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Empresas Caixa OUTUBRO 2015 Esta revista faz parte integrante do Diário Económico n.º 6292 de 30 de outubro de 2015. Foto: Paulo Figueiredo CASOS DE SUCESSO: Introsys, Bluepharma e Couro Azul OFERTA SETORIAL: Soluções e serviços Caixa para a Indústria e para a Exportação SALDO POSITIVO: Como candidatar-se ao Horizonte 2020 ENTREVISTA RUI NEGRÕES SOARES A missão da Caixa é acompanhar as empresas nacionais

Revista Caixa Empresas | outubro 2015

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EmpresasCaixa OUTUBRO 2015

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CASOS DE SUCESSO:Introsys, Bluepharma e Couro Azul

OFERTA SETORIAL:Soluções e serviços Caixa para a Indústria e para a Exportação

SALDO POSITIVO:Como candidatar-se ao Horizonte 2020

ENTREVISTARUI NEGRÕES SOARESA missão da Caixa é acompanhar as empresas nacionais

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Pág. 4 a 6ABERTURAENTREVISTA A RUI NEGRÕES SOARES, DIRETOR DE MARKETING DA CAIXA

Pág. 7SALDO POSITIVOCOMO APRESENTAR UMA CANDIDATURA AO HORIZONTE 2020?

Pág. 08 e 09À LUPAINTROSYS: EIS O BRAÇO-ARMADO DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL

Pág. 10 e 11À LUPABLUEPHARMA: FÁRMACOS COM CUNHO NACIONAL

Pág. 12 e 13À LUPACOURO AZUL: CURTUMES DE ALCANENAAO VOLANTE DE GRANDES MARCAS

Pág. 14 e 15ENCAIXAOFERTA SETORIAL PARA A INDÚSTRIA E PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO

As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas.

Nov.05 . Lisboa Workshop de CrowdfundingStartup Lisboa TechStartup Lisboawww.startuplisboa.comContacto: [email protected]

17 a 19 . Barcelona Smart City Expo – World CongressFira BarcelonaGran Via Exhibition Centrewww.smartcityexpo.comContactos: (+34) 932 332 000;[email protected]

19 . Lisboa Demo Day – BGI 6th EditionBuilding Global InnovatorsISCTE – IUL&MITwww.bgi.ptContactos: 210 464 030;[email protected]

19 . Roterdão Cleantech SummitTech Tour / International Venture ClubRotterdam Science Towerwww.techtour.comContactos: (+41) 225 446 090;[email protected]

21 a 23 . Lisboa PortugalAgro 2015AIPFIL – Feira Internacionalde Lisboawww.portugalagro.fil.ptContactos: 218 921 541;[email protected]

24 . LisboaInvestors Pitch DayLisbon ChallengeBeta-i – Floor 2www.lisbon-challenge.comContactos: 926 667 633;[email protected]

índice

ALDEIAGLOBAL

08 10 12

Nov.6 . Lisboa Maria João e Mário LaginhaCulturgest – Grande Auditóriowww.culturgest.ptContactos: 217 905 155;[email protected]

17 . Lisboa Conversas à Volta de Dinheiro, Amor e VirtudeCulturgest – Pequeno Auditóriowww.culturgest.ptContactos: 217 905 155;[email protected]

Dez.6 . Lisboa CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de AnimaçãoCulturgest – Grande Auditóriowww.culturgest.ptContactos: 217 905 155;[email protected]

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4 EmpresasCaixa

OUTUBRO 2015

“A nossa missão é acompanhar as empresas nacionais e junto delas fazer a diferença”

ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO

4

Caixa

OUTUBRO 2015

Palavrachave

REDE� Uma peça-chave da oferta da Caixa

para as empresas. A nível nacional, com 400 gestores dedicados e 700 pontos de contacto com os clientes. A nível internacional, com presença em 23 mercados.

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OUTUBRO 2015

EmpresasCaixa

Rui Negrões Soares é o responsável máximo pelo Marketing da Caixa. Tem uma noção muito clara sobre o impacte dos mercados externos na nossa indústria e restantes fi leiras da Economia nacional. A Caixa afi rma-se como parceira – em fl exibilidade e escala.

A Indústria nacional está preparada para os desafios da exportação?

Nos últimos anos, praticamente todos os setores da economia nacional foram instados a responder ao desafi o do mercado externo. A forte redução da procura interna levou a que os nossos agentes económicos olhassem para o mercado de forma mais ampla, inclusive em setores tradicionalmente menos abertos ao exterior. Foi este desafi o de sobrevivência que, em primeira instância, os conduziu a outros mercados. Confi rma-se portanto que, quando confrontados com grandes desafi os, os nossos empresários (mais jovens ou não) apreendem as regras e o conhecimento de novos mercados. Efetivamente, a necessidade aguça o engenho, e as empresas portuguesas (as industriais em particular) souberam encontrar a resposta adequada. Foi notório este esforço de adaptação e identifi cação de oportunidades. E acredito que uma grande parte do tecido empresarial tem as condições necessárias para responder positivamente à nova conjuntura.Reconheço, ainda assim, que existem alguns aspetos transversais a melhorar. Nomeadamente, nas estratégias Fo

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RSDIRETOR DE MARKETING DA CAIXA

RUI NEGRÕES

SOARES

ENTREVISTA de cooperação e associação – para potenciar massa crí-tica e dimensão competitiva, assim como para aumentar o conhecimento e diluir o risco. O objetivo é sempre alavancar os resultados das estratégias de exportação.

