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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - HU-UFMG Exercício: 2015 Processo: 00210.002399/2015-82 Município: Belo Horizonte - MG Relatório nº: 201505059 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/MG, Por meio deste relatório, apresentam-se os resultados do trabalho de Avaliação dos Resultados da Gestão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais – HC, realizado de acordo com os preceitos contidos na Ordem de Serviço n.º 201505059 e em atendimento ao inciso II do art. 74 da Constituição Federal de 1988, de acordo com o qual cabe ao Sistema de Controle Interno: “comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal”. 1. Introdução O presente trabalho foi realizado na sede do Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte - MG, com o objetivo de avaliar a gestão da Unidade. Para tanto, foi selecionado o macroprocesso denominado “Cumprimento das metas pactuadas na contratualização do Hospital das Clínicas com o Sistema Único de Saúde – SUS”. O macroprocesso foi selecionado por estar estreitamente relacionado à missão institucional da unidade, qual seja: “Desenvolver a assistência em saúde com eficiência, qualidade e segurança e, de forma indissociável e integrado, o ensino, a pesquisa e a extensão”. Para este trabalho de avaliação, analisaram-se o Contrato nº 01.103642.10.01 e os Planos Operativos 2014/2015 e 2015/2017, firmados com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte/MG. Os trabalhos de campo foram realizados no período de 17/11/2015 a 24/11/2015, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

auditoria.cgu.gov.br · a 24/11/2015, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. ... complexidade ambulatorial e hospitalar

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Unidade Auditada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - HU-UFMG Exercício: 2015 Processo: 00210.002399/2015-82 Município: Belo Horizonte - MG Relatório nº: 201505059 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

_______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/MG,

Por meio deste relatório, apresentam-se os resultados do trabalho de Avaliação dos Resultados da Gestão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais – HC, realizado de acordo com os preceitos contidos na Ordem de Serviço n.º 201505059 e em atendimento ao inciso II do art. 74 da Constituição Federal de 1988, de acordo com o qual cabe ao Sistema de Controle Interno: “comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal”.

1. Introdução

O presente trabalho foi realizado na sede do Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte - MG, com o objetivo de avaliar a gestão da Unidade. Para tanto, foi selecionado o macroprocesso denominado “Cumprimento das metas pactuadas na contratualização do Hospital das Clínicas com o Sistema Único de Saúde – SUS”. O macroprocesso foi selecionado por estar estreitamente relacionado à missão institucional da unidade, qual seja: “Desenvolver a assistência em saúde com eficiência, qualidade e segurança e, de forma indissociável e integrado, o ensino, a pesquisa e a extensão”. Para este trabalho de avaliação, analisaram-se o Contrato nº 01.103642.10.01 e os Planos Operativos 2014/2015 e 2015/2017, firmados com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte/MG. Os trabalhos de campo foram realizados no período de 17/11/2015 a 24/11/2015, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

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A Direção do HC teve conhecimento prévio deste Relatório, tendo se manifestado pela concordância com o seu inteiro teor, por meio do Ofício DIR HC-UFMG nº 175/16, de 3 de fevereiro de 2016.

2. Resultados dos trabalhos

A abordagem adotada pela CGU objetivou responder às questões de auditoria relacionadas a seguir, as quais foram agrupadas por assunto.

- Quanto à formalização do contrato com o Gestor do SUS Municipal e da Comissão de Acompanhamento da Contratualização:

a) Há contrato vigente entre o hospital e o gestor do SUS?

a.1) O contrato segue as diretrizes e orientações definidas nos normativos do SUS (em especial, o estabelecido na Seção I do Capítulo V da Portaria GM/MS nº 3.410/2013)?

a.2) Foram designados formalmente, pela direção do Hospital e pelo Gestor do SUS, os representantes da Comissão de Acompanhamento da Contratualização (art. 32 da Portaria GM/MS nº 3.410/2013)?

- Quanto à avaliação do Plano Operativo do Contrato:

b) Há plano operativo anual - POA atualizado e integrado ao contrato firmado?

b.1) O POA estabelece metas quantitativas de produção e define os indicadores para avaliação das metas e do desempenho?

b.2) Todas as fontes de financiamento vigentes (federal, estadual e municipal) foram identificadas no POA?

b.3) A programação orçamentária estima os valores pré e pós-fixados, seguindo as disposições do Capítulo IV da Portaria GM/MS nº 3.410/2013?

- Quanto à avaliação dos indicadores de desempenho institucional:

c) Os indicadores de desempenho institucional, estabelecidos no POA, são efetivamente utilizados pela administração do Hospital como ferramenta gerencial de acompanhamento e avaliação dos serviços prestados?

c.1) Os indicadores estabelecidos no POA possuem as características de utilidade (completude) e de mensurabilidade (acessibilidade, comparabilidade, confiabilidade e economicidade)?

c.2) As avaliações são feitas de forma regular e formalizadas em documento assinado pelos representantes do Gestor do SUS e do Hospital?

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c.3) Nas avaliações ficam registradas as justificativas para o não cumprimento de metas e identificadas as unidades funcionais e/ou os programas assistenciais com problemas/dificuldades que impactaram algum dos indicadores?

c.4) Com base nas avaliações feitas, é possível identificar setores ou serviços do Hospital que estejam com capacidade ociosa ou com necessidade de ampliações?

c.5) Com base nas avaliações feitas, é possível concluir se houve déficit ou superávit de recursos financeiros no cumprimento de suas atividades operacionais?

c.6) Ocorrem suspensões parciais ou reduções no repasse dos recursos pelo Gestor do SUS para o Hospital em decorrência das avaliações realizadas?

- Quanto à avaliação dos contratos internos com as unidades funcionais do Hospital:

d) As unidades funcionais do Hospital são envolvidas no processo de contratualização, contribuindo para o cumprimento das cláusulas e para o atingimento das metas pactuadas com o SUS?

d.1) Há contratos internos de gestão vigentes e firmados com os responsáveis por todas as unidades funcionais?

d.2) Nos contratos internos, foram fixadas as metas e estabelecidas as regras para avaliação e acompanhamento?

- Quanto à utilização de sistemas de informação:

e) As unidades funcionais do Hospital registram de forma regular e completa a sua produção nos sistemas de informação do SUS (em especial do SIA e SIH) e de gestão do Hospital (Geplanes)?

Apresenta-se, a seguir, o resultado dos trabalhos decorrente da realização dos procedimentos de auditoria.

2.1 a) Há contrato vigente entre o hospital e o gestor do SUS?

Em 01/07/2010, o município de Belo Horizonte, por meio de sua Secretaria Municipal de Saúde (SMSA/SUS-BH), e a Universidade Federal de Minas Gerais, através do Hospital das Clínicas (HC), firmaram o Contrato nº 01.103642.10.01, que teve como objetivo a prestação de serviços de saúde no âmbito do SUS, em caráter ambulatorial, de apoio diagnóstico e hospitalar em Belo Horizonte/MG. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Município – DOM, em 17/12/2010, para um período de vigência de 60 meses. Tal prazo, portanto, já se expirou e, até a conclusão dos trabalhos de campo desta auditoria, não foi assinado novo contrato. Entretanto, a Portaria GM/MS nº 2.839/2014 prorrogou até 31/12/2015 o prazo para a assinatura de um novo instrumento, o qual deve contemplar as diretrizes para a organização do Componente Hospitalar (Portaria GM/MS nº 3.390/2013) e para a contratualização (Portaria GM/MS nº 3.410/2013).

