02. Debora Miceli: Imagens da Organização - A organização como Máquina

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A Organização como Máquina

Matéria: Imagens da Organização

Professora: Debora Miceli

Versão: 1.0 - jan/14

Capítulo 2: A Organização como Máquina

Partes que se interligam

Papéis individuais

Algumas vezes sucesso, outras desastre

Um sábio chinês chamado Chuang-tzu, que viveu

no século IV a. C., relata a seguinte história:

Durante a viagem de Tzu-gung por regiões ao norte do rio Han, ele viu um velho trabalhando em sua horta. Ele tinha cavado um sulco de irrigação. O homem descia até o poço, pegava uma vasilha de água nos braços e despejava a água no sulco. Embora seu esforço fosse enorme, os resultados pareciam ser muito insignificantes. Tzu-gung disse:

"Existe uma forma pela qual você pode irrigar uma centena de sulcos por dia, fazendo mais com menos esforço. Você gostaria de ouvir como?" O velho ficou de pé, olhou para ele e disse: "E qual seria ela?".Tzu-gung respondeu: "Você pega uma alavanca de madeira, pesada atrás e leve na frente. Desse modo, a água pode subir tão rapidamente que vai praticamente jorrar. Isto é chamado de bomba d'água". Então a raiva apareceu na face do velho, que disse:

"Eu ouvi meu professor dizer que todo aquele que usa uma máquina faz todo seu trabalho como uma máquina. Aquele que faz seu trabalho como uma máquina desenvolve um coração que é como máquina e aquele que carrega em seu peito um coração de máquina perde a simplicidade. Aquele que perdeu sua simplicidade torna-se inseguro nas lutas da sua alma. Incerteza nas lutas da alma é algo que não combina com o sentido de honestidade. Não é que eu não conheça essas máquinas; eu tenho é vergonha de usá-Ias". (MORGAN, 2006 – P. 21)

Filme: Tempos Modernos

Primeiros Modelos

Base da Administração:

Hierarquia e Comando

Frederico & o Exército

Temor aos

oficiaisOrientação e comando

Controles descentralizados para autonomia

Exercito mecanizado

A Administração e contribuintes

FilosofiaIluminismo

Descartes: base do pensamento analítico

Economia

Liberalismo – influência do Estado

Adams Smith: “A Riqueza das Nações”

Revolução Industrial

Princípios da especialização

e divisão do trabalho

Revolução Industrial

Em 1769, com a invenção da máquina a vapor por James Watt considera-se o início da Revolução Industrial.

Obs.: Em 1712, Thomas Ncomen criou a máquina vapor atmosférica.

Administração Científica

Foco nas tarefas

Aumento de produtividade por meio de melhorias na operação

TaylorAdministração Clássica

Foco das Estruturas

Aumento de eficiência através da disposição da estrutura organizacional e relações

Fayol

Taylor X Fayol

Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração

(2011, p. 88)

Administração Científica

Principal Pensador: Frederick Winslow Taylor (Pai da Administração Científica) – americano.

Período: 1903 a 1911.

Abordagem: uma visão racional das organizações.

Foco: nas tarefas (estudo de tempo de movimentos –produtividade). The best way!

Objetivo: tentativa de padronizar para aumentar a produtividade e controlar, eliminar desperdício e obter custos mínimos.

Principais críticas: visão parcial da organização e mecanicismo (racionalidade).

Princípios: Planejamento, Preparo (seleção de metodologia), Controle (verificação do planejamento) e Execução (distribuição de tarefas).

Créditos da Imagem: Wikipédia

Obras: Shop Management

(1903) ;The Principles of

Scientific Management (1911).

Estudos dos tempos e movimentos

Seleção científica do trabalhador

Determinação do “Best way”

Lei da Fadiga Padrão de Produção

Plano de Incentivo Salarial

Supervisão Funcional

Manutenção das Condições

Ambientais de Trabalho

Máxima Eficiência

Maiores Lucros

Abordagem da Adm. Científica

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração (2011, p. 67)

Teoria Clássica da Administração

Principal Pensador: Henri Fayol – engenheiro de minas – francês.

Período: inicia-se em meados de 1916.

Abordagem: prescritiva (elementos) e normativa (como fazer) – “receita de bolo”.

Foco: na estrutura organizacional.

Objetivo: organização como meio para obter a máxima eficiência.

Principais críticas: abordagem incompleta/simplificada, organização como sistema fechado, racionalismo, abordagem prescritiva e normativa, “teoria da máquina”.

Princípios: Previsão, Organização, Comando, Coordenação e Controle.

Créditos da Imagem: Wikipédia

Funções Básicas da Empresa

Funções

Técnicas –relacionadas à

produção;

Comerciais –compra e

venda;

Financeiras –captação e

gerenciamento de capitais;

Segurança –proteção do patrimônio e das pessoas;

Contábeis –inventários,

balanços, etc;

Administrativas – integram as

outras funções

Divisão de Funções

Vertical:

Níveis de autoridade e responsabilidade

Horizontal:

Departamentalização

4 fatores: função, processo, clientela e localização

Teoria da Burocracia

Principal Pensador: Maximilian Carl Emil Weber –alemão, intelectual e considerado o criador da Sociologia da Burocracia.

