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ANO 9 – Nº 2138 / 2081 — SÃO PAULO, 07 A 13 DE OUTUBRO DE 2006 R$ 2,00 AGENDA O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) realiza dois cursos preparatórios para quem pretende ir trabalhar no Japão. No dia 10 (terça) o tema é “Torne mais agradável a sua estadia no Japão”, e no dia 13 (sexta), “Seguro nacio- nal de saúde no Japão”. Os cursos, gratuitos, acontecem das 14h às 16h30. O endereço é Rua São Joa- quim, 381, 1º andar (sala 11) – prédio do Bunkyo, na Liberda- de, em São Paulo. Informa- ções pelo tel.: 11/3207-9014. O MERCADO DE ARTESÃOS DIFERENCI- ADOS (“A mão cheia”), pro- movido pelo Atelier Hideko Honma, prossegue nestes sá- bado (7) e domingo (8), em São Paulo. Cerca de uma centena de artistas participam da ex- posição, que traz diversos ob- jetos em cerâmica que estarão à venda no local. O horário é das 11h às 21h, e o endereço é Rua Pintassilgo, 429, em Moema. Com manobrista. Tel.: 11/5042-4450. A 4ª COPA HINODÊ, reali- zação da Associação de Judô Hinodê e Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, acontece domingo (8), a partir das 7h45. O evento esportivo de judô será no Ginásio Cida- de de São Bernardo (Polies- portivo), que fica na Av. Kennedy, 1.155, bairro Anchieta, SBC. Tel.: 11/4438- 6133. O BAZAR BENEFICEN- TE da Associação Beneficen- te dos Provincianos de Osaka Naniwa-Kai acontece neste domingo (8), a partir das 9h, na sede da entidade. Os visi- tantes poderão conferir a tra- dicional venda de artesanatos, como toalhas de crochê, bor- dados, artigos para presente e roupas seminovas. O restau- rante contará com pratos típi- cos da culinária, como udon, sushi e doces japoneses. O endereço é Rua Domingos de Moraes, 1.581 (próximo ao Metrô Vila Mariana), em São Paulo. Comunidade comemora Dia das Crianças com festa Para a comunidade nikkei, o Dia das Crianças também é uma data especial. Só que a comemoração serve também para incentivar e preservar a cultura japonesa. É o caso da comunidade okinawana, que realizará evento no dia 12. Assim como os okinawanos, também a Associação Pró-Ex- cepcionais Kodomo-no-Sono prepara uma grande festa. ———–—–—––— | pág 4 Nipo-Brasileiro de Campinas prepara livro histórico Ás vésperas de completar seu 55º aniversário, o Insti- tuto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas prepara o lan- çamento de um livro que con- ta a história da entidade e da colonização nikkei local. O lançamento está previsto para o dia 3 de dezembro. A obra, no entanto, é apenas uma das atividades do Nipo- Brasileiro. —————–—— | pág 5 ACBJ realiza 40º edição do Festival de Coral AAliança Cultural Brasil-Ja- pão realiza amanhã (8), no Grande Auditório da Socie- dade Brasileira de Cultura Japonesa, a 40ª edição do Festival de Coral. Idealizado pelo professor Shinchiro Onodera, o festival tem como objetivo preservar e difundir o idioma japonês através da música. O evento deve reunir cerca de duas mil vozes. —————–—— | pág 7 Campeonato de Sumô traz profissionais O 3º Campeonato da UPS (União Pró-Sumô) acontece amanhã (8) no ginásio de sumô do Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, em São Paulo. Um dos atrativos do evento é a presença de dois lutadores profissionais japoneses, além do brasileiro Cristiano Luiz de Souza, uma das grande promessas do sumô brasileiro. —————–—— | pág 13 Escritor Ryoki Inoue lança ‘Saga’, seu 1.074º livro Ryoki Inoue, “o escritor mais prolífico do mundo”, como define seu site, acaba de lan- çar “Saga”, que pelos seus cálculos deve ser seu 1.074º livro. Em entrevista ao Jornal Nikkei, Inoue conta sua tra- jetória e revela de onde vem tanta inspiração, que o levou a ter seu nome registrado no Guinness Book, o livro dos recordes. —————–—— | pág 6 DIVULGAÇÃO ———————————————–—————————————–—— | pág 3 Uma das preocupações da comunidade nipo-brasileira em relação às comemorações do Centenário da Imigração Japonesa foi dissipada no dia 1º de outubro com a eleição de candi- datos nikkeis à Câmara dos Deputados. William Woo (PSDB-SP), Walter Ihoshi (PFL-SP), Cássio Taniguchi (PFL-PR) e Hidekazu Takayama (PMDB-PR) estão de malas prontas para Brasília. Nos Estados, a representação também cresceu, embora São Paulo não tenha eleito nenhum deputado estadual. Paraná e Mato Grosso do Sul elegeram dois representantes cada. ———————————————–———————————————————————–—————————————–—— | pág 8 Na ‘dança das cadeiras’, nikkeis comemoram vitória nas urnas A Associação Brasil-Japão de Pesquisadores apresentou sua nova diretoria, cuja gestão vai até 2008. Sob o coman- do de Sussumu Niyama, a entidade pretende desenvolver ações voltadas tanto aos nipo-brasileiros quanto para a po- pulação em geral. Para 2008, ano do Centenário da Imigra- ção, os dirigentes já estão preparados para aquela que será a grande ação da Associação, o Simpósio de Intercâmbio Brasil-Japão, entre os dias 14 e 16 de junho no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo SBPN apresenta nova diretoria de olho no Centenário ————————————————–—— | pág 4 Situado no Food Center, na Liberdade, os restau- rantes Sushi Guekko e Sushi Isao fazem suces- so com o Festival de Comida Japonesa. De mesmo proprietário, ambas as casas apresen- tam o mesmo sistema, que traz variedades ao prato: de sushi a empa- nados e ostras. A receita da vez é o neguitoro, sushi com recheio de pei- xes mistos e maionese. Koyama destaca-se por pratos simples e sofisticados do Japão ————————————————–—— | pág 9 DIVULGAÇÃO 27ª edição da Bienal começa com atrações japonesas em São Paulo Um dos principais eventos de arte con- temporânea, a 27ª Bienal de Artes de São Paulo começa em São Paulo prometendo surpresas. Mesmo com a ausência de tra- balhos nacionais, o evento deste ano traz o sugestivo título “Como Viver Junto”, reunindo artistas das mais diferentes moda- lidades e países. Do Japão, os destaques fi- cam por conta dos ar- tistas Michihiro Shi- mabuku, Yoshiharu Tsukamoto e Momyo Kajima, os dois últi- mos do Atelier Bow Wow. Juntos, eles tra- zem trabalhos inédi- tos, lúdicos e partici- pativos, dentre os quais vídeos e insta- lações que unem influ- ências do Japão e tam- bém do Brasil. Des- lumbrados com a re- ceptividade do povo brasileiro, tanto Shi- mabuku quanto o Atelier Bow Wow fa- laram com a imprensa nikkei sobre a passa- gem no Brasil e a di- versidade cultural do País. FALECIMENTO O tênis de mesa brasi- leiro está de luto. Faleceu na noite de quarta-feira (4), às 20 horas, em São Paulo, dona Rosa Murashigue, mãe da mesa-tenista Carina Murashigue. Com 62 anos, dona Rosa deixou amigos e familiares e muita saudade no tênis de mesa. Ela era conhecida pelo estande que sempre montava nos campeonatos para vender vários doces. O velório aconteceu no cemitério Vila Alpina, na úl- tima quinta-feira (5), a par- tir das 10 da manhã, e o cor- po foi cremado às 16 horas A mostra ‘Real HRH + Rika Eguchi’ reúne quatro jovens artistas japoneses que expõem pela primeira vez em São Paulo. A mostra fica aberta até 5/11 na Galeria Deco. ——————————–——————— | pág 8 Artistas japoneses expõem na Deco

07 OUT 2006 - Jornal Nippak · 2018. 3. 18. · Centenário da Imigração Japonesa foi dissipada no dia 1º de outubro com a eleição de candi-datos nikkeis à Câmara dos Deputados

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Page 1: 07 OUT 2006 - Jornal Nippak · 2018. 3. 18. · Centenário da Imigração Japonesa foi dissipada no dia 1º de outubro com a eleição de candi-datos nikkeis à Câmara dos Deputados

ANO 9 – Nº 2138 / 2081 — SÃO PAULO, 07 A 13 DE OUTUBRO DE 2006 — R$ 2 ,00

AGENDA

O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) realiza doiscursos preparatórios paraquem pretende ir trabalhar noJapão. No dia 10 (terça) otema é “Torne mais agradávela sua estadia no Japão”, e nodia 13 (sexta), “Seguro nacio-nal de saúde no Japão”. Oscursos, gratuitos, acontecemdas 14h às 16h30.O endereço é Rua São Joa-quim, 381, 1º andar (sala 11) –prédio do Bunkyo, na Liberda-de, em São Paulo. Informa-ções pelo tel.: 11/3207-9014.

O 6º MERCADO DEARTESÃOS DIFERENCI-ADOS (“A mão cheia”), pro-movido pelo Atelier HidekoHonma, prossegue nestes sá-bado (7) e domingo (8), em SãoPaulo. Cerca de uma centenade artistas participam da ex-posição, que traz diversos ob-jetos em cerâmica que estarãoà venda no local. O horário édas 11h às 21h, e o endereço éRua Pintassilgo, 429, emMoema. Com manobrista.Tel.: 11/5042-4450.

A 4ª COPA HINODÊ, reali-zação da Associação de JudôHinodê e Prefeitura Municipalde São Bernardo do Campo,acontece domingo (8), a partirdas 7h45. O evento esportivode judô será no Ginásio Cida-de de São Bernardo (Polies-portivo), que fica na Av.Kennedy, 1.155, bairroAnchieta, SBC. Tel.: 11/4438-6133.

O BAZAR BENEFICEN-TE da Associação Beneficen-te dos Provincianos de OsakaNaniwa-Kai acontece nestedomingo (8), a partir das 9h,na sede da entidade. Os visi-tantes poderão conferir a tra-dicional venda de artesanatos,como toalhas de crochê, bor-dados, artigos para presente eroupas seminovas. O restau-rante contará com pratos típi-cos da culinária, como udon,sushi e doces japoneses. Oendereço é Rua Domingos deMoraes, 1.581 (próximo aoMetrô Vila Mariana), em SãoPaulo.

Comunidadecomemora Dia dasCrianças com festaPara a comunidade nikkei, oDia das Crianças também éuma data especial. Só que acomemoração serve tambémpara incentivar e preservar acultura japonesa. É o caso dacomunidade okinawana, querealizará evento no dia 12.Assim como os okinawanos,também a Associação Pró-Ex-cepcionais Kodomo-no-Sonoprepara uma grande festa.

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Nipo-Brasileiro deCampinas preparalivro históricoÁs vésperas de completarseu 55º aniversário, o Insti-tuto Cultural Nipo-Brasileirode Campinas prepara o lan-çamento de um livro que con-ta a história da entidade e dacolonização nikkei local. Olançamento está previstopara o dia 3 de dezembro. Aobra, no entanto, é apenasuma das atividades do Nipo-Brasileiro.

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ACBJ realiza 40ºedição do Festivalde CoralA Aliança Cultural Brasil-Ja-pão realiza amanhã (8), noGrande Auditório da Socie-dade Brasileira de CulturaJaponesa, a 40ª edição doFestival de Coral. Idealizadopelo professor ShinchiroOnodera, o festival tem comoobjetivo preservar e difundiro idioma japonês através damúsica. O evento deve reunircerca de duas mil vozes.

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Campeonato deSumô trazprofissionaisO 3º Campeonato da UPS(União Pró-Sumô) aconteceamanhã (8) no ginásio desumô do Estádio Municipalde Beisebol Mie Nishi, emSão Paulo. Um dos atrativosdo evento é a presença dedois lutadores profissionaisjaponeses, além do brasileiroCristiano Luiz de Souza, umadas grande promessas dosumô brasileiro.

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Escritor Ryoki Inouelança ‘Saga’, seu1.074º livroRyoki Inoue, “o escritor maisprolífico do mundo”, comodefine seu site, acaba de lan-çar “Saga”, que pelos seuscálculos deve ser seu 1.074ºlivro. Em entrevista ao JornalNikkei, Inoue conta sua tra-jetória e revela de onde vemtanta inspiração, que o levoua ter seu nome registrado noGuinness Book, o livro dosrecordes.

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DIVULGAÇÃO

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Uma das preocupações da comunidade nipo-brasileira em relação às comemorações doCentenário da Imigração Japonesa foi dissipada no dia 1º de outubro com a eleição de candi-datos nikkeis à Câmara dos Deputados. William Woo (PSDB-SP), Walter Ihoshi (PFL-SP),Cássio Taniguchi (PFL-PR) e Hidekazu Takayama (PMDB-PR) estão de malas prontas paraBrasília. Nos Estados, a representação também cresceu, embora São Paulo não tenha eleitonenhum deputado estadual. Paraná e Mato Grosso do Sul elegeram dois representantes cada.

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Na ‘dança das cadeiras’, nikkeiscomemoram vitória nas urnas A Associação Brasil-Japão de Pesquisadores apresentou

sua nova diretoria, cuja gestão vai até 2008. Sob o coman-do de Sussumu Niyama, a entidade pretende desenvolverações voltadas tanto aos nipo-brasileiros quanto para a po-pulação em geral. Para 2008, ano do Centenário da Imigra-ção, os dirigentes já estão preparados para aquela que seráa grande ação da Associação, o Simpósio de IntercâmbioBrasil-Japão, entre os dias 14 e 16 de junho no Centro deConvenções do Anhembi, em São Paulo

SBPN apresenta nova diretoriade olho no Centenário

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Situado no Food Center,na Liberdade, os restau-rantes Sushi Guekko eSushi Isao fazem suces-so com o Festival deComida Japonesa. Demesmo proprietário,ambas as casas apresen-tam o mesmo sistema,que traz variedades aoprato: de sushi a empa-nados e ostras. A receitada vez é o neguitoro,sushi com recheio de pei-xes mistos e maionese.

Koyama destaca-se por pratossimples e sofisticados do Japão

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27ª edição da Bienal começa comatrações japonesas em São Paulo

Um dos principaiseventos de arte con-temporânea, a 27ªBienal de Artes de SãoPaulo começa em SãoPaulo prometendosurpresas. Mesmocom a ausência de tra-

balhos nacionais, oevento deste ano trazo sugestivo t í tulo“Como Viver Junto”,reunindo artistas dasmais diferentes moda-lidades e países. DoJapão, os destaques fi-

cam por conta dos ar-tistas Michihiro Shi-mabuku, YoshiharuTsukamoto e MomyoKajima, os dois últi-mos do Atelier BowWow. Juntos, eles tra-zem trabalhos inédi-

tos, lúdicos e partici-pativos, dentre osquais vídeos e insta-lações que unem influ-ências do Japão e tam-bém do Brasil. Des-lumbrados com a re-ceptividade do povo

brasileiro, tanto Shi-mabuku quanto oAtelier Bow Wow fa-laram com a imprensanikkei sobre a passa-gem no Brasil e a di-versidade cultural doPaís.

FALECIMENTOO tênis de mesa brasi-

leiro está de luto. Faleceu nanoite de quarta-feira (4), às20 horas, em São Paulo,dona Rosa Murashigue,mãe da mesa-tenista CarinaMurashigue.

Com 62 anos, dona Rosadeixou amigos e familiarese muita saudade no tênis demesa. Ela era conhecidapelo estande que sempremontava nos campeonatospara vender vários doces.

O velório aconteceu nocemitério Vila Alpina, na úl-tima quinta-feira (5), a par-tir das 10 da manhã, e o cor-po foi cremado às 16 horas

A mostra ‘Real HRH + Rika Eguchi’ reúne quatro jovensartistas japoneses que expõem pela primeira vez em SãoPaulo. A mostra fica aberta até 5/11 na Galeria Deco.——————————–——————— | pág 8

Artistas japoneses expõem na Deco

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: quarta-feira e sábado

Assinatura semestral: R$ 80,00

E-mail: [email protected]

Dia 3, na ACE Saúde, o tradicional Tanomoshifoi também motivo de festa para comemorar a

vitória do candidato nikkei Walter Ihoshi.

Jose Kanashiro, Marcelo Hideshima, Getulio Kamiji Tomas Yamamoto e Reinaldo Iihoshi

Américo Utumi, Mamoru Saji e Jorge Taba Clovis, Yonamine, Mario Gakiya e Rubens YonamineWalter Iihoshi, que conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados

• Dia 29 de setembro, naClinica Odontológica da USP,aconteceu o ato de doação eassinatura de obras de Clau-dio Tozzi e Takashi Fukushi-ma.

• O Serviço Educativo do Mu-seu da Casa Brasileira realizano dia 12 de outubro a oficina“Origamis voadores: aviões,planadores e bumerangues”,em homenagem ao Dia daCriança..A oficina será minis-trada pela arte-educadoraMaria Helena Aschenbach. Oobjetivo é estimular nos parti-cipantes a percepção do uni-verso das formas.

Notas:

MARCUS IIZUKA

Ensaio dos jovens iniciantes do grupo de taikôda Acema, que se apresenta no próximo dia

15, a partir das 20h, na própria sede daentidade, em Maringá (PR)

Alan Hirata concentrado na instrução das professoras

Na cidade de Maringá (PR), Bruna Kato fezuma grande festa com seus amigos paracomemorar seus 15 anos.(Colaboração: Marianna Kume)

Jéssica Saito, Daiane Kassada, Bruna Kato e Léo Kato

Karoline Higaki e Lie OkamuraAlex Kassada e Shimitinho

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Fernando Yamasaki

Miriam Saito

Susan Sassaki

A 9ª Fiaflora Expogarden prossegue até o dia 8 com a participação de paisagistas nikkeis eprodutores. Local: Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo

Ensaio do grupo iniciante de taikô

Catedral Nossa Senhora da Glória, Maringá

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 3

stou tranqüilo. Nãoexiste risco ne-nhum de ficar fo-

ra”. A frase é do candidato adeputado federal Walter Ihoshi(PFL-SP) ao comentar a ma-téria publicada na quinta-feira(5) pelo jornal Folha de SãoPaulo de que tanto ele comoo presidente nacional doPMDB, Michel Temer, estari-am na lista dos deputados fe-derais de São Paulo que cor-rem risco de perder sua cadei-ra na Câmara.

