048Adm- A Importância Da Pequena e Micro Empresa (1)

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    V I S E M EV I S E M EA DA D E N S A I OE N S A I OA D M . G E R A LA D M . G E R A L

    A IMPORTNCIA DA PEQUENA E MICRO EMPRESA NO DESENVOLVIMENTOSOCIAL: O CASO DA FACULDADE ADVENTISTA PARANAENSE ATUANDO

    COMO INCUBADORA DE EMPRESAS.

    Autores

    Srgio Nues Muriti!"#mestrando em Administrao de Empresas pela FEA/USP,

    [email protected]"tri$i" Mori%&" 'e O%i(eir"#mestranda em Administrao de Empresas pela FEA/USP,

    [email protected],

    Luis D"ie% Stru)ie%o, aluno especial do mestrado de Administrao de Empresas pelaFEA/USP [email protected],

    Si%(io A*"re$i'o S"tos, Proessor Associado da FEA/USP, Pr!dio do FEA ", sala E"#[email protected].

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    A IMPORTNCIA DA PEQUENA E MICRO EMPRESA NODESENVOLVIMENTO SOCIAL: O CASO DA FACULDADE

    ADVENTISTA PARANAENSE ATUANDO COMO INCUBADORA DE

    EMPRESAS

    Resumo

    As micro e pe%uenas empresas, de acordo com pes%uisas diundidas, comp&em uma atiapercentual e'pressi(a no total de empresas nacionais. Elas tamb!m so respons)(eis porempregar mais da metade da populao economicamente ati(a. *esta orma, possuem um

    papel importante no desen(ol(imento social do pa+s.

    enos de $ da micro e pe%uenas empresas conseguem se manter em ati(idade aps o%uinto ano de uncionamento e as causas para isso, conorme pes%uisas demonstradas neste

    artigo, remontam 0 necessidade de maior plane1amento de negcios. As incubadoras deempresas representam uma das maneiras e'istentes para se apoiar as micro e pe%uenasempresas nesta tarea. Seus resultados podem ser compro(ados pelo ato de %ue 2 dasempresas apoiadas por incubadoras obt!m sucesso mesmo aps os cinco anos iniciais.

    A participao das institui&es de ensino como entidades de apoio no processo de criao deno(as empresas ! discutida neste artigo, mediante o estudo do caso da Faculdade Ad(entistaParanaense, %ue implementou uma e'peri3ncia como incubadora de empresas.

    4omo conclus&es, so apresentados os resultados %ue a incubadora (3m obtendo, econsidera&es sobre a import5ncia da pe%uena e micro empresa no desen(ol(imento social.

    Introduo

    Ao alar sobre a ormao de empres)rios, Aldrich e artine6 7#"8 relatam o tema de umaorma simples9 :assim como na ;+blia,

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    ?dentiica-se a+ a import5ncia da pe%uena empresa para a economia brasileira, 1) %ue tal atiade mercado tem inlu3ncia no bom uncionamento da economia do pa+s.

    Huando obser(ado sob o no(o conte'to econImico, e so discutidas as inlu3ncias daglobali6ao no conte'to empresarial, percebe-se as demandas %ue recaem principalmentesobre as micro e pe%uenas empresas, %ue procuram se adaptar ao conte'to competiti(o em%ue esto inseridas.

    o ;rasil, aps a abertura da economia, %ue a sociedade brasileira oi e'posta na era 4ollor,muitas empresas echaram as portas en%uanto %ue ()rias multinacionais (ieram ao ;rasil, ato%ue e'pIs os brasileiros 0 concorr3ncia estrangeiras, %ue al!m da %uesto de maior a(anotecnolgico a6iam uso de pr)ticas gerenciais e operacionais di+ceis de serem acompanhadas

    pelas pe%uenas e micro empresas instaladas no ;rasil.

    Por =ltimo, 1unta-se a este ambiente as conse%D3ncias do a(ano tecnolgico ocorrido nesteper+odo e chega-se ao ato de %ue muitas empresas esto cada (e6 mais en'ugando seus

    %uadros, se1a (ia aliana estrat!gica, utili6ao de tecnologia ou mesmo por a%uisio deempresas por outras. 4om isso, ! do conhecimento comum %ue o n=mero de empregos (emdiminuindo. Por!m, ! tamb!m sabido %ue as ocupa&es %ue lidam com conhecimentoscomple'os B o trabalhador do conhecimento, como proposto por *rucJer 7#8 encontramespao mesmo neste conte'to de maior turbul3ncia.

