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UNIFOR MG ADMINISTRAÇÃO ARTHUR FERREIRA GOMES SANTOS GUSTAVO DE AMORIM BALBINO MARCELLE MARIA OLIVEIRA BATISTA MARIO EDGARD FERRARI DE LIMA NETO PALOMA ALEGÓRIO SILVA ROGÉRIO AUGUSTO OLIVEIRA PRADO SARAH DOUGLAS COSTA SINVAL JUNIO GOULART LEAL YOHANN VINI PEREIRA GESTÃO DE COMPRAS

Estudo sobre gestão de compras

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UNIFOR MGADMINISTRAÇÃO

ARTHUR FERREIRA GOMES SANTOSGUSTAVO DE AMORIM BALBINO

MARCELLE MARIA OLIVEIRA BATISTAMARIO EDGARD FERRARI DE LIMA NETO

PALOMA ALEGÓRIO SILVAROGÉRIO AUGUSTO OLIVEIRA PRADO

SARAH DOUGLAS COSTASINVAL JUNIO GOULART LEAL

YOHANN VINI PEREIRA

GESTÃO DE COMPRAS

FORMIGA2016

ARTHUR FERREIRA GOMES SANTOSGUSTAVO DE AMORIM BALBINO

MARCELLE MARIA OLIVEIRA BATISTAMARIO EDGARD FERRARI DE LIMA NETO

PALOMA ALEGÓRIO SILVAROGÉRIO AUGUSTO OLIVEIRA PRADO

SARAH DOUGLAS COSTASINVAL JUNIO GOULART LEAL

YOHANN VINI PEREIRA

GESTÃO DE COMPRAS

Trabalho apresentado como requisito parcial a aprovação em Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais II, Curso de Administração, UNIFOR- MG.Professor (a): Daniel Gonçalves Ebias

FORMIGA2016

RESUMO

Gestão de Compras, a atividade de obter com eficiência os materiais certos, nas

quantidades corretas, com entregas na data certa e com os preços mais vantajosos

para a empresa.  É uma atividade fundamental para o bom gerenciamento e

sucesso da organização, pois ela tem consequências diretas no lucro da empresa.

Para se ter uma ideia de sua importância, hoje uma empresa gasta em média de

50% a 80% da sua receita bruta com compras. Por isso, a empresa deve investir em

um gestor de compras especializado e em um sistema de gerenciamento eficaz. 

Além disso, deve manter uma lista sempre atualizada dos fornecedores para poupar

tempo na hora de cotar preços. Outro ponto importante é a habilidade do gestor de

compras em manter relacionamento, estes são importantes na hora de negociar

preços e prazos.  Além de todos esses cuidados, é importante também, que o

departamento de gestão de compras deve trabalhar em parceria com outros setores

da empresa na conscientização dos funcionários no que tange à economia dos

materiais e bens utilizados. Com esse trabalho iremos pesquisar sobre todas as

etapas envolvidas no setor de compras, sua função, sistema, preço de custo,

condições, negociação e fontes de fornecimento.

Palavras-chave: Gestão de Compras. Gerenciamento. Organização.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

ORGANOGRAMA 1 – ORGANIZAÇÃO DE COMPRA.................................. 15

ORGANOGRAMA 2 – PREÇO CUSTO DE COMPRAS................................. 29

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – CADASTRO DE FORNECEDOR..................................... 11

TABELA 2 – CADASTRO DE MATERIAL............................................. 12

TABELA 3 – CONDIÇÕES DE COMPRAS............................................ 30

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................... 7

1.1 A Função compras........................................................................ 8

1.2 Sistema de compras..................................................................... 9

1.3 Preço custo de compras.............................................................. 25

1.4 Condições de compras................................................................ 29

1.5 A negociação................................................................................ 33

1.6 Fontes de fornecimento.............................................................. 38

2 ESTUDO DE CASO – COMPRAS – INTRODUÇÃO....................... 42

2.1 Método de pesquisa.................................................................... 42

2.2 Conclusões.................................................................................. 42

2.3 Contribuições para o aprendizado........................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 45

ANEXO A – Questionário........................................................... 46

7

1 INTRODUÇÃO

Gestão de compras ou Administração de compras, atividade responsável pela

aquisição de materiais e matérias-primas dentro da empresa de acordo com as

políticas específicas a cada organização, incluindo os cálculos relacionados à

despesa com estocagem e depreciação, análise dos sistemas de custeio e avaliação

das instalações.

Parte essencial no processo de suprimentos, a administração de compras

possibilita um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis na empresa

evitando-se gastos desnecessários com a aquisição de materiais, depreciação e

estocagem. Cabe ao  administrador de compras planejarem as aquisições de forma

a realizá-las no tempo correto, na quantidade certa e verificar se recebeu

efetivamente o que foi adquirido, além de trabalhar o desenvolvimento de

fornecedores.

Para isso o administrador deverá manter um fluxo contínuo de suprimentos de

modo a atender a demanda da produção evitando excedente, que podem gerar

custos, e gerando um mínimo de investimentos a fim de não afetar a

operacionalidade da empresa.

Caberá ao profissional ainda administrar os contratos com os fornecedores e

realizar as negociações de forma justa e honesta, garantindo sempre as melhores

condições para a empresa, principalmente no que se refere às condições de

pagamento equilibrando preço, prazo e qualidade.

Desta forma, a empresa terá garantidos o aumento em sua produtividade, pois

não haverá o problema de falta de materiais e perda de prazos, além de realizar

compras com o menor custo possível impactando diretamente no faturamento final

da organização.

Existem inúmeros softwares e ferramentas operacionais que podem auxiliar o

administrador de compras na sua tarefa de manter um cadastro atualizado dos

fornecedores e um fluxo confiável de matérias-primas e materiais.

8

1.1 A FUNÇÃO COMPRAS

Segundo Martins e Campos (2006), hoje em dia a função compra é entendida

como parte do procedimento de logística das empresas, isto é, com parte

complementar da cadeia de suprimentos (supply chain). Devido a isso, a

maioria das empresas começou a usar o título gerenciamento de cadeia de

suprimentos ou somente gerenciamento de suprimentos, uma definição

voltada para o processo, no lugar do tradicional compra voltado para as

transações em si, e não para o todo. (MARTINS, P. G; CAMPOS, P. R, 2. ed,

2006).

No sistema clássico existia uma função de compras, ou seja, uma negociação

fundamentada em preço, prazo e qualidade. A consequência era uma burocracia

que seguia um procedimento do início do século X, contento somente o uso mais

recente de recursos de computação.

Ainda de acordo com Martins e Campos (2006), o setor de compras também

é responsável pelos níveis de estoque da empresa, uma vez que altos níveis

de estoque possam expressar poucos problemas com a produção, geram um

custo muito alto para sua manutenção. Esses altos custos para sustentá-los

são consequentes de despesas com espaço ocupado, custo de capital,

pessoal do almoxarifado e controles. (MARTINS, P. G; CAMPOS, P. R, 2. ed,

2006).

Porém baixos níveis de estoque, em contrapartida, podem fazer com que a

empresa trabalhe em um nível perigoso, em que qualquer detalhe, por menor que

seja, possa prejudicar ou ate mesmo parar a produção. A empresa poderá encarar,

por exemplo, reclamações de clientes, níveis elevados de estoque intermediário

provocado por paralisações nos processos produtivos.

A necessidade de adaptação aos sistemas Just-in-time (JIT) levou muitas

empresas a mudanças importantes, dentre elas a criação da nova função de

suprimentos. Denominado procurement abrange, além da relação exclusivamente

comercial com os fornecedores, também a pesquisa e o desenvolvimento desses

relacionamentos, sua habilidade e o suporte técnico durante o relacionamento entre

as partes, força e otimização dos sistemas de informação. Um dos vários papéis que

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o departamento de compras pode assumir é o de Negociação de Preços com os

Fornecedores. Esse tipo de negociação vai determinar o preço final dos produtos e,

assim sendo, a competitividade da empresa.

Ainda segundo Martins e Campos (2006), os propósitos de compras e

estratégicos da empresa devem estar equiparados como um todo, tendo em

vista um melhor atendimento do cliente interno externo. Esse pensamento fez

a função de compras mais dinâmica, usando técnicas cada vez mais

aprimoradas e atuais como O EDI, a Internet, cartões de credito e leilões.

