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01 07 Sustentabilidade.qxd 3/23/04 10:18 PM Página 1web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC2483.pdf · desempenho ambiental, social e económico da EDP em 2003 e pretende constituir

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  • 01_07_Sustentabilidade.qxd 3/23/04 10:18 PM Página 1

  • Este é o primeiro relatório de sustentabilidade da EDP.Representa uma evolução natural dos relatórios deambiente que a empresa tem vindo a elaborar desde1997 e cuja última edição, relativa a 2002 e publicadaem Junho de 2003, incluía já informação sobre aspectossociais e económicos. As edições de 2001 e 2002 rece-beram o prémio para Melhor Relatório de AmbientePortuguês, atribuído pela Ordem dos RevisoresOficiais de Contas no âmbito da edição nacional dosEuropean Sustainability Awards.

    A produção de um relatório de sustentabilidade resul-ta da decisão, tomada pela EDP no final de 2003, deadoptar, já no início de 2004, um conjunto de princí-pios de desenvolvimento sustentável que passarão aorientar as suas acções e constituirão um compromis-so público nesta matéria. Este documento apresenta odesempenho ambiental, social e económico da EDPem 2003 e pretende constituir uma referência para aavaliação do desempenho de sustentabilidade nofuturo.

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  • O presente relatório, tal como as duas anteriores edições,segue as linhas de orientação da Global ReportingInitiative (GRI) para a elaboração de relatórios de sus-tentabilidade. Na sua produção foram utilizados pro-cedimentos internos de controlo, certificação e docu-mentação da informação, por parte das estruturasenvolvidas. O nível de cumprimento dos requisitos deconteúdo GRI pode ser avaliado através do índiceincluído nesta secção.

    Na elaboração deste relatório, foram tidos em conside-ração os princípios GRI, designadamente no que se refereà Transparência, Neutralidade, Comparabilidade, Clarezae Periodicidade. A EDP está a desenvolver esforços nosentido de garantir a aplicação plena dos princípios daTotalidade, Relevância, Exactidão e Auditabilidade, sendoobjectivo da empresa que o relatório de sustentabilidade2004 seja verificado por uma entidade externa.

    Neste relatório é incluída, pela primeira vez, informaçãosobre as actividades da empresa no sector das telecomu-nicações e tecnologias de informação. A EDP passaassim a reportar o desempenho ambiental, social eeconómico da totalidade das empresas cuja gestão con-trola, individual ou conjuntamente, com excepção dasactividades desenvolvidas nas áreas do gás e das teleco-municações pela HidroCantábrico, e de actividades degestão de activos. Este universo, que representa 96% dovolume de negócios em 2003, exclui apenas as partici-pações financeiras em empresas associadas, sendosemelhante ao âmbito do relatório e contas publicadopela empresa. No entanto, os indicadores internos dedesempenho social apresentados consideram apenas oscolaboradores abrangidos pelo Acordo Colectivo deTrabalho (ACT).

    O Relatório de Sustentabilidade EDP 2003 faz parte deum conjunto de três cadernos complementares com quea empresa decidiu este ano prestar contas aos seusstakeholders, sendo os restantes um caderno de carácterinstitucional e outro de carácter financeiro. Para que esterelatório possa ser utilizado de forma autónoma porpúblicos específicos, são retomados alguns elementoseconómicos, financeiros e de gestão constantes doRelatório e Contas EDP 2003 e, sempre que se justifica,feitas remissões para secções específicas daquele docu-mento, em que estes aspectos são analisados em maiordetalhe. O conjunto dos três cadernos está disponívelem www.edp.pt, onde também pode ser encontradamais informação sobre o Grupo EDP.

    Informações complementares sobre este relatóriopodem ser obtidas através de:

    Engº António Neves de CarvalhoDirector do Gabinete de AmbientePç. Marquês de Pombal, 12 1250-162 LisboaTel: 351 21 001 27 73Fax: 351 21 001 27 80E-mail: [email protected]

    SECÇÃO INDICADOR PÁG.>> Visão e estratégiaVisão e estratégia de sustentabilidade 1.1 8-9Mensagem do Presidente 1.2 5>> PerfilPerfil da organização 2.1 a 2.9 10-11Âmbito e perfil do relatório 2.10 a 2.22 2-3>> Estrutura de governo e sistemas de gestãoEstrutura e governo 3.1 a 3.8 12Envolvimento dos stakeholders 3.9 a 3.12 18-21Políticas e sistemas de gestão transversais 3.13 a 3.20 13-17>> Indicadores de desempenhoDesempenho económico

    Clientes B EC1, EC2 10B EC3, EC4 41A EC11 -

    Trabalhadores B EC5 41Accionistas B EC6, EC7 40-41

    B EC8, EC9, EC10 41-42A EC12 -

    Impactes indirectos A EC13 -Desempenho ambientalMateriais B EN1, EN2 -

    B EN3, EN4 47-58A EN17, EN19 25-27B EN5 47-58A EN20, EN21, EN22 47-58B EN6, EN7 31A EN24,EN25, EN26, EN27, EN28, EN29 31B EN8, EN9, EN10 24-25; 27-29A EN30 N.A. -B EN11 31-33A EN31 31-33B EN12, EN13 47-58A EN32 -

    Fornecedores A EN33 20-21Produtos e serviços B EN14, EN15 N.A. -Cumprimento B EN16 34Transportes A EN34 N.A. -Custos A EN35 13Desempenho social

    B LA1, LA2 35-36A LA12 20B LA3, LA4 36A LA13 36B LA5, LA6, LA7, LA8 12; 37A LA14, LA15 37B LA9 36A LA16, LA17 35

    Diversidade e oportunidades 36Direitos humanos 15

    Sociedade-

    Responsabilidade por produtosN.A.

    14-15

    B - Indicador baseA - Indicador adicional

    (1) O nível de disponibilidade de cada indicador resulta de uma avaliaçaõ efectuada internamente pela EDP.

    LINHAS DE ORIENTAÇÃO GRI

    Conteúdo Relatório

    SustentabilidadeEDP 2003

    DISPONIBILIDADE (1)

    Fornecedores

    Sector público

    Energia

    Água

    Biodiversidade

    Relações laborais

    Saúde e segurança

    Formação

    Emissões

    Resíduos

    Efluentes

    Emprego

    B LA10, LA11B HR1 a HR 7

    B SO1, SO2, SO3A SO4, SO5, SO6, SO7

    B HR8 a HR 14

    --

    2/3

    01_07_Sustentabilidade.qxd 3/24/04 4:09 PM Página 3

  • >> MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5

    >> VISÃO, POLÍTICAS E GESTÃO 6

    >> VISÃO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 8 O Grupo EDP 10Actividades e mercados 12Estrutura de governo 12

    >> POLÍTICAS TRANSVERSAIS E SISTEMAS DE GESTÃO 13Ambiente 13Recursos Humanos 14Prevenção e Segurança 15Qualidade 16Mecenato 16Investigação e Desenvolvimento 16

    >> RELACIONAMENTO COM OS STAKEHOLDERS 18Clientes 18Investidores 19Colaboradores 20Fornecedores 20Instituições governamentais, científicas e comunidades locais 21

    >> DESEMPENHO 22

    >> DESEMPENHO AMBIENTAL 24Alterações climáticas 24Energias renováveis e eficiência energética 25Emissões atmosféricas 27Qualidade do ar 29Recursos hídricos 30Biodiversidade e paisagem 31Resíduos 31Ruído 33Campos eléctricos e magnéticos 34Cumprimento 34

    >> DESEMPENHO SOCIAL 35Emprego 35Formação 36Prevenção e Segurança 37Comunidade 37

    >> DESEMPENHO ECONÓMICO 40Investidores 40Colaboradores 41Fornecedores 41Comunidade 41

    >> INSTALAÇÕES 44Instalações de produção do Grupo EDP em Portugal 46Instalações de produção do Grupo EDP em Espanha e no Brasil 53

    >> GLOSSÁRIO 59

    >> ÍNDICE

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  • MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

    Tenho este ano o prazer de vos apresentar o primeiro relatório de sustentabilidade da EDP.

    A decisão de publicar um relatório a que chamamos de sustentabilidade surgiu apenas após umaprofunda reflexão interna. Para a EDP, reportar o desenvolvimento sustentável deve ser maisdo que apresentar um conjunto de indicadores de desempenho ambiental, social e económico.Deve ser a demonstração estruturada do nosso compromisso, dos nossos progressos e, porven-tura, dos nossos insucessos, no sentido de criar valor para os accionistas de uma formaduradoura, ancorada numa atitude proactiva em relação às questões ambientais e numa práti-ca social que, com base nas tradições da empresa, se adapta constantemente às novas necessi-dades da comunidade.

    Queremos que o relatório de sustentabilidade da EDP seja, tão-somente, o reflexo de uma políti-ca instituída e de uma prática continuada. Por isso, no final de 2003, definimos como objectivoa divulgação, até ao final do primeiro trimestre de 2004, do conjunto de Princípios deDesenvolvimento Sustentável do Grupo EDP. Com este passo, muitas das iniciativas já desen-volvidas pela empresa serão estruturadas em torno de linhas de orientação que passarão a guiara nossa actuação nestas matérias e constituirão um forte compromisso perante todos aquelesque estão, directa ou indirectamente, interessados nas nossas actividades. Trata-se, estamosconscientes, de um importante desafio que, encarado de forma séria, terá repercussões em todasas áreas da empresa, mas que consideramos, acima de tudo, como uma oportunidade de melho-rar o nosso desempenho global. Estamos convictos de que a correcta identificação e gestão dosriscos, não apenas económicos mas também ambientais e sociais, pode evitar e reduzir custos,optimizar decisões de investimento e aumentar a confiança dos stakeholders, ou seja, contribuirpositivamente para o valor da empresa no médio e longo prazo.

    Foi neste contexto que decidimos também, já no final de 2003, aderir à Global Compact, uma ini-ciativa através da qual as Nações Unidas pretendem mobilizar a comunidade empresarialmundial na construção de uma economia global mais sustentável. Ao tomar esta decisão, a EDPjunta-se a algumas das suas mais importantes congéneres, assumindo um conjunto de princí-pios nas áreas dos direitos humanos, emprego e ambiente, e confere uma nova dimensão ao seuconceito de cidadania empresarial.