    *iante deste :suocamento: das micro e pe%uenas empresas, (isto no conte'to em %ue seencontram e sendo destacado o seu papel social, e(idencia-se a necessidade de apoio 0ormao e manuteno destas empresas, %ue de modo geral , empregam mais pessoas porcapital in(estido, possibilitando %ue os in(estimentos se1am mais distribu+dos, beneiciandouma parte maior da populao 7;atalha e *emori, "8.

    Uma pr)tica %ue (isa omentar o empreendedorismo 1unto aos 1o(ens uni(ersit)rios comotamb!m o desen(ol(imento, ! a criao de incubadoras de empresas 1unto 0s uni(ersidades.As incubadoras pretendem criar o ambiente necess)rio e dar o apoio de %ue os empres)riosnecessitam no in+cio de seu empreendimento. Esse apoio (em na orma inanceira, comotamb!m na assist3ncia prestada 0s empresas para au'ili)-las a montar sua estrat!gia e seu

    plane1amento. 4omo ser) (isto no decorrer deste trabalho, tal acessoria conere 0sincubadoras um papel de apoio para a sobre(i(3ncia das micro e pe%uenas empresas.

    Por preparar proissionais para o gerenciamento, os cursos de Administrao podem ter uma

    correlao grande com o papel das incubadoras.

    Ko1e, de acordo com uma pes%uisa Anprotec 7#"8, a participao dos alunos deAdministrao nas empresas apoiadas por incubadoras ica em apenas "C do total. A maior

    participao ! de ormados ou ormandos em Engenharia, o %ue mostra %ue h) campo paraomentar a participao de rec!m ormados em Administrao de Empresas nas incubadoras.

    Uma das iniciati(as neste sentido ! tra6ido neste trabalho, ao estudar-se o caso da FaculdadeAd(entista Paranaense 7FAP8. Esta entidade tra6 a proposta de um curso de Administrao deEmpresas %ue sir(a para a criao de pe%uenas empresas, contando com o apoio da aculdade,%ue neste sentido passa a atuar como uma incubadora de empresas %ue abrigue as id!ias dosalunos do curso. >al trabalho acaba por apro'imar-se do conceito de gesto empreendedora Bramo terico %ue engloba os estudos sobre a criao e o desen(ol(imento de no(as empresas ecorrelaciona a e'peri3ncia da FAP com parte da teoria 1) e'istente.

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    Aspectos metodolgicos

    Este artigo pode ser di(idido em duas partes. a primeira, baseando-se principalmente emdados do SE;AE, ?;E, ele analisa a import5ncia da micro e pe%uena empresa para odesen(ol(imento social e econImico, relacionando com atores como por e'emplo aimport5ncia para a diminuio do desemprego.

    a segunda parte, por meio de uma e'peri3ncia pr)tica de implementao de uma incubadorade empresas apoiada por uma ?nstituio de Ensino em Administrao, este artigo apresentacomo os conceitos de gesto empreendedora e criao de no(as empresas so tratados na

    pr)tica, al!m de apresentar um estudo sobre o impacto destes conceitos no ensino deAdministrao de Empresas.

    Sua rele(5ncia torna-se notria por e'istirem poucas e'peri3ncias estudadas com relao 0sincubadoras de empresas ormadas por aculdades. a realidade, a e'peri3ncia a%ui descrita !uma das poucas e'istentes no ;rasil, de acordo com a Anprotec 7#"8, e'istem apenas "2Faculdades apoiando o custeio direto de incubadoras no ;rasil.

    *esta orma, trata-se de uma pes%uisa de car)ter e'ploratrio, %ue ! mais indicada para oscasos em %ue h) pouco conhecimento acumulado e sistemati6ado sobre um tema 7Lin, "28.

    M tipo de estudo selecionado para este trabalho oi o estudo de caso, tendo em (ista analisaruma e'peri3ncia destas pr)ticas, le(antando assim maiores inorma&es %ue orneamsubs+dios para estudos posteriores.