(MARTINS, P. G; CAMPOS, P. R, 2. ed, 2006).

O plano de gestão da compra dos recursos materiais e bens patrimoniais de

uma empresa estão ligados de modo direto ao seu objetivo social, ou seja, aos seus

objetivos estatutários. Sendo assim, uma empresa comercial que comercializa certo

tipo de mercadoria deve ter um foco diferente da empresa industrial manufatureira,

que compra matéria-prima, coma mão-de-obra e tecnologia e depois vende o

produto acabado. Distinto também é o enfoque da empresa que compra

sistematicamente esses itens ou componentes que serão depois vendidos, com ou

sem alterações, do enfoque da empresa que compra um bem patrimonial, como uma

instalação fabril, um equipamento ou um edifício.

1.2 SISTEMA DE COMPRAS

A função de compra é um segmento essencial do departamento de matérias ou

suprimentos que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços,

planejá-la quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades

certas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar

armazenamento. Compra é, portanto uma operação de área de materiais, mas

essencial entre as que compõem o processo de suprimento. Qualquer atividade

industrial necessita de matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços que

possa operar. No ciclo de um processo de fabricação, antes de se dar início á

primeira operação, os materiais e insulso gerais devem estar dispondo e mantendo-

se, com certo grau de certeza, a continuidade de seu abastecimento de atender as

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necessidades ao longo do período. Logo, a quantidade dos materiais, a sua

qualidade, devem ser compatíveis com o processo produtivo.

Em todo sistema empresarial, para manter um volume de vendas e um perfil

competitivo no mercado e, consequentemente, gerar lucros satisfatórios, a

minimizarão de custos deve ser perseguida e alcançada, principalmente os que se

referem materiais utilizados, já que representam uma parcela pôr demais

considerável estrutura de custo total. Os objetivos da secção de compras são:

- Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de

produção.

- Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento

afete a operacionalidade da empresa.

- Comprar materiais e insumos aos menores preços obedecendo a padrões de

quantidade e qualidade definidos.

- Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições

para empresa, principalmente em condições de pagamento.

Um paramento importante para o bom funcionamento das compras e

consequentemente para o alcance dos objetivos é a previsão das necessidades de

suprimentos. Com os preços de venda extremamente competitivos, os resultados da

empresa deverão vir do aumento da produtividade, da melhor gestão de material e

de compras mais econômicas. O alto custo das matérias-primas foi a responsável

pôr uma série de modificações na maneira de ver a função do setor de suprimentos

dentro da empresa. O controle dos suprimentos era quase sempre atribuição

secundária do gerente industrial ou de níveis hierárquicos inferiores só quando

algumas empresas começaram a parar por falta de estoque de determinados

produtos básicos que se reconheceu a importância de planejar e controlar o fluxo de

materiais de forma científica e centralizada. Comprar bem é um dos meios que a

empresa deve usar para reduzir custos. Existem certos mandamentos que definem

como comprar bem e que incluem a verificação dos prazos, preços, qualidade e

volume. Mas manter-se bem relacionado com o mercado fornecedor, antevendo na

11

medida do possível eventuais problemas que possam prejudicar a empresa no

cumprimento de suas metas de produção, é talvez o mais importante na época de

escassez e altos preços. A seleção de fornecedores é considerada igualmente

ponto-chave do processo de compras. O seu balanço deve ser cuidadosamente

analisado. Com um cadastro atualizado e completo de fornecedores e com cotações

de preços feitas semestralmente, muitos problemas serão evitados.

TABELA 1 – CADASTRO DE FORNECEDOR

CADASTRO DE FORNECEDORNome da empresa: ..............................................................................................................................Endereço do Escritório: ......................................................Tel.: .........................CEP: ............................Incrição da Fábrica: ............................................................Tel.: .........................CEP: ............................Pessoa de Contato: ................................................................................................................................Linha de Produtos: ................................................................................................................................................................................................................................................................................................Condições de Pagamento: ......................................................................................................................Sócios ou Diretores e seus respectivos cargos Nome ...............................................................................Cargo ............................................................Nome ...............................................................................Cargo ............................................................Nome ...............................................................................Cargo ............................................................ Capital Registrado: .................................................................................................................................Faturamento médio mensal: ..................................... N° de Empregados: ..............................................Área Total: ................................................................ Área Construída: ..................................................Principais Clientes: .................................................................................................................................Principais Fornecedores: ........................................................................................................................Bancos com os quais opera: ....................................................................................................................Principais Produtos: ...............................................................................................................................Produção mensal atual: ..........................................................................................................................Capacidade Total: ...................................................................................................................................Outras informações: ...............................................................................................................................

FONTE: DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

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TABELA 2 – CADASTRO DE MATERIAL

CADASTRO DE MATERIALMaterial: .....................

.................... Código Consumo Médio Mensal: Un.: Uso p/ máquina: Último preço:

Preço Standard:

Preço médio: Fornecedor 1 Prazo de Entrega Fornecedor 2 Prazo de Entrega Fornecedor 3 Prazo de Entrega Fornecedor 4 Prazo de Entrega

Materiais Substitutos Material 1: Código: Material 2: Código: Material 3: Código:

FONTE: DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

Independente do porte da empresa, os princípios básicos de organização

constituem em normas fundamentais assim consideradas:

1. Autoridade para compra

2. Registro de compras

3. Registro de preços

4. Registro de estoques e consumo

5. Registro de fornecedores

6. Arquivos e especificações

7. Arquivos de catálogos

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Temos as atividades mais comuns na seção de compras:

A) Pesquisa dos Fornecedores:

1. Estudo do mercado;2. Estudo dos materiais;3. Análise dos custos;4. Investigação das fontes de fornecimento;5. Inspeção das fábricas dos fornecedores;6. Desenvolvimento de fontes de fornecimento;7. Desenvolvimento de fontes de materiais alternativos.

B) Aquisição:

1. Conferência de requisições;2. Análise das cotações;3. Decidir comprar por meios de contratos ou no mercado aberto;4. Entrevistar vendedores;5. Negociar contratos.

C) Administração:

1. Manutenção de estoques mínimos;2. Transferências de materiais;3. Evitar excessos e obsolescência de estoque;4. Padronizar o que for possível.

D) Diversos:

1. Fazer estimativa de custo;2. Dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes;3. Cuidar das relações comerciais recíprocas.

Além das atividades típicas dentro da organização de compras, outras responsabilidades poderão ser partilhadas com outros setores:

1. Determinação do que fabricar ou comprar;2. Padronização e simplificação;3. Especificações e substituições de materiais;4. Testes comparativos;5. Controle de estoques;6. Seleção de equipamentos de produção;7. Programas de produção dependentes da disponibilidade de materiais.

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Esses pontos não estão completos, pois muda de empresa para empresa se

adaptando a organização de cada uma. A Organização de compras, pôr divisão de

grupos é funcional quando as seções são de tamanho moderado e quando tais

atribuições são entregues a compradores individuais. Os itens de cada grupo são

especificados de acordo com a origem, necessidade e valor do material.

ORGANOGRAMA 1 – ORGANIZAÇÃO DE COMPRA

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FONTE: MARTINS, P. G.; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 2. ed.

São Paulo: Saraiva, 2006.

A busca e a investigação estão vinculadas diretamente ás atividades básicas de

compras a determinação e o encontro da qualidade certa, a localização de uma

fonte de suprimento, a seleção de um fornecedor adequado, o estudo para

determinar se o produto deve ser fabricado ou comprado, o estabelecimento de

padrões e análises de valores são exemplos de pesquisas. Mais do que nunca as

compras requerem procura sistemática e análise dos fatos a fim de inteirar-se dos

novos desenvolvimentos e das técnicas crescentes bem como da estrutura

econômica dos fornecedores com os quais negociamos. A função principal da

pesquisa de compras é suprir com informações e orientação analítica os

departamentos interessados. O campo da pesquisa de compras pode ser dividido

em áreas distintas, onde se aplicam essas atividades.