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Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201505059/04, de 20/11/2015, demandaram-se informações à SMSA/SUS-BH a respeito da formalização do novo contrato, tendo-se como resposta, por parte da Secretaria, conforme Ofício GEAPOP/GERG/SMSA/SUS-BH/EXTER nº 310/2015, de 23/11/2015, que em 01/10/2015 havia sido definida a pactuação com o HC para os próximos cinco anos e elaborada minuta contratual, a qual ainda dependia de trâmites internos para a formalização. ##/Fato##

2.2 a.1) O contrato segue as diretrizes e orientações definidas nos normativos do SUS (em especial, o estabelecido na Seção I do Capítulo V da Portaria GM/MS nº 3.410/2013)?

O contrato analisado, vigente no período de 01/07/2010 a 30/06/2015, seguiu as diretrizes e orientações definidas nos normativos do SUS, tais como: universalidade do acesso, integralidade, gratuidade e humanização do atendimento. Além disso, o instrumento contratual cumpriu os requisitos exigidos nos artigos da Seção I do Capítulo V da Portaria GM/MS nº 3.410/2013, não obstante ter sido elaborado anteriormente à publicação desse normativo. ##/Fato##

2.3 a.2) Foram designados formalmente, pela direção do Hospital e pelo Gestor do SUS, os representantes da Comissão de Acompanhamento da Contratualização (art. 32 da Portaria GM/MS nº 3.410/2013)?

Quanto ao cumprimento do estabelecido no artigo 32 da Portaria GM/MS nº 3.410/2013, cabe informar que a Diretoria do Hospital das Clínicas indicou, por meio do Ofício DIR-HC/UFMG nº 285/2011, de 06/04/2011, duas representantes para compor a Comissão de Acompanhamento da Contratualização. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, formalizou, por meio da Portaria SMSA/SUS-BH nº 006/2011, a designação dos quatro componentes da comissão, dos quais dois representavam o município. Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505059/01, de 12/11/2015, a Diretoria do Hospital apresentou Comunicado, não numerado, de 17/11/2015, emitido pela SMSA/SUS-BH, que confirma ter havido a substituição de dois representantes elencados na portaria municipal retromencionada, desde a competência de dezembro de 2014. ##/Fato##

2.4 b) Há plano operativo anual - POA atualizado e integrado ao contrato firmado?

Há um Plano Operativo Anual – POA vigente, assinado pela Superintendente do Hospital e pelo Secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte em 1º de outubro de 2015. O atual POA está previsto para vigorar no período de 01/10/2015 a 30/09/2017; portanto, não se trata mais de um plano anual, mas bianual. A Portaria GM/MS nº 3.410/2013, que estabelece as diretrizes para a contratualização de hospitais, define em seu artigo 27 que o “Documento Descritivo” (no caso em análise, denominou-se Plano Operativo – PO) poderá ter validade de até 24 meses. O Plano Operativo 2015/2017 está atualizado, mas não se encontra integrado ao Contrato firmado com a SMSA/SUS-BH em 1º de julho de 2010 (Processo nº 01.103642.10.01), visto que este Contrato não está vigente desde 01/07/2015. Encontra-se em elaboração um novo contrato (Processo nº 01.164930.15.74), previsto para ser assinado até o final

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do ano, dado o prazo estabelecido no artigo 38 da Portaria GM/MS nº 3.410/2013 e prorrogado por meio da Portaria GM/MS nº 2.839/2014. Esse novo contrato, segundo informações prestadas pelos responsáveis no Hospital e na SMSA/BH, acolherá o atual Plano Operativo. ##/Fato##

2.5 b.1) O POA estabelece metas quantitativas de produção e define os indicadores para avaliação das metas e do desempenho?

Tanto o Plano Operativo anterior (2014/2015) como o atual (2015/2017) estabeleceram metas físicas de produção. No Plano 2015/2017 todas as metas foram definidas por subgrupo da Tabela SUS; diferentemente do Plano 2014/2015, cujas metas relativas à produção hospitalar foram estimadas por especialidades. Não obstante, foi possível comparar os quantitativos totais previstos.

Quadro – Comparativo entre as metas anuais de produção dos dois últimos Planos Operativos - PO Serviço PO 2014/2015 PO 2015/2017 Diferença

Produção Ambulatorial de Média Complexidade 1.531.715 1.568.307 2,4% Produção Ambulatorial de Alta Complexidade 70.137 71.407 1,8% Produção Ambulatorial FAEC (1) 20.295 22.389 10,3% Produção Hospitalar de Média Complexidade 11.672 10.803 - 7,4% Produção Hospitalar de Alta Complexidade 3.518 3.268 - 7,1% Produção Hospitalar FAEC (1) 1.145 2.455 114,4% Fonte: Planos Operativos 2014/2015 e 2015/2017. (1) FAEC – Fundo de Ações Estratégicas e Compensação.

As metas físicas são calculadas tendo por base a série histórica de produção do ano anterior ao período contratado, ou seja, do ano anterior ao do novo plano operativo, conforme informações prestadas pela SMSA/SUS-BH. Além dessas metas quantitativas, apresentadas no quadro anterior, os Planos Operativos preveem “incrementos de produção”, exclusivamente para as metas de média complexidade ambulatorial e hospitalar. Os quantitativos de incrementos visam viabilizar pagamentos quando a produção for superior ao pactuado, até o limite estimado do incremento. Caso a produção seja inferior ao pactuado, o desconto é feito no pagamento da produção do mês seguinte. No Plano Operativo 2015/2017, foram estimados incrementos médios de 36,5% para os quantitativos da produção ambulatorial de média complexidade e de 40% para os da produção hospitalar de média complexidade. Em ambos os Planos Operativos, também foram definidos indicadores para avaliação do desempenho institucional. No Plano 2014/2015 havia 19 indicadores. Para avaliação do Plano 2015/2017, os indicadores foram reduzidos para 14. Constatou-se que, nos documentos firmados (contrato e planos operativos), não estavam explicadas as metodologias de cálculo dos indicadores, conforme exposto em item específico deste Relatório. ##/Fato##

2.6 b.2) Todas as fontes de financiamento vigentes (federal, estadual e municipal) foram identificadas no POA?

Sim. Todas as fontes de financiamentos, das três esferas de gestão, estão identificadas nos Planos Operativos 2014/2015 e 2015/2017. ##/Fato##

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2.7 b.3) A programação orçamentária estima os valores pré e pós-fixados, seguindo as disposições do Capítulo IV da Portaria GM/MS nº 3.410/2013?