O motivo é a inclusão dosvotos de dois promotores deJustiça, Carlos Sampaio eDimas Ramalho, o que provo-cará uma redistribuição de va-gas. Sampaio, que pertence àmesma coligação de Ihoshi(PSDB-PFL), obteve 239.781votos mas teve seu registro decandidatura indeferido peloTribunal Regional Eleitoral deSão Paulo por ser membro doMinistério Público. Desta for-ma, seus votos não foramcontabilizados. Mesmo caso deRamalho.

A mesma reportagem infor-ma que o TRE-SP não tem pre-visão de quando a novaredistribuição irá ocorrer. Nadança das cadeiras, Ihoshi dis-se ao Jornal Nikkei que “vaiespirrar alguém, de outra cha-pa”. Na contabilidade dopefelista nikkei, “a própria can-didatura de Sampaio se faz”.“Se ele [Sampaio] entrar, abri-rá mais uma vaga para a coli-gação e eu estaria dentro dequalquer forma”, conta ele,acrescentando que “poderiacorrer risco se tivesse uma vo-tação menor”. Ihoshi atendeua reportagem do JN na quinta-feira enquanto agradecia seuseleitores pela conquista.

E a comunidade nikkei temmuito que comemorar. Alémde Walter Ihoshi, a comunida-de elegeu outros três represen-tantes para a Câmara dos De-putados: William Woo (PSDB/SP), Cássio Taniguchi (PFL/PR) e Hidekazu Takayama(PMDB/PR), que já estão demalas prontas para Brasília.Nos Estados, Francisco Uejo,o Chico Uejo (PTC/MG),Akira Otsubo (PMDB/MS),

Dione Hashioka (PSDB/MS),Antonio Teruo Kato (PMDB/PR) e Luiz Nishimori (PSDB/PR) também foram aprovadosnas urnas.

Ouvidos pela reportagemdo Jornal Nikkei um dia apósas eleições – o Jornal Nikkeicirculou com uma edição ex-tra na terça-feira e reproduzparte das matérias nesta edi-ção – , Walter Ihoshi e WilliamWoo concordaram em um pon-to. Ambos afirmaram que es-sas eleições foram “atípicas”.

Repulsa – Com 101. 097 vo-tos, Ihoshi, conta que, além danova legislação, que dificultoua exposição dos candidatos, asdenúncias de corrupção envol-

Estado considera-do como a segundamaior concentraçãode nikkeis no Brasil,atrás somente de SãoPaulo, o Paraná pro-va que a união entrea comunidade localrende bons frutos napolítica, com a eleiçãode quatro candidatosdescendentes, sendodois para deputadoestadual e outros doispara deputado fede-ral.

Entre os postulan-tes nikkeis escolhidospelos paranaensespara representar osinteresses e anseiosda população, estãoLuiz Nishimori(PSDB – 45.247 vo-tos) e Antônio TeruoKato (PMDB – 39.176 votos) para a Assembléia; além deHidekazu Takayama (PMDB– 85.093 votos) e CássioTaniguchi (PFL – 67.821 vo-tos) para a Câmara dos De-putados. No total, os quatrocandidatos obtiveram, juntos,237.337 votos.

Dos quatro eleitos, dois sedestacam por já terem assu-mido prefeituras no Paraná.Trata-se do ex-prefeito deCuritiba, Cássio Taniguchi, queocupou o cargo por dois man-datos, e de Antonio TeruoKato, ex-prefeito de Paranavaína gestão 1997-2000. Paraambos, a chance de voltar àpolítica é uma forma de podertrabalhar ainda mais pelos pa-ranaenses, em especial para acomunidade nipo-brasileira,apesar de todos os percalçosencontrados durante a desgas-tante campanha eleitoral. “Foiuma campanha desgastante,mas que realmente valeu apena. É importante ter repre-sentantes nikkeis em Brasília,pois é uma forma de conseguirviabilizar os trabalhos que te-mos feito”, afirma Taniguchi,

que preza valores como a ho-nestidade, trabalho e discipli-na.

Assim como os dois, ostambém eleitos Luiz Nishimo-ri e Hidekazu Takayama –para deputado estadual e fe-deral, respectivamente –, con-cordam que as campanhasdesse ano foram “cansativas,mas muito produtivas”. Segun-do Nishimori, que ocupará pelasegunda vez a cadeira na As-sembléia Legislativa, todos osesforços valeram a pena, es-pecialmente por poder levartanto à comunidade nikkeiquanto à população em geralas idéias que serão implemen-tadas para a melhoria do esta-do.

Presidente (afastado) daAliança Cultura Brasil-Japãodo Paraná e da Liga Desporti-va e Cultural Paranaense, Ni-shimori agradeceu o apoio querecebeu durante a campanha.“Nas urnas, creio que não sóeu, como também os demaisrepresentantes descendentes,foram recompensados pela de-terminação e empenho. Ago-ra, é pensar em desenvolver

ações que estamos es-tudando”, explica Nishi-mori.

Dos quatro candida-tos eleitos, quem maiscomemorou a entradade descendentes dentrodo quadro político para-naense foi o deputadofederal HidekazuTakayama, candidato àreeleição pelo PMDB.Único representante dacomunidade na Câma-ra dos Deputados emBrasília, o pastor evan-gélico afirma que, ago-ra, os descendentes dejaponeses ganharãouma “força a mais” emBrasília, com a presen-ça de quatro represen-tantes.

Terceiro suplente da coliga-ção PSDB/PFL – e o primeirodo PSDB – a uma vaga naAssembléia Legislativa de SãoPaulo, Hélio Nishimoto é da-queles candidatos que costu-mam provocar comentárioscomo o tradicional “quem éfulano?”. E no caso deNishimoto, a reação não é àtoa. Com 64.012 votos, o can-didato tucano “bateu na trave”.

Mas nem por isso se dizfrustrado. “Por si só, a vota-ção que obtive já me deixa sa-tisfeito”, esclarece Nishimoto,que prefere não alimentar ilu-sões quanto ao futuro. “Seiextra oficialmente que o [José]Serra pode convocar um ououtro deputado estadual dacoligação para compor suaequipe. Mas nesse momentoprefiro ter os pés no chão”,afirma ele, que cumpre atual-

mente seu terceiro mandatocomo vereador em São Josédos Campos.

Por sinal, ele atribui suavotação não só ao trabalho quevem desenvolvendo desde1996 na Câmara Municipalcomo também ao “grupo for-

ELEIÇÕES 2006

Passadas as eleições, vitoriosos e derrotadosnas urnas analisam estratégias de campanha

“E

DEPUTADOS ESTADUAIS

PARANÁAntonio Teruo Kato (PMDB) - 39.176 votosLuiz Nishimori (PSDB) - 45.247 votosMATO GROSSO DO SULAkira Otsubo (PMDB) - 22.266 votosDione Gandolfo Hashioka (PSDB) - 19.843 votosMINAS GERAISChico Uejo (PTC) – 28.189 votos

DEPUTADOS FEDERAIS

PARANÁCassio Taniguchi (PFL) - 67.821 votosHidekazu Takayama (PMDB) - 85.093 votos (reeleito)SÃO PAULO*Walter Ihoshi (PFL) - 101.097 votosWilliam Woo (PSDB) - 113.010 votos

(*) Aguarda decisão do TRE-SP

vendo políticos e o alto esca-lão do governo também com-plicaram a campanha. “Achoque o reflexo maior dessa re-jeição foi sentida nos candida-tos a deputado federal, queacabou ficando com uma máimagem. Isso complicou no iní-cio da campanha”, explicaIhoshi, lembrando que, no iní-cio, com a realização da Copado Mundo na Alemanha, o cli-ma era outro.

“Esse sentimento de repul-sa se acentuou nas duas últi-mas semanas, que causou pre-ocupação. Talvez por isso, aexpectativa em relação ao nú-mero de votos tenha caído emrelação a nossa projeção inici-al. Ás vésperas da eleição,

mais de 60% dos eleitores nãosabiam em quem votar para oscargos majoritários”, observaIhoshi, que atribuiu sua vota-ção à experiência adquirida em2002. “Em 2003, um ano apósas eleições, voltei em pratica-mente todos os lugares poronde passei para agradecer.Isso tirou a imagem de quepolítico só aparece para pedirvotos”, ressalta Ihoshi, acres-centando que durante essesquatros anos não ficou para-do, seja fazendo campanhapara José Serra, então candi-dato à Prefeitura de São Pau-lo, ou como subprefeito doJabaquara.

Para o tucano William Woo,que obteve 113.010 votos, ospaulistanos foram “rigorosos”com os candidatos. “O queassustou foi ver políticos con-sagrados com votações bai-xas”, disse Woo, justificandoque sua expectativa era con-seguir “pelo menos 100 milvotos somente na Capital”.

Para Ihoshi, a proximidadedas comemorações do Cente-nário da Imigração Japonesaajudou na campanha dos can-didatos com projetos relacio-nados ao tema. “O Centená-rio mostrou que a comunidadeestá mobilizada, mesmo quenão demonstre isso de formaexplícita. Senti essa preocupa-ção nas diversas reuniões quetive com lideranças nikkeis,tanto da Capital como do Inte-rior. Muitos dirigentes acaba-ram se posicionando por cau-sa do Centenário”, destacaIhoshi, que constatou um cres-cimento no interior.

“Em 2002, dos 45 mil votoscerca de 15 mil vieram do inte-rior. Este ano, foi metade-me-tade”, conta Ihoshi, que calcu-la ter percorrido aproximada-mente 200 municípios. “Queroagradecer o voto de confiançada comunidade e reafirmar meucompromisso com as propostasde campanha, ou seja, de re-presentar a comunidade nikkeicom empenho e dignidade”,prometeu Ihoshi, lembrando quesua vitória foi uma conquista deuma equipe “e é com todos quevamos construir uma história”.

(Aldo Shiguti)

PR elege representantes paraa Câmara e para a Assembléia

te” que o apoiou, entre eles oex-prefeito de São José dosCampos, Emanuel Fernandes.

“São José conta atualmen-te com cerca de 400 mil elei-tores, o suficiente para elegervários deputados. Mas nessaseleições saíram 12 candidatosa deputado estadual só na ci-dade e isso acabou pulverizan-do os votos”, lamenta ele, afir-mando que “se a disputa fosseentre sete ou dez candidatosteria entrado”. “De qualquerforma estou feliz porque a po-pulação reconheceu o nossotrabalho”, disse Nishimoto,lembrando que foi a primeiravez que lançou candidatura aocargo legislativo.

Formado em Administra-ção de Empresas, Nishimotoé natural de Presidente Pru-dente (SP), responsável por490 votos. Segundo ele, “boaparte” de sua votação veio dacomunidade nikkei. “Durantea campanha, visitei cidadescomo Taubaté, Caçapava,Jacareí, Pindamonhangaba eCampos do Jordão. Nessasandanças, senti que ser des-cendente de japoneses é umfator positivo. Senti tambémno dia-a-dia uma mobilizaçãoda comunidade para eleger umrepresentante na AssembléiaLegislativa em função do Cen-tenário”, conta Nishimoto, ex-plicando que os eleitores dei-xaram um recado bem claro

nessas eleições. “A populaçãoestá indignada e exige reno-vação. Isso levou muito elei-tores a votar em candidatosnovos, o que é muito mais no-bre do que simplesmente anu-lar o voto”, destacaNishimoto.

Já Jooji Hato, vereador co-nhecido por boa parcela dospaulistanos por elaborar proje-tos como a “lei seca”, que pre-vê fechamento de bares à 1h,e a “lei da garupa”, que proíbeque pessoas andem na garupade motos durante a semana,obteve 38.901 votos e não con-seguiu se eleger. “Não tiveêxito porque esperava quemeu partido, o PMDB, eleges-se entre 7 e 10 deputados, masacabou elegendo apenas qua-tro. Além disso, também espe-rava uma votação que nãoveio”, justificou, lembrando que“grandes nomes do PMDB fi-caram de fora”.

“No meu caso, fiquei pen-sativo porque não vieram osvotos do interior. E olha quepercorri mais de 200 municípi-os”, afirma Hato, acrescentan-do que “em contrapartida,cresci na Capital”. “Mas sótenho a agradecer o voto deconfiança das pessoas que meacompanharam e me apoia-ram”, diz Hato, que agora pre-tende retomar sua rotina naCâmara Municipal, onde cum-pre seu sexto mandato. (AS)

Em SP, o ‘desconhecido’ Hélio Nishimoto ‘bate na trave’

William Woo e seu gesto característico: eleições atípicas

Walter Ihoshi agradece eleitores: “Conto com a comunidade”

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Hélio Nishimoto

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Luiz Nishimori, que se reelegeu no PR

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Cassio Taniguchi também foi eleito

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

Aos, pais o Dia das Cri-anças é sinônimo dedor de cabeça, afinal,

a data significa filas nas lojasde brinquedos e muita indeci-são na hora de comprar umalembrança. Às crianças, o diaé de festa geral, afinal, qual de-las não espera ansiosamentepor aquele presente mágico,que enche os olhos dos peque-nos? Se para a maioria dasfamílias tal situação é mais doque normal, para a comunida-de nikkei não é diferente. Sóque, ao invés de ficar somentecada um em suas respectivascasas, a tendência é realizareventos que divulguem e in-centivem a preservação dacultura japonesa.

Esse é o caso típico da co-munidade okinawana. Na pró-xima quinta-feira (12) a comis-são de jovens prepara-se parapromover uma verdadeira fes-ta para as crianças, com direi-to a muita animação e, claro,atrações para crianças, que, acada ano, esperam pelas atra-ções armadas pelos mais “ve-lhos”. Dentro da programação,estão incluídas as tradicionaisbrincadeiras que tanto faz acabeça da criançada, além decomidas típicas da província e,ao final, um show de mágicapara abrilhantar o evento.

Hoje “veterana” da turmapor ser aquela que sempre cha-ma os amigos para ir às festaspara crianças, a pequena AnaYoshida Kanashiro é uma dasque batem o pé para ir no Ko-domo Matsuri. Com apenas 8anos, a garota sabe que encon-trará por lá seus amigos e co-legas de associação para brin-car e, quem sabe, colocar as

DIA DAS CRIANÇAS

Data é lembrada com presentes epreservação da cultura nipônica

É de criança que se aprende: evento serve para incentivar e preservar a cultura japonesa

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“fofocas em dia”. Apesar dapouca idade, sabe também daimportância de participar des-de já de eventos como esse,para preservar a culturaokinawana, considerada umadas mais peculiares do Japão.

“Eu gosto de encontrarmeus amigos. E também brin-car com o pessoal mais velho.Gosto de comer e de ganharpresentes. Meus pais sempreme incentivam para cuidar dastradições da família e de Oki-nawa. E eu gosto de fazerisso”, diz ela um tanto enca-bulada, mas com um brilho noolhar quando se fala em pre-sentes. Questionada sobre oque gostaria de ganhar, Ana édireta: “um brinquedo. Bem

grande e bonito”.Aos mais velhos – se com-

parados com a idade de Ana –, a oportunidade de promoverfestas para as crianças é umaoportunidade de poder incen-tivar e ensinar a culturaokinawana às gerações maisnovas, além de mostrar que osjovens estão “com força total”.

Segundo o coordenador ge-ral do evento, Hiroaki Uehara,o Kodomo Matsuri espera atra-ir cerca de 500 pessoas, a gran-de maioria famílias que levamseus filhos para passarem o dia.Para ele, promover atividadesde integração e eventos de in-centivo à preservação da cul-tura para as crianças ressaltana geração mais nova a neces-

sidade de conscientização. “Areal intenção de fazer um even-to como esse é alimentar o es-pírito dos jovens e das criançascom alegria e descontração.Apesar de ser voltado aos me-nores, o Kodomo Matsuri unetanto toda uma geração, que vaidos 5 aos 25 anos. Só para seter uma idéia, estamos mobili-zando cerca de 50 jovens devariadas associações”, ressal-ta o coordenador.

Aos interessados em curtiro Dia das Crianças com os oki-nawanos, o evento acontecedas 11 às 18 horas no CentroCultural Okinawa do Brasil (ruaSete de Setembro, 1670, Dia-dema). A entrada é gratuita.

(Rodrigo Meikaru)

Recém-nomeada comoAssociação Brasil-Japão dePesquisadores, a SBPN anun-ciou sua nova composição dadiretoria, que assumirá o co-mando da entidade nas gestões2006/2008. Entre as principaismudanças, estão as inserçõesde nomes de novos diretoraspara ajudar na divulgação ebusca de pesquisas e projetosrelacionados à comunidadenipo-brasileira.

Como presidente da entida-de, entra Sussumu Niyama nolugar de Ii Sei Watanabe, coma missão de dar continuidadeaos projetos e ações do grupo.Os nomes foram apresentadosdurante o 14º Encontro Anualda SBPN, que aconteceu emCuritiba na última semana desetembro e contou com a pre-sença de pesquisadores e co-laboradores do Brasil.

A nova diretoria não apre-senta grandes novidades emrelação à composição, que as-sumirá os trabalhos da entida-de até 2008, por sinal, ano doCentenário da Imigração. En-tre as iniciativas programadaspela nova diretoria, estão a decontribuir para ainda mais parao desenvolvimento da cultura,ciência e tecnologia no Brasil,sem se focar somente em as-suntos relacionados à comuni-dade nipo-brasileira.

No curto e médio prazo, aintenção de Sussumu Niyamaé incrementar o atual portal daAssociação (www.japao.org.br) com notícias e atualidadesda comunidade, bem comomostrar projetos que podemajudar no desenvolvimento tan-to dos nikkeis quanto da popu-lação em geral.

Niyama diz ainda que apos-tar em novas tecnologias paraa divulgação de trabalhos emesmo captação de novos co-laboradores tem sido vital paraa consistência dos trabalhos.“Atualmente, mudamos nossonome [antes, a denominaçãoera Sociedade Brasileira dePesquisadores Nikkei] paradeixar a SBPN uma entidademais aberta, onde não fosse sóconcentrado em descendentes.Tanto é assim que hoje temosmuitos pesquisadores e cola-boradores que não possuemqualquer traço oriental, masque, mesmo assim, nos ajudaem muito na concepção de pro-jetos e estudos, além de con-tribuir com suas visões acercade temas relacionados aosnikkeis”, explica Niyama, afir-mando ainda que devido aosucesso dessa mudança, aSBPN criou também umanova categoria: a de Empre-endedores. “Nosso intuito éincentivar aqueles que possu-em idéias novas, paraapresentá-las a um maior nú-mero de pessoas.”

