44
1 Pressclipping em 24.agosto.2015 "A prece é a escada misteriosa de Jacó : por ela sobem os pensamentos ao céu ; por ela descem as divinas consolações." Machado de Assis Somos bons para protestar e covardes para agir Publicado por Luiz Flávio Gomes - 6 dias atrás Afora os senhores neofeudalistas (bancos, por exemplo, com lucros estratosféricos de bilhões em tempos de vacas magras para a maioria da população[1]), os cidadãos proprietários, os assalariados despossuídos e os marginalizados estão vendo o Brasil com espanto e muito desapontamento. Acham que tudo virou (ou está virando) um caos (à beira do colapso – cf. Jared Diamond, Colapso). Não pensam assim, evidentemente, quem está sugando a riqueza produzida pelos precariados e necessitados. Somos, no entanto, um dos campeões mundiais em indignação, mas raquíticos e covardes na ação (veja a iniciativa popular do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral para coletar adesões para a reforma política: apesar de todo esforço empreendido por mais de 100 entidades nacionais, nem um milhão de assinaturas conseguimos alcançar). Temos muita dificuldade em transformar um protesto em um projeto de vida comum. Por quê? Dentre outras, três razões se destacam: (a) os interesses mais duradouros de todos que vão para as ruas não são idênticos; (b) somos muito personalistas e (c) praticamente tudo, inclusive as coisas muito sérias, levamos para o campo da carnavalização (Empoli, Hedonismo e medo). A mídia internacional enfocou os protestos de 16/8/15 como uma festa: “as manifestações ocorreram em clima de festa”; “uma atmosfera de carnaval caracterizou as marchas” (Financial Times); “as manifestações foram bem humoradas” (The Guardian); “o ambiente foi carnavalesco” (CNN).[2] IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

 · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

1

Pressclipping em 24.agosto.2015

"A prece é a escada misteriosa de Jacó : por ela sobem os pensamentos ao céu ; por ela descem as divinas consolações."

Machado de Assis

Somos bons para protestar e covardes para agirPublicado por Luiz Flávio Gomes - 6 dias atrásAfora os senhores neofeudalistas (bancos, por exemplo, com lucros estratosféricos de bilhões em tempos de vacas magras para a maioria da população[1]), os cidadãos proprietários, os assalariados despossuídos e os marginalizados estão vendo o Brasil com espanto e muito desapontamento. Acham que tudo virou (ou está virando) um caos (à beira do colapso – cf. Jared Diamond, Colapso). Não pensam assim, evidentemente, quem está sugando a riqueza produzida pelos precariados e necessitados. Somos, no entanto, um dos campeões mundiais em indignação, mas raquíticos e covardes na ação (veja a iniciativa popular do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral para coletar adesões para a reforma política: apesar de todo esforço empreendido por mais de 100 entidades nacionais, nem um milhão de assinaturas conseguimos alcançar).Temos muita dificuldade em transformar um protesto em um projeto de vida comum. Por quê? Dentre outras, três razões se destacam: (a) os interesses mais duradouros de todos que vão para as ruas não são idênticos; (b) somos muito personalistas e (c) praticamente tudo, inclusive as coisas muito sérias, levamos para o campo da carnavalização (Empoli, Hedonismo e medo). A mídia internacional enfocou os protestos de 16/8/15 como uma festa: “as manifestações ocorreram em clima de festa”; “uma atmosfera de carnaval caracterizou as marchas” (Financial Times); “as manifestações foram bem humoradas” (The Guardian); “o ambiente foi carnavalesco” (CNN).[2]Nosso personalismo é herança ibero-americana (como diz S. B. De Holanda, Raízes do Brasil): “O índice do valor de um humano infere-se, antes de tudo, da extensão em que não precise depender dos demais, em que não necessite de ninguém, em que se baste”. Vemos as ruas lotadas, bandeiras e protestos por todos os lados, mas não temos um projeto comum de comunidade. “Cada qual é filho de si mesmo, de seu esforço próprio, de suas virtudes – e as virtudes soberanas para essa mentalidade são tão imperativas, que chegam por vezes a marcar o porte pessoal e até a fisionomia dos humanos” (Holanda, cit.).

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 2:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

2

Do nosso acentuado personalismo resulta “largamente a singular tibieza das formas de organização, de todas as associações que impliquem solidariedade e ordenação entre esses povos. Em terra onde todos são barões não é possível acordo coletivo durável, a não ser por uma força exterior respeitável e temida” (Holanda, cit.).O povo brasileiro indignado, com dificuldade, consegue se aglomerar e até mesmo se unir em torno de algumas causas públicas (“Fora Dilma”, “Fora PT”, “Fim da corrupção”), mas sempre com a cabeça voltada para as mais visíveis, que precisam ser atacadas, não há dúvida, embora constituam somente o lado externo (mais perceptível) do problema. Vemos o cisne nadando, elogiamos sua elegância, sua cabeça ágil, sua versatilidade, mas não conseguimos enxergar (nem valorizar) as duas patas que estão debaixo d’água trabalhando ardorosamente para a promoção dos seus movimentos. Para o aspecto do esforço e do invisível é que não voltamos nossa atenção, a não ser raramente.Com pensamentos lineares (frequentes), temos muita dificuldade para ver todos os ângulos das questões (e dos problemas). Quase sempre queremos um atalho (que nos permita o conforto de acharmos que já dominamos a situação). Adoramos ver apenas metade da realidade. O buraco do Brasil, no entanto, não reside apenas naquilo que é visível (no governo e nos políticos de cada momento, invariavelmente corruptos em maior ou menor grau), senão, sobretudo, naquilo que está por trás (que é um sistema de dominação extrativista, parasitário e largamente criminoso, estando aí a Lava Jato para comprovar que nossa acusação não é leviana).

[1] Cf. Valor Econômico 14/8/15: C1.[2] Cf. http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2015/08/16/midia-estrangeira-destaca-clima-de-carnaval-du...

PF prende líderes de seita religiosa que teriam escravizado fiéisInvestigadores estimam que o patrimônio do grupo Jesus, a Verdade que Marca recebido em doação de fiéis supera R$ 100 milhões; parte do valor foi convertido em grandes fazendas, 'suntuosas casas' e veículos de luxoPublicado por Elane Souza Advocacia & Consultoria Jurídica - 6 dias atrás ( por Istoé independente em 17/08/2015 às 16h:42m ) A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta segunda-feira, 17, a Operação De Volta para Canaã em três Estados do País e prendeu líderes de uma seita religiosa que teriam escravizado fiéis. Segundo a PF, o grupo teria utilizado a seita para se apoderar do patrimônio dos fieis, submetendo-os a trabalhos forçados, em situação análoga a de escravos.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 3:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

3

Os investigados responderão pelos crimes de redução de pessoas à condição análoga a de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

As investigações apontaram que os dirigentes da seita Jesus, a Verdade que Marca estariam mantendo pessoas em regime de escravidão nas fazendas onde desenvolviam suas atividades e rituais religiosos. A PF afirmou que os fieis, ao ingressarem na seita, eram convencidos a doar seus bens sob o argumento da convivência em uma comunidade onde “tudo deveria ser de todos” e, em seguida, obrigados a trabalhar sem qualquer espécie de pagamento. Os investigadores estimam que o patrimônio recebido em doação dos fieis supere R$ 100 milhões. Parte do valor teria sido convertido em ‘grandes fazendas, suntuosas casas e veículos de luxo’.

A operação conta com 190 policiais federais, que estão cumprindo 129 mandados judiciais: 6 de prisão temporária, 6 de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva e 70 de sequestro de bens. Os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal em Belo Horizonte estão sendo cumpridos nas cidades de Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Andrelândia, Minduri, São Vicente de Minas e Lavras, em Minas Gerais, Carrancas, Remanso, Marporá, Barra, Ibotirama e Cotegipe, na Bahia, e em São Paulo.

A PF informou que a Operação De Volta a Canaã dá continuidade a investigações iniciadas em 2011, que levaram à deflagração da Operação Canaã em 2013. Na primeira etapa, a PF, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho fizeram inspeções em propriedades rurais e em algumas empresas. Segundo a PF, foi identificado um ‘sofisticado esquema de exploração do trabalho humano e lavagem de dinheiro levado a cabo por dirigentes e líderes religiosos’. “Somente neste ano, a Polícia Federal começou a investigar mais de 50 casos envolvendo o tráfico e a exploração de pessoas no Brasil”, informou a PF.

Fonte: Istoé Independente na íntegra

Cunha: revisão dos limites do Supersimples estará na pauta da semana que vem

21 de agosto de 2015O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, reafirmou nesta quinta-feira (20) que colocará em votação no Plenário, na próxima semana, a revisão dos limites do Supersimples (Projetos de Lei Complementar 25/07 e 448/14).

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 4:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

4

Na quarta-feira (19), Cunha se reuniu e discutiu o tema com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Guilherme Afif Domingos. O ministro se reuniu também com a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e recebeu do presidente da Câmara a promessa de que a proposta constará da pauta de votação da próxima semana.

Cunha reafirmou o compromisso em pautar a proposta. “Eu vou colocar na pauta a mudança do Simples. O ministro Afif esteve ontem aqui e solicitou, e eu já programei para a pauta da semana que vem”, afirmou.

Simples de Crédito

O projeto modifica o Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei complementar 123/06), e revê os valores para enquadramento no regime tributário do Supersimples de R$ 360 mil para R$ 900 mil (receita bruta por ano) para microempresas e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões (receita bruta por ano) para pequenas empresas.

A proposta também cria a figura da Empresa Simples de Crédito, em que investidores poderiam aplicar recursos diretamente em pequenas empresas, uma forma de aumentar o volume de crédito disponível às micro e pequenas empresas.

Descriminalização

Sobre a retomada nesta quinta-feira do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode descriminalizar o porte de drogas para consumo pessoal, Cunha disse que cabe ao Judiciário essa apreciação, mas que, pessoalmente, ele é contra.

“É uma matéria constitucional, por isso mesmo está na Suprema Corte. Então é melhor esperar. O meu posicionamento, obviamente, é contra a descriminalização, mas isso não quer dizer que, porventura, isso estará afrontando algum dispositivo constitucional. É difícil comentar, vamos aguardar e respeitar a decisão”, afirmou.

O Plenário do STF retoma na sessão desta quinta-feira (20) o julgamento do Recurso Extraordinário (RE), com repercussão geral, no qual se discute a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), que tipifica como crime o porte de drogas para consumo pessoal.

Fonte: Câmara Notícias.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 5:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

5

CONJUNTURA NACIONAL > O CERCO A EDUARDO CUNHA

Sobre ousadias: dos patifes e dos decentesPor Alberto Dines em 21/08/2015 na edição 864

No mesmo dia em que se confirmava a denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra Eduardo Cunha, o presidente da Câmara Federal, a ministra do STF Cármen Lúcia, declarou que o povo brasileiro sabe o que NÃO quer, porém “as pessoas boas” precisam expressar o que querem — com “a ousadia dos canalhas”.

