Aula radio 2

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Centro Universitário UNA Instituto de Comunicação e Artes Curso de Cinema e Audiovisual

PRODUÇÃO E ROTEIRO PARA TV E VIDEO UNIDADE 1: Introdução ao rádio – aula 2 Tatiana Carvalho Costa tatiana.costa@prof.una.br      

gêneros RÁDIO

O que é gênero?

uma força aglutinadora e estabilizadora dentro de uma determinada linguagem, um certo modo de organizar ideias, meios e recursos expressivos, suficientemente estratificado numa cultura, de modo a garantir a comunicabilidade dos produtos e a continuidade dessa forma junto às comunidades futuras. [...] é o gênero que orienta todo o uso da linguagem no âmbito de um determinado meio, pois é nele que se manifestam as tendências expressivas mais estáveis e mais organizadas da evolução de um meio, acumuladas ao longo de várias gerações de enunciadores (MACHADO, 2001, p.65).

gêneros Predominância da informação?

o rádio nasceu predestinado a ter no jornalismo o componente mais forte da sua existência (Manual de Jornalismo da Rádio Itatiaia)

RÁDIO

gêneros Predominância da informação?

o rádio nasceu predestinado a ter no jornalismo o componente mais forte da sua existência (Manual de Jornalismo da Rádio Itatiaia)

Tensões contemporâneas Rádio tradicional e novas perspectivas da convergência tecnológica. “Gêneros não me interessam mais”? / Hibridismos

RÁDIO

tipos de emissoras • Serviço público: financiada por taxa de licenciamento. Ex.: BBC • Comercial: empresa privada, com fins lucrativos, financiada por anunciantes. Ex. 98FM • Estatal: sustentada por impostos e dirigira por algum órgão governamental. InconfidênciaFM • Institucional: dirigida e sustentada por uma instituição. Ex. Rádio UFMG • Vocacional: sustentada por algum grupo religioso, com a finalidade de pregação. Ex.: Rádio Canção Nova • Comunitária: sustentada por verbas governamentais ou por anunciantes, dirigida por associação comunitária ou instituição sem fins lucrativos. Ex. Rádio Favela

RÁDIO (MCLEISH,  2001)  

gravado versus ao vivo “Como um produtor de rádio decide se uma produção será feita ao vivo ou criada antes? Existem três elementos a ser considerados: a complexidade, o horário do programa e a conveniência.” (p. 162)

• Complexidade:  muitos  elementos  =  antecedência  na  produção  • Horário:   arDculações   entre   tema,   convidados,   etc.   Geralmente,   os  jornalísDcos  são  ao  vivo  e  função  do  imediaDsmo  • Conveniência:  especificidades  determinam  gravação  antecipada.  

RÁDIO (HAUSMAN  el.  al,  2010)  

gêneros GÊNEROS NO RÁDIO (Barbosa Filho, 2003) 1. Gênero jornalístico 2. Gênero educativo-cultural 3. Gênero de entretenimento 4. Gênero publicitário 5. Gênero propagandístico 6. Gênero de serviço 7. Gênero especial

RÁDIO

gêneros GÊNEROS NO RÁDIO (Barbosa Filho, 2003) 1. Gênero jornalístico: nota, notícia, boletim, reportagem, entrevista, comentário, editorial, crônica, radiojornal, documentário jornalístico, mesas-redondas ou debates, programa policial, programa esportivo, divulgação tecnocientífica. 2. Gênero educativo-cultural: programa instrucional, audiobiografia, documentário educativo-cultural, programa temático.

RÁDIO

gêneros GÊNEROS NO RÁDIO (Barbosa Filho, 2003) 3. Gênero de entretenimento: programa musical, programação musical, programa ficcional, programete artístico, evento artístico, programa interativo de entretenimento. 4. Gênero publicitário: spot, jingle, testemunhal, peça de promoção. 5. Gênero propagandístico: peça radiofônica de ação pública, programas eleitorais, programa religioso.

RÁDIO

gêneros GÊNEROS NO RÁDIO (Barbosa Filho, 2003) 6. Gênero de serviço: notas de utilidade pública, programete de serviço, programa de serviço. 7. Gênero especial: programa infantil, programa de variedades.

RÁDIO

gêneros “Drama” ( “composição que conta um ahistória por meio a dação e do diálogo. Geralmente fira em torno de um conflito.” (p. 258) Elementos: ação, diálogo, enredo, “começo, meio e fim”, conflito, suspense, exposição Características: capturar a atenção, comprimir o tempo, ilusão de espaço e de movimento Design sonoro

RÁDIO

gêneros PROGRAMAS / PRODUTOS (Prado, 2006) Jornalísticos, Especiais, Musicais, Esportivos, Humorísticos, Utilidade Pública, Fim de ano, Policiais, Econômicos, Educativos, Universitários, Comunitários, Peças, Infantis.

RÁDIO

gêneros Outras classificações (gêneros e formatos) (MCLeish, 2006) Notícias, Comerciais, Programas de debate, Programas com a participação do público, Enquete, Carta dos ouvintes, Programação musical, Variedades e sequências, Transmissões externas, comentários, Peça radiofônica, Documentário e programas especiais.

