmente e não possui controles
eficientes.
• Sistemática Proposta Implementada
A realização de visitas semanais,
acompanhamento dos processos
implementados, pré-agendados.
• Sistemática Proposta a Implementar
Elaboração e impressão de um
cronograma físico no canteiro de obra
para averiguação semanal.(Apêndice H)
ADMINISTRAÇÃO
• Descrição Sistemática Atual
Periódica.
• Análise a Sistemática Atual
A administração visita a obra
semanalmente, porém não possui
controles eficientes.
• Sistemática Proposta Implementada
A realização de visitas semanais,
acompanhamento dos processos
implementados, pré-agendados.
64
3. HIGIENE E LIMPEZA DAS INSTALAÇÕES
INTERIOR DA EDIFICAÇÃO
• Descrição Sistemática Atual
A higiene e limpeza no interior da
edificação é precária.
• Análise da Sistemática Atual
A obra é limpa diariamente, mas está
aquém de um modelo esperado. O
canteiro deveria ser mais organizado na
guarda de materiais e equipamentos.
• Sistemática Proposta Implementada
Realização diária da limpeza no final do
expediente, armazenamento de entulhos
em local apropriado e separação de
materiais. Gratificação de um funcionário
para execução das tarefas que envolvem
limpeza e manutenção na área de
convivência.
• Sistemática Proposta a Implementar
Supervisionar a manutenção e promover
melhorias.
4. TRANSPORTE
TRABALHADORES • Descrição Sistemática Atual
Fornecido pelo mestre de obras.
• Análise da Sistemática Atual continuação
A empresa em parceria com o mestre de
obras, disponibiliza um automóvel
adequado, promovendo redução de
custos e segurança.
• Sistemática Proposta Implementada
Aquisição de um automóvel para
transporte.
65
5. AQUISIÇÃO DE MATERIAL
ADMINISTRATIVO • Descrição Sistemática Atual
Sem planejamento.
• Análise da Sistemática Atual
A administração, conjuntamente com o
engenheiro não tem planejamento a
aquisição de material, casionando
aumento de custos e imprevisibilidade na
entrega.
• Sistemática Proposta Implementada
Implantação de um modelo de cotação de
preços, centralizado na administração, a
fim de promover a redução de custos.
• Sistemática Proposta a Implementar
Habilitar profissional para assumir o setor
de compras e implementar o modelo já
adotado.
MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Tual
Sem planejamento.
• Análise da Sistemática Atual
Não elaboração de um planejamento.
• Sistemática Proposta Implementada
Somente realiza pesquisa de material.
Compra somente materiais de baixo
valor.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Não realiza compra de materiais.
• Análise da Sistemática Atual
O engenheiro realiza cotações de
materiais de custo elevado e indica
fornecedores.
66
6. CONTROLE DE MATERIAL
ALMOXARIFADO
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Análise da Sistemática Atual
A obra não possui almoxarifado e
profissional para controlar mercadorias. O
mestre de obras realiza esta atividade,
prejudicando o andamento dos demais
serviços.
• Sistemática Proposta Implementada continuação
Disponibilização de um local seguro para
armazenamento de materiais de pequeno
porte, com acesso restrito. Recebimento,
conferência e controle, executado pelo
mestre de obras. No depósito, foram
disponibilizados um número maior de
prateleiras para organização dos
materiais e equipamentos.
• Sistemática Proposta A Implementar
Construção de um depósito no interior da
edificação para guarda de materiais de
grande volume. Contratação de
profissional para atuar no almoxarifado,
com habilitação para o setor. Adotar
formulário de controle de recebimento e
entrega.
67
DESPERDÍCIO • Descrição Sistemática Atual
Aceitável.
• Análise da Sistemática Atual
Não foi possível apurar o volume. A falta
de controle não disponibilizou dados
suficientes para conclusão. Caso
houvesse um melhor planejamento, os
materiais poderiam ser reutilizados e
reciclados.
• Sistemática Proposta Implementada
Reuniões periódicas com o grupo.
• Sistemática Proposta a Implementar
Adotar melhor controle, através de
levantamentos feitos pelo almoxarifado.
Considerações Gerais: O aspecto físico e logístico aborda temas de fundamental
importância na elaboração e implantação do programa de Q.V.T.Envolve as
condições físicas e toda área de vivência. Ao iniciar a construção da área de vivência
houve grande preocupação em disponibilizar um melhor dimensionamento de espaço
físico para organizar o trabalho. Observou-se grande satisfação por parte dos
funcionários e da Diretoria. Os colchonetes para descanso proporcionam aos
funcionários mais tranqüilidade. O canteiro atual é agradável, limpo e organizado.
Outro fato relevante: o mestre de obras passa alguns finais de semana com a família
no canteiro de obras, a localização é privilegiada e o local confiável. Os funcionários
mostraram-se interessados nas informações de segurança e uso correto de E.P.I. No
final do mês de fevereiro/2007, a proposta de implantar melhores condições no
canteiro já estavam concluídas. Iniciou-se no início do mês abril/2007, um programa
de 5S para complementar o programa de QVT, o que contribuiu muito no contexto
geral. O mestre de obra empenhou-se bastante neste processo, pois verificou a
importância do mesmo. Afinal de contas, qualidade de vida, envolve higiene,
segurança e organização .O transporte continua sendo oferecido pela empresa, o que
impede atrasos na chegada do trabalho. Em relação ao controle de material não se
pode avaliar, porque o estágio que a obra se encontra é inicial e não envolve guarda
de materiais volumosos. Neste quadro apresentado, foram analisados seis aspectos
no canteiro de obra e implementadas 11(onze) contribuições para a empresa.
Quadro 8 - Descrição da Sistemática - Logística e Aspectos Materiais. Fonte : Dados primários (2007).
68
II– ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E GERENCIAIS
1.PRODUTIVIDADE
INICIAL • Descrição Sistemática Atual
Ótima.
DURANTE A CONSTRUÇÃO
• Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise da Sistemática Atual
Em relação aos funcionários contratados, a
produtividade foi ótima. Porém, inúmeras
vezes, a Diretoria determinou mudanças na
obra que ocasionaram retrabalho e certo
desgaste.
• Sistemática Proposta a Implementar
Planejar e elaborar cronograma de
produtividade.
FINAL
• Descrição Sistemática Atual
Funcionários contratados aceitável.
Terceirizados péssima.
• Análise da Sistemática Atual
Os funcionários contratados ficaram
inseguros em relação a sua permanência na
empresa, gerando improdutividade.
• Sistemática Proposta a Implementar
Planejar e elaborara cronograma de
produtividade.
2. RELACIONAMENTO
GRUPO • Descrição Sistemática Atual
Excelente, muita afinidade, grau de parentesco.
• Análise da Sistemática Atual
O relacionamento do grupo é excelente.
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CHEFIA X MESTRE DE OBRAS • Descrição Sistemática Atual
Respeitosa, excelente.
• Análise da Sistemática Atual
Existe afinidade e parceria de trabalho há
mais de 15 anos.
ADMINISTRAÇÃO X MESTRE DE OBRAS • Descrição Sistemática Atual
Excelente.
• Análise da Sistemática Atual
Existe muito respeito uma certa afinidade.
ENGENHEIRO X FUNCIONÁRIOS
• Descrição Sistemática Atual
Excelente.
• Análise da Sistemática Atual
Existe respeito.
PROVÁVEIS CLIENTES X MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Atual
Mestre: excelente.
• Análise da Sistemática Atual
O mestre de obras é muito educado e gentil.
CLIENTES X MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Atual
Mestre: excelente.
• Análise da Sistemática Atual
O mestre de obras é atencioso e atende
todas as solicitações.
• Sistemática Proposta a Implementar
Adotar um modelo padrão para atendimento
de cliente.
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FORNECEDORES X MESTRE DE OBRAS • Descrição Sistemática Atual
Tem muito conhecimento.
• Análise da Sistemática Atual
O mestre de obras atua há mais 20 anos no
ramo e possui um ótimo relacionamento.
• Sistemática Proposta a Implementar
Disponibilizar um período para visitar
fornecedores e participar de feiras do ramo
da construção civil.
5. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAL
FUNCIONÁRIOS
• Descrição Sistemática Atual
Somente pelo capacete.
• Análise da Sistemática Atual
A empresa não disponibilizou uma
identificação condizente. Poderia ser melhor,
caso os funcionários utilizassem uniformes.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilização de uniforme com nome da
empresa para melhor identificar os
profissionais e nome no capacete.
• Sistemática Proposta a Implementar
Disponibilizar sempre que necessário, novos
uniformes , mantendo a preocupação do
melhor conforto. Confecção de crachá de
identificação.
MESTRE
• Descrição Sistemática Atual
Somente pelo capacete.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Somente pelo capacete.
71
4. CUMPRIMENTO DO CRONOGRAMA
MESTRE • Descrição Sistemática Atual
Aceitável , retrabalho.
• Análise da Sistemática Atual
Em relação ao cronograma, relevaram-se
algumas ocorrências que prejudicaram seu
cumprimento, tais como: retrabalho,
alterações de projeto por parte da Diretoria e
clientes, contratação da pintura: pessoal
descomprometido e desqualificado gerando a
todo grupo muito estresse.
• Sistemática Proposta a Implementar
Promover relatórios quinzenais e reuniões
mensais para acompanhamento das tarefas.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Aceitável.
ADMINISTRAÇÃO/DIRETORIA
• Descrição Sistemática Atual
Fraco, alto índice de modificações. .
5. METAS
FUNCIONÁRIOS • Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Na visão do mestre de obras, os funcionários
e engenheiro atingiram a meta desejada.
• Sistemática Proposta a Implementar
Trabalhar na conscientização dos
funcionários para cumprir o cronograma,
acompanhado pelo mestre.
72
MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Faltou acompanhamento e controle por parte
do engenheiro.
• Sistemática Proposta a Implementar •
Através de um cronograma, estipular metas
para cumprimento dos prazos.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Inexistência de um cronograma físico.
• Sistemática Proposta a Implementar
Elaborar um cronograma e acompanhar.
6. COMUNICAÇÃO
FUNCIONÁRIOS CHEFIA X FUNCIONÁRIOS
ADMINISTRAÇÃO X FUNCIONÁRIOS • Descrição Sistemática Atual
Excelente.
• Análise da Sistemática Atual
A comunicação entre todos os envolvidos é
excelente.
• Sistemática Proposta a Implementar
Centralizar as informações e solicitações
internas e externas, num determinado setor.
Encaminhar engenheiro ou mestre de obras
7. DELEGAÇÃO
MESTRE DE OBRAS • Descrição Sistemática Atual
Ótima, porém centralizadora.
Análise da Sistemática Atual continuação
O mestre de obras é um excelente
profissional dotado de muita educação. Seu
estilo é centralizador, gerando acúmulo de
trabalho e falta de tempo para melhor
planejar, gerenciar e fiscalizar os serviços
executados.
73
ENGENHEIRO • Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise da Sistemática Atual
A delegação das atividades para o mestre de
obras é facilitada devido o grande
conhecimento da área.
ADMINISTRATIVO • Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise da Sistemática Atual
A delegação das atividades vindas da
administração, sempre são atendidas por
parte do mestre de obras.
8. RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
ATENDIMENTO AO CLIENTE
• Descrição Sistemática Atual
Atendimento personalizado.