- Estudo dos materiais: Avaliação das necessidades da empresa para períodos que

variam de um a dez anos, tendência em curto prazo e longo prazo das ofertas e

demandas, tendência dos preços, melhorias tecnológicas, perspectivas para

possíveis substitutos, desenvolvimento de padrões e especificações.

- Análise econômica: Efeito dos ciclos econômicos sobre os materiais comprados em

função das necessidades, tendências dos preços gerais, influência das variações

econômicas sobre fornecedores e concorrentes.

- Análise de fornecedores: Qualificações de fornecedores ativos e em potencial,

estudo das instalações dos fornecedores, aval ação do seu desempenho, análise da

condição financeira.

- Análise do custo e do preço: Razões subjacentes ás variações dos preços, estudo

comparativo de peças semelhantes, análise dos custos e margens de lucro de um

fornecedor, investigações relativas a métodos alternativos de fabricação e de

especificações de materiais.

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- Análise das embalagens e transportes: Efeito das localizações dos fornecedores

sobre os custos métodos alternativos de despachos, reclassificação dos artigos,

introdução das melhorias nas embalagens, métodos melhorados de manipulação

dos materiais.

- Análise administrativa: Controle dos formulários, simplificação do trabalho, empre-

go de processamento eletrônico de dados, preparação de relatórios.

Todos os departamentos funcionais dentro de uma empresa geram informações

para o sistema de compras, ou requerem informações pôr causa do mesmo.

Vejamos os mais importantes:

- Produção: A relação entre ambos deverá ser considerada mais do ponto de vista

do seu objetivo comum, que é contribuir efetivamente para o beneficio geral da

empresa. Deste ponto de vista, há uma excelente razão para que nem um nem outro

predomine em suas funções.

- Engenharia: A cooperação entre Compras e Engenharia concentra-se

principalmente ao redor dos assuntos concernentes ao projeto, planejamento e

especificações preliminares ás verdadeiras exigências de produção.

- Contabilidade: Cada compra efetuada representa um dispêndio, ou um

compromisso dos fundos da empresa, Essa compra põe em ação uma série de

operações de contabilidade. A relação entre Compras e Contabilidade é, portanto de

vital importância e frequentemente, iniciada antes que a compra seja realmente

realizada.

- Vendas: O departamento de Vendas deve manter o de Compras informado quanto

às cotas de vendas e quanto ás expectativas das mesmas, que servem como um

índice das prováveis quantias de materiais necessários. Nas empresas industriais

esse relacionamento já está transferindo-se para o PCP, que fica responsável por

estas informações.

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- PCP: A relação existente entre Compras e o P.C.P. é inerentemente tão estreita e

tão fundamental que ambos se encontram combinados em mais da metade das

organizações industriais. Do ponto de vista funcional, o efeito almejado pôr esta

estreita colaboração é estender a responsabilidade pelos materiais, desde o mo-

mento de aquisição até ao de entrega e utilização.

- Controle de Qualidade: A primeira responsabilidade das Compras para com o

Controle de Qualidade é adquirir materiais e produtos que satisfaçam as

especificações. O Controle de Qualidade geralmente faz testes de aceitação de

materiais comprados. Nesse caso deve-se esclarecer a Seção de compras e, por

intermédio desta. O fornecedor sobre quais métodos de teste serão aplicados e qual

será o critério adotado para sua aceitabilidade.

- Qualificações de compradores: Atualmente o comprador é um elemento experiente

e a função é tida e reconhecida como uma das mais importantes em uma empresa.

O padrão atual exige que o comprador tenha ótimas qualificações e esteja

preparado para usá-las em todas as ocasiões. Para conduzir eficazmente suas

compras, deve demonstrar conhecimentos amplos das características dos produtos

dos processos e das fases de fabricação dos itens comprados. Deve estar

preparado para discutir em igual nível de conhecimento com os fornecedores.

O comprador ideal deve saber ouvir atentamente os argumentos apresentados

pelo vendedor, para depois agir sensatamente. Muitas vezes as razões e opiniões

apresentadas pelo vendedor poderão ser bem contra argumentadas, levando a

negociação a representar um benefício para a empresa. Assim, uma agressividade

bem orientada, pôr firmeza de convicções leva a um bom termo uma negociação

que, a primeira vista, poderia parecer de resultado inglório.

- Operação do sistema de compra: Um sistema adequado de compras tem variações

em função da estrutura da empresa e em função da sua política adotada. De tempos

em tempos esses sistemas vão sendo aperfeiçoado, acompanhando a evolução e o

progresso do mundo dos negócios, mas os elementos básicos permanecem os

mesmos. Podemos destacar:

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- Sistema de compras a três cotações: tem por finalidade partir de um número

mínimo de cotações para encorajar novos competidores. A pré-seleção dos

concorrentes qualificados evita o dispêndio de tempo com um grande número, de

fornecedores, do qual boa parte não teria condição para fazer um bom negócio.

- Sistema de preço objetivo: o conhecimento prévio do preço justo, além de ajudar

nas decisões do comprador proporciona uma verificação dupla no sistema de

cotações. Pode ainda ajudar os fornecedores a serem competitivos, mostrando lhes

que suas bases comerciais não são reais e que seus preços estão fora de

concorrência. E garante ao comprador uma base para as argumentações nas

discussões de aumentos de preço e nas negociações de distribuição da

porcentagem.

- Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas estão envolvidas em cada

decisão da escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses da

empresa pela garantia de um melhor julgamento, protegendo o comprador ao

possibilitar revisão de uma decisão individual. Não fosse só esta razão, poder-se-ia

acrescentar mais uma: o sistema de duas aprovações permite que os mesmos

estejam envolvidos pelo processamento da compra, uma vez que a sua decisão esta

sujeita a um assessoramento ou supervisão.

- Documentação escrita: a presença de muito papel pode parecer desnecessária,

porém fica evidente que a documentação escrita anexa ao pedido, além de

possibilitar, no ato da segunda assinatura, o exame de cada fase de negociação,

permite a revisão e estará sempre disponível junto ao processo de compra para

esclarecer qualquer dúvida posterior.

- Solicitação de compras: A Solicitação de Compras é um documento que da a

autorização para o comprador executar uma compra. Seja para materiais produtivos

ou improdutivos ela e sol citada para um programa de produção para um projeto que

se esta desenvolvendo ou ainda para abastecimento geral da empresa. É o

documento que deve informar o que se deve comprar a quantidade o prazo de

entrega local da entrega e em alguns casos especiais, os prováveis fornecedores.

Seguem-se modelos de Solicitação de Compras, com e sem ocorrência.

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- Coleta de preços: A cotação é o registro do preço obtido da oferta de diversos

fornecedores em relação ao material cuja compra foi solicitada. Não deve ter rasuras

e deverá conter preço, quantidade e data do recebimento na Seção de Compras;

deverá ainda estar sempre ao alcance de qualquer consulta e análise de Auditoria

quando for solicitada. E um documento que precisa ser manuseado com atenção; os

elementos ai contidos devem fornecer não somente ao comprador, mas também a

qualquer outro os informes completos do que se está pretendendo comprar, para

que a cotação dada corresponda exatamente ao preço do produto requerido e não

surjam dúvidas futuras por insuficiência de lados ou das características exigidas.

Para melhor análise desses dados, eles podem ser transcritos em um mapa que é a

cópia Fiel das cotações recebidas, a fim de que se tenha uma melhor visualização,

conforme modelo apresentado a seguir. Existem casos em que a empresa utiliza a

própria solicitação de compras para registro da coleta de preços.

