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1 PLANEJAMENTO 2015 Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar...Paulo Freire

³ Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender · A Aquarela tem por objeto social a promoção da assistência social e dos direitos humanos, por meio do ... Casa Azul

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PLANEJAMENTO 2015

“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender

a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o

sonho pelo qual se pôs a caminhar...”

Paulo Freire

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FINALIDADE ESTATUTÁRIA

A Associação Beneficente Assistencial Aquarela é uma associação sem fins lucrativos e/ ou econômicos, inscrita no CNPJ nº

01.824.608/ 0001-01, situada na Avenida Onófrio Milano nº 239, Jaguaré, São Paulo, CEP 05348-030.

A Aquarela tem por objeto social a promoção da assistência social e dos direitos humanos, por meio do atendimento e

assessoramento a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, consubstanciados em ações socioassistenciais,

educacionais, culturais, esportivas e de orientação à saúde.

OBJETIVOS

A Aquarela, de acordo com seu Estatuto social, poderá realizar para atingir seu objeto social, os seguintes objetivos:

a) Apoiar e desenvolver atividades assistenciais, educacionais, culturais, esportivas, de promoção da saúde e dos

direitos humanos;

b) Apoiar, fomentar e promover a defesa dos direitos das crianças e adolescentes;

c) Apoiar, fomentar e promover o processo educativo de crianças e jovens;

d) Apoiar, fomentar e promover atividades esportivas, como forma de inclusão social;

e) Desenvolver atividades voltadas à capacitação profissional, treinamento e especialização técnico-científica de

adolescentes e jovens beneficiários de programas ou projetos da Aquarela;

f) Promover, apoiar e desenvolver, em seus vários desdobramentos, as manifestações intelectuais e culturais, por meio

de treinamento técnico, de publicações e da edição, própria ou por meio de terceiros, de livros e revistas de natureza

técnica, científica, cultural e artística e de vídeos e quaisquer outros meios de divulgação e comunicação que ajudem

a divulgar o objeto social da Aquarela;

g) Promover o voluntariado em sua área de atuação;

h) Promover campanhas de mobilização de recursos para financiar programas e projetos sociais próprios, em parceria

ou de terceiros;

i) Atuar junto aos poderes constituídos em âmbito federal, estadual e municipal, visando implantar e assegurar a

observância e aperfeiçoar a legislação, projetos e políticas públicas no campo afeto aos seus objetivos institucionais;

j) Estabelecer parcerias, convênios ou demais acordos com entidades públicas e privadas, nacionais ou internacionais

para a materialização do objeto social da Associação;

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ORIGEM DOS RECURSOS

Os recursos que sustentam as atividades são provenientes de diversos tipos de doações financeiras e em espécie de

parceiros Pessoa Jurídica e Física, Nota Fiscal Paulista e Eventos Beneficentes.

Assim, apesar de se manter com recursos de origem privada, a Associação tem uma função pública, dimensão que não deve

ser esquecida e que insere sua ação no contexto da comunidade Nova Jaguaré, com suas faltas e suas potencialidades.

INFRAESTRUTURA

O imóvel disponibilizado pela Associação Beneficente Assistencial Aquarela, dispõe das seguintes instalações e

equipamentos:

Casa Azul – sala de atividade

Utilizada para práticas socioeducativas, equipadas com recursos pedagógicos apropriados ao que se destina.

03 Armários em madeira

03 Estante de livros

- Livros de diversos gêneros

- Brinquedos

05 Mesas sextavadas com tampo de fórmica

30 Cadeiras em fórmica

02 Quadro branco

01 Aparelhos de rádio portátil

02 Ventilador

01 Banheiro

01 Bebedouro

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Sala multimeios

Utilizada para práticas socioeducativas com crianças, adolescentes e seus familiares para mediação e contação de histórias,

atividades artísticas (movimento, dança e teatro), reuniões com as famílias, bem como, propostas de trabalho que necessitem

de equipamentos áudio visuais.

03 Armários em madeira

06 Estante de livros

- Livros de diversos gêneros

- Tatames em E.V.A

- Puffs

- Instrumentos musicais

02 Caixas de som

01 Mesa de som

01 Aparelho de DVD

02 Computadores com acesso à internet

01 Projetor multimídia (Data show)

- Objetos cênicos

- Figurinos

02 Araras

04 Ventilador

01 Banheiro

Laboratório de informática

Local destinado à realização de aulas de informática e suporte para outras atividades pedagógicas (pesquisas).

02 Bancada em madeira para computadores

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26 Cadeiras

13 Computadores com telas LCD com acesso a internet

01 Quadro branco

01 Ar condicionado

Casa Laranja - Brinquedoteca

Utilizada para práticas socioeducativas, equipada com jogos pedagógicos , recreativos e de lazer.

06 Prateleiras de madeira

01 Armário

- Jogos de tabuleiro

- Dominós diversos

- Bolas

- Cordas

- Brinquedos diversos (bonecas, carrinhos, etc)

- Jogos de montar

- Quebra cabeça

01 Mesa de ping-pong

01 Pebolim

- Jogos pedagógicos (linguagem verbal, linguagem matemática, percurso, etc)

01 Banheiro

02 Ventilador

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Casa Amarela - Secretaria

O prédio possui 2 (duas) salas para atendimento individual aos beneficiários, familiares e colaboradores. Além do atendimento

pedagógico, também são utilizadas para recepção dos visitantes e para práticas administrativas: matrículas; arquivamento de

documentos; prontuários, entre outros.

03 Armários em madeiras 12 Cadeiras de madeira

04 Ventiladores 04 Aparelhos telefônicos

06 Computadores com monitores LCDs 02 Sofás

02 Impressora jato de Tinta 02 Quadro informativo

02 Mesa grande de madeira 02 Mural

01 Armário para guardar pertences dos funcionários 02 Banheiro

Almoxarifado

Local destinado ao armazenamento de materiais exclusivamente pedagógicos, utilizados nas atividades.

6 Prateleitas em madeira - Lápis, canetas e borrachas;

- Papéis diversos - Arquivo morto

- Pastas - Caixas organizadoras plásticas

- Cadernos 06 Armários

- Material para artesanato 04 Microfones

- Matérias de escritório 01 Projetor multimidia

01 Filmadora 01 Note book (Data show)

01 Máquina fotográfica 02 Pedestal para microfone

Casa Vermelha – sala de atividade e refeitório*

Utilizada para práticas socioeducativas, equipada com recursos pedagógicos apropriados ao que se destina.