• Análise da Sistemática Atual
Facilidade em atender as solicitações, devido
a construção de poucas unidades.
• Sistemática Proposta a Implementar
Implantar um programa de cadastro de
clientes, contendo dados pessoais. Realizar
periodicamente pesquisa de satisfação,
durante e após a conclusão da obra.
9. DOCUMENTOS LEGAIS NO CANTEIRO
FUNCIONÁRIOS
• Descrição Sistemática Atual
Livro de Registro de Empregados na obra.
• Análise da Sistemática Atual
Para efeito de fiscalização do Ministério do
Trabalho, era disponibilizado somente o Livro
de Registro de Empregados.
74
• Sistemática Proposta Implementada
Elaboração de uma pasta, contendo
documentos dos funcionários, relativos a
exames admissionais, recibo de entrega
E.P.I., treinamento admissional, carteira tipo
sanguíneo, carteira de vacinação, O.S.
(ordem de serviço) com a descrição das
atividades exercidas, conforme determina a
NR-01, ítem 1.7 (b-c) que informa os
objetivos e os riscos aos trabalhadores.
Considerações Gerais: Em se tratando dos aspectos administrativos e gerenciais, cabe
evidenciar a importância de analisar a produtividade do grupo no final de cada
empreendimento. Para atingir resultados esperados é de suma importância a elaboração
de um cronograma físico. O relacionamento do grupo é muito bom, mas destaca-se a
importância de adotar um padrão de atendimento que envolva todos os funcionários com
o objetivo de satisfazer o cliente externo. Outro fator relevante é promover um
relacionamento mais estreito com os fornecedores, a fim de formar parcerias mais
estratégicas. Quanto à identificação da equipe que trabalha no canteiro de obras,
evidencia-se uma grande evolução por parte da empresa. Os uniformes disponbilizados
atenderam as necessidades, tanto da empresa como do trabalhador e os crachás de
identificação estão sendo confeccionados. Em relação ao cumprimento do cronograma,
este tema ainda preocupa a direção da empresa. A organização ainda não possui um
modelo adequado. Na delegação das tarefas, observou-se um grande desprendimento
por parte do mestre de obras, na delegação das tarefas. Atualmente, delega mais para o
grupo, ficando com os assuntos mais estratégicos. Quanto a documentação legal dos
funcionários, a empresa adotou uma pasta no canteiro que disponibiliza toda
documentação relativa a saúde, qualificação, descrição das tarefas e recibo de entrega
de equipamentos de segurança.Para finalizar este aspecto, ressalta-se que uma
organização que se preocupa com a qualidade e satisfação de seus clientes, precisa
escutar as necessidades dos mesmos. Neste quadro, foram analisados 09(nove)
aspectos no canteiro de obras e implementada 02(duas) contribuições para empresa,
consideradas de grande relevância.
Quadro 9 - Descrição da Sistemática - Aspectos Administrativos e Gerenciais. Fonte : Dados primários (2007).
75
III– ASPECTOS DE RECURSOS HUMANOS
1.LEGISLAÇÃO
VÍNCULO EMPREGÁTÍCIO • Descrição Sistemática Atual
De acordo com a Lei – funções e salários
da categoria.
• Análise da Sistemática Atual
Quando o funcionários inicia suas
atividades, o mestre de obras solicita a
documentação necessária para registro
legal, na respectiva data.
• Sistemática Proposta a Implementar
Serviços Terceirizados: Na contratação
dos serviços profissionais de tempo
determinado, selecionar somente
empresas e profissionais qualificados com
registros legais junto aos órgãos
competentes ou contratar pessoal por
período determinado.Informar o
regulamento da empresa e da obra para
suposta adequação.
HORAS EXTRAS
Descrição Sistemática Atual
Ocorrência esporádica. Sistema de
remuneração atende esta categoria.
• Análise da Sistemática Atual
Raramente são feitas horas extras.
Quando necessário são remuneradas em
forma de gratificação.
• Sistemática Proposta Implementada
As horas excedentes de trabalho são
compensadas em folgas.
DESCANSO REMUNERADO
• Descrição Sistemática Atual
Existente.
• Análise da Sistemática Atual
È concedido descanso remunerado a
todos os funcionários.
76
GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO • Descrição Sistemática Atual
Sistemática utilizada raramente.
• Sistemática Proposta Implementada
Eventualmente é concedido gratificação,
principalmente para os profissionais
exercem várias funções.
JORNADA DE TRABALHO
• Descrição Sistemática Atual
Cumprimento.
• Análise da Sistemática Atual
Em relação a jornada de trabalho, todos
cumprem o horário de acordo com a lei.
Nos casos de feriados, ocasionalmente
são feitos acordos de compensação de
horário.
TREINAMENTO E INSTRUÇÕES
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Análise da Sistemática Atual
Inexistente.
• Sistemática Proposta Implementada
Participação dos funcionários admitidos no
treinamento admissional, elaborado pelo
SECONCI, com profissionais qualificados
e habilitados para tratar dos assuntos
relativos à segurança. Apresentação da
empresa por parte da administração.
Entrega dos E.P.I. e Ordem de serviço.
• Sistemática Proposta a Implementar
Aquisição de fitas -Dvds da Fundacentro
para apresentação periódica no canteiro
de obras.
2. ASSIDUIDADE FUNCIONÁRIOS
• Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise da Sistemática Atual
Todos os trabalhadores da obra atendem
este requisito, sem nada reclamar.
77
MESTRE DE OBRAS
• Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise Da Sistemática Atual
Todos os trabalhadores da obra atendem
este requisito, sem nada reclamar.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Horário flexível.
• Análise da Sistemática Atual
Em relação ao engenheiro, prestador de
serviço terceirizado, não existem datas e
horários pré-fixados. É solicitado, quando
necessário.
• Sistemática Proposta Implementada
Visitas semanais, agendadas com o
mestre de obra.
3. QUALIFICAÇÃO DO PESSOAL
FUNCIONÁRIOS DO CANTEIRO
• Descrição Sistemática Atual
Servente, pedreiro e carpinteiro: ótima.
• Análise da Sistemática Atual
A maioria dos profissionais já possui
experiência anterior. A participação dos
envolvidos em cursos e aperfeiçoamento
provavelmente refletiria na melhoria do
desempenho.
• Sistemática Proposta Implementada
1. Incentivo permanente na participação
de cursos , seminários, palestras,
disponibilizando recursos e liberando os
funcionários para sua participação.
2. Palestras realizadas no canteiro de
obra:24/10/2006: Campanha de Higiene
Geral, Pessoal e saúde bucal.
Participaram os funcionários contratados,
o engenheiro, a acadêmica responsável
pelo administrativo da empresa.
Iniciativa: Seconci e Estudantes de
Psicologia – Univali.(Anexo B).
78
• Sistemática Proposta a Implementar
3. Incentivar a participação de todos em
cursos, seminários e palestras,
disponibilizando recursos.
Cronograma de Palestras e atividades
propostas no canteiro de obras:
Junho/07
Assunto: Segurança no trabalho.
Realização: empresa-Vídeo.
Agosto/07
Assunto: Utilização correta do uso do E.P.I
e E.P.C.
Realização: Técnico de segurança.
Novembro/07
Assunto: SIPAT - Semana Interna de
Prevenção de acidentes no trabalho.
Realização:Técnico de segurança e
empresa.
Fevereiro/08
Assunto: Doenças D.S.T.
Realização: estudantes do curso de
enfermagem.
MESTRE DE OBRA
• Descrição Sistemática Atual
Ótima.
• Análise da Sistemática Atual
O mestre da obra é um profissional que
tem conhecimento em diversas áreas. O
que facilita a execução dos serviços.
MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA
• Descrição Sistemática Atual
Encanador, eletricista: boa. Pintor: regular.
• Análise da Sistemática Atual
Em relação aos profissionais terceirizados,
o encanador e o eletricista possuem
atribuições desejáveis, o que não se aplica
aos profissionais de pintura.
79
ENGENHEIRO • Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Atende os requisitos, podendo ser
aperfeiçoado.
ADMINISTRATIVO
• Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Atende os requisitos, podendo ser
aperfeiçoado.
• Sistemática Proposta Implementada
Participação em cursos e palestras,
pesquisa em órgão especializado.
Sistemática Proposta a Implementar
Participação de cursos de especialização
em gerenciamento de obras.
4. GRAU DE INSTRUÇÃO
FUNCIONÁRIOS DO CANTEIRO • Descrição Sistemática Atual
Alfabetizados, maioria 1º grau completo.
Somente um funcionário é analfabeto.
• Análise da Sistemática Atual
Nosso quadro está acima da média. A
maioria dos profissionais desta área, não
tem escolaridade e possuem o 1º grau
incompleto.
• Sistemática Proposta a Implementar
Incentivar os funcionários analfabetos a
participarem de supletivo.
MESTRE DE OBRA
• Descrição Sistemática Atual
2o grau completo – técnico.
• Análise da Sistemática Atual
Possui experiência na área há mais de 20
anos.
ENGENHEIRO
• Descrição Sistemática Atual
3o. grau completo. Anteriormente atuava
no ramo de obras públicas.
80
ADMINISTRATIVO • Descrição Sistemática Atual
Gerente Financeiro: 3o grau completo com
mestrado.
Gerente administrativo: 3o grau
incompleto.
Auxiliar administrativo: 3o grau incompleto.
• Análise da Sistemática Atual
Na administração duas funcionárias estão
cursando administração de empresas.
DIRETORIA
• Descrição Sistemática Atual 3o grau completo + mestrado.
• Análise da Sistemática Atual Atividades exercidas: professor,
funcionário publico e empresário.
5. HUMANIZAÇÃO
REUNIÕES
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
Sistemática Proposta Implementada
Realização de reuniões mensais, com a
participação do grupo.
CONFRATERNIZAÇÃO • Descrição Sistemática Atual
Churrasco no término de cada laje.
Presentear os funcionários em datas
festivas.
• Análise da Sistemática Atual
Páscoa e Natal: presentear os
funcionários com cesta natalina e ovos de
páscoa.
No final de cada etapa da concretagem, a
empresa oferecia um churrasco para os
colaboradores e engenheiros.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilização no quadro de avisos a
data dos aniversariantes e comemoração
mensal 1 hora antes do término do
expediente, com bolo, refrigerante e vela.
Continuar comemorando as etapas,
oferecendo um churrasco.(Anexo G)
81
• Sistemática Proposta a Implementar
Promover mensalmente um café da
manhã diferenciado com duração de 1
hora, abordando assuntos relativos a
construção com temas e reportagens
técnicas.
ENTRETENIMENTO
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Sistemática Proposta A Implementar
Mensalmente sortear 02 ingressos para
entrada de cinema (funcionário e
acompanhante).
BENEFÍCIO ALIMENTAÇÃO
• Descrição Sistemática Atual
Reembolsar 50% do valor da refeição-almoço.
• Análise da Sistemática Atual
Manter a ajuda de custo.
• Sistemática Proposta a Implementar
Disponibilizar vale alimentação.