    Para além destes compromissos, 2003 foi também marcado por outros acontecimentos impor-tantes. A central termoeléctrica do Carregado e os aproveitamentos hidroeléctricos do AltoLindoso e Touvedo viram os respectivos Sistemas de Gestão de Prevenção e Segurança certifi-cados segundo a norma OSHAS 18 001, o que as coloca entre as instalações de produção de elec-tricidade pioneiras nesta área, na Península Ibérica. Foram tomadas importantes decisões deinvestimento destinadas a obter reduções adicionais das emissões de poluentes acidificantes,através de alterações nas condições de combustão e da instalação de um processo de dessulfu-ração de gases na central termoeléctrica de Sines. A questão das alterações climáticas continu-ou a representar um papel central e avançámos no sentido de preparar a nossa participação nofuturo esquema de comércio de emissões de dióxido de carbono.

    Por último, gostaria de referir que o relatório que agora vos apresentamos representa tambéma conclusão do ciclo iniciado com o relatório de 2002, ao estender o âmbito das actividadesabrangidas aos negócios exteriores ao sector eléctrico e fornecendo informação mais detalhadasobre aspectos sociais. Mas é, acima de tudo, um relatório de ano zero do nosso compromis-so de sustentabilidade, a referência a partir da qual pretendemos medir a nossa evolução.

    Espero, no início de 2005, ao dar conta do caminho percorrido, ter boas notícias para vos transmitir.

    4/5

    Francisco de la Fuente Sánchez

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  • >> VISÃO, POLÍTICAS E GESTÃO

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  • >> Índice

    1. Visão de desenvolvimento sustentável 8

    2. O Grupo EDP 102.1 Actividades e mercados 102.2 Estrutura de governo 12

    3. Políticas transversais e sistemas de gestão 133.1 Ambiente 133.2 Recursos Humanos 143.3 Prevenção e Segurança 153.4 Qualidade 163.5 Mecenato 163.6 Investigação e Desenvolvimento 16

    4. Relacionamento com os stakeholders 184.1 Clientes 184.2 Investidores 194.3 Colaboradores 204.4 Fornecedores 204.5 Instituições governamentais,

    científicas e comunidades locais 21

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  • >> 1. Visão de desenvolvimento sustentável

    O Grupo EDP desenvolve a sua principal actividadenum sector vital para o desenvolvimento económico esocial: o sector eléctrico. Para além de produzir um bemessencial, a actividade da EDP gera riqueza para acomunidade também através dos dividendos pagos aosseus accionistas, do seu papel de empregador e documprimento das suas obrigações fiscais. Actuandonum sector por excelência tecnológico, as empresas doGrupo EDP são ainda fontes de competência técnica e deinovação.

    No entanto, a forma como a EDP desenvolve as suasactividades tem importantes consequências ambientaise sociais. A empresa possui uma longa tradição na inte-gração destes aspectos na sua gestão, nomeadamente noque se refere aos benefícios sociais concedidos aos cola-boradores, no pioneirismo com que tem abordado asquestões ambientais e na própria escola de serviçopúblico que constitui. O desafio consiste agora emgarantir que a satisfação das necessidades de electrici-dade coexiste com práticas corporativas ambiental-mente correctas e socialmente responsáveis. Este desafiocoloca-se num momento de mudança sem precedentespara o sector, em resultado da privatização das empre-sas e, mais recentemente, da liberalização dos mercados,com o consequente aparecimento de novos stakeholderscom expectativas específicas, nomeadamente a comu-nidade financeira e, em particular, os accionistas.

    Estas preocupações estão reflectidas na missão e nos va-lores de acordo com os quais a EDP desenvolve os seusnegócios. A missão da empresa assenta em três vectoresfundamentais: a criação de valor para o accionista, a ori-entação para o cliente e a aposta no potencial humano daempresa, tendo em vista ser o mais competitivo e eficienteoperador de electricidade e gás da Península Ibérica. Paraatingir este objectivo, a EDP assume a condução das suasactividades segundo princípios de transparência, respeitopelo ambiente e cumprimento dos mais altos padrões deética e honestidade. A declaração sobre visão, missão evalores da EDP encontra-se expressa no CadernoInstitucional do Relatório e Contas EDP 2003.

    Sentindo a necessidade de estruturar, em torno deprincípios expressamente assumidos, as acções que temvindo a desenvolver na área da protecção ambiental edo apoio social, a EDP decidiu, no final de 2003, definiras seguintes linhas orientadoras da procura do equi-líbrio entre a vertente económica, ambiental e social dodesenvolvimento das suas actividades:

    Criação de valor para o accionista, através do aumen-to da produtividade, da orientação para o cliente e daredução da exposição a riscos decorrentes dosimpactes económicos, ambientais e sociais das activi-dades;

    Aposta em tecnologias energéticas menos poluentes,mais eficientes e baseadas em recursos renováveis;

    Minimização do impacte ambiental ao longo de toda acadeia de valor;

    Cumprimento de padrões éticos na condução dosnegócios, incluindo respeito pelos direitos humanos,não discriminação e eliminação de práticas abusivas;

    Relacionamento aberto, transparente e de confiançacom as diferentes partes interessadas, incluindo ainstituição de mecanismos de interacção específicos ea divulgação pública de informação credível e objecti-va sobre o desempenho da empresa;

    Gestão adequada do capital humano da empresa, ins-tituindo sistemas que garantam o bem-estar, pro-movam o desenvolvimento individual e premeiem omérito dos colaboradores;

    Apoio a iniciativas de promoção social e cultural, combase em critérios de avaliação transparentes.

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  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    8/9

    Como primeiro passo para a efectiva implementaçãodestes princípios, a EDP decidiu, também no final de2003, aderir à Global Compact, uma iniciativa interna-cional promovida pelas Nações Unidas junto da comu-nidade empresarial, cujo objectivo é a adesão a noveprincípios nas áreas dos direitos humanos, emprego eambiente. A adesão à Global Compact permite à EDPenquadrar a sua actuação num conjunto de valores uni-versalmente aceites, facilitando a sua própria definiçãode sustentabilidade e a elaboração de códigos de condu-ta específicos. Constitui também um forte compromissopúblico com os seus diferentes stakeholders, e promove ocontacto com as melhores práticas e a partilha deexperiências nesta área.

    Participação em organizações

    A EDP está associada às seguintes organizações quedesenvolvem acções na área do desenvolvimento sus-tentável:

    Comité e Grupos de Trabalho de Ambiente e Desen-volvimento Sustentável da EURELECTRIC Asso-ciação de Empresas de Electricidade Europeias;

    Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sus-tentável, estrutura portuguesa do World BusinessCouncil for Sustainable Development;

    United Nations Global Compact.

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  • >> 2. O Grupo EDP

    >> 2.1 Actividades e mercados

    As actividades da EDP centram-se no sector eléctrico naPenínsula Ibérica. A EDP é a maior empresa de electrici-dade, em Portugal, e possui o controlo daHidroCantábrico, o quarto operador do sector emEspanha.

    O Grupo EDP está também presente no sector eléctricobrasileiro e detém participações menores em empresasde electricidade que actuam noutros mercados. EmPortugal, a EDP intervém ainda nos sectores das teleco-municações fixas e das tecnologias de informação, epresta serviços laboratoriais e de engenharia.

    Volume de negócios e número de colaboradores porárea de negócio

    Em 2003, a energia eléctrica produzida nas centrais daEDP contribuiu para a satisfação de 64% dos consumosde electricidade em Portugal. A empresa forneceuelectricidade a mais de 5,7 milhões de clientes vincula-dos e a 73% dos clientes a actuar no segmento libera-lizado do mercado nacional.

    Em Espanha, com a aquisição da NaturCorp, empresadistribuidora de gás natural no País Basco, aHidroCantábrico tornou-se no segundo operador de gásdo mercado espanhol, com mais de meio milhão declientes, cifra semelhante ao seu número de clientes deelectricidade.

    No contexto da reorganização do sector energético por-tuguês, o Governo decidiu-se, em 2003, pela junção dasfileiras do gás natural e da electricidade e pela inte-gração deste negócio na EDP, o que se espera venha aconcretizar-se em 2004.

    A expansão da capacidade de produção prosseguiu coma entrada em serviço experimental do primeiro grupo dacentral de ciclo combinado a gás natural do Ribatejo e adecisão de exercer a opção de construção do terceirogrupo. A plena operação da central (3 x 392 MW) estáprevista para Abril de 2006.

    Registou-se também um acréscimo da capacidade insta-lada em parques eólicos, com a entrada em funciona-mento do parque da Serra do Barroso (18 MW) e oreforço de potência do parque de Cabeço da Rainha (6MW). O Grupo EDP possui actualmente 65 MW decapacidade eólica instalada em Portugal, o que repre-senta cerca de 25% do total nacional.

    No Brasil, foram retomadas as obras do aproveitamentohidroeléctrico de Peixe Angical (452 MW), cuja entradaem funcionamento está prevista para 2006. Por razõesrelacionadas com o processo de licenciamento, foiabandonado o projecto do aproveitamento hidroeléctricode Couto Magalhães (150 MW), tendo sido solicitada arescisão amigável do respectivo contrato de concessão.

    Total Grupo EDP: 17 664 (Considerando 100% das empresas controladas em Espanha e no Brasil)

    Volume de negócios (1)

    Grupo EDP Consolidado: 6 977,5 milhões euros

    (1) Exclui EDP Valor e ajustamentos interempresas

    Número de colaboradores

    Telecom. e Tecnologias de Informação 7,4%

    Electricidade em Portugal 69,9%

    Electricidade no Brasil 13,5%

    Electricidade e Gás em Espanha 9,2%

    Outros Negócios 9%

    Telecom. e Tecnologias de Informação 15,9%

    Electricidade no Brasil 19,9%

    Electricidade e Gás em Espanha 7,7%

    Electricidade em Portugal 47,5%

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  • Organigrama simplificado do Grupo EDP

    10/11

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    2003 2002

    Electricidade em PortugalPotência máxima (MW) 7 939Vendas de electricidade - Produção (GWh) 28 532

    Vendas de electricidade - Distribuição (GWh)Vendas de electricidade - Comercialização (GWh) 2 724Número de clientes 5 767 400

    Electricidade em Espanha (*)Potência máxima (MW) 2 554Vendas de electricidade - Produção (GWh) 14 155

    Número de clientes 564 584

    Electricidade no Brasil (*)Potência máxima (MW) 957 903Vendas de electricidade - Produção (GWh) 4 624

    Número de clientes 2 902 208

    Telecomunicações e Tecnologias de Informação

    Número de linhas telefónicas registadas (Milhares) 649 506Tráfego de voz (Milhões de minutos) 2 639

    7 654 25 513

    6445 665 005

    2 554

    13 308

    551 338

    2 790

    2 848 235

    1 651

    (*) Considerando 100% das empresas controladas

    38 869 36 905

    Vendas de electricidade - Distribuição (GWh)Vendas de electricidade - Comercialização (GWh) 4 712 3 955

    8 659 8 447

    Vendas de electricidade - Distribuição (GWh)Vendas de electricidade - Comercialização (GWh) 2 737 1 348

    18 260 19 284

    EDP, S.A.

