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1 PSICOPATOLOGIA I Prof. Dr. Alfredo Lhullier 2 1.NOÇÕES INICIAIS 3 3 Sinais comportamentais objetivos (observáveis) Sintomas (vivências subjetivas relatadas pelo paciente) 4 4 Estuda especificamente os sinais e sintomas produzidos pelos transtornos mentais 5 5 Refere-se aos procedimentos específicos de observação e coleta dos sinais e sintomas, assim como de sua interpretação 6 6 No caso dos transtornos mentais, o instrumento fundamental é a entrevista, com o paciente, os familiares e demais pessoas que com ele convivem. A relação entre examinador e examinando é fundamental para a coleta de dados.

01.Exame Do Estado Mental . Psicopatologia I

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Page 1: 01.Exame Do Estado Mental . Psicopatologia I

1

PSICOPATOLOGIA IProf. Dr. Alfredo Lhullier

2

1.NOÇÕES INICIAIS

3 3

Sinais comportamentais objetivos (observáveis)Sintomas (vivências subjetivas relatadas pelo paciente)

4 4

Estuda especificamente os sinais e sintomas produzidos pelos transtornos mentais

5 5

Refere-se aos procedimentos específicos de observação e coleta dos sinais e sintomas, assim como de sua interpretação

6 6

No caso dos transtornos mentais, o instrumento fundamental é a entrevista, com o paciente, os familiares e demais pessoas que com ele convivem.A relação entre examinador e examinando é fundamental para a coleta de dados.

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É fundamental o “como” e o “quando”fazer as perguntas, assim como o modo de interpretar as respostas e a decorrente formulação de novas perguntas.

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É importante sobretudo a “observação”minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do paciente, o conteúdo de seu discurso e seu modo de falar, sua mímica, postura, vestimenta, a forma como reage, seu estilo de relacionamento com o entrevistador, com outros pacientes e com seus familiares

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Síndromes são agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomasA síndrome é puramente uma definição descritiva de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e sintomas.A noção de síndrome e em psicopatologia clínica tem sido menos utilizada por não ser adotada pela CID e pelo DSM.

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Entidades nosológicas, doenças, ou transtornos específicos são fenômenos mórbidos nos quais se podem identificar (ou pelo menos presumir) determinados fatores causais (etiologia), um curso relativamente homogêneo, estados terminais típicos, mecanismos psicológicose psicopatológicos característicos, antecedentes genético-familiares algo específicos e respostas a tratamentos mais ou menos previsíveis.

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Pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humanoConhecimento que se esforça por ser sistemático, elucidaditivo e desmistificante.Não há julgamento moral do objeto, se busca apenas observar, identificar, e compreender os diversos elementos da doença mental. 12 12

Critérios:– Normalidade como ausência de doença– Normalidade ideal– Normalidade estatística– Normalidade como bem-estar– Normalidade funcional– Normalidade como processo– Normalidade subjetiva– Normalidade como liberdade– Normalidade operacional

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A psicopatologia é, por natureza e destino histórico, um campo de conhecimento que requer o debate constante e aprofundado.

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Psicopatologia Descritiva X Psicopatologia dinâmicaPsicopatologia médica X Psicopatologia existencialPsicopatologia Comportamental-cognitivista X Psicopatologia PsicanalíticaPsicopatologia Categorial X Psicopatologia DimensionalPsicopatologia Biológica X Psicopatologia socioculturalPsicopatologia Operacional-pragmática X Psicopatologia fundamental

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Apesar de ser absolutamente imprescindível considerar os aspectos mais pessoais, singulares de cada indivíduo, sem um diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode nem compreender adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia terapêutica mais adequado.

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Há no processo diagnóstico uma relação dialética permanente entre o particular, individual (paciente específico, pessoa em particular), e o geral e universal (categoria diagnóstica). Portanto, não nos esqueçamos: os diagnósticos são “idéias”(construtos), fundamentais para o trabalho científico, para o conhecimento do mundo, mas não objetos reais e concretos.

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Os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente em que nunca se pode reduzir inteiramente o ser humano a conceitos psicopatológicosA ciência psicopatológica é tida como uma das abordagens possíveis do homem mentalmente doente, mas não a única e exclusiva.