- Pedido de Compra: O Pedido de Compra é um contrato formal entre a empresa e o

fornecedor, devendo representar fielmente todas as condições e características da

compra ai estabelecidas, razão pela qual o fornecedor deve estar ciente de todas as

cláusulas e pré-requisitos constantes do impresso, dos procedimentos que regem o

recebimento das peças ou produtos, dos controles e das exigências de qualidade,

para que o pedido possa legalmente ser considerado em vigor. As alterações das

condições iniciais também devem ser objeto de discussões e entendimentos, para

que não surjam dúvidas e venha a empresa a ser prejudicada com uma contestação

pelos fornecedores envolvidos. O Pedido de Compra tem força de contrato e a sua

aceitação pelo fornecedor implica o atendimento de todas as condições aí

estipuladas, tais como: quantidade, qualidade, frequência de entregas, prazos,

preços e local de entrega. Deve-se alertar o fornecedor para a propriedade dos

desenhos e marcas exclusivas da compradora e para as implicações legais dai

decorrentes. Cuidados especiais devem ser tomados na negociação que envolva a

encomenda e a compra de uma ferramenta específica, evitando-se que a mesma

não venha a ser fornecida a terceiros. Os pedidos de compra devem sempre ser

remetidos ao fornecedor pôr intermédio de um protocolo para o qual se farão

registros e controles. É bastante comum que no verso do Pedido de Compra cada

empresa registre as suas condições de compra, que são características especiais da

20

estrutura de cada empresa e da sua política de Compras. Essas Condições

poderiam ser de maneira geral as seguintes:

As mercadorias deverão ser entregues absolutamente dentro do prazo

combinado. A não observância da presente cláusula garante-nos o direito de

cancelar este Pedido de Compra em todo ou em parle, sem qualquer prejuízo de

nossa parte.

Todo material fornecido devera estar rigorosamente de acordo com o nosso

pedido no que se referem a especificações, desenhos etc. Sua aceitação é

condicionada a aprovação de nossa inspeção. Em casos de rejeição será colocado a

disposição pôr conta e risco do fornecedor, até sua retirada. Qualquer despesa de

transporte, relativa a materiais assim rejeitados, ocorrera pôr conta do fornecedor.

Reservamo-nos o direito de recusar e devolver, ás custas dos fornecedores,

qualquer parcela de material recebido em quantidade superior àquela cujo

fornecimento foi autorizado pela presente. A presente encomenda não poderá ser

faturado por preço mais elevada do que aqueles aqui estabelecido, salvo prévia

modificação e posterior consentimento de nossa parte. Não serão aceitas

responsabilidades de pagamentos referentes a transporte, embalagem, seguros etc.,

salvo se especificadamente autorizados pela presente. Qualquer débito resultante

de pagamento por parte do fornecedor sobre transporte, embalagem, seguro etc.,

quando autorizado, deverá ser corretamente documentado junto à fatura

correspondente ao fornecimento feito. Fica expressamente entendido que o

fornecedor será considerado estritamente responsável por qualquer obrigação ou

ônus resultante da venda ou fabricação de qualquer dos itens deste pedido de

compra que viole ou transgrida qualquer lei, decreto ou direitos de patentes e de

copyright ou marca registrada. Não assumimos qualquer responsabilidade por

mercadorias, cujas entregas não tenham sido autorizadas pôr um Pedido de Compra

devidamente aprovado ou que, de qualquer modo, não estejam de acordo com os

termos e condições pré-estabelecidas.

Garanta a possibilidade de novos pedidos respeitando o estabelecido nos itens

acima. Pedimos em beneficio recíproco avisar-nos pôr telefone, telegrama ou carta

21

sobre qualquer dilatação que venha a sofrer o prazo de entrega originalmente fixado

ou sobre sua impossibilidade de cumprir qualquer das cláusulas acima.

- Acompanhamento de compra: Um Comprador eficaz deve manter um arquivo onde

deve registrar a vida do produto, controlando todas as fases do processo de compra,

as variações de preço, as modificações das quantidades solicitadas, a indicação de

uma nova condição de paga mento e as entradas de mercadorias correspondentes

ao pedido colocado. Qualquer falha nesses registros ou insuficiência de dados pode

acarretar um mau desempenho das atividades de Compras. Deve ser mantido

atualizado devidamente a hm de ser consultado a qualquer momento.

- Compra na qualidade correta: A qualidade de um produto define-se através da

Comparação de suas características com os desejos do consumidor ou com as

normas e especificações de fabricação. Um produto pode ter alta qualidade para o

consumidor e qualidade apenas regular para os departamentos técnicos que o

fabricam. O problema central do controle de qualidade é manter determinado nível

de qualidade para um produto de acordo com a política da empresa, ou seja, de

acordo com os padrões de qualidade estabelecidos.

Para conseguir manter esses padrões de qualidade é necessário Controlá-lo, ou

seja, é preciso a existência do Controle de Qualidade, Mas, ao fixar padrões de

qualidade, surgirão problemas entre todos os elementos que dela participam,

especificações, produção, manuseio de materiais, compras e estocagem, O pessoal

da produção estará interessado em custos, o de compras em preços baixos, o de

vendas em satisfazer o consumidor da melhor maneira possível, o de projetos em

manter altos níveis de qualidade, e a direção da empresa em resultados finais e que

sejam mais lucrativos. Em vista disso, os padrões de qualidade devem ser práticos

ao máximo possível, devem apresentar tolerâncias, ou seja, limite de qualidade

dentro dos quais determinados produtos pode ser fabricado e aceito pelo

consumidor. Essas tolerâncias podem ser:

A) Quantitativas: dimensões, pesos, Composições químicas, processo de

fabricação, especificações de materiais utilizados, tratamentos

térmicos.

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B) Qualitativas: cor, cheiro, sabor, aspecto.

As principais funções do controle de qualidade são:

A) Estabelecer normas e especificações que determinarão. Os níveis ou padrões

de qualidade a serem seguidos;

B) Inspeção e registro de dados;

C) Técnicas estatísticas de controle de qualidade;

D) Métodos de recuperação de produtos ou peças defeituosas;

E) Manutenção de equipamentos e ferramentas de inspeção;

F) Prevenção das condições que prejudicam a qualidade.

A inspeção tem como objetivo determinar se um produto deve ser aprovado ou

rejeitado, levando-se em consideração os padrões de qualidade estabelecidos. A

inspeção preventiva tem como objetivo a determinação de tendências dos valores ou

padrões estabelecidos. Sua importância reside no fato de que futuras

especificações, métodos, custos e políticas de qualificação, no que se referem aos

padrões de qualidade, serão afetados pelos resultados advindos da análise dessas

tendências. Podemos dividir as atividades de inspeção em:

- Inspeção de matéria-prima ou inspeção de recebimento: é realizada quando se

recebe material existem situações em que o inspetor vai á fábrica do fornecedor

para fazer a liberação, essa inspeção nem sempre é econômica ou interessante, no

sentido de evitar refugos ou problemas de produção. De qualquer modo, deve

sempre existir inspeção na recepção, pôr mais simples que seja a identificação dos

materiais recebidos, condições e quantidade.

- Inspeção de processo: o que se deve inspecionar e com que profundidade

depende de cada caso em particular, a inspeção pode ser da seguinte maneira:

A) Automática;

B) Pelo próprio operador;

C) Pôr um inspetor especializado.

23

- Inspeção final e a inspeção do produto acabado: Pode ser feita pôr um inspetor da

fábrica ou até mesmo cliente, o que não é recomendável.

- Segurança da qualidade: A definição da qualidade deve ser expressa de tal

matreira que:

A) Comprador saiba exatamente o que está sendo desejado;

B) Contrato ou o pedido de compra seja emitido com uma descrição adequada

do que se deseja;

C) O fornecedor seja devidamente posicionado das exigências de qualidade;

D) Existam meios apropriados de inspeção e restes para serem utilizados a fim

de que se verifique se os materiais entregues satisfazem os padrões de

qualidade deseja;

E) Os materiais entregues estejam de acordo com as especificações de

qualidades aceitáveis para a empresa do comprador.

As definições dos padrões de qualidade devem ser precedidas de uma

descrição sumaria, em termos técnicos adequados e usuais, que serão informados

ao fornecedor. Elas podem ser:

1. Pôr marca;

2. Pôr especificações;

3. Pôr desenhos;

4. Influência do mercado;

5. Pôr amostra;

6. Pôr combinação de duas ou mais modalidades acima.

Um dos principais objetivos e finalidades da Seção de Compras é a aquisição na

qualidade adequada. A qualidade Correta não quer significar a melhor qualidade

disponível; pôr mais desejável que essa possa ser, elas terão de atender a

determinadas exigências, e deve estar relacionada àquela necessidade. Qualidade

correta significa melhor qualidade para determinado uso. Podemos afirmar que o

objetivo real de Compras é conseguira qualidade adequada ao mais baixo preço

possível. Existem determinadas utilizações para as quais os tipos mais inferiores e

24

baratos de materiais são suficientemente adequados, nessas situações, a qualidade

mais inferior é a qualidade correta.