Outra medida que está empauta é a viabilização de umasede própria. Para tanto, a en-tidade contará com ajuda deempresas e também recursosde entidades governamentais.

“Vamos batalhar para conse-guir ter uma sede própria. Éimportante para concentrar-mos nossos trabalhos e, tam-bém, poder organizar melhornossos eventos e outros tiposde encontros”, analisaNiyama.

Já em 2008, uma ação estápraticamente certa para acon-tecer, já contando para o Cen-tenário da Imigração Japone-sa no Brasil. Trata-se doSimpósio Intercâmbio Brasil-Japão, entre os dias 14 e 16 dejunho no Centro de Conven-ções do Anhembi, em São Pau-lo. Na ocasião, especialistas epesquisadores de Brasil e Ja-pão, além de empresários eautoridades discutirão a Ciên-cia, Tecnologia e Comércio, afim de promover e apresentaros desenvolvimentos científi-cos e tecnológicos para o in-cremento da economia bi-late-ral.

“Já estamos com pratica-mente todo o programa prepa-rado, faltando apenas algunsdetalhes. Nosso maior interes-se é poder contribuir no desen-volvimento de ambos os paí-ses e, de preferência, com osdois contribuindo para uma re-lação cada vez mais próxima”,explico presidente, que, alémde ocupar agora a presidênciada SBPN também é o atualpresidente da ADJ (Associa-ção de Diabetes Juvenil) hásete anos.

Nova diretoria da Associa-ção Brasil-Japão de Pesquisa-doresConselho AdministrativoPresidente: Sussumu NiyamaVice-Presidente: Paulo EijiMiyagiCiências Agrárias : Roberto Tsuyoshi Hosokawae Guenji YamazoeCiências Biológicas: DâniaHamazaki-Brito e Celso LuisMarinoCiências Exatas: SadaoIsotani e Momotaro ImaizumiCiências da Saúde: EmikoSaito Arita e DinoKussakawaCiências Humanas eSociais: Rosária Ono eAlice Mitiko KoshiyamaEngenharias: CelsoKazuyuki Morooka e TsunaoMatsumotoSócio Empreendedor: Sayurui HigaDiretoria Executiva :Diretor Executivo: Sunao SatoDiretora ExecutivaAdjunta: Lucy Sayuri ItoSecretário Geral: AlexandreKawanoTesoureiro: MikiyaMuramatsu Conselho Fiscal:Titulares: Elsa MassaeMamizukaSumie Hoshino ShimizuYuriko Yamamoto BaldinSuplentes: Mario HiroyukiHirataHumberto YamakiEdson Shibuya

ENTIDADES

SBPN apresenta novadiretoria e projetos para 2008

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Sussumu Niyama assumiu no lugar de Ii-sei Watanabe

No próximo dia 14 de no-vembro, o Rotaract e RotaryLiberdade, organizam o 1°Network Night, encontro denegócios seguido de jantar be-neficente, em São Paulo. Oevento tem como objetivo pro-porcionar a efetivação de ne-gócios no meio empresarial edoar 100% da receita totalpara três entidades sem finslucrativos: Fundação Rotária,Grupo Nikkei e Kibô-no-Iê.

O Encontro de Negócios,que contará com a presença de49 executivos representantes deempresas, está previsto paraacontecer em duas horas, e ojantar em quatro. Durante oEncontro, os executivos podemse conhecer, trocar cartões econversar. Por meio de um sis-tema de “rodízio”, todos os exe-cutivos passarão por sete me-

sas, apresentando seu negócioem cada uma delas por doisminutos, possibilitando assim, ocontato entre todos participan-tes sem repetições. Além dis-so, cada executivo poderá le-var dois acompanhantes paraparticipar do jantar.

NETWORK NIGHT

Rotaract Liberdade promove 1° encontro de negócios em SP

Segundo o presidente doRotaract Liberdade, LuizMarcell Nobuo Kokubo, orga-nizador do projeto, a estimati-va é de que estejam presentesno Buffet Colonial cerca de400 pessoas entre executivos,educadores e empreendedores

Membros da diretoria do Rotaract Liberdade

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sociais. “Durante o encontro,vamos aliar a responsabilida-de social com a geração denegócios”, disse o presidente.Ele também ressaltou que oevento, “inovador”, deve setornar anual.

O investimento para partici-par do Encontro de Negócios éde R$ 300, que dá direito a doisconvites para o jantar beneficen-te. Já para quem quer ir apenasao jantar, deve contribuir com aquantia de R$ 70. SakêHakushika e cerveja Sapporoserão servidas no coquetel.

Os convites devem ser ad-quiridos antecipadamente como vice-presidente do RotaractLiberdade, Ricardo Shimabu-kuro, pelo e-mail [email protected] informações pelo websitewww.rotaractliberdade.com.br.

Assim como os okinawa-nos, quem também preparauma grande festa no mês dascrianças é a Associação Pró-Excepcionais Kodomo-No-Sono. Apesar do kodomo(criança, em japonês) nonome, a entidade hoje abri-ga internos na casa dos 50anos. O mais novo, segundoo presidente, Luiz MassaoOkamoto, tem 18 anos. Eisa dúvida: por que fazer umacomemoração voltada às cri-anças. Segundo o próprioOkamoto, a confraternizaçãoé feita pois, apesar da idadefísica, 95% dos internos pos-sui um raciocínio compará-vel à crianças de 7 anos.

“Apesar de carregarmosa palavra kodomo no nossonome, hoje não cuidamosmais de crianças, apesar dequase a totalidade de nossosinternos estarem conoscodesde o começo [a entidade

está completando 50 anos].Por isso, e por também elespossuírem uma mentalidadede crianças, é claro que va-mos fazer alguma coisa nes-sa data especial. Aliás, não sónessa data, como também nomês inteiro”, explica o presi-dente.

E haja disposição para

agüentar tanta disponibilidadedos internos. Somente em ou-tubro, estão programadas vi-sita a um restaurante – encon-tro que acontece anualmentee é oferecido pela dona do es-tabelecimento como forma dehomenagear a entidade –, umalmoço especial no dia 12, aser feito especialmente pelos

voluntários, bem como umundokai no próximo dia 22.Tudo para alegrar ainda maisa vida daqueles que possu-em algum tipo de deficiên-cia.

E não pense que o fôlegoacaba por aí, pois, até o fimdo ano, muitas atividades es-tão programadas para os in-ternos. Como o próprio Oka-moto afirma, “todos formamuma grande família”.

“É uma energia muito boaquando fazemos esses even-tos para os internos. Senti-mos um carinho especial e,quanto mais nos esforçamos,mais nós nos sentimos re-compensados. Os internosrealmente nos surpreendema cada dia. Todos os dias éDia das Crianças para eles,com festa e brincadeiras”,finaliza ele, que, por sinal,possui um filho interno naentidade.

Kodomo-No-Sono homenageia internos com atrações em outubro

Dia das Crianças também é comemorado no Kodo-no-Sono

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 5

CIDADES/LINS

Cônsul e a consulesa estarãonos 90 anos da Imigração

O Consulado do Japão con-firmou a presença do cônsulgeral Masuo Nishibayashiacompanhado da consulesaKikuko no dia 12 de novem-bro, quando a cidade de Linsestará celebrando os 90 anosda imigração japonesa. Nishi-bayashi é graduado em Direi-to pela Universidade de Tó-quio. No mês seguinte à da for-matura, em abril de 1975, in-gressou no Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros. Já traba-lhou em diversos lugares, comoNova York, Boston, Genebraaté chegar ao Brasil em julhode 2005, aos 53 anos de idade.É casado com a dona Kikukoe tem casal de filhos. A con-sulesa toca violino, aprecia

música clássica e joga golfe.Nessa solenidade serão

homenageadas, entre muitasoutras personalidades, os ex-presidentes do Bunkyo, os ex-prefeitos e também o atualengenheiro Waldemar SãndoliCasadei em cuja gestão ante-rior foi devolvido o imóvel ondeé a sede do kaikan e foi eleque doou o terreno doPensionato Escolar.

O Bunkyo obteve parceriacom o Blue Tree Park Linspara que os ex-moradores deLins que queiram participardos festejos sejam hospedadoscom diária mais em conta. Ésó fazer reserva pelo telefone:14/3522-3855.

(Shigueyuki Yoshikuni)

O cônsul Nishibayashi marcará presença em Lins

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BEISEBOLA Federação e a Liga promo-vem nos dias 7 e 8 de outubroo 12º Campeonato Paranaen-se de Beisebol Pré-Júnior emCuritiba. Nesses mesmos diasserão realizados o 41º Campe-onato Paranaense de BeisebolVeteranos (49 anos), naAcema, em Maringá e o 8ºCampeonato Brasileiro Inter-Seleções de Beisebol Catego-ria Diamante, em São Paulo.

SOFTBOLNuma promoção da Federaçãoe da Liga, a Associação Cul-tural e Esportiva de Apucara-na realiza o 5º Torneio “Cida-de Alta” de Softbol, nas diver-sas categorias, a partir das 8h.do dia 22 de outubro, em Apu-carana.

CONCURSO DE CANTONuma promoção da Liga/Ali-ança, a filiada Associação Cul-tural Beneficente Nipo-Brasi-leira de Curitiba promove ama-nhã (8) o 42º Paraná KayoTaikai, Adulto, Tibiko, Minyô,Pop em sua sede social, cominício às 8h30 com os melho-res cantores do Paraná, cujosclassificados representarão aLiga/Aliança no ConcursoNacional da Abrac.

UNDOKAIA Associação Cultural e Es-portiva de Umuarama realizaseu tradicional “undokai” (fes-ta poliesportiva) no dia 12 deoutubro, a partir das 8h, commuitas atividades para crian-ças, jovens, adultos e da ter-ceira-idade. Será na sedecampestre da Associação.

BEISEBOLO 2º Torneio “Hisashi Uchi-mura” de Beisebol será reali-zado nos dias 14 e 15 de outu-bro no campo esportivo daACEU, em Umuarama.

FUTEBOL SUIÇONuma promoção da Liga e re-alização do Bunkyo de Curiti-ba, (Nikkei Clube) será reali-zado nos dias 14 e 15 de outu-bro o 16º Campeonato Para-naense de Futebol Suíço, emCuritiba.

SHIGUIM MINYOO Festival Shiguin Minyo serárealizado em Londrina no dia15 de outubro.

ENCONTRO DA 3ª IDADE.Numa promoção da Aliança/Liga, a Associação Cultural eEsportiva de Londrina(ACEL), realiza o 12º Encon-tro Paranaense da TerceiraIdade no dia 18 de outubro, apartir das 13 horas com váriasatividades culturais e esporti-vas. Será na sede social, atrásdo Aeroporto.

GUEINOSAI DO PARANÁO festival “Gueinosai do Pa-raná” será realizado emCornélio Procópio numa reali-zação da Associação Culturale Esportiva local, a partir das8 horas do dia 22 de outubro.O presidente da ACECP soli-cita que todas as entidades in-teressadas em participar envi-em a programação (danças,cantos ou teatros) e o númerode participantes, para prepararcom antecedência revista pro-grama. Mais informações naAliança com Paulo pelo tel.: 43/3324-6418 ou com Hiroshima(43/3531-1346) ou 43/9121-4119 em Cornélio Procópio.

HISTÓRIA DAIMIGRAÇÃOO livro “História da ImigraçãoJaponesa no Paraná” da Ali-ança Cultural Brasil-Japão doParaná com apoio do Ministé-rio da Cultura e de autoria deToshio Igarashi, editado emportuguês e japonês estão àdisposição dos interessados nasede da Aliança/Liga. Outrasinformações com Máriam pelotelefone: 43/3324-6418.

CURSO RÁPIDODE JAPONÊSA Aliança através da EscolaModelo está formando novasturmas para o curso rápido delíngua japonesa. Curso idealpara quem vai ao Japão traba-lhar. Está sendo formado umnovo grupo. Mais informaçõescom Máriam pelo telefone: 43/3324-6428 ou na Rua Parana-guá, 1782, em Londrina.

PROFICIÊNCIAEM KANJIO Exame de Proficiência emKanji (ideogramas) será reali-zado no dia 11 de novembro às9h30, na sede social da Alian-ça/Liga, na Rua Paranaguá,1782, As inscrições podem serfeitas até o dia 30 de setem-bro.

PARANÁ

Informe da Aliança Cultural Brasil Japão doParaná e Liga Desportiva e Cultural Paranaense

Com uma população de2,3 milhões de habitan-tes, e tendo se desen-

volvido fortemente nos aspec-tos social e econômico, a ci-dade de Campinas tornou-seem seu passado recente alvode muitos migrantes do Esta-do de São Paulo. E uma dascomunidades que se incluemnesse cenário é a nipo-brasi-leira.

Em 2007, o Instituto Cultu-ral Nipo-Brasileiro de Campi-nas, uma das cinco associa-ções do gênero da região,completa 55 anos. Apesar deter sido planejado para ocinqüentenário da entidade(comemorado em 2001), umlivro que conta toda a sua his-tória e da colonização nikkeilocal deve ser lançado no pró-ximo dia 3 de dezembro. Emvisita à entidade, o JornalNikkei conversou com algunsdos diretores que contaram asrecentes realizações que temfeito do local não apenas umclube de japoneses, mas quepor ações diversificadas atra-em também ocidentais para ointeresse da cultura japonesa.

É o caso, por exemplo, daFeira Oriental e do RoteiroTurístico planejado junto à pre-feitura municipal local. “A fei-ra tem 11 anos e começou como pessoal da associação.Acontece todo segundo domin-go do mês [como neste dia 8]e nela comparecem entre 700e 800 pessoas. Vendemos qua-se 800 yakisobas, entre sushise sashimis”, conta o presiden-te do Instituto, TadayoshiHanada. “O pessoal realmen-te vem para almoçar e com-pra os yakisobas antecipados.Isso quer dizer que já virouuma tradição”, comemora.

O endereço da entidade éa Rua Camargo Paes, no Jar-dim Guanabara. O nome nãoé japonês, mas a calçada os-tenta luminárias orientais quelembram um pouco o bairro daLiberdade (em São Paulo).São hoje mais de 500 associa-dos e famílias, que hoje se di-videm entre os departamentosMeijikai, Juniakai, Seinenkai,Kodomokai. Do primeiro, fa-zem parte 167 pessoas comidade média de 73 anos. “Te-remos em breve o nosso mini-undokai, em que costumamparticipar cerca de 120 a 130pessoass, nas atividades degatebol, tamaire, samurai-cego...”, afirma o presidenteKanji Morimoto, 82. Naturali-zado brasileiro, ele nasceu emHiroshima, mas com 8 anoschegou ao Brasil. Primeiro foi

para o Paraná, e depois semudou para Campinas.

Memórias - Mantendo contí-nuas as atividades para a ter-ceira-idade, as atrações paraos jovens aumentam cada vezmais e se destacam principal-mente pelo taikô, que tem 60alunos, e Yosakoi – comoocorre também em associa-ções de outras cidades. “OYosakoi começou em 2004 eno festival deste ano [em SãoPaulo] ficou em terceiro lugar.Por causa dessas atividades, ospais que os acompanham e quenão vinham para cá começa-ram a aparecer”, conta a dire-tora de Cultura Cida Kobaya-shi. Ela é a autora e organiza-dora de “A comunidade brasi-leira de Campinas – A históriado Instituto Cultural Nipo-Bra-sileiro”, que hoje está na edi-tora, em fase de finalização, edeve conter mais de 250 pági-nas com fotos.“Na verdade comecei em 2001contando do kaikan aqui, co-mecei a levantar toda a histó-ria, a fundação, os ex-presiden-tes, e percebi que não dariapara terminar no ano seguinte,

como imaginava.” Formadaem História, ela não exerciamais a profissão, mas resolveuvoltar a estudar para aperfei-çoar sua técnica de pesquisa.“Tudo que fiz foi baseado emdocumentos de tudo quanto élugar. E recebi convite para ocurso no Centro de Memóriada Unicamp, quando fui ape-nas pesquisar.”

Karaokê é uma das partesregistradas no trabalho, já quemovimenta muitos interessa-dos que participam de aulascom professores de canto econcursos. Como o 21ºAikokai, que premiou no finalde agosto vencedores em di-versas categorias. “Tem atécriança de 4 anos”, ressalta opresidente Hanada, que nãodeixa de citar prodígios regio-nais como os campeões Tibikobrasileiro Renan Nakamura epaulista Isabela Kataoka. Atambém diretora culturalAquico Miyamura venceu oAikokai pelo Extra 3, e enu-mera outros eventos que mo-vimentam o salão da entidade.“Fizemos o baile ‘Bons Tem-pos Anos 60’ [idealizado porAyako Kubota], que lotou o

ginásio e teve como intuito tra-zer o pessoal de volta, muitosvestidos à caráter. O 2º Festi-val do Japão, em julho, supe-rou as expectativas. O públicocompareceu em massa e nes-te ano tivemos a presença dacantora mariko Nakahira, deque todos gostaram”, afirmaAquico.

“Dessa maneira consegui-mos juntar muitos eventos dacomunidade com outras op-ções que os clubes não-nikkeisoferecem”, enaltece Cida Ko-bayashi. Uma das vantagensé a ampliação do espaço queconquistaram, cedido pela pre-feitura. Um prédio de quatroandares abriga instalaçõespara os alunos e associados,com salas de aula, ginásio, pis-cina, cozinhas e outras acomo-dações. Lá muitos cursos eeventos – mesmo de fora, porlocação – são realizados.

Pensando no Centenário daImigração Japonesa, o presi-dente dá pistas de que umaobra pode ser projetada emconjunto a outras entidades,mas “vamos precisar da ajudados políticos”. Antes disso, noinício de dezembro, mais umafesta reunirá todos os associ-ados para o lançamento do li-vro que tem o patrocínio doSudameris e que retrata emsuas páginas a importânciacronológica do Instituto, alémde dados da cidade e do Ja-pão, província a província.“São mil exemplares e a idéiaé distribuir para os associados,porque está bem interessante”,finaliza Tadayoshi Hanada.Mais informações sobre a ins-tituição pode ser solicitada pelotelefone 19/3241-1213.