18 18

A psicopatologia sempre perde aspectos essenciais do homem, principalmente nas dimensões existenciais, estéticas, éticas e metafísicas.Não se pode compreender ou explicar tudo o que existe em um homem por meio de conceitos psicopatológicos

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Deve-se manter-se em duas linhas paralelas de raciocínio clínico; uma linha diagnóstica, baseada fundamentalmente no cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas que, de fato, o paciente apresenta, e uma linha etiológica, que busca na totalidade de dados biológicos, psicológicos e sociais uma formulação hipotética plausível sobre os possíveis fatores etiológicos envolvidos no caso.

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Eixo I – Transtorno mentalEixo II – Diagnóstico de Personalidade e Nível intelectualEixo III – Diagnóstico de transtornos somáticos associadosEixo IV – Problemas psicossociais e eventos da vida desencadeantes ou associadosEixo V – Avaliação Global do Nível de Funcionamento Psicossocial

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Formulação Psicodinâmica do CasoFormulação Sociocultural do Caso

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Referências bibliográficas

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Caps. 1 a 5. Porto Alegre:ArtMed, 2008.

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2. EXAME DO ESTADO MENTAL

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Conjunto de recursos observacionais para a detecção de sinais e sintomas clínicos, assim como alterações nas funções psíquicas.Compõe-se da anamnese, do exame das funções psíquicas (mentais, “do Ego”) e de testes, exames clínicos, e outros instrumentos, como escalas diagnósticas.

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A observação da aparência geral do paciente é o primeiro tópico do exame.Nele incluimos:– A aparência propriamente dita (marcha, postura,

vestimentas e adornos, higiene pessoal, cabelos, atitude, deformidades físicas)

– A atitude em relação ao examinador (amigável, cooperativa, hostil, defensiva, não colaboradora)

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– Impressão geral do examinador (incluindo sentimentos que o paciente provocou durante o exame)

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Exame das Funções Psíquicas

São construtos aproximativos da psicologia e da psipatologia, que permitem uma comunicação mais fácil e um melhor entendimento dos fatos.Deve-se ter o cuidado de não considerá-las como elementos autônomos ou isolados da personalidade. Na realidade, elas estão imbricadas e são separadas artificialmente segundo estes construtos.

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Monedero (apud Dalgalarrondo): as alucinações durante as intoxicações não são iguais às do esquizofrênico, do histérico, ou as que aparecem no extremo cansaço. Se, no estudo das alucinações, prescindimos das diferenças entre umas e outras, seria inútil todo nosso trabalho psicopatológico. Por isso torna-se necessária a contínua referência aos quadros nosográficos, que são estruturas totalizantes, nos quais adquirem sentido os fenômenos práticos.

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Há uma dialética fundamental entre o elementar e o global, da inserção de estruturas elementares em estruturas totalizantes que redimensionam constantemente o sentido de tais estruturas básicas.

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Em um ato psíquico apenas pode ocorrer uma separação teórica, não uma separação real, entre as distintas qualidades psíquicas de que se trata. Da mesma forma que em qualquer sensação luminosa, inclusive a mais simples podemos diferenciar entre qualidade (cor, matiz), intensidade e saturação, podemos falar em processos de conhecimento (inteligência), de sentimento e de vontade, mesmo que saibamos que não existe nenhum processo psíquico ao qual não correspondam as três qualidades…(Eugen Bleuler)

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Funções Psíquicas

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ASCOMPLIACAtençãoSensopercepçãoConsciênciaOrientaçãoMemóriaPensamentoLinguagemInteligênciaAfetividade ou HumorConduta

Juízo Crítico

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Consciência

É o reconhecimento da realidade externa e interna e a capacidade de responder aos estímulos.É o “ambiente” em que se desenvolvem os processos mentais num dado instante.Normal: LUCIDEZ, ALERTA

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Alterações quantitativas da conciência(rebaixamento do grau de consciência):– Coma

: ao aplicar estímulos dolorosos repetidos, o paciente permanece com os olhos fechados e não responde, nem ao mundo exterior nem às suas próprias necessidades, como fome, frio, etc…Estado em que não é possível despertar o paciente

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– Estuporapenas um estímulo vigoroso é capaz de tirar o paciente de seu torpor. Ele dá pouca ou nenhuma resposta verbal, quase não se movimenta e cai num estado irresponsivoassim que o estímulo cessa.

– ConfusãoÉ preciso sacudir gentilmente o paciente Ele abrirá os olhos, olhará e responderá, talvez com certa demora e pobreza de idéias, pois está pouco interessada no ambiente. Está"atordoado“.