1.3 PREÇO CUSTO DE COMPRAS

É muito importante para o comprador e para a empresa o Conhecimento da

analise preço-custo, conhecer como é montada a estrutura do preço de venda.

O comprador deve perguntar a si próprio:

1) Como fornecedor estabelece seu preço?

2) Qual a reação do mercado?

3) Qual a reação do mercado com os produtos dos concorrentes?

4) Qual o grau de confiabilidade nas estimativas do fornecedor?

5) Qual deve ser a margem em que atua o fornecedor?

- Preço: Valor que o fornecedor vende seu produto;

- Custo: Quanto ele gasta pra fabricar este produto.

O termo custo é bastante vago, passou a ser usado em expressões mais

especificas: custo de reposição, custo fixo, custo variável, etc. Passou a ser

classificado de várias maneiras e vários tipos como: Salário, aluguel,

depreciação, etc. Somente conhecendo-se o custo de fabricação poderíamos

conhecer e determinar o lucro real de um produto (DIAS, Marco Aurélio P.,

1993, p. 268).

- Sistemas de Custos:

1) Custo por ondem de produção: Mais utilizado em produção sobe encomenda.

25

2) Custo por processos de fabricação: Usado na produção continua,

normalmente produção para estoques.

3) Custo padrão ou standard: Custo predeterminado, considerando as condições

normais e aceitáveis de operação da empesa. Podem ter dois significados:

A) Meta a ser atingida, em determinado período;

B) Medida fixa ou guia, usado para comparações.

Existem ainda outros sistemas de custo, tais como: custo por operação, custo

direto, custo por absorção. A composição de custos é características de cada

empresa. Em geral existem três grupos principais: custo de fabricação, custo de

pesquisa e desenvolvimento e custos de vendas. No custo de fabricação, são

coletados todos os gastos necessários para a produção. Avalia-se esse custo

somando-se os gastos com:

1. Matéria-prima;

2. Mão-de-obra direta;

3. Despesas de fabricação (mão-de-obra indireta e despesas gerais).

Normalmente o material direto é medido e identificável no final da

precessão. O custo da mão-de-obra direta refere-se somente ao

tempo gasto na fabricação efetiva do produto, o tempo de funcionários

gastos em outro tipo de serviços de apoio e considerado mão-de-obra

indireta. As despesas de fabricação são as despesas necessárias à

produção, com exceção do material direto e do salario direto,

normalmente não identificáveis com as unidades produzidas como

ferramentas, óleo, graxa etc.. As despesas gerais de fabricação são as

despesas administrativas necessárias à operação da fabrica, não

ligadas diretamente a produção. (DIAS, Marco Aurélio P., 1993, p.

269).

Existem vários mecanismos de apuração de custos, podem ser os seguintes:

26

A) Acumulação: Inventários, controle de mão-de-obra, despesas históricas e

previsões;

B) Classificação: Contabilidade geral e analítica, preferivelmente, uma

contabilidade de custo integrada na contabilidade geral da empresa. Os

elementos de custos podem ser classificados por natureza, em relação ao

tempo, ou volume de produção, ou por áreas de responsabilidade;

C) Distribuição: Consiste em distribuir os elementos de custos aos setores,

departamentos, centros de custos ou linha de produtos;

D) Apropriação: Atribuição dos custos a produção, para em seguida, apurar os

custos unitários.

Podendo considerar então duas categorias de custo:

- Custos fixos que não variam com a carga de produção;

- Custos variáveis que variam com a quantidade produzida.

Em um sistema de economia negociada, o controle de preços pode ser

executado em centros de custo, visando ao estabelecimento de técnicas de

gerenciamento que permitem manter um adequado controle sobre o preço de

produtos comprados, já que o lucro da empresa é altamente influenciado

pelos mesmos. O conceito de economia negociada, comum a qualquer

sistema de compras, não deve ser confundindo com a responsabilidade

primaria de compras, que é conduzir adequadamente as negociações para a

empresa. (DIAS, Marco Aurélio P., 1993, p. 268).

Dada a diversidade de tipos de negociações, é difícil fixar quais são os casos

em que uma vantagem possa ser realmente considerada como economia

negociada. Tipos clássicos, entretanto, podem ser considerados, como alguns

exemplos:

- Produto novo: Sempre que negociada a compra, a diferença entre o preço objetivo

estimado, ou levantado, e o preço pago será considerada como economia.

- Negociação pura: Sempre que se conseguir reduzir um preço através de qualquer

negociação, será computada a economia obtida.

27

- Condições de pagamento: Qualquer aumento do prazo de pagamento sem juros

será computado uma economia negociada.

Para analisar a economia realizada em compras de manutenção e

equipamentos, devem seguir os seguintes tópicos:

1) Negociação pura que resulte em redução do preço que vem sendo pago;

2) Nova fonte fornecedora capaz de entregar o mesmo material por melhor

preço;

3) Aumento da quantidade resultante de pedidos repetitivos, como redução do

preço;

4) Sistema de pedidos em aberto por tempo de seis meses a um ano de

duração.

- Análise, Controle e Reajustes de Preços: Podemos considerar que determinado

produto tem preço justo e correto quando o comprador estabelece uma adequada

relação entre qualidade, quantidade, atendimento e utilidade.

Podemos considerar que determinado produto tem preço justo e correto quando

o comprador estabelece uma adequada relação entre qualidade, quantidade,

atendimento e utilidade. As condições que definem o preço podem ser:

1) Qualidade;

2) Quantidade;

3) Atendimento;

4) Utilidade;

5) Entrega;

6) Capacidade competitiva;

7) Integridade do fornecedor;

8) Termos de aceitação do pedido;

9) Politica da empresa.

Em toda negociação de compra esses parâmetros estão inclusos, podendo estar

explícitos ou implícitos. A ênfase em algum desses elementos se dará de

conformidade com a compra negociada. Deve-se levar em consideração que, nem

28

sempre, ao se conseguir no melhor preço, se realizou a melhor negociação.

ORGANOGRAMA 2 – PREÇO CUSTO DE COMPRAS

FONTE: ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1999.

29

1.4 CONDIÇÕES DE COMPRAS

A negociação em compras (condições de compras) é um elemento essencial

no que se trata, por exemplo, à negociação de preços entre profissionais de vendas

e o negociador da empresa. A negociação é fundamentada nas teorias das

decisões, na comunicação e na sociologia. Na evolução de um processo de

negociação é importante ter um controle parcialmente grande quanto ao que se

negoceia, uma vez que, é a compra de milhares de produtos, com valores dos

próprios, que está a ser disputada.

Todo negociador sempre deve negociar para ganhar, pesquisando todas as

condições possíveis de compra, mas há duas formas de ganhar. A primeira, à custa

da outra parte. A segunda consiste em chegar a um acordo em que os interesses

relevantes das partes sejam atendidos. Como diz o lema de Ashleigh Brilliant

baseada na primeira forma: "Eu sempre ganho. Você sempre perde. Poderia haver

coisa mais justa do que isso?". Já na segunda maneira, a um contraditório deste

mesmo dilema: "Eu sempre ganho. Você sempre ganha. Poderia haver coisa mais

justa do que isso?". Esta é a negociação eficaz, ou seja, a negociação ganho-ganha.

Para o progresso de políticas de negociação enquadradas com a importância dos

itens, a matriz de posicionamento de compras surge como apoio ao negociador na

sua argumentação. Como mostra na Tabela abaixo a matriz de posicionamento em

compras:

TABELA 3 – CONDIÇÕES DE COMPRAS

30

FONTE: DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

Examinando a matriz da Tabela, observa-se que os ganhos mais relevantes

dizem respeito aos itens agrupados nas categorias: lucro táctico; crítico estratégico.