Sim. A programação orçamentária, de ambos os Planos Operativos analisados, estima os valores pré e pós-fixados. A tabela a seguir compara os valores totais vigentes (ou seja, aprovados pelo Ministério da Saúde e referentes ao período 2014/2015), com os valores estimados no PO 2015/2017 (ainda pendente de aprovação pelo Ministério):

Tabela – Previsão de Acréscimos na Programação Orçamentária

Orçamento Mensal Anual

Variação PO 2014/2015 PO 2015/2017 PO 2014/2015 PO 2015/2017

Pré-fixado R$5.166.163,67 R$5.750.805,59 61.993.964,04 69.009.667,13 11,3% Pós-fixado R$6.029.516,99 R$8.257.246,81 72.354.203,88 99.086.961,73 36,9%

Total R$11.195.680,66 R$14.008.052,40 134.348.167,92 168.096.628,86 25,1% Fontes: Gerência da UF Financeira, do Hospital das Clínicas; Plano Operativo 2015/2017.

A Gerência da Unidade Funcional - UF Financeiro apresentou dados das receitas mensais do Hospital no período de vigência do Plano 2014/2015, ou seja, de julho de 2014 a junho de 2015.

Tabela - Receitas do HC (Julho de 2014 a Junho de 2015)

Pré-fixado

Tabela SUS Produção de Média Complexidade Ambulatorial (SIA) R$ 12.859.881,24

Produção de Média Complexidade Hospitalar (SIH) R$ 13.504.547,40

Incentivos de Desempenho Institucional

Incentivo à Contratualização - IAC R$ 4.921.527,48

Incentivo 100% SUS R$ 15.420.570,36

Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e Pesquisa - Fideps R$ 4.623.960,00

Incentivo SMSA-PBH (Fideps) R$ 2.400.000,00

Incentivo Rehuf R$ 2.305.749,96

Incentivo Interministerial R$ 5.957.727,60

Total Pré-fixado R$ 61.993.964,04

Pós-fixado

Tabela SUS

Incremento de Produção de Média Complexidade Ambulatorial (SIA) R$ 988.793,10

Incremento de Produção de Média Complexidade Hospitalar (SIH) R$ 7.520.054,42

Produção de Alta Complexidade Ambulatorial (SIA) R$ 20.888.384,96

Produção de Alta Complexidade Hospitalar (SIH) R$ 24.509.786,22

Produção FAEC Ambulatorial (SIA) R$ 6.381.121,00

Produção FAEC Hospitalar (SIH) R$ 11.615.732,72

Incentivos a Políticas e Programas Especiais

Incentivos Cirurgia Eletiva (SMSA) R$ 1.081.210,46

Incentivo Diferenciado - Tabela SIA (SMSA) R$ 44.312,20

Incentivo Transplantes (SMSA) R$ 487.500,00

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Tabela - Receitas do HC (Julho de 2014 a Junho de 2015)

Incentivo Pró-hosp (SES) R$ 5.003.225,52

Incentivo Mais Vida (SES) R$ 2.832.764,05

Incentivo Triagem Auditiva Neonatal (SES) R$ 69.978,04

Incentivo Transplantes (SES) R$ 270.000,00

Total Pós-fixado R$ 81.692.862,69

TOTAL GERAL R$ 143.686.826,73

Fonte: Gerência da UF Financeira, do Hospital das Clínicas.

Nota-se que não ocorreram alterações nos valores orçados para o componente pré-fixado no período de vigência do Plano 2014/2015. Depreende-se, a partir do cotejamento dos dados das duas tabelas anteriores, que foram alcançadas as metas físicas relativas à produção de média complexidade ambulatorial e hospitalar (“Tabela SUS”) e que não ocorreram retenções decorrentes do não alcance das metas de desempenho institucional, relacionadas aos “Incentivos de Desempenho Institucional” (IAC, 100% SUS, Fideps, Rehuf e Interministerial). Quanto aos valores do componente pós-fixado, estes variaram no período de acordo com a produção (“Tabela SUS”) e conforme as regras de cada um dos “Incentivos a Políticas e Programas Especiais”, geridos pela Secretaria Municipal de Saúde – SMSA e pela Secretaria de Estado de Saúde – SES. ##/Fato##

2.8 c) Os indicadores de desempenho institucional, estabelecidos no POA, são efetivamente utilizados pela administração do Hospital como ferramenta gerencial de acompanhamento e avaliação dos serviços prestados?

Sim. Contudo, necessita-se aprimorar os indicadores de desempenho, em especial no que se refere à prévia definição das metodologias de cálculo e aferição nos instrumentos da contratualização e à divulgação dos resultados para a sociedade. ##/Fato##

2.9 c.1) Os indicadores estabelecidos no POA possuem as características de utilidade (completude) e de mensurabilidade (acessibilidade, comparabilidade, confiabilidade e economicidade)?

Com a finalidade de verificar se os indicadores de desempenho institucional do Hospital das Clínicas atendem aos requisitos de completude, comparabilidade, confiabilidade, acessibilidade e economicidade, foram selecionados quatro dos quatorze indicadores estabelecidos no Plano Operativo vigente (2015/2017), firmados com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte - SMSA-SUS/BH. Constatou-se a necessidade de aprimoramentos nos indicadores de desempenho da contratualização, em especial quanto à apresentação das metodologias de cálculo e aferição nos instrumentos da contratualização (contrato e planos operativos), conforme exposto em item deste Relatório. ##/Fato##

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2.10 c.2) As avaliações são feitas de forma regular e formalizadas em documento assinado pelos representantes do Gestor do SUS e do Hospital?

As avaliações são realizadas em períodos trimestrais e contam com a participação de representantes da Diretoria do HC, do gestor municipal do contrato e do Conselho Municipal de Saúde. São feitas reuniões entre estes partícipes e formalizadas as avaliações.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde avalia mensalmente a produção de procedimentos de média complexidade. Caso esta supere o que foi pactuado, ela é paga até o limite definido na rubrica “incremento de média complexidade”. Por outro lado, havendo alcance parcial da meta, procede-se ao respectivo desconto no valor a ser pago pela produção do mês seguinte. ##/Fato##

2.11 c.3) Nas avaliações ficam registradas as justificativas para o não cumprimento de metas e identificadas as unidades funcionais e/ou os programas assistenciais com problemas/dificuldades que impactaram algum dos indicadores?

Em relação às avaliações, sempre que aplicável, são apresentadas justificativas para o não cumprimento de metas pactuadas. Como exemplo, a Diretoria do Hospital das Clínicas apresentou, por meio do Ofício DIR-HC 685/2015, de 17/11/2015, recurso perante a SMSA/SUS-BH, referente às avaliações do 1º e 2º trimestres de 2015. Foram apresentadas justificativas e apontados problemas que impactaram alguns indicadores, assim como foram questionados critérios de avaliação e efetuada proposta de revisão de valores aferidos pelo gestor do SUS municipal. ##/Fato##

2.12 c.4) Com base nas avaliações feitas, é possível identificar setores ou serviços do Hospital que estejam com capacidade ociosa ou com necessidade de ampliações?