    Para a coleta dos dados, a metodologia utili6ada oi a reali6ao de entre(istas. Para an)lisedos dados, utili6ou-se o m!todo %ualitati(o descriti(o.

    Reviso da Literatura

    O papel das micro e pequenas empresas no desenvolvimento econmico e social

    M Sebrae acional B Ser(io de apoio 0s micro e pe%uenas empresas - tra6 di(ersasinorma&es sobre o panorama das micro empresas e empresas de pe%ueno porte 7Sebrae,##8. o Estado de So Paulo e'istem ",$ milho de micro e pe%uenas empresas, %ue estono setor de com!rcio e ser(ios 7CN do total8, industrial 7"#8 ou agropecu)rio 7"N8.Mn=mero m)'imo de uncion)rios para %ue uma empresa se1a classiicada como micro-empresaou empresa de pe%ueno porte (aria de a empregados, dependendo do setor onde aempresa este1a inserida 7com!rcio/ind=stria8. Para o setor agropecu)rio, a classiicao ! eitaem uno do tamanho da propriedade, (ariando de " a " hectares.

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    As PEs tem grande import5ncia no cen)rio brasileiro. Um indicador disso ! a altaporcentagem de micro e pe%uenas empresas no ;rasil, com relao ao total de empresase'istentes. Segundo dados do ?nstituto ;rasileiro de eograia e Estat+stica 7?;E, #8,e'istem no ;rasil cerca de $,G milh&es de empresas, das %uais 2 so de micro e pe%ueno

    porte. Assim, somente # do n=mero de empresas brasileiras corresponde a empresas degrande porte, e, portanto, mais estruturadas.

    Mutro indicador ! o ato de as PEs serem grandes geradoras de empregos, %ue constituemho1e um dos maiores problemas brasileiros e mundiais. 4om base nos dados dispon+(eis daPes%uisa acional por Amostra de *omic+lios 7PA*, #8 do ?;E e elao Anual de?norma&es Sociais do inist!rio do >rabalho e Emprego 7A?S/>E, #8, ! poss+(elairmar %ue as ati(idades t+picas de micro e pe%uenas empresas mant3m cerca de $G milh&esde pessoas ocupadas em todo o pa+s, o e%ui(alente a G das Pessoas Mcupadas no ;rasil,incluindo neste c)lculo Empregados nas PEs, Empres)rios de icro e Pe%uenas Empresas eos O4onta Prpria 7indi(+duo %ue possui seu prprio negcio mas no tem empregados8.

    Em contrapartida, considerando-se somente o uni(erso de empresas apoiadas por incubadoras,2 obt3m sucesso 7Sebrae, ##8.

    ?niciati(as como os cursos de gerenciamento e treinamento para empreendedores, reali6adaspor ()rias entidades e uni(ersidades au'iliam, do mesmo modo, neste problema.

    M n=mero de incubadoras no ;rasil (3m apresentando um crescimento acentuado, conormedados da Anprotec 7#"8. Em #", e'istiam "Q incubadoras em operaoR comparando-secom "C, cinco anos antes, o n=mero de incubadoras mais do %ue duplicou. M Error9

    eerence source not oundmostra a e(oluo das incubadoras no ;rasil.Qu"'ro + E(o%u,-o 'o )ero 'e i$u!"'or"s o Br"si%

    Fonte9 http9//.anprotec.org.br

    o ;rasil, CC,G das incubadoras de empresas situam-se nas regi&es sul e sudeste,acompanhando demograicamente as regi&es de maior desen(ol(imento econImico no pa+s.

    *o total de incubadoras, GG ou se1a, mais da metade, se destina a pro1etos tecnolgicos, o%ue, como (isto, tem pouca participao dos alunos de administrao, at! mesmo pelanecessidade do conhecimento da tecnologia. Assim, a grande participao concentra os alunosde engenharia. o entanto, a pes%uisa demonstra %ue o n=mero de incubadoras tecnolgicas

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    http://www.anprotec.org.br/http://www.anprotec.org.br/
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    (3m diminuindo ao longo dos =ltimos cinco anos 7em "C elas eram C# do total8, dandolugar 0s incubadoras tradicionais e mistas.