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04 Armários em madeira

01 Estante de livros

- Livros de diversos gêneros

- Brinquedos

08 Mesas de madeira

30 Cadeiras

02 Quadro branco

01 Aparelho de rádio portátil

03 Ventilador

01 Banheiro

01 Bebedouro

01 Tela de projeção

* Local utilizado para a realização de refeições diárias dos usuários, desta maneira é sala de atividades e refeitório.

Despensa e Cozinha

Local apropriado para armazenamento dos alimentos, utensílios e preparo de refeições diárias para colaboradores.

01 Fogão industrial 4 bocas 02 Liquidificador

02 Geladeira 01 Espremedor de Laranja

01 Freezer vertical 01 Batedeira planetária

01 Freezer horizontal 01 Armário para armazenamento de utensílios

02 Cortador de frios - Panelas e Utensílios em geral

01 Mesa em madeira 01 Bebedouro

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Casa Verde – sala de atividade

Utilizada para práticas socioeducativas, equipada com recursos pedagógicos apropriados ao que se destina.

01 Armários em madeira

01 Estante de livros

- Livros de diversos gêneros

04 Prateleiras

- Brinquedos

08 Mesas em fórmica

30 Cadeiras em fórmica

01 Quadro branco

01 Aparelho de rádio portátil

02 Ventilador

02 Banheiro

01 Bebedouro

Pátio

Espaço aberto e amplo, acessível à pessoas com deficiência física, reservado ao desenvolvimento de práticas recreativas e

demais atividades direcionadas, ou não, pelos Orientadores Socioeducativos.

Quadra Poliesportiva

O prédio conta com espaço cercado por rede protetora, destinado às práticas recreativas e esportivas.

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IDENTIFICAÇÃO DO SERVIÇO

A Aquarela presta um serviço de Proteção Social Básica – Serviço de convivência e Fortalecimento de Vínculos, promovendo

educação não-formal, que tem como característica principal o exercício da convivência social e da participação na vida pública.

Tudo isso sem perder de vista suas famílias, já que a Associação pretende, por meio do seu trabalho, apoiar a família para que

esta possa desempenhar o seu papel protetivo.

1. PÚBLICO ALVO

Crianças e adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária de 06 a 14 anos e 11 meses em condições de vulnerabilidade

social, da comunidade local, moradores da região do Distrito do Jaguaré, referência com seu Centro de Referência em

Assistência Social – CRAS Lapa.

2. CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

O programa tem capacidade de atendimento para 150 crianças e adolescentes de ambos os sexos, atendidos em dois

turnos: manhã e tarde.

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RECEITAS

Pessoa Jurídica 175.690,00

Créditos NF Paulista 135.710,00

Eventos 38.500,00

Pessoa Física 77.427,00

Total Entradas 428.724,64

Pessoa Jurídica 41%

Créditos NF Paulista

32%

Créditos NF Paulista

32%

Pessoa Física 18%

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DESPESAS

Pessoal 685.809,24

Serv.Terc. 111.965,57

Desp. Adm 37.950,93

Pedagógico 35.628,75

Manutenção 24.066,44

Eventos 22.800,00

C. Fixo 8.549,30

Comunicação 1.699,97

Total Investimento 929.867,84

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3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS

Os profissionais são contratados no regime da CLT. A equipe tem a seguinte composição:

Função Nome FORMAÇÃO HORAS ATRIBUIÇÕES

Coordenadora geral Janete Rios Rocha

Pós-graduada em Trabalho Social com Famílias

40 horas semanais

É responsável pela gestão dos serviços de Proteção Social Básica, com funcionamento diário de prevenção e convívio para a garantia dos direitos sócio assistenciais.

Coordenadora Pedagógica

Wanderléia da Rocha

Pós-graduada em Trabalho Social com Famílias

40 horas semanais

Oferece suporte técnico ao gerente de serviço no trabalho desenvolvido pela Proteção Social Básica, com funcionamento diário de prevenção e convívio para a garantia dos direitos sócio assistenciais.

Educador social

Rodrigo Moura de Assis

Superior – Pedagogia (cursando)

40horas semanais

Oferece orientação social e educativa aos usuários, de acordo com a programação e orientação técnica estabelecida.

Educador social

Cícera Iara Teles da Silva

Superior – Gestão em Recurso Humanos

40 horas semanais

Oferece orientação social e educativa aos usuários, de acordo com a programação e orientação técnica estabelecida.

Educador de Arte Rosana Leci Andrade

Superior – Artes Cênicas (cursando)

24 horas semanais

Desenvolve oficinas com as crianças e adolescentes proporcionando o desenvolvimento de habilidades de expressão artística, corporal e interação com grupal.

Cozinheiro Maria Aparecida de Souza

Ensino médio 40 horas semanais

Responsável pela preparação de refeições ou lanches, segundo cardápio estabelecido e pelo controle e organização geral da cozinha e despensa.

Auxiliar de Cozinha Teresinha Rios Rocha Paschoaline

Ensino Médio 40 horas semanais

Auxilia a cozinheira na preparação das refeições.

Auxiliar de Limpeza Zelina Gonçalves de Souza

Ensino Fundamental I

40 horas semanais

Executa serviços de higienização, limpeza e arrumação.

Auxiliar de serviços gerais

Fábio Flor dos Santos

Ensino Médio 40 horas semanais

Executa serviços de manutenção, zela e vigia o espaço físico do serviço.

Auxiliar administrativo

Lourdes Santana G. de Jesus

Superior - Letras

40 horas semanais

Organizar as atividades administrativo financeiras, assegurando o cumprimento

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Financeiro das metas estabelecidas.

Assessora de Desenvolvimento Institucional

Alessandra Cristine Batista

Superior - Jornalismo

24 horas semanais

Articular contatos com instituições e parceiros, objetivando o apoio, implantação e o desenvolvimento de projetos institucionais, zelar pelos materiais de comunicação da organização.

4. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

A Associação Aquarela está situada na Av. Onófrio Milano nº 239, CEP 05348-030 , no bairro do Jaguaré, nesta Cap i ta l

de São Pau lo , Estado de São Pau lo , inscr i ta no CNPJ/MF sob n º 01 .824 .608 /0001 -01 .