Mineira legítima, a vice-presidente da nossa suprema corte, consegue ser veemente e arrasadora com a naturalidade de quem dá um bom-dia. Impedida de manifestar-se sobre um processo que ainda não examinou, tem sido capaz de oferecer aos vacilantes conceitos certeiros e opiniões inequívocas.

A verdade é que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é dono de um potencial de ousadias suficiente para transformar a grave crise de governança que atravessamos em impasse institucional. O rol de malfeitorias e as penas solicitadas pelo Ministério Público eram suficientemente fortes para que na denúncia constasse a necessidade de afastar de imediato o acusado da função que exerce.

O procurador Rodrigo Janot preferiu não confrontar o STF antecipando-se ao seu julgamento e, com isso — a contragosto, certamente — garantiu ao denunciado o cenário e a audiência para uma performance de, pelo menos, seis meses num gênero de farsa que o presidente da Câmara de Deputados domina como poucos.

Eduardo Cunha é ousado porque não lhe sobram alternativas. Joga perigosamente porque não conhece outro jogo. Arrisca-se porque não tem o que perder, tal é o seu nível de desapreço por si mesmo. Suas apostas raramente são as mais recomendáveis e os predicados, que o ajudaram a se projetar de forma tão surpreendente, são geralmente mencionados com discrição e/ou eufemismos. Para evitar incômodos e incompreensões.

Impróprio qualificá-lo como kamikaze (do japonês, “vento divino”,) porque aqueles pilotos suicidas nipônicos, celebrizados durante a 2ª Guerra Mundial, se imolavam com pretextos espirituais e místicos. Já o personagem que domina as manchetes nos últimos dias, picado pela ambição e fanatismo só pensa em si mesmo.

Como qualquer cidadão, Eduardo Cunha tem o direito de se defender bem como servir-se dos instrumentos do Estado de Direito para provar a sua inocência. Mas em seu benefício não pode usar o poder que a sociedade lhe conferiu para preservar apenas o interesse público.

Ao garantir que permanecerá na presidência da Câmara, Eduardo Cunha não percebe que está oferecendo prova cabal da sua onipotência e periculosidade. Quem é acusado de abusar do poder durante tanto tempo e através de tantos ilícitos não tem credibilidade para garantir doravante um comportamento isento, insuspeito e imparcial.

Eduardo Cunha não pode continuar no cargo. O país não pode ser submetido à vergonhosa situação de manter no primeiro escalão alguém tão comprometido com a delinquência.

É indecorosa e quase obscena, a ambiguidade da oposição oferecendo um suporte ao denunciado pela facilidade de que dispõe para acionar um processo de impeachment da presidente da República. O que se espera da oposição e especialmente do PSDB é outra espécie de ousadia: a da “gente boa”, os decentes e honrados.

E qual das ousadias preferirá a mídia ?IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 6:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

6

A ousadia dos pirómanos, apocalípticos, belicistas ou, ao contrário, optará pela prudência e responsabilidade? A mídia terá a audácia de apoiar os delinquentes, aferrados ao projeto de interromper o mandato da presidente Rousseff a qualquer preço ou vai se atrever a apoiar os deputados que pretendem libertar a Casa do Povo do caudilho ensandecido?

NOVA FASE

Eduardo Cunha é alvo de primeira denúncia da "lava jato" no STF20 de agosto de 2015, 17h10O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi denunciado nesta quinta-feira (20/8) sob acusação de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobras, entre junho de 2006 e outubro de 2012. A ex-deputada federal Solange Almeida, também do PMDB, é acusada de ter pressionado empresas para fazer esses repasses.

A denúncia foi assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, já que Cunha tem foro por prerrogativa de função. É a primeira acusação enviada à corte — mais de 25 ações penais tramitam com o juiz federal Sergio Fernando Moro, oito delas já com sentenças.

Segundo MPF, requerimentos assinados por Cunha e repasses a igreja evangélica são provas de participação de Cunha.

Janot afirma que Cunha viabilizou a contratação do estaleiro coreano Samsung para fornecer navios-sondas à Petrobras. A negociação, segundo a denúncia, foi intermediada pelo empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Na outra ponta, estava Julio Camargo, que em delação premiada já disse ter repassado comissões pelo contrato.

A maior parte dos relatos contra Cunha, aliás, é baseada em afirmações de Camargo — ele chegou a negar a princípio relações com o deputado, mas depois narrou contatos pessoais com o peemedebista. O doleiro Alberto Youssef também disse ter ouvido referências ao deputado durante reuniões.

Como prova documental, Janot apontou que Julio Camargo transferiu, em 2012, R$ 500 mil para a Assembleia de Deus, sob a falsa alegação de que se tratava de doações religiosas. Ele considera "notório" o vínculo entre Cunha e a igreja evangélica, pois o diretor da entidade é irmão do pastor que celebra cultos frequentados pelo deputado.

"É digno de nota que Julio Camargo nunca havia feito anteriormente doações para a (...) Assembleia de Deus, nunca frequentou referida igreja e professa a religião católica", escreve Janot.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 7:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

7

SenhaO procurador-geral alega ainda que a senha pessoal de Cunha foi usada no sistema da Câmara em 2011 para escrever requerimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle solicitando informações sobre Camargo, a Samsung e o Grupo Mitsui.Segundo a denúncia, a medida foi adotada depois que parte da propina deixou de ser paga. Os requerimentos seriam uma tentativa de pressionar a volta dos repasses. Um foi dirigido ao Tribunal de Contas da União e outro ao Ministério de Minas e Energia.

Os documentos foram assinados pela então deputada Solange Almeida. Segundo Janot, ela sabia que os pedidos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida.  

A denúncia diz ainda que Cunha participou de reunião pessoal com Fernando Soares e Julio Camargo. Depois do encontro, os pagamentos foram retomados. O valor teria sido repassado, além da igreja evangélica, por meio de contas no exterior, entregas em dinheiro em espécie e simulação de contratos de consultoria, com emissão de notas frias.

Além da condenação criminal, o procurador-geral pede que os denunciados devolvam o valor de US$ 40 milhões e reparem supostos danos causados à Petrobras e à Administração Pública, também no valor de US$ 40 milhões.

Em nota, Cunha declarou estar com a "consciência tranquila" e refutou "com veemência todas as ilações constantes da peça do procurador-geral da República".  Também disse estranhar o fato de ser o primeiro denunciado, enquanto nenhum parlamentar ligado ao PT foi ainda formalmente acusado. Ele já havia negado ter assinado os citados requerimentos sobre a Samsung.

Solange hoje é prefeita de Rio Bonito (RJ). A revista Consultor Jurídico não conseguiu contatá-la no início da noite desta quinta-feira.CondenaçãoFernando Baiano e Julio Camargo já foram condenados à prisão, no juízo de primeiro grau, por irregularidades na contratação de navios-sondas. Na mesma sentença, o juiz Sergio Moro responsabilizou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que comandava o setor internacional da petrolífera, e absolveu Youssef, por uma confusão do Ministério Público Federal na forma como foi praticada lavagem de dinheiro. Com informações da Assessoria de Imprensa da PGR.Clique aqui para ler a denúncia.* Texto atualizado às 18h e às 18h38 do dia 20/8/2015.Revista Consultor Jurídico, 20 de agosto de 2015, 17h10

7 trechos reveladores da denúncia contra IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 8:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

8

Cunha na Lava Jato Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 11:09 hs.

21/08/2015 - Talita Abrantes Talita Abrantes

São Paulo - Denunciado nesta quinta por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria recebido propina como pagamento para facilitar dois contratos entre o estaleiro Samsung e a Diretoria Internacional da estatal.

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, teria intermediado o pagamento de 40 milhões de dólares em propina distribuídos entre ele, Cunha e Cerveró.

Cerca de 40,3 milhões de dólares foram transferidos pelo estaleiro para uma conta da offshore do lobista Julio Camargo no Uruguai – que, por sua vez, repassava os valores para contas no exterior indicadas por Baiano.

Depois que as sondas foram entregues, o estaleiro, contudo, suspendeu o pagamento das últimas parcelas da propina de cada acordo. O primeiro no valor de 6,25 milhões de dólares. O segundo, de 6,395 milhões de dólares.

Em resposta, Cunha teria começado a chantagear o representante da Samsung com requerimentos da Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (CFFC).

Os pedidos foram assinados pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), hoje prefeita de Rio Bonito (RJ) - também denunciada nesta quinta.

Após a pressão, Camargo repassou 5 milhões de dólares em propina para o presidente da Câmara - até a conta de igreja evangélica teria recebido uma parte do dinheiro.

Cerca de 250 mil reais (ou o equivalente a 1/40 do montante devido) teriam sido depositados por Julio Camargo nas contas da igreja evangélica Assembleia de Deus, ministério Madureira.

É o que afirma Rodrigo Janot, procurador-geral da República, na denúncia apresentada contra o peemedebista nesta quinta-feira.

Cunha é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além da condenação criminal, a Procuradoria pede a 80 milhões de dólares como restituição pelos crimes cometidos e reparação dos danos causados à Petrobras. Fonte: EXAME.com

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 9:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

9

Por que há tanta corrupção no Brasil?A ingerência absurda do Estado na vida da sociedade brasileira está na raiz do problema.Publicado por Anne Silva - 1 semana atrásEntram governos, saem governos, e uma variável insiste em persistir no cenário político brasileiro: a corrupção. A impressionante recorrência de escândalos envolvendo malversação de recursos públicos leva à questão: por que há tanta corrupção no Brasil?

Há, na certa, muitos fatores. Mas é importante entender, em primeiro lugar, que o brasileiro não nasce corrupto. A corrupção no Brasil é fruto das nossas instituições, moldadas por séculos de tradição ibérica, patrimonialista e cartorialista, onde o público se confunde desde as entranhas com o privado. Somos a república dos cartórios, dos alvarás, das concessões e, sem surpresa, do jeitinho. Criam-se dificuldades para, logo em seguida, oferecerem-se facilidades devidamente comissionadas ao agente público que presta o serviço, claro.

Adicionalmente, vemos em curso no país o desenvolvimento de um perigoso “capitalismo de compadres”. Torna-se cada vez mais rentável para uma empresa o investimento em “empreendedorismo político” e o atendimento às demandas de agentes públicos – em contraposição ao empreendedorismo de mercado, buscando a inovação e o atendimento às necessidades do consumidor. Quando tarefas tão prosaicas e, ao mesmo tempo, tão vitais ao crescimento e desenvolvimento do país, como a abertura de um negócio, a obtenção de uma licença ou o pagamento de tributos tornam-se tão complexas, é natural, e até instintivo, que os agentes busquem maneiras de contornar tais obstáculos. Acaba se tornando uma questão de sobrevivência em muitos casos. Some-se a isso a falta de uma cultura de transparência e prestação de contas por parte dos poderes públicos e um sistema penal leniente e temos um terreno fértil para a corrupção em suas diversas formas.

Sair desta lógica demanda a redução da participação estatal na sociedade. É necessário que o governo limite sua atuação a algumas poucas áreas (segurança, educação, saúde e infraestrutura básica), deixando o resto à iniciativa privada. Mundo afora, a correlação entre grau de intervenção do Estado na economia e os índices de corrupção é inequívoca. É também uma questão de bom senso: quanto maior a participação do Estado na economia e a autoridade conferida a seus agentes, maiores são as oportunidades de corrupção.