De que modo a Caixa tem favorecido essa resposta?

O nosso contributo neste processo estrutura-se em torno de três eixos: o reforço da oferta, a partilha de know-how e a escala da sua rede internacional.Fomos desenvolvendo soluções e serviços com base nas necessidades emergentes de redirecionamento e reorientação das empresas. Promovemos este eixo com uma oferta setorial que dá resposta às necessidades específi cas dos principais setores de atividade – além da Agricultura e Agro-indústria, do amplo setor da Indústria, do Comércio e Serviços, do Turismo e Restauração, de todos os setores transversalmente exportadores.Desenvolvemos uma oferta complementar ao Portugal 2020, para acompanhar a par e passo as necessidades das empresas com projetos de transformação, inovação e dinamização externa. Adicionalmente, desenvolvemos – com o BEI – uma linha especial de crédito no valor de 300 milhões de euros, centrada no apoio a projetos de investimento. Isto, quer pelo fi nanciamento a médio e longo prazo, quer pelo apoio a necessidades de fundo de maneio associadas a esses projetos.

E os restantes eixos?A partilha de know-how é viável pela proximidade e envolvimento da nossa rede de empresas. Temos mais de 400 gestores numa rede de cerca de 700 pontos de contacto em todo o território nacional. Trata-se de uma equipa que conhece muito bem a realidade das diferentes empresas e setores. Atua de forma muito próxima ao cliente e tem um papel determinante no impulso ao negócio e no aconselhamento das melhores soluções. Mas também na dinamização das exportações e do networking – um ponto crítico de sucesso em qualquer processo de internacionalização.Por ultimo, a rede internacional. Ao potenciar a ligação dos nossos clientes à nossa linha avançada, presente em 23 mercados, de norte a sul, de este a oeste, à volta do globo. Desde o Reino Unido à África do Sul, desde a vizinha Espanha à China. Disponibilizamos o necessário apoio financeiro ao incremento de negócios; viabilizamos o interface com clientes locais; partilhamos leads de negócio e de parcerias. Esta é a absoluta valia dos serviços que prestamos ao cliente.

Mas os mercados hoje em dia evoluem de maneira permanente….

Sem dúvida, mas como o nosso ponto de partida é de facto o cliente, a proximidade que com ele cultivamos

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6 EmpresasCaixa

OUTUBRO 2015

ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO

permite-nos responder com conhecimento às necessidades específi cas, assim como à evolução de cada mercado. Desta maneira, potenciamos a fl exibilidade necessária para dar resposta a este novo desafi o externo.Em síntese, proximidade, flexibilidade e rede in-ternacional são sem dúvida os três eixos principais do nosso posicionamento. Uma resposta integrada e transversal às necessidades das empresas portuguesas no mercado global.

Quais os mercados que destacaria? E quais os setores?

Os mercados primordiais para onde as empresas avança-ram nos últimos anos foram aqueles onde naturalmente se encontram sinergias e existe proximidade. Brasil, Angola, Moçambique, além do mercado europeu. Mas naturalmente que, num mundo global e de acesso mais fácil, foi possível e é possível, com trabalho, engenho e arte, que as empresas nacionais cheguem a mercados de maior dimensão. É assim que vemos uma presença crescente em mercados tão diversos como Japão, China, Estados Unidos, Médio Oriente e outros mercados da América do Sul. A resposta que as empresas portu-guesas foram levadas a dar nos últimos anos, face à contração do mercado interno, não deixou nenhum setor específi co isento de equacionar oportunidades no exterior. Por isso, creio que hoje, com algumas raras exceções, a generalidade das indústrias tem em conta e equaciona outros mercados, além do doméstico.

O seu tom positivo classifica a generali-dade do nosso tecido empresarial?

É notória a coragem e arrojo – diria até, o atrevi-mento – de uma parte signifi cativa dos empresários que, por força das circunstâncias, foram capazes de abrir as portas de novos mercados, redescobrir rotas de negócio e reorientar a sua atividade para jogar num mercado mais alargado, saindo daquela que era, muitas vezes, a sua zona de conforto e de conhecimento. Esta capacidade de “dar o salto” e de assim encontrar novos mercados (geográfi cos e de produtos e serviços) é algo que, parece-me, caracteriza indelevelmente a matriz das nossas empresas. Esta aventura externa é possível por via de uma grande capacidade de resiliência. A mesma que caracteriza genericamente o povo português.

Mas identifica pontos fortes e fracos? Quais?

À resiliência e à audácia, adicionaria o engenho para encontrar soluções, a fl exibilidade e a capacidade de adaptação a novos contextos. Isto permite-nos uma resposta mais pronta às oportunidades de mercado. Julgo que os nossos empresários, embora não seguindo um road book detalhado, encontram soluções sempre que necessário. Outro ponto forte é a qualidade dos produtos e serviços – sobretudo por uma componente de inovação que se tem vindo a tornar marca da nossa presença no exterior. Temos, contudo que melhorar aspetos relacionados com a necessidade de aprofundar o conhecimento e incrementar

o planeamento. Mas os males endémicos parecem-me ser ainda a falta de massa crítica, a insufi ciente estrutura de capitais e o reduzido nível de cooperação.