    Mercado Ibérico ParticipaçõesTelecomunicações eTecnologias de InformaçãoBrasil

    Portugal

    EDP PRODUÇÃO

    LABELEC

    EDP DISTRIBUIÇÃO

    HIDROCANTÁBRICO(40%)

    EDP BRASILONI, SGPS

    Edinfor

    EDP Participações,SGPS

    Outras Participaçõesno Sector EléctricoBrasileiro

    Outras Empresas deTecnologias deInformação

    Actividades abrangidaspor este relatório

    Serviços de Suporte

    EDP VALOR

    Outras Empresas deServiços

    Espanha

    BANDEIRANTE

    ENERSUL (34%)

    ESCELSA (52%)

    IINVESTCO(Lajeado) (14%)

    ENERPEIXE(59%)

    FAFEN ENERGIA

    COUTOMAGALHÃES (49%)

    Enernova

    EDP Bioeléctrica

    EDP ENERGIA

    ENERGEST

    Enertrade

    EEGSA (Guatemala)(17%)

    CEM (Macau)(22%)

    ELECTRA (CaboVerde) (31%)

    REN30%)

    Gás e Telecomunicações

    NATURCORP

    GÁS CAPITAL

    SPTA

    RETECAL

    Principais indicadores operacionais

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/6/04 9:30 AM Página 11

  • >> 2.2 Estrutura de governo

    As actividades da EDP estão organizadas sob a forma degrupo empresarial. O Conselho de Administração daholding EDP é actualmente constituído por 13 elementos,três dos quais independentes, sendo a gestão correntedelegada numa Comissão Executiva composta por cincomembros.

    A gestão e o governo da EDP regem-se pelas normasestatutárias e legais e por regulamentos internos, entreos quais os do Conselho de Administração, ComissãoExecutiva e Comissão de Auditoria, que estãodisponíveis no sítio Internet da empresa. Comosociedade cotada em bolsa, a EDP cumpre também asrecomendações das comissões dos mercados de valoresem que se encontra cotada, incluindo a generalidade dasnormas de aplicação facultativa.

    A gestão das diferentes vertentes da sustentabilidadeestá contemplada na estrutura organizativa do Grupo.Existe um centro corporativo de apoio aos processos dedecisão, com competências transversais, que funcionajunto da Comissão Executiva e que se encontra organi-zado em gabinetes e áreas de coordenação. Tanto aonível da holding como das empresas do Grupo, existemestruturas que asseguram a gestão dos aspectos ambien-tais, sociais e económicos, sendo a visão corporativaintegrada assegurada pelas estruturas da holding e agarantia do desempenho assegurada pelas estruturasdas empresas.

    A EDP possui um Conselho de Ambiente, órgãoestatutário com funções consultivas junto do Conselhode Administração, composto por cinco personalidadesindependentes, de reconhecida competência na área.

    Estão implementados planos de atribuição de opções decompra de acções da empresa, dirigidos a admi-nistradores e quadros executivos, como medida de estí-mulo ao desempenho e cumprimento de objectivos demédio e longo prazo. Esta forma de compensação não seencontra ligada ao cumprimento de objectivos de carác-ter ambiental ou social.

    Informação mais detalhada sobre o governo dasociedade, incluindo o exercício de direito de voto e re-presentação de accionistas, pode ser encontrada noCaderno Institucional do Relatório e Contas EDP 2003.

    Gestão da sustentabilidade no Grupo EDP

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    Conselho deAdministração

    Comissão Executiva

    Conselhos deAdministração

    Em

    pre

    sas

    do

    Gru

    po

    Conselho de Ambiente

    Gabinete de Ambiente

    Gabinete de RecursosHumanos

    Gabinete deConsolidação, Controlo eGestão Orçamental

    Gabinete de QualidadeGabinete de Comunicação

    Outros Gabinetes deApoio à Gestão

    Conselhos e Comités deAmbiente, Qualidade e

    Segurança

    Definição ecoordenaçãoestratégica

    Funçõescorporativas

    Relaçõesinstitucionais

    Estruturas deAmbiente/Qualidade/Segurança

    Cumprimento deobrigações legais

    Operacionalizaçãode políticas

    Implementação deSistemas deGestão daQualidade,Ambiente eSegurança

    Prestação deserviços

    Hol

    din

    g E

    DP

    e Imagem

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 12

  • 12/13

    >> 3. Políticas transversais e sistemas de gestão

    >> 3.1 Ambiente

    A EDP foi pioneira, em Portugal, na abordagem dasquestões ambientais decorrentes da sua actividade eassumiu publicamente, em 1994, uma Política deAmbiente.

    Simultaneamente, a empresa adoptou um Código deBoa Prática em Matéria de Ambiente, que consiste numconjunto de regras que se pretende sejam aplicadas, deforma empenhada, por todos os colaboradores, porforma a suportar a efectiva implementação da Políticade Ambiente.

    Princípios fundamentais da Política de Ambiente do Grupo EDP

    Em 1994, o Conselho de Administração do Grupo EDPadoptou uma Declaração sobre Política de Ambientebaseada nos seguintes princípios fundamentais:

    Consolidar a utilização de critérios de avaliaçãoambiental nas actividades da empresa e auditar oseu desempenho;

    Examinar a importância da componente ambientalem todas as fases dos processos de produção, dis-tribuição e utilização final de electricidade;

    Promover sistemas de utilização racional da energia;

    Aumentar o conhecimento das interacções das activi-dades da empresa com o ambiente;

    Promover estratégias de conservação da natureza ede valorização cultural;

    Assegurar os mecanismos de informação ambientaladequados;

    Promover a utilização de tecnologias limpas e depráticas adequadas de gestão de resíduos.

    O texto integral da Política de Ambiente e do Código deBoa Prática da EDP está disponível em www.edp.pt.

    Um dos instrumentos fundamentais da concretização daPolítica de Ambiente da EDP é a implementação deSistemas de Gestão Ambiental (SGA). O objectivo daempresa é a sua implementação e certificação faseadaem todas as actividades que desenvolve no sector eléc-trico. No final de 2003, cerca de 38% da potência insta-lada do Grupo EDP em Portugal dispunha de SGA cer-tificados de acordo com a Norma ISO 14 001.

    Após uma primeira fase focada nos centros de produçãotermoeléctrica, a EDP avançou recentemente, com oapoio da EDP Produção EM (empresa de engenharia douniverso da EDP Produção), para a implementação deSGA nos seus aproveitamentos hidroeléctricos emPortugal. Actualmente, os aproveitamentos de pequenadimensão da cascata do Ave, Penide, Cefra e cascata daSerra da Estrela possuem SGA implementados, emboraainda não certificados. Nas centrais hidroeléctricas degrande dimensão prevê-se que a implementação estejaconcluída em 2004, nos aproveitamentos do Centro deProdução Douro, seguindo-se as centrais do Centro deProdução Cávado-Lima e Tejo-Mondego, onde os tra-balhos foram também já iniciados.

    A EDP Produção prosseguiu os trabalhos necessários àobtenção do licenciamento ambiental das suas insta-lações abrangidas pelo diploma sobre prevenção e con-trolo integrados da poluição (PCIP). Em 2003, foramobtidas as licenças ambientais da central termoeléctricado Ribatejo e da central de cogeração da ENERGIN,devendo as restantes unidades de produção termoeléc-trica estar licenciadas até 2007.

    Em 2003, o total de investimento em ambiente nas activi-dades de produção e distribuição de electricidade emPortugal foi de 9,6 milhões de euros. Para 2004 está pre-visto um valor aproximado de 40 milhões de euros,cerca de metade do qual relacionado com a adaptaçãoda central de Sines às novas exigências ambientais.

    No sector das telecomunicações, a ONI tem vindo a incor-porar, de forma gradual, procedimentos relacionados comas suas preocupações na área do ambiente e da responsa-bilidade social. A gestão destas questões é actualmente

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  • atribuída aos responsáveis pelas áreas em que assumemmaior importância os aspectos ambientais mais relevantesda actividade da empresa, designadamente a produçãode resíduos e os campos eléctricos e magnéticos.

    Objectivos

    2004: Reorganização da função ambiente e susten-tabilidade da ONI. Designação de um responsávelúnico e constituição de uma equipa para definição eimplementação de políticas e objectivos específicos.

    Na área das tecnologias de informação, a EDINFOR temtambém vindo a implementar procedimentos e a desen-volver iniciativas na área do ambiente e da responsabi-lidade social, estando claramente atribuídas respon-sabilidades para a gestão destes aspectos nas diferentesáreas da empresa.

    No final de 2003, a EDINFOR definiu, pela primeira vez,um plano estruturado de actuação ambiental.

    Objectivos

    2004: Implementação, na EDINFOR, de acções com vista a:

    Internalizar os conceitos de ambiente e susten-tabilidade em todas as empresas e áreas de negócio;

    Alargar a toda a empresa as melhores práticas degestão de resíduos;

    Alargar os procedimentos de valorização de resíduosequiparados a urbanos e monitorizar a sua imple-mentação.

    Em Espanha, a HidroCantábrico reorganizou, em 2003,a sua função ambiente. Foi criada uma Direcção deAmbiente responsável pela gestão corporativa dosassuntos de ambiente e pela coordenação destes aspec-tos nas diferentes áreas de negócio.

    Na sequência destas alterações organizacionais, aHidroCantábrico iniciou, durante o segundo semestrede 2003, a definição de uma nova Política de Ambiente ede planos de actuação específicos, orientando a empresapara a implementação de um sistema integrado degestão ambiental.

    Objectivos

    2004: Aprovação da nova Política de Ambiente daHidroCantábrico.

