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Alergia Alimentar
Rosane RitoMestre em Saúde da Mulher -
Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ
Especialista em Nutrição Obstétrica -Residência em Nutrição – HUPE/UERJ
Pós-graduada Nutrição Clínica - Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas/RJ
Professora Contratada de Nutrição Materno-Infantil IV (Criança) – UFF
Graduada em Nutrição – UERJ
Nutricionista da Gerência de Programas de Saúde da Criança - SMS/RJ
Alergia Alimentar
Terminologia:
É um dos tipos de hipersensibilidade alérgica, resultante de
uma resposta imune exarcebada quando da exposição de
um indivíduo a proteínas alimentares, absorvidas através da
mucosa intestinal permeável.
Incidência: 0,3 a 38%.
Antígenos alimentares potencial sensibilizante:
(presentes) no leite da vaca; carne de porco; ovo; peixe;
tomate; abacaxi; banana; chocolate; entre outros.
Alergia Alimentar
Níveis de sensibilização:
• Primário: imediato ou tardio, mas mediado por
Imunoglobulina E, sem prévia lesão da mucosa intestinal;
• Secundário: infecção aguda do trato gastrintestinal (GEA),
absorção excessiva de macromoléculas da dieta capaz de
gerar um quadro de sensibilização local ou sistêmica.
Alergia AlimentarMecanismo secundário a GEA
IgA secretória na mucosa
Agressão a mucosa do intestino delgado secundária de lactase
e entrada de Ag através da mucosa Intolerância secundária à lactose
Sensibilização local
da entrada de Ag na circulação
Sensibilização sistêmica (Ac)
Enteropatia por sensibilização alimentar
Alergia Alimentar
Fatores entrada de Ag na mucosa:• antigenicidade da proteína alimentar;• quantidade de Ag ofertado por ocasião do dano da
mucosa;• gravidade e extensão do dano à mucosa;• fatores do hospedeiro: estado nutricional, imunológicos e
genéticos; permeabilidade intestinal: fisiológico (prematuros,
lactentes jovens - imaturidade da barreira intestinal) ou
patológicos (diarréias crônicas ou prolongadas).
Alergia Alimentar
Mecanismo de defesa não-imunológicos:• permeabilidade intestinal seletiva;• controle do Ag pelo sistema imunológico;• flora local;• mucinas;• acidez gástrica;• enzimas proteolíticas;• movimentos peristálticos;• digestão intracelular.
Alergia Alimentar
Mecanismo de defesa imunológicos:
• GALT (Gut associated lymphoid tissues) pool de
componentes do sistema imune:
• folículos linfóides;
• plasmócitos e linfócitos da lâmina própria;
• linfócitos intra-epiteliais;
• linfonodos mesentéricos.
• IgA secretória;
• Imunidade celular local (linfócitos T, linfócitos intra-
epiteliais, macrófagos e eosinófilos).
Alergia Alimentar
Manifestações clínicas:
• Gastrintestinais:
• gastroenterite alérgica (aguda ou crônica) com
vômitos, diarréia e cólicas;
• cólicas - distensão abdominal, irritação e dor à
palpação abdominal;
• vômitos;
• obstipação intestinal que não responde à condutas
dietéticas para constipação.
Alergia Alimentar
Manifestações clínicas:
• Extra-intestinais:
• respiratórias: rinite, rinorréia, asma, bronquite,
otite;
• dermatológicas: dermatites, eczemas;
• hematológicas: anemia;
• gerais: choque anafilático, hipodesenvolvimento.
Alergia Alimentar
Alergia à proteína do leite de vaca:
• forma + comum de hipersensibilidade alérgica alimentar;
• O LV contém mais de 20 componentes protéicos;
A fração ß- lactoglobulina é a que mais frequentemente induz à sensibilização
Alergia Alimentar
Exames laboratoriais para diagnóstico e controle:
• Anemia hipocrômica microcítica;
• Aminoacidúria;
da excreção fecal de α-1-antitripsina;
• D-xilosemia baixa;
• Perda fecal protéica e lipídica positivas (sinais de má-
absorção intestinal);
• Presença de anticorpos no soro e\ou nas fezes;
• Diminuição ou aumento de Ig A sérica.
Alergia Alimentar
Prevenção:
• Promover o aleitamento materno exclusivo até os 6 m;
• Retardar introdução de alimentos potencialmente
alergênicos na alimentação de filhos de mães que não
foram imunizadas previamente ou que não utilizaram tais
alimentos durante a gravidez.
Alergia Alimentar
Tratamento: Dietas de eliminação
• Dieta composta por alimentos hipoalergênicos.
Posteriormente reintroduzir um alimento suspeito por vez,
observando-se a ocorrência de sintomas.
• Dieta que se retira um alimento suspeito de cada vez e
depois reintroduz-se um alimento por vez.
Alergia AlimentarTratamento: Alergia ao leite de vaca• Excluir o leite de vaca e derivados;• Substituí-lo por LH, hidrolisados de caseína ou proteínas do
soro do leite de vaca, fórmulas à base de soja ou de leites de
outras espécies (cabra), ou formulação à base de carnes
brancas (frango, rã, peru ou coelho);• Extrato solúvel de soja = 1ª estratégia (65% reação cruzada);• Leite de cabra = >tolerabilidade, porém custo;• Hidrolizado protéico (caseína) = sabor marcante e custo;• Formulação à base de carne = custo, risco de
contaminação, necessidade de suplementação de
micronutrientes (cálcio);• Casos extremos = dieta para diarréia crônica.
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