A iniciativa para uma mudança de tal profundidade não partirá de nossa classe política, zelosa em manter seus poderes e privilégios. Mas políticos também são indivíduos racionais que respondem a incentivos. Cabe, portanto, à sociedade brasileira dar-lhes o sinal por meio das instituições democráticas: queremos mais liberdade e menos Estado em nossas vidas. Somente assim nos livraremos da chaga da corrupção, que corrói diariamente nossas instituições e trava nosso desenvolvimento.

Fonte: Ordem Livre

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 10:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

10

MEI: medida contra inadimplência não funciona e mais da metade não paga imposto

Carnê da arrecadação simplificada é enviado por correio desde o ano passado, mas alto percentual de inadimplência persisteLuis Philipe Souza

A Receita Federal, desde o ano passado, passou a enviar por correio o carnê da cidadania do Microempreendedor Individual (MEI). O objetivo era baixar o índice de inadimplência da guia do Documento de Arrecadação Simplificada (DAS). Apesar disso, a medida não surtiu nenhum efeito prático em mais de 12 meses de aplicação.

O Brasil tinha, em maio de 2014, pouco mais de 4 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) e, no mês, exatos 53% de contribuintes inadimplentes quanto ao pagamento do DAS. Em maio deste ano, tudo muito parecido – até mesmo um pouco pior: 53,11% dos cerca de 5 milhões de MEIs constavam como maus pagadores, de acordo com os dados da Receita. 

Para o secretário-executivo da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), José Constantino de Bastos Júnior, o carnê não pode ser visto como fracasso, mas sim como uma tentativa para melhorar a iniciativa que visa desburocratizar o microempreendedor.

"Estamos aprendendo com a experiência do carnê", afirmou. "Vai ser feita uma avaliação para ver se vai continuar em 2016", completou, acrescentando que o custo para produção e distribuição do material foi dividido entre a secretaria e o Sebrae.

Ainda segundo Constantino, o Sebrae vem aprimorando as formas de comunicação com os MEIs com novos meios de informar, como mensagens telefônicas de voz, sobre débitos abertos e a necessidade da declaração anual.

Para 2016, o secretário disse que serão discutidos com Estados e Municípios os pontos-chave que vão de novas formas para tentar eliminar cadastros inativos no banco de dados até o perdão dos débitos. O principal prejuízo do MEI inadimplente é a perda do acesso à cobertura previdenciária. "O MEI não visa a arrecadação, mas sim garantir direitos sociais, e a preocupação fica com a questão dos direitos previdenciários".

Link: http://economia.ig.com.br/financas/seunegocio/2015-08-17/mei-medida-contra-inadimplencia-nao-funciona-e-mais-da-metade-nao-paga-imposto.htmlFonte: Brasil Econômico

Receita enviará carta avisando sobre irregularidades no Imposto de Rendaagosto 21, 2015 em Geral por Karin Rosário

A Receita Federal enviará cartas a 450 mil contribuintes pessoa física que apresentaram irregularidades em suas declarações de Imposto de Renda e tiveram imposto a pagar. A intenção é avisar os contribuintes para que eles façam a correção antes de serem autuados e tenham de pagar multas.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 11:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

11

Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, o grupo que tem imposto a pagar não acompanha de perto o processamento das declarações, como fazem os contribuintes com restituição. Os contribuintes que receberão as cartas correspondem a mais da metade dos que estão na malha da Receita neste ano.

“Resolvemos dar uma chance extra a essas pessoas porque o objetivo não é autuar. O que queremos é que eles façam a autorregularização”, afirmou.

O envio das cartas é uma das novas estratégias da área de fiscalização da Receita Federal. Neste ano, porém, o foco principal do órgão é a auditoria de grandes contribuintes.

As autuações da Receita Federal cresceram 39,71% no primeiro semestre, somando R$ 75,13 bilhões, contra R$ 53,77 bilhões no primeiro semestre do ano passado. Desse montante, 75% se referem a grandes contribuintes, com receita superior a R$ 150 milhões. “A fiscalização da Receita mais do que nunca continua tendo atenção prioritária nos grandes contribuintes. Não temos dificuldades nenhuma em identificar ações praticadas por grandes contribuintes, como planejamento tributário.”

Houve queda de 7%, no entanto, em relação ao número de auditorias realizadas no mesmo período do ano passado. De acordo com Martins, isso se deve à redução no número de auditores fiscais em atividade.

A Receita tem feito um acompanhamento quase em tempo real dos grandes contribuintes, que são comunicados quando agem de maneira que o órgão entende ser fora do esperado. No primeiro semestre, 3 mil grandes empresas foram comunicadas de eventuais erros.

O setor industrial foi o que recebeu o maior volume de autuações no primeiro semestre, somando R$ 19,3 bilhões, 5% a mais do que em 2014. Em segundo lugar estão os serviços financeiros, com R$ 16,4 bilhões, expansão de 61,3%. O comércio foi o setor em que as autuações mais cresceram, 120%, totalizando R$ 10,9 bilhões. Em seguida, vieram os serviços, com alta de 114%, para R$ 10 bilhões.

Na fiscalização de pessoas físicas, a maior alta foi para autônomos, 349%, com multas que somam R$ 237,2 milhões. Houve alta de 153% nas autuações de funcionários públicos, que somam R$ 200,5 milhões. Segundo o subsecretário, é resultado de operações que investigaram corrupção, como a da “Máfia do ISS”, em São Paulo.

Fonte: Tribuna da Bahia

O ensino de Ciências Contábeis no Brasil precisa mudar?21:54 

20/08 - Elizete Schazmann para Contabilidade na TV

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 12:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

12

Este ano a 1ª edição do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), na categoria Bacharel

em Ciências Contábeis, apresentou um dos maiores índices de aprovação entre as nove edições do Exame já

realizadas: 54,48%. Apenas a 2ª edição do Exame de Suficiência de 2011 registrou percentual maior de

aprovação: 58,29%. A aprovação no exame é condição sine qua non para o exercício profissional do contador e o

índice de aprovação é um reflexo de como as universidades estão preparando os futuros contadores e da

sintonia entre elas, os representantes de classe e o mercado. Será que a pequena diferença entre o número de

aprovados e reprovados revela que estamos no meio do caminho no ensino de ciências contábeis no Brasil?

CONTADORExame Total

InscritosTotal

PresentesTotal

Aprovados(%)

AprovadosTotal

Reprovados(%)

ReprovadosTotal

Ausentes(%)

Ausentes

1º/2011 14.255 13.383 4.130 30.86% 9.253 69.14% 872 6.12%

2º/2011 19.690 18.675 10.886 58.29% 7.789 41.71% 1.015 5.15%

1º/2012 26.315 24.774 11.705 47.25% 13.069 52.75% 1.541 5.86%

2º/2012 32.003 29.226 7.613 26.05% 21.613 73.95% 2.777 8.68%

1º/2013 37.226 33.706 12.000 35.6% 21.706 64.4% 3.520 9.46%

2º/2013 40.474 36.831 15.891 43.15% 20.940 56.85% 3.643 9.0%

1º/2014 43.144 38.115 18.823 49.38% 19.292 50.62% 5.029 11.66%

2º/2014 37.066 32.568 13.591 41.73% 18.977 58.27% 4.498 12.14%

1º/2015 43.616 38.022 20.713 54.48% 17.309 45.52% 5.594 12.83%

Total: 293.789 265.300 115.352 43.48% 149.948 56.52% 28.489 9.7%

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade

O doutor em controladoria e contabilidade pela Universidade de São Paulo e docente do ensino presencial no curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Londrina, Daniel Ramos Nogueira, analisou os resultados dos últimos anos do exame realizado pelo CFC. Nogueira considera que o resultado da última edição demonstra certa evolução quando comparado com os anos anteriores, afinal nos anos iniciais os índices foram preocupantes, pois apenas 1/3 era aprovado, o que, segundo ele, causava certa apreensão sobre a qualidade do ensino. “Por outro lado, a existência do Exame de Suficiência reforça a necessidade de uma boa formação por parte do discente, pois não bastará ter o diploma, será necessário aprovação no exame para que possa exercer a profissão contábil”, acrescenta.

Para continuar avançando na formação de profissionais cada vez mais competentes, ele acredita que o trabalho deve ser realizado pelas duas partes do processo de ensino-aprendizagem (alunos e professores/Instituições de Ensino Superior). “Os docentes devem procurar sempre estar atualizados e os discentes devem estudar com empenho para obter aprovação”, complementa o professor.

Quanto à adequação dos currículos das faculdades à realidade do mercado, Nogueira considera uma discussão longa e complexa que deve levar em conta fatores como Currículo MEC, Currículo Mundial, Currículo propostos por órgãos internacionais e certificações internacionais entre outros. Ele acrescenta que a estrutura do currículo parte do objetivo geral do curso, que pode ser de formar profissionais para o mercado amplo e complexo que abrange setores como escritórios de prestação de serviço contábil, grandes empresas, perícias, auditorias e controladoria. Por outro lado, continua ele, quando a faculdade procura formar um profissional generalista, tentando fornecer um pouco de conhecimento em cada uma dessas áreas (afinal, não haverá tempo hábil na graduação para torná-lo especialista em todas as áreas) é natural que alguns conteúdos sejam preferidos em relação a outros.

Outro ponto levantado pelo professor é que, dentro da Universidade a preocupação principal é formar o contador em sua essência, para que saiba pensar os processos e auxiliar as empresas na tomada de decisão, assim,

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 13:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

13

ferramentas do dia a dia do trabalho do contador podem ser ensinadas, mas muitas vezes há outros conteúdos que são mais relevantes, pensando na profissão do contador no médio e longo prazo. “Dentro da universidade a preocupação deve ser ensinar o 'pensar contábil', pois o mundo em que vivemos hoje é diferente do que tínhamos anteriormente e está em permanente transformação”.

Nogueira destaca que cada Universidade define seu currículo de acordo com as normas federais de ensino, mas há uma certa flexibilidade para que elas possam trabalhar conteúdos que entendam como necessários aos alunos, em alguns casos, mesmo que não consigam trabalhar esses saberes dentro do quadro de disciplinas poderão oferecer cursos de curta duração (curso de férias, extensão etc.) para complementar o ensino. “Também é natural que cada aluno, de acordo com seus interesses pessoais/profissionais, procurem cursos específicos fora das IES, visando uma formação continuada,” avalia .Formação além do mercado

Ao analisar o índice de aprovação o Ph.D. e professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Edgard Cornacchione, considera que o resultado em si (54% de aprovação) se analisado isoladamente não oferece muita informação. Ele continua a análise dizendo que o que se pode afirmar imediatamente é que aproximadamente metade dos formados em contabilidade no Brasil não é bem sucedida no exame. “É assim com qualquer experiência de avaliação: uma turma que tem 30% de aproveitamento em uma disciplina (estudantes que concluem com sucesso) enseja uma série de interpretações: há algo de errado com os alunos, com o professor, com o conteúdo, com os instrumentos de avaliação? Quais os critérios para sucesso? Houve algum fenômeno fora de controle que afetou tais avaliações?”, questiona.