    A EDP Brasil orienta a sua actuação segundo os princí-pios estabelecidos na Política de Ambiente do GrupoEDP. Dentro deste enquadramento, as diferentes empre-sas de produção e distribuição de electricidade contro-ladas pelo Grupo são responsáveis pela implementaçãode procedimentos específicos, que garantem o cumpri-mento da legislação ambiental em vigor no País.

    A Bandeirante iniciou recentemente a implementação deum SGA. Durante 2003 foi efectuado o levantamentopreliminar de todas as actividades da empresa quepoderão ter impactes ambientais e estabelecido o respec-tivo plano de minimização para o período 2003-2005.

    A Escelsa concluiu em 2003 os Planos de Gestão Sócio- -Patrimonial e Ambiental de sete aproveitamentoshidroeléctricos. Estes planos contemplam o cadastro físicoe jurídico das albufeiras, o diagnóstico sócio-patrimonial eambiental, a elaboração de Planos Directores e a imple-mentação de programas de preservação e recuperaçãoda vegetação e monitorização da ictiofauna.

    A Enersul pretende proceder, em 2004, ao licenciamentoambiental de um conjunto de centros produtores,subestações e linhas de distribuição, com o objectivo decaminhar gradualmente para a implementação de umSGA

    >> 3.2 Recursos Humanos

    A Política de Recursos Humanos da EDP tem por objec-tivo garantir a satisfação dos seus colaboradores, ali-nhando as suas actividades com os objectivos do Grupo,para que cada um se sinta parte de uma instituição vivae participativa.

    Princípios fundamentais da Política de Recursos Humanos da EDP

    A Política de Recursos Humanos da EDP está orientadasegundo três eixos principais:

    Desenvolver competências e conhecimento do negócio;

    Rejuvenescer a força de trabalho;

    Vitalizar e renovar a cultura empresarial.

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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    Na gestão do seu capital humano, a EDP rege-se pelosprincípios consagrados no Direito ConstitucionalPortuguês, os quais proíbem qualquer tipo de discrimi-nação. Por serem assumidas como práticas comuns, ocontrolo do cumprimento de normas de não discrimi-nação não é tradição nas empresas internacionais dematriz portuguesa.

    Objectivos

    2004: Instituir procedimentos internos, ao nível doGrupo EDP, por forma a optimizar o sistema de recolhae divulgação de informação de carácter social.

    No Brasil, a Bandeirante assumiu publicamente umcódigo de ética denominado Ética para Viver. Estedocumento explicita os princípios que orientam a con-duta da empresa e pretende definir parâmetros para ocomportamento ético de todos os colaboradores.

    Ética para Viver, o código ético da Bandeirante

    O código de ética da Bandeirante assenta nos seguintesvectores fundamentais:

    Cliente: O cliente é o foco da nossa actuação. A relaçãocom o cliente deve respeitar os seus valores, procurara sua satisfação e superar as suas expectativas;

    Relação e interacção com parceiros e fornecedores:A escolha e a contratação deve ser transparente eética. Está vedado o recurso a fornecedores de repu-tação duvidosa ou que explorem directa ou indirec-tamente mão-de-obra infantil ou escrava;

    Colaboradores: Os colaboradores são a fonte danossa energia. Serão combatidas atitudes discrimi-natórias, valorizada a confiança, o respeito, a justiça ea inovação;

    Bandeirante, empresa cidadã: A Bandeirante apoiapolíticas que promovam o desenvolvimentohumano, respeita a integridade cultural e garantecanais de comunicação adequados com as diferentespartes interessadas;

    Accionistas: A condução dos negócios assenta emprincípios de prudência, de modo a atrair investi-mento que melhore e expanda o sistema e aumenteos activos da empresa;

    Ambiente: A Bandeirante procura consciencializar apopulação para a conservação, defesa e valorização doambiente. Utiliza critérios de avaliação de impacte ambi-ental e visa optimizar a gestão dos recursos naturais;

    Órgãos públicos: A empresa atende às solicitaçõesdo poder público, compatibilizando padrões dehonestidade e integridade com a defesa dos interessesda empresa;

    Possíveis situações de conflito: É interdita a utiliza-ção de cargo ou função para obter favorecimentopara si ou outrem, bem como a aceitação ou oferta depresentes e gratificações.

    O texto integral do código de ética está disponível emwww.bandeirante.com.br

    >> 3.3 Prevenção e Segurança

    A segurança é parte integrante da qualidade dosserviços e produtos das empresas do Grupo EDP.Consciente da sua importância numa gestão eficiente eresponsável, a EDP procedeu, em 2002, à revisão da suaPolítica de Segurança.

    Princípios fundamentais da Política de Segurança do Grupo EDP

    O objectivo primordial da Política de Segurança doGrupo EDP consiste em promover a melhoria dascondições de segurança e em manter a empresa navanguarda de prevenção de acidentes profissionais,através da aplicação dos seguintes princípios:

    Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável;

    Promover a formação sobre os riscos inerentes àsactividades de todos os colaboradores;

    Proteger instalações e equipamentos, assegurandocondições adequadas de segurança;

    Minimizar os riscos para as pessoas e para o ambi-ente que possam advir do desenvolvimento dasactividades;

    Assumir a segurança como parte integrante da quali-dade dos serviços e produtos das Empresas do Grupo;

    Garantir que nenhuma situação ou urgência deserviço põe em perigo a vida de alguém.

    2003 foi um ano largamente orientado para o estabeleci-mento de procedimentos e metodologias operacionais,com vista à consolidação de sistemas de gestão da segu-rança, higiene e saúde no trabalho, baseado na NormaOSHAS 18 001.

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  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    No final do ano, duas centrais térmicas (Carregado eSetúbal) e quatro aproveitamentos hidroeléctricos (AltoLindoso, Touvedo, Alto Rabagão e Vila Nova) possuíamsistemas certificados segundo esta norma, correspon-dendo a 33% da potência instalada da EDP em Portugal.

    No Brasil, a Escelsa possui, desde 2000, um sistema degestão da segurança que abrange a totalidade dos seusfornecedores. No âmbito deste sistema, a Escelsa atribuiaos seus prestadores de serviços Certificados deSegurança, por tipo de actividade, com validade definidade 6 a 12 meses. Em 2003, foram emitidos 20 certificados.

    >> 3.4 Qualidade

    A Qualidade é uma preocupação explícita do GrupoEDP desde 1993. Em 2003, a empresa decidiu proceder auma revisão do sistema de gestão da qualidade, no sen-tido de introduzir uma nova cultura, baseada naobtenção de informação quantitativa e adaptado àsnecessidades de uma gestão exigente e moderna.

    O modelo agora em implementação no Grupo assentaem três pilares fundamentais:

    Satisfação dos Clientes;

    Satisfação dos Clientes Internos;

    Satisfação dos Colaboradores.

    Subjacente à implementação deste modelo está a con-vicção de que uma liderança de qualidade, baseada emíndices de satisfação definidos e processos continua-mente optimizados, é essencial à motivação dos colabo-radores e à satisfação dos clientes, reflectindo-se positi-vamente nos resultados financeiros da empresa.

    Objectivos

    2004: Desenvolvimento de um estudo de satisfação doscolaboradores da EDP, com identificação de factores deimpacto na motivação e produtividade e avaliação dosistema de gestão.

    >> 3.5 Mecenato

    As actividades mecenáticas da EDP têm por objectivofundamental a disponibilização social de certos bens -culturais, técnico-científicos, sociais - entendida comoforma de relacionamento privilegiada com a comu-nidade.

    A intervenção da EDP nesta área segue uma linha deorientação essencial: a descentralização. Apoiar inicia-tivas desenvolvidas pelas comunidades locais constitui

    uma tradição das empresas do Grupo, viabilizandoprojectos desenvolvidos fora dos grandes centros e con-tribuindo para a formação de novos públicos.

    O apoio mecenático da EDP está orientado para quatroáreas prioritárias: cultural, social, desportiva e científica.

    A selecção de projectos a apoiar na área cultural baseia-senos seguintes critérios de avaliação:

    Qualidade intrínseca do projecto;

    Inviabilidade de concretização na ausência de apoiomecenático;

    Promoção do acesso a espectáculos e obras de quali-dade a públicos tradicionalmente desfavorecidos;

    Incentivo ao aparecimento de novos valores;

    Iniciativas dirigidas aos jovens e à sua formação.

    Na área social, a EDP procura promover o bem-estar depessoas com carências, através do apoio a instituiçõesvocacionadas e de mérito reconhecido.

    Na área desportiva, são valorizadas as iniciativas queapelem à participação de amadores e fomentem um esti-lo de vida saudável. O apoio à alta competição baseia-sena necessidade de promover padrões de qualidade quefuncionem como modelos e incentivem a práticadesportiva.

    Na área científica, são valorizados os encontros queabordem temas de interesse para as actividades daempresa e potenciem a formação dos seus quadros.

    >> 3.6 Investigação e Desenvolvimento

    Em 2003, a EDP definiu uma nova Política deInvestigação e Desenvolvimento, centrada no core businessdo Grupo, o sector eléctrico, e direccionada para asseguintes áreas prioritárias:

    Optimização da qualidade de serviço das redes eléc-tricas;

    Desenvolvimento das energias renováveis e da gera-ção distribuída;

    Redução do impacte ambiental da produção e distri-buição de electricidade;

    Aposta em mercados e serviços de valor acrescentado.

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 16

  • Durante o ano o esforço de dinamização de novos pro-jectos incidiu precisamente nestas áreas prioritárias. AEDP participou em mais de 20 projectos na área da pro-dução e distribuição de energia eléctrica dos quais sedestacam:

    Implementação, no complexo de Sacavém, do projectode instalação e demonstração de uma micro-turbina agás, com 30 kW de potência eléctrica nominal, parafuncionamento em regime de cogeração. Prevê-se queo sistema entre em funcionamento no início de 2004;

    Adjudicação do fornecimento e montagem de umaplataforma multi-tecnologias para demonstração demicro-geração a partir de energias renováveis, a insta-lar igualmente em Sacavém, integrando as compo-nentes fotovoltaica, eólica e pilha de combustível.Prevê-se o arranque da componente eólico-fotovoltaicano início de 2004.

    Iniciaram-se as actividades do Centro de Energia dasOndas, no qual a EDP se encontra representada, e cujoobjectivo é o de promover e desenvolver o aproveita-mento desta forma de energia renovável em Portugal.

