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UPMAN – business advisers Porto | Rua do Passeio Alegre, 20 | Centro Empresarial do Porto | 4150-570 Porto T. +351 220 108 012 | F. +351 220 108 013 S. João da Madeira | Rua Comendador Raínho, 1192 | 3700-231 S. João da Madeira T. +351 256 826 234 | F. +351 256 826 252 E. [email protected] | Web: www.upman.com.pt 14,54% 13,98% 13,18% 9,77% 8,98% 8,83% 6,22% 2,17% 1,75% 1,50% 0,40% 0,01% 18,67% Ind. Transformadoras Electrónica Têxteis, Vestuário e Calçado Automóvel Ind. Florestais Metalurgia e Metalomecânica Alimentar Energia Agricultura Ind. Extrativas Saúde Serviços Outros Sectores de Actividade Percentagem nas exportações Setor Automóvel: inovar para vencer Depois da crise de 2009, produção automóvel apresenta crescimento na ordem dos 47% Por UPMAN – business advisers, Agosto2011 A ACAP – Associação Automóvel em Portugal não hesita ao apresentar o setor automóvel como “um dos mais dinâmicos e inovadores da economia nacional”. Se dúvidas houver, basta pensar que o setor automóvel abrange um universo de cerca de 33 mil empresas, que representam 138 mil postos de trabalho directo, ou seja, 2,7% do total de emprego em Portugal. Estas empresas são responsáveis, por um volume de negócios de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB português (curiosamente 25% do total da ajuda financeira que Portugal receberá do FMI e do Banco Central Europeu). Este peso estatístico foi consubstanciado num investimento regular e sustentado em I&D, capaz de acrescentar valor ao produto final e, consequentemente, antecipar necessidades ao cliente, bem como na aposta na exportação de veículos automóveis e seus componentes, representando, em 2010, 11,7% do volume total de exportações portuguesas. DRIVING-FORCE DO SETOR DECORRE DA ADESÃO DE PORTUGAL À CEE Mas considerar o setor automóvel como um setor que goza de excelente saúde financeira, que se carateriza por um crescimento sustentado e que está fortemente enraizado na economia portuguesa remete-nos um pouca mais atrás no tempo. Contributo de cada sector económico para o total das exportações portuguesas em 2010 | Fonte: INE; Análise: UPMAN

Setor Automóvel: inovar para vencer

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Page 1: Setor Automóvel: inovar para vencer

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14,54%

13,98%

13,18%

9,77%

8,98%

8,83%

6,22%

2,17%

1,75%

1,50%

0,40%

0,01%

18,67%

Ind. Transformadoras

Electrónica

Têxteis, Vestuário eCalçado

Automóvel

Ind. Florestais

Metalurgia eMetalomecânica

Alimentar

Energia

Agricultura

Ind. Extrativas

Saúde

Serviços

Outros

Sec

tore

s de

Act

ivid

ade

Percentagem nas exportações

Setor Automóvel: inovar para vencer

Depois da crise de 2009, produção automóvel apresenta crescimento na ordem dos 47%

Por UPMAN – business advisers, Agosto2011

A ACAP – Associação Automóvel em

Portugal não hesita ao apresentar o

setor automóvel como “um dos mais

dinâmicos e inovadores da economia

nacional”. Se dúvidas houver, basta

pensar que o setor automóvel abrange

um universo de cerca de 33 mil

empresas, que representam 138 mil

postos de trabalho directo, ou seja,

2,7% do total de emprego em

Portugal. Estas empresas são

responsáveis, por um volume de

negócios de 24 mil milhões de euros,

cerca de 15% do PIB português

(curiosamente 25% do total da ajuda

financeira que Portugal receberá do

FMI e do Banco Central Europeu).

Este peso estatístico foi consubstanciado num investimento regular e sustentado em I&D, capaz de

acrescentar valor ao produto final e, consequentemente, antecipar necessidades ao cliente, bem como na

aposta na exportação de veículos automóveis e seus componentes, representando, em 2010, 11,7% do

volume total de exportações portuguesas.

DRIVING-FORCE DO SETOR DECORRE DA ADESÃO DE PORTUGAL À CEE

Mas considerar o setor automóvel como um setor que goza de excelente saúde financeira, que se

carateriza por um crescimento sustentado e que está fortemente enraizado na economia portuguesa

remete-nos um pouca mais atrás no tempo.