    Em m!dia, cada incubadora comporta "N empresas au'iliadas.

    M incenti(o ao empreendedorismo ! um consenso entre as incubadoras. Huando %uestionadaspela Anprotec 7op.cit.8 %uanto ao seu principal ob1eti(o, " indicaram este ator como oprincipal. M desen(ol(imento econImico regional 728 e a gerao de empregos 7Q8seguem em segundo e terceiro lugar, o %ue demonstra o orte cunho social %ue marca asincubadoras. M lucro da incubadora aparece em =ltimo lugar, com $C de concord5ncia.

    As empresas residentes nas incubadoras geraram Q." empregos no ;rasil.

    >al(e6 a maior import5ncia das incubadoras de empresas se1a seu au'+lio no plane1amento dasempresas e na preparao do plano de negcios. Uma pes%uisa reali6ada pela F?PE emcon1unto com o Sebrae 7Sebrae/Fipe, #8 mostrou a import5ncia do plane1amento para asempresas %ue esto comeando. Ms empreendedores de empresas %ue no deram certo oram

    %uestionados sobre os atores %ue aetam a mortalidade das empresas. Entre os atoresle(antados pela pes%uisa, ica clara a alta de um plane1amento pr!(io ade%uado.

    A pes%uisa obser(ou tamb!m %ue esse problema de plane1amento pr!(io no ! restrito apenas0s empresas %ue echam, mas tamb!m ! (eriicado entre as empresas %ue continuaram emati(idade. Assim, cerca de GN das empresas, abertas entre "G e ", no conheciam ouno procuraram inormar-se pre(iamente sobre a %uantidade de clientes %ue teriam e seush)bitos de consumo, $2 tamb!m no conheciam ou no procuraram inormar-se

    pre(iamente sobre a %uantidade de concorrentes %ue teriam, $" no obser(aram os produtose ser(ios dos concorrentes, #$ no conheciam as condi&es de preo e pra6o dosornecedores e #" no obser(aram os aspectos legais associados aos seus negcios. Esses

    descuidos presentes tanto nas empresas %ue echam %uanto nas sobre(i(entes le(am a crer%ue, caso i6essem um plane1amento pr!(io 0 abertura mais ade%uado, as empresassobre(i(entes poderiam ser mais bem sucedidas e as %ue encerraram suas ati(idades tal(e6aumentassem suas chances de sobre(i(3ncia ou ainda, seus propriet)rios, tal(e6, nemchegassem a abrir seu negcio se constatassem pre(iamente %ue o mesmo seria in(i)(el.

    Gesto empreendedora

    M termo entrepreneur, ou empreendedor, oi cunhado por (olta do ano de "2 peloeconomista ranc3s Tean-;aptiste Sa 7Ferreira at ali, ##8. M empreendedor seria, para oeconomista, o indi(+duo %ue transere recursos econImicos de um setor de produti(idade mais

    bai'a para um setor de produti(idade mais ele(ada e de maior rendimento.

    iord 7"28 apresenta duas categorias de empreendedores, de acordo com seu campo deatuao9

    entrepreneur, %ue pode ser tradu6ido como empresrio, %ue ! o empreendedor dono doseu prprio negcio e

    intrapreneur, sem traduo, %ue se tradu6 no empreendedor %ue trabalha comouncion)rio em alguma empresa.

    4om base nestas duas deini&es, surgiram duas (ertentes distintas da gesto empreendedora.A primeira estuda os empreendedores donos do prprio negcio. Esta primeira (ertente tem

    um papel importante no desen(ol(imento social e industrial de um pa+s, principalmente no;rasil, onde a grande maioria das empresas ! micro e pe%uena empresa. >amb!m temcontribuio importante para a administrao de empresas, 1) %ue geralmente uma empresa,

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    independente do seu tamanho, nasceu do pensamento e iniciati(a de um empreendedor, %ueimprime sua inlu3ncia sobre toda a cultura %ue ser) parte da organi6ao.

    A segunda (ertente estuda o potencial empreendedor de cada empregado de uma organi6ao.Esta (ertente engloba toda uma ilosoia de administrao, %ue apresenta pr)tica para osempregadores desen(ol(erem o potencial empreendedor de seus uncion)rios. ?sso atuariacomo uma maneira de se desen(ol(er o potencial ino(ador da empresa, contribuindo para suacompetiti(idade.