Período: começo em 1930 / auge em 1940

Abordagem: organização formal e racionalidade.

Foco: nas estruturas.

Objetivo: equacionar as abordagens da Teoria Clássica x Teoria das Relações Humanas.

Principais críticas: racionalidade burocrática, omissão da participação das pessoas e

Princípios: características da burocracia -> impessoalidade, caráter legal, formal e racional; meritocracia, competência técnica, especialização, e outros.

Créditos da Imagem: Wikipédia

Características da Burocracia

1. Normas e regulamentos (legalidade)

2. Comunicação (formalidade)

3. Divisão racional do trabalho (especialidade)

4. Relações humanas (impessoalidade)

5. Hierarquia (autoridade)

6. Rotinas e procedimentos (previsibilidade)

7. Meritocracia e técnica (critérios claros)

8. Especialização da administração (propriedade x administração)

9. Profissionalização dos participantes (especialidade, salário, carreira, identifica-se com objetivos)

10. Completa previsibilidade da organização

Forças da Metáfora

O olhar mecanicista funciona bem apenas nas condições na qual uma máquina funcionaria bem, algumas situações:

• Quando existe uma tarefa contínua a ser desempenhada;

• Quando o ambiente é suficientemente estável para assegurar que os produtos sejam ofertados;

• Quando se quer produzir exatamente os mesmos produtos;

• Quando a precisão é uma meta.

(Morgan, 2006 – P. 37)

Limitações da Metáfora

• Criar formas organizacionais que tenham dificuldade de se adaptar em cenários de mudanças;

• Cair em um tipo de burocracia indesejável;

• Ter consequências imprevisíveis e não desejadas à medida que os interesses daqueles que trabalhem precedam os objetivos que foram planejados;

• Ter um efeito desumano nos colaboradores.

(Morgan, 2006 – P. 38)

Anexos

Administração Científica

Responsabilize

Use métodos científicos

Selecione a melhor pessoa

Treine

Fiscalize

Administração Científica: + Pensadores

Harrington Emerson

“Os 12 princípios de eficiência de Emerson” (1912).

Henry Laurence

Gantt

Democracia Industrial

Gráfico de Gantt

Produção & Bônus

Frank e Lilian

Gilbret

Importância dos Sindicatos

Estudo dos movimentos

Teoria Clássica: Funções do Administrador

• Avalia futuro

• Prevê uso recursosPrevisão

• Proporciona o que é útil

• Pode ser organização material ou socialOrganização

• Faz funcionar e acontecer

• Maximiza retornoComando

• Harmoniza atividades

• Sincroniza, pondera e adapta meiosCoordenação

• Verifica, monitor e certifica-se (princípios e instruções)

• Minimiza falhas e estabelece prevençõesControle

14 Princípios de Fayol

• Especialização para eficiênciaDivisão do trabalho

• Direito de dar ordens e esperar obediência

• Prestação de contasAutoridade e

Responsabilidade

• Depende da obediência

• Comportamento e respeitoDisciplina

• Apenas um superiorUnidade de comando

• Uma cabeça + um plano = objetivoUnidade de Direção

• Primeiro os interesses geraisSubordinação dos

interesses individuais

• Justa e garantida retribuiçãoRemuneração do Pessoal

14 Princípios de Fayol

• Concentração da autoridade no topoCentralização

• É a linha de autoridade em função do comando

Cadeia escalar

• Cada coisa / pessoa no seu lugarOrdem

• Amabilidade + justiça = lealdadeEquidade

• Mais tempo = melhor para empresa

• Não à rotatividadeEstabilidade de pessoal

• Capacidade de envolver-se para assegurar o êxito de um plano

Iniciativa

• Harmonia + união = força / sucessoEspírito de equipe

Teoria da Burocracia: Vantagens

Racionalidade (objetivos)

Processo Decisório veloz

Precisão de atribuições

(cargos)

Interpretação una

(regulamentação)

Padronização de rotinas

Continuidade (substituição e comp. técnica)

Objetividade (clareza e limites)

Constância (mesmo peso e

medida)

Confiabilidade e metodologia

Disfunções da Burocracia

DisfunçõesApego às regras

Excesso de formalidade

Resistência a mudanças

Relações impessoais

Processo decisório

categorizado

Normas absolutas

Sinais de autoridade

Público externo x

olhar interno

Hall e as 6 dimensões

Dimensões da Burocracia

Divisão e especialização

Hierarquia da autoridade

Sistema de regras e

regulamentos

Formalização das

comunicações

Impessoalidade no

relacionamento

Seleção e promoção

baseadas na competência

técnica

Organizações:

Estruturas,

Processos e

Resultados -

Richard H. Hall

Referência Bibliográfica

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da

Administração – 8. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

MORGAN, Gareth. Imagens da Organização – 2. ed. - Atlas, 2009.

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