O professor sugere uma comparação com exames similares em outras áreas profissionais, ou mesmo em nossa área em outras jurisdições, países. Ele lembra que o exame visa ser balizador para oferta de licença profissional, adota um formato de múltipla escolha com exigência de acerto mínimo de 50% das questões e possui uma dispersão, em termos de resultado de aprovação, ainda muito alta se compararmos regiões, estados e instituições de ensino. “Ou seja, minha preocupação é maior conforme nos aproximamos dos detalhes, das instituições, dos programas, dos docentes e dos estudantes”, conclui.

Cornacchione considera que, qualquer exame que tem por finalidade configurar evidências para apoiar a decisão de licença profissional, necessita ser muito bem desenhado (à luz dos objetivos de formação e profissionais da área), bem como ter sua lógica amplamente divulgada e difundida perante os envolvidos o que, segundo ele, permite maior equilíbrio entre os esforços de formação e demandas profissionais. “Todos os envolvidos, instituição de ensino, professores, estudantes, avaliadores, mercado profissional, entre outros, possuem responsabilidade na garantia da eficiência e eficácia deste processo” sentencia.

Para o professor, as faculdades assim como os demais envolvidos podem colaborar para melhorar esses índices. Porém, ele adverte que não é uma questão de ensinar para passar no exame. “Isso tende a ser uma reação imediata aos resultados baixos de aprovação, no entanto, reduz o papel da instituição de ensino de formador de cidadãos e profissionais.” Cornacchione, continua a análise dizendo que ensinar para passar no exame é visão reducionista e que encorpar o curriculum e o método para garantir um cidadão melhor preparado para o sucesso em sua carreira representa bem mais do que o conteúdo do exame (e não poderia ser diferente). “Mas, as faculdades podem sim reforçar temas e processos que são explorados no exame,” considera.

Quanto aos currículos das faculdades de ciências contábeis, Cornacchione lembra que em educação o curriculum é algo vivo e dinâmico. Para ele, não é diferente para a contabilidade. O professor diz ainda que, independentemente da qualidade do curso ou programa em questão, uma instituição de ensino, um programa, um docente deve sempre estar avaliando e implementando ajustes curriculares. “Nossa área é de ciências sociais aplicadas. A dinâmica social requer que sejam contemplados elementos que estão em constante modificação. Como disse, a parceria entre academia e mercado é adotada em vários países do mundo e faz todo o sentido em áreas com recorte profissional como a nossa”, conclui.

Docentes mais preparados

Sob o ponto de vista do vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Breda, o índice de aprovação pode melhorar, embora não se possa dizer que seja ruim, porque está acima da média das nove edições anteriores que foi de 43,4 pontos percentuais.

A elevação do percentual de aprovação, para Breda, depende fundamentalmente da melhoria na qualidade do ensino e, por via de consequência, da melhor formação do aluno. Ele lembra que a última avaliação dos cursos de ciências contábeis feita pelo MEC em 2012, quando da realização do ENADE, 865 cursos foram avaliados, sendo que apenas 31 (3,6%) obtiveram o conceito máximo (nota 5). “Isto mostra o quanto podemos ainda avançar na qualificação do ensino superior na nossa área”, acrescenta.

Ele afirma que a evolução passa por investimentos que precisam ser feitos pelas instituições de ensino superior, seja na melhoria das instalações físicas, na qualificação do corpo docente e na organização didático-pedagógica. Preocupado com a formação de docentes para o ensino contábil no país, o Conselho Federal de Contabilidade

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 14:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

14

tem projeto específico nesse sentido, visando apoiar a instalação e funcionamento de novos cursos de mestrado em ciências contábeis, especialmente em regiões onde não há oferta desses cursos, com o objetivo de propiciar a formação de mais mestres para o ensino das ciências contábeis, contribuindo assim para o atendimento das diretrizes do MEC. “Atualmente temos apenas cerca de três dezenas de cursos de mestrado e doutorado em ciências contábeis em todo o Brasil o que é insuficiente se compararmos com o número de cursos de graduação, que ultrapassa 1,2 mil cursos em todo o país”, revela Breda.

Quanto à necessidade de mudanças no currículo das universidades, o vice-presidente revela que o CFC elaborou uma proposta de currículo que será sugerida às instituições de ensino. “Essa proposta nacional está em fase de revisão e deverá ser divulgada em breve” promete. 

Stefanini: Governo destruiu um trabalho de 10 anos no setor de TIAna Paula Lobo ... 20/08/2015 ... Convergência Digital

A reoneração da folha de pagamento para o setor de TI - a proposta do Governo de subir a alíquota de 2% para 4,5% foi aprovada pelo Senado e vai à sanção da presidenta Dilma Rousseff - destruiu um trabalho de 10 anos para construir um setor de Tecnologia da Informação consistente e capaz de concorrer mundialmente, sustentou o presidente da Stefanini, Marco Stefanini, em entrevista ao portal Convergência Digital.

De acordo com o executivo, o setor de TI foi punido, mesmo tendo cumprido todos os objetivos da desoneração, entre eles, gerar 30% mais empregos formais do que o acordado em 2011, quando o projeto foi iniciado no Governo Dilma. "Essa medida não vai trazer nenhum acréscimo de impostos ao governo. Ao contrário. As pequenas e médias empresas tendem a voltar a trabalhar com os PJs e a arrecadação vai cair. Infelizmente, todo mundo perdeu. O governo e as empresas", lamentou.

Stefanini, que está à frente de uma das poucas empresas nacionais com presença forte no exterior, disse que a reoneração já está à mesa para os empresários. Isso porque será necessário renegociar os contratos com os clientes, tarefa ainda mais complexa diante do momento econômico do país. Para o presidente da Stefanini, a área de serviços de TI  registra uma margem muito baixa-  em torno de 3%. "Ainda é um mercado extremamente competitivo. Se nossa margem fica em torno de 3% e o aumento é de 2,5% percentuais, o impacto será significativo", sinaliza.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 15:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

15

Stefanini admite que 'ainda está digerindo a bomba', mas já começa a pensar num plano de ação. "Como disse, o trabalho mais complexo será o de renegociar com os clientes". A possibilidade de não optar pela desoneração - uma opção presente no projeto do governo - não pega a área de Serviços de TI, mais intensiva na contratação de mão de obra. Mas fará, segundo o executivo, as pequenas e médias empresas repensarem a formalização.

"É um incentivo para subcontratar serviços e não ter empregados. Todo o trabalho de formalização de empregos foi jogado fora. O governo pensou apenas no INSS. Esqueceu o Imposto de Renda e outros tributos da carteira assinada. Agora o jogo mudou", finalizou Marco Stefanini.

Soma de dívidas tributárias já alcança a marca de R$ 1,1 trilhão, diz sindicato

21 de agosto de 2015A soma de todas as dívidas tributárias brasileiras já alcança a marca de R$ 1,1 trilhão. O cálculo é do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e considera a posição em julho deste ano. A maior fatia – R$ 723,3 bilhões – envolve grandes devedores, ou seja, empresas que juntas representam menos de 1% de todas as pessoas jurídicas registradas no Brasil, aponta o sindicato.

O levantamento do Sinprofaz indica que o setor industrial concentra a maior fatia dos débitos tributários inscritos na dívida ativa da União (R$ 315,7 bilhões), seguido pela atividade comercial (278,8 bilhões). Do total de R$ 1,1 trilhão estimado em dívida ativa, São Paulo lidera, com R$ 484,7 bilhões em débitos, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 197,7 bilhões; e, em terceiro lugar, Minas Gerais, com aproximadamente R$ 65,4 bilhões.

Somente neste ano, de janeiro até agora, mais de R$ 320 bilhões teriam sido sonegados, aponta o presidente do Sinprofaz, procurador Achilles Frias. “Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda Nacional são advogados públicos que recuperam tributos não pagos por pessoas físicas e jurídicas”, argumenta.

Para denunciar os valores estimados em impostos sonegados, o Sinprofaz instalou nesta quarta-feira, 19, em Brasília, o painel do “Sonegômetro”, que

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 16:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

16

revela em tempo real o total dos tributos sonegados no Brasil. O equipamento ficará ao lado do Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios.

Segundo Frias, no ano passado a carreira conseguiu impedir a perda de R$ 500 bilhões aos cofres públicos do País. Mas ele avalia que a Procuradoria da Fazenda Nacional encontra-se sucateada e precisa de investimentos . “Atualmente sofremos com instalações físicas precárias, acúmulo de funções e sobrecarga de processos, quadro insuficiente de procuradores e uma remuneração defasada em comparação com a Defensoria, com o Judiciário e com o Ministério Público”, argumenta.

Fonte: R7

Mais SPED em 2016: Será que o comércio precisa se preocupar?

Possivelmente você pensa que o SPED seja assunto para o seu contador, quando muito envolvendo ainda o pessoal de tecnologia. Vamos ser sinceros, alguém já te explicou, de forma clara e simples, o que é o SPED e quais são as consequências

dele para a sua empresa?

Possivelmente você pensa que o SPED seja assunto para o seu contador, quando muito envolvendo ainda o pessoal de tecnologia. Eu também já acreditei nisto. Mas, desde quando publiquei o primeiro livro sobre o tema, em 2008, imaginei que não seria bem assim. Vamos ser sinceros, alguém já te explicou, de forma clara e simples, o que é o SPED e quais são as consequências dele para a sua empresa?

Vamos imaginar o governo como seu sócio. Na prática, ele é! E quer saber como são feitas suas compras – de quem compra, quanto compra e paga, quais os itens e quantidades e os tributos envolvidos. Quer saber como vende, para quem, por qual valor, quantidades e impostos. Ainda, ele pede informações detalhadas sobre seus estoques, item a item, quantidades e valores. Você também é obrigado a informar seus pagamentos, recebimentos, custos, folha de pagamentos e a memória de cálculo da apuração de cada tributo.

Sócio de milhões de empresas, o governo submete esses dados em arquivos digitais padronizados compondo uma verdadeira sopa de letrinhas: EFD-ICMS/IPI, EFD-Contribuições, ECD, ECF (que não é o ECF do Cupom Fiscal), NF-e, NFS-e, NFC-e, MDF-e, CT-e, entre outros.

Todos estes arquivos são assinados eletronicamente com os tais certificados digitais. Esse tipo de tecnologia, no Brasil, tem validade jurídica para todos os fins. E cada um tem uma periodicidade definida para a transmissão das informações.

A partir de 2016 teremos mais letrinhas despejadas no panelão da sopa: eSocial e Bloco K. O primeiro trata das informações sobre seus funcionários – como e quando eles são admitidos, promovidos, demitidos, entram em férias, são afastados, submetem-se a exames médicos.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 17:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

17

Pede ainda informações sobre cada contracheque e os programas de medicina, saúde e segurança dos trabalhadores.