    M oco do presente trabalho ! a primeira (ertente do empreendedorismo B chamada, emingl3s, de entrepreneurshipB %ue estuda os propriet)rios de empresas, suas caracter+sticas, e odesen(ol(imento de no(as empresas em geral.

    K) ()rios autores %ue estudam as caracter+sticas indi(iduais dos empreendedores. Farrell7"$8 ! um destes autores. Ele aponta, em seu trabalho, para o mito e'istente de %ue osempreendedores nascem eitos, tendo sido in(entores desde muito cedo em suas (idas. M

    autor coloca tamb!m %ue, em uma pes%uisa reali6ada na realidade norte-americada, o perildo empreendedor re(ela uma pessoa essencialmente comum9 tem entre $G e NG anos de idade,de6 anos ou mais de e'peri3ncia em uma grande empresa, educao e H? m!dios e peril

    psicolgico normal.

    o ;rasil, uma an)lise dos donos de empresas tamb!m mostra %ue, para ser empreendedor,no ! preciso ter nascido com capacidades especiais. Um le(antamento eito pelo Sebrae/Fipe7#8, analisando as micro e pe%uenas empresas abertas entre "G e ", mostra o perilm!dio do empreendedor brasileiro, %ue demonstra m!dias bastante comuns dentro darealidade brasileira. *e acordo com a pes%uisa, o empreendedor m!dio ! do se'o masculino7Q2 do total8, tem pelo menos o segundo grau completo 7QN do total8, tem de #G a N anosde idade 7CQ do total8 e ha(ia acabado de sair de um emprego anterior, decidido a montar

    seu prprio negcio 7C do total8.

    o e'iste, no entanto, uma rmula %ue aa com %ue algu!m se torne um empreendedor. Para;ernhoet 7"Q8, a criao de uma ati(idade prpria ! uma deciso de car)ter pessoal,inluenciada por uma s!rie de atores %ue tanto podem ser estimuladores como podem uncionarcomo inibidores. Embora e'istam pessoas %ue apresentem caracter+sticas empreendedoras desdemuito cedo, para ser um empreendedor no basta apenas identiicar oportunidades de negcio, !

    preciso reali6)-las.

    Para clariicar o papel do empreendedor, ! interessante notar as caracter+sticas %ue *rucJer7"2C8 coloca. Para ele, o empreendedor ! um agente de mudanas. Ele est) sempre buscandoa mudana, reage a ela, e a e'plora como sendo uma oportunidade. M esp+rito empreendedor!, desta orma, uma caracter+stica de um indi(+duo ou de uma instituio, no um trao de

    personalidade, pois o bom empreendedor no pode necessitar sempre de ter a certe6a a seulado B ele precisa saber assumir e lidar com os riscos.

    Em resumo, para ser um empreendedor no basta identiicar oportunidades de negcio. Vpreciso reali6)-las. WongenecJer at ali 7"C8, assinalam para tr3s pr!-disposi&es %ue ariamparte intr+nseca da personalidade do empreendedor9 uma enorme necessidade de reali6ao,uma disposio para assumir riscos moderados e uma orte autoconiana.

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    O Caso da Faculdade Adventista do Paran

    4onsiderando as caracter+sticas regionais, a FAP B Faculdade Ad(entista Paranaenseimplantou uma proposta para o curso de Administrao. Esse curso est) ocado noempreendedorismo e pretende desen(ol(er nos alunos a capacidade destes tornarem-seempres)rios.

    M curso de Administrao de Empresas, desde o seu plane1amento, prop&e medidas para(iabili6ar a pr)tica do empreendedorismo. Um e'emplo ! a disciplina de empreendedorismo%ue e'iste 1) no "X semestre do curso. Ela trabalha os aspectos psicolgicos do empreendedore a metodologia para se elaborar um plano de negcios, aps a identiicao das

    oportunidades de mercado.Por!m a maior contribuio da FAP para o desen(ol(imento do potencial empreendedor dosalunos ! o pro1eto da criao de uma incubadora de empresas. Esta incubadora est) (inculada0 Faculdade e tem como ob1eti(os contribuir para a ormao dos alunos de Administrao e

    para o desen(ol(imento regional, mediante a criao de no(as empresas em uma regio ondeh) poucos empregos dispon+(eis.