(Cintia Yamashiro)

CIDADES/CAMPINAS

Instituto Cultural Nipo-Brasileiroprepara livro histórico

Da esquerda para a direita: Aquico Miyamura, Cida Kobayashi e Tadayoshi Hanada

MARCUS HIDE

A cidade de Registro (SP)e toda a região do Vale do Ri-beira deverão ser beneficiadascom a chegada do GNV (gásnatural veicular), a partir do 2ºsemestre de 2007. Até lá, a GásNatural São Paulo Sul, empre-sa distribuidora de gás naturalpara a região Sul do Estado deSão Paulo, deverá iniciar o for-necimento do GNV para umposto de distribuição em Regis-tro. Este projeto prevê o trans-porte do gás natural em suaforma comprimida (GNC), viacarreta, sem a necessidade deconstrução da rede de distribui-ção até Registro.

Para o prefeito de Registro,Clóvis Vieira Mendes, este émais um importante passo nocaminho do desenvolvimentodo Vale do Ribeira, pois alémda contribuição ambiental pelofato do GNV ser menospoluente que outros combustí-veis, a implantação de um pos-to de GNV na região poderáatrair mais investidores, assim

como se caracterizará por maisuma opção para quem cruza aBR-116 a caminho do sul do paíse dos demais países da Améri-ca do Sul. “Para uma rodoviacomo a Régis Bittencourt aoferta do GNV atualmente éessencial, pois devido ao gran-de fluxo de veículos, esta é maisuma fonte de energia que podetrazer diversos benefícios paraa região”.

GNV – Atualmente, cerca de 14mil veículos utilizam GNV naregião Sul do Estado de SãoPaulo. As conversões de auto-móveis para o GNV na regiãoestão na faixa dos 300, por mês.O número de postos vem acom-panhando este crescimento, hojenum total de 27 na região, sen-do 11 deles estrategicamentelocalizados nas principais rodo-vias de acesso ao interior ou emsuas proximidades. A utilizaçãodo GNV (gás natural veicular)significa economia média de65% em relação à gasolina e de

45% em relação ao álcool, naregião de Sorocaba. A vantagemeconômica é reflexo do preçocompetitivo do GNV aliado aomaior rendimento oferecido poresta energia. Além de competi-tivo, o preço do GNV possuimaior estabilidade, uma vez quesua tarifa é reajustada uma úni-ca vez por ano pela Gas Natu-ral São Paulo Sul para o postode distribuição. O veículo aGNV ainda tem direito a 25%de desconto no IPVA no Estadode São Paulo.

A qualidade do GNV é ou-tro importante atrativo, pois éo único combustível impossívelde ser adulterado. Também éimportante a contribuição am-biental oferecida, pois reduzsignificativamente os índicesde emissões nocivas à atmos-fera.

O uso do gás natural emsuas várias aplicações já estádisseminado na região Sul doEstado de São Paulo. A GasNatural São Paulo Sul já soma

mais de 24,4 mil clientes emtoda a região, sendo: cerca de23,5 mil residências, 650 co-mércios, 200 indústrias e 27postos de distribuição de GNV.

Os principais benefíciosadvindos do uso do gás naturalsão: economia na comparaçãocom os demais energéticos,conforto, segurança e contribui-ção ambiental.

A Gas Natural São Paulo Sulestima que terá investido, noano de 2006, cerca de R$ 36,5milhões em infra-estrutura dedistribuição e em projetos parao desenvolvimento do merca-do de gás natural na regiãoonde já atua. Uso do GNV sig-nifica economia média de até65% nos gastos com combus-tível, desconto de 25% noIPVA, segurança e contribui-ção para o meio ambiente. Frotade veículos a GNV na regiãoatendida pela Gas Natural SãoPaulo Sul já chega a cerca de14 mil. Postos de distribuiçãode GNV somam 27 na região.

CIDADES/REGISTRO

Registro terá posto de GNV até segundo semestre de 2007

Entidade ampliou suas instalações

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

EVENTO

Chá Beneficente do Santa Cruzreúne cerca de 250 pessoas

O grupo de Voluntárias doHospital Santa Cruz promoveuno último dia 30 de setembroum chá beneficente em prol dainstituição. O evento, que reu-niu cerca de 250 pessoas, acon-teceu no Hotel Matsubara, nobairro do Paraíso (Zona Sul deSão Paulo). A programação in-cluiu rodadas de bingo, sorteiode brindes e apresentação dedança flamenca.

O cônsul geral do Japão emSão Paulo, Masuo Nishibaya-shi, e a sua esposa, Kikuko,prestigiaram o evento promo-vido pelas voluntárias e volun-tários do Hospital Santa Cruz.O presidente da SociedadeBrasileira e Japonesa de Be-neficência Santa Cruz, PauloYokota, também compareceu.

Cirurgia – O Santa Cruz rea-lizou no dia 20 de setembrouma cirurgia ortopédica inédi-ta no Brasil. Uma pacientecom artrose recebeu o implan-te de uma prótese no quadril(articulação entre a cabeça dofêmur e a bacia) especialmen-te desenvolvida para o biótipojaponês.

Desenvolvida no Japão,esta prótese, de nome“Nippon”, é produzida pelaempresa alemã Aesculap. Im-portada pela fornecedora MBOsteos, a mesma foi doada àpaciente que, devido a fortesdores ocasionadas pela doen-ça, estava impossibilitada decaminhar. A cirurgia foi reali-zada pelo médico ortopedistaItiro Suzuki.

Paulo Yokota e o cônsul Nishibayashi (à frente)

DIVULGAÇÃO

Até ele já perdeu as con-tas. Mas este deve serseu 1.074º livro. Saga,

de Ryoki Inoue, que relata ahistória de quatro gerações deuma família japonesa no Bra-sil, foi lançado esta semana naLivraria da Vila, em São Pau-lo, cidade 210 quilômetros dedistância de onde mora – Gon-çalves (MG).

Em entrevista ao JornalNikkei, o “escritor mais pro-lífico do mundo”, como defi-ne seu site, falou sobre o tra-balho e a inspiração para ge-rar livros e mais livros. Saga,informa o autor, deveria sechamar “Tradição e precon-ceito”. Mas não havia umkanji que representasse todaessa idéia e, entre outras mu-danças finais, trocou o títuloe uma pintura entrou na capa.

A história começa no Ja-pão e chega até os dias atuaisno Brasil. “Procurei focaruma família que cultua as tra-dições só que forçando mis-cigenações. Há uma partemuito densa da colonização, achegada, onde e para quemvieram trabalhar”, descreve,dizendo que a quedados samurais, as fa-zendas em São Pau-lo, a história política doBrasil, a violência ur-bana fazem parte doenredo. “Durantetodo o percurso dra-mático o foco é a cul-tura e a insistência empermanecer o tradi-cionalismo, até osansei. Daí vai se apa-gando o espírito ori-ental, algo que é ab-solutamente naturalna escala de imigra-ção”, diz o sansei de60 anos.

O livro é divididoem cinco partes:Gaijin conta a parti-da do Japão; Issei osprimeiros contatoscom um Brasil reple-to de imigrantes de várias par-tes do mundo; seguem-se en-tão as gerações dos Nissei,Sansei e Yonsei. Nos capítu-los são narradas as experiên-cias das gerações, em conta-to com a realidade de seu pró-prio tempo, até os dias de hoje.

Trata-se de uma ficção his-tórica, baseada em pesquisase entrevistas com persona-gens que no livro têm seunome modificado. “Demoreium ano para fazer as pesqui-sas. Foi complicado, porque,apesar da miscigenação, os

japoneses ainda apresentamuma barreira para contar ascoisas”, relembra o autor. Eespecialista no gênero polici-al, o livro não poderia deixarde relatar crime, “mas classi-fico como thriller, que vai le-vando para o suspense”.

Descendente de portugue-ses por parte de mãe e japo-neses pelo pai, ele afirma quesuas origens o ajudaram a termais proximidade com os fa-tos ocorridos e segurança nahora da redação. “Muito doque narro são coisas que meu

pai e avô me contaram, e quefaz parte da história da minhafamília.” Sobre o tema, Inouediz ser este o primeiro e úni-co livro seu a tratar da imi-gração. Mas sobre japoneses,“já escrevi muito, inclusiveuma série de quatro roman-ces policiais [‘Mario Nogaki’]que vendeu muito bem entreos brasileiros que vivem lá”.

Apesar do RG denunciarcomo seu portador José CarlosRyoki de Alpoim Inoue, ele pre-fere adotar apenas os nomesorientais para assinar as publi-cações. “Preferi assim, apesarda lenda de que os japonesesescrevem para japoneses. Tal-vez o ocidental tenha receio esente que o oriental tem umconhecimento mais elevado.”Mas seus livros são bem ven-didos... “Graças a Deus, por-que apareço na mídia.”

Guinness Book - Produzidoem pouco mais de seis meses– parte textual –, Saga sai pelaEditora Globo e tem 368 pági-nas. O próximo que planejalançar, adianta Ryoki Inoue,deve ser O fruto do ventre,pela editora Record. Terá cer-ca de 700 páginas e deve sairem março de 2007. Segundoele, “uma possibilidade de secriar Cristo, um livro conceituale muito polêmico que trata dosreligiosos e que começa em1468 e vem até os dias de

hoje”. Como o próprio escri-tor revela, são cerca de três aquatro produções simultâneas,o que o levou a ter o nome re-gistrado no Guinness Book.São vinte anos desde que co-meçou como autor, após terdeixado a carreira de medici-na – ele se formou na USP em1970. “Do ponto de vista pes-soal, uma mudança mais inte-ressante. Do econômico, nemtanto assim.”

E de onde vem tanta inspi-ração? “Do dia-a-dia”, res-ponde, emendando outro livroque virá em breve. “O próxi-mo será sobre vaidade. O aci-dente do Boing me deu umapista para o começo. Serábaseado em equiparação detodas as classes sociais e cul-turais frente à tradição. Umestudo sobre o comportamen-to e foco das pessoas em re-lação á vida”, revela, em pri-meira mão.

Com seu método de orga-nização, o nikkei já deu cursoe prepara a publicação didáti-ca Vencendo desafios de seescrever um romance (títuloprovisório), dirigido a novatosque querem se ingressar nomercado editorial ou apenasse aventurar nas entrelinhas.Ensina que para não se per-der, o ideal é fazer antes a es-trutura do romance, com a lis-ta dos personagens, o percur-so dramático...

De todos os contos, ensai-os, policiais, romances que es-creveu, guarda em sua casacerca de 60% dos livros. “Al-guns as editoras não me man-daram”, lamenta. E tem seuspreferidos: “O fruto do ven-tre” (inédito) e “A cartaamassada” (1992), policialcom conotação de humor eque aborda também ecologia.

Para o leitor encontrar seuslivros, boa parte está disponí-vel nas melhores livrarias ouem sites da Internet. “Mas hámuitos esgotados”, avisa.Como se faz, então? “Achomelhor escrever um novo areimprimir o passado”, respon-de. Mania de viciado. “Nuncame passou pela cabeça parar.É uma profissão viciante, e nãohá porque tirar férias, vou pen-sando, tendo idéias e escreven-do ao mesmo tempo.”

(Cíntia Yamashiro)

‘SAGA - A HISTÓRIA DEQUATRO GERAÇÕES DE UMAFAMÍLIA JAPONESA NOBRASIL’, DE RYOKI INOUE

(EDITORA GLOBO, 368 PÁG., R$ 38,00)GÊNERO: ROMANCE

LITERATURA 1

Ryoki Inoue lança ‘Saga’ e falasobre os próximos títulos

Inoue: “Muito do que narro são coisas que meu e meu avô contaram”

JORNAL NIKKEI

Capa do livro recém-lançado

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No próximo dia 15, das 9às 17h, cerca de 900 profissi-onais do Soho Cabeleireirosterão a oportunidade de mos-trar seus talentos em seis ca-tegorias diferentes no SohoCompetition, um campeonatointerno para colaboradores darede.

O objetivo é valorizar emotivar os profissionais naevolução constante das suashabilidades. Este ano, alémdos profissionais atuantes dossalões, poderão participar tam-bém os cabeleireiros que já tra-balharam no Soho.

O campeonato, que ocorrehá 3 anos, será dividido emseis categorias: Permanente,Brushing Anelado, PenteadoArtístico, Unha Artística, Cor-te e Coloração e Ikebana.Para cada categoria existeuma premiação específica, que

pode variar de R$ 500,00 a R$3.000,00, além de um curso emLondres no Centro VidalSassoon, no valor de 8 mil dó-lares.

O evento, aberto ao públi-co, será realizado no EspaçoHakka (Rua São Joaquim, 460– Liberdade). O ingresso deveser trocado por um quilo dealimento não perecível.

Todo o alimento arrecada-do será entregue para a enti-dade filantrópica GrupoSocorrista São Paulo que dis-tribuirá os alimentos para 12entidades que cuidam de cri-anças, idosos e moradores derua.

SOHO COMPETITIONQUANDO: 15 DE OUTUBRO, DAS 9 ÀS 17H

ONDE: ESPAÇO HAKKA (RUA SÃO

JOAQUIM, 460, LIBERDADE)INFORMAÇÕES: 11/3170-4199

DIA 15

Soho Competition deve reunircerca de 900 profissionais

O Serviço Educativo doMuseu da Casa Brasileira rea-liza no dia 12 de outubro a ofi-cina “Origamis voadores: avi-ões, planadores e bumeran-gues”, em homenagem ao Diada Criança. Os origamis voa-dores e seus atraentes movi-mentos poderão ser testados eexperimentados no jardim de6.600 m2 do museu. Podemparticipar crianças a partir de 7anos, e também adultos.

A oficina será ministradapela arte-educadora MariaHelena Aschenbach, tambémconhecida como a “Lena dasDobraduras”, que vai ensinara antiga arte oriental de dar

formas a uma simples folha depapel. O objetivo é estimularnos participantes a percepçãodo universo das formas.

Serão duas turmas, umapela manhã, das 10 às 13h, eoutra à tarde, das 14 às 17h,cada uma com 30 participan-tes. A inscrição para a oficinapode ser feita pelo [email protected] pelo telefone: 11/3032-2499. É cobrada uma taxa deR$ 20,00, que inclui o materi-al, a ser paga no local.

O Museu de Casa Brasi-leira fica na Av. Faria Lima,2705 - Jardim Paulistano Tel.11/3032-3727, em São Paulo.

DIA DAS CRIANÇAS

Museu da Casa Brasileirarealiza oficina de origamisLITERATURA 2

Livro sobre vida dos samurais é lançado no BrasilA Editora JBC lança nes-

se mês mais uma obra quepromete agradar aos quegostam de saber sobre a his-tória dos guerreiros japone-ses. “Enciclopédia dosSamurais” (Ed. JBC, 384pgs, R$ 49,00) mostra pelaprimeira vez, de forma clarae profunda, como nasceu abase do pensamento orien-tal, com pesquisas do inglêsStephen Turnbull, doutor nostemas Samurai e ReligiõesJaponesas e com uma baga-gem profissional que incluimais de 30 anos de estudossobre o assunto.

Nesta obra, o leitor podeconhecer a essência da arteda guerra samurai e suastradições. Com relatos deta-lhados do dia-a-dia dos guer-reiros, é possível entendercomo eles pensavam e agiam.Mais de 40 histórias sobre osfeitos heróicos são descritascom base em antigos registrosde guerra do Japão. As princi-

pais batalhas estão explicadasem estudos de caso que abor-dam as estratégias. Ricamen-te ilustrada, esta enciclopédiatraz mais de 175 mapas e de-senhos inéditos no Brasil.

O livro inclui, ainda, deta-

lhes das estruturas de co-mando da hierarquia samu-rai, as campanhas, o treina-mento militar, o cerco e adefesa dos castelos, as ca-racterísticas dos combatescorpo-a-corpo e coletivos, adescrição das armaduras,dos equipamentos de luta eaté mesmo os rituais reali-zados antes e depois dasguerras. Seções adicionaisexplicam as religiões dosguerreiros, o código de hon-ra, os símbolos utilizados nasbandeiras e a prática doharakiri, o suicídio cometi-do em nome da honra. Porfim, em um levantamentoinédito, o autor conseguiuelaborar uma lista das famí-lias samurais de todo o ar-

quipélago. Pelo sobrenome,qualquer pessoa poderá saberse é descendente de um sa-murai.

Sobre o autor - Especialistaem samurais, o inglês Stephen

Turnbull é um dos maiores his-toriadores militares dos perío-dos medieval e moderno. Combase em suas viagens pelomundo e em suas próprias pes-quisas, ele já lançou aproxima-damente 50 livros sobre otema, em uma carreira literá-ria iniciada em 1977. Realizoutrabalhos para as TVs inglesae americana e colaborou naprodução do documentárioSamurai: The Last Warrior(2004), do diretor CharlesShepard. Graduou-se pelaCambridge University e tor-nou-se PhD em História Reli-giosa Japonesas pela LeedsUniversity, da qual recebeu otítulo de Pesquisador Honorá-rio do Departamento de Estu-dos do Leste Asiático.

Entre os prêmios mais re-levantes que recebeu estão oPrêmio Canon da AssociaçãoBritânica para Estudos Japo-neses (1994) e o Prêmio doFestival Literário do Japão(1998).

Livro inclui detalhes das estruturas

REPRODUÇÃO

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 7

ANIMAÇÃO E DOCUMENTÁRIO

Festivais têm inscriçõesprorrogadas em Mogi

Filmes de todo o Brasil po-dem participar de dois festivaisem Mogi das Cruzes: o “1ºFestival Nacional de Anima-ção” e o “1º DOC Mogi”, pro-movidos pela Prefeitura, pormeio da Coordenadoria deCultura. As inscrições foramprorrogadas até o dia 20 deoutubro e os primeiros coloca-dos receberão troféus e valo-res em dinheiro, de até R$800,00.

As produções escolhidasserão exibidas no Espaço doMeio “Clarice Jorge”, comentrada franca, e farão partedo acervo do Mogi Imagem eSom (MIS). Os vencedoresserão conhecidos no dia 9 dedezembro, em cerimônia noTheatro Vasques. O primeirocolocado levará R$ 800,00; osegundo lugar, R$ 700,00 e oterceiro R$ 600,00.

“O objetivo destes festivaisé exibir, discutir, divulgar, pre-miar e incentivar a produçãonacional de animações edocumentários. Este projetoatende à determinação do pre-feito Junji Abe em democrati-zar e difundir a cultura emMogi das Cruzes”, afirma ocoordenador de Cultura,Adamilton Andreucci.