Não se identificaram setores ou serviços com capacidade ociosa, embora uma análise superficial das avaliações possa levar à interpretação equivocada de que a taxa de ocupação – um dos indicadores – não vem sendo alcançada a contento. Ocorre que, da forma como vem sendo aferido esse indicador, isto é, tendo por base o número de leitos instalados, conduz-se a interpretações distorcidas quanto à ociosidade, já que, seja em função: da peculiaridade do quadro clínico do paciente; da necessidade de manutenção predial ou mobiliária; da falta temporária de pessoal (a exemplo de manifestação grevista ocorrida em 2015); não se atingiu o percentual de ocupação pactuado. Quando se examina o mesmo indicador pelo prisma da capacidade operacional, conforme se depreende de extrato do Sistema AGHU, referente ao primeiro semestre de 2015, chega-se a um percentual médio de ocupação de aproximadamente 96,%, conforme demonstrado na tabela a seguir, adaptada do Ofício DIR-HC 685/2015, de 17/11/2015:

Tabela - Taxa de Ocupação de Leitos HC-UFMG/Ebserh, 1º semestre de 2015.

Mês Capacidade

instalada Leitos

bloqueados Capacidade operacional

Taxa de ocupação, considerando a

capacidade instalada

Taxa de Ocupação considerando os leitos

operacionais

Jan 504 105 399 76,51 97% Fev 504 98 406 76,68 86%

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Tabela - Taxa de Ocupação de Leitos HC-UFMG/Ebserh, 1º semestre de 2015.

Mês Capacidade

instalada Leitos

bloqueados Capacidade operacional

Taxa de ocupação, considerando a

capacidade instalada

Taxa de Ocupação considerando os leitos

operacionais

Mar 504 100 404 78,65 99% Abr 504 96 408 82,16 99% Mai 504 110 394 81,22 100% Jun 504 117 387 77,98 99%

Fonte: Censo Hospitalar, Sistema AGHU, HC-UFMG/Ebserh. No que se refere à necessidade de ampliação, em entrevista com servidora do HC, esta informou que, pelo menos quanto ao serviço de endoscopia, há a pretensão de ampliá-lo. Porém, a instituição carece de profissionais (médicos) para tanto. Neste caso, existe, inclusive, demanda reprimida da população beneficiária. Tem sido comum, por exemplo, a solicitação de serviços especializados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, tais como o de detecção da bactéria Helicobacter Pylori. Contudo, há apenas um técnico no HC responsável pelo exame e esse profissional abandonará sua função, o que levará à necessidade de se capacitarem outros servidores.

##/Fato##

2.13 c.5) Com base nas avaliações feitas, é possível concluir se houve déficit ou superávit de recursos financeiros no cumprimento de suas atividades operacionais?

As avaliações não permitem concluir se houve déficit ou superávit de recursos financeiros no cumprimento das atividades operacionais.

Entretanto, no que concerne à produção de média complexidade ambulatorial e hospitalar, existe previsão em rubrica específica (denominada “incremento de média complexidade”) para repasse complementar de recursos em face de superação das metas estabelecidas; ou de desconto, caso haja cumprimento parcial do que foi pactuado. ##/Fato##

2.14 c.6) Ocorrem suspensões parciais ou reduções no repasse dos recursos pelo Gestor do SUS para o Hospital em decorrência das avaliações realizadas?

No atual Plano Operativo 2015/2017, assim como no anterior (2014/2015), existe previsão de reduções nos repasses de recursos do SUS para o Hospital em duas situações: 1ª) Se o percentual de cumprimento da produção de média complexidade ambulatorial e hospitalar for inferior ao teto contratado, o HC receberá proporcionalmente os recursos, conforme as faixas de produção. Mas, ao contrário, se há superação das metas estabelecidas para a média complexidade, a SMSA/SUS-BH utilizará rubrica específica, denominada “incremento de média complexidade”, para repasses complementares de recursos. 2ª) Os valores mensais referentes aos “Incentivos de Desempenho Institucional” (IAC, 100% SUS, Fideps, Rehuf e Interministerial) serão repassados proporcionalmente ao percentual de cumprimento das metas de desempenho institucional, calculadas por meio dos indicadores.

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Nota-se que as duas situações previstas para possível redução nos repasses envolvem apenas recursos do Componente Pré-Fixado. Essa metodologia pactuada está em conformidade com as diretrizes para repasse dos recursos financeiros estabelecidas no artigo 28 da Portaria GM/MS nº 3.410/2013. Foram analisadas apenas as avaliações relativas ao período de vigência do PO 2014/2015, visto que ainda não tinham sido elaboradas avaliações relacionadas ao PO 2015/2017, iniciado em 1º de outubro de 2015. Em resumo, sobre as avaliações do PO 2014/2015: não ocorreram reduções nos repasses de recursos, que estão vinculados ao alcance das metas de desempenho institucional, no 3º e 4º trimestre de 2014; no 1º e 2º trimestre de 2015, contudo, as metas ficaram em uma faixa de desempenho que exige a retenção de parte do valor a ser repassado ao Hospital. Entretanto, isso ainda não ocorreu, pois ainda se encontra pendente de análise, pela SMSA/SUS-BH, o recurso apresentado pela direção do HC sobre o resultado das últimas duas avaliações, encaminhado por meio do Ofício DIR-HC nº 685, de 17/11/2015.

Quanto ao cumprimento da produção de média complexidade ambulatorial e hospitalar, o Hospital recebeu os valores mensais pactuados para o componente pré-fixado no período de vigência do Plano 2014/2015. Depreende-se que foram alcançadas as metas físicas relativas à produção de média complexidade ambulatorial e hospitalar (“Tabela SUS”). Ademais, o Hospital recebeu regulares repasses na rubrica “incrementos de média complexidade” ambulatorial e hospitalar. ##/Fato##

2.15 d) As unidades funcionais do Hospital são envolvidas no processo de contratualização, contribuindo para o cumprimento das cláusulas e para o atingimento das metas pactuadas com o SUS?

Sim. Antes da redação e assinatura dos contratos internos, realiza-se uma oficina de contratualização, com participação de diversos servidores de cada uma das unidades funcionais, aos quais se franqueia a contribuição para a elaboração das metas e indicadores. Durante o curso do contrato, por outro lado, são realizadas avaliações quanto ao alcance das metas, com participação de representantes das unidades funcionais. ##/Fato##

2.16 d.1) Há contratos internos de gestão vigentes e firmados com os responsáveis por todas as unidades funcionais?

Há 26 contratos vigentes, firmados entre abril e maio de 2015, com as respectivas unidades funcionais e administrativas do Hospital. O término da vigência será, em todos os casos, em 31/12/2016. Entretanto, tais contratos não foram formalizados tempestivamente, já que o Plano Operativo 2014/2015, que deveria embasá-los, foi aprovado em 01/11/2014 com vigência até 30/06/2015, tendo resultado em um período de pelo menos cinco meses sem cobertura contratual. ##/Fato##

2.17 d.2) Nos contratos internos, foram fixadas as metas e estabelecidas as regras para avaliação e acompanhamento?