    16/17

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 17

  • >> 4. Relacionamento com os stakeholders

    A existência de um relacionamento de confiança com oconjunto dos seus diversos stakeholders é vital para ofuturo da EDP. A empresa existe para servir os interessesdestes diferentes agentes e o seu sucesso depende deles.Neste contexto, a identificação clara dos interessesespecíficos de cada classe de stakeholders e a instituiçãode procedimentos orientados para a satisfação das suasnecessidades específicas constitui uma tarefa prioritáriapara a empresa.

    A existência destes procedimentos é essencial para que aEDP possa avaliar e reportar o grau de eficácia do rela-cionamento que estabelece com as diferentes partesinteressadas nas suas actividades. Relativamente a 2003,apenas é possível fornecer informação directamente rela-cionada com o exercício das suas actividades em Portugal.

    A EDP e os seus principais stakeholders

    >> 4.1 Clientes

    Em 2003 foi publicado o novo Regulamento daQualidade de Serviço (RQS), que introduz alterações noque se refere, nomeadamente, aos padrões de con-tinuidade de serviço, à metodologia de cálculo e modode pagamento de compensações e ao tratamento dereclamações.

    A EDP Distribuição dispõe já de informação quantifica-da relativa aos indicadores de qualidade de serviçodefinidos no RQS. Apesar de não ter sido possívelcumprir todos os padrões, espera-se que, concluídas asalterações de procedimentos actualmente em curso,estes possam ser generalizadamente cumpridos em2004.

    ONG e Instituições

    Científicas

    ParceriasPartilha de Conhecimento

    ONG e Instituições

    Científicas

    ParceriasPartilha de Conhecimento

    SociedadeAcreditar na EDP

    Clientes

    SatisfaçãoFidelização

    Clientes

    SatisfaçãoFidelização

    Investidores

    ConfiançaAposta na empresa

    Investidores

    ConfiançaAposta na empresa

    Instituições

    Governamentais

    TransparênciaColaboração

    Instituições

    Governamentais

    TransparênciaColaboração

    Colaboradores

    MotivaçãoRápida adaptação

    à mudança

    Colaboradores

    MotivaçãoRápida adaptação

    à mudança

    Fornecedores

    Elevados padrões de qualidade

    Fornecedores

    Elevados padrões de qualidade

    Comunidades locais

    AceitaçãoBom relacionamento

    Comunidades locais

    AceitaçãoBom relacionamento

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  • Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço em 2003

    No final de 2002 foi efectuado um novo estudo de satis-fação de clientes, cujos resultados foram publicados jáem 2003 e serviram de base a uma revisão das priori-dades de actuação da EDP Distribuição no sentido demelhorar o seu desempenho junto dos clientes.

    Apesar dos resultados globais dos inquéritos terem sidopositivos, foram identificadas algumas áreas em que aempresa necessita concentrar esforços adicionais, nosentido de garantir a satisfação dos clientes, designada-mente no tratamento de reclamações, no caso dosclientes residenciais, e na qualidade do fornecimento, nocaso dos clientes industriais. No sentido de melhoraresta situação, a EDP Distribuição realizou em 2003investimentos significativos na melhoria da rede.

    Na análise dos resultados do inquérito a clientes resi-denciais, destacam-se, nos índices médios variáveis, osindicadores Qualidade de Produtos e Serviços e QualidadeGlobal, e, na imagem institucional, o indicador ContribuiPositivamente para a Sociedade, em que a EDP obteve pon-tuações muito favoráveis.

    A EDP mantém níveis de satisfação semelhantes aos dassuas congéneres de dimensão equivalente.

    Imagem institucional EDP

    Metodologia: ECSI - European Customer Satisfaction Index

    Índices médios variáveis

    Metodologia: ECSI - European Customer Satisfaction Index

    Apreciação global do desempenho da EDP por clientesindustriais (1)

    (1) Inquérito auto-administrado

    Em 2003, mereceram especial atenção os canais decomunicação com os clientes, tendo sido alargada a redede Pontos de Energia e implementados 45 novos postosde atendimento. Foi também reforçado o investimentono Call Center, com o objectivo de proporcionar umatendimento mais eficiente, e melhorados os conteúdosde natureza comercial do sítio Internet da EDP.

    >> 4.2 Investidores

    A EDP, em linha com as melhores práticas no que respei-ta ao governo de sociedades cotadas, tem como preocu-pação constante assegurar que toda a informação rele-vante é divulgada de forma clara, objectiva e não dis-criminatória, aos diferentes intervenientes no mercadofinanceiro.

    18/19

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    7,2

    8,2

    6,5

    7,2

    7,0

    6,7

    7,3

    5,6

    6,9

    7,85

    6

    7

    8

    9

    10

    De confiança do quediz e faz

    Estável e perfeitamenteimplementada no

    mercado

    Contribuipositivamente para a

    sociedade

    Preocupa-se com os seus clientes

    Inovadora e virada para o futuro

    De fácil contacto

    Que informa

    Competente

    Boa relaçãoqualidade preço

    Com vontade de melhorar

    69,5

    65,0

    63,7

    60,7

    53,6

    69,5

    64,4

    71,5 69,368,8

    68,9

    64,9

    65,7

    63,166,3

    50%

    55%

    60%

    65%

    70%

    Imagem

    Expectativas

    Qualidade de produtos serviços

    Qualidade do atendimento

    Acessibilidade

    Qualidade da informaçãofornecida e facturas

    Qualidade de leitura edeterminação do consumo

    Qualidade do piquete deurgência

    Serviço de com. telefónica efalhas de corrente

    Qualidade de iluminaçãopública

    Qualidade global

    Valor apercebido

    Reclamações

    Satisfação

    Lealdade

    Não responde

    Tem cumpridototalmente

    Tem cumpridoem parte

    Sem opinião 1,7%

    3,4%

    35,6%

    50,1%

    1,3%

    Não temcumprido

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    Orçamentos de ramais e

    chegadas BT (até 20 dias úteis)

    Execução de ramais e

    chegadas BT

    Ligações à rede BT

    Leitura de contadores

    (pelo menos 1 leitura/ano

    para clientes BT)

    Atendimento em centros de

    atendimento (até 20 min.

    espera)

    Atendimento telefónico

    centralizado (até 60 seg.

    espera)

    Pedidos de informação por

    escrito (resposta até 15 dias

    úteis)

    Reclamações respondidas

    (resposta até 15 dias úteis)

    % de clientes com reposição de

    serviço até 4 horas (na

    sequência de interrupções de

    fornecimento acidentais)

    Regulamento da Qualidade de ServiçoGrau de realização

    %

    (até 20 dias úteis)

    (até 2 dias úteis)

    BT - Baixa Tensão

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 19

  • A empresa possui, na estrutura da holding EDP, umGabinete de Relações com os Investidores cujo objectivoé assegurar um adequado relacionamento com o univer-so de accionistas, analistas e potenciais investidores,bem como com as entidades de supervisão das bolsas devalores onde está admitida à cotação.

    Através deste Gabinete, a EDP mantém um fluxo decomunicação constante com investidores institucionais eanalistas financeiros, disponibilizando toda a infor-mação necessária ao cumprimento dos deveres deresponsabilidade e diligência destas instituições.

    >> 4.3 Colaboradores

    A EDP concede aos seus trabalhadores um conjuntoimportante de benefícios de carácter social, entre osquais assistência médica e medicamentosa, complemen-to de reforma, subsídios diversos e apoio a trabalha-dores-estudantes. A empresa dispõe ainda de uma áreade Medicina do Trabalho que efectua uma vigilânciamédica periódica de todos os trabalhadores e lhes pres-ta apoio nas vertentes de segurança e saúde.

    Em 2003, na área da prestação de cuidados de saúde acolaboradores, pensionistas, reformados e respectivoagregado familiar, foram efectuadas 424 000 consultas,distribuídas por 58 000 utentes.

    Parte dos resultados das empresas que constituem oGrupo EDP é distribuída aos seus colaboradores, sendo ototal disponibilizado em função do desempenho económi-co do Grupo. Em 2003, os critérios de distribuição forambaseados na resposta que as diversas empresas deram àevolução do contexto de actuação do Grupo e na avaliaçãodo contributo individual de cada colaborador. Para os car-gos de macro-estrutura, 30% deste incentivo foi liquidadoem acções da EDP, como forma de reforçar o compromis-so entre os dirigentes e a empresa.

    As acções de comunicação interna são uma aposta forteda EDP e têm por objectivo promover a identificação detodos os colaboradores com a missão, os valores e osobjectivos da empresa. Em 2003, foi desenvolvido umconjunto de acções desta natureza, a mais importantedas quais foi o 1º Encontro EDP, subordinado ao lemaMais Mercado. Mais Competição. Mais EDP. e que reuniumais de 9 000 colaboradores.

    A intranet do Grupo EDP, EDPonto, afirmou-se comocanal informativo actual e acessível a todos os colabo-radores com posto de trabalho informatizado, con-tribuindo para a consolidação da cultura empresarial denegócio. No último inquérito, realizado on-line junto doseu público-alvo, 80% dos inquiridos afirmou consultarfrequentemente a EDPonto, o que traduz não só a per-cepção da sua utilidade como o interesse dos colabo-radores em estar informados.

    1º Encontro EDP

    Em Outubro de 2003, teve lugar o 1º Encontro EDP, umevento pioneiro, não só pela sua dimensão, mas tam-bém na forma como permitiu aos colaboradores colo-car questões, directamente e ao vivo, à Administraçãoda empresa.

    Desdobrado em três sessões, o Encontro abrangeumais de 9 000 colaboradores.

    Estabelecer uma comunicação em discurso directo foi omote do Encontro, que pretendeu abrir uma janela comvista para o actual posicionamento da EDP nas váriasfrentes em que desenvolve a sua actividade e apresen-tar a Agenda Estratégica e o plano de acções paraenfrentar os desafios que se aproximam.

    Em 2003, foram disponibilizados através da EDPontouma ferramenta de inquéritos, três novas bases dedados referentes a legislação ambiental, prevenção esegurança e normalização e tecnologia, e ainda o Portalde Formação EDP. O canal da EDP Valor inaugurou umserviço totalmente dedicado à gestão das instalações doGrupo, que permite o registo on-line das ocorrências, apartir do qual a empresa planeia as intervenções correc-tivas necessárias.

    Destaca-se ainda a rubrica Envie a sua mensagem aoPCE, através da qual qualquer colaborador podeestabelecer um contacto directo com o Presidente daComissão Executiva, e que registou, até ao final de 2003,mais de 200 questões.

    Em vésperas de liberalização do mercado, o MundoEDP, a revista mensal do Grupo, investiu especialmentena divulgação de informação sobre este assunto e assuas implicações na actividade das empresas do Grupo.

    >> 4.4 Fornecedores

    A relação da EDP com os seus fornecedores rege-se porcritérios transparentes e de não discriminação, quecumprem a legislação portuguesa e comunitáriaaplicável.

    Nas actividades de produção de electricidade eprestação de serviços centralizados, a aquisição de bense serviços considera procedimentos de selecção e avali-ação de fornecedores que incluem critérios específicosrelacionados com ambiente, o mesmo se passando coma avaliação de fornecedores de serviços nas actividadesde distribuição. Sempre que se justifica, os trabalhadoresexternos colocados nas instalações da empresa são inte-grados em acções específicas de formação nas áreas dasegurança, ambiente e qualidade.

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 20

  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    20/21

    Em 2003, tiveram início os trabalhos de implementaçãodo QUALIFOR, um sistema integrado de avaliação defornecedores de bens e serviços, que será utilizado pelaEDP Produção, EDP Distribuição e EDP Valor. Este sis-tema incluirá critérios específicos de avaliação rela-cionados com ambiente, cujo conteúdo se encontraactualmente em preparação, e terá uma aplicação gene-ralizada.

    Estudo de avaliação ambiental de fornecedores daONI

    A ONI efectuou, pela primeira vez, um estudo de avali-ação do desempenho ambiental dos seus fornecedores.Foi efectuada uma amostragem de um universo de 641fornecedores (cerca de 5% do total), responsáveis porcerca de 43% do montante das encomendas da ONI.

    Desta amostra foram seleccionadas 32 empresas,responsáveis pelo fornecimento de cerca de 31 milhõesde euros de bens e serviços. Para cada empresa foi esta-belecido um contacto telefónico e analisada a infor-mação disponibilizada nos respectivos sítios Internet.

    Cerca de 41% (13) destes fornecedores principaisestavam já certificados de acordo com as Normas ISO 14 001 (7) ou tinham políticas de ambiente defi-nidas e em vigor (6). Das restantes empresas, cerca de40% declararam ter intenção de implementar umapolítica de ambiente, e apenas 6 não apresentaramqualquer preocupação nesta área.

    >> 4.5 Instituições governamentais, científicas e comunidades locais

    A EDP mantém relações privilegiadas com algumasinstituições governamentais, das quais se destaca aDirecção Geral de Energia (DGE) e a EntidadeReguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Dada aimportância do novo período regulatório que se aproxi-ma (2005-2007), a EDP assume como uma prioridade odiálogo, a transparência e o espírito de cooperação notrabalho a desenvolver com o Regulador.

    O estreito relacionamento que mantém com as autar-quias e a capacidade de resposta que a EDP tem demons-trado às suas questões, possibilitaram a renovação de 95%dos contratos de concessão até ao final de 2003.

    A cooperação com instituições científicas e académicas érealizada a vários níveis, desde o desenvolvimento deprojectos conjuntos de inovação, ao apoio à formação dejovens universitários. Em 2003, a EDP concedeu 94 está-gios curriculares e disponibilizou o laboratório de AltaTensão da Labelec para a realização de aulas práticasintegradas nos cursos do Instituto Superior Técnico epara actividades de mestrado e doutoramento.

    A ONI promoveu o aparecimento de novos talentos, emparceria com o IADE Instituto de Artes e Design,através de um concurso de ideias para o cartão de Natalda empresa. Foram atribuídos três prémios pecuniáriose três menções honrosas, e o primeiro classificado viu asua obra concretizada no cartão de Natal ONI 2003.

    A EDP participa igualmente na avaliação de cursossuperiores, tentando desta forma contribuir para que osestudos universitários se tornem mais ajustados àsnecessidades das empresas.

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  • >> DESEMPENHO

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  • >> Índice

    1. Desempenho ambiental 241.1 Alterações climáticas 241.2 Energias renováveis e eficiência

    energética 251.3 Emissões atmosféricas 271.4 Qualidade do ar 291.5 Recursos hídricos 301.6 Biodiversidade e paisagem 311.7 Resíduos 311.8 Ruído 331.9 Campos eléctricos e magnéticos 341.10 Cumprimento 34

    2. Desempenho social 352.1 Emprego 352.2 Formação 362.3 Prevenção e Segurança 372.4 Comunidade 37

    3. Desempenho económico 403.1 Investidores 403.2 Colaboradores 413.3 Fornecedores 413.4 Comunidade 41

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  • >> 1. Desempenho ambiental

    >> 1.1 Alterações climáticas

    Em Outubro de 2003, foi publicada a Directiva2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, rela-tiva à criação de um regime de comércio de licenças deemissão de gases com efeito de estufa na ComunidadeEuropeia. A Directiva previa a transposição pelosEstados-Membros até ao final de Dezembro de 2003, oque não se verificou na maioria dos países daComunidade, incluindo Portugal e Espanha. CadaEstado-Membro deve elaborar, até 31 de Março de 2004,planos nacionais estabelecendo a quantidade total e aforma de atribuição de licenças no período 2005-2007.

    Durante o segundo semestre de 2003, a EDP desen-volveu, juntamente com os restantes produtores por-tugueses de electricidade abrangidos, uma posiçãocomum relativamente à aplicação da Directiva no perío-do 2005-2007. O objectivo deste trabalho é apresentar, noinício de 2004, uma proposta formal ao GovernoPortuguês, no âmbito da discussão do Plano Nacionalde Alocação de Licenças de Emissão (PNALE). Nesteperíodo foi também preparada a informação a forneceràs autoridades nacionais para o processo de atribuiçãode títulos de emissão.

    Já no final de 2003, iniciou-se a discussão pública dasmedidas adicionais do Programa Nacional para asAlterações Climáticas (PNAC). Trata-se de um conjuntode medidas proposto pelo Governo, com o objectivo degarantir o cumprimento dos compromissos nacionais noâmbito do Protocolo de Quioto. A EDP desencadeou umprocesso de análise e diálogo com a equipa responsávelpelo PNAC, centrado nas medidas mais directamenterelacionadas com a sua actividade, em especial as acçõesdestinadas a reduzir perdas de energia na rede de dis-tribuição e actividades de gestão da procura.

    O ano caracterizou-se por um Índice de ProdutibilidadeHidroeléctrica (IPH) excepcionalmente elevado, o quepermitiu a utilização intensiva do parque hidroeléctricoda empresa e se traduziu em emissões de dióxido de car-bono (CO2) significativamente inferiores às de anos ante-riores.

    Emissão total de CO2 da EDP em Portugal

    Emissão específica de CO2 do parque electroprodutor

    da EDP em Portugal

    Foi concluída a primeira fase do inventário de emissõesde hexafluoreto de enxofre (SF6) nas actividades da EDPno sector eléctrico em Portugal. Nesta etapa foramdeterminadas as emissões associadas à totalidade dosequipamentos da EDP Produção e da EDP Distribuição,com base na quantificação de gás reposto em equipa-mentos que foram objecto de intervenção.

    0

    5

    10

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    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

    Tg

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    IPH

    IPH

    Emissões totais do CO2

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    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

    g/kWh

    08_45_Sustentabilidade.qxd 4/5/04 11:25 AM Página 24

  • A segunda fase do inventário compreende a identifi-cação exaustiva de todos os equipamentos e quanti-dades de SF6 neles contidas, incluindo equipamentosselados, o que permitirá determinar emissões residuais,com base na aplicação de factores de emissão estabeleci-dos em convenções internacionais. Esse levantamento,bem como a implementação de medidas de minimiza-ção de fugas na rede de distribuição, constituem o objec-to de um dos programas do Plano de Promoção daQualidade Ambiental (PPQA) 2002-2004 da EDPDistribuição.

    Emissões de SF6 da EDP em Portugal (1)

    (1) Com base na quantidade reposta em equipamentos intervencionados.

    Em Espanha, as autoridades nacionais não tinham, até ao final de 2003, dado início ao processo de negociação do respectivo plano de alocação de emissões,o qual abrangerá as centrais termoeléctricas daHidroCantábrico.

    Emissão total de CO2 da HidroCantábrico

    Emissão específica de CO2 do parque electroprodutor

    da HidroCantábrico (1)

    (1) Não considera a produção de electricidade na central nuclear de Trillo,de que a HidroCantábrico detém 15,5% e cuja gestão não controla.

    A redução significativa verificada nas emissões específi-cas de CO2 da HidroCantábrico reflecte a plena opera-ção, durante o ano de 2003, da central de ciclo combina-do a gás natural de Castejón.

    >> 1.2 Energias renováveis e eficiência energética

    Energias renováveis e cogeração

    As condições hidrológicas excepcionais verificadas emPortugal em 2003, permitiram à EDP utilizar intensiva-mente a sua capacidade hidroeléctrica instalada. A pro-dução hidroeléctrica ultrapassou a produção térmica,correspondendo a 54% do total EDP, mais do dobro dovalor registado em 2002.

    A produção de energia eléctrica a partir de biomassaaumentou cerca de 2% devido às medidas de eficiênciae de gestão implementadas na central de biomassa deMortágua.

    O parque eólico da EDP em Portugal continuou emexpansão, tendo entrado em exploração o novo parqueeólico da Serra do Barroso (18 MW) e a ampliação doparque eólico de Cabeço da Rainha (6 MW), que con-tribuíram para um aumento de 14% neste tipo de pro-dução. A EDP tem actualmente em construção, emPortugal, mais 71 MW de capacidade eólica.

    24/25

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    kg

    EDP Produção 30,4

    EDP Distribuição 39,15

    Total 69,55

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    2

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    2001 2002 2003

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    850

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    2001 2002 2003

    g/kWh

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  • Evolução do parque eólico da EDP em Portugal

    No reforço da componente mini-hídrica, entrou em fun-cionamento o novo aproveitamento hidroeléctrico daLagoa Comprida e foi adquirida a central da Labruja,perto de Viana do Castelo.

    Na área dos grandes aproveitamentos hidroeléctricos,teve início a fase de consulta pública do Estudo deImpacte Ambiental Comparado dos AproveitamentosHidroeléctricos do Baixo Sabor e Alto Côa, que estaráconcluída apenas no início de 2004, e prosseguiram osestudos de avaliação do reforço de potência de centraisde fio de água da bacia hidrográfica do rio Douro.

    Produção de electricidade a partir de fontesrenováveis

    O reforço da cogeração é um dos objectivos da EDP,tendo prosseguido, em 2003, a avaliação de novos pro-jectos. Nas centrais existentes, 2003 registou um elevadograu de regularidade no fornecimento de energia naSOPORGEN, ao contrário do que se verificou na ENERGIN,devido a um conjunto de problemas que só foi possívelcontrolar no final do ano.

    Produção de energia em instalações de cogeração

    Gestão da procura

    A EDP Distribuição tem vindo a promover, junto dosseus clientes, medidas de gestão da procura baseadas nadisponibilização de soluções electricamente eficientes ena divulgação de práticas de utilização racional daenergia.

    Em 2003, foi atribuído o Prémio EDP, que distingue pro-jectos de utilização eficiente de electricidade.Tradicionalmente destinado ao sector industrial, oPrémio foi, pela primeira vez, aberto às áreas dosserviços e outras actividades, tendo registado umnúmero recorde de candidaturas.

    Prémio EDP

    O Prémio EDP visa premiar clientes que se distingamna obtenção de melhorias significativas ao nível da efi-ciência energética ou da produtividade, em resultadoda adopção de métodos e processos electricamente efi-cientes.

    As candidaturas devem evidenciar a obtenção de, pelomenos, um dos seguintes resultados:

    Aumento da eficiência energética, em resultado deacções de gestão da procura;

    Melhoria da qualidade do produto/serviço;

    Redução do custo unitário de produção ou activi-dade;

    Optimização da utilização do sistema eléctrico oumelhorias ao nível de condições de trabalho ou doambiente externo.

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    2003 2002 2 001

    Potência máxima (MW) 111,1 111,1 67

    Produção líquida de electricidade (GWh) 679 589 423

    Produção de Vapor (TJ) 4 038 3 658 1 747

    Potência máxima (MW) 133 - -

    Produção líquida de electricidade (GWh) 174 - -

    Potência máxima (MW) 392,6 - - Produção líquida de electricidade (GWh) 1 546 - -

    (*) Não inclui a produção na central do Barreiro. Inclui fornecimento de electricidade a clientes industriais e à rede EDP.

    Portugal

    Brasil

    Espanha

    (*)

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    100

    150

    200

    2000 2001 2002 2003 2004 2005

    MW

    Em exploração

    Em construção

    *

    * Em parceria com outras entidades

    MWh

    2003 2002 2001

    Eólica 112 785 90 570

    Biomassa 37 482 18 476

    Mini-Hídrica 149 850 189 231

    Hídrica (>10 MW) 7 186 419 13 208 167

    IPH 0,75 1,19

    Mini-Hídrica - -

    Hídrica (>10 MW) - -

    Eólica - -

    Hídrica - -

    Portugal

    Espanha

    Brasil

    128 355

    38 323

    196 343

    14 668 557

    1,33

    100 001

    588 971

    15 756 491

    35 941

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  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    26/27

    A EDP assinou também um protocolo com a Quercuspara desenvolvimento do projecto ECOCASA. Esta ini-ciativa é destinada a promover a eficiência energéticajunto de clientes residenciais e pode ser consultada emwww.ecocasa.org.

    No âmbito do protocolo de colaboração com a Agênciapara a Energia (ADENE), foi concluído um conjunto deestudos sobre tecnologias eléctricas de apoio a sistemassolares para aquecimento e sobre veículos eléctricos.

    A publicação de brochuras sobre eficiência energéticaincluiu, em 2003, uma brochura sobre domótica, envia-da a cerca de 2 600 técnicos electricistas.

    Objectivos

    2004: Adesão da EDP ao Projecto Greenlight. Programavoluntário, promovido pela Comissão Europeia, noâmbito do qual organizações privadas e públicas secomprometem a adoptar tecnologias avançadas pararedução dos consumos próprios de energia para ilumi-nação.

    >> 1.3 Emissões atmosféricas

    Em Agosto de 2003, foi transposta para o Direito português a Directiva 2001/80/CE, relativa à limitaçãodas emissões para a atmosfera de certos poluentesprovenientes de grandes instalações de combustão. Estediploma estabelece a necessidade de elaborar um novoPlano Nacional de Redução de Emissões (PNRE), quesubstituirá o PNRE 1996-2003, cuja vigência terminouem 2003. Durante o ano, a EDP participou activamentenos trabalhos iniciais de preparação do novo Plano, quese prevê venha a ser formalmente aprovado durante oprimeiro semestre de 2004, e que abrangerá a central deSines.

    Com a utilização de carvão e fuelóleo com teores deenxofre progressivamente mais reduzidos, a EDP temvindo a garantir o cumprimento das suas obrigaçõeslegais, mesmo em anos de hidraulicidade desfavorável.A fim de adaptar a central de Sines às novas exigênciaslegais foi, durante 2003, elaborado o Estudo de ImpacteAmbiental para licenciamento da opção tecnológica dedessulfuração a adoptar naquela central.

    Com a primeira fase, concluída em 2000, da introduçãode medidas primárias de redução de NOx na central deSines, obteve-se uma redução de cerca de 50% das emis-sões naquela central. A segunda fase foi iniciada em2003, com adjudicação da implementação de medidasprimárias complementares de redução deste poluente,com as quais se prevê obter uma redução adicional de30% nas respectivas emissões.

    A emissão específica de partículas registou, em 2003, umligeiro aumento. Este facto deveu-se à hidraulicidadeexcepcional que originou um regime muito irregular deexploração do parque térmico, aumentando assim operíodo de arranque dos grupos, durante o qual os sis-temas de despoeiramento não estão operacionais.

    Emissão total de SO2 da EDP em Portugal

    Emissão específica de SO2 do parque térmico da EDPem Portugal

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    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

    Gg

    Emissões totais de SO2

    Quota PNRE - EDP SO 2

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    g/kWh

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  • Emissão total de NOx da EDP em Portugal

    Emissão específica de NOx do parque térmico da EDP

    em Portugal

    Emissão total de partículas da EDP em Portugal

    Emissão específica de partículas do parque térmico daEDP em Portugal

    Em 2003 foi também concluída a primeira fase do pro-grama de caracterização de emissões de poluentesminoritários metais pesados, compostos orgânicosvoláteis, dioxinas e furanos - iniciado em 1999. Os resul-tados das campanhas efectuadas em todas as centraismostram que os combustíveis utilizados originam emis-sões inferiores aos valores típicos reportados para insta-lações deste tipo. Uma nova etapa do programacomeçará a ser desenvolvida em 2004, com o objectivode obter uma caracterização adicional dos poluentespresentes no efluente gasoso e nas diversas formas dematéria particulada.

    No final de 2003 foram substituídos os sistemas deextinção de incêndios que utilizavam Halon, uma dassubstâncias responsáveis pelo empobrecimento dacamada de ozono. Os equipamentos foram inventaria-dos, retirados de serviço e armazenados e serão em 2004objecto de eliminação por um operador licenciado.

    Em Espanha, as autoridades ambientais decidiram tam-bém estabelecer um plano nacional de redução de emis-sões, nos termos da Directiva 2001/80/CE, tendodurante 2003 recolhido informação necessária junto dasempresas abrangidas, incluindo a HidroCantábrico.

    A HidroCantábrico tem já previstos os investimentosnecessários à adaptação das suas centrais termoeléctricasa carvão às novas exigências da Directiva, pelo que estanão afectará negativamente a respectiva vida útil pre-vista. Estes investimentos ascenderão a 146 milhões deeuros durante os próximos exercícios.

    Os valores médios anuais de emissões registados nascentrais da HidroCantábrico continuaram abaixo doslimites legais. As características dos carvões utilizadosnas centrais de Aboño e Soto permitiram obter valoresde emissão específica semelhantes aos de 2002. Na cen-tral de ciclo combinado a gás natural de Castejón, emoperação comercial desde Outubro de 2002, verificou-se

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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    g/kWh

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    Quota PNRE - EDP NOx

    Emissões de totais NOx

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    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

    g/kWh

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  • também que as emissões medidas estão dentro dosvalores legais impostos pela legislação europeia paranovas instalações.

    Na central de Aboño foram realizadas diversas inter-venções ao nível dos precipitadores electrostáticos, como objectivo de optimizar o respectivo funcionamento.

    Emissão total e específica de SO2 do parque térmico da

    HidroCantábrico

    Emissão total e específica de NOx do parque térmico da

    HidroCantábrico

    Emissão total e específica de partículas do parque térmico da HidroCantábrico

    No Brasil, a presença do Grupo EDP na produção ter-moeléctrica é reduzida. A central de cogeração a gás natural da FAFEN está equipada com queimadores debaixo teor de NOx e os valores típicos deste poluentemedidos na central são de 48 ppm.

    A Enersul possui três centrais termoeléctricas de peque-na dimensão, duas das quais são utilizadas apenas emsituações de emergência. Actualmente não é efectuada amonitorização das emissões atmosféricas, estando pre-visto para 2004 a implementação de um sistema de monitorização de efluentes gasosos na central de PortoMurtinho, a única com funcionamento regular, con-forme condicionante da respectiva licença ambiental.

    >> 1.4 Qualidade do ar

    A integração das redes privadas de monitorização daqualidade do ar na Rede Nacional de Medição é um dosobjectivos das autoridades ambientais portuguesas. Esteprocesso implica a uniformização da informaçãorecolhida e o aumento da disponibilidade e da fiabili-dade das medidas.

    Nesse âmbito, continuaram em 2003 os trabalhos inicia-dos em 2002 de reformulação das redes associadas àscentrais térmicas do Barreiro e de Setúbal e iniciou-se adefinição de um programa de controlo de qualidadeespecífico que incluirá a utilização do LaboratórioMóvel da Qualidade do Ar da Labelec.

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    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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    Emissões totais de SO2

    Emissões específicas de SO2

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    g/kWh

    Emissões específicas de partículas

    Emissões totais de partículas

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  • Decorreram também os trabalhos de integração da redede monitorização da central do Carregado na nova rededa central de ciclo combinado a gás natural do Ribatejo,actualmente em construção. A nova rede garantirá asatisfação das necessidades de monitorização das duascentrais. Estas acções implicaram prolongados períodosde indisponibilidade dos equipamentos da rede doCarregado, razão pela qual não existem valoresdisponíveis para este ano.