Os interessados poderãoinscrever até seis obras, inde-pendentemente de tempo deduração e data de sua produ-ção. A inscrição deverá serfeita na Coordenadoria de Cul-tura (na Rua José Bonifácio,516 – Centro – Mogi das Cru-zes – CEP 08710-070), pesso-almente ou por carta. É possí-vel também participar pelo sitewww.pmmc.com.br/festivais/ou pelo e-mail [email protected].

Objetivo do evento é incentivar a produção nacional

DIVULGAÇÃO

AAliança Cultural Bra-sil-Japão realiza ama-nhã (08) a 40ª edição

do Festival de Coral no Gran-de Auditório da SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa, Bukyo, em São Paulo. Se-rão 26 grupos com cerca demil vozes presentes em can-ções japonesas e brasileiras.

As apresentações estão di-vididas em dois períodos. Pelamanhã, quem toma conta dopalco são corais infanto-juve-nis ligados a escolas do ensinoda língua japonesa. A partir das13h, se apresentam 17 gruposadultos, formados por associ-ações culturais, recreativas,religiosas ou grupos indepen-dentes. O repertório musical élivre, mas segundo Yukio Izumi,da Aliança Cultural, “as músi-cas são variadas, sendo queuma deve ser cantada em ja-ponês”.

Na ocasião, o CoralShiinomi Ex-Alunos, Coral LaVinha e Coral das Senhoras daAssociação Nipo-Brasileira deAraçatuba serão homenagea-dos pela 20ª participação. Des-taque aos corais Ashibue, Es-perança Funjinkai e Shiinomi,que participam sucessivamentedesde a sua criação e a pre-sença de grupos fora da capi-tal, entre eles, Coral Nipo-Bra-

sileiro do Rio de Janeiro (RJ),o único de outro Estado.

Desde a sua primeira edi-ção, em 1967, o festival é rea-lizado sempre no segundo do-mingo de outubro e reúne cer-ca de duas mil pessoas.Izumidiz que “como é o dia inteiro,então vai bastante gente” ebrinca que o público estimadopara este ano é “o quanto cou-ber no Bunkyo”.

O evento é considerado umdos precursores do gênero. Ide-alizado pelo professor de músi-ca Shichiro Onodera e auxilia-do pelo maestro KenichiYamakawa, o festival tinha a

NO BUNKYO

intenção de resgatar a auto-es-tima dos japoneses no períodopós-Segunda Guerra, além depreservar e ampliar o ensino dalíngua japonesa no Brasil. Aprincípio, foi organizado pelaSociedade de Difusão da Cul-tura Nipo-Brasileira até 1977,quando passou os cuidados aAliança Cultural Brasil-Japão.

Feira de livros usados - Nomesmo dia, o evento contatambém com a 4ª Feira de Li-vros usados. Diversos títulos,em japonês e em português,doados a instituição serãocomercializados no hall do

Bunkyo. O preço médio é deR$5,00 e os fundos têm comoobjetivo ampliar o acervo daBiblioteca João Hideo Matsu-moto, que é aberta ao públicopara consulta e oferece tudosobre cultura japonesa, didáti-cos e uma pequena parcelasobre cultura brasileira.

40º FESTIVAL DE CORAL EFEIRA DE LIVROS USADOSDATA: 08/10HORÁRIO: DAS 08:30 ÀS 18:00LOCAL: AUDITÓRIO DO BUNKYO – RUA

SÃO JOAQUIM, 381 – METRÔ SÃO

JOAQUIM

ENTRADA FRANCA

40ª edição do Festival de Coral deve reunir cerca de duas mil vozes no Bunkyo

DIVULGAÇÃO

Festival de Coral e Feira do Livroreúnem duas mil pessoas

Revigorada e pronta parapromover as competições quetanto agitaram os jovens dacomunidade no passado, aOrion for Tomodati realiza naquarta-feira (11) um dos con-cursos mais tradicionais destreet dance, o Top Dance,que neste ano chega em sua11ª edição. No total, 20 equi-pes irão disputar a eliminató-ria em duas etapas. Nessaprimeira fase, se apresentamos grupos Ngn Crew,Revolution, New DanceBoys, Steady Force Crew,M.B. Lockers, Die HardCrew, Estilo Livre, Compa-nhia de Rua, Bombe Drack ePalmares Dream’s Crew.

O júri avaliará 10 catego-rias, dentre elas amplitude demovimento, carisma e estilo.No caso de empate, o melhorsincronismo e técnica maisapurada decidem os vencedo-res. Em 2005, o primeiro, se-gundo e o terceiro lugar fo-ram conquistados, respectiva-mente, pelo The Face, EstiloLivre e New Dance Boys.Segundo a organização, aOrion não tem influência so-bre os jurados e os resultadossão entregues dentro de umenvelope aberto somente nopalco.

A mesa do júri neste anoserá composta por Bispo SB(organizador do CampeonatoNacional de Break e MasterCrew), Robertinho Casanova(ex-integrante do New Bra-sil, campeão pelo Miami Vicee bicampeão de karaokê pop),Wilsinho (professor, dj e ins-trutor de dança, campeão doKanagawa), Johny Lee (em-presário, ex-integrante doNew Brasil), Habé (ex-inte-grante do New Brasil, MiamiVice e fundador do grupo TheFace) e Eduardo So (membrodo grupo Discípulos do Ritmoe jurado em diversos campe-onatos no Brasil).

Além da dança, o palco daOnu dará lugar também a umanovidade: está confirmada aapresentação do Ryuu SeiTaiko, que abrirá o campeo-nato com uma apresentaçãodiversificada e original, ao unir

o som de música eletrônicacom a forte batida dos tam-bores japoneses. Segundo oorganizador do evento, Au-gusto Takeda, mais conheci-do como Babu, “é necessárioinovar. Os eventos do Japãoe os Matsuris (festivais) usammuito o taikô como forma deabertura”.

No ano passado, a elimi-natória teve a presença de 2,7mil pessoas. Este ano, a ex-pectativa dos organizadores éde praticamente dobrar o nú-mero de espectadores. “Aidéia é fazer o maior campe-onato dentro da comunidade.Nunca teve uma competiçãodesse tamanho em uma bala-da e que reúna vários estilos”afirma Babu.

Ao mesmo tempo em queacontece a competição destreet, a festa na Onu contaráainda com atrações mais queesperadas pelos jovens nikkeis,como o tradicional open bar,apresentação de pirofagia, re-alizado pelos barmans ebargirls do evento e os dj´s Jor-ge e Pezão com a uma sele-ção de flashback até 1h, emen-dando, logo depois, com osmelhores sucessos da blackmusic, techno, psy e funk.

TOP DANCE

‘Orion for Tomodati’ dá início ao maior campeonato de streetdance da comunidade

LOCAL: ONU

QUANDO: QUARTA-FEIRA (11)ENDEREÇO: RUA PAULO CONTIJO DE CARVALHO, 500, SÃO PAULO

HORÁRIO: 23H ÀS 5H

IDADE MÍNIMA: 16 ANOS

PREÇO: CONVITES ANTECIPADOS R$23,00, NA PORTA R$30,00PONTOS DE VENDAS:HAIKAI - 3277-7267 – LIBERDADE, OU COM OS PROMOTORES DO EVENTO:MAIS INFORMAÇÕES PELO TEL 11/7109-7254

Evento é um dos mais tradicionais e este ano chega a sua décima primeira edição

A Associação de IkebanaKado Ikenobo Tatibana daAmérica Latina, promove, nes-te final de semana (7 e 8), aexposição anual de Ikebana, noClube Monte Líbano. Na rea-lidade, a exposição está aber-ta para os visitantes desdequinta-feira (5), quando houvea inauguração e a entrega dosdiplomas aos alunos.

Esta é a 22ª edição, ondepoderão ser encontradas obrasclássicas, neo-clássicas e oestilo contemporâneo de ike-bana. Serão 600 obras expos-tas, uma de cada artista.

Os organizadores contaramcom a presença das consule-sas da Associação das Consu-lesas de São Paulo, no dia 6,sexta-feira. “Nosso objetivo éintegrar todas as colônias. Bra-sileira, japonesa e libanesa,aproveitando o espaço do clu-be Monte Líbano”, explica, a

professora e diretora presiden-te da Associação, EmíliaTanaka.

Além disso, Emília ressaltaa importância da exposição:“Ikebana é uma arte milenar.Por isso é muito importantedivulgar e expandir conheci-mentos”.

Nanci Taleb Haddad foi aprimeira descendente de liba-nês que recebeu o título de pro-fessora de ikebana. “Achoimportante as pessoas conhe-cerem e apreciarem o ikeba-na. Isso integra culturas dife-rentes”, conta.

Para os interessados, a en-trada é franca e o local da ex-posição fica na Avenida Repú-blica do Líbano, 2267. Hoje aexposição acontece das 10h às18h, amanhã o horário de iní-cio é o mesmo, mas terminamais cedo, às 16 horas.

IKEBANA

Associação Kado Ikenobopromove exposição em SP

A Nichiren Shoshu realizouem setembro a celebração doprimeiro aniversário doKaiddozan Shoboji, templosede desta religião budista nopaís. A cerimônia, que reuniumais de 600 adeptos no bairroda Saúde, em São Paulo, mar-cou ainda a Entronização doTerceiro Sacerdote Prior, re-verendo Shinyo Abiko, quepassou a ser responsável pelapropagação dos ensinamentosda Nichiren Shoshu no país.

Para a celebração, foramconvidados oito sacerdotes queatuam no Japão e em Taiwan,dentre eles o diretor do Depar-tamento de Exterior da

Nichiren Shoshu, reverendoGyoyu Urushibata.

O reverendo Urushibata fa-lou a respeito do retorno do re-verendo Shudo Ijiri, segundosacerdote Prior do Shoboji, aoJapão e agradeceu-lhe pelosmais de 19 anos de dedicaçãoao trabalho da Nichiren Shoshuna América Latina, desejando-lhe sucesso em suas novas atri-buições. Também aproveitouseu discurso para apresentar oreverendo Shinyo Abiko à co-munidade.

“O novo sacerdote Prior,reverendo Shinyo Abiko, tevea experiência de servir duran-te três anos no templo do Bra-

BUDISMO

Nichiren Shoshu comemora 1º aniversário de seu templosil e é uma pessoa valorosa quepossui energia, inteligência eprofundo entusiasmo em prolda propagação da Lei na Amé-rica do Sul. Estou certo de queo reverendo Abiko, que se tor-nou o novo Sacerdote Prior, irácorresponder à confiança doSumo Prelado, utilizando-seamplamente de sua capacida-de.”, disse Urushibata.

Abiko, que é conhecido dosadeptos por já ter atuado noBrasil, primeiro como sacerdo-te assistente e depois comoresponsável pelo templo deAngra dos Reis, discursou emportuguês, agradecendo aspalavras do reverendo Urushi-

bata e reforçando sua deter-minação em corresponder àsexpectativas do Sumo Sacer-dote.

Abiko tem 35 anos e sededica à Nichiren Shoshu des-de os 12 anos de idade, quan-do entrou no sacerdócio.Atuou no Japão, como Sacer-dote Assistente do Jozaiji, tem-plo localizado em Tóquio. Em1993, concluiu o aprendizado,na instituição Fuji Gakurin, per-tencente à Nichiren Shoshu,tornando-se sacerdote, e noano seguinte foi nomeado Mes-tre Orientador. O ReverendoAbiko é casado e tem dois fi-lhos.

Exposição reúne cerca de 600 obras no Monte Líbano

REPRODUÇÃO

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

Em meio aos contornosaté então surpreenden-tes da 27ª Bienal de São

Paulo, caso da ausência de tra-balhos nacionais e o tema atéentão inédito – “Como ViverJunto” –, três artistas japone-ses se preparam para mostrarao público brasileiro, conceitosde arte até então desconheci-dos por aqui, a partir de hoje(7). Tratam-se de MichihiroShimabuku , artista plástico eprofessor visitante de Berlim,e a dupla Yoshiharu Tsukamotoe Momoyo Kaijima, que for-mam o Atelier Bow Wow, es-pecializados em arquitetura.

Em encontro com a im-prensa nikkei na última quar-ta-feira (4), os três apresenta-ram as principais idéias quefarão parte dos trabalhos ex-postos na Bienal, dando ênfa-se ao conceito de união,convicência e coexistência, sín-teses do sentimento que a ex-posição carrega neste ano.Aliás, o tema foi escolhido pe-los organizadores ferais base-ado nos seminários do críticoe filósofo francês RolandBarthes, um dos baluartes dasemiótica e que propôs umareflexão acerca da construçãode espaços partilhados.

Recém-chegado ao Brasil,o artista japonês MichihiroShimabuku apresentará doisvídeos inéditos, um abordandoo trabalho de repentistas e ou-tro abordando a questão damemória. Como ele mesmoconta, participar da Bienal éuma forma de conseguir tra-balhar idéias no Brasil que ospróprios brasileiros não conse-guem enxergar.

“Pensei em trazer um vídeolegendado sobre polvos, quesão muito populares na regiãoem que nasci [Kobe], mas,quando estive no Brasil há al-gum tempo, percebi que nemtodos são alfabetizados”, la-menta ele. A saída encontradapara driblar tal empecilho veiodas ruas do centro de São Pau-lo, através de dois repentistasque improvisaram versos acer-ca do trabalho desenvolvidopelo japonês. Ao final, Shima-buku percebeu que estava di-ante de um trabalho original,autêntico e perfeito para serexibido na Bienal. “É a expres-são do povo brasileiro sobreuma concepção minha, queveio de uma outra cultura.”

Outra idéia que lhe veio àmente quando desembarcouno Brasil pela primeira vez –em meados de 1999 – era detraçar um panorama sobre aimigração japonesa no Brasil,através da arte. Mas, em con-trapartida, não trilhar o cami-nho que a grande maioria faz,mas sim contar a história atra-vés de objetos que tambémdesembarcaram junto com osprimeiros brasileiros. Dessaproposta, veio a idéia de de-senvolver um projeto que con-tasse a história sobre pedrasque também vieram nos navi-os. “Nascia aí a ‘Estória das 7Pedras´ [referência à antigahistória dos 7 Samurais], naqual cada uma delas ficaria‘hospedada’ em alguma cida-de. É um trabalho que não en-

volve grandes instalações, masque mostra realmente o cami-nho dos japoneses em terrasbrasileiras”, explica.

Da mesma maneira queShimabuku, a dupla YoshiharuTsukamoto e Momoyo Kajimatambém chegam ao Brasil parasurpreenderem os brasileiros.Donos do Atelier Bow Wow,a dupla japonesa traz grandesinstalações para o Ibirapuera,sendo uma utilizando árvoresde eucalipto que contracenamcom o próprio prédio da Bienal(“Monkey Way”), e outrasduas que representam abrigosanti-terremotos utilizados noJapão feitos de origami (“Jum-bo Otigamic Arch”), além deuma montagem cenográfica naqual os arquitetos lançam mão

de formas e curvas para mon-tarem uma espécie de estan-tes para livros – ou, no caso,mangás (“Manga Pod”).

Empolgados com a estadano Brasil, a dupla citou algu-mas das influências que os le-varam a produzir instalaçõestão antagônicas. Entre elas,estão o fato do Brasil possuiruma certa peculiaridade naarquitetura, na qual diversosestilos podem ser vistos. Se-gundo Kajima, o próprio Par-que do Ibirapuera, local ondeacontece a Bienal, trata-se deum local muito “estiloso”, doponto de vista arquitetônico.

“Nossa intenção é aproxi-mar o público da questão en-volvendo a energia orgânicadas árvores com o concreto

BIENAL DE SÃO PAULO

Artistas japoneses apresentaminstalações e vídeos na Bienal

utilizado na construção de pré-dios. Um dos pontos que maisme chamou a atenção foi aMarquise. Por lá, existe mui-tas formas e conceitos e, logoembaixo, acontecem atividadesesportivas e educacionais. Foidaí que surgiu a idéia do´Monkey Way´. As pessoaspercorrem alguns corredoresfeitos de árvores, ao mesmotempo que estão rodeadas demodernidade”, analisa Kaijima.

Yoshiharu Tsukamoto afir-ma que, além da questão or-gânica-moderna, os outros doisprojetos também vêm de en-contro com o tema principal daBienal, pois trazem um certotoque de originalidade ao abor-dar questões delicadas comoos terremotos. “É uma formade construir um abrigo contraterremotos de forma prática eoriginal. Com apenas um ori-gami, podemos viabiliza-lo. Jáo estante para mangás trata-se de uma instalação na qualmostramos as questões dasformas e a utilização delaspara fazer um trabalho diver-tido”, diz ele, chamando a aten-ção da questão lúdica que en-volve os três projetos. “As pes-soas poderão participar juntose conhecer um pouco do nos-so trabalho”, finaliza o arqui-teto.

27ª BIENAL DE SÃO PAULOQUANDO: DE 7 DE OUTUBRO A 17 DE

DEZEMBRO

LOCAL: PARQUE DO IBIRAPUERA,PORTÃO 03, SÃO PAULO

ENTRADA GRATUITA

MAIS INFORMAÇÕES PELO SITE:WWW.BIENALSAOPAULO.ORG.BR OU

WWW.FJSP.ORG.BR.

Artistas desembarcam no Brasil trazendo na bagagem obras com influências brasileira e japonesa

MARCUS HIDE

Shimabuku mostra pedras que “desembarcaram” junto com imigrantes

EXPOSIÇÃO

Artistas japoneses expõempela primeira vez no País

A mostra ‘Real HRH +Rika Eguchi’, reunindo quatrojovens artistas japoneses, pros-segue até o dia 5 de novembrona Galeria Deco, em São Pau-lo. Formado por Tanshi Hama-da, Junya Shigematsu e Yoshi-hiro Kojima, o coletivo HRHrealiza uma série de objetos,que se assemelham a bonecasrussas, para ilustrar gráficosda atualidade, indicando volu-me de consumo de uma socie-dade contemporânea, como asreservas de água mineral, ar-mamento, índicespopulacionais e taxas de anal-fabetismo. Além disto, a estetaRika Eguchi é convidada paramostrar suas pecas premiadasno Japão, como os tapetes desangue, ovos feitos de acrílicoe talheres contorcidos.