Contributo de cada sector económico para o total das exportações portuguesas em 2010 | Fonte: INE; Análise: UPMAN

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A driving-force do setor automóvel em Portugal deu-se com a adesão de Portugal à Comunidade Europeia

(1986). O salto qualitativo e quantitativo do setor automóvel verificado, pela atribuição de diversos fundos

estruturais europeus, bem como pela ampliação e diversificação do mercado, permitiu a abertura de novas

fronteiras. Impulsionadas pela produção automóvel, surgiram uma série de outras indústrias a montante e a

jusante da cadeia de valor, fundamentalmente na concepção e produção de componentes para automóvel,

passando igualmente a contribuir de forma decisiva para o sucesso e expansão do setor, tornando-o cada

vez maior, mais competitivo e mais importante para a economia portuguesa.

Contudo, é apenas em 1990 que se dá o verdadeiro kick-off do setor automóvel, e da reforma que viria a

sofrer até se transformar naquilo que hoje conhecemos dele. Esse marco resulta da joint-venture Ford-

Volkswagen (a AutoEuropa). Com a AutoEuropa proliferaram ainda mais as indústrias de componentes,

dinamizou-se a investigação e o desenvolvimento tecnológico, promoveu-se a formação profissional dos

colaboradores e, socialmente, desempenhou um importante papel na dinamização e o desenvolvimento de

uma região. Não sendo o único player no ramo da produção automóvel nacional, a AutoEuropa é, contudo,

a grande força motriz do setor, sendo a principal responsável (aprox. de 60%) pelo crescimento de 46,8%

da produção automóvel no mês de Junho 2011, comparativamente com o período homólogo.

ESTATÍSTICAS A RETER

De facto, e de acordo com os dados estatísticos mais recentes avançados pela ACAP, a produção

automóvel em Portugal tem vindo a crescer sistematicamente. Se em Junho se registou um aumento de

46,8% é interessante verificar que este crescimento acompanha a tendência do semestre em que “a

variação homóloga da produção acumulada no primeiro semestre de 2011 (…) registou um crescimento de

33,2 %, o qual foi determinado pelo crescimento da produção de todos os tipos de veículos”.

Interior AutoEuropa

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Contudo, interessa referir que o mercado de automóveis em Portugal contraria totalmente esta tendência

de crescimento, encontrando-se em queda sistemática desde o início do ano. Segundo a ACAP no mês de

Junho o mercado contraiu cerca de 34,1%, “a maior queda mensal dos últimos dois anos”.

Os número são claros e expressivos: 99% dos 16.710 veículos

produzidos em Junho passado destinaram-se ao mercado

internacional. No que se refere à produção acumulada dos

primeiros seis meses de 2011, houve um aumento de 35% nas

exportações em relação ao mesmo período de 2010, sendo que

“a UE-27 absorveu 82,8% do total destas exportações”,

apresentando-se a França, a Alemanha e o Reino Unido como os

mercados-cliente com maior relevo.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO COMO ALAVANCA DE CRESCIMENTO

Apesar de, aparentemente, muito tempo ter passado desde a crise gigantesca que o setor automóvel

atravessou em 2009 é preciso realçar que, apenas um setor fortemente direccionado para a inovação

como é o automóvel saberia reinventar-se e crescer em tempos de crise. Fato particularmente

encorajador face à conjuntura atual que a economia portuguesa atravessa.

A recuperação do setor automóvel apresenta-se como o sinal de

que é possível atravessar momentos menos favoráveis, através de

uma aposta ininterrupta em inovação, adaptação, formação e

investigação. O aumento de produção daí decorrente, bloqueado

pela contração do mercado nacional obriga a um reforço da

aposta na EXPORTAÇÃO inerentemente e historicamente associada

ao setor. Neste contexto, sendo o objetivo último de qualquer

acionista, rentabilizar os capitais investidos, o alinhamento

estratégico da gestão de topo, das direções e operacionais para a

internacionalização, é chave do sucesso para a sustentabilidade no

mercado nacional cada vez mais restrito e competitivo. Abordagem UPMAN à Internacionalização