A Associação Aquarela está situada no bairro do Jaguaré. A comunidade Vila Nova Jaguaré fica entre as pontes da Fepasa e

Jaguaré, ocupando 168.000 m².

O bairro do Jaguaré, Distrito localizado na Zona Oeste da cidade de São Paulo, está subordinado à Subprefeitura da Lapa.

Possui uma área de aproximadamente 6,6 km² e uma população de 42,4 mil habitantes. Assim, o atendimento da Associação

é oferecido a uma parcela representativa do Distrito, como um todo, já que destes 42,4, 15 mil pessoas ou 4.500 famílias têm

baixa renda e são consideradas em situação de vulnerabilidade e risco social.

A parcela da população a qual a Associação Aquarela atende encontra-se em situação de vulnerabilidade muito alta. As

situações de maior ou menor vulnerabilidade às quais a população se encontra exposta estão resumidas em seis grupos do

IPVS - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, a partir de uma grade das condições socioeconômicas e do perfil

demográfico. As características desses grupos (alta e muito alta vulnerabilidade) podem ser observadas a partir dos dados da

pesquisa realizada em 2002 pelo IBGE no subdistrito da Lapa.

Os indicativos de vulnerabilidade muito alta, segundo o IPVS, podem ser observados abaixo:

• o rendimento médio dos responsáveis pelo domicílio era de até três salários mínimos.

• os chefes de domicílios apresentavam, em média, 4,2 anos de estudo, 77,2% deles eram alfabetizados e 19,6% completaram

o ensino fundamental.

• As mulheres chefes de domicílios correspondiam a 30,4%.

A comunidade está numa localização privilegiada, perto de um grande centro de abastecimento, o CEAGESP, e de um parque,

o Villa-Lobos. Encontra-se próxima também da Universidade de São Paulo e de uma estação de trem (Vila Lobos- Jaguaré).

No entanto, a comunidade da Nova Jaguaré ainda sofre com investimentos públicos insuficientes para a implantação de um

bairro regular, com infra-estrutura completa e sem áreas de riscos. A região apresenta algumas áreas de alto grau de risco de

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escorregamentos. Nas suas proximidades, existem muitos galpões industriais e está localizada ao lado da Marginal Pinheiros

com muita poluição do ar, sonora e trânsito.

A região conta com um AMA – Atendimento Médico Ambulatorial, quatro escolas próximas, três estaduais e um CEU da

Prefeitura de São Paulo. Apresenta também quatro Centros de Crianças e Adolescentes que não conseguem atender a

demanda de vagas do bairro. Com relação aos estabelecimentos comerciais no bairro do Jaguaré, existem cerca de 1.097 e

destes, 156 são indústrias, 493 de comércio e 406 de serviços, porém não existe um estudo mais aprofundado até em que

medida estes estabelecimentos atendem a demanda do Bairro Nova Jaguaré.

A Associação Aquarela tem como premissa aproximar o trabalho realizado junto às crianças e adolescentes e seus familiares,

ao potencial de empresas da região que possam atuar em situações do cotidiano e de forma educativa, visando o acesso a

informação e ampliação do conhecimento acerca de prevenção de doenças e saneamento básico, por exemplo. Desta

maneira, aproveitando o know how das empresas, a Aquarela articula ações educativas em conjunto com outras organizações

da rede local objetivando o benefício da comunidade.

5. FORMA DE PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS E/ OU ESTRATÉGIAS QUE SERÃO UTILIZADAS EM TODAS AS

ETAPAS DO PLANO:

A formação dos vínculos de acolhimento e segurança entre instituição e beneficiários se dará de forma subjetiva. Daí a

importância de uma boa recepção; realizada com cordialidade; informações claras sobre a natureza, objetivos e rotinas do

serviço.

Há três esferas de atendimento: usuário, diariamente, família e comunidade, esporadicamente.

A recepção dos usuários é um momento de acolhida e referência de hábitos cordiais. Já com a família e comunidade, trata-se

da primeira imagem concreta do serviço, o que garantirá, ou não, a boa imagem do mesmo.

Entrevista inicial com a família: levantamento de dados através da documentação; relatório sobre aspectos da saúde

e educação do usuário, bem como vida social.

Entrega de documento com informações sobre a natureza do serviço; objetivos; rotina do serviço e os direitos e

deveres dos usuários.

Apresentação do serviço informando sobre o caráter público, as ações socioeducativas e o trabalho social realizado

com as famílias;

Observação das condições físicas e/ou emocionais, nas quais os usuários, ou sua família, chegam ao serviço e

encaminhamento à rede de serviços, quando necessário.

O trabalho social prevê o beneficiário como sujeito de seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo

habilidades e adquirindo competências. Valorizamos a construção e reconstrução do conhecimento, de acordo com as

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experiências e níveis de conhecimento, individuais e coletivos, promovendo atividades e trabalhos que levem à troca;

cooperação; solidariedade e exploração da criatividade, incentivando a expressão física; oral, artística, intelectual, sócio-

afetiva, ética, contribuindo para o desenvolvimento de sujeitos críticos e com autonomia.

Em suma, o trabalho será pautado na troca diária de saberes entre crianças, adolescentes e educadores, seja nas atividades

diárias ou complementares. Para o desenvolvimento do mesmo, adotaremos prioritariamente duas estratégicas: projetos

interdisciplinares e oficinas.

No trabalho direto com os usuários, consideraremos a família nossa parceira, corresponsável no processo de formação dos

mesmos. Nossas ações junto às famílias serão baseadas no fortalecimento de vínculos entre os familiares possibilitando

espaço para escuta e diálogos, informando sobre seus direitos/deveres e estimulando a participação nos recursos da própria

comunidade.

5.1. Planejamento das Atividades e Ações:

Numa perspectiva de formação para a vida, nossa metodologia terá como princípios os quatro pilares do relatório de Jacques

Delors: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer, aprender a fazer, tendo como prioridade o diálogo, a troca

de saberes, a expressão de dúvidas, a resolução de conflitos, a percepção das diferenças. Acreditamos que tendo como base,

a pesquisa sobre a formação do povo brasileiro, poderemos, através das manifestações artísticas e do trabalho socioeducativo

acompanhado e orientado por um educador por turma, facilitar o entendimento de nossos meninos e meninas quanto a sua

própria formação e construção de sua história.

Visamos também propiciar as crianças e adolescentes uma convivência democrática, onde reconheçam, através das

diferenças, a riqueza e a beleza da diversidade cultural que compõe o nosso povo. A importância do serviço fundamenta-se na

necessidade de prestar atendimento socioeducativo de qualidade, propiciando espaço e atividades que contribuam para o

desenvolvimento dos usuários, através da pesquisa, do diálogo, do exercício da convivência democrática, do estímulo à

criação, à produção, à possibilidade de transformação.

Visando o desenvolvimento integral dos usuários, em todas as dimensões da sua vida. Valorizando as particularidades e as

experiências de cada um, a programação será desenvolvida através de projetos com temas a principio proposto pelo educador

social, discutido e aprovado pelos usuários, respeitando a faixa etária e o tempo de maturidade de cada um, possibilitando

assim a autonomia, que insere a criança e o adolescente como protagonistas de uma educação ativa e participativa.

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5.2. Trabalho Social:

Crianças, adolescentes, adultos, idosos, homens e mulheres – participando não só como usuários do Centro, mas como

protagonistas das ações. Em acordo com a Política Nacional de Assistência Social, a família e comunidade também integram

a nossa proposta socioeducativa, sendo a família a unidade de referência para o desenvolvimento do trabalho. Serão

oferecidas diversas atividades tais como:

- Atividades socioeducativas: Com base nas dimensões do programa Ação Família – Viver em Comunidade, serão realizadas

atividades integradoras para todas as faixas etárias presente no grupo familiar – passeios, festas, dinâmicas.

- Grupo de convivência comunitária: Realizada por voluntários, estudantes de psicologia, dinâmicas e oficinas de intervenção

comunitária, na qual o foco será a valorização das trajetórias pessoais, além da produção de conhecimento sobre a

potencialidade de nossa comunidade e a vida familiar.

- Visitas domiciliares: Alternadas com o trabalho com as crianças e adolescentes, realizaremos visitas domiciliares, a fim de

conhecer a realidade sócio familiar e possíveis encaminhamentos ao CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTENCIA SOCIAL

(CRAS) e à rede local.

- Oficinas temáticas: Serão realizadas oficinas, coordenadas por profissionais, nas quais discutiremos os eixos do Programa

Ação Família - Viver em Comunidade.

A nossa metodologia será diversificada, assim proporcionaremos um desenvolvimento para as crianças e os adolescentes

contribuindo para a formação do cidadão consciente e despertando habilidades diversas.

5.3. Monitoramento e avaliação

Os processos de monitoramento e avaliação dos resultados e metas para o desenvolvimento do serviço serão divididos em 3

(três ) partes:

- Aprendizagens dos usuários;

- Avaliação do desempenho dos colaboradores para o aperfeiçoamento do trabalho;

- Satisfação em relação ao serviço prestado.

Aprendizagens dos usuários:

Para o acompanhamento das aprendizagens dos usuários serão realizadas avaliações contínuas, através de observação e

permanente reflexão cotidiana, e autoavaliações. O educador acompanhará o processo de evolução, bem como as

dificuldades individuais e coletivas dos mesmos. A sistematização dos resultados acontecerá três vezes por ano, sendo

diagnóstica; intermediária e final, respectivamente realizadas em março, julho e novembro.

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Avaliação do desempenho dos colaboradores para o aperfeiçoamento do trabalho:

Visando garantir a qualidade do serviço prestado, realizaremos anualmente a avaliação do desempenho de nossos

colaboradores.

Satisfação em relação ao serviço prestado:

Considerando que todo atendimento deverá ser pautado nas demandas e expectativas dos usuários, realizaremos anualmente

pesquisas de satisfação anônimas visando à melhoria e adequação do serviço ao público.

5.4 Planejamento detalhado das atividades

Crianças e adolescentes

Tema: Cantos e Contos dos Cantos do Brasil

Objetivo geral:

Desenvolver o potencial criativo, imaginativo, afetivo e cognitivo utilizando a literatura, as brincadeiras e jogos, a

tecnologia e a arte, como recurso pedagógico, permitindo que as crianças e adolescentes participem da sua

aprendizagem, transformando o momento de aprender em um exercício de descoberta, de pesquisa, de reflexão, de

troca de experiências, de diálogos e de novas ideais sobre o aprender.

Introdução:

A ênfase na área da convivência será nosso principal foco, contribuindo para o fortalecimento de nossa atuação como unidade

de educação não formal, no desenvolvimento das competências do conhecer, conviver, fazer e ser.

O desejo de que nossas crianças e adolescentes pensem sobre suas ações, podendo fazer escolhas certas nos momentos

certos, farão a diferença em suas vidas. Para isso, nossa proposta será construir um ambiente favorável à aprendizagem, por

meio de atividades significativas que estimule a criatividade, a expressão, a iniciativa e o trabalho coletivo.

Propomos um trabalho que integre as áreas de convivência e conhecimento tendo como base indicadores e parâmetros de

resultados apresentados em nossa proposta socioeducativa. A organização do planejamento de cada turma passará pela

complementaridade das áreas de convivência e conhecimento, como apresentado a seguir:

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CASA VERDE

Caracterização da turma: 25 crianças de 6 a 8 anos, período manhã e tarde.

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

Cultura

Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Conhecer brincadeiras

tradicionais.

Promover a formação do

senso crítico, afetivo e o

fortalecimento de vínculos,

por meio do conhecimento da

cultura popular.

Peculiaridades e

curiosidades

inerentes a cultura

popular brasileira:

modos de ser e viver,

hábitos e costumes,

identidade.

Brincadeiras

cantadas.

Brincadeiras de roda.

Pesquisas em livros,

internet e com

familiares de jogos

infantis tradicionais.

Promoção de rodas de

conversas, brincadeiras

em grupo, viagem no

trem colhendo

informações dos

lugares visitados por

meio das brincadeiras.

Pesquisa com a família

de brincadeiras que

faziam quando eram

crianças.

Pesquisando dados de histórias pessoais,

e de grupos.

Convivendo respeitosamente com a

diferença.

Conhecendo diferentes manifestações da

cultura popular por meio das brincadeiras.

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Recuperar a prática dos jogos

e brincadeiras populares no

cotidiano infantil.

Jogos e brincadeiras

de algumas regiões

brasileiras.

Levantamento de

brincadeiras que fazem

com os amigos.

Conversas sobre

semelhanças e

diferenças das

brincadeiras mais

antigas com as feitas

hoje.

Produção de

brinquedos: peteca,

cinco marias, pé de

lata, etc.

Audição de músicas

populares, cantigas de

roda.

Promoção de rodas de

brincadeiras e jogos

verbais.

Registrando e socializando fatos,

costumes e acontecimentos.

Conhecendo diferentes jogos e

brincadeiras de algumas regiões visitas

pelo trem.

20

Interação e Cidadania

Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Despertar a reflexão acerca

do exercício da Cidadania,

dos direitos individuais e

coletivos e do convívio social.

Favorecer a convivência

respeitosa oportunizando

ações coletivas em diferentes

espaços de convívio.

Situações cotidianas

Jogos cooperativos

Textos informativos:

jornal, revista,

internet.

Dinâmicas de

convivência.

Promoção de rodas de

conversas acerca de

situações cotidianas

apresentadas em

jornais.

Conversas e debates,

exercitando a

argumentação a partir

de diferentes pontos de

vista.

Respeitando e cuidando dos espaços de

convívio.

Respeitando as diferenças

Cooperando e interagindo nos vários

grupos sociais.

Resolvendo conflitos por meio do diálogo

e de atitudes pacíficas.

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ÁREA DE CONHECIMENTO Linguagem verbal Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Contribuir no

desenvolvimento das

habilidades de

comunicação.

Criar o hábito de ouvir e

contar histórias.

Despertar o interesse por

diferentes portadores de

textos.

Apresentar a linguagem

como meio de transporte a

lugares mágicos, por meio

da viagem no Trem

Interativo.

Contos da cultura

popular brasileira;

Gêneros textuais

literários,

informativos,

biográficos;

Lendas

Cantigas de roda

Reescrita de lendas e

contos;

Produção de textos;

Introdução às fábulas de Monteiro Lobato

apresentando o primeiro episódio do Sítio

do Pica pau Amarelo (2001)

Promoção de rodas para contação de

história, apresentando contos tradicionais

da cultural popular brasileira.

Mediação de história e reconto.

Brincadeiras com letras móveis.

Brincadeiras cantadas.

Promoção de rodas de leitura oral coletiva

de diferentes gêneros textuais.

Aproveitamento e interação do mural

artístico para transmitir informações às

outras turmas: Você Sabia?

Relatando

acontecimentos

Comunicando-se em

diferentes momentos e

situações

Contando e ouvindo

histórias

Manifestando suas

ideias

Retirando livros da

biblioteca

Sugerindo leituras

Comentando livros

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História Educadora: Janete Rios

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Despertar o imaginário, junto à

sabedoria popular e relacionar

com o seu cotidiano.

Conhecer e valorizar as

histórias da tradição oral.

Entender a simbologia trazida

pelos contos populares de

acordo com a cultura de cada

região.

Manifestações

artísticas.

Personagens

folclóricos.

Características

regionais.

Pesquisa com os

pais.

Roda de conversa

Apreciação de vídeos sobre a

cultura popular, audição de músicas

de diferentes manifestações

populares.

Pesquisa e conversas sobre seres

fantásticos apresentados por meio

da tradição oral.

Pesquisa com os pais sobre cidade

de origem e histórias fantásticas.

.

Buscando informações em

diferentes tipos de fontes

(revistas, livros, jornais,

documentos)

Comparando acontecimentos no

tempo, tendo como referência o

passado e a atualidade.

Reconhecendo semelhanças e

diferenças sociais, econômicas e

culturais na sua comunidade.

Argumentando e defendendo o

seu ponto de vista

Lendo e comentando notícias de

jornais

Artes: Plástica/ Visual Educadora: Janete Rios

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Reconhecer a

arte como objeto

de conhecimento.

Apreciação de

obras de arte e

outros

portadores de

imagem.

Personagens

fantásticos.

Observação e

experimentação.

Apreciação de vídeos e obras de arte.

Confecção de personagens da cultura popular, tais

como: Saci, Cuca, Cobra Norato, utilizando-se de

materiais diversos e momentos de experimentação.

Construção do Trem Interativo.

Viagem por lugares do Brasil com o Trem Interativo,

colocando seus passageiros e suas historias em

contato com as outras turmas da Aquarela.

Produção de murais artísticos.

Produzindo com criatividade

Produzindo coletivamente

Testando e aprimorando seus

limites

Expressando e comunicando

sua percepção com

criatividade e sensibilidade

Usufruindo do prazer estético

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Movimento/ Dança Arte educadora: Rosana Andrade

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Compreender a

estrutura corporal;

Comunicar-se

corporalmente,

reconhecendo as

possibilidades e

limitações do seu

corpo, no espaço,

individual e

coletivamente;

Apropriar-se das

tradições populares,

iniciando um processo

de reconhecimento da

corporeidade brasileira,

na perspectiva de

valorização da

identidade nacional;

Corpo e

estrutura física:

pés, pernas,

bacia, coluna,

tronco, braços e

cabeça;

O corpo no

espaço e tempo:

lateralidade,

locomoção,

planos,

direções,

velocidade,

peso, ritmo,

força;

Movimento

expressivo:

desenho, gesto

e ação;

Danças

brasileiras;

O corpo de

dança e suas

potencialidades;

Observação do corpo: o meu e o do outro,

como funcionam?

Experimentação, improvisação e

construção de movimentos e coreografias;

Exercícios sistematizados dos passos e

manobras coreográficas de danças

brasileiras;

Brincadeiras do universo popular;

Audição de músicas e ritmos de diferentes

tradições brasileiras;

Apreciação de vídeos, obras de arte

(Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Enrico

Bianco, etc) como fontes de

contextualização e memória figurativa das

danças em foco e de produções de dança

em geral.

Reconhecendo suas origens

e aptidões por meio da

dança;

Executando movimentos

com clareza;

Apropriando-se e criando

movimentos individual e

coletivamente;

Conhecendo, testando e

avançando seus limites e

possibilidades corporais;

Relacionando-se com

respeito, afetividade e

cooperação;

Executando sequências

coreográficas de forma

organizada;

Valorizando novos

conhecimentos e

reconhecendo a dança como

manifestação artística e

cultural;

24

Linguagem matemática Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Estimular o gosto pela

linguagem matemática

por meio de jogos e

brincadeiras.

Explorar situações

problemas.

Quatro operações

Jogos

pedagógicos

Seqüência

numérica

Matemática no

cotidiano

Contagem do

tempo/hora. Dia,

mês, etc.

Número e

quantidade

Dinheiro

Formas

Geométricas

tempo/ espaço

locomoção

Lateralidade

Percepção da rotina diária, construção e utilização

de calendário, brincadeiras que envolva números e

situações problemas com contagem oral, formação

de grupos e relação do número a quantidade.

Construção de jogos de percurso fixando trajetos.

Momentos de brincadeiras com objetos e jogos

pedagógicos, registro posterior para assimilação e

reapresentação do momento vivenciado.

Promoção de brincadeiras que envolva medidas e

grandezas Promoção de brincadeiras que envolva

medidas e grandezas.

Observando a

seqüência numérica

Contando e registrando

números

Realizando seqüência

de forma correta

Resolvendo situações

cotidianas em jogos e

brincadeiras que

envolvam o raciocínio

Identificando pontos de

referência para situar-

se no tempo e

locomover-se no

espaço

Buscando e analisando

diferentes estratégias

de solução de

problemas

Planejando ações

futuras

25

CASA VERMELHA

Caracterização da turma: 25 crianças de 9 a 12 anos, período manhã e tarde.

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

Cultura

Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Possibilitar aos educandos o

conhecimento e

reconhecimento de suas

origens.

Favorecer aos educandos

aprender e ensinar em

situações de interação

exploração e descobertas.

Origem da família

Tradições e costumes

Promoção de rodas de

conversa para

socialização de fatos,

costumes e

acontecimentos

Observação, descrição

e narração de

momentos em família a

partir da observação de

fotografias.

Brincadeiras da cultura

popular pesquisada

junto à família.

Análise de informações

que constam em

documentos: certidão

de nascimento, R. G.

Sensibilização por meio

de cantigas de roda

Sensibilização por meio

de cantigas de roda.

Interessados pela própria história;

Valorizando a própria história;

Valorizando outras culturas;

Sabendo comunicar aos outros seus

dados pessoais;

Brincando em grupo;

Pesquisando dados de histórias pessoais;

26

Interação e Cidadania

Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Exercitar a cidadania

Estimular a convivência

Possibilitar aos educandos a

compreensão de que as

regras de convívio são um

valor social.

Ética e cidadania

Direitos e Deveres

Valores

Utilização de diferentes gêneros

textuais: literários (diários pessoais,

relatos de experiência, contos), de

divulgação científica (relatos históricos,

Declaração Universal dos Direitos, ECA)

Produção de textos coletivos.

Através de rodas de conversa,

estimulando a reflexão e discussão

sobre características comportamentais

das personagens e a influência de suas

atitudes em relação ao outro e ao meio

em que estão inseridos.

Por meio da utilização de imagens,

vídeos e da socialização de ideias

possibilitando melhor compreensão do

que é ser cidadão.

Por meio da utilização de imagens,

vídeos e da socialização de ideias

possibilitando melhor compreensão do

que é ser cidadão.

Refletindo quanto a

realidade física e social do

individuo e do grupo

Valorizando atitudes de

honestidade, solidariedade

e companheirismo.

Interagindo em todos os

espaços com autonomia e

responsabilidade.

27

ÁREA DE CONHECIMENTO

Linguagem verbal Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Vivenciar emoções, o

exercício da fantasia

e da imaginação por

meio da tradição oral

de contação de

histórias.

Despertar o

imaginário, junto à

sabedoria popular e

relacionar com o seu

cotidiano.

Gêneros textuais

literários: contos da

tradição oral, lendas,

cordel, poesia,

biografias e música

popular brasileira.

Contação e mediação

de história

Vocabulário

Escrita e leitura

Jogos pedagógicos

Cantigas de roda

Adivinhações

Dizeres

Causo

Promoção de rodas de conversas e leituras utilizando

diferentes gêneros textuais: narrativas, biografias,

contos, lendas.

Pesquisa sobre sabedoria popular junto aos pais e em

outros portadores.

Utilização das letras de músicas e cantigas de roda

relacionando com o cotidiano.

Criação de um folheto, que tanto pode narrar os feitos

de cangaceiros, as espertezas de heróis como João

Grilo, e a partir da história A Sopa de Pedras com o

personagem Pedro Malasartes, ou uma história de

amor, ou ainda acontecimentos importantes de

interesse público a partir da leitura de notícias de

jornal e relações dos contos e cantos de acordo com

a história.

Manuseando com

interesse

diferentes

materiais

impressos.

Vocabulário mais

ampliado

Interessados pela

leitura.

Escrevendo.

Lendo.

Levando livros

emprestados

para leitura.

28

História Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Proporcionar

momentos de

conhecimento das

manifestações

populares brasileiras.

Conhecer brinquedos

e brincadeiras da

cultura popular

especialmente do

nordeste brasileiro

Personagens

folclóricos

Manifestações

artísticas

Características

regionais

Brincadeiras

populares

A partir da contação da história Lampião e Lancelote de

Fernando Vilela promover rodas de conversas e leituras

de linguagens diversas: em verso, na sextilha do cordel

sertanejo, e em prosa, no tom das narrativas épicas da

cultura medieval; apresentar a literatura de cordel

nordestina e sua variedade de temas, tradicionais ou

contemporâneos refletindo a vivência popular, desde os

problemas atuais até a conservação de narrativas

inspiradas no imaginário ibérico.

Exibição do filme Auto da Compadecida, adaptado do

livro de Ariano Suassuna, promoção de rodas de

conversas sobre os personagens.

Promoção de rodas de conversas para discussão e

pesquisa sobre o Sertão

Apreciação de vídeos sobre a cultura popular, audição e

conversa sobre músicas de diferentes manifestações.

Pesquisa e conversas sobre a origem das brincadeiras

Pesquisa com os pais sobre cidade de origem e

brincadeiras.

Construção de brinquedos da tradição popular

utilizando-se de materiais diversos e momentos de

experimentação.

Identificando as

manifestações de

cada região.

Conhecendo e

nomeando as

brincadeiras e

brinquedos.

Experimentando e

utilizando a

imaginação

29

Artes: Plástica/ Visual Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Aguçar e

desenvolver o

senso estético.

Xilogravura –

comunicação com a

literatura de cordel

Obras de artes;

Apreciação de obras de: Almeida Junior,

Cândido Portinari.

Estimulando o olhar estético e sensível na

possibilidade da leitura individual de

imagens acrescentando significados,

sentimentos e sensações.

Utilização de diferentes materiais na

confecção de objetos que representem o

tema abordado: Colcha de retalho, jogos,

telas, xilogravuras.