Junya Shigematsu e Yoshi-hiro Kojima se graduaram pelaUniversidade Federal de Be-las Artes de Tóquio. Shigema-tsu trabalha com o artistaNobuo Mitsunashi, um dosdestaques da Galeria Deco.Kojima trabalha como diretorde arte em uma agência depublicidade. Tanshi Hamadaformou-se pela Escola de Jo-alheria Hiko Mizuno, em Tó-quio.

Eguchi, que é amiga de lon-ga data do coletivo HRH, co-leciona prêmios por onde pas-sa, mesmo sendo uma recém-formada. Ganhou primeiro prê-

mio na sexta edição da Premi-ação do Memorial de ArteContemporânea Taro Okamo-to, na vigésima exposiçaoHitotsubo de Arte Gráfica etambém na Tableware TóquioDome.

Eguchi tem espaço paraapresentar três séries de tra-balhos. O tapete sangrento,por exemplo, são alegorias desituações cotidianas, como umhomicidio ou uma garota noseu período mestrual. Propon-do um relação totalmente di-ferente com os antigos tape-tes rústicos, estes se relacio-nam com o ser humano, usan-do a forma e a cor intensa paracria uma imagem forte.

Já a série de ovos, realiza-das em 2001 e inéditas, rende-ram a artista muitos prêmios.As colheres são um exercíciode lirismo que tem como baseos experimentos do mágico eparanormal israelense UriGeller, que retorcia talheres eparava relógios com o poderda mente. Ela busca umainteração com o público e nãose preocupa com a lado veros-símil.

‘REAL HRH + RIKA EGUCHI’QUANDO: ATÉ 5 DE NOVEMBRO. DE

SEGUNDA A DOMINGO, DAS 10 ÀS 19H

ONDE: GALERIA DECO (RUA DOS

FRANCESES, 153 - BELA VISTA / SP)TELEFONE: 11-3289-7067QUANTO: ENTRADA FRANCA

Mostra prossegue até o dia 5 de novembro na Galeria Deco

DIVULGAÇÃO

Jovens artistas japoneses realizam exposição inédita em SP

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 9

R E S T A U R A N T E S

Ingredientes:Todos os tipos de peixe crudisponíveis, como, por exem-plo: atum, salmão, dourado,garoupa, buri. No mínimotrês tipos, mas o ideal é en-tre cinco e sete.MaioneseCebolinha

Modo de preparo:Corte os peixes em pedaçosde cerca de 0,5 (meio) cm2.Coloque maionese por cima(a gosto) e bata com a faca.

NeguitoroEm seguida, jogue bastantecebolinha picada.

Está pronto o neguitoro, quepode ser utilizado com hoso-maki (sushi enrolado fino),uramaki (sushi ao avesso, coma alga por dentro), gunkanmaki(bolinho de arroz enrolado emalga com recheio por cima),salmon gunkanmaki (o nori ésubstituído por fatia fina desalmão), temaki (cone de algacom arroz e peixe cru). Sequiser, acrescente wasabi agosto.

Uma casa movimentada, eque há mais de dois anos emeio está instalada num pré-dio que concentra seis restau-rantes no início da Rua da Gló-ria, o Food Center. Antes dis-so, o Sushi Guekko situava-sena Vila Nova Conceição, fun-cionava com serviço à la cartee o dono era outro.

“Estava num bairro nobre,porém, não deu certo. Eu trou-xe de lá para cá, porque o[Sushi] Isao é pequeno paraeste sistema”, conta o propri-etário, Isao Gushi, referindo-sea seu outro restaurante, de es-paço menor e que fica um an-dar abaixo. E nas duas casas,o que faz sucesso mesmo é oFestival de Comida Japonesa.No horário do almoço, chegaa fazer fila, mas a espera érecompensada pela diversifi-cada opção de itens entre asiguarias frias e quentes da cu-linária, preparadas no balcãopor uma grande equipe desushimen e cozinheiros.

Sashimis, niguirizushis,uramakis, hosomakis, ovas(tobiko, uni), tempurás, cama-rão empanado e à milanesa,ostras crua e à milanesa, ma-risco, saladas... “Há até 40 va-riedades. Tudo à vontade”, dizo issei. Dos peixes escolhidos,estão os indispensáveis atume salmão, além de robalo,pargo, olho-de-boi, linguado,garoupa, dourado, cambucu,entre outros – que variam deacordo com a disponibilidadediária. São pelo menos seis ti-pos de pescados no balcão, quese apresentam sempre frescose bem cortados.

Num ambiente decorado emmadeira e com luminárias ori-entais, é possível sentar-se àmesa, nos 85 lugares disponí-veis. E o público que o freqüen-ta, de acordo com Gushi, é for-mado 60% por ocidentais, “declasse A, entre juízes e empre-sários, que sabem apreciar pra-tos japoneses”. Dessa enormevariação do famoso bolinho dearroz está o neguitoro (receitaabaixo), inventado pelo dono dacasa, que já trabalhou em ou-tras cozinhas japonesas de SãoPaulo (leia box). “Foi na épocado Enomoto, há 24 anos, numdia que havia uma cliente comcrianças pequenas que não co-miam o sushi tradicional. Maselas gostavam muito de cama-

rão com alface, pepino e maio-nese, e fiz temaki. Depois, fuiao supermercado comprar mai-onese de sabor neutro e aper-feiçoei o temaki neguitoro, pe-gando as partes dos cantos dopeixe. Uso seis tipos de peixespicados com maionese ecebolinha.”

Se antes podia ser conside-rada até ofensa à tradição, amaionese hoje caiu na moda econfere um resultado agradá-vel ao paladar dos fãs de sushi.

Sushi Isao - Antes de seaventurar no comando de umestabelecimento, Isao Gushipassou por outros restauran-tes. Começou no Heike (queficava no Shopping Center 3,da Av. Paulista) aos 18 anoscom o mestre Haruo e foi de-pois para o Enomoto. Traba-lhou também em outros dobairro da Liberdade e apren-dia mais, adquirindo experiên-cia até ter a certeza de quepoderia começar seu negócio.

“Já sabia fazer compra noMercado Municipal, escolhero peixe e o tempero. Tinhaessa base. Para mim, é neces-sário ter convicção, garra eperseverança para conseguirabrir um restaurante”, explica.

Nascido em Naha (capitalde Okinawa), migrou com ospais e mais seis irmãos para aBolívia. O ano era 1962 e eletinha apenas 6 anos. Na Colô-nia 1, onde se estabeleceram,a plantação era de arroz e mi-

lho. A vinda para o Brasil foiem 1970, com objetivo de es-tudar, mas foi trabalhar. Pri-meiro, fritando pastéis em fei-ra livre na cidade de São Pau-lo. E foi em fevereiro de 1987que inaugurou o Sushi Isao, quetem também como opções pra-tos quentes e combinados emseu cardápio. Mas o que atraimesmo a clientela, segundo opróprio dono da casa, é a mesacom bandejas renovadas fre-qüentemente pelos atendentes.

No Sushi Isao, com mesase um sushi-bar, a capacidade épara 47 pessoas. De acordocom o empresário, o sucesso donegócio é zelar pelo atendimen-to e funcionamento da casa. E,além disso, a divulgação boca-a-boca é o que traz mais clien-tes para conhecer o local. “Aspessoas vêm e a propaganda

vai se multiplicando, trazendoclientes de outros bairros tam-bém”, conta, agradecido.

(Cíntia Yamashiro)

SUSHI GUEKKORUA DA GLÓRIA, 111, 2º ANDAR,LIBERDADE

TEL.: 11/3106-7287DE SEGUNDA A SÁBADO, DAS 11H30 ÀS

14H30; JANTAR, DAS 18H ÀS 22H

DOMINGO, DAS 11H30 ÀS 15H; JANTAR,DAS 18H ÀS 21H30ACEITA CARTÃO (TODOS EXCETO AMEX)E CHEQUE

CONVÊNIO COM ESTACIONAMENTO

PATROPI (R$ 3,30 POR 1H, DE SEG. ASEX.; VALOR PROMOCIONAL NO JANTAR,SÁB, DOM E FER.)

SUSHI ISAORUA DA GLÓRIA, 111, 1º ANDAR,LIBERDADE

TEL.: 11/3105-7625

Festival de Comida Japonesa atraipela variedade no Sushi Guekko

No preparo dos sushis e sashimis, Arlete e Jefferson são alguns dos sushimen

MARCUS HIDE

TEMAKIS

Aoyama Temaki quer atrair públicoinfantil no Dia das Crianças

O Aoyama Temaki Hall,nova casa inaugurada no bair-ro paulistano do Itaim Bibi quefunciona no sistema de rodíziodos cones de sushi, comemorao Dia das Crianças com umaproposta inusitada. As criançasmenores de 10 anos não pagamo rodízio de minitemakis, quesugere uma variedade de 13opções diferenciadas.

Temakis de salmão comcream cheese, shimeji, atumcom cebolinha e maionese,kani, pepino, salmão skin ougrelhado são alguns dos itensque constam no cardápio. Pelorodízio de minis paga-se nor-malmente R$ 11,90. Já peloCombinado Kids, o valor é R$12,90 – não faz parte da pro-moção –, e inclui uma porçãopequena de shimeji, sushi, sa-shimi e um minitemaki.

Novidade - Mantendo o mes-mo clima jovial das duas casasdo grupo Aoyama, os sóciosEduardo Nagai e Tiosei Mickiabrem as portas do AoyamaTemaki Hall na Rua AdolfoTabacow, a 200 metros da Av.Faria Lima. É a primeiratemakeria de São Paulo a fun-cionar com rodízio. “Queremosser agora os pioneiros neste sis-tema com temakis”, diz Nagai.

O estabelecimento oferece,além das 13 variedades detemakis, quatro entradas

(harumaki, guiozá, missoshiro,hot roll) e três grelhados (fran-go, salmão e picanha). Tudopor apenas R$ 17,90 no almo-ço e R$ 22,90 no jantar.

Para quem preferir, a casatambém tem opções à la carte,com receitas quentes clássicasde hosomakis (sushis finos) euramakis (sushi com alga enro-lada por dentro), vendidos porunidades e combinados de sushise sashimis com preços que va-riam de R$ 28,00 a R$ 30,00.

A nova casa também sedestaca pela arquitetura joveme moderna. Em um espaço dequase 70 metros quadrados,com capacidade para 40 pes-soas, o ambiente tipicamentejaponês oferece quase 7metros quadrados de pé-direi-to, cobertos por uma imensavitrine de vidro, que possibilitaaos clientes acompanhar omovimento da rua.

AOYAMA TEMAKI HALLRUA ADOLFO TABACOW, 269,ITAIM BIBI, SÃO PAULO

TEL.: 11/3079-1373ACEITA TODOS OS CARTÕES E TICKET

RESTAURANTE

ALMOÇO DE TERÇA A SEXTA, DAS 12H

ÀS 15H; SÁBADO, DAS 13H À 0H

JANTAR DE TERÇA A QUINTA, DAS 19H

ÀS 23H30; SEXTA, DAS 19 À 0H30DOMINGO, DAS 12H ÀS 23H ESTACIONAMENTO COM MANOBRISTA

(R$ 8,00)

Ambiente moderno é propício para degustação de temakis

DIVULGAÇÃO

Teve início no dia 28 de se-tembro a segunda turma docurso de extensão universitá-ria Cores e Sabores Asiáticos.Realizado no Centro Univer-sitário Senac (campus SantoAmaro, em São Paulo), o ob-jetivo é proporcionar ao alunouma viagem pelas cozinhas doJapão, China, Indonésia, Índia,Sri Lanka, Coréia, Filipinas,Malásia, Singapura, Vietnã eTailândia por meio de aulasexpositivas, práticas e de de-monstração.

Além de técnicas e recei-tas, o curso oferece tambémum panorama da cultura des-ses países. Os alunos acom-panharão, por exemplo, umacerimônia do chá e terão uma

aula de ikebana. A programa-ção contempla ainda visitas aoCeagesp e ao bairro da Liber-dade, em São Paulo, ondeaprenderão a comprar ingre-dientes e utensílios específicosda culinária do Oriente.

Como parte do programa,os docentes responsáveis pelocurso, Márcio Seiji Maehanae Marcos Bosniac Eituts,ensinam técnicas básicas dedecoração e esculturas emvegetais. Os alunos terão ain-da uma aula de demonstraçãode cozinha exótica. O cursotem duração de 96 horas. In-formações sobre novas turmasno site www.sp.senac.br oupelo telefone 11/0800-883-2000.

CURSOS

Senac inicia curso ‘Cores eSabores Asiáticos’

Aulas propiciam viagem pelas culinárias do oriente

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

EMPRESAS

Yamaha Náutica apresentanovidades na SP Boat Show

A Yamaha Náutica é umdos destaques no maior salãonáutico indoor da AméricaLatina, o São Paulo BoatShow, que prossegue até o dia10 de outubro no Transaméri-ca Expo Center.

Com um espaço privile-giado de 312 m² , o estandeda empresa é o maior entreos expositores de motores depopa e jets. No espaço Ya-maha, o visitante pode con-ferir o jet resgate – um wa-verunner modificado acopla-do a um quadriciclo que éusado para salvar náufragos.Na Austrália, essa duplaagiliza e facilita o trabalhodos salva-vidas.

A Yamaha lança ainda emprimeira mão o motor de popa50 HETOL de 2 tempos. E osnovos modelos de waverun-ners da marca: VX Cruiser eVX 700. Vale conferir tam-bém as novas cores e grafis-mos do FX 160 Cruiser HO edo Super Jet, VX e GP 1300Rpara o ano que vem.

Além disso, os modelos2007 dos motores de popa 2tempos: 15, 25, 40, 90, 115 e150 hp, e os motores quatrotempos: 15, 25, 60, 90, 115, 150,

225 vão estar no local.Também está presente o

novo Tempest 270, barco equi-pado com parelhas de moto-res de popa Yamaha no lugarde parelhas de motor centrorabeta, cujas vantagens inclu-em maior velocidade, econo-mia, segurança, conforto e es-paço interno.

O São Paulo Boat Show2006 reúne os principais esta-leiros do País, grandes impor-tadores e lojas especializadasem produtos para náutica, mer-gulho e pesca. O evento contacom cerca de 130 expositorese são esperados mais de 40 milvisitantes no local. A expecta-tiva é que os negócios movi-mentem em 6 dias cerca de135 milhões de dólares. O SPBoat Show é dividido em pra-ças temáticas que enfocamtodos os esportes náuticos,como mergulho, vela, turismoe veículos aquáticos.

SÃO PAULO BOAT SHOWQUANDO: ATÉ 10 DE OUTUBRO.DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 14 ÀS

22H. SÁBADO E DOMINGO, DAS 12 ÀS 22H.ONDE: EXPO TRANSAMÉRICA (AV. DR.MÁRIO VILLAS BOAS RODRIGUES, 387 –SANTO AMARO/SP)

Jet Resgate estará exposto para público durante evento

DIVULGAÇÃO

Opresidente da NissanMercosul, ThomasBesson, anunciou um

novo plano de negócios para aregião Mercosul. O Plano pre-vê o lançamento de seis novosmodelos até 2009, além da du-plicação da rede de concessi-onárias e de investimentos naordem de US$ 150 milhõesdurante os próximos três anos.Segundo Thomas Besson, ovolume atual de 7 mil unida-des por ano passará para 40mil em 2009. “O Mercosul es-tabelece as bases para o cres-cimento sustentado e rentávelda Nissan na região. Vamosaumentar a oferta de produtose a presença da marca nopaís”, afirmou ele.

O presidente da montado-ra no Mercosul confirmou achegada do crossover NissanMurano – com motor 3.5 V6e câmbio CVT (ContinuousVariable Transmission), quesuaviza a mudança de mar-chas e otimiza o consumo decombustível – ainda em 2006,e o lançamento da nova ver-são do sedan Sentra, de umanova picape de luxo e dohatchback Tiida para o os pró-ximos 12 meses. Os demaisprodutos serão anunciados emum futuro próximo.

Segundo a empresa, oNissan Tiida “alia a versatili-dade de um hatchback mé-dio ao interior espaçoso de umsedan de luxo. O modelo tam-bém se destaca pelo ótimo de-sempenho e o baixo nível deconsumo de combustível”. Jáa nova picape de luxo que aNissan trará para o Brasil

vem equipada com transmis-são automática e motor 2.5Lturbodiesel, com um modeloprojetado “visando maior es-paço interno, conforto e refi-namento, sem deixar a robus-tez e o desempenho de umapicape”.

Para Besson, além do lan-çamento de novos produtos eda ampliação da rede comfoco na qualidade em vendase pós-vendas, o plano tambémprevê o fortalecimento da en-genharia local, de modo a ga-rantir velocidade de respostaao mercado e o desenvolvi-

AUTOMÓVEIS

Nissan anuncia investimentos deUS$150 milhões para Mercosul

mento de produtos e peças lo-calmente. “A satisfação dosclientes é ponto fundamentalpara o sucesso do plano. Asiniciativas do SHIFT_mercosulasseguram o padrão Nissan dequalidade e diferenciação emprodutos e serviços”, explicouo executivo.

A montadora japonesa pro-duz no Brasil desde 2001, quan-do deu início à fabricação dapicape Frontier e, logo em se-guida, do utilitário-esportivoXterra na CVU (Curitiba Veí-culos Utilitários), em São Josédos Pinhais (PR).

O CEO da Nissan, o brasi-leiro Carlos Ghosn, reforçou aimportância da região Merco-sul para a estratégia de cres-cimento da empresa nos pró-ximos anos. “Temos metasousadas para nossa marca.Entre elas, manter a margemoperacional entre as maioresda indústria e atingir vendas de4,2 milhões de unidades emtodo o mundo no ano fiscal de2008. Nesse contexto, a regiãoMercosul é parte crucial daestratégia de expansão”, afir-mou em vídeo gravado exclu-sivamente para o evento.

Thomas Besson apresentou novos modelos que devem desembarcar no Brasil em breve

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Os 50 anos do Clube Re-creativo Orion, em São Josédos Campos, foram comemo-rados em grande estilo, no úl-timo dia 23 de setembro (sá-bado). A festa reuniu cerca de500 membros do clube em umjantar com comidas típicas ja-ponesas.

Dentre os acontecimentosda comemoração, as apresen-tações de taikô e bon odori to-maram conta da diversão dosali presentes. “Contratamos otaikô, mas o bom odori foi dan-çado pelo pessoal do clube”,conta Mario Sanefuji, atualpresidente do Orion.

