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Google glass nos eventos. Entrevista Event Point

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OS GOOGLE GLASS VÃO TER IMPACTO NA MEETINGS INDUSTRY?Espera-se que em 2014 os Google Glass cheguem aos consumidores finais . De que forma

este novo gadget pode impactar a meetings industry? Fomos tentar saber.

Ainda não estão no mercado, mas já toda a gente fala deles. O que são, afinal, os Google Glass? Parecem uns óculos normalíssimos - e são usados como se disso se tratassem, - a grande diferença é que têm uma câmara, liga-ção à Internet, e uma pequena tela onde é visualizada a informação. É possível

tirar fotos, gravar vídeos, fazer video-chamadas, obter direcções, mandar e receber mensagens, pesquisar no Google e traduzir textos. A marca prevê que em 2014 o produto chegue ao mer-cado – para já está em fase de testes. Luís Rasquilha dedica-se na Ayr Consulting à observação e antecipação

de tendências de mercado. Acredita que os Google Glass vão mudar o sector dos eventos e dos congressos. “A transfor-mação tecnológica e de conectividade que vivemos está orientada para que novos gadgets e novas funcionalida-des mudem modelos de actuacão. Os Google Glass representam isso - uma

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mudança comportamental assente nesta transformação ou aumento ex-ponencial da conectividade”, explica à Event Point. E de que forma? O especia-lista responde: “No acesso e partilha de informação, na adição de experiências e conteúdos prévios e posteriores ao evento, e na forma de alargar o âmbito do evento, que ultrapassa as fronteiras físicas. Desde utilizar oradores que estão fisicamente noutro lugar, a mo-mentos que podem ser transmitidos, partilhados, ou acompanhados em tempo real, assistiremos a um conjunto de novas utilizações”. Utilizações essas que vão nascer na sequência da disse-minação da ferramenta. Luís Rasquilha vê vários aspectos positi-vos no uso dos Google Glass em eventos. Desde logo o aumento exponencial da partilha e interacção. “A lógica é a de acelerar o processo de conectar pessoas”. Seguramente, Luís Rasquilha vai ser um utilizador dos Glass, incluindo-os na sua actividade enquanto orador. “Já fizemos um primeiro teste projectando a imagem da audiência vista do palco num ecrã lateral ao da projecção. Pelo menos é uma experiência divertida. Mas procuraremos optimizar essa utilização à medida que formos evoluindo no conhecimento do gadget e das suas potencialidades”, afirma. Ernie Smith, jornalista do Associations Now, escreve quais as principais poten-cialidades do equipamento, depois de o ter testado num evento nos Estados Unidos. Uma delas é a possibilidade de tirar fotografias às pessoas que vamos conhecendo nos eventos ou nas confe-rências e adicionar notas a cada uma. Especialmente útil para quem tem difi-culdade em lembrar-se de rostos. Ernie Smith não sabe se isto é o futuro, mas dá o benefício da dúvida. Se os Google Glass forem bem sucedidos em algum sector, diz ele, será mesmo no dos even-tos. Traci Browne, da Event Tech Brief, realça as potencialidades dos Glass nas feiras, na demonstração de produtos e serviços e na partilha com outras pes-soas, por exemplo através de Hangout. Isto significa que mais pessoas têm acesso à informação.

A TER EM CONTADede Mulligan, da Smart Source, avisa no blogue da empresa que, se os Google Glass se tornarem populares, há que ter atenção à largura de banda nos espaços para eventos. É que além dos delegados levarem portáteis, smartphones, tablets, vão passar a levar este novo gadget e é mais uma ferramenta a exigir Internet. Esta responsável lembra ainda questões de privacidade que necessitam ser acaute-ladas. Os participantes têm, por exem-plo, de saber que podem ser filmados “de frente, de trás, dos lados durante as conferências. Se isso já acontece com os smartphones ou iPads, a dife-rença é que as pessoas vêem o aparelho e sabem que estão a ser filmadas”. Com os Glass podem estar a ser filmadas sem se aperceberem. No entender de Luís Rasquilha, esta é “uma falsa questão”. “É a mesma [questão] que hoje qualquer smartphone tem, muda apenas o device. Hoje posso fotografar e filmar com um smartphone e colocar online em qualquer rede. Os Google Glass só aceleram esse processo”.Outra questão que se levanta é a de perceber se o uso do aparelho pode prejudicar as relações interpessoais nos eventos. A empresa americana Attendify, que trabalha no sector das aplicações móveis para eventos, reflec-tiu sobre este assunto. “Ao concentrar--se nos Glass, a atenção do utilizador muda de uma forma muito notória, causando disrupção nas conversas e, no contexto dos eventos, criando uma interacção muito estranha com alguém que se calhar acabou de conhecer”, es-creve a empresa no blogue. No fundo, em vez de aproximar, o aparelho pode afastar as pessoas. E a ideia de fazer eventos é exactamente a contrária. Terão que aparecer uma espécie de Glass-Free Zones para fomentar o networking em eventos?

APL ICAÇÃO PARA MODERADORES APRESENTADA NA FRESH 2014A sli.do lançou na mais recente edição da Fresh Conference a primeira apli-cação Google Glass para moderadores de eventos. A aplicação permite aos moderadores estar a par das principais questões colocadas pelo público. A solução foi experimentada durante a conferência e vai estar disponível para clientes seleccionados da sli.do antes de estar acessível ao restante público.

VA I À WTM? QUER EXPERIMENTAR OS GLASS?A Mooveteam, empresa espanhola no sector das tecnologias para eventos, so-bretudo ao nível dos jogos, integrou os Google Glass na sua última participação na EIBTM e pretende voltar a fazê-lo na WTM América Latina. Os visitantes da feira vão poder experimentar os Google Glass na Innovation Zone Play Area. Além disso, a empresa vai dar algumas formações de 20 minutos sobre a fer-ramenta. A feira, de que a Event Point é media partner, realiza-se de 23 a 25 de Abril, em São Paulo.

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