Como parte integrante dos contratos internos, há anexos, nos quais constam, entre outros itens, a descrição dos objetivos estratégicos, dos indicadores e respectivas metas. Os dados desses anexos, denominados “Painel de bordo da unidade”, são inseridos no

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Sistema Geplanes. O Geplanes é o sistema informacional de gestão estratégica do Hospital, utilizado para viabilizar o monitoramento de ações e projetos estabelecidos no Plano Diretor do Hospital e no Plano Estratégico pactuado com a Ebserh, assim como o acompanhamento dos indicadores e metas da Contratualização. No que se refere ao acompanhamento, existe cláusula contratual que prevê a realização de avaliação anual com a participação de gerentes e responsáveis pelas unidades do Hospital. A primeira avaliação, excepcionalmente, será realizada após os seis primeiros meses da vigência. Também está previsto o monitoramento mensal dos indicadores com proposição, se for o caso, de intervenções corretivas. ##/Fato##

2.18 e) As unidades funcionais do Hospital registram de forma regular e completa a sua produção nos sistemas de informação do SUS (em especial do SIA e SIH) e de gestão do Hospital (Geplanes)?

No Hospital das Clínicas da UFMG, a alimentação dos bancos de dados de produção do SUS, no que se refere ao Sistema de Informação Ambulatorial - SIA e ao Sistema de Informação Hospitalar - SIH, é realizada de forma centralizada pela Unidade Funcional - UF Financeira. Os dados de produção ambulatorial e hospitalar são registrados no Setor de Faturamento da UF Financeira, por meio dos instrumentos de captação de dados: BPA - Boletim de Produção Ambulatorial e APAC - Autorização de Procedimento de Alta Complexidade, ambos para o SIA; e SISAIH01 - Programa de Apoio à Entrada de Dados das Autorizações de Internação Hospitalar, para o SIH. O encaminhamento da base de dados com a produção do Hospital, para análise e aprovação da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – SMSA/SUS-BH e posterior envio ao Departamento de Informática do SUS - Datasus, vem sendo feito de forma regular, conforme consta no Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - Cnes. A SMSA/SUS-BH estabelece mensalmente, por meio de ofícios encaminhados aos gestores dos estabelecimentos de saúde, data e horário limite para entrega da mídia com a produção. As diversas unidades funcionais do Hospital utilizam outros sistemas de informação para registros de suas atividades e ações, os quais, inclusive, subsidiam os registros de faturamento na UF Financeira. Por exemplo, na Unidade de Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia - UF Goneo, a gerente citou o uso dos sistemas: MV (software de gestão hospitalar, que trata de processos operacionais e administrativos), NetTerm (para registro de atividades desempenhadas diariamente), SisMater (faz coleta, registro de dados clínicos e cálculo automatizado de indicadores de qualidade da assistência materno-infantil), Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP (para permitir o compartilhamento de informações sobre a saúde de um ou mais indivíduos, inter e multi-instituição e profissionais) e Geplanes (atua na gestão estratégica do Hospital, viabilizando o monitoramento de ações e projetos estabelecidos em seu Plano Diretor). Especificamente sobre o Geplanes, convém ressaltar que é por meio desse sistema que as diversas unidades funcionais do HC devem registrar e monitorar o cumprimento das metas dos indicadores de desempenho definidos na contratualização, bem como outros indicadores estabelecidos com a direção do Hospital. Esse compromisso está previsto em cláusula específica dos contratos internos pactuados. Sobre a implantação do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários – AGHU, sistema de gestão hospitalar que pretende, sob a orientação da Ebserh, substituir os

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diversos sistemas utilizados nos hospitais universitários do país, verificou-se que foram implantados apenas três módulos no HC/UFMG: Pacientes, Internação e Colaboradores. Conforme informações prestadas pela Auditoria Interna do Hospital, outros módulos não foram implantados, apesar de previstos para o segundo semestre de 2015, em decorrência de “ineficiência operacional no cumprimento do cronograma” e “da necessidade de alterações e melhorias competentes à Sede”. ##/Fato##

3. Conclusão

Verificou-se, por meio do presente trabalho, que o macroprocesso “Contratualização do HC com o SUS” apresenta os seguintes aspectos que contribuem para o alcance da missão da unidade:

A formalização do Contrato com o Gestor do SUS, assim como o monitoramento do alcance das metas pactuadas nos Planos Operativos, tem exigido da Direção do Hospital o envolvimento das diversas unidades funcionais do HC no processo, por meio de contratos internos e do uso do Sistema Geplanes.

A contratualização com o Gestor do SUS tem fomentado uma reflexão da Direção

do HC sobre o uso de indicadores de desempenho que efetivamente promovam uma avaliação da qualificação da assistência e da gestão hospitalar.

Por outro lado, verificou-se que os seguintes aspectos constituem obstáculos para o atingimento da sua missão:

A falta de definição, completa e detalhada, sobre as metodologias de cálculo e de aferição dos indicadores de desempenho nos instrumentos da contratualização vem gerando dúvidas entre os partícipes sobre os resultados alcançados para algumas metas, além de inviabilizar a compreensão dos resultados pelo público em geral, interno e externo ao Hospital.

O Hospital das Clínicas não disponibiliza, por meio de seu sítio eletrônico, os

instrumentos formais da contratualização (contrato firmado com o gestor do SUS, planos operativos e resultados das avaliações trimestrais de desempenho), bem como não divulga informações detalhadas sobre os repasses dos recursos financeiros do SUS ao Hospital, em descumprimento ao princípio da transparência.

Belo Horizonte/MG, 10 de fevereiro de 2016.

Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE Assinatura:

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Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE Assinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________ Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Minas Gerais

_______________________________________________ Ordem de Serviço nº 201505059 1 Educação Superior - Graduação, Pós-Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão

1.1 Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior

1.1.1 Avaliação dos Resultados da Gestão

1.1.1.1 CONSTATAÇÃO Definição e publicação incompleta das metodologias de cálculo e aferição dos indicadores de desempenho institucional. Fato O atual Plano Operativo – PO, relativo ao período de vigência de 01/10/2015 a 30/09/2017, estabelece a necessidade de avaliação do desempenho institucional, em cumprimento às diretrizes da Portaria GM/MS nº 3.410/2013, que exige a definição de metas qualitativas e de indicadores na contratualização. O quadro a seguir apresenta os indicadores instituídos, conforme exposto no item “7 – Avaliação do Desempenho Institucional” do PO 2015/2017:

Tabela - Avaliação de Desempenho Institucional no Plano Operativo 2015/2017 nº Indicador Meta Fonte Pontuação

1

Proporção da oferta de consultas nas centrais de regulação ambulatoriais CMC/AC/CINT em relação ao total

produzido.

20% CMC SIA/SUS

8 Acima de 19,99% 8

15% a 19,99% 6 10% a 14,99% 4 Abaixo de 10% 0

2 100% 5

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Tabela - Avaliação de Desempenho Institucional no Plano Operativo 2015/2017 nº Indicador Meta Fonte Pontuação

Proporção de especialidades de consultas ofertadas na CMC.

CMC SIA/SUS

Acima de 89,99% 5 70% a 89,99% 4 50% a 69,99% 2 Abaixo de 50% 0

3

Manutenção de oferta mensal regular na CMC para as linhas de

cuidado da oftalmologia: consultas de 1ª vez em oftalmologia, consultas

nas subespecialidades (catarata, córnea, estrabismo, glaucoma,

plástica ocular, visão subnormal, pequenas cirurgias) e procedimentos

de ultrassom.

Oferta na CMC em todas as

subespecialidades.