    Embora ainda no ha1a resultados mensur)(eis da atuao da incubadora, (isto %ue o pro1etoest) muito insipiente, espera-se %ue ela possibilite %ue os alunos colo%uem em pr)tica osconhecimentos obtidos em sala de aula, (i(enciando o dia a dia da Administrao. Espera-se%ue, na medida em %ue grande parte dos alunos comece a se en(ol(er, as discuss&es se1ammaiores, o %ue certamente enri%uecer) a aula.

    A proposta da incubadora na (erdade 1) ! antiga. E'istem outros e'emplos em ()riasuni(ersidades B de acordo com a Anprotec 7op.cit8, e'istem "2 Faculdades apoiando o custeiodireto de incubadoras no ;rasil.

    As pes%uisas at! agora eetuadas e o Plano de *esen(ol(imento egional da AUSEP7#"8- Associao dos unic+pios do Setentrio Paranaense B Entidade %ue congrega $munic+pios do norte do Paran) - demonstram os espaos para comerciali6ao de produtos eser(ios identiicados na regio. >ais munic+pios, por serem de pe%ueno porte, muitos comuma populao de at! ". habitantes, abrem espaos grandes para a criao de empresas.?dentiicou-se, atra(!s de pes%uisas, %ue o consumidor destas cidades no tem muitas op&esno %ue se reere 0 (ariedade de produtos, tanto no %ue se reere a g3neros aliment+cios, comoem produtos de limpe6a, higiene pessoal, roupas, rem!dios, entre outros. Esses atos le(am acrer %ue e'iste uma demanda reprimida, %ue pode ser suprida pelas empresas da incubadora.

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    As pes%uisas identiicaram tamb!m %ue %uase a totalidade das compras dos pe%uenosmercados so reali6adas nos atacados das m!dias/grandes cidades mais pr'imas, resultandoem um preo maior para o consumidor. Estes atos abrem uma lacuna para %ue as empresasincubadas possam atender aos consumidores demonstrando a (iabilidade destes

    empreendimentos. Uma pes%uisa com as preeituras municipais constatou %ue elas estodispostas a apoiar essa iniciati(a, para o a%uecimento da economia da regio.

    A proposta demonstra-se de grande rele(5ncia no somente para a regio, mas para o ensinoda Administrao, pois essa pr)tica au'iliar) no processo ensino-aprendi6agem.

    Razes que levaram implantao da incubadora

    Ms cursos de Administrao de Empresas buscam de modo geral um orte eno%ue terico.*urante os apro'imadamente %uatro anos do curso ob1eti(a-se transmitir uma base de teorias%ue (o desde os primrdios da Administrao, apresentando di(ersos modelosorgani6acionais e os ambientes nos %uais eles surgiram, at! disciplinas proissionais, como

    marJeting, inanas, recursos humanos, produo etc. Esse arcabouo terico ! undamentalpara dar sustentabilidade ao proissional.

    Por!m, alguns desses cursos tendem a se prender somente na parte terica. *e(ido 0 grande%uantidade de institui&es %ue oerecem os cursos de Administrao de Empresas, conormeica compro(ado pelos resultados do E'ame acional de 4ursos 7#"8.

    Apesar da obrigatoriedade do est)gio no im do curso, muitos alunos dei'am essa pr)ticasomente para esse momento, o %ue na maioria dos casos no ! suiciente para dar o suportenecess)rio para %ue o aluno saia melhor preparado para o mercado.

    Este ator, na opinio dos undadores da incubadora, termina por pre1udicar o mercado de

    Administrao, pois apesar do ormando sair da aculdade com uma base terica 7a %ualidadedessa base depende do interesse do ormando e da %ualidade da uni(ersidade8 no momento deiniciar sua (ida proissional ele ainda precisa aprender a pr)tica administrati(a, perdendo al!mde um tempo precioso, oportunidades.

    M est)gio e'tra-curricular proporciona ao estudante a (i(3ncia no meio empresarial, duranteseu curso de graduao permitindo unir a teoria 0 pr)tica proporcionando a (i(3ncia no dia-dia da empresas.

