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Faculdade de Educação Curso de Pedagogia RELATÓRIO DE PRÁTICA DO III CICLO Projeto : Somos iguais, mas também somo diferentes. Racismo preconceito, discriminação e inclusão. Acadêmica: Sílvia Ribeiro Professores: Ana Cristina Souza Rangel Denise Ceroni Denise La Sálvia Denise Wildner Theves

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Faculdade de EducaçãoCurso de Pedagogia

RELATÓRIO DE PRÁTICADO III CICLO

Projeto : Somos iguais, mas também somo diferentes.Racismo preconceito, discriminação e inclusão.

Acadêmica: Sílvia Ribeiro

Professores: Ana Cristina Souza Rangel Denise Ceroni

Denise La Sálvia Denise Wildner Theves Lenir Moraes Maria Luiza Moreira Marta Quintanilha Gomes Silvana Waskow

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1. INTRODUÇÃOO presente trabalho acadêmico interdisciplinar tem como finalidade a conclusão das

disciplinas de Pesquisa V: Ação Didático - Pedagógico nos anos iniciais l e Pesquisa

Vl: Ação Didático- Pedagógico nos Anos iniciais ll, do curso de Pedagogia do Centro

Universitário Ritter dos Reis tendo com principal objetivo o aprofundamento dos

conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas do lll ciclo, o estudo ação

didático- pedagógica e a realização da prática docente em uma classe de quinto ano

do ensino fundamental.

O trabalho foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Simões Lopes

Neto em uma turma que possui 29 alunos com idades que variam de 10 a 17 anos.

Constitui em observar a turma durante alguns dias e assim definir o projeto. O trabalho

foi baseado teoricamente em pesquisas e leituras a respeito das culturas Africanas, no

livro Diversidade no ambiente escolar e demais livros trabalhos que serão citados no

decorrer da narrativa.

2. ESTUDO DA REALIDADE ESCOLAR

2.1 Estudo da escola e de seu contexto

A escola de Ensino Fundamental Simões Lopes Neto esta situada a travessa Irmão Pedro S/N, no Bairro Teresópolis, em Porto Alegre.

A escola foi criada em 1957 como anexo do Instituto de Educação Flores da Cunha em face da necessidade de terminalidade do segundo grau – Magistério.

Após 1958 pelo decreto de criação número 8754 de 11/02/1958 passou a grupo escolar como escola de terceira categoria.

Em 1959 deixa de ser um anexo do Instituto de Educação.

Em 1977 passa a denominar-se Escola Estadual de primeiro grau Incompleto Simões Lopes Neto.

Em 1989 Escola Estadual de primeiro grau Simões Lopes Neto.

Em 2000 Escola Estadual de Ensino Fundamental Simões Lopes Neto.

Filosofia da escola

“Busca de uma educação para a mudança, onde o aluno, sujeito da educação, seja direcionada a uma conduta participativa, crítica e consciente, desenvolvendo um espírito de cidadania através do trabalho pedagógico democrático e entrosado, a fim de que prevaleça o clima de união e cooperação dos envolvidos em prol de uma sociedade mais justa, promovendo uma política de conscientização ambiental”.

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Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. (Paulo Freire).

Trabalho algum é fruto de um homem só. (Lema da escola, resgatado a partir de levantamento datado de 1958).

A escola é composta de 22 funcionários, com o número total de alunos 465, onde 18 dos funcionários são professores, 12 contratados e seis são nomeados.

SOE funciona somente pela manhã, uma vice-diretora somente no turno da manhã, 1 funcionário para a limpeza, 2 merendeiras e 1 secretária.

Uma monitora que esta de licença há um ano, uma coordenadora pedagógica no turno da tarde, que é professora de português e não faz o trabalho de coordenação, somente cuida das crianças no pátio.

Plano de Ensino com registros diários, semanário, mensal e trimestral.

Avaliações parciais e depois trimestrais.

IDEB foi avaliado como muito bom no ano de 2012.

Evasões muito poucas, menos de 10%.

Alunos de Inclusão: 3 alunos com necessidades especiais com laudo, somente um

professor por turma, inclusive as que possuem alunos de inclusão, antes tinha uma

redução de alunos por turma, até 20 alunos, hoje, tem que ter 3 alunos de inclusão

com laudo em cada sala de aula para ter direito a 20 alunos no turma. A média de

alunos em cada uma destas turmas é de 25 alunos.

A escola dispõe de data show, sala de informática, Biblioteca, Xerox, 2 quadras de

esportes não cobertas, uma pracinha ara primeiro e segundo ano, que tem o recreio

em horário e espaço diferenciado, mesas de Xadrez de concreto no pátio.

2. 2 Estudo da sala de aula A sala de aula é ampla e arejada, uma parede inteira com janelas, com cortinas novas

e limpas, dois ventiladores de teto e um na parede, com relógio de parede, dois

armários, que servem para guardar o material da turma da tarde e da turma da manhã,

no fundo da sala de aula, uma biblioteca com bolsos grandes para cada livro.

As classes são todas novas, assim coma as cadeiras. Tem também, na sala de aula,

uma vassoura e uma pá de lixo, onde no final da aula, uma dupla se dispõe a varrer e

organizar a sala.

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2.3 Diagnóstico da realidade

A observação foi feita na turma 51, composta de 29 alunos, 15 meninos e 14 meninas,

com a faixa etária entre 10 e 12 anos, porém tem um aluno com 17 anos que possui

laudo de alguma deficiência intelectual, mas a família não aceita a hipótese de

tratamento diferenciado ou troca de escola, pois foi sugerida a transferência para a

escola Aparício Borges em uma turma de EJA.

A professora é afetiva, amorosa, conhece a história de cada um e suas famílias,

cumprimenta quando chega, fala com muita calma em tom baixo, atendendo

individualmente quando necessário e o grupo como um todo com igualdade,

conduzindo os conteúdos com naturalidade, sempre seguindo as combinações feitas

com os alunos.

A professora Renata Farias é a titular da turma, trabalha todas as disciplinas: Língua

Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Educação Artística, Educação Física,

Religião e Informática.

O incentivo à leitura é trabalhado com a turma em conjunto com a professora, onde ela

vai lendo, aos poucos, para a turma e, no final, é feito um trabalho referente a esta

leitura.

O livro que estava sendo trabalhado com a turma na observação era Felpo Filva, da

autora Eva Funari, que conta a história do Felpo, um coelho poeta um pouco

neurótico. Um dia, ele recebeu a carta de uma fã que discordava dos seus poemas, a

Charlô. Ele ficou muito indignado e isso deu início a uma troca de correspondências

entre eles. O livro conta essa história de maneira divertida, usando os mais variados

tipos de texto, como poema, fábula, carta, manual, receita e até autobiografia,

permitindo, assim que o leitor entre em contato com as diversas funções da escrita.

Estes livros de literatura, na maioria das vezes, são comprados pela professora que

trabalha também com partes pontuais dos livros didáticos, não seguindo à risca este

material, montando assim o seu plano de aula.

A escola fornece o lanche para os alunos, embora a maioria traga lanche da casa,

mas mesmo esses alunos também comem o lanche da escola, lanchando duas vezes,

podendo repetir o lanche da escola, por serem os últimos a lanchar.

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O lanche varia: bolacha de água e sal com Nescau, sucrilhos com iogurte, sanduíche

de presunto e queijo com suco, arroz com lentilha e carne de porco com salada de

repolho.

O lanche é feito no refeitório em um espaço reservado, tendo que saírem da sala de

aula. Esse deslocamento é feito em fila, onde saem primeiro os meninos e depois as

meninas.