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– SonolênciaÉ preciso chamar em voz alta, pois o paciente estará "cochilando", mas abrirá os olhos, olhará para você, responderá a pergunta e tornará a adormecer.

– ObnubilaçãoDesperto, mas com alguma diminuição nos níveis de consciência (ex.: embriaguez leve)

– Alerta (normal)Ao falar com o paciente num tom de voz normal, ele olhará para você, responderácompleta e adequadamente.

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Alterações qualitativas da consciência:– Estados crepusculares (estados oníricos,

fugas)estreitamento transitório (que pode durar dias) do campo da consciência, com a conservação de atividade psicomotora global, mais ou menos coordenada. Ocorre em quadros histéricos agudos, pacientes epiléticos (confusão pós-ictal) em intoxicações, e em algumas situações traumáticas.Paciente pode executar atos complexos, e quando retorna, não recorda ou só parte do que aconteceu.

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– Dissociação da consciênciafragmentação, ou divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da unidade psíquica comum ao ser humano)

– Transeestado de dissociação da consciência que se assemelha a um sonho acordado, mas dele difere pela presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspenção parcial dos movimentos voluntários.

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– Estupor depressivo e estupor catatônicoPaciente apresenta-se desconectado, alheio ao que acontece à volta; grande redução nos conteúdos da consciência; geralmente imóvel, olhar fixo, dando a impressão de encontrar-se ausente

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Semiotécnica da consciência

Lembrar: qualquer alteração no nível de consciência repercute no funcionamento global do psiquismo. Deve ser avaliado em primeiro lugar.Observar pelo facies e atitude do paciente se é possível notar que ele está desperto ou sonolento.

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Semiotécnica da consciência

Observar se o paciente está perplexo, com dificuldade de integrar coerentemente os estímulos ambientais.Lembrar que é pela orientação (têmporo-espacial), que muitas vezes podemos avaliar o nível de consciência.

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Teste da parede ou do papel branco: pedir ao paciente que olhe atenta e fixamente em uma parede branca (ou papel grande branco): o paciente com leve rebaixamento do nível de consciência poderá ao fazer isso apresentar alucinações visuais simples ou complexas.

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Teste do globo ocular: pedir ao paciente que feche os olhos. Pressionar levemente várias vezes os globos oculares (cuidado com estímulo vagal). Após tal manobra, o paciente com leve rebaixamento do nível de consciência pode experimentar alucinações visuais simples ou complexas.

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Atenção

Direção: externa (mundo externo) e interna (subjetiva)Amplitude: focal ou dispersa

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Vigilância: capacidade de voltar o foco da atenção aos estímulos externos. Se o paciente presta uma atenção exagerada a tudo que acontece no ambiente (ex.: ao telefone que toca, à porta que se fecha, a uma luz que pisca) diz-se que ele estáhipervigil. Se, ao invés disso, ele parece não se importar com nada, ele estáhipovigil.

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Tenacidade: é a capacidade de manter por um tempo razoável a atenção voltada para um determinado foco. Se o paciente parece não prestar atenção às perguntas durante a entrevista e se distrai facilmente, ele está hipotenaz. A hipertenacidade acontece em um indivíduo muito concentrado, que está jogando xadrez ou fazendo um cálculo, por exemplo.

Normal: normoproséxico

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Semiotécnica da atenção

Pedir ao paciente que olhe os objetos que estão na sala de entrevista e logo em seguida repita de cabeça o que viu.

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Prova de repetição de dígitos: pede-se ao paciente que repita uma série de dígitos que pronunciamos em voz alta pausadamente, evitando-se tudo que possa distrair o sujeito: 2-7/4-9/5-8-2/6-9-4/6-4-3-9/7-2-8-6/4-2-7-3-1/7-5-8-3-6/6-1-9-4-7-3/3-9-2-4-8-7/5-9-1-7-4-2-8/4-1-7-9-3-8-6 (adulto normal: repete corretamente de seis a sete dígitos)

Orientação

É o complexo de funções psíquicas em virtude do qual temos consciência, em cada momento de nossa vida, da situação real em que nos encontramos.Orientação autopsíquica: relacionada àidentidade, aparência, personalidade e noção de enfermidade ou saúde do indivíduoOrientação alopsíquica– Orientação temporal– Orientação espacial

Descrevem-se as alterações, conforme os aspectos comprometidos, com os termos: orientado, desorientado, e parcialmente orientado.– Exs.:orientado autopsiquicamente,

desorientado alo; desorientado autopsiquicamente, orientado alo; parcialmente orientado autopsiquicamente(sem crítica sobre sua enfermidade), desorientação espacial, orientação temporal.

