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INTRODUÇÃO
O sistema de consultoria empresarial é considerado um processo
interativo de um agente de mudanças externa à empresa, o qual assume a
responsabilidade de auxiliar os executivos e profissionais da referida empresa
nas tomadas de decisão, não tendo, entretanto, o controle direto da situação.
O surgimento de tal profissional deve-se a mudança no cenário de
atuação das empresas. Independentemente do tipo de enfoque que seja dado
ao processo de consultoria, este apresentará sempre alguns elementos
essenciais: o consultor; a empresa-cliente e os sintomas, que, sendo
investigados deverão possibilitar a correta identificação das causas para a
apresentação de proposta de ações corretivas. Dentre as muitas características
relacionadas ao processo de consultoria que se pode encontrar citam-se como
principais e mais observadas a colaboração, independência, imparcialidade,
profissionalismo, caráter investigativo, orientação e acompanhamento.
A consultoria é um processo necessário a toda organização que enfrenta
dificuldades para lidar com situações internas e externas que ofereçam risco,
ou mostre-se atrativa à empresa. Os objetivos de uma consultoria podem ser
analisados sob a ótica do consultor ou da empresa-cliente. O objetivo do
consultor é efetuar um trabalho de qualidade, ajudando a empresa-cliente na
solução dos problemas enfrentados. O consultor apresenta características
comportamentais, habilidades e conhecimento.
O diferencial de um consultor em relação a outros consultores é a
maneira como consegue solucionar determinado problema da empresa-cliente.
Esse diferencial pode tomar-se uma vantagem competitiva do consultor quando
ele tem uma resposta estruturada, inovativa e rápida para o problema da
empresa- cliente. As principais causas do aumento de demanda da consultaria
empresarial são a busca de novos conhecimentos e de inovações para
enfrentar a globalização da economia, a necessidade de consolidar vantagens
competitivas, o incremento dos processos de terceirização, bem como a
necessidade de questionamento progressivo das realidades da empresa-
cliente, visando a um processo de melhoria contínua e sustentada.
Enfim, a consultoria empresarial é um dos segmentos de prestação de
serviços que mais têm crescido no mundo. A consultoria empresarial, como
negócio, tem apresentado forte desenvolvimento, o qual é sustentado pelo
crescimento do parque empresarial do país e pelo novo estilo de administração
das empresas.
CONSULTOR EMPRESARIAL
Uma vez compreendido que o consultor empresarial é um conselheiro e
não um gerente; temos que entender quais suas características e habilidades.
Assim, o consultor possui bem estabelecido características divididas em
categorias: comportamentais, de conhecimento e de habilidade.
Além de conhecimentos em administração, também precisa ter então
outras qualidades, das quais podemos destacar: a necessidade de se ter
atitude racional, pro atividade, bom relacionamento interpessoal, interesse no
negócio, ser comprometido, ter pensamento estratégico, saber trabalhar em
equipe, ter uma visão inovadora, ser realista, saber resolver conflitos e possuir
raciocínio lógico, rápido e realista.
Vê-se que é necessário não apenas conhecimentos técnicos em
administração, economia e política; mas também diversas características
interpessoais. Deve desenvolver com o seu conhecimento um conjunto de
habilidades que englobem seus atributos pessoais, interpessoais e
instrumentais.
É uma pessoa de fora da empresa que deve estar habilitada a entendê-
la e entender também as pessoas que dela fazem parte para só então
confrontar o mercado, a política e todos os cenários possíveis. Uma pessoa
que não possua manejo interpessoal, por exemplo, não poderia exercer essa
atividade com a desenvoltura necessária. Por isso a grande quantidade de
características e habilidades necessárias a um bom profissional de consultoria.
Empresas especializadas, como a Duplo Foco, contam com esse tipo de
profissional para melhor auxiliar sua empresa em seu desenvolvimento e
sucesso.
Sendo a consultoria um mecanismo de conhecimento da empresa que
preza por identificar e corrigir pontos negativos, bem como ressaltar os
positivos e adapta-los à realidade do mercado, podemos dizer que para que
seja eficiente deve possuir certas características básicas, tais sejam:
colaboração, imparcialidade, independência, profissionalismo, caráter
investigativo, orientação e acompanhamento.
Por ser um processo colaborativo e que envolve não apenas o
empresário, mas um ou mais consultores, trata-se de união de esforços em
busca de um objetivo comum, ou seja, a melhoria da empresa estudada.
Assim, o consultor desempenha um papel importantíssimo, pois é ele o
responsável por organizar as informações recebidas, estuda-las e então
elaborar um plano de trabalho que preste à empresa para solucionar – ou ao
menos minimizar – os problemas que ele enfrenta. Assim, podemos dizer que
para que se caracterize um serviço de consultoria, haja um diagnóstico válido,
baseado na realidade da empresa e nas necessidades do cliente. Cada
empresa possui uma realidade empresarial e uma necessidade diferente.
Assim o consultor envolvido nesse processo deve ser uma pessoa com
uma visão global para que possa compreender a empresa e todas suas
relações internas e externas, para que seja possível então cruzar a sua
realidade com a do mercado. Trata-se a consultoria de um serviço
independente e imparcial por parte do consultor em relação ao cliente e sua
empresa; por isso a recomendação de que deve ser um serviço prestado por
um consultor externo, pois não tem os vícios da empresa e pode assim analisa-
la mais friamente, sendo também mais fácil de propor as soluções e mudanças
necessárias.
AS CARACTERÍSTICAS DO CONSULTOR
Se adotarmos a definição de Rebouças, 2007, p. 4, que “consultoria é
um processo interativo de um agente de mudanças externo à empresa, o qual
assume a responsabilidade de auxiliar os executivos e profissionais da referida
empresa nas tomadas de decisões, não tendo, entretanto, o controle direto da
situação”, poderemos observar que sobre os ombros do consultor repousa a
responsabilidade de atender às demandas enunciadas pelas empresas
contratantes.
Logo, a situação que se anuncia é um cenário de anomalias
administrativas (em qualquer área da administração) ou mercadológicas (em
qualquer área da organização), onde a empresa não se mostrou competente
para gerir-se. É, portanto, uma situação onde a normalidade deixou de existir, o
cenário de trabalho do consultor.
Esse personagem, o consultor, deve então ser profissional capaz de
atuar de forma decisiva e segura, utilizando seus conhecimentos e
experiências para orientar a empresa que o contratou. No entanto, é de se
esperar que nem todos os profissionais experientes e com conhecimento
teórico adequado estejam capacitados para exercer o ofício da consultoria. O
profissional consultor deve reunir características diferenciadas que permitam
seu trabalho em proveito de seu contratante.
Ainda Rebouças, 2007, p. 150, defende que o profissional de consultoria
deve atuar segundo o tripé formado por sua integridade profissional, pelo valor
que seu trabalho pode proporcionar ao cliente e pela felicidade pessoal que o
profissional tenha em exercer sua profissão.
Já Crocco e Guttmann, 2005, p. 34, enfatizam que além da experiência
pessoal, a base educacional formal dos profissionais de consultoria e o que
denominam de “diferenciais”. Esses diferenciais podem ser resumidos como os
conhecimentos e experiências que destacam um determinado profissional de
um grupo onde outros profissionais tenham conhecimentos semelhantes sobre
uma mesma área. Isso pode ser exemplificado como identificar entre muitos
um profissional que tenha efetivamente sido bem-sucedido ao conduzir uma
equipe num empreendimento de elevada complexidade, de outros profissionais
que tenham participado superficialmente de trabalhos similares. O
conhecimento, aliado à prática, destacam um profissional de outros e o
habilitam a ter um preço e efetividade igualmente diferenciados no momento de
aplicar novamente suas competências a serviço de uma organização que o
contrate.
Basicamente, Rebouças, 2007, p. 151, define o profissional de
consultoria como aquele que é portador de características fundamentais em
três áreas:
Comportamentais, que levam em conta a forma como o profissional se
posiciona frente às situações colocadas;
De habilidade, que demonstram como o consultor eventualmente pode
transformar situações a princípio críticas, em situações vantajosas, a partir de
seu conhecimento e criatividade, e, por fim,
De conhecimento, que são aquelas onde a preparação técnica do profissional
de consultoria é utilizada como arsenal de soluções possíveis frente às
situações colocadas.
Ainda que as características relacionadas pelo autor possam ter pontos
de intercessão, é aqui considerado interessante utilizar essa divisão para
enumerar algumas das características que devem ser presentes em um
profissional de consultoria para que esse seja considerado bem-sucedido.
Por características comportamentais Rebouças identifica:
Característica Descrição e comentários
Atitude interativa
Nesse ponto, defende-se que o profissional de
consultoria deve interagir com a situação colocada.
Isso quer dizer que o consultor não deve estar
atrasado em relação aos fatos (por motivos
óbvios), mas também não deve se adiantar tanto,
sob pena de se afastar de seu cliente. “O consultor
planeja o futuro, e não o futuro em si” (Rebouças,
2007, p.153).
Atitude racional
O consultor deve ser (e estar) senhor da situação.
Atitudes de culpa pelo insucesso ou de egoísmo
pelo fato de ter sido o propositor de uma solução
inovadora são extremos que devem ser evitados.
Amplo referencial de conhecimento
Nesse ponto, a disponibilidade do profissional de
consultoria em transitar por outras áreas de
conhecimento, e suas respectivas características
básicas, pode proporcionar a perspectiva de
solução para problemas ainda não vivenciados em
sua carreira.
Bom relacionamento interpessoal e ser um bom negociador
A forma como o profissional de consultoria se
relaciona com as pessoas é fator crítico de
sucesso na implementação das soluções
propostas. São inúmeros e notórios os casos de
fracassos na implementação de soluções viáveis
para problemas conhecidos, mas que as pessoas
responsáveis pelo funcionamento dos novos
processos não o fizeram corretamente, de forma a
não valorizar o trabalho da consultoria em
detrimento de seu próprio.
Demonstrar interesse no negócio da empresa contratante
Embora possa parecer absurdo, o desinteresse no
sucesso da empresa contratante é frequente
(notadamente entre membros menos qualificados
da equipe de consultores) e esse sentimento
poderá atrapalhar o andamento dos trabalhos.
Saber aprender com os erros
Como o trabalho de consultoria é, basicamente, um
trabalho de experimentação, é natural que os erros
aconteçam. Contudo, o segredo está em não
permitir que os erros sejam em maior número que
os acertos.
Fonte: REBOUÇAS, 2007, p. 153 – modificado pelo autor.
Já as características de habilidades, são relacionadas por Rebouças como
sendo:
Característica Descrição e comentários
Inovação e criatividadeA proposição da inovação em processos
organizacionais passa pela vontade de inovar e
pela necessidade de proposições criativas. Outros
fatores como o senso de oportunidade,
agressividade, comprometimento, qualificação da
equipe e flexibilidade são lembrados como
importantes para serem utilizados se quando
houver a necessidade para tanto a inovação está
mais ligada à criatividade do que propriamente à
mudança pura e simples.
Correto estabelecimento de prioridades e administração do tempo disponível
Quando em ação, é muito comum o profissional de
consultoria ser confrontado com diversas situações
que seus contratantes informarão ser igualmente
prioritárias. O correto ordenamento de ações
possibilitará a utilização racional dos recursos
disponíveis, sem desperdícios, e evitará o emprego
de recursos (normalmente escassos) em situações
onde a aplicação de seus esforços tenha pouca
utilidade.
Autocontrole administrativo e orientação estratégica
O profissional de consultoria deve estará frente da
situação, considerando que tem a visão do
processo inteiro e não somente do plano local.
Estar à frente da situação corresponde aqui à
capacidade que o consultor deve ter de antecipar
os reflexos das medidas propostas e do alcance
estratégico de suas ações. Para tanto, a
capacidade de controlar a si próprio e à equipe
com a qual trabalha (seja equipe de consultores ou
da empresa cliente) é fator importante para o bom
andamento do trabalho de consultoria.
Ter intuição e não recusar-se a assumir responsabilidades
Ainda que tenha experiência e preparo, é típica do
trabalho de consultoria a possibilidade de novos
pontos de vista ou problemas diferentes, ainda que
acerca de um processo conhecido. Nesse caso, a
intuição do profissional, aliada à sua capacidade de
assunção de responsabilidades poderá garantir o
otimismo e a sensação de segurança que o
trabalho exige.
Capacidade de resolução de A existência de situações conflituosas é típica do
conflitos
ambiente organizacional e, muito especialmente,
das situações onde o consultor está presente.
Como agente de mudanças, o profissional e
consultoria muitas vezes irão interferir
no status vigente nas áreas organizacionais onde
irá atuar e, com isso, irá alterar o equilíbrio de
poder existente. Logo, a capacidade de antecipar
tais possibilidades e evitar que essas se
transformem em situações que fujam ao controle é
fator importante de ação.
Ser éticoO profissional de consultoria deve empregar meios
honestos para atingir seus objetivos.
Fonte: REBOUÇAS, 2007, p. 156 – modificado pelo autor.
Por fim, as principais características de conhecimento identificadas por
Rebouças, são:
Característica Descrição e comentários
Domínio conceitual de sua especialidade
O profissional de consultoria deve ter amplo
conhecimento de sua área de atuação, de forma a
diferenciar-se de outros profissionais que a
conheçam. Nesse ponto, tanto melhor será se o
consultor for fonte e referência de conhecimento
para outros profissionais.
Ter conhecimento holístico de Administração do funcionamento das organizações. Ter visão de longo prazo
Como dito anteriormente, as ações da consultoria
têm reflexo no restante da organização e,
principalmente, deixarão marcas que a empresa
conviverá no futuro. É, portanto, fundamental que o
consultor possa perceber como funcionarão a
curto, médio e longo prazo as alterações propostas
em determinado cenário de trabalho.
Ter raciocínio lógicoO profissional de consultoria deve ter a capacidade
de estruturar alternativas criativas e viáveis, de
forma que possa analisar as reações de causa e
efeito de suas propostas.
Fonte: REBOUÇAS, 2007, p. 168 – modificado pelo autor.
Tais características, embora identificadas e relacionadas por Rebouças,
2007, podem ser encontradas em outros autores de forma ligeiramente
diferente.
A dualidade entre especialização e generalidade é também presente em
Crocco e Guttmann, 2005, p. 40, que discutem esse tema ressaltando que os
limites entre uma e outra, estarão na definição adequada dos limites da
necessidade de utilização, ou seja, situacionalmente. Para esses autores, a
percepção do mercado sobre a forma de atuação do consultor irá naturalmente
escolher um ou outro tipo de profissional para a realização de um ou outro tipo
de trabalho.
Ser consultor é coisa (cada vez mais) séria
Consultoria pode ser de TI, RH, gestão empresarial, econômica, entre
outras. O fato é que, cada vez mais, empresas contratam o trabalho desses
profissionais, que acaba saindo mais em conta do que um executivo full-time
na empresa, principalmente no caso de projetos específicos, que têm prazo
para começar e terminar, ou mesmo quando há uma necessidade de
reengenharia organizacional na empresa, em virtude de um processo grande
como uma fusão ou aquisição, por exemplo.
De acordo com o Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização, o
trabalho de consultoria pode ser definido como "o processo interativo entre um
agente de mudanças (externo e/ou interno) e seu cliente, que assume a
responsabilidade de auxiliar os executivos e colaboradores do respectivo
cliente nas tomadas de decisão, não tendo, entretanto, o controle direto da
situação que deseja ser mudada pelo mesmo". Em outras palavras, a
consultoria existe para criar soluções práticas e solucionar problemas que a
empresa não consegue resolver sozinha. O presidente do IBCO, Cristian Welsh
Miguens, conta que muitos profissionais têm procurado o Instituto para saber
mais informações sobre o mercado e dicas de como começar a carreira.
"Costumo falar para essas pessoas que a premissa básica é ter experiência
sólida na área que se vai atuar, já que o consultor é um cargo de confiança,
que geralmente chega às empresas por indicação e deve passar muita
credibilidade".
O mercado de consultoria começou a se abrir mais no Brasil no início
dos anos 90, com a abertura de mercado e competitividade que se iniciou nos
tempos do Governo Collor. Muitas empresas estatais acabavam se for
privatizada, como a Telesp, e estas organizações precisavam de um trabalho
pesado de reengenharia e mudança organizacional, e foi aí que o trabalho do
consultor tornou-se mais conhecido e divulgado por aqui. "Pode-se dizer que o
mercado de consultoria no Brasil teve três fases. A primeira foi com a
privatização das estatais, onde todas as companhias resolveram ir à busca de
competitividade. Depois veio o conceito de qualidade total, com a implantação
da ISO 9000 no Brasil. A terceira e última fase é mais recente e compreende os
últimos cinco anos, onde os sistemas de gestão (ERP) viraram febre no mundo
empresarial", explica Dino Carlos Mocsányi, consultor de empresas há 15 anos
e especialista em Gestão de Mudanças organizacionais, Estratégia,
Reorganização Empresarial, Competitividade, Produtividade e Qualidade.
Consultores de TI não são mais tão requisitados como alguns anos
atrás, justamente pelo fato de existirem muitos profissionais na área, e o
mercado estar saturado. Para Luiz Augusto Costacurta, vice-presidente do
Instituto MVC, a área que está mais em alta para os consultores hoje é a
consultoria de estratégia empresarial, que auxilia empresas a se reorganizarem
e se modernizarem. "Eu acredito que outro mercado que perdeu espaço é o
dos headhunters, os caçadores de talentos. Com a chegada da internet e
consolidação dos sites de emprego e os sites das empresas, ficou mais fácil
recrutar pessoas, mesmo para o nível executivo. O trabalho do headhunter
nem sempre é customizado e tem um custo alto", afirma ele.
Dificuldades
O mercado não está fácil e para ser consultor hoje, é preciso mais que
conhecimento técnico. "Houve um amadurecimento muito grande do mercado,
hoje as empresas estão muito mais críticas e seletivas quanto ao tipo de
trabalho que vão contratar. O mercado está muito difícil para todos, inclusive
para as consultorias. É preciso entender que ser consultor não é so mudar o
lado da mesa", afirma Bernardo Leite Moreira, consultor empresarial,
especialista em comportamento organizacional, professor do MBA do Instituto
Mauá de Tecnologia e autor do livro "O Ciclo de Vida das Empresas", da
Editora STS.
Para Luiz Augusto Costacurta, isso é culpa da banalização da palavra
"consultor". Ele explica que "hoje o mercado está muito prostituído, qualquer
um pode ser um consultor. Mas não basta ser competente tecnicamente, tem
que saber transmitir e implantar o conhecimento. E é importante deixar claro
que o mercado valoriza primeiro a experiência profissional do executivo, depois
a visão de consultor que ele tem. Portanto, quem está começando a carreira
deve pensar bem antes de já entrar como consultor. Com exceção de TI, onde
uma pessoa com 25 anos pode ser um consultor reconhecido, o resto do
mercado valoriza mesmo quem tem estrada", assegura o executivo do Instituto
MVC.
O presidente do IBCO, Cristian Welsh Miguens, afirma que uma das
grandes dificuldades das consultorias é transmitir credibilidade para o cliente,
principalmente no caso das empresas menores e consultores autônomos,
ainda sem um nome formado na praça. Este é exatamente o perfil de
consultorias associadas do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização:
consultorias pequenas, com três consultores, no máximo. "Existe muito
mercado para os pequenos, por que empresas de médio e pequeno porte que
precisam de uma consultoria e não podem arcar com os custos de uma firma
de renome, acabam recorrendo à especialistas que cobrem menos, e mesmo
assim possam oferecer um bom trabalho", afirma Cristian.
Perfil e competências necessárias
Confira o que os especialistas ouvidos
pelo Empregos.com.br indicaram como competências importantes para o
profissional que quer atuar como consultor:
Capacidade diagnóstica - saiba ver o problema através das suas causas
Multidisciplinaridade - saiba ver uma questão de vários ângulos
diferentes, principalmente o ângulo que a empresa não percebeu ou
mesmo não quer lhe contar.
Capacidade de análise - não repita modelos utilizados em outras
empresas. E quando for fazer um projeto para uma empresa concorrente
de alguma outra com a qual você já tenha trabalhado, informe-a sobre
isso, e saiba separar os dois casos de forma ética e transparente;
Habilidade para conviver com o risco e a ambiguidade constantes. Como
você não tem vínculo empregatício com as empresas, nunca sabe como
será o dia de amanhã;
Capacidade para lidar com imprevistos e lidar com vários projetos ao
mesmo tempo
Não se intimidar diante de um problema aparentemente sem conserto.
Muitos deles aparecerão, com certeza;
Ter humildade para ficar na retaguarda do processo e ter maturidade
para implantar soluções viáveis e criativas
Facilidade para trabalhar em equipe e se integrar com facilidade ao
grupo. Normalmente o trabalho vai ser feito com o consultor, o gerente
ou diretor responsável e alguns outros colaboradores. Ou seja, é preciso
ser flexível e saber ceder, mas ao mesmo tempo ser firme para vender
sua ideia;
Ser um bom negociador, para poder definir as prioridades da equipe.
Pode-se dizer até que o trabalho do consultor se assemelha um pouco
com o do gerente, liderando e estimulando os outros integrantes do
projeto;
Ter visão do detalhe, mas sem perder o entendimento da ideia como um
todo;
Ter vocação para inovação, já que o consultor vai trabalhar com uma
relação de trabalho totalmente nova;
Ter maturidade e muito conhecimento, adquirido em experiências
profissionais em empresas de ramos e segmentos variados.
Como se tornar um consultor empresarial de primeira
A carreira no ramo de consultoria empresarial começou a se expandir
com mais força na década de 90, durante as privatizações da época. Nesse
período, a urgência por mais experiência no que diz respeito à gestão privada
para empresas que saíam do modelo estatal foi o gatilho da demanda do
mercado por cada vez mais e melhores consultores. A implementação do
sistema de certificação ISO 9000 e a necessidade de adoção de sistemas ERP
foram outros fatores que, com o passar do tempo, contribuíram — e muito! —
para consolidar esse profissional de tal forma que, atualmente, a carreira é uma
das mais cobiçadas e prestigiadas do mercado. Quer saber então como se
tornar um consultor empresarial top de linha? Pois leia já as dicas do nosso
post de hoje:
Formação
A verdade é que, por mais que no nível da pós-graduação já seja possível
encontrar cursos especializados em capacitar esses profissionais, ainda não
existe uma graduação específica para se tornar um consultor empresarial. O
profissional da consultoria só precisa basicamente ter bastante experiência na
área, de modo a ser capaz de aplicar toda sua bagagem para resolver a
necessidade de seus clientes. Assim, mesmo que o estudo seja uma constante
na vida do consultor, a experiência prática acaba realmente sendo o fator que
mais conta na hora de captar a clientela.
Perfi l
Algumas características são de grande relevância para o consultor empresarial
obter sucesso em sua carreira. Não basta apenas o estudo teórico, é preciso
ter um perfil direcionado para exercer essa profissão, que inclui:
Boa postura
A forma de se vestir e se apresentar são o cartão de visitas de um consultor.
Assim, ter cuidado com a aparência é essencial para causar uma boa
impressão nos clientes e deixá-los certos de que estão falando com um
profissional capaz de ajudar na expansão dos negócios da empresa.
Comunicação clara
Como um consultor é um profissional requisitado por empreendimentos
localizados nas mais diversas localizações, é importante que sua habilidade de
comunicação seja o mais clara possível, de forma a garantir o entendimento
das informações independentemente de entraves linguísticos regionais.
Capacidade de persuasão
Quem requisita os conhecimentos de um consultor é o próprio empresário ou
algum dos demais membros da alta administração, não é mesmo?
Especialmente por isso, o nível de persuasão do profissional deve estar em dia,
sendo bem praticado para convencer seus contratantes de que sua solução é
viável e trará sucesso efetivo para a empresa.
Dificuldades
Apesar da alta rentabilidade na carreira de consultor empresarial, alguns
percalços inevitavelmente cruzarão o caminho do profissional, que deve saber
lidar com esses obstáculos para continuar colhendo sucesso em sua trajetória.
Pronto para ter uma prévia?
Dinamismo da rotina
Ser consultor é encarar a rotina de chamados de empresários nas mais
diferentes localidades e do trabalho diário com personalidades variadas. Como
é um dia a dia muito dinâmico, não é nada adequado para quem não está
acostumado ou disposto a lidar com novidades.
Captação de clientes
Paralelamente às atividades rotineiras, um consultor empresarial ainda deve
dar conta de se dedicar à prospecção de novos clientes. Claro que o processo
se simplifica com o decorrer do tempo e a consolidação de sua carreira, pela
fama que o profissional cria no mercado, abrindo portas para indicações entre
clientes. Porém, no início, dedicar-se à captação de novos trabalhos é
simplesmente fundamental.
Falta de identidade
Alguns profissionais contratados frequentemente por uma determinada
empresa podem desenvolver uma espécie de crise por não se sentirem parte
do quadro de colaboradores. O mesmo problema é capaz de surgir pela
ausência de um plano de carreira quando o consultor empresarial integra uma
empresa de consultoria, por exemplo. Mas aí entra o entendimento adequado
da carreira, que deve falar mais alto que todo o resto.
VOCÊ SABE SER UM CONSULTOR?
Nossa ideia de Consultor é a de um profissional que tenha atuado em
área específica de algum segmento de indústria, serviços, comércio. Por
exemplo, ele pode ter atuado em Administração de Relações Humanas,
Finanças, Marketing, Vendas, Custos, Tecnologia de Informações. Ou pode ser
um profissional com perfil generalista, que tenha atuado em diversas áreas e
tenha adquirido um pouco de conhecimento de cada área.
Em determinado momento da vida, esse profissional pode decidir atuar
como Consultor Independente. Ele pode ser contratado por uma empresa para
atuar em um projeto específico, como o de estruturação ou reestruturação de
algum departamento ou área ou na estruturação ou reestruturação de uma
empresa em geral.
Tudo pode parecer fácil para esse profissional contratado como
Consultor. Não vamos questionar aqui a sua capacitação técnica e habilidades
para conduzir seu trabalho, pois espera-se que quem o contratou tenha
avaliado antes e ele consiga obter resultados com isso. O que queremos
comentar é quanto à postura que ele adota dentro da empresa que o contratou.
E essa deve ser a parte mais delicada e complicada de seu trabalho uma vez
que poderá ser uma forte barreira à obtenção de resultados para o seu
trabalho. Vamos ver apenas alguns comportamentos.
Consultor arrogante. Arrogância representa um grande bloqueio de
comunicação com os colaboradores da empresa que o contratou. Ninguém
aceita um estranho, ainda que bem recomendado, que não saiba conduzir uma
conversa em bom nível. É preciso saber conversar com pessoas de todos os
níveis na busca de uma informação ou na orientação de pessoas sem causar
nenhum bloqueio. Ele tem que ser sutil no uso de palavras para não ser mal
interpretado.
Consultor Amigo. Embora seja inegável que ter contatos com os
colaboradores seja uma arma para o Consultor, é preciso deixar bem claro que,
por exemplo, aquele momento de happy hour foi um momento de descontração
que não deve modificar a relação profissional entre ele e os colaboradores da
Empresa. Não é raro que após um happy hour algum funcionário da Empresa
se ache no direito de pensar que passou a ser amigo do Consultor e daí passar
a tratá-lo como tal mesmo no horário de expediente.
Consultor Humorista. É uma mania que alguns Consultores têm de chegar
em determinadas empresas fazendo “gracinhas” com todas as pessoas e
criando “piadinhas” sobre situações que encontra no dia a dia. Em
determinadas empresas que tenham uma cultura interna que não permitem
comportamento assim, um Consultor pode sair-se muito mal.
Consultor mal encaminhado. Essa é uma característica interessante. Um
profissional é contratado pelo mais nível de hierarquia da Empresa no entanto
perde sua direção e passa a se relacionar com funcionários de escalão menor
ao invés de continuar marcando presença e mantendo contato com pessoas da
alta direção da Empresa. Comportamento assim traz uma perda no nível de
informações e desenvolvimento do trabalho. O ideal é que o Consultor procure
manter seu contato inicial, participando das atividades possíveis com pessoas
do alto escalão da Empresa. Um exemplo, ele deve procurar estar mais
próximo dessas pessoas na maior parte do tempo, almoçando com elas,
reunindo-se com elas.
Consultor sem segredos. Falamos do profissional que não consegue
guardar um segredo qualquer quando conversa com outras pessoas. Se ele
encontra uma deficiência, por exemplo, em determinada área da Empresa, ele
passa a comentar com todos, mesmo antes de avaliar as conseqüências
possíveis que possam advir dessa deficiência, acabando por melindrar a todos
ao seu redor.
Como se pode ver há vários perfis de Consultores. Há outras questões
envolvidas como vestimenta, higiene, pontualidade, assédio. Os tipos
abordados são apenas alguns que merecem um pouco mais de cuidado para
muitos deles. E que podem ser evitados para o bom desempenho de
profissionais que na maioria dos casos deixam de prestar a atenção devida a
alguns aspectos que podem ser fatais para a continuidade e aceitação de seu
trabalho pelas empresas que os contratam.
CONCLUSÃO
Com o aquecimento da economia e o crescimento das organizações
tanto as grandes como as pequenas, cresce também a demanda por
profissionais especializados que possam guiá-las para o desenvolvimento, para
a inovação e para a melhoria de seus processos, aumentando sua
competitividade, desta forma, a consultoria é uma fonte rica para atingir este
objetivo e encontrar profissionais que preencham estes requisitos.
O serviço prestado pelo consultor acontece por meio de diagnósticos e
processos e tem o propósito de levantar as necessidades da organização,
identificar soluções e recomendar ações. De posse destas informações, ele
desenvolve, implanta e viabiliza o projeto de acordo com a necessidade
específica de cada organização. O consultor vai atrás de conhecimentos que
possam ser prontamente traduzidos em ação. Esta habilidade o diferencia dos
demais profissionais.
A eficácia de seu trabalho é garantida por sua capacidade de aplicar de
forma simples e compreensível, o conhecimento adquirido. Conclui-se que as
organizações que pretendem melhorar seu desempenho no alcance dos
objetivos, têm a sua disposição a opção de contratar consultores, os
profissionais que em geral têm grande estudo e experiência, assim, podem
diagnosticar problemas e apontar possíveis soluções sem muita hesitação.