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HAICAIS Feliz do Zanoto Que tem Diversos Caminhos Pra entrar em alfa. Antonio Cabral Filho RJ Canário em silencio. A inspiração, na floresta, Aguarda sua fuga. José N. Reis -SP Nas vozes do vento Há muito que meditar, Cantam as sereias. Vidal Idony Stockler PR Acordo as seis horas E abro a janela do quarto... Abraços do sol. Humberto Del Maestro ES Viver é ter sorte... No roteiro que me cabe. Cativo da morte. Silvério R. da Costa SC TROVAS Não julgues ninguém na vida Seja teu lema o perdão Quem amarga uma ferida Precisa de proteção. Humberto Del Maestro - ES A senescencia, essa fada, Chega e me deixa senil. É a síndrome do nada Descendo pelo funil. Silvério R. da Costa SC Todas as estrelas brilhantes E a palidez do luar São belezas cativantes Que se refletem no mar. Vidal Idony Stockler PR Lindo Rio de janeiro Do samba, a capital Com passistas e pandeiro Tem o melhor carnaval. Henny Kropf RJ Dezembro é o mês que resta E ninguém contesta o fato Galo ganha missa e festa Pro peru pagar o pato. Antonio Cabral Filho RJ Findou mais um ano...E quando Uma incoerência acontece: Erguer um brinde saudando O tempo que me envelhece. Sergio Bernardo RJ Tudo num feijão esperto É sinônimo de vida, Mistura que não dá certo É volante com bebida. Arlindo Nóbrega SP Tem o seu tempo na vida Tudo na época certa, Depois da sorte vivida Muita coisa não conserta. Francisco de A.Nascimento -GO O passado já não temos, O futuro não se sente. O presente é o que vivemos E morremos no presente. Miguel J. Malty DF Se acaso a justiça humana Para nas mãos de um canalha Pensa que todos enganam Mas a divina não falha. Ruth Farah N. Luttherbach - RJ Sem lenha o fogo se apaga, Diz sabedoria antiga; A contenda não propaga Se falta a lenha da intriga. Jesse Nascimento - RJ As palavras tem cuidado! Devem ser bem escolhidas Se espalham amor de um lado De outro podem lesar vidas. Angélica Villela Santos -SP A chuva mansa caída Num insistente chover Com volúpia consumida Faz a terra renascer. Fernando Vasconcelos PR Amanhã serás Saudade, Serás Velhice, mais nada. É bom ser benevolente, Ajudar a quem padece Mas existe muita gente Que precisa e não merece. João Batista Serra CE Vejo em caixas a “macheza” Que traz tanto sofrimento Pois a mulher sem defesa Apanha a todo o momento. Ivone Vebber RS Mil lajeados pela escarpa Tombaram em pleno mar Quando David tocou harpa Pro Rei Saul se acalmar. Pedro Giusti RJ DAS MINIATURAS Colecionava soldadinhos de chumbo Para minha guerra pessoal, A batalha eu não tive E os meus soldadinhos, o tempo levou. Walmor DS Colmenero SP FUGA Horas Contrarias Absurdas A batalha Dura Costurada Por Criaturas Operárias Do Capital Animal Homem Rico. Aline Leal BA 7 DE SETEMBRO BRASIL IDEPENDENCIA OU MORTE: Celebração Do sonho de todos, Menos a morte A morte é para Os mártires Que não tem independência Neste mundo. A independência Distribuição Gratuita * Registrado na Biblioteca Nacional *Assinatura Anual: R$ 10,00 C/C 89280-3 Ag. 0314 6130 Itaú Ano II nº 20 Out/Nov/Dez 2009 Editor: Antonio Cabral Filho / Rua São Marcelo 50 / 202 Cep: 22780-300 Curicica RJ E-mail: [email protected]

Letras taquarenses 13 01 2010 * Antonio Cabral Filho - Rj

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Page 1: Letras taquarenses 13 01 2010 * Antonio Cabral Filho - Rj

HAICAIS

Feliz do Zanoto

Que tem Diversos Caminhos

Pra entrar em alfa.

Antonio Cabral Filho – RJ

Canário em silencio.