Como é que Caixa releva fatores diferen-ciadores, como o investimento em inova-ção?

Além da oferta para responder às necessidades fun-damentais de investimento e de apoio ao desenvol-vimento de produtos e serviços inovadores, o Grupo Caixa fomenta e suporta uma economia de inovação através do seu braço operacional para o capital de risco, a Caixa Capital. Nomeadamente, através do Fundo de Capital de Risco Empreender +, a Caixa Capital participa em áreas inovadoras e de desen-volvimento de novos negócios ou de novas formas de fazer negócio. Alguns dos projetos participados incluem, entre outras, empresas como a Farfetch, a Uniplaces, a Movvo, a Magnifi nance, a Unbabel e a Glasses Goup Global.

Quais as soluções que destacaria para o setor da Indústria?

Uma parte signifi cativa da nossa oferta – no âmbito do Portugal 2020, denominada Caixa 2020 – responde às necessidades desta fi leira no atual ciclo do País. Garante complementaridade e fl exibilidade na resposta às necessidades de investimento, no acesso a novos mercados, assim como na estruturação das empresas para reforçar a sua capacidade competitiva.Saliento ainda a Linha BEI 2015, que proporciona também condições de excelência para apoio direto ao investimento e fi nanciamento de fundo de maneio. Na

nossa oferta específi ca para o setor da Indústria, realço ainda as soluções de gestão de tesouraria – pela sua fl exibilidade e facilidade de ativação.

E para o apoio à Internacionalização? Dentro da nossa Oferta Exportação e Internacionaliza-ção, saliento as soluções que visam maior segurança no processo comercial, nomeadamente de crédito e remessas documentárias. Todas são potenciadas pela presença direta da Caixa em múltiplos mercados ou pela nossa ligação a uma vasta rede de bancos cor-respondentes.

A Caixa identifica setores de maior apos-ta?

Os desafi os hoje colocados às nossas empresas são de natureza muito diversa do passado. Estamos expostos a um mercado alargado com outra sofi sticação nos modelos de gestão. Esta globalização é um desafi o cada vez mais presente, cuja importância – no nosso caso – se tornou ainda mais visível com a queda do mercado interno dos últimos anos. Para os setores que foram abrindo portas e respostas a este desafi o, fomos também desenvolvendo as soluções adequadas, num caminho em parceria. Mas o nosso papel não se resume aos setores exporta-dores. A nossa missão é a de acompanhar as empresas nacionais e, junto delas, fazer a diferença. Cultivando pontos de entendimento, parcerias, negócios e mer-cados. Mais do que o foco em setores específi cos, privilegiamos o relacionamento com os clientes e a sustentabilidade da Economia. Um fator fundamental nesta era de globalização.

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SALDO POSITIVO

Como apresentar uma candidatura ao Horizonte 2020?Passo a passo, saiba como concorrer aos apoios específicos do programa europeu de estímulo à ID&D. São 77 mil milhões de euros à espera de projetos.

É a “Liga dos Campeões” da inovação empresarial. É desta forma que pode ser defi nido o programa europeu de inves-tigação, desenvolvimento e inovação (ID&I) Horizonte 2020. Com uma dota-ção global superior a 77 mil milhões de euros para o período de 2014-2020, o Ho-rizonte 2020 tem como objetivo transfe-rir as boas ideias – dos laboratórios para os mercados. Saiba como a sua empresa pode candidatar-se a este programa.

1Quais são os passos

necessários para apresentar

uma candidatura?A candidatura é redigida em inglês. Para concorrer, as empresas devem aceder ao Portal do Participante da Comissão Eu-ropeia.

O primeiro passo é verifi car qual é a call mais adequada ao seu projeto. É importante ler toda a documenta-ção relativa às regras e condições exi-gidas para ter a certeza de que a sua candidatura é viável. Pode ver qual é o calendário das próximas calls em: www.gppq.fct.pt/h2020/proximas_calls.php.

Se o projeto a concurso for feito em consórcio, terá de escolher os seus par-ceiros. E neste campo pode recorrer ao Gabinete de Promoção do Programa--Quadro (GPPQ), que ajuda as empre-sas a preparar e submeter candidaturas, assim como a identifi car potenciais par-ceiros estratégicos para colaboração em projetos do Horizonte 2020.

O passo seguinte passa por preparar a candidatura, propriamente dita, com a descrição detalhada do projeto. Não se esqueça de que antes de submeter a pro-posta tem primeiro de criar uma conta e

registar-se no Portal do Participante. Ao fazê-lo terá acesso ao PIC (participant identifi cation code). Trata-se de um códi-go de identifi cação da empresa no por-tal da Comissão Europeia. Contém nove dígitos e será utilizado em qualquer can-didatura ao Horizonte 2020 de cada em-presa.