Confecção de obras tanto individual quanto

coletivamente;

Reconhecendo as linguagens

artísticas como ferramentas de

pesquisa, informação e

comunicação.

Experimentando e produzindo

arte.

30

Teatro Arte educadora: Rosana Andrade

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Potencializar a

capacidade de leitura

do mundo; ampliar e

refinar a reflexão de

questões cotidianas por

meio do fantástico e do

faz de conta;

Ampliar o contato com a

linguagem teatral,

priorizando o teatro de

sombras;

Utilizar histórias

brasileiras como

possibilidade para

criação dramatúrgica.

Aguçar e desenvolver

o senso estético;

Criar as peças para

utilização na

dramaturgia da cena.

Jogos dramáticos e teatrais;

O corpo e o objeto na

sombra;

A composição cênica

A história do Teatro de

sombra e suas

possibilidades;

Apresentação do projeto por meio do

filme: Os contos da noite.

Leitura coletiva e audição de diferentes

histórias da cultura popular.

Promoção de rodas de conversa para

entendimento dos contos, apreciação

de portadores de ilustrações;

Jogos teatrais apoiados por diversos

elementos: objetos, músicas, imagens;

Apresentação de diferentes

imagens para sombra,

essencialmente de países como

China e Índia.

A partir da audição e compreensão

das histórias, peças com os

personagens serão construídas

individual e coletivamente,

pretendendo-se adquirir a técnica

necessária para a criação definitiva

das peças a serem utilizadas nas

cenas.

Ampliando a

capacidade oral com

diferentes signos;

Comunicando-se com

clareza;

Se apropriando do

trabalho;

Valorizando os contos da

tradição oral no processo

de transmissão das

histórias preservadas na

cultura popular;

Apresentação de um ou

mais “produtos” a partir

das experimentações

Participando

ativamente do processo

de estudo e construção

das peças;

Propondo e se

apropriando do trabalho

realizado;

Conhecendo diferentes

formas de arte.

31

CASA AZUL

Caracterização da turma: 25 crianças de 12 a 15 anos, período manhã e tarde.

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

Cultura

Educadora: Wanderléia Rocha

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Valorizar o autoconhecimento.

A liberdade de expressão e o

protagonismo na participação

coletiva.

Identidade

Afetividade

Protagonismo e

emancipação

Cultura da não

violência

Promoção de momentos para

trabalho em equipe, valorizando o

diálogo e troca de ideias acerca do

tema proposto por meio de Jogos e

experiências coletivas plásticas e

musicais;

Experiências lúdicas (Simulação de

situações, jogos teatrais) de não

violência consolidando

comportamentos para boa

convivência em diferentes espaços

coletivos.

Exibição de filmes e animações

para observação e reflexão sobre

temas relevantes ao cotidiano;

Vida Maria, O menino e o Mundo,

Reconhecendo seus talentos

físicos e cognitivos;

Autoconfiantes;

Convivendo respeitosamente;

32

Interação e Cidadania

Educadora: Wanderléia Rocha

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Facilitar o bom convívio e a

conscientização cidadã por

meio da autenticidade e

criticidade.

Compreender a importância a

preservação e cuidados

espaços de convívio e dos

recursos naturais.

Direitos e deveres

Comunicação intra e

interpessoal

Cooperação

Preservação e

conservação de

bens naturais

Homem e o meio

ambiente

Promoção de rodas de conversas

a partir da leitura diária do jornal,

separando notícias relevantes

para debates e exposição de

pontos de vistas acerca de

acontecimentos atuais internos e

externos a Aquarela.

Dinâmicas de interação e

cooperação valorizando e

reconhecendo a importância das

ações cidadãs na transformação

positiva em diferentes ambientes

de convívio.

Disponibilização do jornal para

leitura diária como ferramenta

para ampliar as discussões e

relacionar acontecidos.

Intervindo artisticamente em

instituições e locais públicos;

Sabendo da importância em

conhecer os direitos e deveres

individuais e coletivos dentro de

um mesmo ambiente;

Compreendendo a capacidade

individual e coletiva de

mobilização e transformação

social;

Entendo a relação individuo-

sociedade-espaço na construção

de uma cultura coletiva de

respeito ao meio ambiente e

qualidade de vida;

33

ÁREA DE CONHECIMENTO

Linguagem verbal Educador: Rodrigo Moura

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Reconhecer os meios de

comunicação atuais como

elementos de difusão de

ideias e conservação da

cultura popular.

Favorecer o interesse pela

leitura.

Gêneros textuais:

narrativos,

descritivos,

informativos,

literários.

Comunicação verbal

e não verbal.

Manifestações da

cultura popular

brasileira.

Produção de texto

Convenções da

escrita (pontuação,

ortografia,

acentuação)

Normas da língua

culta da coloquial

Leitura oral e

silenciosa

Utilização dos livros: Lendas Brasileiras

para Jovens de Luís da Câmara

Cascudo; Viagem pelo Brasil em 52

Histórias de Silvana Salerno,

apresentando a cultura popular através

dos contos.

Leitura de textos narrativos e descritivos,

interpretação.

Promoção de momentos para reflexão e

partilha de diferentes pontos de vista,

ampliando a discussão por meio de

recursos midiáticos como o jornal e a

internet.

Visitação ao Museu Afro-brasileiro e

Museu da Língua Portuguesa para

vivências acerca dos conteúdos

abordados ao longo do projeto.

Momentos de reflexão por meio de

recursos midiáticos como o jornal e a

internet. Experiências com ferramentas

tecnológicas na comunicação dos

saberes construído ao longo do projeto.

Produção de murais informativos com

textos escritos a partir das pesquisas e

conversas realizadas.

Educandos:

Interessados pela leitura

de diferentes portadores

de textos.

Familiarizados com os

tipos de leitura e escrita.

Expressando-se por

meio da escrita.

Utilizando corretamente

as convenções da escrita

em textos produzidos por

eles.

Lendo

Reconhecendo a função

social dos meios de

comunicação.

34

História Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Desenvolver a capacidade

reflexiva e argumentativa

diante os recursos

midiáticos.

Compreender a própria

realidade e identidade a

partir do paralelo com

acontecimentos no Brasil e

no mundo.

Aprimorar as habilidades

interpretativas e descritivas

acerca de referenciais

espaciais e temporais.

Homem como

elemento ativo na

construção de sua

história

Conceitos

históricos e

sociais sobre o

Brasil e a história

individual.

Exibição do filme Uma História de Amor e

Fúria de Luiz Bolognesi, para conhecimento

e reflexão sobre as influências culturais das

três principais matrizes étnicas durante os

500 anos da história do Brasil.

Utilização de diferentes portadores de

imagem, gráficos, mapas e vídeos

fundamentando assuntos abordados nas

rodas de conversa e debates acerca dos

acontecimentos no Brasil e no mundo e o

impacto nas vidas das pessoas.

Reconhecendo no passado

e presente elementos que

contribuem para a

construção de nossa

identidade;

Descrevendo de forma

clara o espaço e o tempo

por meio de referências;

Artes: Plástica/ Visual Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Conhecer a linguagem

artística como meio de

comunicação

Arte Naïf;

Manifestações

artísticas

brasileiras;

Apreciação de obras de arte de artistas

como Damasceno, Mestre Vitalino e Bispo

do Rosário para inspiração e produção

plástica.

Criativos e organizados;

Comunicando-se por meio da

produção artística;

Compreendendo diferentes

formas de se expressar através

da arte plástica;

Valorizando suas produções e

dos colegas;

35

Teatro Arte educadora : Rosana Andrade

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de resultados

Potencializar a

capacidade criativa

e expressiva, tanto

individual quanto

coletivamente;

Dar continuidade à

pesquisa teatral,

por meio da

investigação da

figura do contador

de histórias.

Jogos

dramáticos e

teatrais;

O Griot e/ou o

Mestre – a

relação entre a

oralidade e a

escrita

A Cena –

composição

entre narrador,

personagem. O

texto e a criação

dramatúrgica.

Apresentação do projeto por meio

do filme: Os narradores de Javé e

O contador de histórias;

Leitura de diferentes textos narrativos

da tradição popular (a indicação

inicial – Princesa de Bambuluá e

Chico Rei – Câmara Cascudo e Boi

Leição – Stela Barbieri)

Promoção de rodas de conversa para

o debate e compreensão dos

conteúdos;

Pesquisa e investigação em

diferentes fontes: livros, internet,

filmes, músicas;

Jogos apoiados por elementos

como textos, objetos, músicas e

imagens;

Criação de personagens e ou

cenas com improvisação a partir

do texto escolhido;

Utilização de recurso audiovisual

para ampliação do repertório

figurativo;

Ampliando a capacidade oral

e escrita com diferentes

signos;

Comunicando-se com clareza;

Se apropriando do trabalho;

Valorizando os contos da

tradição oral no processo de

transmissão das histórias

preservadas na cultura popular;

Apresentação do exercício

cênico ou espetáculo

resultante do processo

Ampliando a capacidade oral

e escrita com diferentes

signos;

Comunicando-se com clareza;

Se apropriando do trabalho;

Valorizando os contos da

tradição oral no processo de

transmissão das histórias

preservadas na cultura popular;

Apresentação do exercício

cênico ou espetáculo

resultante do processo.

36

Linguagem matemática Educadora: Cícera Iara

Objetivo Conteúdo Metodologia Parâmetros de

resultados

Estimular o

raciocínio lógico

Lógica, abstração e

propriedades matemáticas.

Tempo/espaço

Dinâmicas que possibilitem exercitar a

criatividade, imaginação, inovação e reflexão,

Atividades com jogos lógicos

Resolvendo situações

problemas através do

dialogo e de maneira

pacifica.

Respeitando limites

tanto próprio quanto do

outro.

Registro/ Meios de Verificação

Os instrumentos utilizados como meio de verificação de resultados e replanejamento, serão:

Observação e registo reflexivo do processo;

Planejamento e relatórios;

Avaliação junto às crianças e adolescentes, bem como, com seus responsáveis;

Registro fotográfico;

Produções artísticas;

Murais e painéis informativos;

37

Educadores

Para que o trabalho socioeducativo seja eficaz é necessário que os educadores aprimorem sua prática e se coloquem no

estudo, desta maneira o olhar para sua formação em serviço será planejado e sistemático. Nosso itinerário formativo

buscará a ampliação de seus recursos teóricos e práticos, a responsabilidade, a criatividade, o compromisso, a tenacidade

e o relacionamento pessoal.

Objetivos Conteúdos Parâmetro de Resultado

Assegurar a prática de pesquisa e estudo

para aprimorar a metodologia;

Assegurar a análise e estudo do processo

de desenvolvimento de seus educandos;

Assegurar a utilização do planejamento

como instrumento de trabalho;

Planejamento;

Registro e avaliação da própria

prática;

Avaliação e replanejamento;

Pesquisa, estudo e partilha de

conhecimento;

Fundamentando sua

prática por meio de

conhecimento teórico

Desenvolvendo atividades

com intencionalidade

Construindo seu

planejamento de acordo

com a Proposta

Pedagógica

38

Família e Comunidade

Reconhecendo que a família tem um papel insubstituível na formação ética e no bem estar de seus membros, entendemos que

é nossa parceira, portanto, corresponsável na educação e formação das crianças e adolescentes. Nossa ação junto às famílias

terá como intuito ampliar suas chances de emancipação aliando o trabalho socioeducativo à promoção do fortalecimento

pessoal e social, aumentando seu grau de informação, abrindo espaço para a conversa, resolução de conflitos, aquisição e

ampliação da noção de direitos e deveres.

Da mesma maneira, nos colocamos o compromisso de também iniciar parceria com as escolas e outras organizações do

bairro a fim de conhecer, nos fazer conhecer, ampliar e fortalecer o trabalho.

Objetivos Conteúdos Parâmetro de Resultados

obtidos

Fortalecer a família por meio da conversa,

valorizando a escuta a cerca de preocupações;

relacionadas ao convívio familiar e relacionamento

com os filhos;

Estimular o papel da família na educação de seus

filhos;

Reuniões de pais com rodas de

conversa sobre direitos das crianças,

alimentação, saúde e lazer...

Apresentação de pequenos vídeos

com processo vivenciado nas

atividades com as crianças.

Conversas com as educadoras e

diretora individualmente, quando

necessário.

Participação em passeios e

atividades cotidianas na unidade

Famílias:

Participando efetivamente das

atividades propostas

Participando de eventos e

festas

Reconhecendo aspectos

positivos em relação ao filho

Conhecendo direitos e deveres

das crianças de acordo com o

Estatuto da Criança

39

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