    *e acordo com as pessoas entre(istadas, sem d=(ida %ue esta ! uma grande possibilidade, e,de ato torna poss+(el o contato do estudante com a pr)tica das empresas, tra6endo grandesresultados. >oda(ia, a pr)tica do est)gio ! acilitada em grandes cidades, onde h) um maior

    n=mero de empresas, %ue acomodam uma parcela maior dos estudantes. as pe%uenascidades apesar da necessidade de melhoria nas empresas tamb!m ser muito signiicati(a, o%ue ocorre na pr)tica ! %ue muitos dos est)gios so na (erdade empregos, onde o acad3micotermina por no aplicar os conceitos aprendidos.

    Resultados da experincia analisada

    o momento de colocar em pr)tica o pro1eto da incubadora, apesar de todo o plane1amento,surgem muitas d=(idas %ue esto sendo resol(idas ao longo do processo.

    Uma condio undamental para a permisso da abertura da empresa ! a apresentao doplano de negcios. Este plano de(e ser apresentado pelos alunos 1) ao inal da disciplina de

    empreendedorismo, no primeiro semestre do curso de Administrao. esse primeirosemestre, a disciplina de ?ntroduo a Administrao desen(ol(e as principais un&es da

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    )rea, para %ue os alunos no iniciem o plano de negcios sem ao menos uma base deAdministrao.

    Este programa (oltado ao desen(ol(imento de empreendedores est) no segundo ano deuncionamento. A primeira turma, apesar de ter eito a disciplina de Empreendedorismo, no

    passou pelo processo da elaborao do plano de negcios e por esse moti(o, apenas um grupo1) desen(ol(eu o pro1eto e inaugurou a empresa.

    A :Primus Produtos de Wimpe6a: %ue produ6ir) inicialmente )gua sanit)ria, detergente edesinetante ! a empresa %ue inaugurou a incubadora no dia em maro de ##. Foramescolhidos estes produtos como resultado de uma pes%uisa de mercado reali6ada nas cidadesda regio. Mutros grupos 1) esto reali6ando pes%uisas de mercado para (eriicar a (iabilidadede suas propostas.

    4ontudo, surgem algumas d=(idas ao longo do processo de estruturao da incubadora.*entre elas, pode-se citar9

    Hual o melhor n=mero de alunos para comporem cada uma das empresasY Hual o (alor m)'imo para o in(estimento inicialY

    M grupo %ue participar de um empreendimento %ue alir, ter) outra oportunidadeY estecaso, com %uais crit!riosY

    a medida em %ue o n=mero de alunos aumenta e mais alunos abrem suas empresas, %uala capacidade m)'ima da incubadoraY

    As empresas de(em obrigatoriamente ter um diretor-geral, ou isto causar) problemas nae%uipe, (isto %ue so todos colegas e %ue possuem o mesmo n+(el de conhecimentoY

    Hual a estrutura administrati(a necess)ria para suportar a incubadoraY Hual o papel dos proessoresY At! %uando ha(er) o apoio da incubadora, ou se1a, %ual o

    grau de paternalismo aceit)(elY

    Sem d=(ida, muitas dessas perguntas 1) oram enrentadas pelas incubadoras 1) e'istentes.>oda(ia, como o pro1eto ainda se encontra no in+cio, muitas d=(idas ainda surgiro.

    Concluses

    M trabalho tratou da import5ncia da pe%uena empresa utili6ando-se de dados ornecidos peloSE;AE, ?;E e outras institui&es de pes%uisa. A an)lise das inorma&es obtidas

    demonstrou a import5ncia da pe%uena empresa e da gesto empreendedora nodesen(ol(imento social.

    >al import5ncia ! ilustrada pelo n=mero e'pressi(o de micro e pe%uenas empresas no total deempresas nacionais, bem como pelo ato de %ue elas so respons)(eis por empregar mais dametade da populao economicamente ati(a.

    As micro e pe%uenas empresas apresentam, de acordo com a pes%uisa, uma (ida curta. Poucassobre(i(em aps os primeiros cinco anos em ati(idade.

    Huando analisa-se a inlu3ncia das incubadoras, percebe-se %ue as empresas incubadasconseguem, em geral, sobre(i(er a este per+odo, contrariamente 0s %ue no so apoiadas porincubadoras.