2Que apoios

financeiros existem?Existem diversas oportunidades de fi -nanciamento. Os apoios do programa estão estruturados com base em três pila-res principais: excelência científi ca (com quatro áreas temáticas e uma dotação de 24,4 mil milhões de euros); liderança in-dustrial (com três áreas temáticas e uma dotação de 17 mil milhões de euros); e o pilar dos desafi os sociais (com sete áre-as e uma dotação de 29,68 mil milhões de euros). Além disso, e como explica, o site do Gabinete de Promoção do Pro-grama Quadro de I&DT, existem ainda apoios para questões ligadas à inovação e que são transversais a todos os pilares. Nota para o facto de o Horizonte 2020 prever um instrumento fi nanceiro espe-cialmente dirigido às PME, intitulado de SME Instrument.

3Quais são os montantes

financiados?Os apoios cobrem 100% dos custos ele-gíveis para projetos de investigação que visam o conhecimento ou tecnologia e 70% dos custos elegíveis para as ativi-dades que aceleram a chegada de novos bens e serviços ao mercado.

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8 EmpresasCaixa

OUTUBRO 2015

ABERTURA

EIS O BRAÇO-ARMADO DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL

Os irmãos Flores transformaram o seu know-how numa empresa de referência internacional na área dos sistemas robóticos. Desde 2002 que a Introsys está presente nas linhas de montagem de grandes marcas automóveis. Um caso bem-sucedido de vocação exportadora.

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Nuno Flores,um dos fundadores da Introsys

À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO

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OUTUBRO 2015

EmpresasCaixa

Muitos não saberão que grandes marcas da indústria automóvel são suportadas por uma empresa da Moita (Setúbal) e que é a partir daí que se desenvolve investigação de ponta na área da inteligência artifi cial. “Se os portugueses não sabem que existe uma empresa que é referência mundial na indústria da automa-ção robotizada, imagine um alemão ou um americano.”

Nuno Flores, CEO da Introsys e um dos seus fundadores, re-sume desta forma como foi para uma empresa nacional, recente e de pequena dimensão, afi rmar-se no mercado internacional e fornecer alguns dos “pesos-pesados” do setor automóvel. Sendo o mercado da automação e robótica praticamente inexistente em Portugal, a Introsys assumiu desde o início uma vocação expor-tadora. E a entrada no mercado global dependeu muito do empe-nho da equipa, da confi ança estabelecida com os clientes, assim como da inovação e know-how demonstrados.

Mas, afi nal, o que faz a Introsys? A empresa dedica-se ao desenvolvimento de sistemas de controlo para a indústria de au-tomação. Ou seja, cria o “cérebro” e todo o “sistema nervoso central” que permite que robôs industriais e autómatos executem o seu trabalho, substituindo a intervenção humana em tarefas difíceis. O grande foco são as linhas de produção de carroçaria automóvel, fornecendo marcas como a Volkswagen, a BMW, a Ford ou a Audi.

“A entrada nos mercados foi feita de forma gradual”, expli-ca Nuno Flores, mas também “bastante natural”, já que os pri-meiros clientes da empresa (Volkswagen e Ford) tinham uma abrangência internacional. A qualidade técnica, a efi ciência e a fi abilidade demonstradas fi zeram o resto: abrir portas e fi delizar clientes numa indústria altamente competitiva e exigente.

Os resultados falam por si. Entre 2008 e 2014, a empresa viu o seu volume de negócios crescer de 3,7 para 10,5 milhões de euros, sendo que atualmente cerca de 95% da faturação é assegurada pelas exportações – Alemanha, Espanha, Inglaterra e Holanda, mas também México, Brasil, Rússia, Índia e China fi -guram entre os principais mercados. Este ano, a empresa estima concluir o exercício na fasquia dos 11 milhões de euros. Quan-to ao mercado nacional, embora represente apenas 5% do bolo total do negócio da Introsys, em 2016 esse contributo poderá ser maior, “em virtude de um novo projeto a desenvolver para a Autoeuropa”, adianta o CEO.

O reconhecimento pelo trabalho desenvolvido já valeu à Introsys o título de PME Líder (2009, 2011, 2012 e 2014) e de PME Excelência (2010 e 2013).

Loucos ou corajosos? “As melhores ideias surgem quando menos se espera”. Nuno Flores relembra assim o momento em que a ideia da Introsys começou a germinar, em 2002, numa partida de bilhar com o seu irmão Luís. Na altura, os irmãos Flores, ambos licenciados em engenharia, trabalhavam numa empresa britânica que fornecia serviços ao Grupo Ford. As condições estavam reunidas: havia know-how, vontade de arriscar e de criar uma empresa que se di-ferenciasse pela inovação. “Não sei se foi um momento de lou-cura ou de coragem, mas foi um momento do qual me orgulho e que valeu a pena”, garante o fundador.

Para o kick-off contribuiu o suporte fi nanceiro dado por em-préstimos bancários que os irmãos Flores contraíram para o efeito. Mais tarde, e numa fase de consolidação da empresa, os

Na mira do Horizonte 2020 A Introsys foi recentemente eleita para

coordenar um consórcio de investigação

com 16 parceiros, enquadrado no

programa de financiamento Horizonte

2020, no valor de oito milhões de

euros. O objetivo será desenvolver

uma tecnologia que permita uma

redução significativa dos custos

de implementação de sistemas de

manufactura complexos – algo que

terá impacto significativo nos custos

da indústria. Segundo Nuno Flores,

o resultado final vai “revolucionar a

indústria de manufactura robotizada”.

apoios cedidos pela banca e alguns projetos no âmbito do QREN possibilitaram o crescimento e a diversifi cação dos serviços prestados pela Introsys. Desde 2006 que a empresa trabalha com a CGD. A aposta da Caixa, numa fase tão crítica para a empresa, como foi aquela em que conseguiram conquistar o seu espaço no mercado, não é esquecida por Nuno Flores: “Os primeiros anos foram difíceis, e encontrar parceiros fi nanceiros que acre-ditassem em nós não foi fácil. A CGD abordou-nos, dizendo que tinha ouvido falar da nossa empresa, que acreditava no negócio, e disponibilizou-nos as verbas de que necessitávamos.”

A aposta na inovação tem garantido o crescimento do ne-gócio e a afi rmação da Introsys. Em média, a empresa dedica 500 mil euros por ano à I&D. “Tecnicamente, a Introsys investe na criação de ferramentas que nos permitem trabalhar de forma mais efi ciente, procurando automatizar processos e cortar cus-tos”, explica o fundador da empresa.

Por outro lado, o crescimento internacional exigiu um au-mento do número de colaboradores (passou de 37, em 2009, para 110, em 2015). Isto levou a empresa a criar um sistema de formação específi co para preparação dos novos recursos. A Introsys Training Academy acabou assim por se consolidar e tornou-se um serviço adicional prestado pela empresa – de for-mação para a indústria automóvel.

Entrar no mercado da inteligência artificialAlém da produção automóvel, a Introsys dedica-se à investiga-ção em inteligência artifi cial, tendo desenvolvido o Introbot, um robô móvel todo-o-terreno, com valências ajustadas ao setor da defesa, segurança e protecção civil. Com um sistema de visão de infravermelhos e capacidade de vigilância e deteção de fogos, o Introbot pode ser útil em operações de desminagem ou de inter-venção em zonas contaminadas (derrames de petróleo, acidentes nucleares, entre outros), sem qualquer risco para a vida humana. “Estamos a implementar um plano de divulgação do Introbot em feiras internacionais e esperamos entrar em novos mercados com uma nova unidade de negócio”, adianta Nuno Flores. Um produto, assegura, com particular interesse para os mercados do Médio Oriente, Norte de África e América Latina.

O Introbot é um robô concebido pela Introsys para executar operações em locais ou situações que podem pôr em risco a vida humana.

DR

Veja on-line o vídeo da Introsys.

Page 10: Revista Caixa Empresas | outubro 2015

10 EmpresasCaixa

OUTUBRO 2015

FÁRMACOS COM CUNHO NACIONALUm grupo de profissionais do setor farmacêutico agarrou a oportunidade de manter em Coimbra uma indústria com grande potencial de desenvolvimento e de criação de valor para a Economia. A Bluepharma é hoje uma referência – dentro e fora de portas – na investigação, produção e comercialização farmacêutica.

ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO

que hoje se constitui num grupo de mais de 16 empresas, e, so-bretudo, para a manutenção de postos de trabalho em Portugal; assim como para o desenvolvimento do nosso tecido empresa-rial”, reforça Paulo Rebelo.

A Bluepharma foi, inclusivamente, a primeira farmacêutica nacional a obter a certifi cação da Food and Drug Administration

(FDA), em 2009, e a poder exportar formas sólidas farma-cêuticas para os Estados Unidos.

De olhos postos no exteriorA Bluepharma opera em três áreas distintas: a produção de medicamentos próprios e para terceiros; o registo de medicamentos; a in-vestigação e desenvolvimento; a comercia-lização de medicamentos genéricos de marca

própria – através da Bluepharma Genéricos, criada em 2003. Possui um vasto portefólio de

medicamentos próprios, com mais de 70 molécu-las, vocacionados para tratamento de diversas patolo-

gias num largo espectro de áreas clínicas.Embora na primeira década de vida a Bluepharma se tenha

posicionado essencialmente como exportadora, a penetração no mercado internacional foi bastante dinamizada pela capacida-de da empresa em desenvolver e licenciar tecnologia própria a terceiros, mas também por várias parcerias celebradas com mul-tinacionais para o desenvolvimento de medicamentos nos mer-cados europeu e americano.

A própria denominação “Bluepharma” não foi inocente. “Foi

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Bayer preparava-se para fechar a sua unidade fabril em Coim-bra. Paulo Barradas não queria acreditar no que lia no jornal. O ano 2000 seguia na sua primeira metade e a multinacional farmacêutica alemã preparava-se para desinvestir em Portugal. “Contactei alguns amigos e profi ssionais do setor do medica-mento e todos concordámos que era importante agir e manter a indústria em Coimbra”, explica Paulo Barradas Rebelo, CEO da Bluepharma. O plano era ambicioso, mas não só conseguiu juntar investidores, com um plano de negócio robusto, como convenceu a Bayer a vender a fábrica a um grupo nacio-nal. Isto, em detrimento das várias propostas internacionais de compra em cima da mesa.

A Paulo Barradas Rebelo juntou-se Maria Isolina Mesquita, Sérgio Simões, Pau-lo Fonseca e Miguel Silvestre. Embora todos possuíssem experiência na área farmacêutica, o grupo teve de enfrentar o ceticismo dos colegas do próprio setor: “Saía das reuniões com a sensação de que as pessoas não me levavam a sério. Não acredita-vam que uma empresa portuguesa pudesse apostar na investiga-ção e desenvolvimento e ser bem-sucedida”, desabafa o CEO. Catorze anos volvidos, a Bluepharma provou que era possível.

O processo de aquisição da fábrica à Bayer contou, desde logo, com o apoio fi nanceiro da Caixa. Desde então, o banco tem acompanhado o crescimento da Bluepharma, em particular na vertente exportadora, com destaque para o mercado da América Latina. “A Caixa contribuiu para o nascimento de uma empresa

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11

OUTUBRO 2015

EmpresasCaixa

I&D em curso Eis alguns dos projetos de investigação

do Grupo Bluepharma:

• Tecnologia dos Filmes

Orais (BlueOS): plataforma

tecnológica na forma farmacêutica

de película orodispersível (isto é, de

desintegração rápida por via oral);

• Redaporfin: molécula para o

tratamento de vários tipos de cancro

através de terapia fotodinâmica;

• Luzacne: terapia fotodinâmica para

casos moderados a graves de acne;

• Pegasemp: plataforma de base

nanotecnológica para a entrega

específica de agentes terapêuticos

(fármacos de baixo peso molecular),

na área oncológica.

Veja on-line o vídeo da Bluepharma.

Paulo Barradas Rebelo,CEO da Bluepharma

pensada com vista a facilitar a fami-liarização dos clientes internacionais com a empresa”, explica o CEO. A es-tratégia global de internacionalização valeu à empresa mais de 100 clientes em 40 países de todos os continentes, a abertura de subsidiárias em diversos territórios (como Espanha, Moçam-bique, Angola e Chile) e a criação de empresas no Brasil, Colômbia e Es-tados Unidos (neste último caso em consórcio).

Só a vertente exportadora assegu-rou, em 2014, 80% do volume de ne-gócios total. Os principais mercados são França e Alemanha, seguidos de Itália, Espanha, Estados Unidos, Coreia do Sul e Venezuela. Em termos consolidados, o Grupo tem apresentado um crescimento consistente nos últimos cinco anos (na ordem dos 24%).

No mercado nacional, o negócio é assegurado pela Bluepharma Genéricos – em 2014, a empresa vendeu cerca de 1,8 milhões de unidades. Recentemente, a empresa adotou para Portugal um modelo de negócio inovador – projeto Bluewave –, inspirado em vários casos de sucesso na Europa. Paulo Barradas Rebelo explica em que consiste: “Trata-se de uma parceria com um conjunto de farmácias, com as quais a Bluepharma celebra acordos de fornecimento, visando um melhor aprovisionamento, maior rendibilidade, consistência e competitividade no processo

de compra e dispensa de genéricos.” Este novo modelo, que privilegia um maior envolvimento dos clientes e das farmácias, permitiu à empresa in-verter a tendência para a diminuição das vendas verifi cada desde o início do ano.

A estratégia dos três “I”Desde o início que a política da em-presa assenta em três “I”: Investir, Inovar, Internacionalizar. Uma tríade que se alimenta reciprocamente e que justifi ca o sucesso da farmacêutica.

De destacar que, nos primeiros dez anos de existência, a empresa reinvestiu todos os seus divi-dendos na inovação e desenvolvimento (I&D) do negócio. Em 2014, 20% do volume de negócios foi canalizado para a I&D. Esta é, sem dúvida, a área que determina a diferenciação da Bluepharma no mercado. A empresa tem atualmente em curso vários projetos de investigação e arrancou com o GlucocorticoidLow-dose Outcome in RheumatoId Arthritis Study (conheci-do por Gloria). Trata-se de um projeto europeu no âmbito do Programa Horizonte 2020, a que a Bluepharma se candidatou em consórcio com entidades de sete países. O objetivo é “com-parar a relação entre custo, efi cácia e segurança no tratamento de pacientes geriátricos, com artrite reumatoide, com uma baixa dose de glucocorticoides”, explica Paulo Barradas Rebelo.

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ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO

CURTUMES DE ALCANENAAO VOLANTE DE GRANDES MARCAS

As peças da Couro Azul revestem os interiores de marcas automóveis de topo. A empresa soube aliar a tradição à inovação para se manter competitiva e com isso conseguiu tornar-se uma referência no mercado internacional.

Pedro Carvalho,administrador da Couro Azul

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13

OUTUBRO 2015

EmpresasCaixa

Inovação que vale prémios A Couro Azul está envolvida em vários

projectos de I&D na área dos transportes

– aeronáutico, ferroviário e automóvel.

Em consórcio com várias empresas

destes setores, tem trabalhado

para desenvolver interiores de autocarro,

bancos de comboio e cabines

de avião mais leves, integradas e

eco-eficientes. Tem também em fase de

registo de patente um novo sistema para

identificação digital dos defeitos da pele

(ID Leather).

A inovação tecnológica e de produto já

valeu à Couro Azul várias distinções.

Em 2012, durante a Aircraft Interiors

Expo em Hamburgo, recebeu o

Crystal Cabin Award, o único prémio

internacional a reconhecer a excelência

e a inovação em interiores aeronáuticos.

E em 2014 foi a vez do Tannery Award

of the Year na categoria de Inovação – o

mais prestigiado reconhecimento mundial

concedido a empresas da indústria dos

curtumes.