Os riscos associados com o fornecimento são efetuados mediante a seleção e

escolha dos fornecedores citados anteriormente. Outro principio a conceituar refere-

se à relação existente entre a oferta e a procura. Para tal, torna-se indispensável

uma avaliação da procura de uma empresa relativa ao mercado total. Sendo assim,

da mesma forma é importante uma análise referente ao vinculo entre o fornecedor e

a produção total do mercado.

Um dos impasses inerentes a este processo prende-se com a suposição da

empresa em causa ter uma fraca participação nas vendas do fornecedor. Este

aspecto condiciona o poder de argumentação na negociação. Como contrapeso

poderá manifestar uma forte competição entre fornecedores para os mesmos itens.

O planejamento de negociação pode facilitar bastante a efetivação das vendas,

por isso vale a pena fazer! O planejamento por si só sempre é importante, mas no

tocante às negociações é ainda mais. Isso porque está em direção ao sucesso de

31

lucros da empresa, já que, sem boas negociações e vendas, dificilmente atingira o

faturamento pré-estabelecido no planejamento estratégico. O planejamento de

negociação cria um ‘caminho’ para que se atinja a negociação perfeita, além de

antever os prováveis súbitos que impedirão o processo de negociação.

Assim, pode-se definir o planejamento de negociação como a procura de

informações e formulação de um plano de ação que objetiva “descrever” como

elaborar a negociação adequada, trabalhando também os possíveis fatores internos

e externos que podem dificultar no processo.

- Ciclo do planejamento de negociação: O planejamento de negociação tem um

“ciclo” de 4 etapas de uma negociação, desde a sua iniciação até a conclusão.

Dividimos esse ciclo nos seguintes elementos:

- Planejamento: O planejamento é o primeiro passo, é dele que tudo irá partir. Nesse

momento serão criadas as metas e objetivos. Além disso, serão definidas as táticas

para alcançar a negociação perfeita, ou seja, aqui você colocará os objetivos e

métodos no papel. Tem que se ter cuidado para criar “estratégias e objetivos” reais e

possíveis, de nada adianta criar, por exemplo, um objetivo de triplicar o sucesso de

vendas em 2 meses, isso raramente irá acontecer, fará com que o planejamento de

negociação seja feito em vão.

- Desempenhar: Na fase de desempenhar é o momento em que se iniciam as

buscas de informações fundamentais para criar o planejamento de negociação.

Aqui, possivelmente irá fazer uma pesquisa de mercado para descobrir como o seu

consumidor (público-alvo) se sente e quais suas necessidades, bem como a forma

que seu produto é visto no mercado.

32

- Checar: Depois de efetivar a busca de informações chegou a hora de analisá-las,

verificar se estão corretos, comparar e reatualizar os procedimentos que foram

criados inicialmente para atingir o propósito. Quanto maior a quantidade de dados

para explorar melhor, pois assim conseguirá formar uma ‘opinião’ mais assertiva

sobre o planejamento de negociação.

- Ação do planejamento de negociação: Esta é a etapa em que se aplica o

planejamento de ação e, já nos primeiros momentos, averiguar os resultados de

como está “seguindo”, analisando se está dentro do esperado ou não. Contudo

chega o momento de ter atitudes corretivas e de aperfeiçoamento, afinal, raramente

algo fica “perfeito” em um primeiro momento.

- O básico do planejamento de negociação: No geral, a elaboração de um

planejamento de negociação como um todo, baseia-se em 8 itens fundamentais para

o negociador:

- Definir os interesses;

- Consultar os outros;

- Definir as questões principais;

- Juntar as questões e compor a “barganha”;

- Identificar limites nas negociações;

- Estabelecer alvos;

- Desenvolver argumentos;

Analisar a outra parte.

Esses são os pontos que se objetiva estudar e atingir quando se faz um

planejamento de negociação.

- Preparação final para negociação: Essa é uma das partes mais importante do

planejamento de negociação, porque ela será responsável por balizar se os métodos

33

escolhidos para atingir os objetivos da negociação estão corretos. Além disso,

também poderá ser o momento de readequar o planejamento de negociação ou até

mesmo atualizá-lo. Aqui começa analisando a outra parte, averiguando as suas

imposições, interesses, objetivos, recursos financeiros, entre outros pontos chaves.

Então chega o momento de ver como o planejamento irá funcionar na pratica. Por

fim, devem-se trabalhar as estratégias e táticas para atingir o melhor resultado na

negociação.

1.5 A NEGOCIAÇÃO

A negociação não é uma disputa onde uma ganha e o outro perde, embora

esteja ligado a esses elementos de competição, porém ela é bem mais do

que isso. Em uma negociação onde todos saem ganhando, podemos afirmar

que houve uma boa negociação. Negociar é uma das habilidades mais

exigidas de um comprador.

Nenhum negociador nasce feito, ele precisa desenvolver habilidades, como

participando de seminários, cursos e lendo bibliografia especializada. Não

existe um perfil de negociador padrão em que se possa espelhar e seguir

seus passos, mas um conjunto de habilidades e técnicas desejáveis e todas

passíveis de desenvolvimento e igualmente importantes sim. Especialistas

acreditam que é praticamente impossível um indivíduo possuir todas as

características necessárias para um bom negociador, acreditam então na

negociação de sucesso em equipe. O fator primordial é o assunto de qual

objeto se trata na negociação, pois é de importância fundamental que o bom

negociador domine a característica do mesmo para o contrato negociado. O

individuo tem que ter conhecimento interpessoal dos negociadores, ou seja,

identificar qual estilo de cada um, suas forças e fraquezas, suas

necessidades e motivações. (DIAS, Marco Aurélio P., 4. ed, p. 277; 278).

Basicamente qualquer processo de negociação obedece a seis etapas que

precisam ser cumpridas com igual cuidado para que o resultado final seja positivo.

Dificuldades não superadas em qualquer delas podem comprometer os objetivos

estabelecidos. São as seguintes:

34

A) Preparação: Onde se estabelecem os objetivos que devem ser alcançados de

forma ideal e os que a realidade permitirá atingir. Para isso é importante que se

reflita a respeito do comportamento presumível do outro negociador e do que ele

estará pensando a seu respeito. É muito importante que sempre se espere

resultado positivo e que se consiga transmitir essa expectativa.

B) Abertura: esta etapa serve para reduzir a tensão, consolidar o objetivo, destacar um

objetivo mútuo e criar um clima de aceitação. Uma conversa descontraída, com

observações sobre o próprio local e perguntas sobre o companheiro de

negociação, ajuda a reduzir a tensão. Depois, deve-se esclarecer muito bem que

se está ali para resolver um problema, satisfazer uma necessidade, permitindo que

o outro se predisponha a responder perguntas que fará. é preciso ainda destacar

os benefícios que serão obtidos no trabalho conjunto.

C) Exploração: aqui se precisa verificar se a necessidade detectada durante a etapa

da preparação é verdadeira e isso só pode de obtido por meio de perguntas

objetivas, mas jamais ameaçadoras. Esse processo estabelece uma reciprocidade

psicológica em que as pessoas tendem a tratar os outros da mesma forma como

são tratadas por eles. Se estivermos interessados e preocupados com o outro, são

grandes as chances de que ele também se interesse quando apresentarmos

nossos produtos, serviços e ideias.

Esta fase é muito importante, pois, uma vez a anuência do outro, antes de

detalharmos nossos produtos, serviços ou ideias, teremos alcançado 50% da ação

final. Se, ao contrário, não houver concordância nessa fase ou o que tivermos para

oferecer não resolver o problema do outro, a negociação não deve prosseguir. Será

melhor deixar a porta aberta para nova oportunidade.

D) Apresentação: nessa etapa, deve ser feito o relacionamento dos objetivos e

expectativas iniciais com as necessidades da outra parte. Quanto mais fornecemos

condições para que o outro faça a ligação entre proposição, sentimento e

necessidade, mais proveitosa será essa etapa.

E) Clarificação: precisamos considerar as objeções levantadas como oportunidades

para fornecer mais informações. Isso sempre demostra interesse, pois, se ele não

existir, o outro sequer fará objeções. O processo de clarificação consiste em ouvir

atentamente as objeções; aceitar não a objeção em si, mas o sentimento ou a

logica existente por detrás dela e mostrar ao outro que a entendemos.