    Através da exploração das redes de monitorizaçãoassociadas aos centros produtores térmicos, a EDPefectua a vigilância da qualidade do ar ambiente narespectiva área envolvente. A avaliação da significân-cia do impacte atmosférico das instalações da empresana sua zona de influência é feita através de um índicede qualidade do ar.

    Máximo do índice de qualidade do ar por rede de

    monitorização da EDP em Portugal (1) (2) (3)

    (1) A monitorização da qualidade do ar na área envolvente da central deSines é da responsabilidade da CCDR-Alentejo.

    (2) Não foram considerados valores para analisadores com eficiência defuncionamento inferior a 75%

    (3) A rede da central do Carregado não atingiu os valores mínimos dedisponibilidade devido à profunda remodelação que sofreu em 2003.

    Em Espanha, a HidroCantábrico dispõe também deredes de monitorização associadas aos seus centros pro-dutores térmicos. Em 2003 a empresa deu continuidadeao programa de melhoria das suas redes de vigilância,nomeadamente com a instalação de novos equipamen-tos na central de Aboño. Este projecto envolve a melho-ria das comunicações e do tratamento da informação e aintegração num centro de gestão único das redes demonitorização das centrais de Aboño e Soto.

    Os valores registados em todas as estações encontram-seabaixo dos valores-limite estabelecidos na legislaçãovigente.

    Máximo do índice de qualidade do ar por rede demonitorização da HidroCantábrico

    >> 1.5 Recursos hídricos

    As centrais termoeléctricas da EDP em Portugal efectu-am a monitorização em contínuo e análises regulares deparâmetros específicos dos respectivos efluentes líqui-dos, de acordo com os procedimentos definidos naslicenças de rejeição. Em 2003 os resultados obtidosencontram-se abaixo dos valores máximos estabelecidosna legislação nacional e nas condições de licenciamentoespecíficas de cada instalação.

    Em Sines, pelo terceiro ano consecutivo, foi possível suspender as operações de cloragem da água de refrigeração, durante os três meses de Inverno. Estamedida resulta dos estudos biológicos de optimizaçãode cloragem da água captada no Oceano Atlântico.

    As actividades industriais gráficas da EDINFOR geramtambém efluentes líquidos. A empresa dispõe desde2003 de uma estação de tratamento na qual o efluente étratado por forma a cumprir os parâmetros da licença dedescarga no colector municipal.

    Objectivos

    2004: Implementação do plano de monitorização deefluentes líquidos da central de cogeração da ENERGIN.

    A HidroCantábrico prosseguiu a implementação doplano de melhoria ambiental da Central de Aboño queinclui a construção, já em curso, de uma nova instalaçãode tratamento de efluentes líquidos, com o objectivo demelhorar a qualidade dos efluentes descarregados nomeio.

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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    Tapada Outeiro Barreiro Setúbal

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    Aboño Soto de Ribera Castejon

    %

    NO (%)

    Partículas (%)

    SO (%)2

    2

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  • 2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

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    >> 1.6 Biodiversidade e paisagem

    Em Abril de 2003, a EDP Distribuição celebrou um proto-colo de colaboração com o Instituto de Conservação daNatureza (ICN), a Sociedade Portuguesa para os Estudodas Aves (SPEA) e a Quercus, cujo objectivo é o estudo demedidas de compatibilização das redes eléctricas de alta emédia tensão com a avifauna. O protocolo, que concretizaum conjunto de acções definidas no âmbito do PPQA 2002-2004, deu origem em 2003 às seguintes actividades:

    Análise, por parte da EDP Distribuição, de possíveissoluções técnicas com vista à elaboração de um manualde recomendações para adaptação, projecto e cons-trução de linhas de média e alta tensão, com o objectivode reduzir o risco de electrocussão e colisão de aves;

    Introdução faseada de medidas de correcção em linhasidentificadas como potencialmente perigosas para aavifauna.

    Protocolo EDP Distribuição, ICN, Quercus e SPEA

    O protocolo, tem por base dois grandes estudos:

    Estudo de dispersão: Marcação e Seguimento de Avescom Estatuto de Conservação Prioritária. Este estudo, daresponsabilidade do ICN, destina-se a avaliar as inter-acções de espécies de aves ameaçadas com os traçadoseléctricos já existentes nas suas áreas vitais de disper-são. Os trabalhos tiveram início em 2003, com a mar-cação e colocação de dispositivos de radio-seguimentoem três juvenis de Águia Real.

    Estudo de Impacte: Caracterização Global dos Impactesdas Linhas Aéreas de Distribuição de Energia Eléctrica sobrea Avifauna em Portugal. Este estudo, da responsabili-dade da Quercus e da SPEA, visa identificar e quan-tificar fenómenos de mortalidade de aves selvagensassociados a linhas eléctricas de média e alta tensão.Iniciado em 2003, permitiu já a identificação de algu-mas linhas potencialmente geradoras de impactes maisnegativos sobre a avifauna.

    O esforço efectuado pela EDP Distribuição na colocaçãode plataformas de nidificação de cegonha branca tem-serevelado, em alguns casos, prejudicial tanto para o fun-cionamento da rede, como para as aves, que, pela proxi-midade com as estruturas eléctricas, são frequentementevítimas de colisão e electrocussão. Com vista à mini-mização deste problema, realizou-se entre Outubro eDezembro de 2003 e com autorização do ICN, uma cam-panha de transferência de ninhos para plataformasinstaladas em apoios dedicados, fora da influência darede, e a colocação de dispositivos anti-poiso em pontossensíveis, de modo a evitar a construção de novos ninhos.

    Por forma a minimizar o impacte nos ecossistemasdulçaquícolas a jusante dos aproveitamentos hidroeléc-tricos, a EDP tem vindo a desenvolver estudos de opti-mização de caudais e a avaliar a necessidade demanutenção de um caudal ambiental. Em 2003prosseguiram os estudos para a cascata do Ave, estandoprevisto o seu alargamento a Penide, Cefra e cascata daSerra da Estrela em 2004.

    Dando cumprimento às medidas de minimizaçãodefinidas no processo de Avaliação de ImpacteAmbiental (AIA), prosseguiram, com o apoio da EDPProdução EM, os programas de monitorização de avi-fauna do morcego e do lobo nos parques eólicos de Altodo Talefe e Fonte da Quelha, actualmente em cons-trução.

    No Brasil, a EDP está associada a dois grandesaproveitamentos hidroeléctricos, Lajeado, já em explo-ração e Peixe Angical, actualmente em construção. Cadacentral possui um extenso conjunto de ProgramasBásicos Ambientais, através dos quais é efectuada amonitorização apertada dos impactes na biodiversi-dade. Entre os mais de 30 programas implementados emcada central, contam-se diversas acções que visam apreservação da fauna e flora da região e têm permitidoaumentar significativamente o conhecimento do meiobiótico local.

    Nas actividades de distribuição naquele País existemtambém procedimentos implementados no sentido deminimizar os impactes das linhas aéreas, através dasinalização de linhas, do redesenho dos apoios e da colo-cação de plataformas para ninhos, de modo a evitar aconstrução dos ninhos sobre as infraestruturas.

    >> 1.7 Resíduos

    Os resíduos industriais gerados nas actividades da EDPsão recolhidos e armazenados de forma individualizadae encaminhados para entidades licenciadas para a suagestão, preferencialmente através de processos de valo-rização. Neste universo incluem-se também os resíduosresultantes da actividade industrial gráfica do GrupoEDINFOR, nomeadamente óleos lubrificantes, tintas eprodutos de impressão, que passaram também a sercontabilizados no âmbito deste relatório.

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  • Em 2003, no âmbito da implementação de SGA nos cen-tros de produção hidroeléctrica, foram melhoradas ascondições de recolha selectiva e armazenamento tem-porário de resíduos nos aproveitamentos do Centro deProdução Douro, Penide, Cefra e cascata da Serra daEstrela.

    A EDP Distribuição estabeleceu um contrato com umoperador licenciado para a recolha e valorização de resí-duos de postes de betão. A fase inicial, já em curso,incide na reciclagem dos postes acumulados e naselecção de locais específicos que passarão, a partir deagora, a concentrar todos os postes inutilizados, antesda sua valorização. Este programa permitirá, num hori-zonte de dois a quatro anos, garantir uma gestão ade-quada deste tipo de resíduo, respondendo a uma situ-ação que estava na origem de diversas reclamações porparte de comunidades locais. Em 2003 foram recicladascerca de 19 000 toneladas de postes já acumulados.

    Reciclagem de postes de betão usados

    No decurso das actividades de manutenção da rede dedistribuição são retiradas de serviço anualmente quan-tidades significativas de postes de betão, cujo estadode conservação não permite a reutilização na própriarede.

    A partir de 2003 a EDP Distribuição passou a dispor deum circuito que garante a recolha e valorização destesresíduos. Os postes usados são recolhidos e trans-portados para as instalações de um gestor de resíduosespecializado, onde passam por várias fases dedesagregação e separação das fracções de aço e betão.

    A fracção de betão é sujeita a processos de fragmen-tação até atingir uma granulometria favorável à suautilização em aplicações pouco exigentes, como basesde passeios e pavimentos de parques de estacionamen-to.

    A fracção de aço é prensada, por forma a retirar osexcedentes de betão, e reciclada na industria siderurgica.

    Subprodutos e principais categorias de resíduos industriais produzidos pela EDP emPortugal

    Resíduos industriais produzidos pela EDP emPortugal

    O programa de recolha selectiva e valorização de resí-duos equiparados a urbanos, já implementado em insta-lações industriais da EDP Produção e EDP Distribuição,foi estendido a novas instalações. A EDP Valor, respon-sável pela gestão de grande parte dos edifícios adminis-trativos do Grupo EDP em Portugal, implementou sis-temas de recolha selectiva de papel e consumíveis infor-máticos, que passaram a ser valorizados através de cir-cuitos camarários específicos ou de acordos com ope-radores especializados.

    2003 - Relatório de Sustentabilidade - EDP

    2003 2002Subprodutos

    Cinzas volantes de carvão valorizadas 371 541 372 976

    Resíduos Industriais Perigosos

    Cinzas volantes e escórias de fuelóleo

    1 054 4 115

    Óleos usados