Contrariar o contexto foi críticoApesar do forte impacto que o contexto econó-mico, vivido desde 2008, teve no setor automó-vel global, a Couro Azul soube manter o rumo em tempos difíceis, aproveitando para intensifi car a sua abordagem a setores complementares, como o ferroviário e aeronáutico, colmatando a esperada quebra de negócio.

Entre 2011 e 2014, a empresa viria a conhecer o pe-ríodo de maior crescimento da sua história, fruto da recupe-ração do mercado automóvel europeu (alemão principalmente), do desenvolvimento de novos produtos e da diversifi cação para outros segmentos (bancos, painéis de instrumentos e painéis de portas). A combinação destes três fatores fez o volume de ne-gócios da Couro Azul aumentar de 20 para 57 milhões de euros nesse período e levou à criação de mais 200 postos de trabalho.

A Caixa entrou na vida da Couro Azul em 2007, assumin-do-se como um parceiro indispensável para o seu desenvolvi-

mento, crescimento e competitividade. “Em períodos económicos conturbados é importante ter o apoio

de bancos nacionais fortes, de acção mais con-sistente e permanente que algumas instituições fi nanceiras internacionais a operar no País. Gostaria de sublinhar o esforço da CGD na aproximação às PME, realinhando a imagem mais institucional e tradicional que o banco

tinha focado noutros segmentos”, reconhece o administrador.

O ano de 2015 será, avalia Pedro Carvalho, de consolidação. “O setor automóvel global terá

um crescimento estimado de 18% até 2020 e haverá um acréscimo de 30% no segmento de veículos de gama alta nos próximos seis anos – a área em que mais se aplica o couro”. O potencial é grande, a empresa já tem projetos garantidos para 2015 e 2016 e perspectiva um crescimento sustentado em novos mercados, como a China, África do Sul, Turquia e México.

Pedro Carvalho considera que a inovação e a quali-dade são as grandes armas da competitividade e aqui-lo que torna a sua empresa numa referência lá fora. A Couro Azul só trabalha com matéria-prima de elevada qua-lidade, aposta na investigação e desenvolvimento de produtos mais ecológicos (biodegradáveis e isentos de crómio, por exem-plo) e leva a cabo a sua atividade com recursos qualifi cados e com avançadas tecnologias. “Infelizmente, a imagem que Por-tugal passa para o exterior não é a de um país tecnologicamen-te avançado. O primeiro desafi o é contrariar esse preconceito. É preciso insistir com o cliente para que venha ver para crer, por-que aí jogamos com um fator surpresa a nosso favor”, explica o administrador.

É em Alcanena, uma região com forte tradição nos curtu-mes, que nos cruzamos com a Couro Azul, uma empresa es-pecializada na produção e comercialização de peças e re-vestimentos de couro para o setor automóvel, aeronáutico e ferroviário. Esta região concentra mais de 90% das empresas do setor (desde fábricas, unidades transformadoras e de pro-dução de matéria-prima), podendo-se inclusivamente falar de um cluster nacional do couro naquele concelho. A caminha-da de Pedro Carvalho não está, por isso, dissociada da tradi-ção da terra. “Os meus avós eram empresários de curtumes, de modo que há algo de genético na dedicação a este negócio”, comenta o administrador da Couro Azul.

Mas, mais do que uma aptidão “genética”, a Couro Azul vi-ria a nascer de uma necessidade do Grupo Carvalhos – funda-do há 75 anos pelo avô de Pedro e ligado ao fabrico de peles para calçado e marroquinaria – em diversifi car o negócio para o setor automóvel, criando, para o efeito, uma empresa autóno-ma. Vivia-se o ano de 1989, e dada a ausência de construtores automóveis em Portugal, o foco da Couro Azul passaria necessariamente pelo exterior – em particular pela Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Suécia, onde se concentravam as grandes fábricas.

“Na década de 90 era frequente os conces-sionários e importadores encomendarem aos construtores os automóveis com interiores standard, mandando depois fazer o upgrade para couro em Portugal. Esta foi uma oportuni-dade para a Couro Azul desenvolver o processo tecnológico de produto de acordo com as especifi -cações técnicas do setor automóvel”, relembra Pedro Carvalho. A empresa viu assim o seu negócio fl orescer nos anos 90, e começou a planear uma abordagem internacional mais agressiva, que passava por chegar diretamente ao mercado de primeira linha (construtores ou OEM – Original Equipment Manufacturers). Em 1995 celebra o seu primeiro contrato com a Opel e em 1997 é a vez da Volkswagen.

Desde aí que o negócio se desenvolve mais ou menos da mesma forma. A Couro Azul colabora com os OEM, nos países de origem, em aspectos como o design, segurança e avaliação técnica dos materiais a utilizar nos veículos. Nessa altura, o OEM informa os fornecedores de primeiro nível (fi rst tiers) que a Couro Azul irá fornecer esse projeto. A partir daí, a empresa fornece o produto e acompanha a montagem nas empresas sub-contratadas pelos fi rst tiers (habitualmente em países de Leste, Norte de África e Extremo Oriente).

Hoje, as peças da Couro Azul revestem volantes, assentos, ta-bliers e painéis de porta de modelos de gama alta, como é o caso do Porsche Panamera e Macan, mas também modelos da Volvo, Daimler, Jaguar Land Rover, além da Opel ou Volskwagen.