35

F)Ação final: é a procura de um acordo ou decisão. Vale a pena lembrar que as

pessoas compram um produto ou uma ideia com a ajuda e não com empurrão, mas

isso não quer dizer que ele tome a decisão sozinha. O negociador que faz isso

geralmente fracassa.

Quando há confiança entre os negociadores, a negociação pode ser bem

facilitada. A confiança é um fator primordial para o processo e existem alguns

atos que devem ser evitados. O negociador jamais deve ser interpessoal,

selecionar comportamentos padrões a serem seguidos, tratar o outro como

cliente, empregado ou colega ou como uma pessoa que precisa de sua ajuda,

concentrar-se em julgamentos morais e avaliação, concentrar-se nas

limitações da outra pessoa, dentre várias outros fatores primordiais. (DIAS,

Marco Aurélio P., ed. 4, p. 295; 296).

As características gerais de um bom negociador são:

- Ver a negociação como um processo contínuo no qual nenhum item é imutável,

mesmo após o acordo final e a assinatura do contrato.

- Ter mente aberta.

- Estar alerta para suas necessidades pessoais e do seu negócio, da mesma forma

que não se descuide das necessidades de seu oponente.

- Ser flexível e capaz de rapidamente definir metas e interesses mútuos.

- Não tentar convencer o oponente de que o ponto de vista dele esta errado e deve

ser mudado.

- Desenvolver alternativas criativas que vão ao encontro das necessidades de seu

oponente.

- Ser cooperativo porque a cooperação possibilita um clima propício para a solução

de problemas, em harmonia.

- Ser competitivo porque isso pode contribuir para estimular as duas partes a serem

mais eficientes na procura de benefícios mútuos desejados.

- Compreender que a manipulação de pessoas é incompatível com as metas de

harmonia resultante da cooperação e competição.

36

- Atingir os próprios objetivos e, ao mesmo tempo, fazer contribuições significativas

para alcançar as metas da organização.

Os negociadores podem der agrupados em quatro estilos comportamentais

básicos: catalisador, apoiador, controlador e analítico. Não existe um estilo melhor

que o outro; todos são bons, e o mais importante é que o negociador identifique o

seu estilo e tente fazer o mesmo com a pessoa com que vai negociar. Uma das

chaves do êxito do processo de negociação é saber apresentar as nossas ideias de

forma que cause mais impacto ao outro negociador. As características principais de

cada um desses estilos são:

- Catalisador: pessoa criativa, sempre em novas ideias, entusiasta dos grandes

empreendimentos. As vezes é considerada superficial e irreal. Para causar impacto

junto a ela é preciso apelar para aspectos de novidade, singularidade, liderança e

disponibilidade.

- Apoiador: pessoa que considera seres humanos muito mais importantes que

qualquer trabalho e gosta de trabalhar em equipe, agradar os outros e fazer novos

amigos. As vezes é considerada incapaz de cumprir prazos, desenvolver projetos,

enfim esse tipo de pessoa é encarado mais como missionário do que como

executivo e, para causar-lhe impressão, deve-se mencionar harmonia, ausência de

conflitos, garantia de satisfação e realização a quatro mãos.

- Controlador: pessoa que toma decisões rápidas, é organizada, concisa, objetiva,

com sentido de urgência. Muitas vezes é considerada insensível aos outros. Como

argumento de negociação deve-se usar tudo que se relacionarem com metas,

resultados ganhos de tempo e dinheiro.

- Analítico: pessoa que gosta de fazer perguntas, coletar dados; é perfeccionista e

muito detalhista. Fornecer-lhes dados disponíveis, alternativas para análise,

decisões seguras e pesquisas ajudarão bastante na negociação.

As capacidades alheias são pelo menos tão importante quanto a nossa capacidade; é fundamental no ato da negociação levar isso em conta, pois é com isso que a outra parte ira se predisponha a dialogar conosco. É necessário usar os quatro elementos: credibilidade, coerência, aceitação e sinceridade. (DIAS, Marco Aurélio P., ed. 4, p. 296).

37

Alguns cuidados e estratégicas básicas para o êxito de uma boa negociação são

os seguintes:

- Comece sempre a negociação fornecendo e solicitando informações, fatos; deixe

para depois os tópicos que envolvam opiniões, julgamentos e valores.

- Procure vestir a pele do outro negociador, isto o ajudará a compreender melhor a

argumentação e as ideias dele.

- Nunca esqueça que um bom negócio sé é bom quando o é para ambas as partes;

logo, também as ideias só serão aceitas se forem boas para ambas as partes.

- Procure sempre fazer perguntas que demandam respostas além do simples sim ou

não.

- A dimensão confiança é importantíssima no processo de negociação; procure ter

atitudes geradoras de confiança em relação ao outro negociador.

- Evite fazer colocações definitivas ou radicais.

- Nunca encurrale ou pressione o outro negociador. Sempre deixe uma saída

honrosa; não obstrua todas.

- Toda pessoa tem seu estilo de negociação e determinado tipo de necessidade e

motivação; ao negociar lembre-se dessas diferenças.

- Saiba ouvir e procure não atropelar verbalmente o outro negociador.

- Procure sempre olhar os aspectos do outro negociador; observe suas forças, evita

concentrar-se em suas características negativas de comportamento, em suas

fraquezas, porque ele pode perceber.

1.6 FONTES DE FORNECIMENTO

Pode-se classificar como Fornecedor toda pessoa jurídica interessada em supriras necessidades de outra em termos de: matéria-prima; serviços e mão-de-obra. Dentro de um Departamento de compra, a eficiência está diretamente ligada ao grau de atendimento e ao relacionamento entre o comprador e o fornecedor, que devem ser os mais

38

adequados e convenientes. (DIAS, Marco Aurélio P., ed. 4, p. 282; 283).

A classificação pode ser feita deste modo:

- Fornecimento monopolista: monopolistas são fabricantes de produtos exclusivos

dentro do mercado; normalmente o volume de compra é que determina o grau de

atendimento e relacionamento. Ocorre também na maioria das vezes uma atenção

bem pequena dos vendedores para seus clientes; são os chamados ‘’apanhadores

de pedidos’’, porque não existe uma preocupação de venda; o fornecedor é

consciente de seu monopólio.

- Fornecedores habituais: são normalmente tradicionais que sempre consultados

numa coleta de preços; eles possuem uma linha de produto padronizada e bastante

comercial. Geralmente são fornecedores que prestam melhor atendimento, pois

sabem que existe concorrência e que seu volume de vendas esta ligada a qualidade

de seus produtos e ao tratamento dado ao cliente.

- Fornecedores especiais: são os que ocasionalmente poderão prestar servidões,

mão-de-obra e até mesmo fabricação de produtos, que requerem equipamentos

especiais ou processos específicos e que normalmente não são encontrados nos

fornecedores habituais.

Essa classificação vai existir um grau de dependência que variará de acordo

com o grau de necessidade e importância dos produtos a serem comprados, que

esta ligada a características do fornecedor, ou seja:

- Se é um fabricante, revendedor, ou representante;

- Se o produto s ser adquirido é especial ou de linha normal;

- Se todo o processo de fabricação é realizado internamente, não dependendo de

terceiros;

- Se existem lotes mínimos de fabricação ou independentes das quantidades

vendidas;

- Grau de assistência técnica ao cliente comprador;

39

- Analises de capacidade de produção e qualidade de produtos fornecidos

anteriormente;

- Analise da procedência da matéria-prima e qualidade.

Tirando os fornecedores monopolistas, o Departamento de Compras deve no

mínimo manter sempre três fornecedores para cada tipo de material. A empresa tem

que ter mais que uma alternativa, não pode manter apenas de uma fonte, as

vantagens disso para a área de compras é:

1) Maior segurança no ciclo de reposição de material;

2) Maior liberdade de negociação e consequentemente um potencial de

redução de preço de compra;

3) Maiores oportunidades de os fornecedores se familiarizarem com os

nossos componentes e/ou peças.