Após o lanche, eles voltam para a sala de aula, podem ir em duplas ao banheiro e

fazer a escovação dos dentes, o restante fica aguardando o recreio na sala de aula,

terminando suas atividades ou lendo um livro se quiserem.

O recreio, em dias que não está chovendo, é no pátio da escola, onde se dividem com

o outro quinto ano e com as turmas de quarto ano. Quando chove, eles não têm

recreio, saindo quinze minutos antes, às 17horas e 15minutos.

A professora Renata costuma dar tema de casa para os alunos, quem não fizer algum

tema da semana, leva um tema extra na sexta feira. A turma é bastante agitada,

conforme relato da professora, ficam em pé e caminham pela sala de aula, é uma

turma com mudanças de comportamento bem explícitas, é só a professora se afastar,

que eles mudam completamente. São curiosos e falantes, brigam algumas vezes entre

si, se comunicam através de bilhetes, mas, ao mesmo tempo, conhecem uns aos

outros, sabendo da realidade de cada um, pois vieram de um quarto ano conturbado,

onde houve três trocas de professoras e um pedido de afastamento de um professora

por agredir um aluno.

Acredito que esses incidentes fizeram com que a turma criasse um vínculo maior entre

eles, às vezes brigam, mas são muito unidos e preocupam-se quando algum colega

falta à aula. Esta turma tem alguns alunos que faltam com frequência, são sempre os

mesmos, o restante frequenta a aula regularmente. Durante a observação, fiquei um

pouco apreensiva, pois se trata de uma turma muito grande, e como chegar no

primeiro dia de estágio sem conhecê-los, sem poder chamá-los ao menos pelo nome?

Resolvi, então, ajudá-los a fazer o presente para o dia das mães a pedido da

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professora, o que aceitei na hora, pois a aproximação com eles seria inevitável, já que

seriam feitos em duplas.

Fui convidada a participar do chá em homenagem ás mães e aceitei o convite.

A turma tem a carência da prática de esportes, pois não tem professor de Educação

Física. Nesse horário, muitas vezes, eles pegam uma bola e ficam jogando sem

conhecerem as regras do Vôlei, Handebol, Basquete e Futebol.

PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA DOCENTE

3.1 PROJETO DE TRABALHO

a) Dados de Identificação:Nome: Escola Estadual de Ensino Fundamental Simões Lopes Neto

Turma: 51

Ano: 5º

Nº de alunos: 29, sendo 14 meninos e 15 meninas

Professora Titular: Renata Farias, com formação em Magistério, curso Normal, no Colégio Paulo da Gama. Fez o curso de Pedagogia com habilitação em supervisão Escolar na FAPA, formou-se em 1996. Tem 18 anos de Estado e antes trabalhava em escolinhas como professora Jardineira.

b) Delimitação do tema:

Título: “Somos iguais, mas também somos diferentes.”

Após o tempo de observação, senti a necessidade de fazer mais horas, pois ainda não

havia identificado no grupo algum tema que pudesse servir para o nosso projeto, então

fiz mais alguns dias de observação, deixando duas horas somente para a delimitação

do tema.

Os temas foram propostos pela turma, após uma conversa sobre a importância do

mesmo. A turma ficou dividida entre os temas sobre os animais, sobre os peixes,

dinossauros, sistema solar, mas não chegaram a uma escolha única, então

disponibilizei mais meia hora para que conversassem e combinassem entre si o tema

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a ser escolhido. Após esse tempo, ficou escolhido o tema sobre o Racismo, que partiu

do aluno Cauã que queria estudar mais sobre os animais, especialmente os macacos,

pois algumas pessoas estavam colocando nas redes sociais que eram macacos, e

isso estava acontecendo por causa do racismo que um jogador e um juiz de futebol

estavam sofrendo.

Nesse momento, toda a turma começou a gritar e pular, dizendo que também queria

estudar este tema. Com tamanha agitação, para que se acalmassem, pedi então que

quem quisesse estudar sobre este tema levantasse o braço. Eram 28 alunos

presentes naquele dia e 25 alunos levantaram o braço, surgindo assim o tema de

nosso projeto.

Fotos 9 e 10- Momento da problematização e escolha do tema.

c) Problematização e justificativa

Surgiu então o tema sobre Racismo, Preconceito, Discriminação e Inclusão, mas como

trabalhar este tema, sem polêmica? Muito difícil a abordagem até mesmo entre eles

que decidiram e escolheram o tema. Conversamos mais uma tarde sobre racismo, as

formas de racismo, de preconceito, diferenças entre eles. Mas, e como trabalhar as

diferenças? Resolvemos então colocar o nome do projeto de “SOMOS IGUAIS, MAS

TAMBÉM SOMOS DIFERENTES”.

d) Rede temática

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e) ObjetivosOs objetivos deste projeto são:

o Trabalhar com a diversidade étnico cultural de nosso país, visando a mostrar

para o aluno as diferenças e diversidades nele contidas;

o Valorizar a cultura negra Africana e Afro Brasileira, mostrando que situações de

racismo, preconceito em sala de aula, não são uma coisa boa;

o Tentar melhorar o respeito ao colega, elevando a autoestima de todas as

crianças; Mostrar a riqueza da cultura africana, trazendo à tona assuntos

relacionados aos seus contos, lendas, com abordagens de fácil entendimento,

estabelecendo relação com a sociedade e grupo social e com o outro, cada um

com sua cultura, religião, poder econômico e aparência físicas distintas, todos

em um mesmo grupo, com suas diferenças e semelhanças;

o Sistematizar os conceitos, através do diálogo, da conversação entre os alunos;

Delimitar relações históricas, sociais, políticas e humanas, através do

pensamento justo de que o outro que é diferente de mim, não é melhor nem

pior, apenas diferente.

o Fazer refletir sobre como, ao longo de nossa história, o negro foi visto de forma

negativa e que a África ainda é vista dessa mesma forma;

o Desconstruir esta imagem dentro da sala de aula, trabalhando com a igualdade

e diferenças de forma positiva, através da reflexão e da percepção,

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vivenciando essas abordagens, analisando fatos, intervindo e transformando

essa realidade.

f) Formas de MediaçãoIntrodução:

o Com bonecos de cor branca e negros, problematizar as diferenças e

igualdades.

Desenvolvimento:o Confecção de máscaras da cultura africana, trabalhar o significado das

máscaras nesta cultura.

o Vídeo “Vista a minha pele” e vídeo “A cor da cultura”.

o Mosaico do mapa do Brasil, em papel pardo colar vários rostos no mapa,

inclusive o rosto das crianças, mostrando a diversidade de nosso País.

o Imagens de personalidades negras ou que já sofreram racismo, debater se já

conhecem estas pessoas, enquanto mostra as fotos.

o Árvore genealógica tema de casa para ser feito com as famílias, aproximar as

crianças de sua realidade e contexto familiar.

o Álbum da família confecção dos bonecos de cada membro da família com

fantoches colados em palitos de picolé, após a confecção do gráfico da família.

o Atividade com mapas do Continente Africano, América do Sul e Brasil,

mostrando o roteiro dos negros na época da escravidão.

o Seminário da cultura Africana e Indígena, cada aluno deverá levar um livro que

fale da cultura Africana ou Indígena para casa, após a leitura, fazer um

pequeno resumo que será socializado com a turma individualmente.

o Seminário APARTHEID em quatro grupos a turma será dividida para que seja

feita a pesquisa referente a Zumbi dos Palmares, Princesa Isabel, Martin

Luther King e Nelson Mandela, trabalhando também o amparo legal como Lei

Áurea, Lei Afonso Arinos, lei 10639, Constituição de 1988- Artigo 5 e Estatuto

da Igualdade Racial. Cada grupo deverá fazer um cartaz em cartolina ou papel

pardo com fotos e dados da pessoa a ser pesquisada.