RÁDIO

gêneros Outras possibilidades

Charges, Crônicas, Séries Especiais

RÁDIO

gêneros Charges  

 CaracterísDcas  

• Humor  • CríDca  • SintéDca  • Relação  com  o  coDdiano    

 Recursos  (alguns)  

• parodia  • sáDra  

RÁDIO

gêneros Charges  

 Técnicas  Sampleamento:   seleção   e   armazenamento   +   recombinação   e  recontextualização      Extração  de  trechos  de  composições  anteriores  e  inserção  em  uma  nova  construção  (musical  ou  não).  Referência:  música  eletrônica.    

RÁDIO

gêneros Crônica  

 • Gênero  híbrido,  interface  com  literatura  • Recriação  dos  fatos  • PráDca  criaDva,  original  a  parDr  de  alguma  realidade  preesistente  • “Relato  poéDco  do  real”    • Recorte  do  coDdiano  

A   crônica   é   um   olhar   diferente   e   fragmentário   do   real   que   não  ambiciona  a  totalidade  dos  fatos,  como  uma  fotografia  do  real  que  capta   poeDcamente   o   instante,   dando   a   ele   uma   dimensão   de  eternidade.  (ROSSETTI  e  VARGAS,  2006)  

 

RÁDIO

gêneros Crônica  

 Algumas  caracterísDcas  

 • Tom  de  conversa  face  a  face,  espontânea,  coloquial  • Composição  flexível  e  híbrida  • Temas  de  interesses  imediato,  aDvidades  coDdianas  • Harmonização  entre  texto  e  contexto  • Endereçamento  direto  (para  2ª  pessoa  p/s)  • “Monólogo  dialogado”  • Uso  retórico  de  perguntas  

 

RÁDIO

gêneros Predominância da informação?

o rádio nasceu predestinado a ter no jornalismo o componente mais forte da sua existência (Manual de Jornalismo da Rádio Itatiaia)

Tensões contemporâneas Rádio tradicional e novas perspectivas da convergência tecnológica. “Gêneros não me interessam mais”? / Hibridismos

RÁDIO

Rádio tradicional e novas perspectivas da convergência tecnológica

Década  de  1950  –  surgimento  da  TV  =  ameaça  de  exDnção  do  rádio  Década  de  2000  –  surgimento  da  internet  =  o  rádio  será  “engolido”    

Temos,   agora,   uma   comunicação   ‘falada   pelas   pontas   dos   dedos’,  contextualmente   livre,   mas   sensível   ao   contexto.   No   processo   de  digitalização   e   de   transmissão/recepção,   não   só   devido   às   inúmeras  estratégias   criadas   pelos   usuários   como   também   ao   avanço   da  tecnologia,   a   interação   tem   se   tornado  mais   veloz   e,   dependendo   da  modalidade  adotada,  aproxima-­‐se  do  discurso  falado  (CHAVES,  2001,  p.  72  apud  PRATA,  2009)  

RÁDIO

Rádio tradicional e novas perspectivas da convergência tecnológica

Década  de  1950  –  surgimento  da  TV  =  ameaça  de  exDnção  do  rádio  Década  de  2000  –  surgimento  da  internet  =  o  rádio  será  “engolido”    

Temos,   agora,   uma   comunicação   ‘falada   pelas   pontas   dos   dedos’,  contextualmente   livre,   mas   sensível   ao   contexto.   No   processo   de  digitalização   e   de   transmissão/recepção,   não   só   devido   às   inúmeras  estratégias   criadas   pelos   usuários   como   também   ao   avanço   da  tecnologia,   a   interação   tem   se   tornado  mais   veloz   e,   dependendo   da  modalidade  adotada,  aproxima-­‐se  do  discurso  falado  (CHAVES,  2001,  p.  72  apud  PRATA,  2009)  

RÁDIO

referências BARBOSA  FILHO,  André.  Gêneros  radiofônicos:  os  formatos  e  os  programas  em  áudio.  São  Paulo:    Paulinas,  2003.  CARVALHO,  A.  Manual  de   jornalismo  em  rádio:  Rádio   ItaDaia.  Belo  Horizonte:  Armazém  de   Idéias,  1998.      HAUSMAN,   Carl   (et.   Al.).   Rádio:   produção,   programação   e   performance.   São   Paulo:   Cengage  Learning,  2010.  MACHADO,  Arlindo.  televisão  levada  a  sério.  São  Paulo:  Senac,  2002  MCLEISH,   Robert.   Produção   de   rádio:   um   guia   abrangente   de   produção   radiofônica.   São   Paulo:  Summus,  2001.  PRADO,  Magaly.  Produção  de  rádio:  um  manual  práDco.  Rio  de  Janeiro:  Elsevier,  2006.  PRATA,  Nair.  Webradio:  novos  gêneros,  novas  formas  de  interação.    Florianópolis:  Insular,  2009.    ROSSETI,   Regina;   VARGAS,   Herom.   A   recriação   da   realidade   na   crônica   jornalísBca   brasileira.  In:_UNIrevista  –  Vol.  1,  nº  3,  julho/2006.  

 

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