    A

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    11/

    a propode Ad(entista Paranaense iniciou uma proposta como incubadora de empresasrespons)(el por apoiar os pro1etos de alunos do curso de graduao em Administrao. Msresultados desta e'peri3ncia podero ser compro(ados mais acertadamente %uando aincubadora 1) ti(er mais algum tempo de e'ist3ncia.

    M , e osltados at! agora conseguidos limitam-se a um grande n=mero de d=(idas %ue de(eroser enrentadas ao longo do processo. E'iste tamb!m alguma e'peri3ncia com Primus,

    primeira empresa ormada, e %ue oi o ato gerador de ()rias das d=(idas le(antadas.

    M caso estudado mostra a iniciati(a de uma aculdade ser(ir como au'+lio criao deempresas, a1udando mais intensamente no desen(ol(imento social de uma regio e adaptandomelhor o seu curso 0s necessidades apresentadas pela comunidade, carente de empresas degrande porte.

    desen(ol(imento de estudos mais aproundados %uanto 0s alternati(as para se coseguir darapoio 0s pe%uenas empresas.

    A discusso sobre o papel das incubadoras e, mais %ue isso, a import5ncia do modeloempreendedor como norteador das ati(idades de um curso de Administrao mostra-seundamental %uando se constata %ue com a tecnologia e a globali6ao o n=mero de empregos

    por empresa diminuir). esse conte'to, o omento de estudantes para a criao de empresaspode ser uma sa+da para a gra(e crise de empregos com a %ual 1) se con(i(e.

    Oportunidades para continuao do tema

    a literatura sobre a criao e o desen(ol(imento de no(as empresas, e'istem di(ersosaspectos %ue podem ser estudados, como incenti(o a pes%uisas %ue contribuam para ocrescimento das micro e pe%uenas empresas %ue, como (isto, t3m um papel importante nodesen(ol(imento social e regional.

    Para continuidade deste tema, pode-se estudar as demais uni(ersidades %ue omentamincubadoras para se comparar as e'peri3ncias e'istentes e, desta maneira, poder inerirresultados mais generali6)(eis. Estudos e'ploratrios %ue (erii%uem a import5ncia da

    incubadora para os alunos tamb!m so oportunidades de estudos.4omo %ual%uer tema %ue ainda tenha muito pouca publicao a respeito, estudoscomplementares sero muito =teis.

    Reer!ncias "i#liogricas

    FAEWW, Warr 4. Entrepreneurship9 undamentos das organi6a&es empreendedoras. SoPaulo9 Atlas, "$.

    P?4KM> ???, iord. ?ntrapreneuring9 por %ue (oc3 no precisa dei'ar a empresa paratornar-se um empreendedor. So Paulo9 Karbra, "2.

    FEE?A, Ademir A., E?S, Ana 4arla F. e PEE?A, aria ?sabel. esto Empresarial9de >alor aos nossos dias. So Paulo9 Pioneira >homson Wearning, ##.

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    -------- Sobre(i(3ncia e mortalidade das empresas paulistas de " a G anos. So Paulo, Ser(iode apoio 0s micro e pe%uenas empresas de So Paulo 7Sebrae-SP8 e Fundao ?nstituto dePes%uisas EconImicas 7Fipe8, #. *ispon+(el na ?nternet9 http9//.sebraesp.com.br

    -------- Pes%uisa acional por Amostra de *omic+lios. So Paulo, ?nstituto ;rasileiro de

    eograia e Estat+stica, ?;E, #. *ispon+(el na ?nternet9 http9//.sebraesp.com.br-------- elao Anual de ?norma&es Sociais do inist!rio do >rabalho e Emprego. So

    Paulo, A?S/>E,#. *ispon+(el na ?nternet9 http9//.sebraesp.com.br

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    -------- esultados do Pro(o. ?nstituto acional de Estudos e Pes%uisas Educacionais. #".*ispon+(el na ?nternet9 http9//.inep.go(.br

    -------- ?norma&es da regio do Setentrio Paranaense. AUSEP B Associao dos

    unic+pios do Setentrio Paranaense. #". *ispon+(el na ?nternet9http9//.amusep.com.br

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