O objetivo do governo é fazer com que as empresas cumpram mais rigorosamente a legislação trabalhista e previdenciária. Além, é claro, de aumentar a arrecadação dos tributos identificando de forma eletrônica (e rápida) uma série de pequenas (e grandes) fraudes que ocorrem com o FGTS, as contribuições previdenciárias e o imposto de renda das pessoas físicas.

Já o Bloco K é um novo “pedaço” do SPED Fiscal que inclui informações para controle da produção e dos estoques. O “sócio” quer conhecer a ficha técnica de cada produto, sua composição, as etapas do processo produtivo, o que foi consumido e produzido em cada etapa, e, claro, as perdas e insumos que foram substituídos. As quantidades devem ser coerentes com as compras dos insumos e a venda dos produtos, considerando as perdas “normais”.

O foco da fiscalização é a indústria de transformação e as empresas que fazem beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento, renovação ou recondicionamento. Essa exigência é determinada aos estabelecimentos industriais, ou a eles equiparados pela legislação federal, e aos atacadistas, e o Fisco ainda poderá exigi-la para outros setores.

Há uma série de outras situações que tornam uma empresa obrigada a enviar o tal do Bloco K. Se ela é importadora, ou comercializa produtos importados por outra filial da mesma empresa, ou mesmo comercializa produtos industrializados de outros estabelecimentos da mesma empresa. Enfim, é preciso uma análise mais criteriosa para ter certeza se você está obrigado ou não à entrega das informações do temido bloco.

Mas, o que há em comum entre o eSocial e o Bloco K? Seu contador jamais conseguirá entregá-los para o “sócio” sem a sua “ajuda”.  As informações destes arquivos dependem de uma boa administração empresarial. Sem gestão de compras, vendas, produção, estoques e recursos humanos não dá nem para começar a pensar em SPED.

Por fim, não se esqueça de que nosso “sócio”, ainda por cima, é fofoqueiro. Recebe dados enviados por seus fornecedores, clientes e parceiros. Portanto, nem pense em fornecer informações falsas, incompletas ou incoerentes pra ele!

por Roberto Dias Duarte**Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franchising, primeira franquia contábil do país. Fonte: Roberto Dias Duarte

5 Direitos do Consumidor em restaurantes, bares e lanchonetesEmbora não tenha disposições específicas, porém por meio do uso da interpretação de suas normas o Código de Defesa do Consumidor é plenamente aplicável a essa modalidade de relação de consumo, confira abaixo alguns direitos.Publicado por Felipe Pacheco Cavalcanti - 1 semana atrás

1. Impossibilidade de cobrança de multa por perda da comandaIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 18:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

18

Alguns bares e restaurantes utilizam sistema de comandas/fichas individuais para controlar o consumo dentro do estabelecimento. Não é raro constar no verso da comanda frases com menção ao pagamento de multa na hipótese de extravio ou perda da comanda, esses valores passam da casa das centenas, muito embora a comanda/ficha seja um mero pedaço de plástico sem valor. Do ponto de vista do comerciante, o que se busca evitar é que pessoas consumam e percam a comanda na tentativa de pagar menos do que consumiu. Contudo, esse tipo de cobrança é contrário ao Código de Defesa do Consumidor.Em primeiro lugar, o ônus da atividade do empresário deve ser arcado por ele próprio. Assim, não pode ser transferido para o consumidor o risco do negócio, cabe ao estabelecimento adotar um sistema de cobrança que permita a conferência dos valores consumidos independentemente de o consumidor portar ou não a referida ficha.

Segundo, se o estabelecimento sofreu algum dano em decorrência do extravio da comanda, esse dano precisa ser quantificado e especificado, uma vez que o artigo944 do Código Civil diz que a indenização é medida pelo dano causado, sendo assim o bar ou restaurante só pode exigir do consumidor o que de fato ele consumiu. Se o estabelecimento exigir além do que foi consumido sua conduta será considerada abusiva, nos moldes do artigo 39, V, do Código de Defesa do Consumidor. Caso o consumidor tenha pago essa multa poderá exigir o reembolso em dobro da quantia paga indevidamente, conforme artigo 42 do CDC.

2. Pagamento opcional de gorjeta de 10% ao garçomAlguns Estados brasileiros possuem normas específicas que tratam da matéria, porém mesmo que não houvesse uma disciplina específica o Código de Defesa do Consumidor traz dispositivos aplicáveis. De início, é preciso registrar que a cobrança de 10% não pode ser feita embutido no valor total, deve o estabelecimento fazer um cálculo à parte do valor correspondente, sendo necessário que o consumidor seja informado sobre o caráter opcional do pagamento, consoante o disposto no artigo 6º, inciso III, do CDC.Conforme já foi dito acima, a custo da atividade empresarial não pode ser arcada pelo consumidor, isto é, o custo decorrente da remuneração do garçom deve ser de inteira responsabilidade do bar ou restaurante. O consumidor quando dá a gorjeta o faz por mera liberalidade, é uma retribuição pela cortesia e bom atendimento recebido naquele estabelecimento. O Código de Defesa do Consumidor veda que o fornecedor de produtos ou serviços exija vantagens excessiva, ou seja, não pode ser exigido que o cliente pague obrigatoriamente a gorjeta, sob pena de violação do artigo 39, incisoV. Por fim, o valor pago não necessariamente deve corresponder a 10% do valor da conta, uma vez que por se tratar de uma faculdade do cliente, ele pode optar por pagar menos ou mais do que isso.

3. Direito de ser informado sobre a cobrança de CouvertHá dois tipos de couvert: o artístico e o gourmet. O primeiro deles consiste na cobrança pela música ou qualquer evento ao vivo que esteja sendo apresentado no estabelecimento. Já o segundo diz respeito aos alimentos servidos em pequenas porções antes da chegado do prato principal. Ambos são permitidos por lei, sendo que o couvert gourmet é facultativo, enquanto que o couvert artístico é obrigatório.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 19:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

19

Em ambos os casos, o que não é permitido é que a cobrança seja feita sem que antes o consumidor seja devidamente avisado, tendo em vista que a relação de consumo é pautada em princípios de transparência e informação. Além do mais, é vedado o fornecimento de qualquer produto ou serviço sem que haja prévia solicitação do consumidor, conforme a regra contida no artigo 39, inciso III, do CDC.Sendo assim, é necessário que o bar ou restaurante informe, preferencialmente na entrada, que o estabelecimento cobra pelo couvert para que o consumidor decida se entrará ou não. Caso o consumidor não seja informado sobre a cobrança, ele poderá se recusar ao pagamento, com fundamento no art. 39, parágrafo único, do CDC.

4. Vedação ao uso de forno micro-ondas ou elétrico para reaquecer os alimentosÉ usual que alguns estabelecimentos utilizem o forno micro-ondas ou elétrico para reaquecer os alimentos que estão expostos à venda. Antes que cause estranheza, é preciso esclarecer que não é vedado o uso desses aparelhos na cozinha, mas, na verdade, o que é vedado é o uso de forma indevida.

Os alimentos que já foram cozidos, ao serem expostos para a venda, devem estar em condições de temperatura que evitem a proliferação de micróbios, ou seja, devem ser acondicionados em estufas térmicas ou aparelho similar que garanta temperatura elevada.

Assim sendo, não pode o estabelecimento preparar o alimento e deixa-lo em temperatura ambiente para somente esquentá-lo quando o cliente for consumi-lo, conforme determinado pela Resolução da ANVISA RDC nº 216/2004, em seu item 4.8.15, os alimentos vendidos quentes devem ser armazenados em temperatura superior a 60ºC. Portanto, todo e qualquer alimento que seja vendido quente deve estar em condições de ambiente e temperatura adequado.

5. Os funcionários que manuseiam dinheiro não podem manusear alimentosEmbora seja óbvio que essa conduta seja proibida, é corriqueiro que os funcionários do estabelecimento manipulem em dinheiro e sirvam os clientes, a exemplo do garçom que ao final traz a conta para pagamento. Essa conduta é proibida, devida a enorme possibilidade de contaminação dos alimentos com micróbios oriundos das cédulas. A Resolução da ANVISA RDC nº 216/2004, em seu item 4.10.7, veda essa prática, independente dos alimentos vendidos serem embalado ou não, pois a norma exige que o recebimento de valores seja realizado por pessoas diferentes. Não se trata de um mero capricho, mas de uma norma importantíssima para a saúde dos consumidores.

Autor: Felipe Pacheco Cavalcanti

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 20:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

20

Estados querem aumentar alíquota de imposto sobre herança

21 de agosto de 2015

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda do país, decidiu hoje (20) propor elevação da alíquota máxima para o Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação (ITCD), que é o imposto sobre herança. Atualmente, a alíquota máxima é 8% e os estados querem poder cobrar até 20%. Os secretários de Fazenda aprovaram o encaminhamento de uma minuta de resolução ao Senado propondo a alteração.

De acordo com a secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, o objetivo da medida é defender as receitas tributárias dos estados, que enfrentam crise financeira. “Já existem estudos que mostram que o Brasil é o país que menos tributa o patrimônio. Nossa deliberação foi subir essa alíquota máxima para 20%, o que alinha com outros países. Significa protegermos uma base tributária que é dos estados, não do governo federal”, disse Ana Carla, referindo-se à discussão para que o governo federal leve parte da arrecadação do ITCD, hoje dividido entre estados e municípios.

Segundo a secretária, isso não significaria “dar uma rasteira” na União. “Nós precisaremos fazer isso se continuar essa situação de insensibilidade por parte do governo federal. Nós estamos fazendo ajuste, gerando superávit primário, cortando na carne”, afirmou Ana Carla. De acordo com ela, o problema mais urgente dos estados são empréstimos que o governo federal não está liberando. “O ministro [Joaquim Levy, da Fazenda] sinalizou, no último Confaz, que começaria a liberar alguns empréstimos, e isso não foi feito. Há uma fila de pleitos já analisados pela Procuradoria da Fazenda sem definição.”

Joaquim Levy, que é presidente do Confaz, não participou da reunião desta quinta-feira. De acordo com Ana Carla, o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda e presidente substituto do Confaz, Fabrício do Rozario Valle Dantas Leite, encarregou-se de levar ao ministro os pleitos dos secretários de Fazenda. Os secretários também decidiram formar uma comissão para conversar com o ministro. “Foi criada uma comissão, com um secretário de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 21:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

21

Fazenda por região, e deverá ser marcado para próxima semana [o encontro com Levy]”, informou a secretária de Fazenda de Goiás.

De acordo com o secretário de Fazenda de Mato Grosso, Paulo Truslindo, para estados exportadores, o principal problema é o atraso no repasse do Fundo de Fomento às Exportações (Fex). “Mato Grosso é um dos estados que têm um dos maiores níveis de exportações do país, assim como Goiás e Pará. Nós não recebemos ainda R$ 400 milhões relativos ao Fex do ano passado. Isso impacta em uma série de pontos dentro do estado”, afirmou. Para ele, um dos problemas é a necessidade de investir em estradas a fim de escoar a produção exportada.

Também na reunião desta quinta-feira, o Confaz decidiu encaminhar minuta de resolução ao Senado para alinhar em 18% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Também será encaminhada [minuta para o óleo diesel]. Goiás pratica 18%, tem estados que praticam aliquotas menores e alíquotas maiores. Isso regulamentaria [a questão]”, afirmou Ana Carla Abrão. Segundo ela, o objetivo do alinhamento da alíquota é pôr fim a uma guerra fiscal entre os estados.