A inspiração, na floresta,

Aguarda sua fuga.

José N. Reis -SP

Nas vozes do vento

Há muito que meditar,

Cantam as sereias.

Vidal Idony Stockler – PR

Acordo as seis horas

E abro a janela do quarto...

Abraços do sol.

Humberto Del Maestro – ES

Viver é ter sorte...

No roteiro que me cabe.

Cativo da morte.

Silvério R. da Costa – SC

TROVAS

Não julgues ninguém na vida

Seja teu lema o perdão

Quem amarga uma ferida

Precisa de proteção.

Humberto Del Maestro - ES A senescencia, essa fada,

Chega e me deixa senil.

É a síndrome do nada

Descendo pelo funil.

Silvério R. da Costa – SC

Todas as estrelas brilhantes

E a palidez do luar

São belezas cativantes

Que se refletem no mar.

Vidal Idony Stockler – PR

Lindo Rio de janeiro

Do samba, a capital

Com passistas e pandeiro

Tem o melhor carnaval.

Henny Kropf – RJ

Dezembro é o mês que resta

E ninguém contesta o fato

Galo ganha missa e festa

Pro peru pagar o pato.

Antonio Cabral Filho – RJ

Findou mais um ano...E quando

Uma incoerência acontece:

Erguer um brinde saudando

O tempo que me envelhece.

Sergio Bernardo – RJ Tudo num feijão esperto

É sinônimo de vida,

Mistura que não dá certo

É volante com bebida.

Arlindo Nóbrega – SP

Tem o seu tempo na vida

Tudo na época certa,

Depois da sorte vivida

Muita coisa não conserta.

Francisco de A.Nascimento -GO

O passado já não temos,

O futuro não se sente.

O presente é o que vivemos

E morremos no presente.

Miguel J. Malty – DF

Se acaso a justiça humana

Para nas mãos de um canalha

Pensa que todos enganam

Mas a divina não falha.

Ruth Farah N. Luttherbach - RJ

Sem lenha o fogo se apaga,

Diz sabedoria antiga;

A contenda não propaga

Se falta a lenha da intriga.

Jesse Nascimento - RJ

As palavras – tem cuidado!

Devem ser bem escolhidas

Se espalham amor de um lado

De outro podem lesar vidas.

Angélica Villela Santos -SP

A chuva mansa caída

Num insistente chover

Com volúpia consumida

Faz a terra renascer.

Fernando Vasconcelos – PR

Amanhã serás Saudade,

Serás Velhice, mais nada.

É bom ser benevolente,

Ajudar a quem padece

Mas existe muita gente

Que precisa e não merece.

João Batista Serra – CE

Vejo em caixas a “macheza”

Que traz tanto sofrimento

Pois a mulher sem defesa

Apanha a todo o momento.

Ivone Vebber – RS

Mil lajeados pela escarpa

Tombaram em pleno mar

Quando David tocou harpa

Pro Rei Saul se acalmar.

Pedro Giusti – RJ

DAS MINIATURAS

Colecionava soldadinhos de

chumbo

Para minha guerra pessoal,

A batalha eu não tive

E os meus soldadinhos, o

tempo levou.

Walmor DS Colmenero – SP

FUGA

Horas

Contrarias

Absurdas

A batalha

Dura

Costurada

Por Criaturas

Operárias

Do Capital

Animal

Homem

Rico.

Aline Leal – BA

7 DE SETEMBRO BRASIL

IDEPENDENCIA OU

MORTE:

Celebração

Do sonho de todos,

Menos a morte

A morte é para

Os mártires

Que não tem independência

Neste mundo.

A independência

Distribuição Gratuita * Registrado na Biblioteca Nacional *Assinatura Anual: R$ 10,00 C/C 89280-3 Ag. 0314 – 6130 Itaú

Ano II nº 20 Out/Nov/Dez 2009 Editor: Antonio Cabral Filho / Rua São Marcelo – 50 / 202 Cep: 22780-300 – Curicica – RJ

E-mail: [email protected]

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É a capacidade

De ser livre

Para pensar

Na pátria amada.

Mas, por que celebrá – la

Em Nova York?