CMC Oftalmologia

1 Sim 1 Não 0

Mínimo de 280 consultas de 1ª vez

na CMC. CMC

2 Acima de 279 2

200 a 279 1 Abaixo de 200 0

Mínimo de 150 consultas totais nas

subespecialidades ou procedimentos (excetuando

catarata).

CMC Oftalmologia

2 Acima de 149 2

100 a 149 1

Abaixo de 100 0

4

Monitoramento da janela terapêutica para procedimentos

estratégicos na urgência: SEPSE, IAM C/ SUPRA ST e AVC.

Apresentar estatística.

Diretoria do Hospital

2 Sim 2

Não 0

5

Recusas mensais das solicitações de transferência imediata de

emergência das UPAS, dentro do perfil pactuado na Grade de

Urgência.

0 CINT/SMSA

10 Abaixo de 4 10

De 4 a 6 8 De 7 a 10 5

Acima de 10 0

6 Recusas mensais das solicitações de internações da CINT (dos pacientes vinculados das linhas de cuidado).

0 CINT/SMSA

10 Abaixo de 4 10

De 4 a 6 8 De 7 a 10 5

Acima de 10 0

7 Percentual de altas comunicadas em até 24 horas à CINT. 75% CINT/SMSA

10 Acima de 74,99% 10

65% a 74,99% 8 35% a 49,99% 5 Abaixo de 35% 0

8 Desempenho no Relatório de Cirurgias Eletivas 100% CINT/SMSA

5 Acima de 89,99% 5

70% a 89,99% 3 50% a 69,99% 2

Abaixo de 49,99% 0

9 Número mensal de usuários desospitalizados via SAD/SMSA. 12 GEUG/SMSA

5 Acima de 11 5

5 a 11 3 Abaixo de 5 0

10

Tempo médio de permanência por AIH: 1 - Médica

2 - UTI Adulto 3 - Cirúrgica

1 - 9 dias 2 - 5,3 dias 3 - 4,6 dias

SIH/SUS

Aumento de: 10 Até 10,99% 10

De 11% a 20,99% 6 Acima de 21% 0

11 Taxa de ocupação global para os leitos 80% SIH/SUS

10 Acima de 80% 10 75% a 79,99% 8 70% a 74,99% 5 Abaixo de 70% 0

12 100% SIA/SUS 5

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15

Tabela - Avaliação de Desempenho Institucional no Plano Operativo 2015/2017 nº Indicador Meta Fonte Pontuação

Desempenho no Relatório de Alta Complexidade

Acima de 89,99% 5 70% a 89,99% 3 50% a 69,99% 2

Abaixo de 49,99% 0

13 Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal 100% Comissão

Perinatal

5 Acima de 89,99% 5

70% a 89,99% 3 50% a 69,99% 2

Abaixo de 49,99% 0

14 Desempenho no Relatório de Gestão Hospitalar 100% Direção do

Hospital

10 Acima de 89,99% 10

70% a 89,99% 8 50% a 69,99% 5

Abaixo de 49,99% 0 TOTAL DE PONTOS 100

Fonte: Plano Operativo 2015/2017 (item 7 - Avaliação de Desempenho Institucional). Constatou-se que, no PO 2015/2017 – assim como no Plano Operativo anterior (2014/2015) e no Contrato nº 01.103642.10.01, não estavam expostas as fórmulas e a metodologia de cálculo desses indicadores. Em função disso, requisitou-se por meio das Solicitações de Auditoria nº 201505059/03 e 04, ambas de 20/11/2015 (encaminhadas, respectivamente, para a Direção do HC e para a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – SMSA/SUS-BH), a apresentação de documentos que demonstrassem a metodologia de cálculo dos indicadores de desempenho estabelecidos nos Planos Operativos – PO 2014/2015 e 2015/2017. Após análise dos arquivos e documentos disponibilizados pela Assessoria de Planejamento do HC e pela Gerência de Regulação e Atenção Hospitalar da SMSA/SUS-BH, em resposta às solicitações, foram selecionados quatro indicadores: nº 1, 11, 13 e 14 do quadro anterior, os quais também constavam do rol de indicadores do Plano Operativo anterior (2014/2015). O quadro a seguir apresenta informações sobre a forma de cálculo desses quatro indicadores selecionados:

Quadro – Indicadores de Desempenho da Contratualização Nome do Indicador Descrição do Indicador Forma de Cálculo Meta

(1) Proporção da oferta de consultas nas centrais de regulação ambulato-riais CMC / AC / CINT em relação ao total produzido (%)

Apresenta o percentual de consultas especializadas, produzidas e aprovadas (ou seja, faturadas pelo HC) que foram ofertadas por meio da Central de Marcação de Consultas – CMC, de Internação e de Alta Complexidade.

Obter a média, nos três meses em avaliação, do seguinte cálculo: divisão entre o quantitativo total de consultas ofertadas pelas centrais de regulação no mês e o total de consultas especializadas produzidas e aprovadas no mesmo mês.

20%

(11) Taxa de Ocupação Global para os Leitos (%)

Apresenta o percentual médio de ocupação dos leitos do Hospital em determinado período.

Obter a média, no trimestre anterior ao avaliado, do seguinte cálculo: divisão entre o total de diárias realizadas no mês e a soma do total de diárias existentes no mesmo mês, inclusive UTI.

80%

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Quadro – Indicadores de Desempenho da Contratualização Nome do Indicador Descrição do Indicador Forma de Cálculo Meta

(13) Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal (%)

Realiza uma avaliação do desempenho da maternidade do Hospital, mediante análise de 19 indicadores / compromissos (C1 a C19).

Somar a pontuação obtida para cada um dos 19 indicadores. O máximo de pontos possível é 38.

100% da pontuação

(13.1) Taxa de cesárea.

≤ 30% = 2 pontos; 30 a 30,9% = 1,8 ponto; 31 a 31,9%=1,6 ponto; 32 a 32,9%=1,4 ponto; 33 a 35%=1,2 ponto; > 35% = 0.

Máximo 30%

(13.2) Taxa de cesárea em primíparas, > 32 semanas de gestação e apresentação cefálica.

≤ 20% = 2 pontos; 20 a 20,9% = 1,8 ponto; 21 a 21,9% = 1,6 ponto; 22 a 22,9%=1,4 ponto; 23 a 25%=1,2 ponto; > 25% = 0.

Máximo 20%

(13.3) Atuação de pelo menos um enfermeiro obstetra por turno.

≥ 50% = 2 pontos; 25 a 50% = 1 ponto; < 25% = 0.

Pelo menos um enfermeiro

por turno.

(13.4) Acompanhante durante todo o período de internação.

≥ 80% = 2 pontos; 50 a 80% = 1 ponto; < 50% = 0.

100% de todo o período para

todas as pacientes

(13.5) Estrutura adequada ou apresentação de cronograma / implementação de adequação de área física com cronograma de execução (Vigilância Sanitária – RDC 36).

PPP em funcionamento = 2 pontos; Proposta com cronograma = 1 ponto; Sem PPP e sem proposta = 0.

Pelo menos 1 PPP em

funcionamento

(13.6) Taxa de analgesia parto normal – considerando a utilização de métodos não farmacológicos.

20 a 35% = 2 pontos; 35 a 50% = 1 ponto; < 20 ou > 50: 0

Entre 20 e 35%

(13.7) Taxa de episiotomia.