Há em algumas situações, onde não tem vantagem trabalhar com mais de um

fornecedor; que é as exceções dos monopolistas, das situações de produtos

patenteados ou de processo de fabricação exclusivo, a qualidade do produto que

são bastante restritivas e que diminuem a amplitude de fontes de fornecimentos. A

alternativa que mais se usa é a alteração dos fornecedores reciclando-se a cada

determinado período. Um dos documentos primordiais do Departamento de

Compras é o Cadastro de Fornecedor e a Ficha de Material, quando se tem

condições de escolher o fornecedor do determinado tipo de material. Através do

cadastro, que se é escolhido o fornecedor para atenderem as quatro condições

básicas de uma boa compra: preço, prazo, qualidade e condições de pagamentos.

A área de Compra deve-se ter dois tipos de cadastro, um por fornecedor e

outro por tipo de material. O cadastro do fornecedor tem diverso, especificando o

material que fabricam, ou que estão vendendo e o cadastro de material são as fichas

que vão identificar o tipo de fornecedor aprovado que de pode adquirir. A

necessidade do cadastro é quando o comprador não conhece o tipo de fornecedor

que se está trabalhando com o seu determinado produto, com isso o comprador faz

a consulta na ficha cadastral.

Para o fornecedor ter um desempenho melhor, é importante acompanhar ele

nas suas entregas, tendo como registrar suas entregas, registrar suas

40

compras, recebimentos, devoluções, alterações de preços e suas condições

de pagamento, cancelamentos e alterações de prazos de entrega. Selecionar

fornecedores não é uma tarefa fácil, pois precisa averiguar requisitos básicos

e suficientes que preencha de acordo com as normas e padrões

preestabelecidos como adequados e é importante lembrar que se deve pelo

fato de reunir um grupo. Bastam lembrar que seu objetivo é encontrar

fornecedor que possua condição de fornecer os materiais necessários dentro

das quantidades, padrões de qualidade requeridos, tempo determinado, com

menores preços e condições de suprirem a concorrência e nas melhorias nos

preços. É através dessas fontes que se escolhe o fornecedor adequado para

o cadastro de Compras. Geralmente, em empresas grandes, quem fica

responsável pela aprovação do fornecedor é o setor de Engenharia de

Desenvolvimento ou Engenharia de Produto; o comprador olha através da

interface provável fornecedor e empresa, que se têm informações através das

fichas cadastrais, visita de instalações, recebe amostra do produto fornecido. (DIAS, Marco Aurélio P., ed. 4, p. 285).

Esses parâmetros de avaliação e aprovação seriam:

- Quanto ao preço;

- Quanto a qualidade;

- Quanto a condições de pagamento;

- Quanto ás condições de embalagem e transporte.

Após a aprovação e o preenchimento de todos os quesitos, dá-se início ao

fornecimento normal. Deve-se então fazer a análise inicial das entregas para avaliar

se há:

- Cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos;

- Manutenção dos padrões de qualidade estabelecidos;

- Politica de preços determinada;

- Assistência técnica.

Normalmente, em grandes empresas, encontra-se uma avaliação de forma

científica em que são condensadas todas as informações necessárias, tanto

41

técnicas, quanto comerciais, para verificar a exatidão dos verdadeiros recursos das

fontes de fornecimento. Essa avaliação determina a conduta do comprador perante

o fornecedor, definindo os interesses mútuos.

As principais avaliações podem ser divididas em duas etapas:

1) Avaliação técnica: composição do corpo técnico em relação ás

necessidades da empresa; recursos técnicos disponíveis e

utilizados; disponibilidade de operadores, máquinas,

ferramentas e instrumentos adequados às exigências técnicas.

2) Avaliação administrativa: composição do staff responsável pela

administração da empresa; procedimentos usuais e

conceituação no mercado; grau de interesse em participar do

corpo de fornecedores.

Um bom fornecedor é bom quando ele é honesto e justo em seus meios de

trabalho com seus clientes, tem que ter estrutura e know-how suficiente, tem as

condições de cumprir com o comprador seus prazos de entrega e qualidade do

produto, preços que cabem no mercado e quando se conclui que suas metas sejam

alcançados e quando seus clientes ficam satisfeitos.

Entre o fornecedor e o comprador o instrumento mais importante é a confiança mútua. Quanto mais aberta e clara a negociação, maiores são suas chances de uma boa compra. O comprador quer receber seu produto em segurança para melhor preço e qualidade e o fornecedor que vê-lo satisfeito e ter a garantia de serem clientes fiéis. O comprador escolhe sua fonte de fornecimento, ele o faz a partir de uma série de analises e conclusões que devem continuar existindo e isso se deve ser verificado regularmente, para fazer grande esforço para atender os pedidos de compra dos clientes. (DIAS, Marco Aurélio P., ed. 4, p. 288).

A garantia de uma programação para determinado período de fornecimento é

um dos elementos-chaves do sucesso desse relacionamento. Se a empresa garante

um volume sistemático de compra, o fornecedor poderá, a partir dessa segurança,

fazer opções de investimento com maior tranquilidade, comprando equipamentos

que reduzirão seus custos, ou modificando seu processo. O risco empresarial do

fornecedor estará diretamente ligado ao da empresa-cliente, e as vantagens

42

recíprocas serão imensas.

2 ESTUDO DE CASO – COMPRAS – INTRODUÇÃO

O Estudo de caso aqui apresentado tem como objetivo esboçar e analisar o

sistema de compras da empresa Mineração Calciolandia Ltda, situada em Pains –

MG. Neste estudo será avaliado todo o processo de necessidade, cotações,

aquisições, avaliações dentre outros fatores que envolvem o Setor de Compras.

Após a analise de todos os parâmetros, pode-se concluir a eficiência deste sistema.

2.1 MÉTODO DE PESQUISA

Neste estudo foi aplicado o Método de Questionário, no qual com a análise das

respostas pode-se avaliar os pontos críticos e de maior demanda do Setor estudado.

Para este Questionário foi envolvido os responsáveis pelos Setores de Compras,

Almoxarifado e Gerencia.

- Questionário segue em anexo.

2.2 CONCLUSÕES

Todo o sistema de compras e sua logística, são fatores extremamente

importantes para o funcionamento de uma empresa. Neste trabalho apresentamos

os seguintes tópicos:

- Função compras;- Negociação de compras;- Administração de compras;- Conhecimento da análise de custo;- Estudo de caso.

O setor de compras, antes visto como uma área de funções rotineiras, é hoje

compreendido como parte diretamente integrante dos processos logísticos das

organizações. Seu sentido passou a envolver a definição das necessidades das

empresas, minuciosa seleção de fornecedores e negociações que garantam preços

atrativos somados a qualidade. As organizações, cada vez mais focadas em

estratégias de competitividade, passaram a valorizar mais a função de compras,

43

considerando-a como uma aliada que interfere diretamente em suas áreas

produtivas e financeiras. Muitos fatores contribuíram para essa mudança de visão,

tais como a tecnologia da informação, que possibilita redução de tempo e despesas,

além de uma busca por relacionamentos mais éticos e duráveis com os

fornecedores no objetivo de garantir menor custo e maior qualidade. 

Dessa forma, o setor de compras não implica mais em apenas comprar ou

adquirir, mas passou a ser parte estratégica das empresas que pretendem continuar

participando do mercado de hoje e do futuro.

2.3 CONTRIBUIÇÕES PARA O APRENDIZADO

Para o progresso de políticas de negociação enquadradas com a importância

dos itens, a matriz de posicionamento de compras surge como apoio ao negociador

na sua argumentação. È muito importante para o comprador e para a empresa o

Conhecimento da analise preço-custo. Conhecer como é montada a estrutura do

preço de venda, como o fornecedor estabelece o preço, quais as reações do

mercado e o quanto se tem de confiança nas estimativas do fornecedor.

Toda a pesquisa foi feita com base em livros de Administração de Materiais,

conforme visto nas citações, e também do entendimento dos próprios alunos, com

base na leitura dos livros e entendimento em sala de aula e conversa com outros

alunos.

Com base nesse trabalho, todo o grupo pode ter um entendimento teórico de

todos os processos de um Sistema de Compras, no início um pouco complicado,

porém á medida que o trabalho foi se formando, as dúvidas foram sendo

respondidas e todo o conhecimento foi se solidificando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1999. 

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

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MARTINS, P. G.; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.