Terezinha Pereira – EUA

TROVAS POR MARIA

DA PENHA

Maria da penha é da grei

Que põe contra a lei da arma

O poder de arma da lei

Sobre os senhores do Karma.

Maria da Penha é mulher,

Nordestina e feminista,

Dá exemplo pra quem quer

Aprender matar machista.

Maria da Penha é Poder,

Vitória Maria da Penha,

Tens a força pra vencer

Aquele que as armas tenha.

Maria da Penha venceu.

Maria da penha é vitoria,

Vitoria que ela colheu

Pra desfrutar toda gloria.

Com o dinheiro não me iludo

Ante a quem lutou por tanto.

Mas sei que a vitoria é tudo

Sobre o fantasma do quanto.

Nem mesmo a razão soturna

Justifica tal loucura

Com torpeza tão noturna

Contra outra criatura.

Saúdo Maria da Penha

E com meu gesto demonstro

Que na luta vale a pena

Tudo que derrote o monstro.

Maria da Penha Merece

Viver em nossa memória

Junto com quem não esquece

De quem lutou na historia.

Avante Maria da Penha!

Não de férias pra madeira

Nem descanso para a lenha,

Lhe quero sempre guerreira.

Antonio Cabral Filho-RJ

TUPÃ

A CHICO MENDES

Tupã que estais em cada planta

Santificado seja a vossa

natureza venha a nós os reinos

naturais ( teus )

Seja feita a harmonia da vida

Assim no ar, como na terra e

no mar.

As frutas vossas que colhemos

cada dia – nos daí hoje perdoai

as nossas poluições assim

como nós ( humanos) um dia

perdoar um ao outro pelos

erros passados que vos tem

ofendido

E a mãe – Natureza

Amém.

Francisco Thelmo Mattos – Ce

ARCO – IRIS NEGRO

Será que a paz é assim

Será esta paz que sinto

O disfarce das guerras eternas

Que se desencadeiam em mim?

Será a paz aceitação profunda?

Ou será esta aceitação

comodismo disfarçado

Impedindo-me de preparar

batalhas ?

Será a paz silenciosa, muda

Ou será essa mudez

O medo de bradar,

Finalmente, o grito da vistoria?

Será a paz a certeza...

A segurança?

Serão a certeza, a segurança

máscaras

De todas as duvidas, das

ameaças, dos temores, da

solidão?

Como será a verdadeira paz?

Branca?

Pura?

Estática

Quisera fosse a paz um arco-

íris negro

Cintilantemente negro

Numa noite enluarada

Indicando estradas,

Em plena escuridão.

Glenda Maier – RJ

BÚFALO DE WALL STREET

Moises não era um mix

De Ricardo com Smith

Pois quis o cristão puro

Sem pecado original

Imune ao bezerro de ouro

Livre das pragas mundanas.

Mas Ricardo e Smith

Ao contrario de Moises

Não pagaram nenhum mico

E são Deuses de wall Street

E adoram bezerro de ouro

Mesmo nem pedigree

Tanto que seus devotos

Por prova de “paga-prenda”

Puseram na porta da venda

Um búfalo por tesouro

E avisaram pra todo lado

Que na falta da mão boba

Que mantém vivo o mercado

aceitam de mui bom grado

Todo New Deal do Estado.

Antonio Cabral Filho - RJ

ALMA LIVRE

Não adianta Freud,

Nem Édipo nem Electra

Fazem minha cabeça

E seu baú de complexos

Que devora a família

Não aflora no sofá da sala

como a paixão devora desejos

E suas overdoses de consumo

Não atingem meu eixo.

Não que eu seja imune

A coisas materiais.

E que as coisas materiais

Não atingem minha alma,

Pois desde as primeiras águas

Fui levado á pajelança

Recebi a unção dos óleos

Que tornou minha alma

Imune a coisas fúteis

E deu-lhe essa

Consistência de neve

E fe-la ser alma sem Karma.

Antonio Cabral Filho – RJ

CHECOSLOVAQUIA 1968

Dizem que a primavera

É a estação das flores,

Mas na primavera de Praga

A única flor que assola

E espalha a catinga de pólvora

É o HK Soviético.

Antonio Cabral Filho – RJ

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JORNAIS:

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