Além das apresentações,houveram homenagens ao Clu-be e seus membros, pelos ser-viços prestados à comunidadenikkei, durante todos essesanos, desde 1956. A figura prin-cipal a ser homenageada foiRiosaku Sanefuji, 74 anos, oprimeiro presidente do Clube.

O aniversário do Orion écomemorado a cada 10 anose é realizado com a renda ar-recadada nos eventos e festaspromovidos pelo clube, comoo Yakibingo, que este ano seráno dia 21 de outubro. “A reali-zação é do próprio clube. Oapoio? De Jesus Cristo”, brin-ca o presidente.

Atualmente existem apro-ximadamente 300 famíliasmembros que se reúnem sem-pre para todas as comemora-ções e eventos realizados peloOrion. “Somos muito unidos eisso ajuda muito”, conta Ma-rio Sanefuji.

A história - Na noite de feve-reiro de 1956, foi fundado oClube Recreativo Orion, par-tindo do princípio da integra-ção e realização de atividadesentre a comunidade japonesade São José dos Campos.

Abrindo as portas para pes-soas descendentes de japonesese até de outras nacionalidades,mas que comungassem a mes-

COMEMORAÇÃO

50 anos do Clube Orion reúne comunidadenikkei de São José dos Campos

Riosaku, Mário Sanifuji e Hayashi (da esq. p/ dir.)

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ma filosofia e o mesmo ideal, oOrion nasceu forte tendo o bei-sebol como carro chefe.

Paralelamente a esse es-porte, os jovens se reuniam ecompartilharam o mesmo inte-resse pela música, e foi quan-do surgiu um dos melhoresconjuntos da colônia japonesaem todo o Brasil, a OrionBand. A banda permaneceu naativa até meados dos anos 90.

Além dessas atividades, oclube foi famoso também peloseu judô, futebol, tênis de mesa,a oratória, a Festa do Quentão,o Yakibingo, Festa das Crian-ças, Feijoada, Undokai, dentreoutros.

Outro ponto que merecedestaque é a arquitetura doClube. A cobertura do Orion éuma obra de arte, cujas vigase caibros dão sustentação aotelhado que estão encaixados

uns aos outros, sem que hajanenhum prego. È uma técnicada marcenaria japonesa.

Na comemoração dos 30anos do Clube, os membrosinauguraram o ginásio polies-portivo, para que todos tives-sem oportunidade de desenvol-ver atividades esportivas desua preferência.

A partir dos anos 90 até osdias de hoje, a geração quecomanda as ações do Orion,além de manter as atividadestradicionais, tem buscado me-lhorias nos bens do clube,como a construção de novossanitários e de um novo prédioque abriga uma nova cozinhano térreo e uma sala de admi-nistração no 1º andar, a intro-dução do Jardim Japonês econstrução de novos vestiári-os para o ginásio.

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 11

NIKKEI RURAL

São Paulo terá o maior centrode comercialização de flores

São Paulo lidera em todosos segmentos que compreen-dem o setor de flores e plan-tas ornamentais, concentrando70% do movimento nacional detodas as fases do comércio –varejo, atacado e vendas deprodutores. Por ano, são mo-vimentados R$ 2 bilhões, comuma média de consumo percapita/ano de US$ 6. Tais nú-meros resultaram em um pro-jeto inédito, o Mercado de Flo-res da Cidade de São Paulo,desenvolvido pela São PauloTurismo, em parceria com aCPTM (Companhia Paulistade Transportes Metro-politanos) e produtores do Es-tado, representados peloSincomflores (Sindicato doComércio Atacadista de Flo-res e Plantas do Estado de SãoPaulo). A idéia prevê a insta-lação de um mercado perma-nente de flores ornamentais nacidade, instalado em uma áreade 70.000 m² em privilegiadalocalização.

Segundo o presidente emexercício do Sinconflores, Pau-lo Murad, a iniciativa visa res-gatar o forte comércio de flo-res na cidade de São Paulo,visto que os grandes compra-dores vinham de um processode migração para cidadescomo Holambra e Campinas.“Além do apoio do Estado eda prefeitura, um grupo de in-vestidores e produtores já es-tão se empenhando para que,até maio de 2007, o novo mer-cado esteja pronto”, diz.

Inicialmente, o Mercado deFlores dotará a cidade de umnovo ponto turístico, vinculadoa um produto com forte apelonatural, construído obedecen-do a regras ambientais. Aten-derá a uma demanda de pro-dutores de plantas ornamentaisdo Estado, que terão um localadequado para o comércio ata-cadista e varejista, inserido noprincipal centro consumidor doPaís.

Não bastasse ser o grandepólo consumidor de plantas eflores ornamentais, São Paulotem ainda uma vantagem com-petitiva única: fica no centrogeográfico da maior região pro-dutiva do Brasil. Ou seja, em

um raio de 180 quilômetrosestão mais de 60% da produ-ção nacional. Todos os estu-dos sobre o assunto ressaltama importância estratégica denão haver uma distância supe-rior a 400 quilômetros entre olocal de produção e o de co-mercialização.

Mais uma vantagem doMercado de Flores: ele ocupa-rá uma área pertencente àCPTM, localizada ao lado daLinha C (Osasco-Jurubatuba)na Marginal Pinheiros, entre asestações Ceasa e Villa Lobos-Jaguaré, dentro do Patio Ceasa.O acesso ao mercado é facili-tado por três rodovias do en-torno (Castelo Branco, RégisBitencourt e Raposo Tavares),pelos trens da CPTM e pelafutura interligação com a Linha4, do Metrô.

Estrutura do Mercado deFlores - O formato originalprevê a construção de 268 bo-xes permanentes para o vare-jo, com tamanho padrão de 24m² cada, e uma plataforma co-berta para a distribuição dosprodutores atacadistas, comcapacidade para receber si-multaneamente 120 cami-nhões. Visando enfatizar o ca-ráter turístico do mercado, se-

rão oferecidos ainda serviçoscomplementares e lojas deconveniência, com bons res-taurantes, cybercafés, livrari-as, lanchonete, agência bancá-ria, além de um espaço reser-vado para cursos, de cunhosocial ou não, voltados à for-mação de profissionais que li-dam com decoração, jardins,plantas e flores ornamentais.

O local também será con-templado com um amplo esta-cionamento, com vagas paracaminhões e carros de passeio,que terão à disposição uma pis-ta de desaceleração que ga-rantirá a segurança para oacesso ao Mercado.

O Mercado de Flores de

São Paulo funcionará seis diaspor semana, em horários ade-quados ao atacado e ao varejode flores plantas e insumos. Noatacado, como envolve umarotina já assimilada por compra-dores e produtores — e a utili-zação de caminhões —, pode-rá abrir das 22 às 8 horas ouem horários definidos pelos pró-prios produtores. No varejo,com maior fluxo de pessoas aosfinais de semana, o funciona-mento inicialmente será ditadopela dinâmica do negócio e asnecessidades do público.

Um bom restaurante, porexemplo, poderá permaneceraberto fora do horário comer-cial.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Governador Cláudio Lembo e representantes das entidades durante apresentação do projeto

O Mercado em números· Investimentos iniciais estimados em R$ 17 milhões.

· Volume de negócios estimados em R$ 110 milhões/ano (R$ 37 mil varejo e R$ 73 mil atacado).

· Espaço para 300 lojas varejistas e área dealimentação e serviços (268 exclusivas para flores esimilares e 32 para área de conveniência).

· Estacionamento para 120 caminhões atacadistas emplataforma coberta.

Associação celebra Semanado Engenheiro Agrônomo

A Associação de Enge-nheiros Agrônomos do Distri-to Federal (AEA-DF) reali-za, a partir da próxima segun-da-feira, a Semana do Enge-nheiro Agrônomo.

Durante cinco dias, a as-sociação pretende realizarvárias atividades, como ciclosde palestras e conferências,para lembrar o dia do enge-

nheiro agrônomo, comemora-do em 12 de outubro.

O presidente da Associa-ção, José Silvino de Carva-lho, afirmou que as atividadesda Semana do EngenheiroAgrônomo vão mostrar paraa sociedade as contribuiçõesque esses profissionais dãopara o desenvolvimento sus-tentável do país.

Lei da Agricultura Familiardefende produtores orgânicos

O Tribunal Regional Fe-deral (TRF) da 4ª Regiãoproibiu o Conselho Regionalde Engenharia, Arquitetura eAgronomia do Paraná(CREA-PR) de multar agri-cultores familiares por faltade agrônomos nas proprie-dades. A decisão liminar foibaseada na Lei nº 11.326,aprovada em 24 de agostodeste ano, e que ficou co-nhecida como Lei da Agri-cultura Familiar. A ação ci-vil pública foi proposta peloMinistério Público Federal(MPF).

Com a decisão, o CREA-PR está impedido judicial-mente de exigir o acompa-nhamento de engenheirosagrônomos aos agricultoresfamiliares que apenas culti-vam a terra e utilizam os re-cursos naturais sem qualquer

obra, projeto, empreendi-mento ou afins. O Conselhotambém não poderá cobrarmulta dos proprietários ruraisdevido à ausência dessesprofissionais.

A entidade multava agri-cultores pelo exercício ilegalda profissão, sob a alegaçãode que as atividades só po-dem ser executadas com aassistência de engenheirosagrônomos. O CREA-PRacatou as decisões do TRFda 4ª Região e suspendeu ascobranças de multa até o jul-gamento do mérito da ação.O MPF defende que nãoexiste jurisdição para a ati-vidade agrícola ser exercidaem estabelecimentos famili-ares exclusivamente por en-genheiros agrônomos. NoPaís, há hoje 4,2 milhões deestabelecimentos familiares.

Certificadoras e auditores sãoatualizados sobre novo Sisbov

O Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa) reunirá res-ponsáveis técnicos das enti-dades certificadorascredenciadas no Serviço deRastreabilidade da CadeiaProdutiva de Bovinos eBubalinos (Sisbov) nos pró-ximos dias 2 e 3 de outubroem Brasília. O objetivo é ofe-recer um curso de atualiza-ção sobre as novas regras doSisbov, a partir da InstruçãoNormativa nº 17.

Segundo Sergei Brener,coordenador do Sistema deRastreabilidade, o curso daráoportunidade àscertificadoras de uniformizaro entendimento quanto àsnovas regras e esclarecerdúvidas dos responsáveis téc-nicos, que serãomultiplicadores das informa-ções. O curso será no audi-tório do edifício sede doMapa. Atualmente, cerca de65 certificadoras sãocredenciadas no Sisbov.

Auditores – Ainda nomês de outubro, entre os dias

23 e 27, o Mapa promoverá,na Superintendência Federalde Agricultura de São Paulo,curso para fiscais federaisagropecuários que atuamcomo auditores do Sisbov. “Oobjetivo também é atualizaros profissionais sobre o novosistema e formar novos audi-tores”, informou o coordena-dor.

A Instrução Normativa17, que instituiu o novoSisbov, foi publicada no Diá-rio Oficial da União da 14 dejulho. Os pecuaristas poderãoaderir ao sistema até 31/12de 2007. A principal mudan-ça é o cadastramento por pro-priedade e não mais por ani-mais.

A adesão ao Sisbov é vo-luntária. No entanto, só aspropriedades cadastradas nosistema poderão exportarpara os mercados que exi-gem a rastreabilidade, entreos quais a União Européia(UE) e o Chile. A UE impor-ta hoje cerca de 25% de totaldos embarques brasileiros decarne bovina.

Governo discutirá políticade doações ao fome zero

O presidente da Com-panhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), Jacin-to Ferreira, reuniu-se comrepresentantes do Ministé-rio do Desenvol-vimentoSocial e Combate à Fome(MDS) e de órgãos gover-namentais que coordenamações do Fome Zero paradiscutir o formato de umseminário que, em novem-bro, deverá avaliar a políti-ca de doações feitas ao pro-grama.

Um dos itens que serãoanalisados é a forma de

gerenciamento das doa-ções. Hoje, só os produtosapreendidos pela ReceitaFederal e pelo Ibama, en-tregues ao MDS, somam deR$ 500 milhões.

O material deve ser do-ado a comunidades indíge-nas, quilombolas, acampa-dos, escolas e entidades so-ciais. “O evento será umaboa oportunidade para am-pliar a atuação do Progra-ma de Aquisição de Alimen-tos (PAA), hoje o maior do-ador para os assistidos peloFome Zero”, disse Jacinto.

NACIONAL

Programa nacional deeducação sanitária é criado

Entrou em vigor, nesta se-mana, a instrução normativainstituindo o Programa Nacio-nal de Educação Sanitária, queserá desenvolvido no âmbitodo Sistema Unificado de Aten-ção à Sanidade Agropecuária(SUASA) e dos Sistemas Bra-sileiros de Inspeção de Produ-tos e Insumos Agropecuários.O projeto de instruçãonormativa ficará sob consulta

pública por 30 dias, a partirdesta quarta-feira, conforme aportaria nº 217, assinada pelosecretário interino de DefesaAgropecuária, Nelmon Olivei-ra, do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento.

A educação sanitária será omecanismo responsável porgarantir o comprometimentodas cadeias produtivas do agro-negócio e da sociedade civil no

atendimento do decreto nº5.741, que criou o SUASA. Deacordo com o projeto de instru-ção normativa, o programa na-cional visa estabelecer diretri-zes para a execução, acompa-nhamento e avaliação das ati-vidades educativas em defesaagropecuária. Para isto, serácriada uma estruturaorganizacional capaz de garan-tir a execução contínua destas

atividades.As sugestões deverão ser

encaminhadas para [email protected] oupara o Gabinete da Secretariade Defesa Agropecuária doMinistério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento –Esplanada dos Ministérios Bl.“D”, Anexo “B”, 4º Andar, sala406, Brasília – DF – CEP:70.043-900.

REGIONAL

FAESP busca acordo com Indústrias Citrícolas de SPHá mais de quatro meses

vêm sendo realizadas rodadasde negociações entre a Fede-ração da Agricultura do Esta-do de São Paulo (FAESP) e asindústrias processadoras desuco de laranja do Estado, paraa celebração de um acordopara fixar um bônus emergen-cial, a ser pago aos citricultores.

O acordo prevê um adicio-

nal de preço para a sasfra2006/2007, baseado no resul-tado do primeiro ven-cimentodos contratos futuros negoci-ados na Bolsa de Nova Iorque,durante o período de julho de2006 a junho de 2007. Essevalor deve representar aproxi-madamente Us$ 1,00 por cai-xa, garantindo o preço mínimoequivalente a US$ 4,00/caixa.

De acordo com informa-ções da FAESP, as negocia-ções estão em fase avançada.A entidade ressalta, entretan-to, que, por se tratar de acor-do que envolve agentes de ummesmo segmento econômico,seus termos deverão ser sub-metidos à análise prévia à Se-cretaria de Direito e Econômi-co do CADE (Conselho

Adminis-trativo de DefesaEconômica).

Por conta da demora natu-ral na assinatura final do acor-do, ficou definido com duasempresas do ramo, Cutrale eCoimbra, entre outras decisões,que as empresas farão um adi-antamento aos produtores, ba-seado no valor a ser estabele-cido em um futuro acordo.

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12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

NIKKEI RURAL

CURSOS E EVENTOS

DivulgaçãoPara divulgar cursos e eventos, basta enviar e-mail para oendereço eletrônico: [email protected]

Sistema permite obter tomatesem resíduo de agrotóxico

A Embrapa Solos conse-guiu pela primeira vez, produ-zir tomate sem resíduo deagrotóxico. As análises, feitaspela FIOCRUZ em São Joséde Ubá (RJ), comprovaram apureza do tomate. O sistemade produção chama-seTomatec.

“O Tomatec envolve o tra-balho de conservação de soloe água com a introdução doplantio direto do tomate napalhada. Associadas ao plan-tio direto, foram introduzidastécnicas de fertirrigação, ma-nejo integrado de pragas(MIP) e ensacolamento dapenca de tomate”, diz opequisador da Embrapa Solose líder do projeto José RonaldoMacedo.

As ações de MIP e deensacolamento da penca do

tomate produzem um tomateisento de agrotóxico, pois hou-ve redução do uso do mesmo

devido ao MIP e a proteçãofísica do saco, evitando o ata-que de brocas e o depósito da

calda na casca do tomate.A fertirrigação proporciona

maior eficiência no uso da águae de adubos mais solúveis, re-duzindo, assim, os fortes níveisde adubação registrados naslavouras de tomate.

O Sistema de Plantio Dire-to na Palha (SPD) promove aredução do processo de ero-são que é decorrente do pre-paro inadequado do solo.

O Tomatec produz um to-mate limpo, resistente e deexcelente aparência, com selode qualidade e rastreabilidade,o que proporcionará ao produ-tor receber melhor preço peloseu produto.

Vale lembrar que, ao ladodas culturas da batata, mamãoe morango, a do tomate é umadas que apresenta maior resí-duo de agrotóxico.

DIVULGAÇÃO

Tomatec produz tomate limpo, resistente e de boa aparência

GERAL

MEIO AMBIENTETEMPOConfira a previsão dotempo para este final desemana no Estado de SãoPaulo:

SábadoChuvoso durante o dia etambém à noite.Mínima de 18º e máximade 24º.

DomingoChuvoso durante o dia etambém à noite.Mínima de 17º e máximade 22º.

Fonte: Clima Tempo

Multa ambiental poderáser paga com bens e serviços

Está em tramitação naCâmara Federal o Projetode Lei 7249/06, do deputa-do Carlos Nader (PL-RJ),que autoriza o pagamentode multas ambientais combens ou prestação de servi-ços. Esses bens e serviçosdeverão fortalecer os ór-gãos e entidades ambien-tais, custear e desenvolverprogramas e projetos de pro-teção ao meio ambiente,recuperar áreas degradadasou auxiliar na implantação

e manutenção de áreas pro-tegidas.

Os valores da multa de-verão ser convertidos pelaautoridade responsável sehouver a solicitação do in-frator.

A medida, segundo o de-putado, facilitará a puniçãodos infratores, uma vez quemuitos deles acabam sem ternenhum tipo de condenação,de acordo com o Instituto doHomem e Meio Ambiente daAmazônia – Imazon.

O projeto de lei 7249/06encontra-se sob análise daComissão de Meio Ambien-te e Desenvolvimento Sus-tentável – CMADS -, sobrelatoria do deputado SarneyFilho (PV-MA), na CâmaraFederal.

Depois, deverá ser apre-ciado pela Comissão deConstituição e Justiça e deCidadania - CCJC.