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Temporal: o paciente sabe que horas são, em que dia da semana, mês e ano está e há quanto tempo está no hospital, ou outro lugar.Espacial: o paciente sabe onde se encontra (consultório, hospital, etc.), sabe o endereço aproximado, a cidade, o estado e o país.

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Si mesmo: o paciente informa corretamente o seu nome, data de nascimento, profissão, estado civil, etc. Essas informações conferem com àquelas dadas por um familiar hígido. Em geral, éa última a ser perdida.Demais pessoas: identifica familiares e amigos próximos, reconhece a equipe que o atende.

Classificação segundo processos de base que as determinam

Desorientação delirante: secundária a pensamento delirante (diz ser Deus e estar no Paraíso)Dupla orientação: anormal e adeuqda coexistem (diz ser Deus, mas atende pelo seu nome)Desorientação apática: secundária a desinteresse extremoDesorientação amnésicaDesorientação amencial ou confusional (deliriumtremens)Desorientação oligofrênicaDesorientação histriônica (erros de idnetidade, desdobramentos)

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Semiotécnica da orientação

Temporal: Que dia é hoje? Qual o dia da semana? Qual o dia do mês? Em que mês estamos? Em que ano estamos? Qual a época do ano? Que horas do dia, aproximandamente, são agora?

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Espacial: Onde estamos? Como se chama a cidade onde estamos? E o bairro? Qual o caminho e quanto tempo leva para vir de sua casa até aqui? Que edifício é este (hospital, ambulatório, etc…) onde estamos? Em que andar estamos?

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Autopsíquica: Quem é o(a) senhor(a)? Qual o seu nome? O que faz? Qual a sua profissão? Quem são seus pais? Qual a sua idade?

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Sensopercepção

É a capacidade de interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos sentidos.

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Alterações quantitativas da sensopercepção:– Hiperestesia: percepções anormalmente

aumentadas em um número limitado de modalidades sensoriais

– Hipoestesia– Hipercepção: aumento global de todas as

sensações (mania, intoxicação por estimulantes)– Hipopercepção (quadros depressivos, depressores

do SNC)

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Alterações qualitativas da sensopercepção:– Ilusão: percepção deformada de um objeto real e

presente.– Alucinação: percepção clara e definida de um

objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real

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Tipos de alucinações:– Auditivas– Visuais– Táteis– Olfativas e gustativas– Cenestésicas e cinestésicas– Negativas– Extracampinas: fora do campo de percepção usual

(ver um objeto nas suas costas)

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– Autoscópicas (vê-se a si mesmo)– Hipnagógicas (adormecendo) e hipnopômpicas

(despertando)– Pseudoalucinações: pouco nítidas, sem aspectos

vívidos ou corpóreos. “vozes que vêm de dentro da cabeça”, “é como se fosse uma voz interna falando comigo”

– Flashbacks (LSD)

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Semiotécnica da sensopercepção

Auditivas: Tem observado coisas que nâoconsegue explicar? Tem ouvido vozes de pessoas estranhas ou desconhecidas? Ouve vozes sem saber de onde vêm? São ruídos, murmúrios ou vozes bem claras? Entende o que dizem as vozes? Elas falam de perto ou de longe? Falam alto ou baixo? São pessoas conhecidas ou desconhecidas? …

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Visuais: Tem visto algo estranho, que lhe chamou a atenção? Talvez tenha visto visões, animais, homens, figuras, sombras, fogo, fantasmas, demônios ou coisas do tipo? Estas visões se mexiam ou eram fixas? Assustou-se com tais visões? Às vezes se aproximam ou se afastam de você?

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Olfativas ou gustativas: Tem notado um sabor ou um cheiro ruim na comida? Alguém tem querido envenená-lo? Os cheiros eram agradáveis ou desagradáveis?

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Táteis e cenestésicas: Sente em seu corpo algo estranho? Incomodam-no correntes elétricas ou influências estranhas? Sente como se lhe tocassem o corpo, lhe beliscassem, o batessem, o beijassem? Estas sensações são agradáveis ou desagradáveis? Tem a sensação que lhe tocam em seus genitais?

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Cinestésicas: Tem feito movimentos contra a sua vontade? Partes de seu corpo tem mudado de posição sem o seu controle? Sente como se levantassem seu corpo no ar? Sente como se o chão oscilasse? Sente como se levasse um empurrão?