≤ 35% = 2 pontos; 35 a 50% = 1 ponto; > 50% = 0. Redução de 15 a 20% = 1,5 ponto; Redução de 10 a 14,9% = 1 ponto.

Redução em 20% ao ano ou

taxa < 35%.

(13.8) Oferta de métodos não farmacológicos para alívio da dor.

≥ 70% = 2 pontos; 50 a 70% = 1 ponto; < 50% = 0.

Em todos os plantões e para

todas as pacientes.

(13.9) Doulas na grade geral de plantões. ≥ 50% = 2 pontos; 25 a 50% = 1 ponto; < 25% = 0.

Pelo menos uma em cada

turno.

(13.10) Parto em posição não supina: em posição não litotômica tradicional (lateralizada, acima de 45º).

≥ 70% = 2 pontos; 30 a 70% = 1 ponto; < 30% = 0.

> 70%

(13.11) Reuniões / encontros da maternidade de integração com atenção básica, DISA, Conselho Local de Saúde e Conselho Distrital de Saúde.

Bimestral = 2 pontos; Trimestral = 1 ponto; > Trimestral = 0.

Bimestral

(13.12) Divulgação pública e para a Comissão Perinatal da estatística do serviço, conforme Termo de Compromisso das Maternidades.

Trimestral = 2 pontos; Semestral = 1 ponto; > Semestral = 0.

Trimestral

(13.13) Escala de Apgar < 7 no 5º minuto (excluído Apgar < 7 no 5º minuto de recém-nascido com malformação congênita e/ou nascidos com idade gestacional < 28 semanas).

≤ 1,5% = 2 pontos; 1,5 a 3% = 1 ponto; > 3% = 0.

Máximo de 1,5%

(13.14) Contato imediato pele a pele afetivo. ≥ 70% = 2 pontos; 100%

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Quadro – Indicadores de Desempenho da Contratualização Nome do Indicador Descrição do Indicador Forma de Cálculo Meta

30 a 70% = 1 ponto; < 30% = 0.

(13.15) Aleitamento materno na 1ª hora de vida. ≥ 70% = 2 pontos; 30 a 70% = 1 ponto; < 30% = 0.

100%

(13.16) Amniotomia artificial.

Redução de 20% em relação à média do ano anterior = 2 pontos; Redução menor que 20% = 0.

Redução de 20% em relação ao ano anterior.

(13.17) Manobra de Kristeller.

Não executa a manobra de Kristeller = 2 pontos; Executa a manobra de Kristeller = 0.

Nenhuma ocorrência de

execução.

(13.18) Transferência.

Redução de 10% ou mais de transferência em relação ao semestre anterior = 2 pontos; Redução menor que 10% = 1 ponto; Manutenção da taxa ou aumento da transferência = 0.

Redução em 10% na

transferência em relação ao semestre anterior.

(13.19) Comitê de Óbitos Hospitalar investiga todos os óbitos e encaminha adequadamente.

Investiga todos os óbitos e encaminha adequadamente = 2 pontos; Investiga os óbitos (não na totalidade) e encaminha adequadamente = 1 ponto; Não investiga os óbitos e / ou não encaminha adequadamente = 0.

100% dos óbitos maternos, fetais e infantis investigados e encaminhados.

(14) Desempenho no Relatório de Gestão Hospitalar (%)

Realiza avaliação e acompanhamento da implantação de ferramentas / processos de gestão hospitalar, mediante análise de seis compromissos (D1 a D6).

Somar a pontuação obtida para cada um dos seis indicadores. O máximo de pontos possível é 10.

100% da pontuação

(14.1) Implantação de dois protocolos clínicos multiprofissionais por ano, de acordo com o perfil do Hospital e sua inserção nas redes de atenção à saúde e nas linhas prioritárias do cuidado.

Sim = 2 pontos; Não = 0. 2 pontos

(14.2) Medidas efetivas adotadas pela direção do Hospital, em resposta às inconformidades detectadas pela Supervisão Hospitalar e demais comissões da SMSA-SUS/BH ou pela própria Comissão de Revisão de Prontuários da Instituição.

Sim = 2 pontos; Não = 0. 2 pontos

(14.3) Estabelecimento de metodologia de trabalho da Comissão de Óbitos que permita a avaliação da totalidade dos óbitos hospitalares com proposição de intervenções direcionadas para a prevenção do evento e apresentação das medidas corretivas e educativas adotadas por parte da diretoria do Hospital.

Sim = 2 pontos; Não = 0. 2 pontos

(14.4) Monitoramento de eventos adversos por meio da implantação de processo de notificação, avaliação e implementação de medidas preventivas por parte da Comissão de Segurança do Paciente.

Sim = 2 pontos; Não = 0. 2 pontos

(14.5) Atuação efetiva do serviço de ouvidoria. Sim = 1 ponto; Não = 0. 1 ponto (14.6) Garantia de visita ampliada, de no mínimo 4 horas, para todos os pacientes internados no Hospital. Sim = 1 ponto; Não = 0. 1 ponto

Fontes: Plano Operativo 2015/2017; Ofício GEAPOP/GERG/SMSA/SUS-BH/EXTER nº 310/2015, de 23/11/2015; Ofício nº 073/2013 – GERG/SMSA/SUS-BH, de 24/05/2013.

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Nota-se que, os dois indicadores que medem “Desempenho em Relatório” (nº 13 e 14) se subdividem em outros indicadores ou compromissos. Por meio da análise realizada nos atributos dos quatro indicadores selecionados, chegou-se às conclusões registradas no quadro abaixo.

Quadro – Avaliação dos Atributos dos Indicadores

Indicador Atributo Atendimento do indicador ao critério

(A) Proporção da oferta de consultas nas centrais de regulação ambulatoriais CMC/AC/CINT em

relação ao total produzido (%)

(1) Completude Atende. (2) Comparabilidade Atende. (3) Confiabilidade Atende. (4) Acessibilidade Atende. (5) Economicidade Atende.

(B) Taxa de Ocupação Global para os Leitos (%)

(1) Completude Atende. (2) Comparabilidade Atende. (3) Confiabilidade Não atende. (4) Acessibilidade Atende. (5) Economicidade Atende.

(C) Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal (%)

(1) Completude Atende. (2) Comparabilidade Atende. (3) Confiabilidade Atende parcialmente. (4) Acessibilidade Não atende. (5) Economicidade Atende.

(D) Desempenho no Relatório de Gestão Hospitalar (%)

(1) Completude Atende. (2) Comparabilidade Atende. (3) Confiabilidade Atende. (4) Acessibilidade Atende parcialmente. (5) Economicidade Atende.

(1) capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a situação que a unidade pretende medir e de refletir os resultados das intervenções efetuadas na gestão; (2) capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas; (3) confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo do indicador, avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à unidade; (4) facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos resultados pelo público em geral; (5) razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a melhoria da gestão da unidade. Fonte: Elaborado pela equipe da CGU.