Considerações gerais: Os itens abordados nos aspectos de recursos humanos,
envolvem os aspectos trabalhistas, nível de comprometimento dos funcionários, a
qualificação, grau de instrução e a socialização do grupo. Quanto as leis trabalhistas,
a empresa sempre esteve preocupada em atender as exigências legais. Na
implantação do programa de Q.V.T., várias contribuições foram inseridas na empresa,
como por exemplo: no treinamento admissional, feito pelo sindicato, várias
informações de segurança são disponibilizadas aos participantes, o que facilita no
treinamento da empresa. Atualmente a empresa está mais preocupada em qualificar a
equipe operacional, pois assim, poderá atender melhor as exigências do mercado. A
comemoração dos aniversariantes trouxe alegria e descontração ao grupo. Neste
quadro, foram analisados 05(cinco) aspectos no canteiro de obra e implementadas
04(quatro) contribuições para a empresa.
Quadro 10 - Descrição da Sistemática - Aspectos de Recursos Humanos. Fonte : Dados primários (2007).
82
IV– SEGURANÇA, SAÚDE E HIGIENE NO TRABALHO
1. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO
NORMAS TÉCNICAS • Descrição Sistemática Atual
Sem exigência C.A.(Certificado de
Aprovação) expedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
• Análise Da Sistemática Atual
Na aquisição dos equipamentos não exigia o
selo de garantia que contém o registro e
autorização do Ministério do Trabalho, por
falta de conhecimento e acúmulo de funções.
• Sistemática Proposta Implementada
Aquisição de equipamentos de segurança
necessários, mediante certificado de
aprovação.
CONTROLE E SUPERVISÃO • Descrição Sistemática Atual
Responsabilidade do mestre de obra, tarefa
executada.
• Análise Da Sistemática Atual
Não existe cobrança permanente.
• Sistemática Proposta Implementada
Acompanhamento semanal e supervisão
entre o grupo. Promover a higiene dos
mesmos.
CONSCIENTIZAÇÃO PARA USO • Descrição sistemática atual
Alguns operários demonstraram resistência
ao uso do capacete, botas, cinto de
segurança e óculos de proteção.
83
UTILIZAÇÃO • Descrição Sistemática Atual
Adesão da maioria.
• Análise da Sistemática Atual
Ao iniciar a obra, todos os funcionários
utilizavam os capacetes e botinas
diariamente. Os equipamentos específicos
são utiIlizados, quando necessário. Os
funcionários menos qualificados, são
resistentes ao uso e geralmente se
esquecem de recolocar quando exercem
atividades que necessita a retirada dos
mesmos.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilização imediata aos funcionários de
equipamentos de proteção individual (EPI)
obrigatórios, tais como: capacetes, protetor
auricular, luvas, botas, uniforme, protetor
solar e creme protetor.
2. PROGRAMAS DE SAÚDE
EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAIS
• Descrição Sistemática Atual
Realização quando da ocorrência, por
profissional habilitado.
• Análise da Sistemática Atual
Os programas são exigidos por lei. A
empresa não possui os programas de saúde
ocupacional exigidos por Lei. Somente nos
casos de admissão e demissão, são feitos
exames médicos por profissional habilitado
da segurança do trabalho.
• Sistemática Proposta Implementada
Contratação de empresa habilitada para
implantação do programa de saúde,
promovendo levantamentos e adequação do
local de trabalho de acordo com a legislação,
promovendo exames periódicos, palestras de
segurança, treinamentos admissionais e
descrição das atividades.
84
EXAMES PERIÓDICOS • Descrição Sistemática Atual
Inexistência.
• Sistemática Proposta Implementada
Realização pela empresa contratada.
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS PPP-PCMAT-PPRA • Descrição Sistemática Atual
Inexistência.
• Sistemática Proposta Implementada
Elaboração pela empresa contratada.
CONVÊNIOS
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilidade de Convênios aos
funcionários, com clínicas médicas e
odontológicas e laboratórios(descontos).
PREVENÇÃO
• Descrição Sistemática Atual
Inexistente.
• Sistemática Proposta Implementada
Disponibilização de utensílios e
medicamentos de primeiros socorros,
atualização de vacinas e realização de
exames de tipo sanguíneo.
Sistemática Proposta a Implementar
Promover campanha de vacinação.
3. HIGIENE PESSOAL
• Descrição Sistemática Atual
Boa.
• Análise da Sistemática Atual
Os funcionários são cuidadosos com a
higiene pessoal, mas o ambiente não
contribui.
85
• Sistemática Proposta Implementada
Foram disponibilizados no início, produtos e
acessórios de higiene pessoal, tais como:
escova, pasta de dente, sabonetes. A
fiscalização está acontecendo entre o
grupo.Quando necessário,o grupo discute
sobre os assuntos que não estão sendo
respeitados, de forma educada e respeitosa.
• Sistemática Proposta a Implementar
Reposição de produtos e utensílios para os funcionários.
Considerações gerais: A segurança, saúde e higiene no trabalho são temas
relacionamentos diretamente a Q.V.T. No que diz respeito à utilização dos equipamentos
de segurança, primeiramente foi realizado uma visita à Fundacentro, órgão do ministério
do trabalho, responsável pela segurança e saúde dos trabalhadores. Cabe evidenciar, a
apropriação de conhecimento do funcionário responsável que prestou as informações
necessárias. Este órgão dispõe de biblioteca e cursos para a sociedade. Na medida que
os equipamentos corretos foram entregues ao grupo, houve grande satisfação por parte
dos mesmos, em perceber a preocupação da empresa em promover mais segurança. A
resistência em aceitar as regras da obra e a utilização de todos os EPIs, somente existe
por um funcionário. Quanto aos programas de saúde implementados, cabe ressaltar que
são exigências da lei. Sempre houve uma preocupação por parte da acadêmica em
implantar este programa na empresa. Além dos exames admissionais e demissionais,
existem os periódicos. Estes podem garantir a saúde do trabalhador. A higiene pessoal é
um assunto que sempre é abordado no nosso canteiro de obra. Neste quadro, foram
analisados 03(três) aspectos no canteiro de obra e implementadas 08(oito) contribuições
para a empresa.
Quadro 11 - Descrição da Sistemática - Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. Fonte : Dados primários (2007).
4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO
A empresa em estudo é denominada Westhouse Empreendimentos
Imobiliários Ltda, pessoa jurídica de direito privado. Iniciou suas atividades em 1º
de fevereiro de 2005 para atuar no ramo da construção civil, compra e venda,
86
locação e incorporação de imóveis. Suas atividades também estendem-se para
viabilização de projetos de urbanização e loteamento de imóveis.
A Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. surgiu da necessidade
de uma continuidade ao trabalho realizado pelo sócio majoritário, no ramo da
construção civil e administração de bens, sob outra denominação. O mesmo
atuou no mercado de Florianópolis durante 15 anos, tempo que comprova
competência gerencial e a solidez.
Inserida no mercado imobiliário em grande expansão, a empresa vem
conquistando um mercado diferenciado. Dedica-se à satisfação e fidelização de
seus clientes. Seu principal foco na construção civil é construir empreendimentos
no padrão de alta qualidade, com poucas unidades, em localização privilegiada.
Atualmente está empreendendo um edifício multi-familiar na Praia dos Ingleses –
Florianópolis e viabilizando um empreendimento comercial no centro de
Florianópolis.
Durante 20 anos, atuou no ramo hoteleiro, com um empreendimento tipo
apart-hotel em Canasvieiras, com capacidade de receber até oito pessoas por
apartamento. Sua localização privilegiada, apartamentos confortáveis e limpos
promoveram a fidelização de seus clientes, mantendo um ambiente familiar e
agradável.
Atualmente, a empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda.
compõe seu quadro funcional com vinte colaboradores, sendo 04 (quatro) na área
administrativa e gerencial (dois com nível superior completo, um com superior
incompleto e 02(dois) com nível médio e técnico) e 14 na área operacional
(dividindo-se em nível médio e 1° grau fundamental).
Devido ao número reduzido de colaboradores esta administração promove
maior sinergia entre os envolvidos, resultando no comprometimento coletivo.
Fazem parte dos seus objetivos atemporais: permanecer no mercado
imobiliário com qualidade nos serviços, agregar uma equipe de trabalho
competente e generalista, manter uma estrutura enxuta e eficiente, proporcionar
uma remuneração satisfatória, obter lucro e cumprir suas obrigações legais.
A seguir, apresenta-se o organograma da Westhouse Empreendimentos
Imobiliários Ltda.:
87
Figura 1 – Organograma da empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda. Fonte: Dados primários (2005).
4.2 AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS IMPLEMENTADAS
4.2.1 Visão da Empresa
A acadêmica realizou a entrevista com o Diretor Superintendente, sócio
proprietário e principal responsável pela empresa.
Na visão da empresa, o Diretor considera todos os temas em estudo
relevantes, tais como: higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho.
Ressalta que para preservar a integridade das pessoas a segurança é
fundamental e considera primordial tratar permanentemente os temas e
promover sempre a conscientização dos colaboradores. Destaca a importância
da educação como elemento principal para obter uma melhor qualidade devida
acompanhada de um processo pedagógico.
No sentido de promover outras contribuições para agregar os programas já
existentes, acredita que se devem estimular os colaboradores na busca de um
melhor padrão de conhecimento e melhor grau de instrução. O programa de 5S
também poderá contribuir muito na melhoria e na Q.V.T.
Em relação aos perigos e riscos relacionados à saúde, segurança e
ergonomia nos canteiros de obra, a empresa mostrou-se interessada e
Projetos Supervisionados Coordenadoria de atividades operacionais
Operacional Administrativo
Gerente Administrativo/Financeiro
Operacional Projetos
Gerente Operacional
Diretor Superintendente
88
apresentou uma consciência relevante, destacando o risco como fator inerente
ao trabalho. Na implantação e manutenção dos canteiros de obra, busca
informações e respeita as normas existentes do Ministério do Trabalho e
Fundacentro e mantém-se atualizada a partir dos resultados de consultoria
contratados para este fim. De forma mais abrangente, atribui os resultados e a
produtividade à qualidade de vida de seus colaboradores.
Quanto à qualificação profissional, a empresa acredita que a educação
continuada é o melhor caminho para se conseguir resultados satisfatórios no
trabalho e sempre estará disposta para tal investimento.
Em se tratando de disponibilidade de recursos financeiros para
implantação de um modelo de Q.V.T., a empresa adota como princípio básico
a construção de um ambiente sadio que possa ser compreendido como a
extensão da casa de seus colaboradores, ou seja; uma área de convivência
saudável, sanitários em perfeitas condições e dormitórios adequados.
Desse modo, a empresa espera obter os resultados esperados na
implantação do programa de Q.V.T., proporcionando ao colaborador, a certeza
de sua melhor formação, integração trabalho versus família e para a empresa
os resultados compatíveis com os dispêndios financeiros.
4.2.2 Visão dos Colaboradores
A acadêmica aplicou um questionário monitorado em 08(oito)
colaboradores, atualmente disponíveis no canteiro no Residencial Portomare –
Praia de Ingleses, a fim de obter um posicionamentos dos envolvidos em
relação aos resultados obtidos. Foram abordadas as seguintes questões: QVT x
satisfação x produtividade, acidentes na construção civil, qualificação
profissional, condições de limpeza, disponibilidade de área de convivência,
sugestões para melhoria, uso E.P.I., contribuições pessoais e comprometimento
pessoal, disponibilizadas da seguinte forma:
89
Questão 1
Uma qualidade de vida adequada no
trabalho influência na satisfação e
produtividade do funcionário?
Respostas obtidas:
( 08 ) sim
( ) não
As respostas apresentadas pelos funcionários foram unânimes na afirmativa de que há
uma relação positiva entre qualidade de vida no trabalho e sua influência na
produtividade e satisfação do colaborador. Esta evidência é comprovada pelos autores,
França (2001, p.237) que destaca que na visão biopsicossocial, o ser humano tem
potencialidades biológicas, psicológicas e sociais que interagem e respondem
simultaneamente às condições de vida e Chiavenato (2004, p. 448) que destaca a
satisfação com o trabalho executado, como um dos fatores que envolve a QVT. A
acadêmica considera muito importante o fator qualidade de vida em todos os aspectos
da vida, tanto profissional como pessoal. As melhores condições no trabalho já
implantadas proporcionaram visivelmente aos funcionários, uma melhor satisfação e
grande grau de comprometimento. As revelações de Oliveira (2006, p.206), conforme
pesquisas realizadas no ano de 2000 no Centro de Tecnologia e Edificações (CTE),
afirmam que as empresas que implantaram melhorias nos aspectos de gestão de
pessoas, apresentaram maior comprometimento e motivação por parte dos
trabalhadores.
Quadro 12 - Influência da Q.V.T. na satisfação e produtividade. Fonte : Dados primários (2007).
90
Questão 2
Você conhece todos os perigos
que os funcionários enfrentam nas
atividades da construção civil? Já
sofreu algum acidente de trabalho?
Respostas obtidas:
1. Sim. Depende da responsabilidade individual.
Sim, diversos, como: queda de altura, o andaime
caiu e eu não estava com cinto de segurança.
2. Quase todos.
2.1 Sim, diversos: levantamento de peso em
excesso e tive problemas de coluna. 2.2 Sim,
montagem da laje, ela desabou e caiu de uma
altura de 2,5 m altura, faltou escora e sustentação.
3.Tenho conhecimento. Sim, anteriormente tive
uma fratura no pé.
4. Sim. Sim, queda de altura por não estar usando
E.P.I. correto.
5. Conheço vários. Não.
6. Tenho conhecimento de vários, são diversos.
Não.
7. Conheço muitos, mas desconheço os
indesperados. Sim, martelada no dedo.
As respostas obtidas na questão 2, constatam o conhecimento de todos os
colaboradores no que diz respeito aos perigos, 01 colaborador destacou a importância
da responsabilidade individual. Em relação aos acidentes, 06 funcionários já tiveram
acidentes de trabalho por falta de segurança no local de trabalho, uso inadequado de
E.P.I e ausência do mesmo. Felizmente 02 funcionários entrevistados nunca tiveram
acidente de trabalho. Por considerar este fator muito importante, acredita-se que é papel
das organizações diminuir o risco de acidentes através de palestras e maior fiscalização.
A organização sempre alerta os funcionários dos perigos causados. A empresa já
implantou métodos legais que proporcionem segurança no trabalho no canteiro de obras,
como contratação de empresa qualificada para fiscalizar e promover adaptações.
Segundo GONÇALVES (2006, p. 1049), a partir de 1970, o Brasil vem se destacando
como campeão mundial de acidentes de trabalho.A lei no.6.514, de 22.12.1977, que deu
a redação atual aos artigos 154 a 201, constituem o Capítulo V: Da Segurança e da
Medicina do Trabalho. Durante décadas, as causas de acidentes são provenientes de
duas categorias: as condições inseguras e Atos Inseguros.
Quadro 13 - Perigos na construção civil. Fonte : Dados primários (2007).
91
Questão 3
Já participou de palestras e cursos que
apresentam os perigos e ensinam o uso
adequado do E.P.I.?
Respostas obtidas:
1.Sim. Várias: CIPA, Primeiros Socorros,
Q.V.T.
2.Sim. (05 funcionários)
3. Sim, várias
4.Sim, no treinamento admissional
Seconci.
As respostas obtidas nesta questão comprovam a participação dos funcionários
entrevistados em palestras de segurança e proteção, sendo que apenas 02 funcionários
tiveram a oportunidade de participar de mais de 01 evento e possuem maior
conhecimento. A participação periódica dos colaboradores em palestras e cursos é
fundamental para aprimorar conhecimentos, promover a produtividade e manter
atualizados em relação aos equipamentos novos disponíveis no mercado que garantem
a melhor segurança .Após a implantação do programa, a empresa já proporcionou uma
palestra e encaminhou todos os colaboradores no treinamento que promove
esclarecimentos , ministrado por profissional qualificado.Cabe ressaltar, que a NR 6-
EPI, destaca que o uso do equipamento de proteção individual, simbolizado por uma
bota, capacete ou luva, não são suficientes para garantir a segurança do trabalhador , o
uso do mesmo apenas previne as ocorrências dos acidentes de trabalho. Entretanto, a
proteção coletiva deve ser eficaz, no intuito de eliminar o risco ambiental na fonte
produtora (GONÇALVES, 2006, p.182).
Quadro14 – Perigos e uso adequado do E.P.I. Fonte : Dados primários (2007).
92
Questão 4
Considera importante um canteiro
de obras limpo e organizado?
Por quê?
Respostas obtidas:
1. Sim, porque diminui o risco de acidentes.
2. Sim, porque trabalha melhor e tem mais
segurança.
3. Sim, para melhorar a segurança e também
depende da colaboração dos funcionários.
4. Sim, evita acidentes.
5. Sim, porque o ambiente de trabalho deve
ser visto como nossa casa e deve ter
segurança.
5. Claro, porque trabalhamos melhor e nos
sentimos mais seguro. Os materiais ficam
mais disponíveis.
7.Sim, porque diminui o número de
acidentes. Considero, porque evita
acidentes e mantém a obra com melhor
apresentação.
Em relação à limpeza e organização no canteiro de obras, todos os entrevistados
consideram muito importante este fator. Cabe destacar a preocupação dos mesmos em
relação à segurança. Foi observado também a relevância em manter o local organizado
e bem apresentado. Após a implantação do modelo de Q.V.T.com objetivo de
reestruturar a área de convivência, iniciou-se um programa de 5S na empresa. No início
do mês de março/07 todos os ambientes estavam adequados e proporcionavam uma
excelente qualidade de vida, foi então que surgiu a idéia de iniciar um organização geral,
envolvendo materiais e pessoas. Foram listados os principais locais de atenção e
sorteado entre os colaboradores a divisão de tarefas. Iniciou-se com uma reunião que
falava sobre o programa 5S e também disponibilizado um resumo com as características
das 5 funções, do 5S. As tarefas foram divididas e inspecionadas semanalmente pela
acadêmica. Nos canteiros de obras geralmente encontram-se materiais e equipamentos
que impedem o fluxo de passagem. Esta falta de organização gera falta de segurança
aos funcionários no local de trabalho (GONZALEZ, 2005, p.34).As necessidades de
segurança são descritas por Maslow e constituem o segundo nível de hierarquias
(KNAPIK, 2006, p.99).
Quadro 15 - Importância do canteiro de obras limpo e organizado. Fonte : Dados primários (2007).
93
Questão 5
Na área da vivência, o que considera
importante?
Respostas obtidas:
1. Limpeza (04).
2. Refeitório, BWC e bom
relacionamento com o grupo.
3. Limpeza, sendo que o BWC, o
vestuário e o refeitório devem ser
separados.
4. Limpeza e amizade do grupo. Aqui
existe muito entrosamento e deve-
se ter muito cuidado na contratação
de serviços terceirizados.
5. Em primeiro lugar a organização e
depois a limpeza.
Na área de vivência observou-se nas respostas maior importância no fator limpeza,
acompanhado de organização e a existência de um refeitório, BWC e vestuário
individuais. Também foi destacado a importância do relacionamento interpessoal. Para a
acadêmica, o fator limpeza é fundamental para realizar qualquer atividade. O ambiente
construído é muito agradável, promove conforto a todos. Os princípios da empresa estão
de acordo com os colaboradores, facilitando a realização e implantação do programa.
Conforme NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da Construção,
ítem 18.4 – Áreas de Vivência – 18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de:
instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, cozinha, quando houver
preparo para as refeições, lavanderia, área de lazer e ambulatório, quando se tratar de
frentes de trabalho com 50(cinqüenta) ou mais trabalhadores (GONÇALVES, 2006,
p.574).
Quadro 16 - Fatores importantes na área de vivência. Fonte : Dados primários (2007).
94
Questão 6
O que sugere
para melhorar no
canteiro de
obras?
Na circulação do
canteiro?
Na área de
vivência?
Respostas obtidas: 1. A contratação de uma consultoria e vistoria permanente para tratar
dos assuntos: segurança e qualidade. Circulação: manter limpo e
livre.
2. Uma obra mais limpa na circulação. Convivência: está ótimo, se
melhorar estraga.
3. Uma cobertura maior para os funcionários que trabalham nas
ferragens (04). Circulação: nada, Convivência: nada.
4. Nada
5. Na circulação, deve ser mais limpo e não ter pregos e resíduos,
somente areia. Convivência: ótimo.
6. Na circulação deve ser conservado sempre limpo. Convivência:
Maior cuidado pessoal com a higiene pessoal e respeito pelos outros.
7.Circulação: Melhorar a disposição dos materiais, exemplo: ferro.
Convivência: está ótima.
8.Promover sempre a participação e colaboração de todos.
Circulação: após uso, sempre guardar no local definido. Convivência:
manter sempre a colaboração de todos para manutenção.
Em relação às melhorias no canteiro foi sugerida a contratação permanente de uma
consultoria especializada para fiscalizar as questões de segurança e aprimorar a
qualidade dos serviços realizados. Quatro funcionários destacaram a importância de
instalar em local apropriado, uma cobertura para proteger os funcionários do sol e chuva
na montagem de ferragens. Foi abordada também a importância da participação e
colaboração de todos. Na circulação destacaram a permanente vigilância para manter
limpa, sem resíduos e a guarda adequada dos materiais utilizados, após seu uso. Na
área de convivência observou-se uma grande satisfação, mas alertando a importância
da colaboração e respeito. Um funcionário entrevistado considera tudo adequado. Para a
acadêmica foi muito gratificante proporcionar melhores condições no ambiente de
trabalho, garantindo a integridade e promovendo a participação de todos. Atualmente, o
canteiro, a circulação e a área de convivência nesta obra estão satisfatórias, faltando
ainda implementar com as placas de identificação no interior da obra.A apresentação de
um canteiro de obras organizado reflete diretamente na imagem da empresa que visa
proporcionar a seus clientes externos, respeito e comprometimento com os programas
de qualidade (GONZALEZ,2005, p.31).
Quadro 17 - Sugestões para melhoria no canteiro de obras. Fonte : Dados primários (2007).
95
Questão 7
A empresa proporciona condições físicas
e fornecimento de E.P.I. adequados para
realização de trabalho com segurança?
Respostas obtidas:
1. Sim (05).
2. Sim, até demais.
3. Sim. As luvas compradas pelo mestre,
devem ser de melhor qualidade.
4. No momento sim. Talvez falte algum
acessório por falta de conhecimento.
Todos os funcionários entrevistados responderam que a empresa em estudo,
proporciona condições adequadas para realização dos trabalhos. Um funcionário
mencionou que a compra de E.P.I. realizada pelo mestre não foi 100% adequada, fato
este que destaca a importância de qualificar um profissional para aquisição dos mesmos.
Outro fator a ser considerado é o conhecimento permanente de todos os acessórios
utilizados.Para maior conhecimento e apropriação do assunto, foram necessários
realizar estudos, pesquisas, entrevista e participação de eventos que abordem assuntos
relativos à segurança no ramo da construção civil. A empresa que trata dos assuntos de
segurança no canteiro, hoje SECONCI, promove mensalmente a fiscalização no canteiro
de obras e relata as irregularidades, quando necessário. Gonçalves comenta (2006, p.
183): o empregador é responsável em proporcionar aos empregados um ambiente
saudável e seguro, isento de riscos profissionais. È de responsabilidade do empregador,
adquirir o EPI adequado ao risco da atividade exercida com certificado de aprovação CA;
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso correto e manutenção dos mesmos; exigir o
uso; substituir quando necessário e comunicar ao MTE em caso de irregularidade
observada (GONÇALVES., 2006, p.185).
Quadro 18 - Condições de segurança no trabalho. Fonte: Dados primários (2007).
96
Questão 8
A empresa promove treinamentos,
capacitação e palestras aos funcionários?
Respostas obtidas:
1. Sim (05).
2. Sim, mas deve ser com mais
freqüência (02).
3. Sim, serve para manter maior
esclarecimento para o funcionário.
Cinco dos oito funcionários entrevistados, somente responderam que a empresa
promove treinamentos e capacitação. Dois funcionários destacaram a importância da
freqüência da realização dos mesmos e outro ressalta este fator como esclarecedor. Em
relação a sistemática proposta, somente foi possível promover o treinamento inicial e
uma palestra sobre higiene. A acadêmica propôs a aquisição de filmes/DVD da
Fundacentro para que disponibilizar a todos e promover encontros com apresentação
dos mesmos. Para França( 2001, p.241) “ treinamento é sem dúvida uma das áreas que
melhor viabiliza as ações de preparação e desenvolvimento da gestão de Q.V.T.”
Promover treinamentos com enfoque em Q.V.T. é proporcionar um ambiente de
trabalho preocupado com a integração , valorizando as pessoas e viabilizando uma vida
mais saudável e obtendo produtividade(FRANÇA, 2001, p.251). Gonçalves (2006, p.566)
destaca que na construção civil, não se constata nenhum investimento significativo na
melhoria da capacitação dos profissionais.
Quadro 19 - Treinamentos e palestras. Fonte : Dados primários (2007).
97
Questão 9
O programa de Q.V.T. que está sendo
implantado neste canteiro de obras
contribuiu no seu trabalho e na sua vida
pessoal?
Respostas obtidas:
1. Sim.
2. Sim, contribuiu muito.
3. Com certeza. Trabalho com mais
tranqüilidade.
4. Proporcionou melhores condições
de vida.
5. Sim, sinto mais segurança e
proteção.
6. Sim, a construção civil está mais
preocupada com saúde e
segurança do trabalhador.
7. No trabalho, com certeza. Me sinto
mais seguro e feliz. Sim, contribuiu
no trabalho. Na minha vida pessoal
já possuo hábitos e cuidados.
Em relação à contribuição pessoal e profissional, foi apresentado por todos, um grande
nível de satisfação. Na análise das respostas foi constatado que os funcionários
apresentam mais tranqüilidade, mais proteção e mais felicidade após a implantação do
programa de Q.V.T. Para França e Zaima (2002, p. 406), o ser humano não se divide e
todo ato de expressar-se é complexo e interligado. Cada um é composto da interação
biológica, psicológica e social que reagem concomitantemente aos estímulos recebidos.
O ser humano passa a maior parte do tempo no ambiente de trabalho. A construção civil
realiza atividades insalubres que prejudicam a saúde física e mental dos colaboradores.
Para tanto, a acadêmica considera fundamental proporcionar condições físicas
aceitáveis, promover a participação de todos e proporcionar segurança e satisfação para
integra seu quadro funcional de pessoas realizadas.
Quadro 20 - Contribuição do programa de Q.V.T. na vida pessoal. Fonte : Dados primários (2007).
98
Questão 10
O que você pode contribuir na implantação
do programa de Q.V.T. para que seja uma
conquista vitoriosa?
Respostas obtidas: 1. Adotar corretamente o uso do E.P.I.
2. Com a limpeza e manutenção (02).
3. Mantendo o cuidado pessoal e
alertando os companheiros de
trabalho com relação aos perigos e
cuidados (03).
4. Colaborando com as exigências da
empresa.
5. Cuidando de todos os locais com
maior zelo.
Foi destacada por 02 funcionários a importância da limpeza e manutenção do canteiro,
enquanto que 03 abordaram os cuidados pessoais e fiscalização entre o grupo quanto
aos perigos. Em relação aos sucessos destacou-se a importância do uso correto de
E.P.I., respeito pela exigência legal e cuidados em geral. Este programa somente foi
possível implantar porque houve a participação dos funcionários, o apoio da empresa e a
necessidade da acadêmica em promover satisfação aos funcionários e agregar valor à
empresa e aos clientes externos. A QVT abala as atitudes pessoais e comportamentos
significativos na produtividade individual e coletiva, tais como: motivação no trabalho,
adaptação no ambiente de trabalho, criatividade, iniciativa em inovar ou aceitar
mudanças (CHIAVENATO, 2004, p.449). Para Barros(1999), um programa de qualidade
não tem fim.Segundo Chang e outros (1994, p.170) “todos na organização devem estar
envolvidos no processo para alcançar a qualidade”.
Quadro 21 - Contribuições dos funcionários no programa Q.V.T. Fonte : Dados primários (2007).
99
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao escolher o tema, sempre destacou-se a importância de realizar um
trabalho de conclusão de curso que pudesse contribuir para a sociedade e para a
organização, cabendo ressaltar que todas as solicitações foram disponibilizadas
pela organização para a realização deste trabalho.
Para garantir a eficácia da implantação do programa de Q.V.T. a
acadêmica participou de alguns cursos, seminários e palestras específicas para
apropriar-se do tema, conforme apresenta as informações no Apêndice I.
A busca de informações para concretização deste trabalho enriqueceu
muito o conhecimento teórico da acadêmica, despertando afinidade nos temas
relativos a Recursos Humanos.
Em relação à implantação e monitoramento do programa de Q.V.T., cabe
evidenciar que todo o processo de mudança, exigiu empenho e dedicação. Com o
propósito de promover a sincronicidade do grupo, foi necessário identificar os
hábitos dos funcionários, suas necessidades e as características de
personalidade. As visitas foram realizadas de uma a duas vezes por semana.
Durante o processo de implantação, semanalmente, foram realizadas reuniões
com a participação do grupo, obtendo as informações necessárias e
implementando mudanças.
A administração sempre esteve apoiando as decisões para melhoria. A
responsável pelo programa revela que seu desejo era dedicar-se com mais afinco
no processo de implantação, promovendo treinamentos periódicos e maior
disponibilidade de tempo para pesquisa do assunto em estudo, já que atualmente
realiza outras atividades na organização.
Na certeza de disponibilizar maior conhecimento aos trabalhadores, a
empresa está fornecendo um manual de canteiro de obras (Apêndice F),
contendo informações sobre segurança, saúde, higiene e boas maneiras.
Para contribuir com o programa implantado, no final do mês de
fevereiro/2007, foi iniciado um programa de reuniões com acompanhamento e
vistorias semanais, com o objetivo de implantar um programa de descarte,
limpeza e organização no canteiro de obras. O não cumprimento das regras
100
estipuladas aos colaboradores foram anotadas e comentadas em reunião, com o
objetivo de identificar as falhas no processo e corrigí-las imediatamente.
Organizar com eficiência um canteiro de obras exige do profissional um
amplo conhecimento para garantir a melhoria contínua nos processos.
A primeira comemoração dos aniversariantes realizada no canteiro da obra
Residencial Portomare - Ingleses, foi realizada no dia 28 de fevereiro de 2007 no
horário do café. A receptividade dos participantes foi saudosa. Nos meses
seguintes, repetiram-se as festividades.
Quanto às dificuldades encontradas, cabe ressaltar que durante o processo
faltou o apoio de um auxiliar permanente no canteiro de obras para acompanhar o
processo com mais controle e supervisão. O tempo reduzido não permitiu
promover mais incremento nos trabalhos.
Na pesquisa realizada em materiais acadêmicos, bibliográficos e técnicos,
observou-se a dificuldade em localizar temas atualizados de QVT, pois, se
evidencia grande parte de publicações na década de 90, fato que caracteriza o
foco de programas de QVT, destacando maior interesse pela saúde, segurança e
valorização de ambientes humanísticos. Grande parte da bibliografia foi editada
no período citado.
Na finalização do trabalho, algumas necessidades foram diagnosticadas na
organização, sendo assim, recomendam-se algumas sugestões para futuros
trabalhos:
• Implantação de um programa de gerenciamento eletrônico, a fim de
promover maior controle de materiais, acompanhamento físico e financeiro
e centralização de compras;
• Promover parcerias com os fornecedores, através de uma cadeia de
construtores, com o propósito de garantir melhor qualidade, preço e
condições;
• Elaboração de um modelo de relatório a fim de avaliar e medir a
produtividade dos trabalhadores;
• Implantação de um modelo de marketing, a fim de prover resultados
estratégicos para a organização, garantir um relacionamento amistoso com
o cliente e disponibilizar recursos para atender todas as suas
necessidades;
101
• Elaboração de uma cartilha para o cliente, contendo relação de todos os
materiais utilizados na construção, com o endereço, telefone dos
fornecedores e assistência técnica, sugestões de boa convivência, modelo
de regimento interno e convenção de condomínio e uma cópia de todos os
projetos;
• Elaboração de um manual modelo para canteiro de obras, com o objetivo
de disponibilizar as informações necessárias para a empresa, contendo
todos os processos administrativos e legais, ou seja: relação dos
documentos legais necessários disponíveis no canteiro para fiscalização,
modelo de layout área de vivência, relação dos utensílios necessários,
padronização do depósito de ferramentas, procedimentos de segurança
individual e coletiva.
Os objetivos propostos, geral e específicos, foram alcançados com muita
satisfação, evidenciando que durante a implantação do programa, os trabalhos no
canteiro de obras do empreendimento Portomare foram bem receptivos.
Atualmente, a área de convivência do canteiro de obras em estudo é
caracterizada pela limpeza e organização. Todos os funcionários estão
empenhados na manutenção e continuidade dos trabalhos.
102
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107
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A
LAYOT DO CANTEIRO DE OBRAS
108
APÊNDICE B
ENTREVISTA À DIREÇÃO
110
APÊNDICE C
ENTREVISTA FUNCIONÁRIOS
111
APÊNDICE D
FORMULÁRIO DE RECIBO ENTREGA E.P.I.
112
APÊNDICE E
FORMULÁRIO ORDEM DE SERVIÇO
113
APÊNDICE F
MANUAL DE SEGURANÇA, HIGIENE E BOA CONVIVÊNCIA
119
APÊNDICE G
FORMULÁRIO DE CALENDÁRIO DE TAREFAS – 5S
143
APÊNDICE H
FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS E VISITA – 5S
144
APÊNDICE I
CURSOS E PALESTRAS DE QUALIFICAÇÃO D ACADÊMICA
145
108
APÊNDICE A - LAYOT DO CANTEIRO DE OBRAS
P R O J E Ç Ã O D OP R É D I O
Á R E A D E V I V Ê N C I A
P I S C I N A 1P I S C I N A 2
P R A I A / M A R
A C E S S O D EP E D E S T R E S
A C E S S O D E V E Í C U L O S
R U A D A SG A I V O T A S
REFEITÓRIO
ESCRITÓRIO
DEPÓSITOFERRAMENTAS
VESTIÁRIOBANHEIRO
DORM. 1DORM. 2
DORM. 3
PLANTÃO
VENDAS
LAVANDERIA
109
REFEITÓ
RIO
ESC
RITÓ
RIO
DE
PÓ
SITO
FER
RA
MEN
TAS
VES
TIÁRIO
BAN
HE
IRO
DO
RM
. 1D
OR
M. 2
DO
RM
. 3
PLAN
TÃO
VE
ND
AS
LAV
AN
DE
RIA
110
APÊNDICE B - ENTREVISTA À DIREÇÃO
Entrevista à Direção
Nome: Antonio Getúlio Westrupp Função: Diretor Superintente
1. Qual a visão da direção em relação aos temas: higiene, segurança e
qualidade de vida no trabalho? 2. A direção da empresa sugere outras contribuições para agregar aos
programas hoje existentes na organização?
3. A organização identifica os perigos e trata os riscos relacionados à saúde, à segurança e à ergonomia do colaborador nos canteiros de obra?
4. O fator qualidade de vida interfere em outros processos? Quais?
5. A direção pretende investir em qualificação profissional, melhores
condições de segurança e qualidade e treinamentos?
6. A organização tem interesse em disponibilizar recursos financeiros para implantação de um modelo de Q.V.T. nos canteiros de obra?
7. Quais os resultados esperados na implantação do programa de
qualidade de vida dos empregados?
111
APÊNDICE C - ENTREVISTA FUNCIONÁRIOS Entrevista – funcionários
1. Uma qualidade de vida adequada no trabalho influencia na
satisfação e produtividade do funcionário?
2. Você conhece todos os perigos que os funcionários enfrentam nas atividades da construção civil?Já sofreu algum acidente de trabalho?
3. Já participou de palestras e cursos que apresentam os perigos e
ensinam o uso adequado dos E.P.I.?
4. Considera importante um canteiro de obras limpo e organizado?Por quê?
5. Na área de convivência, o que considera importante?
6. O que sugere para melhorar no canteiro de obras? Na circulação do
canteiro? Na área de convivência?
7. A empresa proporciona condições físicas e fornecimento de E.P.I. adequados para realização de trabalho com segurança?
8. A empresa proporciona condições físicas e fornecimento de E.P.I.
adequados para realização de trabalho com segurança?
9. Promove treinamentos, capacitação e palestras aos funcionários?
10. O programa de Q.V.T. que está sendo adotado neste canteiro de obras contribuiu no seu trabalho e na sua vida pessoal?
11. O que você pode contribuir para o sucesso da implantação do
programa de QVT no canteiro de obras?
112
APÊNDICE D – FORMULÁRIO DE RECIBO ENTREGA E.P.I.
RECIBO DE ENTREGA DE E.P.I EMPRESA: WESTHOUSE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA NOME DO EMPREGADO: FUNÇÃO: OBRA:
Confirmo o recebimento do equipamento (EPI) listado abaixo, de propriedade da
empresa, ficando ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação.
Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada do EPI acarretará no não
ressarcimento do mesmo por parte da empresa. Nesta data fui orientado e instruído
quanto ao uso e finalidade do E.P.I. recebido além dos meus direitos e deveres, o não
cumprimento das determinações acima implicarão em falha com as normas de
segurança.
CONFIRMAÇÃO DE RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E
UNIFORMES
QTD Descrição do
equipamento
Data recebimento
Entrega
Nome
do funcionário
Assinatura do
funcionário
Capacete branco
C.A. 8562
Par de botinas n°__
C.A. 15486
Calça de elástico
(M)e jaleco- padrão
Westhouse
Cinto de segurança
Protetor auricular
Luva
Fig. 1 – Formulário para o controle de entrega de E.P.I.(Equipamento de proteção
individual) e uniformes
113
APÊNDICE E – FORMULÁRIO ORDEM DE SERVIÇO
O R D E M D E S E R V I Ç O
2 . 1 F U N Ç Ã O : S E R V E N T E A construção é uma industria atípica que, por suas características
peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente. Assim:
Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Use óculos de segurança contra impactos e respingos, para trabalhar para
trabalhar em esmeril, apicoamento, lixamento, pintura, fabricação e lançamento
de concreto. Use máscara contra poeira em trabalhos que provoquem seu
desprendimento. Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos
e materiais abrasivos. Use luvas ombreiras de raspa de couro no transporte de vergalhões. Use botas e luvas de borracha para trabalhos de lançamento de
concreto ou em terrenos encharcados. Use corretamente o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança,
para trabalhos realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros (dois metros) ou na periferia da obra.
Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso.
Não levante cargas acima de 40 Kg (quarenta quilogramas) e nem as transporte acima de 60 Kg (sessenta quilogramas).
Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra circular, ou em outros trabalhos que exijam (martelete, betoneira, compressor etc.)
DECLARAÇÃO:
Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
114
2.2 F U N Ç Ã O : E L E T R I C I S T A A construção é uma industria atípica que, por suas caracteristicas
peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente. Assim:
Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Evite trabalhos em circuitos ou equipamentos energizados. Quando não
for possível desligá-los, use luvas de borracha e calçados especiais. Use ferramentas manuais, adequadamente, e as mantenha em boas
condições de para o emprego. Isole as partes vivas expostas dos circuitos provisórios. Quando tenham
se tornado inoperantes ou dispensáveis, retire-os do local. Somente instale chave faca para circuito de distribuição e a mantenha
protegida em posição que impeça o fechamento acidental do circuito. Somente ligue máquinas em equipamentos por intermédio de conjunto
plug-tomada. Faça manutenção preventiva das máquinas e equipamentos e
comunique qualquer alteração encontrada, para registro no livro de inspeção. Verifique diariamente as ligações provisórias do canteiro de obras. Não
deixe próximo ao chão ou dentro d’água. Não use tubulações da obra para aterramento dos equipamentos
elétricos que o exijam.
DECLARAÇÃO: Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando
ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
115
2 . 3 F U N Ç Ã O : P E D R E I R O
A construção é uma industria atípica que, por suas caracteristicas peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente.
Assim: Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Use corretamente o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança,
para trabalhos realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros (dois metros) ou na periferia da obra.
Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso.
Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las.
Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame os eletricista.
Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem guarda-corpo, rodapé e estrado com no mínimo 60 centímetros (sessenta centímetros) de largura. Chame o carpinteiro.
DECLARAÇÃO: Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando
ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
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2 . 4 F U N Ç Ã O : C A R P I N T E I R O
A construção é uma industria atípica que, por suas caracteristicas peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente.
Assim: Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Use corretamente o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança,
para trabalhos realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros (dois metros) ou na periferia da obra.
Use luvas de raspa de couro e óculos de segurança nos trabalhos de forma e desforma.
Não desça material (formas de periferia) em queda livre. Use cordas para amarrá-los.
Quando designado para operar a serra circular, não permita que outras pessoas a utilizem.
Ao operar a serra circular, exija coifa protetora do disco, o cutelo divisor, a proteção das partes móveis e use protetor facial e protetor auricular.
Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las.
Faça manutenção preventiva nas ferramentas manuais e comunique qualquer alteração nas ferramentas elétricas, para registro em livro de inspeção.
Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame os eletricista.
Confeccione andaimes de madeira e escadas de mão, atendendo, às normas de segurança. Use madeira de boa qualidade, guarda-corpo, rodapé e estrado com no mínimo 60,0 centímetros (sessenta centímetros) de largura.
Isole a área onde for usar cola de fórmica ou outro similar. Ventile-a, não fume e não porte qualquer coisa que produza chama ou faisca.
DECLARAÇÃO:
Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
_________________________________
Assinatura do Empregado
117
2 . 5 F U N Ç Ã O : 1 / 2 O F I C I A L C A R P I N T E I R O
A construção é uma industria atípica que, por suas caracteristicas peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente.
Assim: Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Use corretamente o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança,
para trabalhos realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros (dois metros) ou na periferia da obra.
Use luvas de raspa de couro e óculos de segurança nos trabalhos de forma e desforma.
Não desça material (formas de periferia) em queda livre. Use cordas para amarrá-los.
Quando designado para operar a serra circular, não permita que outras pessoas a utilizem.
Ao operar a serra circular, exija coifa protetora do disco, o cutelo divisor, a proteção das partes móveis e use protetor facial e protetor auricular.
Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las.
Faça manutenção preventiva nas ferramentas manuais e comunique qualquer alteração nas ferramentas elétricas, para registro em livro de inspeção.
Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame os eletricista.
Confeccione andaimes de madeira e escadas de mão, atendendo, às normas de segurança. Use madeira de boa qualidade, guarda-corpo, rodapé e estrado com no mínimo 60,0 centímetros (sessenta centímetros) de largura.
Isole a área onde for usar cola de fórmica ou outro similar. Ventile-a, não fume e não porte qualquer coisa que produza chama ou faisca.
DECLARAÇÃO: Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando
ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
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Assinatura do Empregado
118
2 . 6 F U N Ç Ã O : M E S T R E D E O B R A S
A construção é uma indústria atípica que, por suas características peculiares, tem uma Condição de Ambiente de insegurança praticamente permanente.
Assim: Não transite pela obra sem capacete e sapatão; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras encontradas, imediatamente;
Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
Oriente seus encarregados e trabalhadores sobre o processo mais seguro de executar qualquer trabalho.Exija de seus encarregados uma reunião preliminar com suas equipes, para discutir as medidas específicas de segurança a serem adotadas, quando do início de qualquer etapa da obra.Mantenha a obra sempre limpa e a circulação dos trabalhadores desobstruídas.Corrija as condições inseguras que forem comunicada, com o máximo de urgência.Dê atenção especial à proteção da periferia, dos poços de elevadores, às instalações elétricas e à manutenção de máquinas e equipamentos, particularmente à serra circular, aos guinchos e gruas.
Paralise imediatamente os trabalhos em andamento que sujeitem os trabalhadores a grave e iminente risco, especialmente trabalhos em altura sem uso do Cinto de Segurança.Oriente, acompanhe e fiscalize os trabalhadores de montagem de andaimes suspensos mecânicos e verifique, diariamente, os dispositivos de suspensão, antes do início dos trabalhos.Mantenha o livro próprio para as inspeções de máquinas atualizado, com registro das falhas encontradas, medidas corretivas adotadas e a indicação de quem realizou.Confira o livro de inspeção próprio do elevador de passageiros e submeta-o, semanalmente, ao responsável pela obra, para ser visto e assinado.Encaminhe, com a máxima urgência, o livro de inspeção do elevador de transporte de materiais ao responsável pela obra, quando houver irregularidade no seu funcionamento e manutenção e inicie imediatamente as medidas corretivas cabíveis.
Não permita alterações nos locais onde tenham ocorrido acidentes graves antes da realização da perícia ou vistoria da autoridade competente e pelo Órgão Regional do Ministério do Trabalho.Providencie atendimento médico urgente aos trabalhadores acidentados.Prestigie as reuniões da CIPA.Fiscalize e exija, permanentemente, o uso do EPI apropriado por todos os trabalhadores de sua obra.
DECLARAÇÃO: Declaro o recebimento dos EPIS, de propriedade da Empresa, ficando
ciente da OBRIGATORIEDADE DE SEU USO e conservação bem como a sua devolução quando necessário. Estou ciente de que o extravio e a danificação injustificada dos EPIs poderá ser descontado do meu salário (& 1°, art. 462 / CLT). Nesta data fui orientado e instruído quanto ao uso e finalidade dos EPIs recebidos além dos meus direitos e deveres, o não cumprimento das determinações acima implicam em falha com as normas de segurança, podendo vir a sofrer as seguintes punições: advertência verbal, advertência por escrito, suspensão e ou demissão por justa causa.
Florianópolis, ____ de _______________ de ______
___________________________
Assinatura do Empregado
119
APÊNDICE F – MANUAL DE SEGURANÇA, HIGIENE E BOA CONVIVÊNCIA NO CANTEIRO DE OBRAS MANUAL DE SEGURANÇA, HIGIENE
E BOA CONVIVÊNCIA NO CANTEIRO DE OBRAS
Apresentação Apresentação
Apresentação
INICIE SEU TRABALHO
COM UM BOM DIA!
CONTINUE COM BOA TARDE!
E TERMINE COM BOA NOITE!
USE SEMPRE PALAVRAS MÁGICAS:
POR FAVOR COM LICENÇA
POSSO AJUDAR
120
Apresentação
A empresa Westhouse Empreendimentos Imobiliários Ltda, tem a imensa satisfação de recebê-lo como mais novo integrante colaborador (a). É com muita responsabilidade e respeito que disponibilizamos este manual, a fim de fornecer algumas informações sobre: segurança, higiene e boa convivência no canteiro de obras. Este material poderá ser consultado sempre que necessário. Seu objetivo é fornecer informações e esclarecer dúvidas. Nossa empresa tem a preocupação de proporcionar a seus colaboradores: condições adequadas de trabalho, satisfação na realização das tarefas, segurança, qualidade de vida no ambiente de trabalho e respeito.
À Direção
121
1. HIGIENE PESSOAL E COLETIVA
ESCOVE SEMPRE OS DENTES! VOCÊ SABIA:
MUITAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E PULMONARES
SÃO CRIADAS PELA FALTA DE CUIDADO COM OS DENTES.
A FALTA DE HIGIENE CAUSA MAU HÁLITO!
MANTENHA OS CABELOS SEMPRE LAVADOS, CORTADOS E ESCOVADOS.
CUIDANDODA HIGIENE...
VOCÊ EVITA:
PIOLHO, PULGA E SARNA !
122
APÓS O USO DO VASO SANITÁRIO, PUXE A
DESCARGA!
LAVE SEMPRE AS MÃOS!
FAVOR NÃO URINAR FORA DO BACIO!
O BANHO FAZ BEM A SAÚDE E
DEVE SER REALIZADO PELO
MENOS, 1 VEZ AO DIA.
APÓS O BANHO, VERIFIQUE SE DESLIGOU CORRETAMENTE O CHUVEIRO E GUARDE SEUS
OBJETOS PESSOAIS.
MANTENHA SEMPRE O ARMÁRIO CHAVEADO.
GUARDE SOMENTE ROUPAS! GUARDE SEUS PERTENCES E MANTENHA O LOCAL SEMPRE
LIMPO!
123
MANTENHA O REFEITÓRIO SEMPRE LIMPO.
LAVE SEMPRE O QUE SUJAR.
GUARDE SEUS PERTENCES EM
LOCAL INDICADO.
APÓS O BANHO, PENDURE SUA
TOALHA NA LAVANDERIA.
AS BACTÉRIAS ADORAM A UMIDADE!
AS TOALHAS DEVEM SER LAVADAS E TROCADAS,
PELO MENOS , 1 VEZ POR SEMANA!
124
RETIRE PRODUTOS FORA DA VALIDADE OU ESTRAGADOS,
ARMAZENADOS NA GELADEIRA.
NÃO UTILIZAR SACOLAS
PLÁSTICAS PARA GUARDA DE ALIMENTOS.
MANTENHA O FOGÃO SEMPRE LIMPO.
LAVE AS PANELAS QUE SUJAR!
O LUGAR DE LIXO É NA LIXEIRA!
LIXO ORGÂNICO
RESÍDUOS MOLHADOS/ÚMIDOS
LIXO RECICLÁVEL
LIXO SECO PAPEL, ALUMÍNIO, VIDRO E
PLÁSTICO.
125
2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – E.P.I
LUVAS
LOCAL DE USO: MÃOS
PARA QUE SERVE: PROTEGER AS MÃOS CONTRA
ABRASIVOS, CORTANTES, CHOQUES ELÉTRICOS, AGENTES
TÉRMICOS, AGENTES BIOLÓGICOS, AGENTES QUÍMICOS, DERMATOSE E
VIBRAÇÕES.
CAPACETE
LOCAL DE USO: CABEÇA
PARA QUE SERVE: PROTEGER CONTRA CHOQUE
ELÉTRICO, QUEDAS E OBJETOS DIVERSOS
DEVE SER USADO DURANTE O
HORÁRIO DE TRABALHO.
126
PROTETOR AUDITIVO
LOCAL DE USO: OUVIDOS
PARA QUE SERVE: PROTEGER CONTRA NÍVEIS DE PRESSÃO
SONORA (RUÍDOS) SUPERIORES AO ESTABELECIDO
NR 15.
CAPA DE CHUVA
LOCAL DE USO: TODO CORPO
PARA QUE SERVE:
PROTEGER NOS DIAS DE CHUVA
127
ÓCULOS
LOCAL DE USO: FACE
PARA QUE SERVE: PROTEGER OS OLHOS CONTRA IMPACTOS DE
PARTÍCULAS VOLANTES,
LUMINOSIDADE E RESPINGOS DE
PRODUTOS QUÍMICOS.
MÁSCARA DESCARTÁVEL
LOCAL DE USO: BOCA E NARIZ
PARA QUE SERVE:
EVITAR INTOXICAÇÃO
128
PROTETOR SOLAR
LOCAL DE USO: FACE, BRAÇOS, NUCA, PERNAS
PARA QUE SERVE:
PROTEGER CONTRA OS RAIOS SOLARES
CREME PROTETOR
LOCAL DE USO: MÃOS
PARA QUE SERVE: PROTEGER AS MÃOS
CONTRA OS AGENTES QUÍMICOS
UNIFORME PARA QUE SERVE:
⇒ MELHOR IDENTIFICAÇÃO ⇒ PROTEGER MEMBROS
SUPERIORES E INFERIORES CONTRA RESPINGOS DE PRODUTOS QUÍMICOS E UMIDADE.
129
BOTAS DE BORRACHA
LOCAL DE USO: PÉS
PARA QUE SERVE:
PROTEGER CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS, RESPINGOS DE
PRODUTOS QUÍMICOS, UMIDADE PROVENIENTE DE OPERAÇÕES COM
USO DA ÁGUA.
SAPATÃO LOCAL DE USO: PÉS
PARA QUE SERVE:
PROTEGER CONTRA IMPACTOS- DE QUEDAS DE OBJETOS,
CHOQUES ELÉTRICOS, AGENTES CORTANTES E ESCORIANTES,
RESPINGOS DE PRODUTOS QUÍMICOS
130
CINTURÃO
LOCAL DE USO: CINTURA, BRAÇOS E PERNAS
PARA QUE SERVE:
PROTEGER CONTRA RISCOS DE QUEDA EM
TRABALHOS EM ALTURA – ACIMA DE 2 METROS.
DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA
LOCAL DE USO: COM
CINTURÃO
PARA QUE SERVE: PROTEÇÃO DO
USUÁRIO CONTRA QUEDAS EM
MOVIMENTAÇÃO VERTICAL.
131
TODOS DEVEM USAR
CAPACETE, SAPATÃO E UNIFORME!
ALGUMAS FUNÇÕES, TAMBÉM DEVEM USAR OUTROS DE E.P.I.s. FIQUE ATENTO AS ATIVIDADES EXECUTADAS:
ARMADOR
LUVA PROTEÇÃO (RASPA DE COURO OU VAQUETA)
AVENTAL
PEDREIRO
LUVA PROTEÇÃO (LÁTEX) CINTO DE SEGURANÇA CALÇA DE PROTEÇÃO
SERVENTE
LUVA PROTEÇÃO(LÁTEX E RASPA DE COURO) MÁSCARA DE PROTEÇÃO(POEIRA) ÓCULOS DE SEGURANÇA (QUANDO FOR RASGAR ALVENARIA)
OPERADOR DE POLICORTE
LUVA PROTEÇÃO (RASPA DE COURO)
OCULOS PROTETOR
132
É PRECISO LEMBRAR QUE:
ELETRICISTA
LUVA DE BORRACHA
GESSEIRO
CINTO SEGURANÇA (LOCAIS COM POSSIBILIDADE DE QUEDA)
MÁSCARA DE PÓ ÓCULOS PROTETOR
PINTOR
MÁSCARA DE PROTEÇÃO(PÓ)
LUVA DE PROTEÇÃO (LÁTEX)
CARPINTEIRO E ½ OFICIAL
PROTETOR FACIAL E AURICULAR LUVAS DE RASPA DE COURO CINTO DE SEGURANÇA (TRABALHOS EM ALTURA)
133
3. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA E.P.C.
NA CONCRETAGEM TODOS DEVEM USAR:
CAPACETE BOTA BORRACHA ÓCULOS DE PROTEÇÃO PROTETOR AURICULAR (PRÓXIMO AO VIBRADOR)
LUVAS DE LÁTEX (AMARELA) OU NITRÍLICA (VERDE)
USAR O APITO PARA MAIOR SEGURANÇA!
QUANDO ESTIVER OPERANDO MÁQUINAS:
USAR CAPACETE BOTA ÓCULOS E MÁSCARA DE PROTEÇÃO, PROTETOR AURICULAR TIPO PLUG/CONCHA;
VERIFICAR O ATERRAMENTO!
134
3.EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA E.P.C.
FITA ZEBRADA:
PARA QUE SERVE:
ISOLAR A DEMARCAÇÃO DE ÁREA DE RISCO
GUARDA CORPO
PARA QUE SERVE:
PROTEGER OS TRABALHADORES E
VISITANTES DE QUEDA DE ALTURA.
DEVE SUPORTAR O PESO MÍNIMO DE
80 KG. DEVE CONTER 3 TRAVESSAS,
SENDO A SUPERIOR COM ALTURA DE 1,20M.
135
ALCAPÃO
PARA QUE SERVE: SUBSTITUIR O GUARDA-
CORPO FECHAR OS BURACOS NA
LAJE
ONDE USAR: ⇒ PERIFERIA DA LAJE ⇒ LOCAIS DE
POSSIBILIDADE DE QUEDA (VÃO ELEVADOR, VÃO DO PISO ETC)
⇒ DEVE SUPORTAR O PESO MÍNIMO DE 80 KG.
REDE DE PROTEÇÃO
ONDE USAR: AO REDOR DA EDIFICAÇÃO
PARA QUE SERVE:
PODE SER ADOTADA PARA PROTEGER CONTRA QUEDA DE
ALTURA. NÃO É OBRIGATÓRIA!