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Memória

É a capacidade de registrar, reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas e experiências passadas ou estímulos sensoriais.

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Tipos de memória:– Imediata (de curtíssimo prazo): capacidade de reter o material

imediatamente após ser percebido– Recente ( de curto prazo): capacidade de reter a informação

por um período curto de tempo, desde alguns poucos minutos até meia a uma hora.

– Remota ( de longo prazo): capacidade de evocação de informações ou acontecimentos ocorridos no passado, geralmente após meses ou anos do evento.

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Alterações quantitativas– Hipermnésias: representações afluem em grande

número, porém pouco exatas (mais uma aceleração do ritmo psíquico.

– Amnésias (ou hipomnésias): perda de memória, seja perda da capacidade de fixar ou da capacidade de manter e evocar conteúdos mnêmicos.

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Amnésia anterógrada: indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do momento em que ocorreu o evento que lhe causou o dano cerebral.Amnésia retrógrada: indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início da doença ou de determinado evento (ou trauma).È comum após traumas crânio-encefálicos a amnésia retro-anterógrada.Amnésia lacunar

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Alterações qualitativas da memória:– Ilusões mnêmicas: acréscimo de elementos falsos

a um núcleo verdadeiro de meória.– Alucinações mnêmicas: verdadeiras criações

imaginativas com a aparência de lembranças ou reminiscências, e não correspondem a nenhum elemento mnêmico, a nenhuma lembrança verdadeira.

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Fabulações: elementos da imaginação do paciente, ou mesmo lembranças isoladas completam artificialmente as lacunas de memória, produzidas por déficit da memória de fixação.Criptomnésia: falseamento da memória na qual as lembranças aparecem como fatos novos ao paciente, que não as reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta nova.

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Ecmnésia: recapitulação e revivescênciaintensa, abreviada e panorâmica, da existência, uma recordação condensada de muitos eventos passados, que ocorre num breve período de tempo. Na ecmnésia o indivíduo tem a vivência de uma alucinação, a visão de cenas passadas, como se estivesse lá colocado.

Pseudologia fantástica: diferentemente da confabulação, não há lacuna mnêmica a ser preenchida, nem lesão cerebral. Consiste no relato falso e incontrolado de histórias fantasiadas nas quais o próprio sujeito passa a acrditar.

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Transtornos do reconhecimento– Agnosias (de origem cerebral)– Falsos reconhecimentos ou falsos

desconhecimentos (transtornos psiquiátricos)

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Agnosias:– Táteis: incapacidade de reconhecer as formas do objeto

(astereognosia) ou o objeto global (agnosia propriamente dita)

– Agnosias visuais: enxerga os objetos, pode descrevê-los, mas não sabe dizer o que são.

– Prosopagnosia: incapacidade de reconhecer membros específicos de um determinado grupo de coisas (uma face entre várias faces)

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– Agnosia auditiva: incapacidade de reconhecer sons

– Anosognosia: incapacidade de reconhecer um déficit ou ou doença da qual sofre.

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Falsos reconhecimentos (fenômeno do jávisto, já ouvido, já pensado, já vivido)Falsos desconhecimentos (jamais visto)Recordação obsidente: lembrança reiterada e insistente de uma palavra, provérbio, melodia, etc.Letológica: incapacidade temporária de recordar um nome ou um substantivo próprio

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Semiotécnica da memória

Perguntas relativas à memória recente: Háquanto tempo está nesta enfermaria (hospital)? Onde dormiu a última noite? Onde estava ontem? E há uma semana? No mês passado? O que comeu ontem? E hoje? A que horas levantou-se da cama? Trabalhou ou estudou ontem? E hoje? Háquanto tempo estamos conversando? Quem sou eu e qual meu nome?

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Perguntas relativas à memória remota: Écasado(a)? Com que idade casou? Como se chama seu esposo? Tem filhos? Como eles se chamam? Que idade eles têm? Como se chamam seus pais? Vivem ainda? Que idade eles têm? Onde nasceu? Foi à escola? Lembra-se do nome de algum professor? De algum colega de escola? Como era a cidade de sua infância e de sua juventude? O que já fez, em termos de trabalho ou atividade, no passado?, Como aprendeu? Em que eleições você votou? Lembra-se do nome dos últimos presidentes da república?