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o Leitura do texto “Aquilo”, para ser trabalhada a concepção de diferença.

o Leitura dos livros Meu Amigo Down, Ninguém é igual a ninguém e Bullyng, o

que fazer? Que será feita com a turma para após a leitura ser feita uma

discussão sobre os temas com o grupo.

Fechamentoo Após cada atividade, deverá ser feito um registro no portfólio. Através de um

pequeno relato ou desenho.

g) AvaliaçãoA avaliação será feita através de uma retomada das aulas dadas e será feito um

registro no portfólio de cada aluno

3.2 PLANO DE AULA

a) PRIMEIRO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 02/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Racismo, preconceito, discriminação e Inclusão

2. Objetivos Específicos:

Valorizar a cultura negra (Africana e afro-brasileira) como forma de diminuir ou mesmo eliminar as situações de preconceito, racismo e discriminação em sala de aula.

Proporcionar a melhora do relacionamento e entendimento deste tema com os alunos. Elevar a autoestima das crianças, favorecendo a identificação dos alunos com suas de raízes étnico raciais, reconhecendo suas influências no ambiente escolar e a importância do negro na cultura mundial e brasileira.

Falar do mundo, da sociedade de hoje, principalmente das que enfrentaram e ainda enfrentam desafios contra a discriminação hoje.

Conscientizar se sobre a importância da para a construção de uma sociedade multirracial em que as diferenças não são desigualdades.

3. Formas de mediação:

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3.1 Introdução:

Abordagem e delimitação da rede temática, fazendo as combinações e confecção de cartaz em papel pardo da referida rede temática que ficará exposto em sala de aula.

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Confecção da capa do portfólio individual que servirá como registro de todas as atividades desse projeto, com textos, poesias, desenhos, fotos e trabalhos no decorrer do mesmo.

Atividade 3- Construção da rede temática com os alunos.

Atividade 2- Manipulação de vários bonecos dentro da sala de aula, de cores negras e brancas. Debater com as crianças e ver como se comportam diante dos bonecos, trazendo a tona conversas e debates sobre os bonecos, com conversas e relatos individuais, abordando o tema “igualdades e diferenças”.

3.3 Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: Os alunos deverão trazer letras de vários tamanhos e formatos e figuras de rostos de pessoas para a atividade do dia seguinte.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia.

b) SEGUNDO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 03/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Mapas do Continente Africano e da América do Sul, de que países Africanos foram trazidos os negros para o nosso continente.

2. Objetivos Específicos:

Conhecer o trajeto feito pelos negros.

Reconhecer os países africanos específicos de onde vieram negros para o Brasil.

Identificar em que estados brasileiros eles foram escravizados.

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Reconhecer a diversidade de culturas em nosso País. Confeccionar sua árvore genealógica, valorizando sua origem. Reconhecer os negros mais conhecidos no mundo inteiro, as “personalidades negras”, assim como os principais lutadores contra o racismo e sua importância para a nossa história, além de personalidades que já sofreram racismo. Identificar os membros da sua família através de desenhos.

3. Formas de mediação:

3.1 Introdução:

Manuseio dos mapas dos continentes Africano e América do Sul, relato de como estas pessoas foram trazidas para o nosso continente e de que maneira, chegando aqui, o que aconteceu depois disso?

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Manuseio dos mapa mundi, da África e da América do Sul e do Brasil.Atividade 2 - Mosaico do mapa dos Brasil, onde o mapa será preenchido de norte a sul com rosto de várias etnias, inclusive fotos dos alunos, mostrando a diversidade cultural e étnico racial de nosso país.

.

3.3 Fechamento: Após as atividades os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada nesse dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: Fantoches da família, com palitos de picolés e desenhos das crianças.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia.

c) TERCEIRO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 04/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Colagem dos fantoches da família em palitos de picolés

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2. Objetivos Específicos: Observar e reconhecer as diferenças entre as famílias de cada aluno, cada uma com suas diferenças.

3. Formas de mediação: Conversa com os alunos sobre suas famílias número de componentes, diferenças. 3.1 Introdução:Trazer a ideia da cultura africana, rica em lendas, mitos e costumes. Amparo legal, leis que transformaram e estão transformando nossa visão sobre a cultura africana.

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Confecção dos fantoches da família d cada aluno.

Atividade 2- Colagem dos fantoches em palitos de picolés no portfólio. Atividade 3- Aula de vídeo na sala de informática. Vídeo: “Vista a minha pele”. Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: Levar para casa os livros sobre contos africanos e indígenas, para o dia seguinte socializar com o restante da turma, cada um contará a história do livro. Esta atividade poderá ser feita individualmente ou em duplas e trios, o que será combinado no dia, dependendo do número disponibilizados no momento.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

d) QUARTO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 05/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Confecção das máscaras Africanas

2. Objetivos Específicos:

Reconhecer e compreender a importância das máscaras na cultura africana.

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3. Formas de mediação:

3.1 Introdução:

Abordagem da construção das máscaras.

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Em um circulo feito com as classes os alunos vão iniciar a montagem das máscaras, com a ajuda do colega Laerte Cardoso, que gentilmente se disponibilizou a vir dar esta oficina para os alunos.

Atividade 2- Colagem do papel pardo nas máscaras com cola e secar com secador.

Atividade 3- Dinâmicas variadas para o horário de Educação Física,com mágicas, telefone sem fio e relaxamento.

3.3 Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada nesse dia, através de um breve relato ou desenho para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: escrever o significado de cada máscara para ser colocado no portfólio.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

e) QUINTO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 06/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Término das máscaras da cultura Africana.

2. Objetivos Específicos:

Retomar a importância das máscaras na cultura Africana.

3. Formas de mediação:

3.1 Introdução:

Histórias de Nelson Mandela, Martin Luther King, Princesa Isabel e Zumbi dos Palmares, através de pesquisa em grupo sobre os seguintes dados: ano de nascimento, cidade, estado e país em que nasceram e o que

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fizeram pela luta contra o racismo. Foi reconhecido mundialmente? Ganhou algum prêmio? Ano de sua morte, qual idade tinha quando morreu?

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Pintura das máscaras individualmente e colocar para secar.

Atividade 2- Colagem no portfólio das atividades feitas até agora.

3.3 Fechamento: Após as atividades os alunos deverão colocar no portfólio

individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada nesse dia, através

de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro

dessas atividades.

4. Tema de casa: Árvore genealógica de cada um, com a ajuda da família.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

f) SEXTO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 09/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Apresentação do Seminário das Leituras Africanas e Indígenas.

2. Objetivos Específicos: Abordagem da cultura africana num contexto geral através de seus contos e lendas.

3. Formas de mediação:

a. Introdução:Apresentação individual de cada aluno, contando através de uma síntese ou resumo o seu livro e o que entendeu sobre ele, compartilhando com a turma seu aprendizado.Trazer a ideia da cultura africana, rica em lendas, mitos e costumes. Amparo legal, leis que transformaram e estão transformando nossa visão sobre a cultura africana.

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b. Desenvolvimento:

Atividade 1- Apresentação individual e leitura dos resumos.

Atividade 2- Construção do gráfico da família em papel pardo, colagem com postites de cores diferenciadas.

Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: Não haverá.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

g) SÉTIMO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 10/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Término do gráfico da família

Objetivos Específicos: Contextualizar e retomar a aula anterior, quantificando o número total de pessoas nas famílias dos alunos.

2. Formas de mediação:

2.1 Introdução: Num trabalho coletivo, faremos a comparação entre as famílias dos alunos quanto ao número de seus componentes, utilizando as operações matemática da adição e multiplicação.

2.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Utilizaremos o quadro, primeiro com a operação da adição e, em um segundo momento, com a multiplicação, enfatizando que o resultado deverá ser o mesmo, nas duas operações.

Atividade 2 – Registro das descobertas que fizemos trabalhando com o gráfico da família.

Atividade 3 – Divisão dos grupos do seminário APARTHEID- Grupo 1- Zumbi dos Palmares e Lei Afonso Arinos.

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Grupo 2- Princesa Isabel, Lei Áurea e Lei 10.639.Grupo 3- Martin Luther King e Constituição de 1988, artigo 5.Grupo 4- Nelson Mandela e Estatuto da Igualdade Racial.

Atividade 4- Leitura do Conto “Baobá, a Árvore de ponta cabeça”, do livro “Histórias encantadas Africanas”, da autora Ingrid Biesemeyer Bellinghausen.

.

3.3 Fechamento: Após as atividades os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

3. Tema de casa: Pesquisa sobre Seminário APARTHEID.

4. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia.

h) OITAVO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 23/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Seminário “APARTHEID”

2. Objetivos Específicos:

Reconhecer que as identidades são construídas por memórias, saberes, pesquisas, leituras, descobertas.Participar de uma conversação com os colegas, compartilhando os conhecimentos adquiridos através deste seminário.Reconhecer os contextos históricos, culturais, sociais e políticos, refletindo sobre a interligação entre os que foram abordados.

3. Formas de mediação:

3.1 Introdução:

Histórias de Nelson Mandela, Martin Luther King, Princesa Isabel e Zumbi dos Palmares através de pesquisa em grupo com os seguintes dados: ano de nascimento, cidade, estado e país em que nasceram e o que fizeram pela luta contra o racismo. Foi reconhecido mundialmente? Ganhou algum prêmio? Ano de sua morte, qual idade tinha quando morreu?

3.3 Desenvolvimento:

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Atividade 1- Apresentação do grupo “Zumbi dos Palmares”, socialização e debate com o resto turma.

Atividade 2- Apresentação do grupo “Princesa Isabel, socialização e debate com o resto da turma.

Atividade 3- Apresentação do grupo “Martin Luther King, socialização e debate com o resto da turma.

Atividade 4- Apresentação do grupo “Nelson Mandela”, socialização e debate com o resto da turma.

3.3 Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada nesse dia para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Tema de casa: Pesquisar sobre pessoas com necessidades especiais para a retomada no dia 16 de junho.

5. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

i) NONO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 24/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Personalidades que sofreram ou atuaram contra o racismo na história antiga e contemporânea.

2. Objetivos Específicos: Valorizar a cultura negra (Africana e afro-brasileira) como forma de diminuir ou mesmo eliminar as situações de preconceito, racismo e discriminação em sala de aula, proporcionando assim a melhora do relacionamento e entendimento deste tema com os alunos.

Elevar a autoestima das crianças, favorecendo a identificação delas com suas raízes étnico raciais e reconhecendo suas influências no ambiente escolar e a importância do negro na cultura mundial e brasileira.

Falar do mundo, da sociedade de hoje, principalmente das que enfrentaram e ainda enfrentam desafios contra a discriminação.

Conscientizar-se sobre a importância da construção de uma sociedade multirracial em que as diferenças não sejam desigualdades.

Reconhecer e compreender os conceitos de diferenças, desigualdade, racismo, preconceito, discriminação e inclusão.

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3 Formas de mediação:

3.1 Introdução:Mostrar as fotos das personalidades, com uma conversa sobre quem foram e são estas pessoas.

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Trabalhar com as fotos das personalidades.

Atividade 2- Leitura e interpretação do texto “Aquilo”. Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia para que o mesmo fique como registro destas atividades.

3. Tema de casa: Leitura de livros que abordam temas como necessidades especiais, bullyng, idosos e inclusão social.

4. Avaliação: A avaliação será realizada através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual.

j) DÉCIMO DIA

Nível: Quinto Ano- turma 51Data: 26/06/2014

Projeto: “Somos iguais, mas também somos diferentes”

1. Tema de estudo: Vídeo “A cor da cultura”.

2. Objetivos Específicos:

Desmistificar através do vídeo a imagem negativa do negro;

Provocar questionamentos que problematizem uma percepção imposta e equivocada da dignidade humana; Contribuir para a formação de valores anti-discriminação.

3. Formas de mediação:

3.1 Introdução:

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Trazer a ideia da cultura africana, rica em lendas, mitos e costumes. Amparo legal, leis que transformaram e estão transformando nossa visão sobre a cultura africana.

3.2 Desenvolvimento:

Atividade 1- Em um primeiro momento os alunos assistirão ao vídeo “A cor da cultura”, logo após um debate sobre o vídeo.

Atividade 2- segundo vídeo “Vista a minha pele”.

3,3 Fechamento: Após as atividades, os alunos deverão colocar no portfólio individual o seu relato sobre cada atividade trabalhada neste dia, através de um breve relato ou desenho, para que o mesmo fique como registro destas atividades.

4. Avaliação: A avaliação será através de um debate com a turma sobre o que aprenderam neste dia, que será registrado no portfólio individual e encerramento do projeto.

3. RELATO REFLEXIVO SOBRE A PRÁTICA DOCENTE

Primeiro dia de aula

Nesse dia, nos primeiros períodos, as crianças tiveram avaliação de Português.

Na volta do recreio, começamos com uma explicação sobre a rede temática, os assuntos que seriam abordados durante o projeto, aqueles pelos quais eles demonstraram muito interesse. Os alunos prestaram bastante atenção, achando diferente, ter que colocar no papel o que irisam aprender.

No segundo momento, fizemos a rede temática em papel pardo.

Fotos 11 e 12- confecção da rede temática;

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Depois, os alunos receberam o seu portfólio, cada um o seu, com a sua foto colada na capa, teriam então que fazer a capa, relacionando-a com a nossa rede temática.

Fotos 13 e 14- Elaboração da capa do portfólio individual.

Seguiu-se a atividade de manipulação de bonecos na sala de aula, abordando o tema sobre as diferenças raciais, já que tínhamos bonecos de várias cores, e cabelos diferentes.

Nesta atividade, não foi tirada foto e foi uma pena não ter dado tempo de fazer este registro, mas a conversa valeu muito a pena. Eles manipularam os bonecos, até mesmo os meninos pegaram os bebês e as Barbies e chegaram a um consenso de que as crianças são iguais, o que muda realmente é a cor, mas o cuidado dos bebes deve ser o mesmo, em casa na escola e na sociedade. Todos têm os mesmos direitos à igualdade racial, independente de sermos brancos, negros, índios. Também temos direito a mesma educação, à saúde e lazer. Fiz estas perguntas e eles iam respondendo, foi muito válida mesmo essa atividade.

Tema de casa: Se possível, trazer recortes de rostos de pessoas de várias etnias e letras de vários formatos e tamanhos para a confecção do mosaico do mapa do Brasil.

Segundo dia de aula

Colagem dos rostos no mapa do Brasil, conversando sobre a diversidade étnico racial de nosso país.

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Fotos 14 e 16- Construção do Mosaico com o Mapa do rasil.

Apresentação do mapa mundi, da América do Sul, do Brasil e do continente africano, mostrando para eles o roteiro dos escravos da África para o nosso continente.

Fotos 17 e 18- Mosaico do Brasil e mapas (atrás) e colado na parede da sala de aula.

Terceiro dia de aula

Confecção dos fantoches da família e fazer, no portfólio, o registro das atividades deste dia e dos dois dias anteriores.

Fotos 19 e 20- registro das atividades no portfólio.

Aula em vídeo na sala de informática, mas não deu muito certo, pois a TV não funcionou e não conseguimos som nos computadores para assistirmos ao vídeo “Vista a minha pele” no You tube.

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Fotos 21 e 22- Sala de vídeo com o vídeo “A cor da minha pele”.

Quarto dia de aula

Visita do colega do curso de Pedagogia, Laerte Cardoso, para uma oficina de confecção de máscaras africanas.

As máscaras sempre foram as protagonistas da cultura africana. Para os africanos, elas representam um disfarce místico, com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e usá-las em beneficio da comunidade.

Estão destinadas a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal no momento de sua morte.

A energia captada na máscara é controlada por quem a usa e distribuída para a comunidade em rituais de cura dos doentes, rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos.

A máscara transforma o corpo de que a usa e empresta suas características para a pessoa. Também são muito usadas em casos de guerra e competição.

De acordo com um guerreiro da tribo Ibibia: “Uma máscara é um ser que protege quem a carrega”.

Fotos 23 e 24- Oficina de máscaras de máscaras com Laerte Cardoso.

Neste dia, tive a visita da Professora Denise Ceroni, que ajudou na confecção das máscaras.

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Foi feito um círculo para que todos pudessem se olhar, ficaram bem atentos às explicações do Laerte sobre como fazer as máscaras, passo a passo.

Fotos 25 e 26- Montado as máscaras.

Fotos 27 e 28- Colagem das máscaras.

Nesse dia, também foram feitas algumas dinâmicas, como telefone sem fio, mágicas com o Laerte conduzindo a turma, foi muito legal mesmo, as crianças adoraram este contato.

Como estava chovendo muito neste dia, as máscaras não secaram a tempo suficiente e tivemos que deixar a pintura para o dia seguinte.

Quinto dia de aula

Avaliação de matemática nos primeiros períodos de aula. Multiplicação, Divisão, adição e Subtração, com operação inversa. Após a prova, deixei três classes no fundo da sala com todo o material para que fossem, aos poucos, fazendo a pintura das máscaras. Trouxe tintas acrílicas e têmperas, pincéis escovas de dente e esponjas de louça, jornal, potes para água e panos para limpar as mãos.

Fotos 31 e 32- Pintura das máscaras.

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Fotos 33, 34, 35, 36, 37 e 38- Pintura das máscaras.

Tema de casa: Montar a árvore Genealógica com a ajuda dos pais e dos avós.

Sexto dia de aula

Entrega da árvore genealógica: todos os alunos trouxeram a atividade enviada como

tema de casa. Com a ajuda dos pais, eles montaram a árvore de suas famílias e

conversamos sobre a importância de sabermos nossa ascendência. Muitos alunos não

sabiam sequer o nome de seus bisavôs e bisavós, chegaram contentes na sala de

aula, mostrando os nomes e contando as histórias reveladas em suas casas. Sem

dúvida foi um momento de resgate histórico nd contexto familiar.

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Apresentação do Seminário sobre a cultura Africana e Indígena. Resolvi colocar

histórias indígenas neste seminário porque os índios também sofrem com o racismo,

discriminação e preconceito e as crianças se interessaram por alguns livros que

estavam disponíveis para a leitura.

A grande maioria dos alunos fez esta atividade, mas, na hora da apresentação,

ficaram com receio de ir à frente para a socialização com o grupo. Tive que fazer uma

intervenção e conversar antes da apresentação. Falamos sobre respeito com o colega

que estaria na frente, lendo sua história, que alguns sentiam mais vergonha que os

outros e sobre a importância de saber ouvir o outro, da importância da postura ao se

apresentar, da forma de ler alto e pausado para que todos pudessem ouvir. Depois

dessa conversa, eles incentivaram os que estavam com vergonha e tudo correu

tranquilamente. A pessoa que estivesse na frente, antes de se apresentar, tinha que

dizer o nome do livro bem alto e o nome do autor, todos conseguiram ler e, ao término

de cada leitura, todos aplaudiam muito o colega que acabara de se apresentar. Foi

uma atividade muito gratificante. Percebi que para os alunos também.

Fotos 39 e 40- Leitura dos livros de contos Africanos.

Fotos 40 e 41- Leitura dos contos Africanos.

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Os Livros apresentados nesse seminário foram:

Bruno- Histórias da Nossa Gente – Autor: Sandra Lane;

Lucas- A Primeira Morte- conto do Livro das origens- Autora: Andréa Vilela;

Larissa- O menino mestre e rei Zumbi a arte da capoeira - Autores: Mestre Klaity e Cássia Luz;

Shayane- O negro no Rio grande do Sul – Ministério da Cultura;

Isabeli- Contos Africanos- Autor:Rogério Andrade Barbosa;

Eduarda- Cacuí o curumim encantado- Autor: José Arrabal;

Cauã- Ulomma- Autor: Sunny;

Eduarda Setubal- Contos africanos- Autor: Rogério Andrade Barbosa;

Gabrieli- Influências- Autor: ministério da Educação;

Júlia Blanco- Olhar Crianças -Fotos: Pierre Verger;

Raiane- Tanto, tanto- Autor: Thisch cook;

Jessé- O negrinho do Pastoreio- Autor: paraíso da criança

Diogo- O Negrinho do pastoreio- Autor- Carlos Urbim e Rodrigo Rosa;

Gabriela- O mundo começa na cabeça- Autora: Prisca Agustoni;

Marceli- Luanda filha de Iansã- Autora: Lia Zatz;

Vidal- O Negrinho Ganga Zumba- Autor: Rogério Borges;

Júlia Fernandes- Pretinha de neve e os sete Gigantes- Autor: Rubem Filho;

Giovanna- Omooba, oxum e seu mistério- Autor: Kiusam de Oliveira;

Letice- Amor de Índio- Autora: Januária Cristina Alves;

Lucas Mateus- Histórias da África- Autora: Gcina Mhlophe;

João- Os reizinhos do Congo- Autor: Edimilson de Almeida Pereira;

Douglas- Três Contos Africanos- Conto- Os Três Gravetos- Autor: Rogério Andrade Barbosa;

Rodrigo- A semente que veio da África- Autora: Heloísa Pires Lima;

Beatriz- Chuva de manga- Autor: James Runford

Isaack- Orgulho da raça- Autora Heloisa Pires Lima;

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Leonardo- A vida em Sociedade- Autor: Pierre Verger.

A atividade do gráfico da Família começou bem na hora em que a professora Rangel estava chegando. Cada aluno ganhou um postite com a cor referente ao número de familiares residentes em sua casa. Ex: duas pessoas – postite rosa, três pessoas postite verde e assim por diante. Cada aluno desenhou seus familiares em seu postite e veio ao quadro para colar na sua coluna e linha correspondente.

Fotos 40 e 41- Montagem do gráfico da família.

Fotos 42 e 43- Gráfico da família e intervenção pra registro da atividade no portfólio.

Com a ajuda da professora Rangel, representamos o gráfico no quadro para que a turma fizesse seu registro no portfólio.

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Sétimo dia de aula

Nossas descobertas no gráfico de matemática

• Temos 29 famílias

• 2 famílias com 2 pessoas

• 7 famílias com 3 pessoas

• 8 famílias com 4 pessoas

• 6 famílias com 5 pessoas

• 4 famílias com 6 pessoas

• 1 família com 7 pessoas

• 1 família com 8 pessoas

Num total de 126 pessoas, chegamos neste resultado na adição e também na multiplicação. Alguns alunos ficaram com dúvida, pois não acreditaram que poderiam chegar a esse resultado nas duas operações e foram contar no gráfico, pessoa por pessoa.

Fotos 44 e 45- Alunos conferindo o resultado no gráfico.

Oitavo dia de aula

Divisão dos grupos para o Seminário APARTHEID. Como nesse dia as crianças sairiam às 15 horas, por causa do jogo da seleção brasileira, e por causa da forte chuva, somente vieram à aula 15 alunos. Resolvi, então, trabalhar com o texto “Aquilo”, de Ricardo Azevedo.

Após a leitura do texto, cada aluno desenhou o “aquilo” que imaginou durante a leitura do texto no seu portfólio.

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Fotos 46 e 47- Leitura do texto “Aquilo”.

AQUILO - Ricardo Azevedo

“Quando aquilo apareceu na cidade, teve gente que levou um susto.

Teve gente que caiu na risada.

Teve gente que tremeu de medo.

E gente que achou uma delícia."

E gente arrancando os cabelos.

E gente soltando rojões.

E gente mordendo a língua, perdendo o sono, gritando viva, roendo as unhas, batendo palma, fugindo apavorada e ainda gente ficando muito, muito, muito feliz.

Uns tinham certeza de que aquilo não podia ser de jeito nenhum.

Outros também tinham certeza. Disseram: – Viva! Que bom! Até que enfim!

Muitos ficaram preocupados. Exigiram que aquilo fosse proibido. Garantiram que aquilo era impossível. Que aquilo era errado. Que aquilo podia ser muito perigoso.

Outros tranqüilos, festejaram, deram risada, comemoraram e, abraçados, saíram pelas ruas, cantando e dançando felizes da vida.

Alguns, inconformados, resolveram perseguir aquilo. Disseram que aquilo não valia nada. Disseram que era preciso acabar logo com aquilo ou, pelo menos, pegar e mandar aquilo para bem longe.

Muitos defenderam e elogiaram aquilo. Juraram que aquilo era bom. Que aquilo ia ser melhor para todos. Que esperavam aquilo faz tempo.

Que aquilo era importante, bonito e precioso.

Alguém decidiu acabar com aquilo de qualquer jeito.

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Mas outro alguém disse não! E foi correndo esconder aquilo devagarinho no fundo do coração. ”

Nono dia de aula

Apresentação das fotos das personalidades negras conhecidas e famosas que já sofreram discriminação racial ou pessoas que, de alguma forma, lutaram contra a discriminação racial.

Mostrei para a turma fotos de Zumbi dos Palmares, Sepé Tiarajú, Princesa Isabel, Daiane dos Santos, Márcio chagas, Pelé, Daniel Alves, Martin Luther King, Ministro Joaquim Barbosa, Ronaldinho gaúcho, Jogador Tinga, Cacique Raoní, Nelson Mandela e Lupicínio Rodrigues.

A turma reconheceu quase todos os integrantes dessa lista de personalidades, com exceção do cacique Raoní e de Sepé Tiarajú, mas quando disse a frase “Esta terra tem dono”, alguns se lembraram dele. O restante, todos conheciam. Dentre as celebridades, as que mais me causou espanto eles conhecerem foram Joaquim Barbosa, ex-Ministro do STF e Lupicínio Rodrigues, que imaginei que não iriam reconhecer. Sabiam até que este último foi o autor do hino do Grêmio. Mas eles ficaram curiosos mesmo para saber o nome do índio com a boca alargada, acharam engraçado, mas falei da importância das diferenças entre as culturas e todos concordaram comigo.

Nesse dia, as crianças tiveram a hora cívica, momento em que toda a escola para e todos vão para o pátio e ouvem o hino Nacional e hasteiam a bandeira. Nesse dia era também o aniversário da escola que comemorava 57 anos.

Fotos 48 e 49- Hora cívica da escola.

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Décimo dia de aula

Apresentação do grupos do Seminário Apartheid. Primeiro grupo a se apresentar foi o grupo Zumbi dos palmares que também pesquisou sobre a lei Afonso Arinos. Esta foi a pesquisa feita pelo grupo:

Lei Afonso Arinos- A lei 1390/1951, a chamada Lei Afonso Arinos, foi proposta por Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) e aprovada em 3 de julho de 1951, proibindo a discriminação racial no Brasil, desde então foram várias tentativas de combater o racismo no Brasil, na maioria das vezes infrutíferas.

A partir dos dispositivos dessa lei, ficou caracterizada como contravenção penal, ou seja, infração de menor potencial ofensivo, qualquer prática de preconceito de raça e cor da pele. A Lei Afonso Arinos foi a primeira lei brasileira a incriminar a discriminação e o preconceito racial no país.

Em suma, a legislação traz o que seria aplicado por legislações posteriores, ou seja, a igualdade de tratamento e direitos iguais independente da cor da pele. Por exemplo, nenhum estabelecimento comercial pode deixar de atender um cliente ou maltratá-lo pelo preconceito de cor.

Zumbi dos Palmares- Símbolo de luta e resistência à escravidão, Zumbi foi um herói negro. Nasceu no Quilombo, em 1655. Ainda jovem, foi capturado por soldados e doado ao Pe. Antônio Melo, que o batizou com o nome de Francisco e lhe ensinou português e latim. Em 1670, fugiu da paróquia e retornou ao Quilombo, onde se tornou líder organizando a resistência aos ataques militares.

Possuidor de grande poder espiritual, resistiu a várias expedições militares. Zumbi queria liberdade para todo. Em palmares a maioria apoiava Zumbi. O rei de Portugal se curva ao rei de Palmares. Escreve uma carta elogiando Zumbi e propondo a ele um acordo. Só uma ideia anima o líder negro: lutar até o fim.

Zumbi foi morto no dia 20 de novembro, data em que hoje se comemora o "Dia Nacional da Consciência Negra". Existe um fato que até hoje deixa dúvidas: a História afirma que na batalha final, quando o chefe dos quilombos, Zumbi, se viu dominado, atirou-se de um despenhadeiro. Alguns historiadores atestam que o mesmo foi preso e morto pelos bandeirantes chefiados por Domingos Jorge Velho.

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Foto 50 e 51- Apresentação do grupo Zumbi dos Palmares e Lei Afonso Arinos.

Grupo Princesa Isabel pesquisou sobre a princesa Isabel , Lei áurea e Lei 10639.

Princesa Isabel- A Princesa Isabel assume pela segunda vez a regência, quando

D. Pedro vai à Europa para tratamento de saúde. Nessa época a campanha

abolicionista contava com o apoio de vários setores da sociedade e o fim da

escravidão era uma necessidade nacional. A princesa aliou-se aos movimentos

populares e aos partidários da abolição da escravatura. Eram tensas as relações do

ministro Barão de Cotegipe, que era a favor da escravidão, com a princesa. Para não

adiar o fim da escravidão, a princesa assinou a demissão do Barão e nomeou o

Conselheiro João Alfredo para o seu lugar. No dia 13 de maio de 1888, finalmente D.

Isabel assinava a lei Áurea, que dizia: "A partir desta data ficam libertos todos os

escravos do Brasil".

No dia 15 de novembro de 1889 foi proclamada a República e no dia 17, D. Isabel

seguiu, com toda sua família, para o exílio. Ficou instalada no castelo da família do

Conde D'Eu, na Normandia. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela

Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, morreu no dia 14 de novembro de 1921.

Seus restos mortais foram transladados em 6 de julho de 1953 para o Rio de Janeiro,

juntamente com os de seu marido, o Conde D'Eu, para o Mausoléu da Catedral de

Petrópolis.

Lei Áurea- LEI Nº 3.353, DE 13 DE MAIO DE 1888.

Declara extinta a escravidão no Brasil.

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D.

Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e

ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1°: É declarada extincta desde a data desta lei a escravidão no Brazil.

Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da

referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente

como nella se contém.

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O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comercio e Obras Publicas e

interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho

de sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e

do Império.

Princesa Imperial Regente.

RODRIGO AUGUSTO DA SILVA

Este texto não substitui o publicado na CLBR, de 1888.

Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembleia

Geral, que houve por bem sanccionar, declarando extincta a escravidão no Brazil,

como nella se declara.

Para Vossa Alteza Imperial ver.

Chancellaria-mór do Império. - Antonio Ferreira Vianna.

Transitou em 13 de Maio de 1888. - José Júlio de Albuquerque

LEI 10639- Em março de 2003, foi aprovada a Lei Federal nº 10.639/03, que torna

obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de

Ensino Fundamental e Médio. Essa lei altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e tem o

objetivo de promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade,

comprometida com as origens do povo brasileiro.A escola é o lugar de construção, não

só do conhecimento, mas também da identidade, de valores, de afetos, enfim, é onde

o ser humano, sem deixar de ser o que é, se molda de acordo com sua sociedade. O

Brasil, formado a partir das heranças culturais europeias, indígenas e africanas, não

contempla, de maneira equilibrada, essas três contribuições no sistema educacional.

Por isso, ter como meta a efetiva realização das prerrogativas dessa Lei é essencial

para a construção de uma sociedade mais igualitária.

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Fotos 52 e 53- Apresentação do grupo da Princesa Isabel, Lei Áurea e Lei 10.639.

O grupo de Martin Luther King pesquisou sobre a vida dele e a Constituição de 1988,

artigo 5.

Martin Luther King- "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo

caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso de Martin

Luther King em Washington, capital dos Estados Unidos, proferido no dia de 28 de

agosto de 1963, numa manifestação que reuniu milhares de pessoas pelo fim do

preconceito e da discriminação racial.

Martin Luther King Jr. era filho e neto de pastores protestantes batistas. Fez seus

primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigioso

Morehouse College, em 1948.

Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o

doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu sua futura esposa,

Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.

Em 1954 Martin Luther King iniciou suas atividades como pastor em Montgomery,

capital do estado do Alabama. Envolvendo-se no incidente em que Rosa Parks se

recusou a ceder seu lugar para um branco num ônibus, King liderou um forte boicote

contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a ser

preso, mas ao final a Suprema Corte decidiu pelo fim da segregação racial nos

transportes públicos.

Em 1957 tornou-se presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul,

intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo

como referência o líder indiano Mahatma Gandhi.

Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai. Nos

anos seguintes participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre

lutando pelas liberdades civis dos negros.

Os eventos mais importantes aconteceram nas cidades de Birmingham, no Alabama,

St. Augustine, na Flórida, e Selma, também no Alabama. Luther King foi preso e

torturado diversas vezes, e sua casa chegou a ser atacada por bombas.

Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem

pelo fim da segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso

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mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho". Dessas manifestações nasceram a lei dos

Direitos Civis, de 1964, e a lei dos Direitos de Voto, de 1965.

Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. No início de 1967, King

uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietnã. Em abril de 1968, foi assassinado

a tiros por um opositor, num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a

uma greve de coletores de lixo.

Constituição de 1988- Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País

a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta

Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em

virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da

indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre

exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de

culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas

entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de

convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a

todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de

comunicação, independentemente de censura ou licença;

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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,

assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua

violação.

Fotos 54 e 55- Apresentação do grupo Martin Luther King e Constituição de 1988 Artigo 5.

O grupo de Nelson Mandela, pesquisou sobre a sua vida e Estatuto da igualdade

racial.

Nelson Mandela- Nelson Rolihlahla Mandela foi um importante líder político da África

do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de

1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente

da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999. Faleceu em 05/12/2013 na cidade de

Johannesburgo.

Luta contra o apartheid

O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente

na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos

controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos

políticos, econômicos e sociais.

Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid.

No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso

Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação,

junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do

movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955,

documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.

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Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião

mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra

manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de

Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o

sistema.

Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como

"Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta.

Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves

e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e

condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da

luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para

organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de

prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.

Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul,

Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson

Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993,

Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz,

pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o

país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e

também pela reconciliação de grupos internos.

Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a

causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu

diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua

vida de luta pelos direitos sociais.

Com a saúde abalada devido a complicações geradas por uma infecção respiratória,

Nelson Mandela morreu em 05 de dezembro de 2013, aos 95 anos de idade. Com sua

morte o mundo perdeu uma importante referência histórica da luta pelos direitos

humanos e contra a discriminação e o preconceito racial.

Estatuto da Igualdade Racial- Criado para estabelecer diretrizes e garantir direitos

para a população negra, o Estatuto da Igualdade Racial teve votação realizada no

Senado e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O projeto de lei prevê a obrigatoriedade do ensino da história da África; reconhece a

capoeira como esporte e prevê recursos para a prática; reitera prática livre de cultos

religiosos de origem africana; garante linhas especiais de financiamento público para

quilombolas; e prevê a criação de ouvidorias em defesa da igualdade racial.

Foto 56 e 57- Apresentação do grupo Nelson Mandela e Estatuto da Igualdade Racial.

Neste dia foi feita uma festa surpresa pela nossa despedida, o que me deixou muito

surpresa porque realmente nem desconfiei de nada. Eles combinaram entre si de levar

salgados, doces e refrigerantes. Fiquei muito emocionada com o carinho que recebi

deles.

Fotos 58 e 59- Confraternização com a turma.

Após o lanche, fomos para a sala de vídeo para assistirmos ao vídeo “a cor da

cultura”.

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Fotos 60 e 61- Sala de vídeo para assistir ao vídeo “A cor da Cultura” .

Como encerramento, fizemos a dinâmica da teia no saguão da escola porque avalio

que ela colabora para o entendimento do trabalho em equipe.

Fotos 62 e 63- Dinâmica da teia.

E voltando para a sala de aula fizemos a dinâmica que trabalha com as diferenças,

onde cada aluno escolhe o nome de um animal e coloca o nome em sua roupa. Em

uma roda, sentados em cadeiras, o grupo escolhe alguém que comece, de pé, a dizer

uma característica de seu animal, quem tiver a mesma característica no grande grupo

corre para trocar de lugar com os demais. Quem ficar de pé, diz uma característica de

seu animal, e assim por diante.

Foto 64- dinâmica das características dos animais.

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Para encerrarmos, conversamos e fizemos a leitura dos livros:

“Meu amigo Down na rua”, da autora Cláudia Werneck;

“Ninguém é igual a ninguém “o lúdico do conhecimento do ser””, de Regina Otero e

Regina Rennó.

E por fim fizemos a leitura do livro “Bulying, o que fazer?” de Ricardo Brown.

Conversamos sobre as diferenças, sobre crianças com necessidades especiais, sobre

bulying, se alguém já tinha passado por essa situação. Relataram que já foram

chamados de palito de picolé, por ser muito magra, de baleia por ser muito gorda, de

vesga por ser vesguinha mesmo e de negro por ser negro. Chegamos à constatação

de que ninguém é igual a ninguém e que, acima de tudo, está o respeito pelo outro, o

aceitar o outro como ele é, com defeitos e qualidades, com suas características que

somente aquela pessoa possui, o que a torna única e respeitável, como cada um de

nós.

Fotos 65 e 66- Conversa sobre inclusão e Bullying.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término do estágio aprendi muito como aluna e estagiária, com as dificuldades e

com o desafio de abordar temas como racismo, preconceito, discriminação e inclusão,

com todo o cuidado, pois não é fácil. As crianças poderiam se sentir ofendidas com

algumas colocações e até mesmo as famílias poderiam não gostar dessa abordagem,

poderiam enxergar e interpretar de uma maneira diferente as colocações feitas em

sala de aula. Entretanto, com as pesquisas e com as assessorias de todas as

professoras me senti segura e amparada, sensação de que estava no caminho certo a

ser percorrido. Contudo aprendi muito mais com a vivência dentro da sala de aula

observando a professora e, principalmente, com os alunos da turma 51 com seus

relatos e experiências de seus cotidianos e das famílias que elogiaram esse trabalho,

famílias estas que, de alguma forma, estavam presentes na sala de aula durante este

período.

Relato de uma mãe de uma aluna da turma 51:

“PARABENIZO A ESCOLA POR TER ABORDADO COM TANTO RESPEITO E CARINHO: A

HISTÓRIA DOS NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS, MINHA FILHA. ENQUANTO MÃE E

DOUTORA EM HISTÓRIA DA ÁFRICA , PARABENIZO A PROFESSORA SÍLVIA E A TURMA

51 NA APLICABILIDADE DA LEI 10.639/03. GRU 10 EM HISTÓRIA, GAROTADA DA 51,

SEMPRE INOVANDO NO CONHECIMENTO, CADA UM EM SEU TEMPO. BJS’’.

Alguns dados de uma Pesquisa recente feita sobre os negros em Porto Alegre e que

foi publicada no Jornal Diário Gaúcho, publicada no dia 03/06/2014.

Taxa de homicídio em 2010:

Para cada 100 mil negros 55,03%.

Par cada 100mil brancos 25,89%.

A taxa de analfabetismo de Porto Alegre em 2012 era de 2,27%.

Da população, mas entre os negros chegava 4,43%.

Em 2012 20,24% da população da capital era negra e 35,2% foram vítimas de homicídio.

Taxa de desemprego em 2012 eara de 9,9% entre negros e de 5.7% entre os brancos.

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5. REFLEXÃO E AUTOAVALIAÇÃO

Durante a observação e problematização do tema, os alunos não deram sinais do que

queriam aprender, porém, quando houve a escolha do tema, eles ficaram tão

interessados nas possibilidades de aprendizagens que logo surgiram ideias referentes

a este tema tão polêmico e ao mesmo tempo encantador. Eles já conheciam alguns

fatos relacionados ao racismo, pessoas que já o haviam sofrido, através de relatos de

familiares e também nas redes sociais.

O planejamento do projeto foi sendo criado de uma maneira natural, com muita leitura

e pesquisa relacionada a ele.

Pelo fato da turma ser muito grande, fiquei apreensiva, com medo de chegar o

primeiro dia da prática e não saber nem ao menos os nomes dos alunos. Então, pedi

ajuda e permissão da professora Renata que me deixou à vontade para observar os

dias que fossem necessários para que me sentisse mais segura.

A intencionalidade do projeto foi fazer as abordagens desses assuntos de forma

branda para que os alunos tivessem acesso a todos estes conceitos, respeitando a

individualidade de cada um, aguçando a sua percepção e curiosidade, direcionando-os

à pesquisa, e foi o que aconteceu. Sempre que chegava à sala de aula, durante a

prática, relatavam que pesquisaram atrás de notícias novas e conceitos relacionados

ao tema da aula anterior.

Teve um grupo no seminário APARTHEID que não se mobilizou para fazer a pesquisa

da atividade proposta, mas, entretanto, conversamos sobre a importância do trabalho

de cada grupo e, principalmente, sobre a importância da socialização dos mesmos

com o restante da turma já que os colegas não haviam pesquisado sobre o Nelson

Mandela que teve uma importância fundamental na história da África e do mundo,

sendo o maior defensor dos direitos dos negros que nossa história já viu. O grupo

justificou a dificuldade de não conseguirem se encontrar e se reunir, sendo este último

o maior empecilho para a não realização do mesmo, o que não aconteceu com os

outros três grupos que conseguiram se encontrar e fazer o trabalho de forma eficiente

e no prazo estipulado.

Eles entenderam e no outro dia trouxeram cartazes com fotos e reportagens

relacionadas a Nelson Mandela.

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Todas as combinações feitas com a turma foram seguidas. Tive o cuidado para que

isso acontecesse, pois percebi que a professora Renata trabalha muito com as

combinações feitas com a turma, o que é de grande valia, pois traz muita

responsabilidade e autonomia ao grupo.

A avaliação foi feita através de retomadas diárias dos conteúdos abordados e registro

no portfólio individual.

Ao observá-los na sala de aula com a professora Renata, fiquei atenta ao modo dela

se dirigir ao grupo, sempre com respeito e carinho, falando em tom baixo de voz, sem

gritos, sempre dando a oportunidade para se expressarem, sempre que possível.

Quem dera que todas as crianças tivessem ao menos uma professora assim na vida,

professora que respeita a individualidade de cada um e suas diferenças, conhecendo-

os até mesmo através do olhar. Quero me espelhar nessa professora, levando comigo,

por toda a vida, essa aprendizagem profissional e, pessoalmente, desejo ter esta

postura dentro da sala de aula.

Tive algumas dificuldades em sala de aula por problemas disciplinares porque,

algumas vezes, eles eram muito agitados e, de alguma forma, faltavam com o

respeito. Sempre procurei intervir, contudo, em alguns momentos, não consegui conte-

los, fiz então uma combinação com a professora para que, quando determinados

alunos estivessem muito alterados, eles fossem levados até onde ela se encontrava,

pois acredito que ela, por ter maior autonomia e conhecimento sobre eles, conseguiria

fazer uma intervenção mais adequada do que eu, o que deu certo. Esse retorno e

parceria junto com a professora me deu mais segurança para desenvolver as

atividades.

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REFERÊNCIAS:

Diversidade no Ambiente Escolar: ênfase na educação de crianças de 0 a 10 anos- organizadores- Maria Carmem Silveira Barbosa e Suzana Beatriz Fernandes- Universidade aberta do Brasil – UFRGS/SEAD-2011.

http://pt.slideshare.net/pibidcsoufrgs/mscaras-africanas-16141084 http://www.colegioalmeidajunior.com.br/diaadia/detalhe.asp?id=129&cat_id=31 http://www.pco.org.br/conoticias/negros/lei-afonso-arinos-uma-das-primeiras-sobre-racismo-completa-60-anos/eoes,b.html

http://www.infoescola.com/historia/quilombo-dos-palmares/

http://www.e-biografias.net/princesa_isabel/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LIM/LIM3353.htm

http://www.afroeducacao.com.br/lei-10-639-03

http://educacao.uol.com.br/biografias/martin-luther-king.jhtm http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/con1988_05.10.1988/art_5_.shtm http://www.suapesquisa.com/biografias/nelson_mandela.htm http://www.ceert.org.br/arquivos/Estatuto-da-Igualdade-Racial-nova-estatura-para-o-Brasil.pdf

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/06/entenda-o-estatuto-da-igualdade-racial.html