Fonte: Agência Brasil

Projeto que eleva teto do Simples é ‘pauta-bomba de chocolate’, diz Afif

20 de agosto de 2015Ministro fez referência à ‘pauta-bomba’, que aumenta gastos públicos.Segundo Afif Domingos, Cunha prometeu votar na semana que vem.

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, se reuniu nesta quarta-feira (19) com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para defender a aprovação de um projeto que aumenta o teto de faturamento para que uma empresa possa participar do Simples Nacional. Segundo ele, a proposta é uma “bomba de chocolate”, em referência à chamada “pauta-bomba”.

O Simples é um regime tributário especial permite o pagamento, numa única guia, de oito impostos, facilitando o sistema de contabilidade das empresas.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 22:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

22

Hoje, a empresa pode faturar até R$ 3,6 milhões por ano para ser incluída no programa. Com a mudança, o teto passa para R$ 7,4 milhões nos setores de comércio e serviços e de R$ 14,4 milhões no caso da indústria. O impacto fiscal estimado é de R$ 2 bilhões na queda de arrecadação.

Apesar disso, para Afif não se trata de um item da “pauta-bomba”, como são chamados os projetos com impacto nas contas públicas. “Se for aprovado, será uma bomba de chocolate”, disse. “Ao analisar a massa dos empregos, vemos que são as micro e pequenas empresas que estão segurando os empregos”, justificou o ministro.

Afif defendeu o desempenho do setor em meio à crise econômica e destacou que, segundo dados da FGV/Sebrae, as micro e pequenas empresas geraram 116,5 mil empregos até em junho de 2015, enquanto as grandes empresas viram 476,6 mil vagas serem fechadas no período.

O objetivo da proposta, segundo o ministro, é evitar que as empresas segurem o faturamento para não ultrapassar o limite e cair em outro sistema de tributação, mais complicado. Apesar do impacto nas contas públicas, ele sustentou que a perda será compensada com a geração de empregos no setor.

Batizado de “Crescer Sem Medo”, o projeto também prevê a adoção de faixas progressivas de tributação entre esses níveis.

Afif disse que saiu da reunião com Cunha com a promessa recebida de que o texto será colocado em votação na semana que vem. Ele disse que ainda não conversou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o projeto, mas acredita que o governo não colocará obstáculos à aprovação. “Não acredito [que o ministro será contra]. Isso é muito bom para o Brasil”, disse.

Fonte: G1

Estados fecham proposta para elevar impostosagosto 21, 2015 em Geral por Karin Rosário

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 23:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

23

Secretários sugeriram aumento uniforme para 18% da alíquota de ICMS sobre diesel e de 20% para tributos sobre herança e doação

BRASÍLIA – Em clima de grande insatisfação com o governo federal, os Estados decidiram propor aumento uniforme para 18% da alíquota do ICMS cobrada sobre o diesel e de 20% do tributo que incide sobre a herança e doação, o ITCD. Em reunião nesta quinta-feira em Brasília, os secretários de Fazenda dos Estados elevaram o tom das críticas e a pressão para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, liberar os pedidos de autorização para a contratação de novos empréstimos e os recursos represados desde o ano passado do Fundo de Auxílio Financeiro para o Fomento das Exportações, no valor de R$ 1,95 bilhão.

Em crise e muitos com dificuldade até mesmo para honrar o pagamento da folha do funcionalismo, os Estados reclamam que estão fazendo o ajuste fiscal e “cortando na carne”, ao contrário do governo federal. Sem alternativa, os Estados se mobilizam para aumentar a carga tributária e recuperar as receitas. O primeiro da fila foi o Rio Grande do Sul, que nesta quinta-feira anunciou um forte aumento das alíquotas do ICMS.Em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os secretários decidiram aprovar o encaminhamento de projeto de resolução ao Senado com o realinhamento da alíquota do diesel e fixação da uma alíquota máxima para o ITCD. São Paulo foi contra.

Renato Villela, secretário de São Paulo, disse que o Estado quer avaliar melhor o impacto da alta do ICMS do diesel na economia. Ele votou contra a decisão de pedir ao Senado o aumento da alíquota. Em São Paulo, a alíquota é de 12%. O secretário disse que caberá ao Senado decidir. “O que nós gostaríamos é que fosse melhor discutida”, afirmou.

Sobre a decisão de propor ao Senado resolução para elevar para 20% a alíquota do ITCD (tributo que incide sobre doações e heranças), Villela afirmou que há uma preocupação grande com a proposta do governo federal em estudo de criar uma sobretaxa com mesma base de tributação. Em São Paulo, o ITCD é de 4%. Na sua avaliação, não faz sentido a União querer usar essa mesma base tributária. Ele disse que um dos riscos com uma elevação forte do ITCD é o tributo deixar de ser pago pelos contribuintes, com prejuízos para União e Estados.

Em boa parte dos Estados, a alíquota do diesel é de 17%, mas muitos cobram menos do que esse valor. Com a proposta, a alíquota mínima que valeria para todos os Estados subiria para 18%. A medida visa também evitar uma guerra fiscal entre os Estados vizinhos que cobram alíquotas diferenciadas.

Já a proposta de elevação para 20% da alíquota do ITCD é uma reação à tentativa do governo federal de criar um tributo novo sobre herança, que na prática teria a mesma base de tributação do imposto cobrado pelos Estados. A alíquota máxima permitida do ITCD é de 8%, mas a maioria dos Estados cobra 4%.

“O governo quer fazer ajuste fiscal em cima dos Estados”, disse Ana Carla Abrão, secretária de Fazenda de Goiás. Ela afirmou que o governo federal tem sido “insensível” com os Estados. Para ela, a crise é “grave e profunda” e “o governo está esticando a corda”. “Não existe solução da crise econômica sem passar pelos Estados”, afirmou.

O secretário de Fazenda do Mato Grosso, Paulo Brustolin, cobrou clareza do Tesouro para que o planejamento dos Estados seja feito sem sobressaltos e sem falsas expectativas. Um dos motivos de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 24:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

24

insatisfação é com a promessa não cumprida do ministro Levy de começar a liberar os empréstimos represados e os recursos prometidos na última reunião do Confaz, há um mês.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO / Fenacon- See more at: http://www.spednews.com.br/08/2015/estados-fecham-proposta-para-elevar-impostos/#sthash.78c3Aow4.dpuf

Confeitaria se Recusa a fazer Bolo para Casamento gay e caso parar na JustiçaDireito do Confeiteiro ou Direito do Casal gay.Publicado por Paulo Abreu - 6 dias atrásUma confeitaria se recusou a atender pedido de um bolo de casamento nos Estados Unidos e essa briga foi parar na mais alta corte da justiça americanaÉ uma luta que começou em 2012. De um lado, uma tradicional confeitaria do Colorado. Do outro, Charlie Craig e David Mullins, um casal que só queria um bolo bonito na festa de casamento. Jack Phillips, o confeiteiro, se negou a fazer bolo para um casamento gay, alegando questões religiosas.

O caso foi parar na Justiça. Agora, a Comissão Estadual de Direitos Civis determinou que, ou Jack faz para todo mundo, ou não pode mais vender bolo para ninguém.

Ele disse que vai recorrer e justificou: “Eu acredito que todos os meus bolos são uma forma de expressão e de algum jeito me fazem participar da cerimônia. O governo não pode me dizer o que eu posso fazer ou não”.

Charlie diz que esse argumento prova que o modo como ele e David foram tratados na confeitaria é ilegal e errado. O advogado do casal discriminado diz que quando um comerciante abre uma loja, tem que atender a todos, sem distinção.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 25:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

25

A defesa do confeiteiro rebate dizendo que é um absurdo que pessoas como Jack, que não concordam com o casamento gay, sejam processadas.

Jack Philips, o confeiteiro, prometeu apelar à Suprema Corte. O caso virou muito mais que uma relação entre comerciante e cliente. Levantou questões religiosas e também de direitos constitucionais. A mais alta instância da Justiça dos Estados Unidos já determinou que nenhum estado pode se negar a realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quanto ao bolo, pelo menos os casais gays do Colorado, já sabem onde não procurar.

Fonte: G1/Bom Dia Brasil

DANO MORAL

Universidade do Rio de Janeiro terá de pagar R$ 50 mil por reter diploma de aluno16 de agosto de 2015, 9h57Por   Giselle Souza Uma universidade fluminense foi condenada a pagar R$ 50 mil de danos morais a um ex-aluno que se formou em administração em 2004, mas até hoje não recebeu o diploma. A decisão é da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que considerou que a atitude da instituição trouxe sérios prejuízos ao estudante.  

Na ação, o autor alegou que a UniverCidade, onde se formou, negou-se a disponibilizar o diploma após ele concluir o curso, por “haver pendência relativa à sua documentação, especificamente por não ter comprovado a sua conclusão no ensino médio”. Ele contou que a falta do documento o levou a perder oportunidades de emprego, assim como de fazer um mestrado em uma instituição de renome.

A faculdade argumentou que não pode entregar o diploma porque o autor não comprovou ter concluído o ensino médio, “um pré-requisito necessário para prosseguir na formação acadêmica”.

A primeira instância julgou o pedido do ex-aluno improcedente por entender que “não há como responsabilizar a UniverCidade pelo fato de não ter entregue o referido diploma, pois, se o tivesse

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 26:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

26

feito, teria ferido ditames legais, muito embora estivesse o autor ciente das pendências existente, sem tê-las sanado”.

O autor recorreu e o caso foi parar na 22ª Câmara Cível. O relator, desembargador Marcelo Buhatem, não aceitou os argumentos da instituição de ensino. Na avaliação dele, “diante da situação consolidada pelo tempo, inviabilizar o aluno de receber a graduação no curso que concluiu, durante quatro anos, com ingresso em subsequente pós-graduação e mesmo mestrado é algo de uma insensibilidade atroz”.

Buhatem verificou que o certificado de conclusão do ensino médio não foi entregue porque a escola onde o autor estudou fechou, e todos os documentos foram encaminhados para a Secretaria de Educação. Segundo o relator, ele errou ao não informar o problema para a universidade, mas isso não isenta a instituição de ter agido com omissão.

Para o relator, a análise da documentação necessária para o ingresso na universidade, em razão da aprovação no vestibular, deveria ter sido feita no momento da matrícula. “Tenho que a recorrida foi omissa em averiguar o reconhecimento oficial do ensino médio cursado pelo demandante, limitando-se, seguindo a lógica fria do mercado, a aceitar a matrícula e, subsequentes renovações, até o término do curso ministrado, chegando mesmo a desempenhar o papel de orador de turma”, destacou.

E emendou: “Repita-se, agindo desse modo visou apenas a obtenção de lucro na prestação dos serviços educacionais em flagrante prejuízo ao estudante [...]. E é justamente em momentos como esse que o Poder Judiciário deve intervir, de modo a não deixar o consumidor ao léu, e fazendo prevalecer o princípio da boa-fé que norteia as relações jurídicas, cabendo ao julgador pautar-se na prudência e no bom senso, evitando-se assim, que seja tido como de todo inútil o tempo do curso já realizado”.