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Afetividade

Afeto é uma tonalidade sentimental associada com uma idéia – pode ser adequado ao conteúdo, inadequado, paradoxal, aplainado, lábil – é o que pode ser registrado no momento da avaliação, observando-se a mímica facial, o movimento corporal e o ritmo da voz.

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Humor é um estado emocional mantido –sombrio, tenso, feliz, eufórico, apático, temeroso. É contínuo, pois não se pode deixar de sentir emoções, mas sofre variações ao longo do tempo, em geral com uma certa cadência e com períodos de transição gradual.

Normal: eutimia

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Alterações do humor:– Distimia: alteração básica do humor, tanto inibição

quanto exaltação (não confundir com transtorno distímico)

– Humor triste e ideação suicida: relacionada àdepressão, idéias relativas à morte, à pobreza. Em pacientes com humor triste deve ser sempre investigada a ideação suicida.

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Disforia: distimia que se acompanha de tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada.Hipotimia: base afetiva de toda síndrome depressiva.Hipertimia: humor patologicamente alterado no sentido da exaltação e da alegria.

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Euforia, ou alegria patológica: humor morbidamente exagerado, no qual predomina um estado de alegria intensa e desproporcional às circunstânciasElação: expansão do Eu, sensação subjetiva de grandeza e poder.Puerilidade: alteração do humor caracterizada por seu aspecto infantil, simplório.

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Êxtase: experiência de beatitude, sensação de dissolução do eu no todo.Irritabilidade patológica: hiperreatividadedesagradável, hostil e, eventualmente agressiva, a estímulos do meio exterior.

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Ansiedade: estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro, inquietação interna desagradável.Angústia: tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado. Sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, de sufocamento.Medo: refere-se a um objeto mais ou menos preciso.

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Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva.Hipomodulação do afeto: incapacidade de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez do indivíduo na sua relação com o mundo.Inadequação do afeto ou paratimia: reação completamente incongruente a situações existenciais, ou conteúdo ideativo.

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Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: perda progressiva e patológica das vivências afetivas; empobrecimento relativo à possibilidade de vivenciar alternâncias e variações sutis na esfera afetiva.Embotamento afetivo: perda profunda de todo tipo de vivência afetiva.

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Sentimento de falta de sentimento (alexetimia): vivência da incapacidade para sentir emoções experimentada de forma muito penosa pelo paciente.Anedonia: incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida.

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Labilidade afetiva e incontinência afetiva: estados nos quais ocorrem mudanças súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. O indivíduo oscila de forma rápida e inesperada de um estado afetivo para outro.Ambivalência afetiva: sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto, sentimentos que ocorrem de modo absolutamente simultâneo.

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Neotimia: sentimentos e experiências afetivas inteiramente novas vivenciadas por pacientes em estado psicótico. Afetos muito estranhos e bizarros para a própria pessoa que os experimenta.Fobias: medos desproporcionalmente intensos em relação à possibilidade de perigo real oferecida pelos desencadeantes.

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Pânico:reação de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.

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Semiotécnica da afetividade

Humor ansioso: sente-se nervoso? Sente-se agoniado? Com uma inquietação interna? Sente angustia ou ansiedade?Humor irritado: Você tem se irritado com mais facilidade que antes? Os ruídos o incomodam muito? As crianças o incomodam? Tem discutido ou brigado com facilidade?

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Humor apático, triste ou inibido: Você tem se sentido triste ou melancólico? Desanimado? As coisas que lhe davam prazer agora são indiferentes? Sente-se cansado, sem energia? Sente-se fraco?Humor hipertímico: Sente-se mais alegre que o comum? Mais disposto? Tem, nos últimos dias, mais vontade de falar e andar do que geralmente? Sente-se mais forte? Mais poderoso? Sente o tempo passar mais rápidamente?

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Verificar se as alterações do humor são mais frequentes e intensas pela manhã, à tarde ou à noite. Perguntar há quanto tempo o paciente tem esses sintomas, o que os desencadeou, o que os faz piorar ou melhorar.

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Conduta (psicomotricidade)

É o comportamento do indivíduo: psicomotricidade, atitudes, gestos, impulsos, tiques, etc…

100

Alterações da conduta:– Atos impulsivos– Compulsões– Negativismo: oposição do indivíduo às solicitações

do meio ambiente. Resistência automática e obstinada a todos ou quase todos os pedidos que a equipe ou a família faz ao doente.

101

– Obediência automática: oposto do negativismo. O individuo obedece automáticamente às solicitações das pessoas que entrem em contato com ele, como um robô teleguiado.