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Page 14: Revista Caixa Empresas | outubro 2015

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OUTUBRO 2015

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Autênticos motores da economia nacional, as empresas industriais podem contar com uma oferta completa de soluções para o seu negócio, em condições fl exíveis, e um serviço de atendimento prestado por gestores Caixa que conhecem bem cada setor. Destacamos, sumariamente, algumas soluções e serviços que compõem este portefólio específi co da Caixa. Toda a informação detalhada sobre esta oferta está disponível em: www.cgdofertasetorial.com/Industria

SOLUÇÕES EM DESTAQUE

Caixa 2020Uma solução global de crédito e de acompanhamento no âmbito do apoio complementar às candidaturas ao Portugal 2020. Tanto em fi nanciamento como na antecipação de subsídios aprovados.Linha BEI 2015Linha de crédito negociada com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no montante de 300 milhões de euros para investimento em ativo fi xo e reforço de fundo de maneio. Desconto comercial Solução para antecipar receitas, com fi nanciamento a taxas competitivas e possibilidade de negociação de plafond para recursos mais imediatos. Como permite a distribuição temporal das receitas, é particularmente útil em atividades sazonais. IVA EnCaixaTrata-se de um limite para crédito de curto prazo, que permite o adiantamento até 100% dos reembolsos de IVA apresentados à Autoridade Tributária e Aduaneira, com prazo até 120 dias e pagamento de juros e capital no fi nal do prazo.CaixarentingUma solução automóvel que garante todas as componentes do serviço de gestão de frota para as empresas. Integra o aluguer de viaturas novas, com um pacote de serviços associados à sua utilização e renda fi xa mensal, sem entrada inicial.

OFERTA SETORIAL

Trata-se de uma carteira completa com soluções específicas para seis áreas distintas da nossa Economia. Levantamos aqui o véu sobre duas delas: uma vocacionada para a Indústria e outra orientada para as áreas da Exportação e da Internacionalização.

Indústria

FINANCIAMENTO• Caixa 2020• Linha BEI 2015• Linha PME Crescimento

2015• Garantias e avales

bancários

TESOURARIA• Desconto comercial• IVA EnCaixa• Caixa Maistesouraria• Cartão Caixaworks• Cartão Caixa Break

SERVIÇOS• Caixadirecta Empresas• Caixarenting• Caixaleasing Empresa

SEGUROS• Acidentes de trabalho• Multirriscos Negócios• Seguro de vida Grupo

Empresário

Descubra on-line as soluções e serviços

da Caixa para a Indústria.

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Page 15: Revista Caixa Empresas | outubro 2015

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OUTUBRO 2015

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Exportação e Internacionalização

Para quem tem os olhos postos no mercado externo, a Caixa concebeu uma oferta setorial com soluções e serviços de apoio à exportação e à internacionalização. O objetivo passa por minimizar o risco destas operações. Eis algumas das soluções vocacionadas para este desígnio. Poderá consultar toda a informação em: www.cgdofertasetorial.com/Internacionalizacao

SOLUÇÕES EM DESTAQUE

Créditos Documentários:Solução para garantia de cobrança das exportações e de cumprimento dos contratos com os fornecedores e clientes.Linha Internacionalização AngolaLinha de crédito, com garantia mútua, para empresas em fase de internacionalização em Angola, e que apoia o reforço do fundo de maneio e a antecipação do repatriamento de fundos em Kwanzas (AOA), provenientes de transações comerciais no mercado angolano.Abertura de Conta no ExteriorUma oferta de serviços de gestão de tesouraria global, que resulta de uma aliança internacional de 15 bancos, em representação de 39 países. A Caixa, como banco participante, está apta a oferecer aos seus clientes serviços fi nanceiros internacionais e o acesso a um leque variado de outros serviços, a nível local. Por exemplo, abertura de conta no exterior.Factoring InternacionalUm serviço que permite a gestão e cobrança de créditos, antecipação de fundos e cobertura dos riscos comerciais.Plataforma Internacional de ApoioUm portal onde poderá encontrar toda a informação sobre os principais destinos de internacionalização das empresas portuguesas e toda a oferta de apoio aos negócios nesses mercados.

Descubra on-line as soluções da Caixa para

a Internacionalização

Exportação e Internacionalização

Indústria

Empreendedorismo

Setor Primário

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Comércio e Serviços

As seis áreas da Oferta Setorial da Caixa

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APOIO À ATIVIDADE• Remessas documentárias• Garantias bancárias na

ordem externa e standby letter of credit

• Antecipação de receitas de exportação ao abrigo de créditos documentários

FINANCIAMENTO• Caixa 2020• Linha PME Crescimento

2015 • Financiamentos à

exportação em Euro ou outras moedas

• Crédito ao importador estrangeiro

• Cobertura de risco cambial e de taxa de juro

• Linha de crédito para a América Latina

• Linha Portugal – Angola• Apoio a investimento em

países emergentes

TESOURARIA• IVA Encaixa • Caixa Maistesouraria

NEGÓCIO IBÉRICO E SERVIÇOS• Caixadirecta Empresas • Emissão de cheques• Transferências

internacionais• Factoring Internacional • Seguro de mercadorias

transportadas

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