Processo 0291339-05.2010.8.19.0001.Giselle Souza é correspondente da ConJur no Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 16 de agosto de 2015, 9h57

BASE LEGAL

Portador de doença sem cura é isento de pagar Imposto de Renda19 de agosto de 2015, 6h30

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 27:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

27

A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS) isentou um aposentado que sofre de neoplasia maligna controlada de ter que pagar Imposto de Renda. O autor da ação tem 87 anos e está em tratamento desde 1962. Segundo o colegiado, a isenção em casos como esse tem base legal.

Nesse sentido, a Turma destacou o artigo 6º, inciso 14, da Lei 7.713/88, o artigo 30 e parágrafos da Lei 9.250/95 e o artigo 39, inciso 33, do Decreto 3.000/99. As três normas regulamentam a cobrança do Imposto de Renda.

A decisão foi proferida no julgamento de um recurso proposto pela União para questionar a sentença. Ao analisar o caso, o tribunal observou que a perícia demonstrou lesões malignas na coxa, no dorso do pé e na região axilar direita e que a enfermidade, embora passível de controle, não possui cura.

“O autor ao longo da vida apresentou várias lesões dermatológicas com diagnósticos anatomopatológicos variados. Em vários momentos durante o acompanhamento médico contínuo a que se submete, foi necessário o tratamento cirúrgico das lesões, sempre realizados com sucesso, sem sequelas estéticas ou funcionais”, constatou o juiz convocado Silva Neto, que relatou o caso.

Segundo Neto, a perícia oficial foi feita em 2011. “Nesse cenário, então, flagra-se o erário a se esconder, data venia, em seu próprio burocratismo, tão veemente o teor do laudo médico, produzido por perito judicial, cristalino no vaticínio de que a parte contribuinte, há vários anos, a padecer de moléstias de pele, tendo como núcleo neoplasia maligna, com detalhes de constantes intervenções cirúrgicas, possuindo predisposição à doença”, afirmou. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3. Processo 0009251-41.2009.4.03.6100/SP.Revista Consultor Jurídico, 19 de agosto de 2015, 6h30

Aprovada no Senado proposta que muda critérios para classificar paraísos fiscais

19 de agosto de 2015Novos critérios para classificação de paraísos fiscais foram aprovados nesta terça-feira (18) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Pela proposta, deixará de ser considerado “paraíso fiscal” o país que não for assim identificado, ainda que com uma denominação distinta, por órgão, entidade ou organização independente e internacionalmente reconhecida. Caberá ao Executivo indicar um ou mais órgãos para essa certificação.

“Quando uma empresa brasileira procura países do Oriente Médio para ampliar suas exportações e, com isso, gerar mais oportunidades aqui, ela procura esses países porque eles têm bons mercados. Quando a região for considerada “paraíso fiscal”, a empresa será tributada além de seus concorrentes e, consequentemente, será excluída”, explicou o autor da proposta, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 28:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

28

Ferraço avaliou que a legislação brasileira dá um tratamento tributário mais rigoroso para as operações realizadas com países de tributação favorecida, como também são conhecidos os paraísos fiscais, que são aqueles que adotam tributação máxima da renda inferior a 20%. Para o senador, a presunção de que todos os países que adotam essa tributação sejam “paraísos fiscais” tem acarretado distorções.

Entre os exemplos dados por Ferraço está Cingapura, classificada como paraíso fiscal pelas regras brasileiras, mas não pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O mesmo ocorre com Irlanda e Luxemburgo. O senador acrescentou que entidades mundiais como a Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE) não adotam alíquota mínima de tributação como critério para identificar “paraíso fiscal”.

Como foi aprovado em caráter terminativo, se não houver recurso para votação no plenário, o PLS 275/14 seguirá direto para a Câmara dos Deputados.

Fonte: EBC

CRIME PRESCRITO

Juiz e promotor se livram de condenação em caso envolvendo padeiro traído20 de agosto de 2015, 13h40Por   Tadeu Rover

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 29:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

29

O juiz e o promotor que participaram de um conluio para prejudicar um padeiro traído por sua mulher, que chegou a ser preso ilegalmente, conseguiram se livrar da condenação criminal por prevaricação e, consequentemente, da perda dos cargos.

A 6ª Turma do Superior Tribunalconsiderou errada a dosimetria aplicada aos envolvidos e reduziu as penas determinadas pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com isso, houve a prescrição do crime e as penas foram extintas.Em março de 2013, ao condená-los por prevaricação, o TJ-SP aplicou a pena máxima prevista: um ano de detenção. Para isso, aplicou as circunstâncias previstas no artigo 59 do Código Penal, que diz que o juiz pode aumentar ou aliviar a pena observando a conduta social dos réus, a personalidade, os motivos para o cometimento do crime, as circunstâncias e as consequências do crime e o comportamento da vítima. Seguindo o voto do relator, desembargador Ênio Zuliani, os membros do Órgão Especial entenderam que, por mais que nem todas as características do dispositivo pudessem ser usadas como agravantes, as condições negativas pesaram mais no caso que as positivas. 

O desembargador Zuliani, cujo voto foi complementado pelo desembargador Walter de Almeida Guilherme, afirmou que a conduta social dos réus durante o processo não poderia ser usada como agravante, mas todas as demais eram tão negativas que se sobrepunham às positivas. Almeida Guilherme completou que, caso não fosse aplicada a pena máxima, decairia o prazo punitivo, e promotor e juiz não poderiam ser condenados — nem retirados de suas respectivas funções.

Dosimetria inviávelNo entanto, o entendimento do tribunal estadual foi derrubado no Superior Tribunal de Justiça. "Não se mostra aceitável que para se evitar a indesejável incidência da prescrição penal se adote, sem pertinente e objetiva fundamentação (artigo 59 do CP), a exacerbação para além do mínimo legal da quantidade da pena imposta ao réu", afirmou o ministro Sebastião Reis Júnior, relator do Recurso Especial.Citando jurisprudência da corte, o ministro explicou que, embora a dosimetria da pena não seja uma operação matemática, "com pesos absolutos para cada um dos vetores previstos no artigo 59 do

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 30:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

30

Código Penal, o certo é que, evidenciando-se que nem todas as circunstâncias judiciais foram sopesadas contra o agente, inviável se torna a fixação de sua pena-base no patamar máximo".

Assim, o ministro considerou que a pena deveria ser reduzida de um ano para sete meses de detenção e 20 dias-multa. Com isso, o relator reconheceu a extinção da punibilidade, devido à prescrição do crime. "Alterada a pena dos recorrentes, o lapso prescricional passa a ser de dois anos, nos termos do artigo 109, inciso VI do Código Penal, na redação anterior àquela dada pela Lei 12.234/2010. E o mencionado prazo já transcorreu entre a data do fato (15/9/2008) e a do recebimento da denúncia (4/5/2011)."

O caso do padeiroA decisão na Ação Penal é apenas mais um capítulo de uma história de traição e vingança, mas que custou R$ 100 mil para os cofres do Estado de São Paulo. O caso aconteceu em Espírito Santo do Pinhal, interior do estado. Um advogado teve um caso amoroso com uma mulher casada. O marido, padeiro, descobriu e foi tomar satisfação na faculdade onde o advogado era professor. Depois, segundo consta nos autos, começou a espalhar boatos e difamar o advogado.O padeiro só não contava com o fato de que o advogado tinha uma rede de "bons contatos", todos colegas de trabalho na mesma instituição, e ocupando postos-chaves na sociedade local para resolver seu problema: o delegado, o promotor e o juiz da cidade.

Irritado com a atitude do marido de sua namorada, o advogado procurou seus amigos para saber o que fazer. De acordo com os autos, o juiz convocou uma reunião informal com o advogado e o marido, e recomendou ao homem traído: pare com a política de difamação ou será processado.

Como as difamações não pararam, o advogado registrou boletim de ocorrência, e o promotor chamou o homem para “prestar esclarecimentos”. Foi processado, e o juiz decretou sua prisão preventiva pelo crime de ameaça. A ordem foi prontamente cumprida pelo delegado, e o padeiro ficou três dias preso.

Ele só foi solto por ordem de outro juiz, magistrado natural da causa, por causa de outro processo envolvendo as mesmas partes. O juiz autor do decreto de prisão preventiva, para prestar legitimidade ao seu ato, alegou que despachou na condição de juiz-corregedor.

“Há farta prova demonstrando que a deflagração do ato ilegal foi orquestrada a partir de conluio havido entre as autoridades públicas da comarca [juiz, promotor e delegado], todos amigos pessoais e colegas de magistério do réu, pessoa que possuía desavença pessoal com o autor, em razão de anterior relacionamento amoroso que manteve com sua mulher”, escreveu a juíza Bruna Marchese e Silva, na decisão que determinou o pagamento da indenização.

Como envolveu agentes públicos, sobrou para o estado arcar solidariamente com a indenização motivada pela trapalhada de seus servidores. Para chegar aos R$ 100 mil, a juíza considerou a conduta dos envolvidos, a intensidade e duração do sofrimento e a capacidade econômica de quem causou o dano.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 31:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

31

Clique aqui para ler o acórdão do STJ.REsp 1.447.685Tadeu Rover é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 20 de agosto de 2015, 13h40

Pedofilia: um crime silenciosoNormalmente ocorre dentro do ambiente familiar, o que torna mais difícil ainda a vítima se manifestarPublicado por Antonio Edelgardo Pereira da Silva - 4 dias atrásÉ silencioso porque geralmente ocorre dentro do ambiente familiar e para a vítima de um pedófilo fica muito difícil a mesma contar para alguém em que ela tenha confiança, a violência que ela vem sofrendo.

A maioria dos casos de pedofilia não são denunciados pois a família entende que com isso preserva a imagem que tem perante a sociedade e a imagem da própria vítima, o que é um erro pois ao não denunciar o pedófilo só irá contribuir ainda mais para que o mesmo continue agindo impunemente sem as reprimendas da lei.

Independentemente de classe social, a pedofilia acontece em todas as camadas sociais embora a maioria desses crimes aconteçam na periferia, principalmente em lares em que os pais passam o dia trabalhando e não tem como proteger seus filhos dos pedófilos.

O mais grave é que a maioria desses crimes infrafamiliar são praticados por parentes e pais das próprias vítimas e na sequência aparecem vizinhos, amigos da família, pessoas próximas que geralmente tem acesso as vítimas sem despertar nenhuma desconfiança. Pessoas que tem intimidade e confiança com a vítima.

Não existe um perfil pré-determinado e clássico do pedófilo. Eles estão em todas as classe sociais e independe do grau de instrução o que vai desde o analfabeto até o mais alto grau de instrução que se possa imaginar. Normalmente é uma pessoa que goza de boa reputação no meio em que vive, benquista por todo mundo e que geralmente gosta de ajudar e é justamente por trás dessa máscara que se esconde um predador de crianças.