– Fenômenos em eco (ecopraxia, ecolalia, ecomimia, ecografia): indivíduo repete de forma automática, durante a entrevista, os últimos atos do entrevistador, suas palavras ou sõlabas, reações mímicas ou escrita.

102

– Agitação psicomotora: aceleração e exaltação de toda atividade motora do indivíduo, geralmente secundária a um taquipsiquismo acentuado. Comumente associada à hostilidade e heteroagressividade.

– Lentificação psicomotora: reflete a lentificação de toda atividade psíquica (bradipsiquismo). Toda movimentação voluntária torna-se lenta, difícil, “pesada”, podendo haver um período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora do paciente.

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– Catalepsia: acentuado exagero do tônus postural, com grande redução da mobilidade passiva dos vários segmentos corporais e com hipertonia muscular global de tipo plástico.

– Flexibilidade cérea: o indivíduo, ou parte de seu corpo é colocado pelo examinador em determinada posição e o paciente o mantém nesta posição, mesmo se desagradável.

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– Cataplexia: perda abrupta do tônus muscular, geralmente acompanhada de queda ao chão.

– Estereotipias motoras: repetições automáticas e uniformes de determinado ato motor complexo, geralmente indicando marcante perda do controle voluntário sobre a esfera motora.

– Maneirismos: tipo de estereotipia motora caracterizada por movimentos bizarros e repetitivos, geralmente complexos, que perseguem um certo objetivo, mesmo que esdrúxulo.

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– Tiques: são atos coordenados, repetitivos, resultantes de contrações súbitas, breves e intermitentes, em geral envolvendo um grupo de músculos atuando em suas relações sinérgicas normais.

– Conversão: surgimento abrupto de sintomas físicos (paralisias, anestesias, parestesias, cegueira, etc…) de origem psicogênica.

106

Apraxia: impossibilidade ou grande dificuldade de realizar atos intensionais, gestos complexos, voluntários, conscientes, sem que haja paralisias, paresias ou ataxias que o impossibilitem, e sem que falte também o entendimento da ordem para fazê-lo ou a decisão de fazê-lo.

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Uso de drogasRouboTentativas de suicídioGastos excessivosHiper-sexualidadeAgressividadeRecusa em alimentar-seIndução de vômitosIngestão de terra

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Atos incendiáriosAtaques de sonoMasoquismoTricotilomaniaIsolamento socialDiminuição das habilidades sociaisNegligência com a aparência ou asseio pessoaisComportamento irreverenteRituais

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Pensamento

É a atividade de suceder idéias, expressas através da linguagem.

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O pensamento é avaliado em três aspectos: – A produção pode ser lógica (o paciente forma

frases sintaticamente adequadas, num discurso claro, fácil de se seguir e entender, com argumentos plausíveis), ilógica (o paciente faz inferências falsas, associações indevidas, e por vezes perde as leis da sintaxe) ou mágica (envolve sorte, misticismo, poder à distância, força do pensamento para provocar ações, etc.).

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O curso pode ser rápido a ponto de acontecer fuga de idéias (os conteúdos afluem maciçamente sem que a produção verbal possa acompanhar, perdendo-se os raciocínios) ou estar lentificado (o paciente não inicia nada, pensa com grande esforço, custa a dizer qualquer coisa). O bloqueio de pensamento é um corte brusco no curso habitual das idéias. Sem nenhum motivo aparente, o paciente interrompe seu discurso, fica em silêncio e não retoma o que estava dizendo.

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– Na perseveração, a mesma idéia persiste sempre, mesmo que se tente mudar de assunto. Uma pessoa prolixa pode ser circunstancial, ou seja, falar diversas coisas desnecessárias, detalhes, ao invés de ser objetivo quanto ao ponto em questão. A tangencialidade, não aprofundar os assuntos e ter dificuldade de falar do ponto de interesse ou "fazer rodeios" também é uma alteração de curso do pensamento. Por fim, a dificuldade de pensar pode resultar num pensamento empobrecido, com poucas idéias e raciocínios elementares.

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– No conteúdo do pensamento podem ser expressas: preocupação - pensamento desagradável, doloroso ou desconfortável, que o paciente não consegue interromper voluntariamente e que é desproporcional ao assunto sobre o qual ele se preocupa, mas que não lhe parece absurdo. (ex.: os temores do hipocondríaco sobre a própria saúde).

