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20/04/2016 - União dobra projeção para déficit na Previdência - Baixa renda e loteamentos puxam lançamentos no 1º trimestre - BC se ausenta do mercado e dólar tem queda de quase 2% - TCU determina ajustes, mas deve aprovar concessão de aeroportos - Desemprego supera a barreira dos 10% no trimestre, afirmam analistas - CSN recebe oferta para fusão do Sepetiba Tecon (RJ) - Usinas farão novo reajuste do aço em maio - Rhodia planeja dobrar exportação a partir de SP - Ibovespa sobe 1,5% em pregão de ganhos de siderúrgicas e Petrobras - Commodities ajudam a prever movimentos do câmbio, diz estudo do BIS - Odebrecht Óleo e Gás não paga juros de bônus - Justiça autoriza sociedade unipessoal de advogado a participar do Simples - Corretoras de seguros: vitória adversa - Impasse mantém pressão sobre mercado petrolífero

- Minério de ferro sobe com forte demanda por aço na China ...O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 aponta para uma tendência explosiva do déficit do Regime

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20/04/2016

- União dobra projeção para déficit na Previdência

- Baixa renda e loteamentos puxam lançamentos no 1º

trimestre

- BC se ausenta do mercado e dólar tem queda de quase 2%

- TCU determina ajustes, mas deve aprovar concessão de

aeroportos

- Desemprego supera a barreira dos 10% no trimestre, afirmam

analistas

- CSN recebe oferta para fusão do Sepetiba Tecon (RJ)

- Usinas farão novo reajuste do aço em maio

- Rhodia planeja dobrar exportação a partir de SP

- Ibovespa sobe 1,5% em pregão de ganhos de siderúrgicas e

Petrobras

- Commodities ajudam a prever movimentos do câmbio, diz

estudo do BIS

- Odebrecht Óleo e Gás não paga juros de bônus

- Justiça autoriza sociedade unipessoal de advogado a

participar do Simples

- Corretoras de seguros: vitória adversa

- Impasse mantém pressão sobre mercado petrolífero

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- Minério de ferro sobe com forte demanda por aço na China

- Marinha impõe sigilo de cinco anos sobre pesquisas no Rio

Doce

- Os desafios para a retomada do crescimento sustentável

- Estratégia envolve diálogo com CNI e Fiesp

- Os resultados modestos do leilão de transmissão

- MÉXICO ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO

ENERGÉTICA COM DINAMARCA

- Inscrições abertas para o maior evento da indústria na

América Latina em 2016

- Usinas e distribuidoras de energia podem negociar redução

de contratos

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Fonte: Valor Econômico

Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- União dobra projeção para déficit na

Previdência Por Edna Simão e Fábio Pupo

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 aponta para uma

tendência explosiva do déficit do Regime Geral de Previdência Social e dobra a

previsão para o rombo previdenciário no ano que vem, caso não seja promovida

uma reforma nas regras de concessão de aposentadorias no país.

Pelo diagnóstico, encaminhado em anexo do PLDO de 2017 ao Congresso, o

rombo da Previdência Social sairia de R$ 85,818 bilhões (1,45% do PIB) em 2015

para R$ 133,60 bilhões (2,14% do PIB) em 2016 e R$ 167,629 bilhões (2,47% do

PIB) em 2017.

Esses valores são muito superiores ao projeto encaminhado ao Congresso no ano

passado. No PLDO de 2016, a previsão era de déficit de R$ 81,065 bilhões (1,28%

do PIB) neste ano e R$ 86,508 bilhões (1,26% do PIB) em 2017.

O aumento expressivo em relação ao que foi apresentado no PLDO de 2016 se

deve, em parte, à substituição do fim do fator previdenciário pela fórmula 85/95. Por

essa regra de acesso, a aposentadoria pode ser concedida quando a soma de idade

e tempo de contribuição chegar a 85 no caso das mulheres e 95 para os homens.

Sem mudanças, o déficit previsto no PLDO 2017 vai se deteriorando ao longo do

tempo e poderá atingir R$ 8,951 trilhões (11,14%) em 2060.

O anexo do PLDO de 2017 considera que o resultado obtido é bastante influenciado

pela hipótese de variação do PIB que está estimada em 3,05% em 2016, 1% em

2017, 2,9% em 2018 e 3,2% em 2019. A partir de 2020, as taxas de crescimento

adotadas são as geradas pelo modelo de projeção. Com isso, a taxa média de

crescimento do PIB ao longo do período 20162060 é de cerca de 2,07% ao ano.

"A relação necessidade de financiamento/PIB apresentará crescimento significativo

até o ano de 2060, sendo que no curto prazo, até 2017, apresenta crescimento e

posterior redução chegando a 2,26% do PIB em 2019. Esse comportamento é

explicado pelas hipóteses adotadas no modelo de curto prazo, notadamente as

taxas de variação do PIB, do reajuste do salário mínimo e dos demais benefícios,

bem como do crescimento da massa salarial", afirma o anexo da PLDO de 2017.

1ª PARTE

NOTICIAS DO DIA 20/04

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A avaliação ainda é que, a partir de 2020, tanto o salário médio quanto o salário

mínimo passam a assumir um comportamento crescente em termos reais, variando

pela mesma taxa do crescimento da produtividade, 2,5% ao ano.

"O aumento real do salário mínimo tem impacto muito importante no comportamento

da despesa, uma vez que implica que parte significativa da despesa tem um

crescimento real de 2,5% ao ano ao longo de mais de quatro décadas. Por outro

lado, o crescimento do salário médio conjugado com a evolução demográfica leva a

um crescimento da arrecadação e do PIB menor no longo prazo do que no curto

prazo", explica o documento.

O anexo chama atenção ainda para a influência, na Previdência, do fato de as

pessoas estarem vivendo mais e terem uma taxa menor de fecundidade. "As

projeções demográficas utilizadas neste estudo indicam o progressivo crescimento

da participação dos idosos na população nos próximos 44 anos. Para a Previdência,

o incremento do número de idosos é parcialmente compensado pelo fato de que a

população em idade ativa entre 16 e 59 anos também deverá crescer, embora a

taxas decrescentes, atingindo seu tamanho absoluto máximo em 2031", destacou.

Em 2060, para cada pessoa com mais de 60 anos, o país terá 1,6 indivíduo com

idade entre 16 e 59 anos. Essa relação é substancialmente inferior à atual, que está

em 5,3, indicando um progressivo comprometimento da base de sustentação da

Previdência Social.

Diante de um cenário de recessão, forte restrição fiscal e dificuldades para corte de

gastos, a equipe econômica tem ressaltado a necessidade de uma reforma da

Previdência Social para dar sustentabilidade ao pagamento de aposentadorias e

pensões no longo prazo.

A idéia inicial do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, era ter uma proposta, a partir

do Fórum de Discussão da Previdência Social, em abril para que ela fosse

encaminhada ao Congresso Nacional. Com a resistência de centrais sindicais e de

alas do próprio governo, teve que colocar a ideia em segundo plano. O assunto

continua sendo discutido no fórum, mas não há compromisso de envio aos

parlamentares devido ao quadro político conturbado.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Baixa renda e loteamentos puxam

lançamentos no 1º trimestre Por Chiara Quintão

As primeiras prévias operacionais divulgadas pelas incorporadoras de capital aberto

mostram que os lançamentos de projetos direcionados para a baixa renda

enquadrados nas regras de financiamento do Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS) e de loteamentos subiram 20% no primeiro trimestre em relação ao

mesmo período do ano passado.

Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, Gafisa, MRV Engenharia

e Rodobens Negócios Imobiliários lançaram um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$

1,527 bilhão, considerando-se apenas a parte própria das empresas nos projetos.

Apesar da alta expressiva, o valor ainda está abaixo da média histórica desde a leva

de ofertas iniciais de ações (IPOs) do setor em meados dos anos 2000. A base de

comparação com 2015 também é fraca. Nos três primeiros meses de 2015, por

exemplo, Even e Rodobens não fizeram lançamentos.

O destaque foi a MRV maior operadora do programa Minha Casa, Minha Vida que

lançou R$ 973 milhões em projetos imobiliários no primeiro trimestre, expansão de

3,8%. Para efeito de comparação, os lançamentos da MRV do período superaram a

totalidade dos projetos apresentados, individualmente, por quase todas as

incorporadoras de capital aberto no acumulado do ano passado, com exceção da

própria companhia, da Cyrela e da Gafisa

Os segmentos financiados com recursos do FGTS não sofreram restrições como as

dos demais há quase um ano. As faixas 2 e 3 do programa habitacional Minha Casa,

Minha Vida utilizam recursos dessa fonte. No trimestre, todos os produtos

apresentados pela MRV se enquadraram no financiamento pelo FGTS, e as vendas

de produtos do segmento chegaram a 93% do total da incorporadora.

Ainda assim, as vendas contratadas brutas da MRV caíram 9,8%, no trimestre, para

R$ 1,234 bilhão. A companhia comercializa imóveis no formato de venda simultânea

(SICAQ/SAC), em que os compradores precisam ser aprovados pelos bancos na

assinatura dos contratos. Em janeiro, na transição do Minha Casa 2 para a terceira

etapa do programa habitacional, houve problemas nos repasses para do Banco do

Brasil, o que teve impacto negativo sobre as vendas, segundo o co-presidente da

MRV, Rafael Menin. Os repasses para o banco já estão regularizados.

O preço médio por unidade vendida pela MRV foi de R$ 159 mil, valor 4,7% superior

ao do primeiro trimestre de 2015. A velocidade de comercialização medida pelo

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indicador vendas sobre oferta (VSO) ficou em 18%, a menor dos últimos três anos.

O Estado de São Paulo respondeu por 44% das vendas brutas da incorporadora.

De acordo com Menin, os lançamentos, as vendas e os repasses da MRV no

segundo trimestre vão superar os dos três primeiros meses do ano. "Em 2016,

vamos lançar um pouco a mais do que no ano passado", diz o executivo. Ele reiterou

que, há dois anos, a companhia tem ganhado participação de mercado em capitais e

cidades de grande porte.