Os casos mais comuns acontecem com crianças que possuem uma faixa etária abaixo dos 14 anos, até mesmo crianças de 3 anos já foram vítimas da pedofilia, inclusive com penetração.

As denúncias de pedofilia podem ser feita hoje no Brasil através do Disque 100 mas o importante mesmo é que a vítima seja levada a uma Delegacia, importante lembrar que sua identidade será preservada a fim de se evitar represálias por parte

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 32:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

32

do abusador. Não é um procedimento que dar pra esperar então quanto mais rápido a denúncia for formalizada mais rápido a polícia terá condições de apurar o caso e adotar as devidas e necessárias providências.

Interessante esclarecer que a vítima for uma criança até 12 anos ela será atendida por uma assistente social e uma psicóloga, os quais fazem o acolhimento da criança abusada em ambiente propício tipo uma brinquedoteca e que a criança se sinta a vontade até o momento de falar o que realmente aconteceu. Depois passa por um atendimento psicossocial e, havendo vestígios do crime será encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para apurar a materialidade delitiva.

Todos os pais devem e querem proteger os seus filhos de predadores mas como os manter em local seguro sem saber identificar um pedófilo?

Segundo o site http://pt.wikihow.com/Identificar-um-Ped%C3%B3filo, alguns cuidados são importantes para a identificação de um pedófilo, senão vejamos:Primeiramente nunca descartar a ideia de que alguém pode ser um pedófilo, não é o fato de o mesmo ser charmoso, carinhoso e parecer uma pessoa boa que vai merecer menos atenção. 30% das crianças que sofreram abusos sexuais, foram abusadas por algum membro da família, 60% por alguém que a criança já conhecia e que não era membro da família e 10% por um completo estranho da criança.

Os pedófilos tendem a falar sobre crianças como se estivessem falando sobre adultos. Eles podem fazer referência a uma criança como fariam a um amigo adulto ou companheiro. Os pedófilos normalmente dizem que amam todas as crianças e sentem-se como se ainda fossem crianças.

Os pedófilos procuram por crianças que são vulneráveis a suas táticas, pois têm pouco apoio emocional ou não estão tendo atenção suficiente em casa. O pedófilo tentará ter uma figura paterna para a criança. Alguns pedófilos procuram por crianças de pais solteiros, que não estão tão disponíveis para dar muita atenção.

Um molestador de crianças normalmente usará vários jogos, truques, atividades e linguagens para ganhar a confiança e/ou enganar a criança. Entre essas táticas estão: guardar segredos (os segredos são muito valiosos para a maioria das crianças, que sentem-se “adultas” e poderosas), jogos sexuais explícitos, carícias, beijos, toques, comportamentos sexualmente sugestivos, exposição da criança a materiais pornográficos, coerção, suborno, bajulação, e – o pior de todos – afeição e amor. Saiba que essas táticas são usadas basicamente para isolar e confundir a criança.

Muitos pais usam o método do “toque bom, toque ruim, toque secreto”. Você deve ensinar seu filho que existem alguns toques adequados, como batidinhas nas costas ou nas mãos. Existem também os toques “ruins”, como tapas ou chutes. Além disso, existem os toques “secretos” que são aqueles sobre os quais as pessoas dizem que elas não devem contar a ninguém. Use esse método ou algum outro para ensinar

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 33:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

33

seu filho que alguns toques não são bons e que, quando algum acontecer, ele deve contar a você imediatamente.

Ensine seu filho que ninguém deve tocá-lo em suas regiões íntimas. Muitos pais definem essas áreas como aquelas que devem ser cobertas pelas roupas de praia. Diga para seu filho falar “não” e sair quando alguém tentar tocá-lo nessas áreas. Diga a seu filho para procurá-lo imediatamente se alguém tocá-lo de maneira inadequada.

Identifique quando alguém estiver agindo de maneira diferente com seu filho.Se perceber que seu filho está tendo um comportamento diferente, aborde o assunto para descobrir o que há de errado. Se perguntar regularmente a seu filho como foi o dia dele, inclusive sobre os toques bons, ruins ou secretos, ajudará a manter uma comunicação aberta. Sempre preste atenção quando seu filho disser que foi tocado de maneira inadequada ou se ele disser que não confia em um adulto. Confie primeiro em seu filho.

Esperamos que essas dicas ajudem a você caro leitor a identificar esse tipo de criminoso e denunciá-lo junto as autoridades competentes.

Patrimônio de Afetação: Entendendo a "Blindagem" da Incorporação ImobiliáriaPor Dra Ana Carolina Guimarães para o blog Diário da Vida Jurídica.Publicado por Camila Arantes Sardinha - 4 dias atrásNa compra de um imóvel na planta os consumidores são apresentados a todas as qualidades do empreendimento: preço, localização, qualidade da obra, prazo, reputação da construtora, renome da incorporadora, sociedade de propósito específico, patrimônio de afetação... “Espere ai”, muitos dirão. “Até a parte da construtora eu entendi, o que não consigo é fazer a diferenciação da incorporadora, bem como desconheço as sociedades de propósito específico e nunca ouvi falar desse tal patrimônio de afetação”.

[Já conhece o DVJ?]Pois bem, a construtora é a responsável pela realização da obra civil do empreendimento, já a incorporador (a) é a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, compromisse ou faça a venda de unidades autônomas (apartamentos, salas comerciais, quartos de hotéis) em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial.

As sociedades de propósito específico, comumente conhecidas como SPEs, são pessoas jurídicas que possuem um objeto social determinado, constituídas com uma finalidade própria, que, no caso do

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 34:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

34

mercado imobiliário, tem como intuito o desenvolvimento de um único empreendimento como forma de isolar o risco financeiro da atividade realizada. Por ser uma empresa que possui vida curta, diminui as chances de contaminação financeira por outros problemas não relacionados à obra em si, mas não exime o comprador dos riscos de uma falência ou insolvência civil do incorporador, quando os bens deverão ser arrecadados à massa falida para atendimento aos credores, conforme ordem de preferência.

Por último temos o ainda desconhecido Patrimônio de Afetação (PAF). É possível que seja esclarecido ao comprador que o patrimônio de afetação separa a obra do restante do patrimônio do incorporador. E muitas vezes a explicação se encerra ai, ou seja, privando os compradores de informações valiosas, tanto com relação à segurança quanto aos riscos a que estará submetido ao adquirir um imóvel cujo empreendimento esteja submetido ao patrimônio de afetação.

Um pouco do histórico: a afetação patrimonial na incorporação imobiliária foi introduzida no Direito brasileiro pela Medida Provisória nº 2.221, de 04 de setembro de 2001, conferindo direitos aos promitentes compradores de imóveis em edifícios em construção no para aperfeiçoar as relações jurídicas e econômicas entre esses adquirentes, o incorporador e o agente financiador da obra e, principalmente, para resgatar a confiança dos consumidores no mercado imobiliário, abalado por grave crise desencadeada pela decretação da falência da Encol S/A. Engenharia, Indústria e Comércio, em março de 1999.De forma bastante sucinta, a Encol captava recursos para uma obra e, no entanto, ao invés de utilizá-los para concluir o empreendimento, destinava a novas construções, acarretando em um ciclo ineficiente, visto que os recursos foram esgotados sem que as edificações fossem terminadas, deixando cerca de 42 mil compradores afetados.

A afetação do patrimônio de determinado empreendimento o aparta do patrimônio do incorporador, de forma que ele não responderá por demais dívidas, o que pretendia evitar o efeito “cadeia” em que o valor primariamente destinado para construção de um empreendimento fosse utilizado em outros, o que fazia com que o capital não fosse suficiente para suportar os dois, ou mais empreendimentos.

Em 2004 foi publicada a Lei 10.031 que revogou a citada Medida Provisória e acrescentou à Lei de incorporações, nº 4.591/1964, o capítulo “Do Patrimônio de Afetação”, artigos 31-A a 31-F, que confere maior segurança aos compradores, visto que, dentre outros motivos, possibilita que os condôminos prossigam com as obras quando da falência ou insolvência civil do incorporador, sem que o terreno e as suas acessões sejam arrecadadas à massa falida.Essa medida beneficia os consumidores, que receberam mais uma forma de proteção ao seu investimento, somada às garantias já conferidas pela Lei de Incorporações e pelas disposições do Código de Defesa do Consumidor, além de ser reconhecido na Lei de Recuperação de Empresas, nº 11.101/2005.Ocorre que a citada alteração foi inserida como prerrogativa do incorporador, ou seja, a constituição do patrimônio de afetação não é obrigatória, o que faz com que ele seja pouco utilizado pelos incorporadores, pois, dentre os procedimentos, estão a disponibilização das contas do empreendimento à fiscalização da Comissão de Representantes dos Condôminos, assim como da eventual instituição financiadora e até de um auditor escolhido pelas partes.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 35:  · Web view“Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate à corrupção, não seria necessário sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda

35

Ao optar pelo PAF o empreendimento fica submetido a um Regime Especial de Tributação, chamado RET, pelo qual o incorporador pagará os tributos de forma reduzida, podendo ser de 4% a 1% da receita mensal recebida, o que representa uma quantidade relevante de recursos, dependendo da situação fiscal da sociedade. Todavia, a opção pelo PAF faz com que o incorporador não possa dispor dos valores recebidos que sejam necessários à conclusão da obra, o que se torna um desencorajador a adesão.

Um ponto relevante que poucos estão cientes é que, no caso de empreendimentos submetidos ao PAF, em caso de falência do incorporador, os condôminos poderão deliberar pela continuidade da obra, quando terão a responsabilidade de arcar com os débitos tributários, previdenciários e trabalhistas vinculadas ao respectivo patrimônio de afetação em até um ano após a deliberação pela continuidade da obra ou até a data do habite-se, o que ocorrer primeiro.

Isso significa que, além de ter que arcar com o pagamento do preço a que havia se proposto, pode ser que o comprador tenha que arcar com maiores valores que o previsto para tentar salvar seu patrimônio de ser arrebatado à massa falida e concorrer com os credores à devolução de seu investimento.

A utilização de sociedades de propósito específico como veículos do desenvolvimento de empreendimentos imobiliários e a adesão ao patrimônio de afetação podem propiciar a chamada “blindagem” ao consumidor, contudo, não é desprovida de riscos. O comprador deve redobrar seus cuidados na aquisição de imóveis na planta.

Não entenda o (a) incorporador (a) como seu inimigo. Ele (a) não é. Ocorre que empreender no mercado da construção civil é uma atividade para quem possui conhecimento, entende o mercado e se empenha nas boas práticas. Para aqueles que não têm essas características, os riscos são ainda maiores. Atrasos e até interrupção permanente nas obras podem acontecer, arrastando junto com os desenvolvedores os sonhos de várias pessoas, na esteira de um grande problema econômico.

Gostou do texto? Leia mais no blog Diário da Vida Jurídica - DVJ.AVISO IMPORTANTE

Este texto foi originalmente publicado no blog Diário da Vida Jurídica, apelidado de DVJ, sob a autoria da Dra Ana Carolina Guimarães. A reprodução total ou parcial deste é autorizada somente mediante a manutenção dos créditos e a citação de sua fonte original (link aqui). Grata!

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato