Palestra Fansourcing II Musicom

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Palestra sobre Práticas de Fansourcing apresentada no II Musicom, em São Luis, na UFMA, dia 26/05/10.

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Adriana AmaralPPGCOM-UTP / Facinter

Bolsista PQ- Nível 2adriana.amaral@pq.cnpq.br

@adriamaral

É um tempo estranho para ser um artista da

indústria fonográfica.? Qual é a forma

“correta” de lançar álbuns, tratar sua música

e a sua audiência com respeito e tentar

ganhar a vida ao mesmo tempo? Eu tenho

vários amigos músicos que estão ou estarão

em breve nessa situação, e é uma fonte real

de ansiedade e incerteza

Personalização Fruição dos bens simbólicos Compartilhamento de preferências Circulação Traçado Simbólico Banco de dados de consumo de

informações Memória social Organização hierárquica em torno da música Reputação Sistema de Recomendação

Pesquisa realizada pela agência Bauermídia

do Reino Unido (2003), citado por Jennings

(2007)

Apontam 4 categorias de fãs

Para esse grupo, tudo na vida pode ser

relacionado com música. Eles representam

9% na faixa etária 15-39

“Minha vida tem trilha sonora”

Música é uma parte central mas

balanceada com outros interesses.

Representam 16% na faixa etária dos

15-39.

A música tem um papel bem vindo,

mas há outras coisas mais

importantes. Representam 26% na

faixa etária de 15-39.

Não deixariam de dormir se a música

parasse de existir. Representam menos

de 48% da faixa etária dos 15-39

SOCIAL TAGGING: Preocupação com a

variedade de tags coletadas a partir dos estilos

musicais contribuindo para a análise dos usos e

formas de colecionismo de música online

através do social tagging

Turbull, Barrignton e Lanckriet (2008) - “bias de

popularidade” - em termos de gêneros e

canções

Hibridização entre gêneros a partir daescrita das tags – autoridade dentro das cenas

Disputas simbólicas de capital subcultural

(Thornton, 1999) e DIY dos fãs (Jenkins, 2006)

Fãs-curadores do acervo de memóriainformativa (Jennings, 2007)

Hábito de desligar o scrobbler p/ e escondermúsicas q não combinam com o perfil

Tagging e recomendação – fatores de constituição dos traços de

reputação. Ex: medidor comparativo

de gostos ou mainstream-o-meter (aplicativo) – criados por usuários

Sourcing – obter informações de fontes diretaou indiretamente envolvidas, não identificadas –informação de nicho (Jenkins, 2008) – processo de legitimação de hierarquias, de certo modo – sabernão-acadêmico,mas especializado;

Clay Shirk (Crowdsourcing, 2009) – organizações

Smart Mobs – Rheingold – capacidade de organização

Fansourcing – Nancy Baym (2009)

Nancy Baym (2009)

FANDOM DE NARRATIVA

Narrativas possuem personagens, plots e buracos a serem preenchidospelos fãs

Universos Narrativos

Apropriação criativa do material (fanfics, fanfilmes, etc)

Discussão e interpretação das letras (somente em alguns casos)

Relação com os aspectos informativos

(lançamento de álbuns, datas de tours,

infos técnicas, biográficas ou históricas).

Foco nas notícias e informações

Mixtapes, compartilhamento de playlists, escrita em blogs, blogs de downloads

Parte da auto-apresentação em outros

contextos como a moda: cabelo,

vestimenta, etc.

Importância dos mediadores musicais

(Sá, 2009) para o cotidiano e a

recomendação musical

Fandom de música é muito maisfacilmente tornado visível enquanto uma

intrínseca parte da auto-definição em umaampla variedade de situações

(Nancy Baym, 2009)

Questão da negociação da identidade

A cultura do fandom tanto foireformatada quanto reformatou a cibercultura produzindo umadiversidade de tipos de conhecimentoem diferentes ambientes midiáticos

Relação fãs de Ficção-Científica nasorigens da cibercultura

1. a possibilidade que os consumidores têm de arquivar, anotar, se apropriar e recircular o conteúdo midiático a partir de novas ferramentas e tecnologias;

JENKINS (2006)

2. a promoção do DIY, Do It Yourself (FaçaVocê Mesmo), promovida por uma variedade de subculturas na web;

3. O encorajamento que favorece a integraçãoentre as mídias e o fluxo de idéias, vídeos, narrativas etc. a partir de uma economia maishorizontal por parte dos conglomeradosmidiáticos e da demanda de modelos maisativos por parte dos espectadores.

O fã-colecionador, aquele que coleciona e divide

sua memorabilia (obtém vídeos, gravações

raras etc. e as compartilha nas redes). O

colecionador pode se apropriar de uma

determinada materialidade tecnológica e

transformá-la de acordo com seu próprio gosto e

identidade, ou ampliar o repertório de artefatos

culturais em uma ressignificação das práticas de

consumo, como nos aponta David Jennings (2008)

Mainstream:

Justin Bieber nos Trending Topics

do Twitter através da hashtag

#JustinBieber

Mobilização dos fãs

Mudança no algoritmo que calcula os

Tópicos mais populares (TT) no Twitter

Reações de fãs e anti-fãs

A tag não virou TT trending topics,

porque esse estilo musical está fora do

circuito mainstream

Fica nítido que os protocolos da rede

ainda operam dicotomicamente. Naquele

dia, as tags relativas ao BBB, no exemplo

brasileiro, estavam entre os tópicos mais

discutidos

A questão semântica da tag foi o

elemento agregador, no entanto, alguns

fãs utilizaram a troca de seus avatares

fotográficos por logotipos ou imagens

relacionadas à cultura rivethead/tronco,

em uma prática que parte dos próprios

perfis e utiliza os elementos visuais como

mais uma forma de comunicação;

Produção de conteúdo relacionado ao EBM não

só enquanto gênero musical, mas relacionando

livros, filmes, roupas, locais, e mesmo

elementos cotidianos expressos em posts como

("gostaria de estar em um club esfumaçado

ouvindo ebm" ou "saí com a camiseta do Front

242 em homenagem ao dia“)

Também foram destacadas as apropriações

criativas e co-produções postadas pelos fãs

como remixes, djsets e mashups de músicas,

fotografias, flyers e até uma HQ. Tais

desdobramentos mostram que a cultura

material é um elemento forte, apesar de uma

aparente "desmaterialização" possibilitada

pelas internet.

Essa combinação de elementos pode constituir

uma performatização - seja através dos

perfis como indica Liu (2007), seja da

comunidade como um todo - que é

reconfigurada na e pelas redes digitais

adicionando significados à estética subcultural

em suas linguagens e estereótipos;

Linguagem visual da dublagem

Remediação de uma prática anterior

Prática de dublagem de uma música através

da gravação de um vídeo-homenagem em

plano-seqüência

Fãs poloneses de Depeche Mode

Investimento Afetivo

Intertextos – fases e outros vídeos da banda

Apropriações

Mobilização

Intertextualidades

Referências

Performatização – Ensaio - Teatro

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