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– Uma idéia delirante é uma convicção infundada e completamente ilógica, não compartilhada por outras pessoas da mesma cultura. Sua temática varia muito:

Controle (a pessoa acredita e age como se palavras de outra pessoa estivessem sendo ditas através da sua voz ou que é um zumbi ou robô, controlado por alguém e que até seus movimentos corporais são dirigidos por uma força alheia)Referência (perceber mensagens propositais nos atos intencionais de outras pessoas, julgar que toda a vizinhança está fofocando a seu respeito, ver referências a si próprio na tevê ou nos jornais),

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Perseguição (a pessoa acredita que alguém, alguma organização, força ou poder está tentando fazer-lhe mal de alguma maneira: denegrindo a sua reputação, causando algum mal físico, tornando-o louco ou trazendo-lhe a morte)Grandeza (a pessoa pensa ter sido escolhida por algum poder, ou pelo destino, para uma missão especial em virtude de seus talentos excepcionais, pensa poder ler pensamentos, ter inventado máquinas, inventado músicas, resolvido equações, tudo isso além da compreensão da maioria das pessoas. Pode também pensar ser famosa, rica, nobre, relacionada com pessoas proeminentes ou julgar que é adotada e que seus pais verdadeiros pertencem à realeza, etc.),

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Ciúme (a pessoa, sem boa razão, acredita que seu parceiro éinfiel, procura evidências, interpreta acontecimentos inocentes como provas e faz acusações de infidelidade)Gravidez, sexuais (ter um amante imaginário, ter mudado de sexo, etc.), culpa (a pessoa acredita ter arruinado sua família por estar nas condições atuais, ou que seus sintomas são um castigo, que é uma grande pecadora, que trouxe ruína para o mundo, que merece a morte por seus pecados, etc.), Relacionadas com a aparência (ter a firme convicção de que se é velho, feio, morto, se tem a pele rachada, dentes tortos, nariz grande ou corpo podre. Quando muito, essa pessoa só édissuadida da idéia momentaneamente).

– Uma obsessão é uma idéia desagradável, que entra de forma repetitiva e involuntária na mente de uma pessoa. Diferentemente das preocupações e do delírio, fica claro para o paciente que se trata de uma idéia absurda

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Linguagem

É a maneira como a pessoa se comunica verbalmente, envolvendo ainda gestos, olhar, expressão facial e escrita. Através da estruturação da linguagem (preservação da sintaxe, riqueza do vocabulário, velocidade) é possível fazer inferências sobre a inteligência e o pensamento do paciente.

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As alterações podem advir de distúrbios neuro-musculares, como a disartria (dificuldade de articular as palavras), disgrafia (escrever palavras incorretamente) e afasia (não conseguir falar). A fala pode ser rápida (taquilalia) ou lenta (bradilalia), hesitante, monótona, variar de volume e qualidade (gagueira, ecolalia - limitar-se a repetir as palavras ouvidas), ir do mutismoà logorréia.Neologismos são palavras inventadas pelo paciente, que têm, para ele, um significado particular. Coprolalia é o uso de palavras obscenas. Salada de palavras e associação por rimas refletem um pensamento desestruturado.

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Inteligência

É a capacidade de assimilar conhecimentos, compreendê-los e integrá-los, raciocinar logicamente, manipular conceitos (números ou palavras), traduzir o abstrato para o concreto e vice-versa, ter poder de análise e de síntese, bem como lidar significativa e acuradamente com problemas e prioridades.

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A melhor forma de avaliar a inteligência éatravés de uma bateria de testes. Seus resultados são as variáveis de uma equação que permite expressar a capacidade intelectual do indivíduo na forma de um quociente de inteligência. A inteligência pode ser lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésico-corporal, intrapessoal e interpessoal. As capacidades da pessoa têm componentes genéticos, mas também uma certa plasticidade que permite seu desenvolvimento.

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No consultório, pode-se coletar informações sobre o rendimento escolar do paciente, fazer perguntas sobre conhecimentos gerais, avaliar a riqueza do vocabulário ou pedir que o paciente interprete provérbios (medir sua capacidade de abstração), sempre considerando seu nível cultural. A inteligência pode ser afetada desde o nascimento (deficiência mental) ou perdida ao longo do tempo (demência).

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Referências Bibliográficas

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Caps. 9 a 20 e Cap.23. Porto Alegre:ArtMed, 2008.OLIVEIRA, J.M., LIMA, R.P. O Exame do Estado Mental. Pelotas:UFPel, 2000.