A MRV mantém seu foco de incorporação no segmento econômico e dá prioridade a

cidades nas quais houve aumento do teto do financiamento pelo programa

habitacional, ou onde considera que o estoque está abaixo do potencial. A

incorporadora informou também geração de caixa estimada de R$ 176 milhões no

trimestre.

Os lançamentos da Direcional nas faixas 2 e 3 do programa cresceram 125%, no

trimestre, para R$ 101 milhões, e a empresa apresentou nova fase de projeto para a

média-renda. Já a Tenda, braço de baixa renda da Gafisa, lançou R$ 228,54

milhões, com queda de 4% na comparação anual.

Das cinco incorporadoras que divulgaram prévias, MRV e Even tiveram loteamentos

entre os projetos e Rodobens lançou apenas no segmento. O tíquete-médio de lotes

é, em geral, menor do que o de apartamentos. Além disso, a venda de lotes já não

contava com crédito bancário, o que na prática, significa que não houve piora do

financiamento do segmento.

No trimestre de dezembro de 2015 a fevereiro deste ano, os lançamentos de imóveis

de 19 incorporadoras caíram 8,6%, na comparação anual, para 16.752 unidades,

conforme o índice AbraincFipe. O indicador foi desenvolvido pela Associação

Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No acumulado dos dois primeiros meses

de 2016, foram lançadas 4.638 unidades, com expansão de 11% em relação a um

ano antes.

Entre dezembro e fevereiro, as vendas caíram 18,9% ante a média móvel anterior,

para 22.362 unidades. A comercialização caiu 17% no primeiro bimestre, para

12.656 unidades. As entregas tiveram retração de 27,2% na comparação anual, para

30.313 unidades. De dezembro a fevereiro, os distratos somaram 11.005 unidades.

Analistas destacam que os números das incorporadoras que atuam na média e alta

rendas devem anular essa alta de 20%.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- BC se ausenta do mercado e dólar tem queda

de quase 2% Por José de Castro e Silvia Rosa

Depois de uma rodada de intervenção agressiva no câmbio, em que comprou

apenas neste mês US$ 32,293 bilhões via contratos de swap cambial reverso (que

equivalem a aquisições no mercado futuro), o Banco Central alterou a sua forma de

atuação. Após ter ficado fora do mercado ontem, a autoridade monetária anunciou a

venda de 20 mil contratos de swap cambial reverso para hoje, que equivalem a uma

compra futura de US$ 1 bilhão.

Sem a atuação do BC no mercado, o dólar caiu 1,96% ontem, para R$ 3,5269,

acompanhando o movimento no exterior, sustentado pelo alívio da aversão a ativos

de risco e recuperação d das commodities. Essa foi a primeira vez, desde o dia 1º,

que a autoridade monetária deixou de ofertar contratos de swap cambial reverso.

O BC já reduziu em US$ 27,803 bilhões o

estoque de swaps cambiais tradicionais a

vencer no curto prazo, por meio das vendas de

swaps reversos desde 21 de março. Na prática,

os contratos de swap reverso representam a

operação inversa dos contratos trad icionais e

têm um efeito de anular o estoque desses

papéis.

Com isso, a autoridade monetária renovará apenas 17,81% do lote de US$ 10,385

bilhões em contratos de swap cambial tradicional que vence em maio. Além disso,

ele zerou os lotes de US$ 10,152 bilhões e US$ 11,057 bilhões que vencem em

junho e julho e não precisará fazer os leilões de rolagem nos próximos dois meses,

considerando a liquidação dos contratos de swap reverso que foram vendidos até 18

de abril.

A autoridade monetária tem aproveitado a disposição dos investidores em reduzir as

posições compradas na moeda americana para acelerar a redução do estoque em

contratos de swap cambial tradicional. Incluindo na conta os papéis cujos

vencimentos já foram liquidados, o BC já reduziu o estoque nesses instrumentos

cambiais de US$ 108,113 bilhões em 1º de março para US$ 76,095 bilhões no dia

18 de abril.

Segundo analistas, o fato de o real não ter descolado de seus pares no exterior teria

levado o BC a ficar fora do mercado ontem. Além disso, o especialista em câmbio da

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corretora Icap, Italo Abucater, chama a atenção para a questão da moeda americana

não ter rompido o piso dos R$ 3,50. Embora ressalte que não há piso para o dólar, o

BC tem intensificado a atuação no mercado quando a moeda americana cai abaixo

desse nível.

Para alguns agentes do mercado, o fato de o BC

não ter vendido o lote integral de 80 mil contratos

no leilão de segunda-feira e o dólar não ter cedido

mostra que o apetite para venda de dólares para

prazos maiores pode ter diminuído. Investidores

antecipa ram a redução das posições compradas

em dólar antes da aprovação do impeachment da

presidente, Dilma Rousseff, na Câmara no

domingo.

O BC deve regular o tamanho do estoque de acordo com a demanda do mercado e,

por isso, reduziu a venda inicial de contratos de swap cambial reverso hoje de 80 mil

para 20 mil contratos.

O avanço no processo de impeachment da presidente e a expectativa de que uma

mudança de governo abriria espaço para a implementação de reformas econômicas

e fiscais têm sustentado o desmonte de posições compradas em dólar e sustentado

a queda dos juros.

Ontem os investidores ajustaram as posições no mercado de juros após a forte

queda verificada na segunda-feira. Com a curva de juros refletindo a probabilidade

de corte da taxa Selic de 1,5 ponto neste ano, quedas adicionais das taxas dos

contratos futuros de juros de curto prazo dependem de uma definição em relação ao

cenário político e sobre qual será a equipe econômica nos próximos meses. O DI

para janeiro de 2017 subiu de 13,48% para 13,52%, enquanto o DI para janeiro de

2021 subiu de 12,86% para 12,9%.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- TCU determina ajustes, mas deve aprovar

concessão de aeroportos Por Murillo Camarotto e Daniel Rittner

A confiança dos investidores em um governo

Michel Temer poderá ser testada pouco tempo

após o eventual afastamento da presidente Dilma

Rousseff. O Tribunal de Contas da União (TCU)

aprecia hoje os estudos de viabilidade técnica e

econô mica para as concessões de quatro

aeroportos: Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e

Florianópolis. A tendência é de aprovação, com

ajustes.

O Valor teve acesso ao relatório da área técnica

que foi endossado pelo ministro Walton Alencar

Rodrigues, relator do processo no TCU, e será discutido em plenário. O documento

faz uma série de reparos aos estudos, critica as premissas econômicas

excessivamente otimistas nas projeções de demanda e determina mudança nos

critérios de habilitação dos consórcios interessados em participar dos leilões.

A exigência de um operador estrangeiro com experiência em aeroportos que tenham

movimentação de pelo menos 10 milhões de passageiros por ano não foi aceita pelo

tribunal. Para o órgão de controle, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) não

conseguiu demonstrar que os parâmetros fixados são "adequados" e "pertinentes".

Diante disso, a exigência deverá considerar o tamanho de cada aeroporto leiloado.

Feitos os ajustes, a SAC poderá publicar o edital e realizar o certame logo no início

de um eventual novo governo. A votação para o afastamento de Dilma pelo Senado

deve ocorrer em meados de maio. Os leilões podem ser realizados na virada do

semestre.

A principal novidade da próxima rodada de concessões é a ausência da Infraero. Por

decisão da presidente, a estatal manteve 49% de participação acionária nos cinco

aeroportos que foram privatizados desde 2012, bancando uma parcela dos

investimentos na ampliação dos terminais. Esse modelo desagrada aos ex-ministros

Moreira Franco e Eliseu Padilha, que comandaram a SAC e pertencem ao "núcleo

duro" de Temer. Antes de sair do governo, no fim do ano passado, Padilha deixou

encaminhada a exclusão da Infraero nos próximos leilões.

Eliseu Padilha, ex-ministro da

Aviação Civil, abriu caminho para

excluir Infraero

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O relatório elogia a decisão de que as futuras concessionárias sejam 100% privadas.

Nas rodadas anteriores, o tribunal já havia sugerido isso, mas foi seguidamente

ignorado pelo governo.

As premissas macroeconômicas adotadas nos estudos foram alvo de críticas do

TCU. O governo usava uma queda no PIB de 1,76% em 2015 e um crescimento de

0,20% em 2016 como base de cálculo para a demanda no setor aéreo. Essas

projeções ficaram totalmente defasadas com o agravamento da crise. "[As

estimativas] podem impactar de maneira significativa as projeções de demanda, de

receitas, e a necessidade de investimentos do projeto", diz o relatório. Na prática,

essas observações servem mais como advertência e não geram consequências

para a realização dos leilões.

O tribunal fará questão, no entanto, de retomar as discussões em torno do critério de

habilitação dos consórcios. Na primeira rodada de concessões, o governo havia

exigido a presença de um operador estrangeiro com experiência em aeroporto com

pelo menos 5 milhões de passageiros por ano. Essa faixa de corte foi considerada

baixa demais e acabou viabilizando a entrada de grupos menores em Guarulhos

(SP), Viracopos (SP) e Brasília.

Para os leilões seguintes, que abrangiam o Galeão (RJ) e Confins (MG), a SAC quis

aumentar o volume exigido para 35 milhões de passageiros. O tribunal considerou

que não havia justificativa para a decisão. Prevaleceu, então, um novo mecanismo:

a exigência deveria corresponder ao volume projetado de passageiros no primeiro

ano de concessão. O critério fixado acabou sendo de 22 milhões de passageiros no

Galeão e de 12 milhões em Confins.

A lógica poderá ser replicada na próxima rodada. Para o TCU, não faz nenhum

sentido adotar o critério de 10 milhões de passageiros estabelecido em resolução

do Conselho Nacional de Desestatização (CND) para os quatro aeroportos. Os

estudos indicam que essa movimentação será alcançada somente no médio ou no

longo prazo: 2019 em Salvador, 2021 em Porto Alegre, 2025 em Fortaleza e 2035

em Florianópolis. Ou seja, o critério definido pelo governo pode restringir a formação

de consórcios.

Antes dos leilões, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) terá que promover

audiências públicas. Apesar da recessão prolongada e das incertezas políticas, os

aeroportos brasileiros despertam o interesse de investidores internacionais. Grupos

como a francesa ADP, a alemã Avialliance, a francesa Vinci, a espanhola Ferrovial e

a argentina Corporación América têm manifestado disposição em participar.

Muitos reclamam, porém, das dificuldades em encontrar construtoras nacionais que

assumam parcerias neste momento. A maioria das gigantes do setor está com

problemas de caixa ou decorrentes da Operação Lava-Jato.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Desemprego supera a barreira dos 10% no

trimestre, afirmam analistas Por Camilla Veras Mota

O aprofundamento da recessão levou a taxa de desemprego a cruzar a barreira dos

dois dígitos no trimestre encerrado em fevereiro, passando de 9,5% a 10,2%, de

acordo com a média de 15 projeções de consultorias e instituições financeiras

ouvidas pelo Valor Data.

As estimativas para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)

Contínua, que será divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), variam entre 9,9% e 10,5%.

A semana pode contar ainda com a divulgação de outro indicador importante do

mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

referente a março, para o qual se espera novo saldo negativo de vagas com carteira,

o 12º, dessa vez de 103,2 mil, conforme a média de 12 projeções.

A taxa de desocupação medida pela Pnad

Contínua que passa a substituir a Pesquisa

Mensal de Emprego (PME) como indicador oficial

deve abrir 2,8 pontos percentuais de dist ância

em relação ao nível atingido em fevereiro do ano

passado, 7,4%, a maior registrada até então pela

série.

O aumento do desemprego será pressionado tanto pelo incremento das demissões

quanto por uma maior procura por trabalho. A LCA Consultores estima que a

ocupação recue 1,4% em relação ao mesmo período de 2015, resultado pior do que

o observado no mês de janeiro, 1,1%. A força de trabalho, por sua vez, deve crescer

2%, na mesma comparação.

A taxa de desemprego pode avançar para um nível inferior aos 10,5% estimados,

Bruno Campos, economista da LCA, caso o movimento de avanço do desalento

observado em janeiro se repita no mês seguinte, sinalizando uma tendência. "Os

níveis de ocupação e renda eram compatíveis com uma aceleração maior da força

de trabalho do que o observado na última divulgação [1,8%] ", afirma Campos.

A composição da taxa projetada pela Tendências Consultoria é semelhante, com

queda de 1,4% da população ocupada e avanço de 1,8% da força de trabalho. A

consultoria, segundo o economista Thiago Xavier, estima que a taxa suba para

10,3%.

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A combinação, ainda segundo os cálculos da LCA Consultores, deve levar a massa

de rendimentos a encolher expressivos 3,1% nos três meses até fevereiro, na

comparação com igual intervalo do ano passado, contra uma queda de 2,4% no

período imediatamente anterior, na mesma comparação.

O ritmo intenso de deterioração do emprego também aparece nas estimativas da

consultoria para o Caged referente a março. O corte de 88,5 mil vagas conta com

uma redução expressiva de postos na indústria 33 mil, contra perda de 14 mil

empregos em março do ano passado e na construção 20 mil, nível de perda

semelhante ao apurado no mesmo intervalo do ano passado (18 mil).

"Mas os maiores vilões serão os segmentos de comércio e serviços, com saldo

negativo de 27 mil vagas ", acrescenta Campos.

Diante da retração do rendimento domiciliar, esses setores tendem a desacelerar

mais neste ano e a pressionar os números do mercado formal. A média de sete

projeções para o Caged fechado já aponta resultado muito próximo ao de 2015, com

perda de 1,4 milhão de empregos.

Para o banco Itaú Unibanco, o corte estimado de 95 mil postos em março manteria o

ritmo de destruição de vagas formais observado na série dessazonalizada no

compasso de fevereiro, um saldo negativo de 128 mil.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- CSN recebe oferta para fusão do Sepetiba

Tecon (RJ) Por Fernanda Pires

A TCP, controladora do Terminal de Contêineres de Paranaguá e da empresa de

serviços logísticos TCP Log, propôs à CSN uma fusão com o Sepetiba Tecon, o

terminal de contêineres da siderúrgica de Benjamin Steinbruch. Pelo negócio, a

empresa oriunda da fusão seria controlada pela CSN e pelos acionistas da TCP.

Procuradas, TCP e CSN não se manifestaram.

O Valor apurou que a participação acionária da nova empresa não agradou a

siderúrgica. O modelo de fusão interessa à companhia, mas a fatia de cada um na

nova empresa de operação portuária, que nasceria com um portfólio forte, precisa

ser melhor calibrada para decolar.

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O fundo de private equity Advent detém a maior fatia da TCP 50%. Os outros

acionistas são a operadora mundial de terminais de contêineres APM Terminals e os

grupos locais Pattac Participações, Tucumann, Soifer e Nogar.

de arrendamento com o governo renovado por mais 25 anos. Em troca, investirá R$

1,1 bilhão na extensão do cais, para 1.099 metros, podendo receber

simultaneamente três grandes navios; no aumento do pátio de cargas, para 500 mil

metros quadrados; e em novos equipamentos. Com isso, o terminal ampliará a

capacidade anual de movimentação de 1,5 milhão de Teus (contêiner de 20 pés)

para até 2,5 milhões de Teus.

Já o Sepetiba Tecon tem hoje capacidade para movimentar 650 mil Teus ao ano e

espera conseguir também a renovação do arrendamento, mediante garantia de

investimento para ampliar a oferta de movimentação.

Essa foi a única proposta de fusão que a CSN recebeu pelo terminal, colocado à

venda em 2015. Até então, todas as ofertas foram para aquisição integral da

empresa, mas recentemente a CSN reviu a estratégia e hoje está mais inclinada da

se desfazer apenas de parte do negócio, atraindo um sócio. Por essa razão, os

interessados adaptaram suas ofertas.

Segundo fonte a par do processo, nenhum modelo está descartado tudo vai

depender da oportunidade de cada proposta. Até agora não foi feita nenhuma

vinculante. Hoje, as mais bem avaliadas são a da PSA, de Cingapura, da Terminal

Link (ligada ao armador francês CMA CGM) e que está associada à gestora de

ativos logísticos LOGZ, a da brasileira Multiterminais, e uma mais recente, do grupo

turco Yildirim, com atuação em portos.

O Sepetiba Tecon foi avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão por uma empresa

especializada contratada pela CSN, mas o mercado diz que o valor global do ativo

está alto. A Santos Brasil, companhia que opera quatro terminais, sendo um de

veículos e três de contêineres um deles o maior do Brasil, o Tecon Santos valia

ontem no mercado R$ 1,7 bilhão, de acordo com dados do Valor PRO, serviço de

informações em tempo real do Valor.

A venda do Sepetiba integra o esforço da CSN para baixar sua dívida líquida

ajustada, que encerrou o ano passado em em R$ 26,5 bilhões. A alavancagem,

medida pela relação entre dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos,

depreciação e amortização (Ebitda), fechou em 8,15 vezes, o dobro de 2014. A CSN

também terá de se desfazer de outros ativos

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Usinas farão novo reajuste do aço em maio Por Ivo Ribeiro

Após reajustes de preços de 10% a 12% no início de abril em aços planos, as

siderúrgicas vão aplicar novo aumento, de dois dígitos, em maio. Segundo

informações de consumidores, o grupo ArcelorMittal, maior fabricante local, informou

a seus clientes que vai elevar em 13% os preços dos produtos planos vendidos pela

ArcelorMittal Tubarão.

O Valor apurou que a Usiminas também aplicará aumento de 14% para o segmento

da distribuição. No momento, está em negociações com clientes industriais linha

branca, autopeças, tubos e máquinas e equipamentos , para aplicar no início de

maio, o reajuste de 10% a 11% feito para o setor da distribuição.

Conforme informações, as concorrentes CSN e Gerdau também deverão seguir as

duas outras fabricantes aços planos.

O argumento usado é que a cotação do aço no mercado internacional, puxado

principalmente pela China, teve alta de 61% desde o fim do ano passado. A tonelada

da bobina laminada a quente, referência do mercado, passou, desde então, de US$

260 para US$ 420.

Procurada, a Usiminas informou que não comenta o assunto por estar em período

de silêncio. A empresa divulga seu balanço no dia 25. A CSN também não comenta

a informação. A ArcelorMittal declarou que não fala sobre sua política comercial.

Com esse cenário, apesar da desvalorização do dólar, o prêmio cobrado pelas

usinas no Brasil continua negativo em relação ao preço do aço importado, já

internado. Ao mesmo tempo, as matérias-primas do aço, como o minério de ferro e

carvão, são dolarizadas e também tiveram altas, impactando os custos das usinas.

Isso abre espaço para reajustes, explicou uma fonte do setor.

O Valor apurou que a ArcelorMittal Tubarão está exportando bobina a quente para

países da América Latina a US$ 420 a tonelada, preço FOB, preço superior ao que

tem praticado no Brasil.

O aumento aplicado no início de abril pelas siderúrgicas, informou uma fonte, já foi

engolido por novas altas do aço no último mês nos EUA, US$ 70 a tonelada. Os

reajustes vão atingir consumidores de construção civil, máquinas e equipamentos,

tubos e autopeças. Ficam de fora montadoras de automóveis, que têm contratos

anuais com as usinas.

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Devido a essa perspectiva de reajuste de preços, que reforça o combalido caixa das

siderúrgicas locais, ontem as ações da CSN tiveram alta de 9,91%, a R$ 13,30. O

aumento do preço do minério, para US$ 62,85 a tonelada, também contribuiu. Os

papéis de Usiminas (PNA) e Gerdau subiram 10,62% e 9,18%, respectivamente.

O mercado brasileiro de aço continua deprimido com a retração de demanda nos

principais consumidores devido à crise econômica, e política, do país.

As vendas de aço plano poderá mostrar ligeira recuperação neste mês, na

comparação com um ano atrás, segundo projeção do Instituto Nacional dos

Distribuidores de Aço (Inda). Conforme boletim da entidade, a comercialização em

abril deverá alcançar 271 mil toneladas, 0,8% superior em relação ao volume de

268,7 mil de um ano atrás. Em relação a março deste ano, no entanto, a previsão é

ainda de queda de 7%.

Esse índice poderá mudar, dependendo se as empresas da rede quiserem

aproveitar para comprar antes do novo aumento de preços. Isso se verificou em

março, na última semana, disse Carlos Loureiro, presidente do Inda.

As vendas em março atingiram 291,4 mil toneladas, recuo de 5% na comparação

com mesmo mês de 2015. Os estoques da rede fecharam em 906,8 mil toneladas,

igual ao de fevereiro. As importações recuaram 65,3%, para 50,5 mil toneladas,

devido a dois fatores: o câmbio e a crise brasileira.

Segundo dados do Inda, o consumo aparente do país somou 1,92 milhão de

toneladas no trimestre, queda de 34,3% ante mesmo período do ano passado. "Em

chapa grossa, a retração chegou a 55%, o que mostra o desabamento dos

investimentos em infraestrutura, pois é aço usado em máquinas diversas e agrícolas

e outros equipamentos pesados", afirma Loureiro.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Rhodia planeja dobrar exportação a partir de

SP Por Stella Fontes

A Rhodia, fabricante de especialidades químicas que integra o grupo Solvay, vai

ampliar as exportações de plásticos de engenharia produzidos na fábrica de São

Bernardo do Campo (SP), numa tentativa de compensar os impactos negativos da

crise econômica nas vendas ao mercado doméstico. Até o fim do ano, a meta é

embarcar 40% da produção local de plásticos, praticamente o dobro do volume

exportado em 2015, explica o diretor de Plásticos de Engenharia para as Américas

do grupo, Marcos Curti.

Um dos principais fatores que levaram a Rhodia a acelerar o ritmo das exportações

desses compostos, a partir do ano passado, foi o declínio acentuado da produção de

automóveis no Brasil. Plásticos de engenharia são produtos da cadeia da poliamida

e substituem metais em diferentes aplicações com vistas à redução de peso e

melhoria de design. Além de carros, produtos eletroeletrônicos e outros bens de

consumo levam esse tipo de material.

No país, a Rhodia pode produzir cerca de 50 mil toneladas por ano desses

compostos e estima em 40% sua participação, o que a coloca na liderança de um

mercado que movimenta cerca de 70 mil toneladas por ano. "É muito melhor vender

no Brasil, também por questões logísticas", diz Curti. "Mas a indústria

automobilística vai mal, então fomos buscar caminhos para compensar em parte a

queda no Brasil", acrescenta.

Ao longo de quatro anos, conta o executivo, a fábrica paulista recebeu investimentos

de R$ 20 milhões para prepará-la para atender a uma produção local da ordem de 4

milhões a 5 milhões de carros em 2017 ou 2018. Com a crise, porém, a indústria

automotiva produziu menos de 2,5 milhões de unidades no ano passado. Naquele

momento, as exportações representavam apenas 10% da produção. "O que fizemos,

então, foi acelerar os embarques", diz Curti.

Até 2014, o foco das vendas externas de compostos produzidos na unidade

brasileira o grupo conta com outras cinco fábricas de plásticos de engenharia,

instaladas em outras regiões do mundo estava em países das Américas, entre os

quais Estados Unidos, Argentina, México e Venezuela. Com o novo direcionamento,

o produto brasileiro deve chegará também a clientes da Índia, Irã, Turquia, Coréia do

Sul e China, mercados que até então não receberam plásticos de engenharia da

Rhodia no Brasil de maneira sistemática.

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Com os investimentos realizados no passado, a fábrica brasileira igualou-se às

unidades da França e da Coreia do Sul como plataforma de exportação do grupo. O

principal desafio, conforme o executivo, é mostrar aos clientes internacionais que as

exportações não são apenas oportunistas, decorrentes de um mau momento no

mercado doméstico, e estão inseridas em uma estratégia de negócios mais ampla e

duradoura.

Com pequenos investimentos, acrescenta Curti, a Rhodia poderá ampliar em até

20% a capacidade instalada em São Bernardo, caso haja demanda a ser atendida.

"Mas primeiro vamos consolidar a estratégia de exportação", pondera. No ano

passado, o grupo Solvay registrou vendas líquidas de € 12,4 bilhões em todo o

mundo. A área de químicos de performance, que é formada pelos negócios com

nylon e plásticos de engenharia, respondeu por 30% do resultado operacional

consolidado.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Ibovespa sobe 1,5% em pregão de ganhos de

siderúrgicas e Petrobras Por Chrystiane Silva e Aline Cury Zampieri

O desempenho positivo do preço das commodities no mercado internacional ajudou

a sustentar a alta do Ibovespa no pregão de ontem. O valor do barril do petróleo

subiu quase 3% e a cotação da tonelada do minério de ferro teve alta de 4%. As

ações de empresas ligadas a esses setores registraram os maiores ganhos no

Ibovespa, que subiu 1,54%, a 53.710 pontos.

O destaque do dia foi o papel PNA da Usiminas, que subiu 10,62%, seguida por

CSN ON, com alta de 9,91%, e Gerdau PN (9,18%). As empresas siderúrgicas

também foram beneficiadas por um novo aumento no preço do aço, que está

previsto para maio. Petrobras foi outro destaque do pregão. Sua ação ON subiu

5,44%, e a PN ganhou 4%.

No cenário político, o presidente do Senado, Renan Calheiros, informou que os

blocos partidários terão 48 horas para indicar os integrantes da comissão que vai

analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A comissão

deve ser eleita no dia 25 de abril e será responsável por dar o parecer sobre a

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admissibilidade do impeachment. "O bom humor do mercado aumentou com a ida

do processo de impeachment para o Senado", disse Ari Santos, gerente de mesa

Bovespa da H.Commor.

Para o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, o Ibovespa deve manter a

tendência gráfica de alta nos próximos dias, movimento que não foi ameaçado

desde seu início, em meados de fevereiro. Segundo Figueredo, o alvo de médio

prazo para a bolsa é de 57.500 pontos. Caso reverta a tendência de alta, dificilmente

o Ibovespa alcançará o patamar mais baixo desse movimento, em torno de 37 mil

pontos, porque os preços das commodities subiram e valorizaram os ativos. Ontem,

as ações com as maiores baixas foram Embraer ON (2,78%), Lojas Americanas PN

(1,69%), CCR ON (1,31%) e Telefonica Brasil PN (1,22%).

No mercado internacional, o setor de tecnologia pesou nas bolsas de Nova York e

levou o Nasdaq ao território negativo. Ao mesmo tempo, segurou altas maiores do

Dow Jones e do S&P 500. A fraqueza de papéis de companhias como Netflix e IBM,

no entanto, foi compensada pelo otimismo com balanços melhores que o esperado

de algumas blue chips, como Goldman Sachs e Johnson & Johnson.

O Dow Jones fechou em alta de 0,27%, para 18.053,60 pontos, no maior patamar

em nove meses. O S&P 500 avançou 0,31%, aos 2.100,80 pontos, mais alto nível

desde dezembro. O Nasdaq teve baixa de 0,40%, a 4.940,33 pontos. (Com agências

internacionais)

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Commodities ajudam a prever movimentos do

câmbio, diz estudo do BIS Por Alex Ribeiro

Depois de errar muito e passar vexame, a maior parte dos economistas deixou de

tentar prever a direção da cotação do dólar, assumindo que ela flutua aleatoriamente

para baixo ou para cima, ao sabor das novas informações que surgem no noticiário.

Mas um estudo econômico que acaba de ser publicado mostra que os preços das

commodities ajuda a antecipar aonde vai a taxa de câmbio num período de até dois

meses à frente. A conclusão vale para um conjunto de onze países que exportam

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produtos básicos, entre eles o Brasil. O título do estudo, "Quando o Passeio não é

Aleatório: Preços das Commodities e Taxas de Câmbio", é uma referência à teoria

mais popular entre os economistas para prever o câmbio. A teoria do passeio

aleatório (mais conhecida pela expressão em inglês "random walk") basicamente diz

que não é possível prever o próximo movimento da taxa de câmbio.

Seu pressuposto é que o mercado é eficiente e, portanto, todas as informações

disponíveis que afetam a cotação do dólar já estão no preço. Assim, o câmbio só

mexe a cada informação que surge em cada momento, que são imprevisíveis. O

trabalho foi feito por três economistas do Banco de Compensações Internacionais

(BIS, o banco central dos bancos centrais), Emanuel Kohlscheen, Fernando Avalos

and Andreas Schrimpf. O texto está disponível na página do BIS na internet com o

título em inglês "When the Walk is not Random: Commodity Prices and Exchange

Rates". Ele não reflete necessariamente a opinião do organismo.

Kohlscheen, que antes estava no BC brasileiro, é um especialista em câmbio. Ele

publicou um estudo em 2013, mostrando que o real está num grupo de moedas cujo

valor depende da cotação de commodities. Na época, ele constatou que uma alta de

25% no preço de uma cesta formada por cinco produtos exportados pelo Brasil leva

a uma valorização de 10% no câmbio. Agora, os três economistas do BIS vão

adiante, não só explicando o passado, mas olhando o futuro.

Eles construíram um índice de preços de commodities exportadas para cada uma

das onze economias do estudo, incluindo países desenvolvidos, como Canadá e

Austrália, e emergentes, como Colômbia, Rússia e Brasil.

Com ferramentas matemáticas e estatísticas, eles investigaram como esse índice de

preços antecipa a evolução futura da taxa de câmbio. "Descobrimos que os preços

das commodities prevê os movimentos de taxas de câmbio de países exportadores

de commodities com até dois meses de antecedência", conclui o estudo, quando usa

uma metodologia em que trabalha com o conjunto de dados de todos os países.

Essa não é pesquisa de interesse restrito aos círculos mais acadêmicos a questão

tem sido investigada também por economistas do mercado, que tentam entender os

movimentos do câmbio em meio tanto à queda dos preços das commodities quando

do processo de normalização da política monetária em economias desenvolvidas.

O Bank of America Merrill Lynch publicou há alguns dias estudo sobre o assunto,

com o propósito de ajudar os clientes a tomarem decisões sobre quais moedas

devem comprar e quais devem vender.

"Muito se falou e escreveu sobre a política monetária de países desenvolvidos", diz

o texto. "O que interessa, entretanto, é que para países emergentes os preços das

commodities nunca foram um fator tão importante como agora, enquanto

ultimamente a política monetária dos Estados Unidos perdeu força para explicar

flutuações no câmbio."

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Os três economistas do BIS usam mais de uma metodologia para testar se a

conclusão é verdadeira. Uma delas trabalha com dados do índice de commodities

em intervalos de tempo no passado para ver se ele será capaz de prever o que vai

acontecer no momento logo adiante. A conclusão é que, mesmo nessa situação, as

commodities melhoram a previsão da direção da taxa de câmbio em relação à teoria

do passeio aleatório.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Odebrecht Óleo e Gás não paga juros de

bônus Por Daniela Meibak

A Odebrecht Óleo e Gás não fez o pagamento dos juros no valor de US$ 9,6

milhões corresponde à remuneração de 7% da emissão de US$ 550 milhões em

bônus perpétuos, vencidas em 17 de março. A companhia teve um período de cura

prazo em que poderia fazer o pagamento sem que isso fosse considerado quebra de

contrato de 30 dias, antes do evento ser considerado default, e o prazo acabou no

fim de semana.

A companhia segue em negociação com detentores do bônus com vencimento em

2022 e até a conclusão desse processo, busca preservar sua liquidez para seguir

operando normalmente. A empresa diz que analisa soluções para o fortalecimento

de sua posição financeira de curto e longo prazo.

Desde o ano passado a empresa renegocia com os detentores de bônus emitidos

em 2013. A garantia desses papéis eram os navios-sonda alugados pela Petrobras

e, em setembro do ano passado, a petroleira encerrou o contrato do navios-onda

ODN Tay IV. A quebra de contrato poderia dar aos investidores dos títulos a

possibilidade de vencimento antecipado dos títulos, motivo das negociações em

curso.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Justiça autoriza sociedade unipessoal de

advogado a participar do Simples Por Adriana Aguiar

A Justiça Federal autorizou advogados autônomos a participar do Simples Nacional.

A decisão é da juíza federal substituta Diana Maria Wanderlei da Silva, da 5ª Vara

Federal do Distrito Federal. A magistrada concedeu antecipação de tutela (espécie

de liminar) em pedido feito pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB), em caráter coletivo.

De acordo com a decisão, a sociedade unipessoal de advocacia deve ser incluída no

sistema simplificado de tributação. A juíza ainda estabeleceu um prazo de cinco dias

para que a Receita Federal retire do seu site o comunicado pelo qual diz que essas

sociedades não se submetem ao Simples e ainda dê ampla divulgação à decisão

judicial.

Como foram negados vários pedidos a advogados que pretendiam aderir ao

Simples, a magistrada ainda determinou que a Receita dê mais 30 dias do prazo

sinalizado para que os profissionais possam optar pelo sistema simplificado. Por fim,

estabeleceu multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão e

determinou o envio de cópias da decisão ao Ministério Público Federal, diante do

possível incurso em crimes de desobediência e prevaricação. A Receita Federal já

recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

Em janeiro, com a publicação da Lei nº 13.247, que alterou o Estatuto da Advocacia,

foi aberta a possibilidade de advogados trabalharem sozinhos e atuarem como

pessoa jurídica, sem a necessidade de participação em bancas. Com a mudança,

advogados tentaram aderir ao Simples.

A Receita Federal, porém, encaminhou nota sobre o assunto ao Ministério da

Fazenda, além de incluila em seu site, com a afirmação de que sociedade individual

de advogado não poderia optar pelo regime, por não existir previsão legal. Para o

órgão, embora a lei complementar tivesse inovado com a possibilidade de adesão

ao regime simplificado para serviços advocatícios, esse tipo de sociedade não

estaria enquadrada no artigo 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006.

O artigo diz que poderiam participar as microempresas ou empresas de pequeno

porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de

responsabilidade limitada (Eireli) e o empresário devidamente inscrito no Registro de

Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Porém, não há

menção à sociedade unipessoal.

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Para Luiz Gustavo Bichara, procurador tributário do Conselho Federal da OAB,

qualquer sociedade de advogados é uma sociedade simples, exatamente por não

ser empresária. Além disso, afirma que é possível equiparar a sociedade unipessoal

de advocacia a uma Eireli.

De acordo com o procurador tributário, "a decisão representa um reconhecimento

imediato muito importante de todos os fundamentos que motivaram a edição da Lei

nº 13.247, prestigiando a isonomia entre os contribuintes e a melhor interpretação do

ordenamento jurídico tributário do Brasil".

Na decisão, a juíza ressalta que "há uma grande parcela de profissionais da

advocacia que estão na informalidade, principalmente os recém-ingressos na

atividade, que passam a não contribuir para o sistema, uma vez que se sujeitam a

regras tributárias mais rigorosas". Para a magistrada, resta claro que o Poder

Legislativo, quando criou a figura jurídica da sociedade unipessoal de advocacia,

objetivou que obrigações e direitos fossem estendidos a esta, de acordo com as

peculiaridades da Eireli.

Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da Receita Federal informou que

não vai se manifestar sobre o assunto.

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Fonte: Valor Econômico

20/04/2016

- Corretoras de seguros: vitória adversa Por Felipe Kneipp Salomon

No dia 10 de fevereiro foram publicados importantes acórdãos do Superior Tribunal

de Justiça (STJ) reduzindo de 4% para 3% a alíquota da Cofins devida pelas

sociedades corretoras de seguros. No entanto, de acordo com entendimento da

Receita Federal, essa vitória implicará significativa derrota àquelas sujeitas ao lucro

real: a passagem ao regime não cumulativo, com alíquota de 7,6% de Cofins (e

1,65% de PIS).

O Fisco equivocadamente equiparava as corretoras às instituições autorizadas a

funcionar pelo Banco Central do Brasil referidas no art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212, de

24 de julho de 1991. Por isso, incluía tais sociedades no regime cumulativo instituído

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pela Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e as submetia à alíquota da Cofins

de 4% prevista no art. 18 da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003.

Diversas corretoras buscaram no Judiciário o reconhecimento do direito de contribuir

à Cofins à alíquota de 3% aplicável às demais pessoas jurídicas submetidas ao

regime cumulativo, afastando a alíquota especial de 4% devida apenas pelas

entidades financeiras e equiparadas.

Corretoras sujeitas ao lucro real e que não puderem migrar para o lucro

presumido, sofrerão aumento da carga tributária

O tema chegou ao Superior Tribunal de Justiça, que depois de reiterados julgados,

assentou em dois repetitivos (Recursos Especiais 1.391.092 e 1.400.287) não se

confundirem as sociedades corretoras de seguros com as instituições financeiras ou

com os agentes autônomos de seguros privados elencados no art. 22, § 1º, da Lei nº

8.212/91, razão pela qual também não se sujeitam à alíquota majorada da Cofins de

4%.

A Receita Federal acolheu esse entendimento e editou a Instrução Normativa nº

1.628, 17 de março de 2016, expondo que as corretoras não mais estão incluídas no

rol do inciso II do art. 1º da Instrução Normativa nº 1.285, de 13 de agosto de 2012.

Isso acabou por excluir as corretoras sujeitas ao lucro real do regime cumulativo do

PIS e da Cofins (alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), com sua consequente

inclusão no regime não cumulativo (alíquotas de 1,65% e 7,6%).

A nosso ver, a IN nº 1.628 não ofendeu o princípio da legalidade estrita, pois as

corretoras de seguros jamais estiveram contempladas no rol da Lei nº 8.212/91; elas

eram equiparadas às entidades lá mencionadas apenas por interpretação

equivocada do Fisco. A Receita Federal apenas se adequou à decisão do STJ,

culminando na exclusão dessas sociedades da regra especial de tributação e na sua

submissão à regra geral.

O ministro Mauro Campbell, relator dos mencionados repetitivos, bem alertou em

seu voto que o enquadramento pretendido valeria para todos os efeitos tributários,

devendo as corretoras respeitar o regime jurídico próprio, cujos reflexos

transbordariam o referido julgamento.

Os efeitos da IN nº 1.628 devem ser prospectivos, pois o referido ato administrativo

entrou em vigor quando de sua publicação. Ou seja, apesar da decisão do STJ, a

Receita deve manter o entendimento de que antes desse evento, as corretoras

estavam incluídas no rol da Lei nº 8.212/91 para fins de sujeição ao regime

cumulativo do PIS e da Cofins, com a aplicação das alíquotas de 0,65% e 3% sobre

seu faturamento.

Ademais, tratandose de alteração de entendimento em desfavor dos contribuintes,

imperioso que esse novo critério produza efeitos somente a fatos geradores

posteriores à inovação, conforme o dispõem o art. 146 do Código Tributário Nacional

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(CTN) e o art. 150, III, 'a', da Constituição Federal, como decidiu o STJ ao analisar

tema semelhante (ver EREsp n. 315.457).

Nessa toada, e tendo em vista a necessária preservação da segurança jurídica e da

previsibilidade, é impositivo que a Administração Tributária observe também o

princípio da anterioridade nonagesimal contemplado no art. 195, § 6º, da

Constituição Federal.

A IN nº 1.628/16 também não pode ser entendida como norma interpretativa (art.

106 do CTN), o que autorizaria sua aplicação retroativa, pois o Fisco já havia

afirmado, reiteradamente (Solução de Divergência nº 26/2011 e Ato Declaratório

Interpretativo RFB nº 17/2011), que as corretoras estariam elencadas no rol da Lei

nº 8.212/91. Assim, ao editar o mencionado ato, a Receita Federal inovou: alterou o

entendimento então vigente e majorou as alíquotas das contribuições.

E quanto ao outro lado da moeda? Poderiam as corretoras pedir a repetição da

Cofins recolhidas a maior dos últimos cinco anos em razão do equivocado

enquadramento promovido?

Em outras palavras, não fosse pela indevida equiparação, as corretoras não teriam

se sujeitado ao recolhimento da Cofins à alíquota de 4%; não fosse por essa mesma

equiparação, estariam obrigadas a contribuir à Cofins à alíquota de 7,6% desde

2004 e ao PIS à alíquota de 1,65% desde 2002, época em que as Leis 10.637, de 30

de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, passaram a produzir

efeitos, respectivamente.

Em relação às corretoras sujeitas ao lucro presumido, não há dilemas: com ou sem

interpretação equivocada, elas estariam sujeitas ao regime cumulativo do PIS e da

Cofins (arts. 8º, II da Lei nº 10.637/02 e 10º, II da Lei nº 10.833/03). Assiste a essas

o direito de repetir o excesso pago ao longo dos anos, por ser derivado de

interpretação errônea da lei.

Quanto às corretoras sujeitas ao lucro real, ante a irretroatividade da IN nº

1.628/2016, entendemos ser possível pleitear a inaplicabilidade do art. 18 da Lei n.

10.684/03 até 21 de março deste ano, para garantir o direito ao recolhimento da

Cofins cumulativa à alíquota de 3%, regime a elas aplicável unicamente em razão da

própria interpretação da Receita Federal, e repetir o excesso.

Em síntese, as corretoras sujeitas à tributação pelo lucro presumido só terão a

ganhar com a recente decisão do STJ e com a IN nº 1.628/2016, tanto em relação

ao passado quanto ao futuro. Já aquelas sujeitas à tributação pelo lucro real e que

não puderem, por qualquer razão, migrar para o lucro presumido, sofrerão brutal

aumento da carga tributária no futuro.

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Fonte: O Globo

19/04/2016

- Impasse mantém pressão sobre mercado

petrolífero Disputa regional entre Arábia Saudita e Irã inviabiliza acordo com países da Opep e Rússia para

reduzir o excesso de produção no mercado global

POR EDITORIAL

Reunidos em Doha (Qatar), no domingo, os principais produtores mundiais de

petróleo não chegaram a um acordo para reduzir a produção e ajudar a reequilibrar

os preços do barril. O encontro entre representantes da Opep e a Rússia tinha como

meta estabelecer um compromisso comum de corte das exportações. Porém, a

Arábia Saudita, maior produtor do cartel, se recusou a reduzir a cota sem que

houvesse uma contrapartida do Irã.

O país persa, que sequer participou do encontro de Doha, voltou ao mercado há

alguns meses, após a suspensão das sanções econômicas devido ao acordo

nuclear. Segundo o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Namdar Zanganeh, se o país

congelar sua produção ao patamar de fevereiro, como querem os produtores da

Opep, não poderá se beneficiar do fim do embargo econômico. O impasse entre os

dois países não se resume a uma mera disputa por mercados petrolíferos. A

rivalidade geopolítica regional entre Arábia Saudita, potência sunita no Oriente

Médio, e o Irã, arqui-inimigo xiita, contamina as negociações.

O fracasso de Doha derrubou ontem o preço do barril do Brent (referência

internacional), que chegou a cair 6,8% em relação à sexta-feira, antes de se

recuperar no fim da sessão, com a notícia de que uma greve no Kuwait reduziu a

produção do país em 60%, para 1,1 milhão de barris diários. No fim do pregão, a

cotação do Brent recuou 0,4%, para US$ 42,92. Este valor, comparado ao pico de

2008, alcançado alguns meses antes do início da crise financeira global, representa

uma desvalorização de 70,6%, queda suficientemente poderosa para mudar a

realidade do mercado petrolífero.

Inundar o mercado com excesso de petróleo fez parte da estratégia saudita para

inviabilizar os investimentos americanos no gás não convencional, como o de xisto,

2ª PARTE

NOTICIAS DO DIA 19/04

Page 26: - Minério de ferro sobe com forte demanda por aço na China ...O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 aponta para uma tendência explosiva do déficit do Regime

cuja produção colocou os EUA na liderança do mercado. Também reduziu

consideravelmente a dependência de Washington em relação a Riad (o que permitiu

que o governo Obama negociasse com o Irã o acordo nuclear, contra os interesses

sauditas).

Um preço do barril abaixo de US$ 40 inviabiliza os investimentos para a exploração

do xisto nos EUA, que exige tecnologias caras. Mas a longa desvalorização da

cotação também traz efeitos nocivos à economia dos países produtores. Não à toa,

a Arábia Saudita anunciou no início do mês um amplo pacote econômico para

reduzir sua dependência à commodity.

O pré-sal brasileiro também é afetado pelo recuo da cotação do barril. É mais um

problema para o país, porque desestimula investidores, já atingidos pela legislação

estatista do pré-sal. Por outro lado, a desvalorização do petróleo ajuda a Petrobras,

cujos preços internos estão mais altos que no exterior, o que a ajuda a melhorar o

caixa, bastante avariado pelo petrolão e o subsídio eleitoreiro de 2014.

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Fonte: O Globo

19/04/2016

- Minério de ferro sobe com forte demanda por

aço na China No entanto, país precisa agir sobre excesso de capacidade siderúrgica, alerta os EUA

O recente rali dos preços do aço na China será insustentável diante do aumento da produção pelas

usinas, afirmou a Cisa - Andrey Rudakov / Bloomberg

MANILA/WASHINGTON/XANGAI - O preço do minério de ferro subiu nos mercados

futuros e à vista nesta terça-feira, acompanhando alta no aço, que tocou a máxima

em mais de um ano em meio diante da forte demanda sazonal no maior mercado

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consumidor, a China, o que reduziu estoques de produtos de aço para construção

ao menor nível desde janeiro.

Uma alta nas atividades de construção após o feriado do Ano Novo Lunar na China,

em fevereiro, alimentou a recuperação nos preços do aço, incentivando as usinas a

aumentarem a produção e elevando também a demanda pela matéria-prima da

commodity, o minério de ferro.

Em março, a produção chinesa de aço bruto atingiu recorde de 70,65 milhões de

toneladas. O contrato de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian fechou

em alta de 3,8%, a 433,50 iuanes, após tocar o pico de 435 iuanes. Na segunda-

feira, o contrato tocou 436 iuanes, máxima desde 3 de novembro de 2014. Os

preços spot do minério de ferro também tiveram alta, de 3,17%, para US$ 61,80,

segundo o The Steel Index.

EXCESSO DE CAPACIDADE SIDERÚRGICA

No entanto, apesar do resultado positivo, a China precisa tomar "medidas concretas"

para reduzir o excesso de produção e capacidade de sua indústria siderúrgica ou

enfrentará possíveis ações comerciais de outros países, afirmaram autoridades dos

Estados Unidos.

O alerta foi feito depois do fracasso na tentativa de se alcançar acordo sobre

medidas capazes de lidar com a crise do mercado global de aço durante uma

reunião realizada na segunda-feira em Bruxelas. O encontro reuniu ministros e

autoridades comerciais de mais de 30 países.

— A menos que a China comece a tomar ações concretas para reduzir seu excesso

de produção e capacidade em indústrias incluindo a de aço (...) os problemas

estruturais fundamentais na indústria continuarão e os governos afetados, incluindo

os Estados Unidos, não terão alternativas além de ações comerciais para evitarem

danos a suas indústrias domésticas e trabalhadores — disseram a secretária de

Comércio dos EUA, Penny Priztker e o representante comercial do país, Michael

Froman, em comunicado.

RALI NOS PREÇOS DO AÇO

O recente rali dos preços do aço na China será insustentável diante do aumento da

produção pelas usinas, afirmou nesta terça-feira a Associação de Ferro e Aço da

China (Cisa).

A entidade espera que medidas governamentais para impulsionar a economia

sustentem a demanda doméstica por aço e alertou em relatório mensal que o

crescente protecionismo no sudeste da Ásia e na Europa vai tornar as exportações

mais difíceis.

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Fonte: O Globo

19/04/2016

- Marinha impõe sigilo de cinco anos sobre

pesquisas no Rio Doce Pesquisador denuncia que assim, não há como estimar os danos do desastre

POR O GLOBO

Rastro de morte. Em Resplendor, em Minas Gerais, a lama com rejeitos químicos deixa peixes mortos

nas margens do Rio Doce - Fabio Braga/15-11-2015

VITÓRIA - O resultado das pesquisas feitas por um navio da Marinha do Brasil na

foz do Rio Doce está sob sigilo por cinco anos, limitando o acesso apenas à União.

A pesquisa mostra o impacto da lama de rejeitos da mineradora Samarco, que

poluiu o rio e parte do mar no Norte do Espírito Santo, após o rompimento de uma

barragem. Segundo pesquisadores, a restrição impede a estimativa dos danos do

desastre.

Apesar de ter como uma das propostas utilizar os dados das análises na região para

que órgãos de diferentes esferas do governo desenvolvessem ações de

recuperação da área, o documento não está à disposição da sociedade. O navio

hidroceanográfico Vital de Oliveira realizou pesquisas no distrito de Regência,

município de Linhares, no Norte do estado, em novembro de 2015.

De acordo com Edmar Camata, membro da ONG Transparência Capixaba e um dos

integrantes do Fórum Capixaba de Entidades em Defesa da Bacia do Rio Doce, os

órgãos solicitaram à Marinha do Brasil o acesso ao resultado das pesquisas, mas a

resposta foi negativa.

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A alegação é de que o documento estava classificado como ―informação sigilosa‖. O

termo de classificação de informação, que coloca o documento na condição de

reservado, foi publicado em 11 de janeiro de 2016.

Para Camata, os resultados são ―relevantes para a sociedade", e ―impedir que os

cidadãos saibam o real conteúdo da pesquisa inflige a Lei de Acesso à Informação‖:

— Existe uma carência muito grande de informação. Não há como estimar os danos

produzidos pelo desastre, pela tragédia criminosa que se abateu na bacia do Rio

Doce, sem informações.

INSTITUIÇÃO NÃO FALA SOBRE SIGILO

A Marinha do Brasil informou que conforme tratado entre todos os envolvidos no

processo de pesquisa, caberia à instituição repassar aos órgãos ambientas os

resultados dos dados coletados, o que foi feito em 11 de janeiro, para então ser

emitido, por aqueles órgãos competentes, um parecer técnico conclusivo do impacto

ambiental. Em relação ao status de sigilo do relatório, a Marinha não se posicionou.

O Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema) informou, por nota,

que recebeu o documento da Marinha, mas em caráter reservado. Os resultados

obtidos até o momento com esta análise integrada das informações foram

apresentados em um seminário realizado com pesquisadores da Universidade

Federal do Espírito Santo (Ufes) e de outras universidades do país, além de

representantes do Iema, Tamar, ICMBio e Ibama.(Com G1)

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Fonte: Estadão

19/04/2016

- Os desafios para a retomada do crescimento

sustentável Nathan Blanche*

Os números da economia brasileira são alarmantes. A inflação para o consumidor

está perto de 10%, o déficit público alcançou 10,75% em fevereiro, a taxa de

desemprego está em 9,5% (última Pnad Contínua) e o resultado acumulado do PIB

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esperado para os últimos anos (2015 e 2016) está em cerca de -8,0%. Brasil nota

10!

Infelizmente, o País passa por um processo de deterioração política, econômica e

social (sem falar da ética e da moral). O caos econômico teve início no final do

segundo mandato Lula e foi intensificado pela sua sucessora a partir de 2011, com a

implantação da Nova Matriz Econômica, cujo objetivo era elevar o crescimento da

economia brasileira via estímulos à demanda.

Os resultados ruins desse modelo econômico populista não tardaram a aparecer.

Como já apontava o Prêmio Nobel de Economia e defensor do liberalismo

econômico Frederich A. Hayek, toda tentativa de centralização da atividade

produtiva gera resultados desastrosos. E, após desempenhos decepcionantes, tudo

indica que o liberalismo econômico - que se expandiu após o colapso do fascismo e

do comunismo, afetando União Soviética, Alemanha e países asiáticos - parece ter

chegado à nossa região. Na América Latina, os países que hoje fazem parte do

―Pacto do Pacífico‖, Chile, México e Peru, foram pioneiros na adoção de políticas

econômicas fundadas no liberalismo econômico e na democracia. Evidências

recentes podem ser vistas na eleição de Mauricio Macri, na Argentina, após décadas

do peronismo, e, não menos emblemática, na visita do presidente Barack Obama a

Cuba. Não resta dúvida de que Brasil, Venezuela e Bolívia devem aderir ao

movimento.

Os desequilíbrios estão evidentes no aumento expressivo da inflação e do déficit

fiscal e na brusca queda do PIB. A consequência do elevado déficit fiscal é o

aumento explosivo da dívida pública, que alcançou 66% ao final de 2015, ante 51%

em janeiro de 2011. Este ano, deve alcançar 73,5%.

A implicação deste cenário é um aumento de desempregados e de empresas em

dificuldade financeira. A renda das famílias brasileiras está em processo de

deterioração. Em 2015, 2,35 milhões de famílias que estavam na classe de renda

―C‖ voltaram para as classes ―D‖ e ―E‖. Com a manutenção da atual trajetória, 5,1

milhões de famílias terão regressado às classes ―D‖ e ―E‖.

Confiança. Para readquirir a confiança dos agentes econômicos, um primeiro passo

seria a nomeação de uma equipe econômica com credibilidade, cujo objetivo fosse o

restabelecimento de uma política econômica responsável, baseada em metas de

inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.

Em razão da elevada restrição fiscal, a agenda de concessões e privatizações

poderia ser atacada prioritariamente, não só pelos efeitos positivos para a economia,

mas também para as finanças públicas, por meio da geração de receitas não

recorrentes num período de consecutivos déficits primários.

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A agenda de reformas estruturais, já bastante conhecida, certamente contribuiria

para a retomada do crescimento, mas num governo de transição, cujo desafio é a

sustentação da base política, o seu amplo avanço é pouco provável. De todo modo,

estariam nessa lista especialmente uma reforma trabalhista, tributária e fiscal, com

destaque para a reforma da Previdência.

Adicionalmente, a melhora do ambiente de negócios, que incluiria a

desburocratização de processos e a retomada da credibilidade das agências

reguladoras, contribuiria para a recuperação do crescimento econômico.

Por fim, o encaminhamento de um processo de abertura comercial, incluindo a

reaproximação com Estados Unidos e Europa, ajudaria não só no sentido de ampliar

o acesso a mercados mundiais relevantes, mas também à promoção de uma maior

competição interna e o acesso a novas tecnologias.

Ainda que ocorram mudanças no governo no curto prazo e, consequentemente, na

condução da política econômica, o preço da ―aventura‖ dos últimos anos será alto. O

País enfrentará, pelo menos, mais alguns anos de baixo crescimento econômico e

desemprego elevado, diante das necessidades de corrigir os erros do passado. Mas

uma equipe com credibilidade e uma agenda econômica bem definida já seriam um

passo na direção correta.

*SÓCIO-DIRETOR DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA VOLTAR

Fonte: Estadão

19/04/2016

- Estratégia envolve diálogo com CNI e Fiesp ERICH DECAT, ADRIANO CEOLIN - O ESTADO DE S.PAULO

Temer passará a semana na capital paulista para ampliar contatos com o setor produtivo e

empresarial

BRASÍLIA - O vice-presidente Michel Temer vai passar a semana em São Paulo

para acertar a estratégia de seu governo após a Câmara autorizar a abertura do

processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Depois de dedicar os

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últimos dias para negociar em Brasília com deputados votos pelo afastamento da

petista, o peemedebista quer ampliar contatos com agentes do setor produtivo e

empresarial.

Ciente de que não terá muito tempo para dar respostas à crise, ele estuda a

formação de um Ministério que lhe dê respaldo político imediato. Para tanto, quer

consultar sociedade civil, mercado e partidos do Congresso. A avaliação é a de que

se desenha a busca por um programa com base consensual.

Temer e seu grupo vão intensificar as conversas com representantes de vários

setores a fim de coletar o sentimento e as sugestões de propostas para tirar o País

da crise. Na lista de interlocutores estão entidades como a Confederação Nacional

da Indústria (CNI), a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Câmara

Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Instituto de Estudos para o

Desenvolvimento Industrial.

Na relação com o empresariado, o vice também deve contar com ajuda do

presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que é filiado ao PMDB e foi candidato a governador

de São Paulo pelo partido em 2014. O dirigente deverá ser, no entanto, um

empecilho para qualquer proposta de aumento de tributos. Em 2015, a Fiesp liderou

um campanha contra o recriação da CPMF.

Programa. A formulação de um novo programa de governo será realizada

simultaneamente aos desdobramentos do processo de impeachment no Senado.

Conforme revelou o Estadão.com.br, o presidente do Senado, Renan Calheiros

(PMDB-AL), trabalha com a possibilidade de a votação no plenário ocorrer apenas

em setembro.

A expectativa de parte da cúpula do Senado é de que a Comissão Especial que

tratará sobre o tema finalize as atividades em 10 de maio. Renan entende que é

preciso ter ―cautela‖ e que o trâmite do impeachment na Casa deve seguir

estritamente o que prevê o regimento.

No grupo de Temer, a avaliação é de que, até a votação da Comissão Especial, é

preciso construir credibilidade perante os agentes econômicos e adquirir o mínimo

de popularidade para conseguir tomar as medidas que são necessárias para o

controle da crise econômica.

Entre as ideias já aventadas pelo vice estão a redução e a fusão de ministérios.

Trata-se de uma proposta antiga do PMDB, mas que sempre enfrentou dificuldades

de ser aplicada, pois os partidos não querem ceder.

Um aliado de Temer que já ocupou cargo no Ministério de Dilma defende que o

PMDB ceda espaço aos aliados. ―O PMDB terá a Presidência da República, não

pode ter tudo. Caso contrário, cometerá o mesmo erro do PT‖, avaliou. Ele lembrou

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ainda que, para passar na Câmara, o impeachment contou com o voto de 19

partidos.

Temer e seus aliados acreditam que o governo e o PT ainda podem atrapalhar se

conseguirem ―equilibrar o debate‖ com a sociedade. A crise econômica é muito

―aguda‖ e ele precisará ―tomar medidas impopulares‖ num momento de

―conflagração política‖.

Comunicação. Nesse sentido, o vice vai investir numa estratégia de comunicação

para convencer a imprensa internacional de que um eventual governo dele é

―legítimo e constitucional‖. Ontem, em São Paulo, Temer se reuniu- com o ex-

ministro Moreira Franco para discutir o assunto. Ele levou para a conversa o ex-

ministro Thomas Traumann (Secretaria de Comunicação).

A ideia é marcar uma série de entrevistas com veículos internacionais, nos moldes

do que fizeram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma

Rousseff antes da votação do processo de impeachment na Câmara. VOLTAR

Fonte: Estadão

19/04/2016

- Os resultados modestos do leilão de

transmissão A oferta de melhores condições para as concessões de transmissão de energia não

bastou para que o leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) fosse bem-sucedido. Apenas 14 dos 24 lotes oferecidos atraíram

investidores e o volume de investimentos comprometido, de R$ 6,87 bilhões, mal

superou 56% do total de R$ 12,2 bilhões previsto pela agência reguladora, que

esperava a criação de 27,6 mil vagas. A receita anual permitida (RAP) aos

vencedores é de R$ 1,36 bilhão, muito inferior ao teto de R$ 2,5 bilhões.

Em resumo, a rede de transmissão continuará insuficiente para atender à demanda.

Foram ofertadas 36 linhas de transmissão com 6.097 km de extensão e 27

subestações, em 18 Estados, mas só 3.402 km foram contratados.

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Os investidores sempre viram a transmissão como um dos melhores segmentos do

setor, propiciando renda estável durante os 30 anos dos contratos. Mas poucos

entre os grandes investidores em energia participaram do leilão, a começar da

Eletrobrás, em graves dificuldades financeiras, com prejuízo de R$ 14,4 bilhões em

2015 e de R$ 30,6 bilhões entre 2012 e 2015 e que espera um acerto de contas com

a União para voltar aos certames.

Com a exceção da gigantesca State Grid chinesa, que arrematou dois lotes, os

demais foram vencidos por grupos que já investiam no setor (Alupar e Taesa) e

outros de menor porte ou que não haviam participado de leilões anteriores, como

WTorre e Pátria Investimentos – que arrematou o maior dos lotes oferecidos, com

linhas nos Estados do Ceará, Maranhão e Piauí. O BNDES aumentou de 50% para

70% o porcentual máximo de financiamento dos investimentos, mas nem assim

houve oferta para todos os lotes.

Não há dúvida de que o nível de incerteza e a recessão afetaram o certame, admitiu

um diretor da Aneel, José Jurhosa. ―Mesmo que aparentemente se possa achar que

o leilão não foi dos melhores, R$ 7 bilhões é muito dinheiro para o atual momento

econômico‖, justificou. Mas o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Salles,

notou que a frustração registrada na concessão de dez lotes trará ―um gargalo‖ no

sistema de transmissão. Há algumas semanas, o grupo espanhol Abengoa,

vencedor de uma linha de transmissão entre Belo Monte e o Rio, pediu recuperação

judicial.

Desde 2014 os leilões de transmissão despertam pouco interesse. O quadro só deve

melhorar com a volta da confiança na economia. VOLTAR

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Fonte: petronoticias.com.br

19/04/2016

- MÉXICO ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO

ENERGÉTICA COM DINAMARCA Contextos de crise são importantes na união de

forças para superar o momento ruim. No caso da

indústria de óleo e gás não vem sendo diferente,

com processos de joint-ventures, acordos

intergovernamentais, fusões e outros processos. Na

última segunda-feira (18), foi a vez de México e

Dinamarca se alinharem, através de um acordo de

cooperação no setor energético.

O documento foi assinado pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto (foto), e

pelo ministro de Energia, Serviços Públicos e Conservação Ambiental dinamarquês,

Lars Christian Lilleholt , durante uma visita de Peña Nieto à Copenhagen. Parte do

acordo também prevê a aproximação da agência de exploração de crédito

dinamarquesa, Eksport Kredit Fonden (EKF), e o banco de negócios estrangeiros

Bancomext, para que avaliem em conjunto projetos de energia.

As relações comerciais entre os países são antigas, com o presidente mexicano

destacando o posicionamento do país na economia dinamarquesa. De acordo com

Peña Nieto, o México é o segundo maior comprador de produtos dinamarqueses na

América Latina, especialmente turbinas eólicas Vestas, como destacou a executiva

Angélica Ruiz Celis, em março.

A visita do presidente mexicano à Europa tem rendido frutos, como outro acordo

firmado, dessa vez com o banco de desenvolvimento alemão KfW, para abertura de

duas linhas de crédito, no valor de 180 milhões de euros junto ao Bancomext para o

desenvolvimento de projetos de energia renovável.

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Fonte: tnpetroleo.com.br

19/04/2016

- Inscrições abertas para o maior evento da

indústria na América Latina em 2016

Estão abertas as inscrições para a Rio Oil & Gas 2016, 18ª edição do maior evento de óleo e gás da América Latina, promovido a cada dois anos pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). O encontro será entre os dias 24 e 27 de outubro, no Riocentro, no Rio de Janeiro.

Os interessados em participar devem acessar o site do evento (www.riooilgas.com.br), onde estarão disponíveis todos os valores de inscrições por categorias (estudante, autor, professor, entre outros). Quem fizer a compra com antecedência poderá aproveitar a tabela inicial, com preços menores. Os associados do IBP têm acesso ainda a valores especiais. Empresas interessadas em enviar seus colaboradores podem optar por pacotes corporativos com sete, 15 ou 30 inscrições.

A Rio Oil & Gas é o maior evento do setor de óleo e gás, cujo tamanho materializa a sua força. Em 2014, participaram do encontro mais de 3.500 congressistas, cerca de 1.000 expositores e 47 mil visitantes. Trata-se também da maior feira de negócios do Rio de Janeiro.

"Em momentos de crise como este, a indústria precisa estar unida para defender seus interesses e descobrir respostas para os desafios visando o seu desenvolvimento. A Rio Oil & Gas, por sua grandeza, representa uma grande oportunidade para toda a cadeia produtiva se atualizar, interagir, debater e fazer negócios e networking simultaneamente ", destaca o presidente do IBP, Jorge Camargo.

―A Rio Oil & Gas é o lugar perfeito para as empresas realizarem negócios, conhecerem melhor as novas oportunidades que a indústria do petróleo oferece e

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ampliarem sua rede de contatos‖, avalia o presidente do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas, Renato Bertani.

Com o tema "Caminhos para uma Indústria de Petróleo Competitiva", a edição de 2016 vai focar seus debates nos principais desafios no atual cenário de novos patamares de preços e de tecnologias inovadoras, nas grandes questões que o setor enfrenta em escala global, somados às questões ligadas às crises econômicas e políticas nacional e internacional. Também serão abordados na programação temas relacionados ao financiamento dos projetos de Óleo e Gás e à reavaliação da política de conteúdo local no Brasil.

―O nosso objetivo é oferecer conteúdo que atualize os profissionais sobre os assuntos mais importantes para a indústria e torne possível fazer escolhas para as empresas atuarem de forma cada vez mais eficiente no Brasil‖, explica o presidente do Comitê Técnico da Rio Oil & Gas 2016, José Formigli.

Além disso, a programação envolverá questões atuais e relevantes como o novo papel do gás, a alta carga tributária, a instabilidade regulatória, as deficiências na logística, o excesso de burocracia e os entraves aos avanços tecnológicos.

―Não dá para ficar de fora. É a reunião mais importante da indústria no Brasil, onde os tomadores de decisão se encontram, fazem negócios e têm acesso a informações qualificadas‖, afirma o presidente do comitê da Exposição da Rio Oil & Gas 2016, João Carlos de Luca.

Como reflexo desta busca do evento por respostas para aumentar a competitividade do setor de óleo e gás, estão programados novos conteúdos e formatos para a Exposição e a Conferência na Rio Oil & Gas 2016, com o reforço da discussão de aspectos geopolíticos durante o encontro e a realização de eventos paralelos que incluem toda a cadeia produtiva no evento.

Entre os eventos paralelos, está prevista a realização do Future Leaders Forum, promovido pelo World Petroleum Council, pela primeira vez no Brasil, nos dias 26 e 27 de outubro. O objetivo é reunir jovens profissionais, executivos e gestores de diversas partes do mundo para debates sobre liderança, tecnologia, inovação e sustentabilidade no setor.

O FLF é um evento itinerante, que já passou por países como China, França, Índia e Canadá.

O lema desta edição é Game changers: new leaders for a new competitive energy industry (Agentes da mudança: novos líderes para uma indústria de energia mais competitiva). No último evento, realizado em 2013, em Calgary, no Canadá, o fórum recebeu 130 palestrantes e 1.500 congressistas de mais de 60 países.

Serviço:

Evento: Rio Oil & Gas 2016

Local: Riocentro (Av Salvador Allende, 6555 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro.)

Data: 24 a 27 outubro de 2016.

www.riooilgas.com.br

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Fonte: O Globo

19/04/2016

- Usinas e distribuidoras de energia podem

negociar redução de contratos Empresas sofrem com excesso de energia devido à queda da demanda com a recessão

POR DANILO FARIELLO

Uma das exigências da Aneel para dar aval às negociações será que os acordos não causem prejuízo ao

consumidor- Custódio Coimbra / O Globo / Arquivo

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira

a negociação bilateral de contratos de energia. O órgão regulador decidiu abrir a

possibilidade porque a redução do consumo de energia por conta da crise criou a

situação inusitada em que as distribuidoras adquiriram mais contratos do que

necessitam para oferecer aos seus consumidores. Ao mesmo tempo, uma série de

obras em geração estão atrasadas, de modo que um encontro de contas poderia

aliviar os prejuízos desse descompasso, de cerca de 3% do consumo total de

energia do país.

Com esses acordos, portanto, tanto distribuidoras quanto geadoras poderão reduzir

seus prejuízos financeiros por terem mais ou menos energia elétrica do que está

previsto em seus contratos por meio de acordos entre si. Segundo Tiago Correia,

relator do tema na Aneel, esses acordos não deverão afetar a tarifa dos

consumidores de energia elétrica imediatamente, mas eventuais ―bônus e ônus‖

dessas negociações poderão ser repassadas futuramente às contas de energia.

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Anteriormente, os bônus dessas negociações para as distribuidoras seriam

distribuídos entre os clientes, mas a mudança foi proposta pelas empresas do ramo

e aceita pela agência.

— A distribuidora fica em condições melhores de gerir seus contatos — disse

Correia.

A definição, porém, não deverá ser uma ―solução mágica‖ para o setor, segundo

Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel. A agência reguladora acredita que só uma

parte da sobrecontratação das distribuidoras será resolvida desta forma. Para

estimular essa negociação, a Aneel propôs também hoje uma mecanismo central de

liquidações, para estimular também acordos multilaterais, em vez de apenas

negócios bilaterais entre distribuidora e geradora.

— A partir de amanhã, os acordos bilaterais podem ser feitos, mas os acordos

deverão levar meses para ser firmados. Não esperem algo muito expressivo — disse

Correia à imprensa, no intervalo da reunião de diretoria.

Segundo Correia, porém, com o fim do período de chuvas mais intensas em abril e a

consequente expectativa de aumento do preço da energia no mercado de curto

prazo, os acordos bilaterais tendem a ser mais interessantes para as geradoras. O

preço da energia hoje está em R$ 51,98 por megawatt-hora (MWh) nas regiões

Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. Ele descartou, porém, que esses negócios

sejam fechados na região Nordeste, onde o preço da energia está em R$ 267,46 por

Mwh.

— O acordo tem de ser bom para os dois, gerador e distribuidor — disse Correia.

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