136
TELA
ONDE USAR: EM TORNO DA FACHADA DA
EDIFICAÇÃO
PARA QUE SERVE: EVITA QUEDA DE RESÍDUOS
ARREMESSADOS.
BANDEJA
ONDE USAR:
A CADA 3 LAJES – BANDEJA SECUNDÁRIA (1,40m
COMPRIMENTO)
1ª LAJE – PRINCIPAL (2,50M COMPRIMENTO
PARA QUE SERVE:
PROTEÇÃO CONTRA QUEDA DE
OBJETOS – LAJE SUPERIOR PARA INFERIOR.
137
EXTINTOR DE INCÊNDIO
ONDE DEVE TER: CARPINTARIA
POSTO GUINCHEIRO
PARA QUE SERVE: PROTEGER DE PRINCÍPIOS DE
INCÊNDIO, GERADO POR FAGULHAS E FAISCAS DE
EQUIPAMENTOS COM MOTORES ELÉTRICOS.
ATERRAMENTO
ONDE DEVE TER: ⇒ SERRA DE BANCADA ⇒ POLICORTE ⇒ BETONEIRA ⇒ MOTOR ELEVADOR ⇒ TORRE ELEVADOR ⇒ VIBRADOR ELÉTRICO
PARA QUE SERVE: EVITAR CHOQUE ELÉTRICO
138
NÃO ESQUEÇA!
AS FERRAGENS DEVEM ESTAR SEMPRE PROTEGIDAS!
139
IMPORTANTE!
EM CASO DE ACIDENTE: COMUNIQUE
IMEDIATAMENTE O MESTRE DE OBRAS!
NÃO SE MOVIMENTE
SOZINHO!
CONSULTE A LISTA DE TELEFONES ÚTEIS!
NA CIRCULAÇÃO:
NÃO DEIXE OBJETOS QUE DIFICULTEM A PASSAGEM!
MANTENHA A CIRCULAÇÃO
SEMPRE LIMPA E DESIMPEDIDA.
140
FERRAMENTAS E DEMAIS EQUIPAMENTOS:
APÓS O USO, LIMPE E GUARDE
NO LOCAL INDICADO.
ESTEJA SEMPRE ALERTA AOS PERIGOS CAUSADOS NO CANTEIRO DE OBRAS.
⇒ USE SEMPRE O E.P.I
⇒ SEJA UM FISCALIZADOR PERMANENTE DA
SEGURANÇA
⇒ RESPEITE O E.P.C.
141
VOCÊ PRECISA SABER:
O QUE C.A. ? É O CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO EQUIPAMENTO. REGULAMENTADO PELO MTE - MINISTÉRIO DO EMPREGO E TRABALHO QUE GARANTE A EFICÁCIA E QUALIDADE DO EQUIPAMENTO. TODO EQUIPAMWENTO DEVE TER NÚMERO DO C.A.
É DE RESPOSABILIDADE DO EMPREGADO A GUARDA E
CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO INDIVIDUAL.
USAR OS EQUIPAMENTOS E PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA A FINALIDADE QUE SE DESTINA.
COMUNICAR O EMPREGADOR QUANDO O USO SE TORNAR
IMPRÓPRIO E SOLICITAR A REPOSIÇÃO DO MESMO.
O CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS, PODE CAUSAR DERMATOSES!
É PROIBIDO FUMAR NA CARPINTARIA!
142
DESENVOLVIMENTO E CRIAÇÃO
PATRICIA RAMOS NEVES CARNEIRO CONTATO: patricia@westhouse.com.br
Fone: 48 – 9981.7898
COLABORADORES
Eng.Marcos Vinicius Petri Prof.Tadeu Nobre Formiga Antonio Valdir Fernandes
Abril 2007
143
APÊNDICE G – FORMULÁRIO DE CALENDÁRIO DE TAREFAS – 5S
LOCAL ABRIL MAIO LOCAL
ABRIL MAIO
REFEITÓRIO
GILSON
GILSON
FRENTE
DA OBRA
FRENTE ÁREA DE
CONVIVÊNCIA
PAULO CÉSAR
MÁRCIO
PAULO CÉSAR
MÁRCIO
VESTIÁRIO-
BWC
JONAS
JONAS
CARPINTARIA
ATACIZIO
ATACIZIO
LAVANDERIA
ADAILTON
ADAILTON
ARMAÇÃO DE FERRAMENTA
ARIOVALDO
ARIOVALDO
ESCRITÓRIO
VALDIR
VALDIR
CIRCULAÇÃO EXTERNA DO
CANTEIRO
ANTÔNIO
ANTÔNIO
DEPÓSITO
FERRAMENTAS
GERALDO
GERALDO
CIRCULÇÃO INTERNA DA OBRA
NICOLAU /
CÉSAR
NICOLAU /
CÉSAR
144
APÊNDICE H – FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS E VISITA – 5S
RESIDENCIAL PORTOMARE CALENDÁRIO E ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS E AVALIAÇÃO
1= REGULAR 2= BOM 3= ÓTIMO
LOCAL
MÊS:ABRIL MÊS: MAIO LOCAL MÊS:ABRIL MÊS: MAIO
REFEITÓRIO
GILSON ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
GILSON ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
FRENTE DA OBRA/ FRENTE
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
PAULO CÉSAR MÁRCIO
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
PAULO CÉSAR MÁRCIO
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
VESTIÁRIO-BWC
JONAS ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
JONAS ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
CARPINTARIA
ATACIZIO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ATACIZIO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
LAVANDERIA
ADAILTON
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ADAILTON
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ARMAÇÃO DE FERRAMENTA
ARIOVALDO
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ARIOVALDO
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ESCRITÓRIO
VALDIR ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
VALDIR ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
CIRCULAÇÃO EXTERNA DO
CANTEIRO
ANTÔNIO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
ANTÔNIO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
DEPÓSITO
FERRAMENTAS
GERALDO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
GERALDO ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
CIRCULÇÃO INTERNA DA
OBRA
NICOLAU / CÉSAR
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
NICOLAU / CÉSAR
( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__ ( ) __/__/__
145
APÊNDICE I – CURSOS E PALESTRAS DE QUALIFICAÇÃO DA ACADÊMICA PERÍODO
CARGA
HORÁRIA
LOCAL
TEMA INSTRUTORES
MÊS:
NOV/06
DIAS:
14-16-21-
22-23
20 HORAS
AUDITÓRIO
SECONCI
CIPA –
Comissão
Interna de
Prevenção de
Acidentes
Engenheiro do Trabalho:
Marcos Vinícius Petri
Médico do Trabalho
Walter Gaigher Filho
Charles Fernandes Cardoso
Técnico segurança trabalho:
Sérgio Francisco da Cunha e
Gisele Barcelos
Educacional Saúde e Segurança Jennifer Day
25/11/2006
08 HORAS
AUDITÓRIO
E.T.F.S.C
2º ENCONTRO
DAS CIPA`S
DRT – Roberto Ladetti
Engenheiro segurança: Sérgio Veríssimo
29/11/2006
06 HORAS
AUDITÓRIO
CREA
APLICANDO
5S NA
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Engenheiro Civil Edinaldo Favareto Gonzalez
08/12/2006
04 HORAS
AUDITÓRIO
SECONCI
PRIMEIROS
SOCORROS
Corpo de Bombeiros Jair do D. da Costa
146
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A
JORNAL MOVIDA
147
ANEXO B
FOLDER PALESTRA – HIGIENE PESSOAL
148
ANEXO C
FOTOS: CANTEIRO DE OBRAS (ANTES)
149
ANEXO D
FOTOS DO CANTEIRO DE OBRAS EM PROCESSO DE
MUDANÇA
150
ANEXO E
FOTOS DA ÁREA DE VIVÊNCIA COM IMPLANTAÇÃO DA
Q.V.T.
151
ANEXO F
FOTOS DO BWC E VESTUÁRIO
152
ANEXO G
FOTOS DA COMEMORAÇÃO DOS ANIVERSARIANTES
154
ANEXO H
FOTOS DO DEPÓSITO DE FERRAMENTAS E MATERIAIS
155
ANEXO I
FOTOS DOS CAPACETES - E.P.I.
156
ANEXO J
FOTOS DO ESCRITÓRIO DO MESTRE DE OBRAS
157
ANEXO K
FOTOS DA MONTAGEM DA FERRAGEM
158
ANEXO L
FOTOS DA CARPINTARIA
159
ANEXO M
FOTO DA LAVANDERIA
160
ANEXO N
FOTOS DO GRUPO
161
ANEXO O
FOTOS DO EMPREENDIMENTO
162
ANEXO P
FOTOS DAS PLACAS DE SINALIZAÇÃO
163
147
ANEXO A - JORNAL MOVIDA
148
ANEXO B – FOLDER PALESTRA – HIGIENE PESSOAL
149
ANEXO C – FOTOS DO CANTEIRO DE OBRAS (ANTES)
Foto interna do canteiro de obra
Foto externa do canteiro de obra
150
ANEXO D – FOTOS DO CANTEIRO DE OBRAS EM PROCESSO DE MUDANÇA
Foto interna do canteiro de obra (alterada)
Foto do canteiro de obra (interna) e área de vivência (externa)
151
ANEXO E – FOTOS DA ÁREA DE VIVÊNCIA COM IMPLANTAÇÃO DA Q.V.T.
Foto externa refeitório (atual)
Foto interna do refeitório(atual)
Refeitório – prateleiras individuais para os funcionários
152
ANEXO F – FOTOS DO BWC E VESTUÁRIO
Bwc interno (antes)
Bwc – local de banho (antes)
153
Chuveiro - atual
Armários individuais chaveados – vestuário (atual)
BWC Interno (atual)
Bwc interno - atual
154
ANEXO G – FOTOS DAS COMEMORAÇÕES DOS ANIVERSARIANTES
Fevereiro/2007
Abril/2007
155
ANEXO H – FOTOS DO DEPÓSITO DE FERRAMENTAS E MATERIAIS
Depósito - Antes do 5S
Depósito – Durante 5S
Depósito – Foto Atual
156
ANEXO I – FOTOS DOS CAPACETES - E.P.I
E.P.I – Visitantes
E.P.I. Funcionários – c/protetor solar
E.P.I. Capacete
c/ aba de manta térmica
p/proteger do sol
(criação mestre de obras)
157
ANEXO J – FOTOS DO ESCRITÓRIO DO MESTRE DE OBRAS
Escritório – mestre de obra (anterior)
Escritório – mestre de obra (atual)
158
ANEXO K – FOTOS DA MONTAGEM DA FERRAGEM
Ferragem - com lona provisória
Ferragem – construindo uma cobertura adequada
159
ANEXO L – FOTOS DA CARPINTARIA
Carpintaria – antes do 5S
Carpintaria – durante 5S
Carpintaria – durante 5S
160
ANEXO M - FOTO DA LAVANDERIA
Lavanderia
161
ANEXO N – FOTO DO GRUPO
Colaboradores - Uniforme atual
162
ANEXO O – FOTO DO EMPREENDIMENTO
Foto externa do canteiro – Residencial Portomare (atual)
163
ANEXO P – FOTOS DAS PLACAS DE SINALIZAÇÃO
Sinalização externa - portão 2 (fornecedores)
Sinalização externa – portão 1 (visitantes)
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