Constataram-se as seguintes ressalvas: a) Para cálculo do indicador “Taxa de Ocupação Global para os Leitos”, há divergências de entendimento entre o HC e a SMSA/SUS-BH sobre a metodologia de aferição do indicador. Em análise aos documentos disponibilizados à equipe de auditoria, em especial aqueles relacionados às avaliações trimestrais de desempenho, verificou-se que a SMSA/SUS-BH calcula a referida taxa considerando os 504 leitos registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – Cnes, enquanto a Direção do HC utiliza o conceito de “leitos operacionais”, ou seja, o total de leitos cadastrados subtraído dos leitos que estão temporariamente bloqueados. Em função disso, entende-se que esse indicador não atende ao atributo de confiabilidade, visto que não está previamente definido o conceito de “leitos” para efeitos de cálculo do indicador. b) Sobre o indicador “Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal”, este se subdivide em outros 19 indicadores ou compromissos. Não há um documento formal, emitido pela SMSA/SUS-BH, explicitando ou orientando sobre a forma de levantamento dos dados e informações para cálculo de seus 19 itens, o que prejudica o atributo da acessibilidade do indicador. Ademais, o HC questiona, em seu recurso apresentado à

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SMSA relativo às avaliações do 1º semestre de 2015, sobre a forma como foram levantados os dados para efeitos de cálculo dos itens “Manobra de Kristeller” e “Parto em posição não supina”. Por conseguinte, considera-se que o indicador “Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal” atende apenas parcialmente ao atributo de confiabilidade. c) Quanto ao indicador “Desempenho no Relatório de Gestão Hospitalar”, este se subdivide em outros seis indicadores ou compromissos. A SMSA/SUS-BH apresentou uma cópia do Ofício nº 073, de 24/05/2013, no qual consta Nota Técnica, s/nº, que normatiza o monitoramento dos indicadores constantes do Relatório de Gestão Hospitalar, aplicável a todas as unidades hospitalares contratualizadas. Essa Nota Técnica, contudo, não é citada nos instrumentos da contratualização firmados com o HC. Depreende-se que está parcialmente prejudicado o atributo de acessibilidade do indicador. Conclui-se, portanto, que não há uma definição completa das metodologias de cálculo e aferição de todos os indicadores de desempenho e que isso não está exposto nos instrumentos da contratualização (contrato e planos operativos). ##/Fato##

Causa Falhas na formalização dos instrumentos da contratualização, visto que estes não explicitam as metodologias de cálculo dos indicadores ou não citam o(s) documento(s) que permita(m) entender essa metodologia. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício DIR HC-UFMG nº 140/16, de 25 de janeiro de 2016, o Hospital das Clínicas apresentou a seguinte manifestação: Quanto ao apontado na letra a): “A taxa de ocupação no HC-UFMG /Ebserh é calculada considerando-se os conceitos do sistema de censo hospitalar. Como nos instrumentos de contratualização não estão definidas as fórmulas de cálculo, há concordância por parte deste Hospital de que deve-se discutir a questão com a SMSA-PBH, chegar a um consenso e formalizar a metodologia de cálculo no Plano Operativo do Contrato.” Quanto ao apontado na letra b): “Como no indicador de taxa de ocupação, nos instrumentos de contratualização não estão definidas as fórmulas de cálculo dos indicadores ou de coleta dos dados do indicador de “Desempenho no Relatório da Comissão Perinatal”. Concordamos que devemos discutir a questão com a SMSA-PBH, chegar a um consenso e formalizar a metodologia de cálculo no Plano Operativo do Contrato.” Quanto à letra c): “Quanto ao indicador “Desempenho no Relatório de Gestão Hospitalar”, concordamos com as constatações da auditoria da CGU. A Nota Técnica anexa ao Ofício nº 073, de 24/05/2013 da SMSA/SUS-BH, deve estar referenciada pelos instrumentos de contratualização.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A Direção do HC se prontificou a tratar as questões levantadas junto à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – SMSA/SUS-BH, no sentido de aprimorar os instrumentos da contratualização.

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##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Fazer constar, em anexos ao plano operativo pactuado com o gestor do SUS, as metodologias de cálculo e aferição dos indicadores de desempenho da contratualização, bem como os documentos emitidos pela SMSA/SUS-BH que permitam o seu entendimento. 1.1.1.2 CONSTATAÇÃO Falta de divulgação nos sítios eletrônicos do Hospital e da Secretaria Municipal sobre os instrumentos da contratualização, dos resultados das avaliações de desempenho e de informações orçamentário-financeiras. Fato Segundo a Constituição Federal, art. 37, caput, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Nesse sentido, a Lei nº 12.527/2011, denominada “Lei de Acesso à Informação”, estabelece em seu art. 3º a observância da publicidade como regra, nos seguintes termos: “Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;” V - desenvolvimento do controle social da administração pública.” A Portaria GM/MS nº 3.390/2013, que institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), afirma em seu art. 29 que os gestores de saúde formalizarão a relação com os hospitais que prestam ações e serviços ao SUS por meio de instrumentos formais de contratualização, independente de sua natureza jurídica, esfera administrativa e de gestão. A Portaria GM/MS nº 3.410/2013, por sua vez, estabelece as diretrizes para a contratualização dos hospitais no âmbito do SUS. Assim, interpretando de forma sistemática as disposições dessas portarias com as da Lei de Acesso à Informação, conclui-se pela necessidade da adoção do princípio da publicidade e do controle social sobre as ações relacionadas à contratualização. Segundo informações prestadas pela representante do Hospital na Comissão de Acompanhamento da Contratualização, as ações de transparência na Unidade se restringem à realização de reuniões internas com o Colegiado Gestor do Hospital para divulgação dos resultados alcançados e à participação de representantes dos usuários nas reuniões da Comissão de Acompanhamento, quando das avaliações trimestrais de desempenho. No entanto, essas ações são consideradas insuficientes para uma efetiva transparência ativa. Constatou-se que os instrumentos de contratualização digitalizados (contrato

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firmado com o gestor do SUS, planos operativos e resultados das avaliações trimestrais de desempenho) não se encontram nos sítios eletrônicos do Hospital das Clínicas - HC e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – SMSA/SUS-BH. Ademais, não há transparência sobre os repasses financeiros efetuados ao HC em decorrência das ações e atividades contratualizadas. ##/Fato##

Causa Falta de ação dos gestores do Hospital e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte no sentido de disponibilizar as informações públicas em seus respectivos endereços eletrônicos na internet. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício DIR HC-UFMG nº 140/16, de 25 de janeiro de 2016, o Hospital das Clínicas apresentou a seguinte manifestação: “O HC-UFMG/Ebserh acata a recomendação e tomará as providências necessárias para o seu cumprimento.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A Direção do HC concorda em viabilizar a transparência ativa dos instrumentos de contratualização com o Gestor do SUS (contrato, planos operativos, documentos de avaliações de desempenho, dentre outros) em seu sítio na internet. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Providenciar a publicação do inteiro teor dos instrumentos formais da contratualização (contrato firmado com o gestor do SUS, planos operativos e resultados das avaliações trimestrais de desempenho), bem como disponibilizar informações detalhadas sobre os repasses dos recursos financeiros do SUS ao Hospital, em seu endereço eletrônico na internet, a fim de viabilizar o controle social e obedecer ao princípio da transparência.