Com informações daAgência Câmara e do JornalAmbiente Brasil

Novas publicações sobre a agroindústria familiarA partir desta semana en-

contram-se disponíveis no siteda Secretaria de AgriculturaFamiliar (SAF) quatro publica-ções direcionadas a técnicos ea agricultores familiares, quetratam de implantação, ade-quação e/ou operacionalizaçãode agroindústrias, respeitandoos aspectos legais e a sanida-de. Elas incluem, ainda, a pre-ocupação com a sustentabili-dade.

Duas delas, Recomenda-

ções Básicas para a Aplicaçãodas Boas Práticas Agropecuá-rias e de Fabricação na Agri-cultura Familiar e Orientaçõessobre o Registro, no Ministérioda Agricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA), deBebidas e EstabelecimentosProdutores de Bebidas foramlançadas este ano e, agora, es-tão disponibilizados no link: http://smap.mda.gov.br/documentos.

Para isso, é necessário ocadastramento informando o

CPF e o objetivo do acesso.

Destaque - A publicaçãoReco-mendações Básicaspara a Aplicação das BoasPráticas Agropecuárias e deFabricação na AgriculturaFamiliar é voltada para os téc-nicos que prestam assistênciatécnica à agricultura familiar,com ênfase nos aspectos liga-dos às Boas Práticas de Fa-bricação (BPF) e às Boas Prá-ticas Agropecuárias (BPA). O

livro inclui os principais escla-recimentos sobre exigênciascontidas nas recomendaçõestécnicas, de legislações espe-cíficas e na rotulagem de ali-mentos, assim como o trans-porte e o armazenamento.Tem como destaque as reco-mendações às práticas do pro-cessamento mínimo de vege-tais e a pós-colheita de frutase hortaliças, áreas com poten-cial de desenvolvimento naagricultura familiar.

PESQUISA

Estudos com cogumelounem Brasil e China

A Embrapa Recursos Ge-néticos e Biotecnologia e aUniversidade de Longyan, daprovíncia de Fujian, China, as-sinam no dia 06 de outubro, umprojeto de cooperação técnicapara ampliar as pesquisas comcogumelos comestíveis e me-dicinais e incentivar o seu usona dieta alimentar do povo bra-sileiro. O projeto será assina-do pela Diretora-Executiva daEmbrapa, Tatiana de Abreu Sá,e pelo Vice-Presidente da Uni-versidade, Lin Yuexin.

Os cogumelos são alimen-tos muito nutritivos - comquantidade de proteínas quaseequivalente a da carne e aci-ma de alguns vegetais e fru-tas, ricos em vitaminas ecarboidratos, e com baixo teorde gordura. Além disso, suaspropriedades medicinais vêmsendo investigadas desde adécada de 70, especialmenteno Japão, China, França e Es-tados Unidos, e hoje já se sabeque podem ser importantes ali-ados no tratamento comple-

mentar de muitas doenças queafligem a humanidade, comocâncer, lupus, hepatite, HPV(Vírus do Papiloma Humano)e até AIDS, já que estimulamo sistema imunológico.

O projeto de cooperaçãotécnica entre o Brasil e a Chi-na tem como principal objetivodesenvolver pesquisas e solu-ções tecnológicas para melho-rar ainda mais o nível nutricionaldos cogumelos comestíveis emedicinais, que já possuem emsua composição química: pro-

teínas, vitaminas, minerais, áci-dos graxos insaturados e fibrasnutricionalmente valiosas. Paraisso, como explica a pesquisa-dora da Embrapa RecursosGenéticos e biotecnologia,Arailde Urben, as duas institui-ções vão unir esforços para de-senvolver coletas desses fun-gos em todo o Brasil, visandoidentificar novas espécies dealto valor nutricional e medici-nal para serem estudadas e fu-turamente incorporadas à dietados brasileiros.

Pesquisadores realizamworkshop da banana

O Pólo Regional do Valedo Ribeira, órgão da Secre-taria de Agricultura e Abas-tecimento do Estado de SãoPaulo, promove no próximodia 13 de outubro o“Workshop sobre Nutrição eAdubação da Cultura da Ba-nana no Vale do Ribeira”. Oevento conta com a palestrade dois pesquisadores doEquador que irão abordar asexperiências sobre o temanaquele país e repassar aosprodutores rurais da região.

Segundo um dos organiza-dores do evento, EdsonShigueaki Nomura, pesquisa-dor científico do Pólo Regio-nal do Vale do Ribeira, a tro-ca de experiência entre osdois países é muito importan-te para conhecer o que é fei-to em outros locais e melho-rar a produção de banana nãoapenas no Estado de SãoPaulo, mas em todo o País.

De acordo com Nomura,a produção de banana no Valedo Ribeira é parte importan-te da renda dos pequenos emédios produtores, além seser muito utilizado na alimen-tação da população de baixarenda, principalmente no meiorural. “A banana sendo culti-vada em muitas pequenaspropriedades, têm grande im-portância na fixação do ho-mem no campo e na geraçãode emprego e renda”, co-mentou.

O pesquisador FranciscoMite, do Instituto NacionalAutónomo de InvestigacionesAgropecuarias (INIAP),abordará as experiências so-bre manejo do solo na cultu-ra da banana na AméricaCentral, e o pesquisador JoséEspinosa, do Instituto de laPotassa y el Fósforo(INPOFOS), vai abordar otema sobre nutrição e aduba-

ção em bananeiras na Amé-rica Central.

Além dos equatorianos,Wilson da Silva Moraes, pes-quisador da unidade, irá abor-dar os aspectos nutricionaisinfluenciando na incidência dedoenças em bananeiras, e oengenheiro agrônomo JoséCarlos de Mendonça, técni-co das empresasCOMTÉCNICA/BANAER,abordará aspectos sobre nu-trição e adubação da bananano Vale do Ribeira.

Segundo dados do IBGE(Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística), a produ-ção de banana no Vale doRibeira no ano de 2004 foi de747 mil toneladas, o que re-presenta 70% da produção detodo o Estado de São Paulo.Outros estados também sedestacam na produção da fru-ta, como Bahia, Pará, Ceará,Minas Gerais, Pernambuco,Amazonas, Santa Catarina,Rio de Janeiro e Rio Grandedo Norte.

A cultura da banana re-quer grandes quantidades denutrientes minerais para amanutenção de produçõeselevadas ao longo do tempoem cultivos comerciais. Paratanto, estes nutrientes podemser fornecidos pelo solo, como plantio de áreas de fertili-dade natural elevada, ou pormeio de fertilizantes emquantidades e proporçõesadequadas às necessidadesda cultura.

Serviço:Dia 13 de outubro - sex-

ta-feira – 9 horasPólo Regional do Vale do

RibeiraRod. Br 116, Km 460 -

Pariquera Açu/SPFone: (13) 3856-1656 /

3856-1814

Berço do Tabapuã:leilão é neste sábado

Será realizado neste sába-do o 11º Leilão Berço doTabapuã, evento que será re-alizado a partir das 14h, emSão José do Rio Preto/SP.Serão ofertados 40 machosPO, 30 novilhas PO e 10 prin-

cesas PO. O leilão terá inícioa partir das 14h e a realiza-ção é da Fazenda Córrego daSanta Cecília.

Informações: www.tabapuadocorrego.com.br

Nelore: leilão virtualde produção em outubro

O Leilão Produção Virtu-al Carpa Serrana será reali-zado no dia 21 de outubro (sá-bado), às 14h. Serãoofertados matrizes, novilhas ereprodutores nelore com oinédito Manual do Novo Pro-prietário de Touros NeloreCarpa, além de sêmen dosprincipais touros da empresa.

Já na oferta de ovinossanta Inês, os clientes daCarpa vão poder escolherentre um número expressivode ventres e machos comtoda expressão de mais de

três décadas de seleção.“A apartação dos animais

para este Leilão Virtual obe-deceu o mesmo rigor com queapartamos para nossos leilõescom público no recinto”, ates-ta Angelo Del Papa, asses-sor técnico da Carpa.

“É a última oportunidadede 2006 para adquirir genéti-ca da Carpa, uma vez queeste leilão encerra nosso ca-lendário”, completa DudaBiagi.

O leilão será transmitidoao vivo pelo Canal do Boi.

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São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006 JORNAL NIKKEI 13

A equipe brasileira já estána China, onde a partir da pró-xima terça-feira (7) serão re-alizados os Jogos da Lusofo-nia. Além de Ligia Silva, queviajou na semana passada paradisputar a Copa do Mundo damodalidade, integram a equi-pe atletas da nova safra do tê-nis de mesa nacional: RicardoKojima, Eric Mancini, Hum-berto Manhani, Artur Requejo,Karin Sako, Jéssica Yamada,Gabriela Kock e MarianyNonaka.

“É um sonho competir naChina. Estou muito animadapara este intercâmbio e, semduvidas, vou ter a oportunidadede ver de perto algumas joga-das que não estou acostumadaa ver aqui no Brasil”, contaGabriela Kock, de 17 anos.

Para os técnicos brasileirosé preciso aproveitar a estrutu-ra chinesa também nos treina-mentos. O Brasil estará sob ocomando de Wei Jianren eLincon Yasuda.

“A China é a número 1 domundo. Será bom para saber-

mos como eles treinam e utili-zar a estrutura do esporte exis-tente lá”, diz Wei Jianren.

Já Lincon Yasuda, tambémda equipe técnica brasileira,aponta Portugal e Macaucomo os principais adversári-os do Brasil nos Jogos da Lu-sofonia.

“Mesmo que Portugal nãová com sua força máxima, éuma equipe que sempre preo-cupa. Macau é uma incógnita,mas é bom lembrar que sãochineses e temos de respeitar”,afirma.

O evento vai até o dia 15de outubro e contará com cer-ca de 1.500 atletas de 12 paí-ses: Angola, Brasil, Cabo Ver-de, Guiné Bissau, Macau,Moçambique, Portugal, SãoTomé e Príncipe, Timor Leste,além dos convidados, GuinéEquatorial, Índia, Sri Lanka,que têm o português como lín-gua em algumas de suas co-munidades. O Brasil terá 77atletas em cinco modalidades:atletismo, futsal, taekwondo,tênis de mesa e vôlei de praia.

TÊNIS DE MESA

Nova geração já está na Chinapara os Jogos da Lusofonia

Mariany Nonaka e Karin Sako esperam por bons resultados

DIVULGAÇÃO

O3º Campeonato UPSde Sumô aconteceamanhã (8), das 8 às

17 h, no Estádio Municipal deBeisebol, no Bom Retiro (SãoPaulo). O evento reúne cercade 140 lutadores amadores doBrasil, que competirão em vá-rias categorias, e três lutado-res profissionais do Japão (videbox), que farão demonstraçõesdurante o intervalo das lutaspara o almoço. Segundo o pre-sidente da UPS (União Pró-Sumô), Fernando YoshinobuKuroda, o objetivo do torneioe das apresentações dos pro-fissionais é divulgar o esporteno Brasil.

O presidente afirma que,neste ano, preferiu concentraras atenções nas crianças e nosidosos para divulgar o evento.Para isso, durante a semana,Kuroda e os sumotoris do Ja-pão foram a escolas, entidadesbeneficentes, favelas e asilos.

Em visita ao ColégioOshiman, os lutadores fizeram

demonstrações e empolgaramo público ao convidar alunos eprofessores para desafios nodohyo (arena onde são reali-zadas as lutas) improvisado(vide foto).

SUMÔ

Campeonato reúne brasileiros eprofissionais do Japão

O resultado das visitas foiexcelente. “Muitas pessoas atéchoraram de emoção nos asi-los”, conta Kuroda. No colé-gio, as crianças parecem tercaptado os valores difundidos

pelo sumô, como a disciplina,a dedicação e o respeito.

No Brasil, porém, a situaçãoé um pouco diferente. O esporteainda não adquiriu a populari-dade de outras artes marciais,apesar de ser a mais antiga doJapão. “Muitos não se interes-sam porque têm vergonha deusar o mawashi (indumentária)mesmo com um calção por bai-xo. Acham que é esporte degordo, mas não sabem que oslutadores treinam seis horas pordia e têm uma porcentagem degordura menor que muitas pes-soas”, explica.

(Gílson Yoshioka)

III CAMPEONATO UPS DE SUMÔ

ONDE: ESTÁDIO MUNICIPAL DE BEISEBOL

AV. PRESIDENTE CASTELO BRANCO, 5446BOM RETIRO – SÃO PAULO

QUANDO: DOMINGO (08), DAS 8 ÀS 17 HENTRADA : FRANCA

INFORMAÇÕES: (11) 3203-2215

Se na mitologia grega, ostitãs estavam entre os deusesque enfrentaram Zeus e osdeuses olímpicos na disputapelo poder, a origem do sumôe dos seus praticantes, segun-do a tradição, não está muitolonge desse tipo de relação.

Reza a lenda que, há maisde dois mil anos, as ilhas doJapão eram habitadas por di-ferentes povos e governadapelos próprios deuses, quepor meio do sumô lutavamentre si pela soberania de todoo território.

Desses confrontos, Takemi-kazuchi, um deus de força des-comunal, foi o principal vence-dor e reinou absoluto por vári-os séculos, provocando a fusãodas ilhas e tribos rivais que re-sultou num único povo.

Além de servir de disputaterritorial, o resultados do sumôindicavam como seriam as co-lheitas do ano para os japone-ses.

Há registros de que as ter-ras e o poder de muitos senho-res feudais eram disputadospelos lutadores de sumô por

A origem do sumô segundo a lendameio de confrontos que, emmuitos casos, chegavam atéa morte.

Atualmente, a presençado Imperador nos torneiosprofissionais do Japão contri-bui para alimentar a místicaem torno desse esporte mile-nar que ainda conserva a tra-dição por meio de conceitosfundamentais, como os ritosde abertura, a apresentaçãodos lutadores, o simbolismodo sal e da água, os cumpri-mentos, as reverências, entreoutros.

Cristiano Luiz de Souza (Taka-Azuma)tem 25 anos, 1m80 de altura e 150 kg.Iniciou a prática do sumô aos 19 anos, eapós quatro anos se tornou profissional.É uma das grandes promessas do sumôbrasileiro. É natural de Guarulhos, SãoPaulo.

Lutadores profissionais do Japão fazem demonstração no campeonato

Daichi Minami (Toyonokuni) tem 27anos, 1m83 de altura e 150 kg. Começoua carreira profissional aos 16 anos e, atu-almente, compete na categoria Jyuryo da1ª divisão (elite entre os lutadores) da LigaProfissional Japonesa de Sumô. Nasceuna província de Niigata.

Noriyuki Hirota (Toshin-Yama) tem 32anos, 1m73 de altura e 155 kg. Há 14 anosatuando como profissional da modalida-de, hoje o atleta ocupa a 53ª colocaçãona categoria Makushita, da segunda divi-são do Japão. É da província deKagoshima.

Cerca de 500 atletas são es-perados mais que especiais re-únem-se amanhã (8) em SãoPaulo, para a realização de umacompetição já tradicional den-tro da comunidade nikkei: oCampeonato de Atletismo Inter-colonial, que acontece no Con-junto Desportivo ConstâncioVaz Guimarães, na região do Ibi-rapuera. Promovido pela Anasp(Associação Nikkei de Atletis-mo de São Paulo), o torneiochega em sua 18ª edição comgrandes nomes da categoria.

No geral, a competição con-grega cerca de 20 modalidades,dentre os quais os mais que es-perados 100m e 200m, que fa-zem a alegria do público. Outraponto de destaque são os atletasacima dos 80 anos, que, de acor-do com a entidade, mostram-secada vez mais aptos a participa-rem de corridas e caminhadas.

Segundo os três represen-

tantes da diretoria da Anasp,Tsutomu Ieri, Mitio Miyamurae Hirotaru Takagui, a ediçãodesse ano está mais ampla, tra-zendo tanto atletas da capitalquanto do interior paulista.“Neste ano, verificamos o au-mento no número de atletas,pois estamos esperando cercade 500. Nos anos anteriores,sempre contávamos com 300,mais ou menos. Neste ano, te-mos a confirmação de que maisde 400 atletas estarão presen-tes. Trata-se de uma forma deincentivar a prática de esportesentre o pessoal mais velho”,afirma Miyamura.

Aos 90 anos, Takagui, alémde participar ativamente dos pre-parativos da competição, desta-ca-se por ser um dos destaquestambém dentro das pistas. Oissei é um dos que mantém osmais altos índices do salto tri-plo, incluindo aí participações

ATLETISMO

Campeonato Intercolonial reúne mais de 400 atletas veteranos em São Paulofora do Brasil. Para ele, “tudo éuma questão de treino e dedica-ção”. “Hoje eu me sinto muitomelhor do que há 20 ou 30 anos.Como treino quase sempre, con-sigo algumas boas atuações. Oque não pode é ficar parado den-tro de casa”, aconselha Takagui,acrescentando ainda que algunsatletas que participam das com-petições da Anasp estão confir-mados para o Sul-Americano deAtletismo Máster, que aconteceem novembro.

Entre as comitivas que con-firmaram presença, sete são deSão Paulo e uma do Paraná. Naopinião dos dirigentes, entre to-das as concorrentes, quem podeser considerada a mais forte é aregião sudoeste, liderada pelacidade de Registro. “Talvez, pelofato de congregar dezenas deatletas, eles sempre conseguemum resultado muito bom. Comoa pontuação final é obtida com a

soma de todos os atletas, é na-tural que Sudoeste conquiste otítulo de campeão”, afirma Ieri.

Para dar um “clima a mais”na competição, uma das atletasque participará possui uma gran-de projeção fora da comunida-de. Trata-se de Mitiko Nakata-ni, que, aos 74 anos, é uma dasprincipais competidoras vetera-

nas dentro do atletismo. Cam-peã da Master Maratona naEspanha, no ano retrasado, a atle-ta é uma das presenças garanti-das no evento promovido pelaAnasp. “Ela é um verdadeiroexemplo de como se manter emforma apesar da idade. Com ta-manha força de vontade, ela con-seguiu destaque em vários paí-

ses do mundo”, diz Miyamura.Aos interessados, as provas

acontecem no Conjunto Des-portivo Constâncio Vaz Guima-rães (rua Manoel da Nóbrega,1361, Ibirapuera, São Paulo)das 8 às 16 horas. Vale lembrarque quem estiver interessado emparticipar das competições podese inscrever na hora.

Com um jogo consistente tanto na defesa quanto no ataque,a equipe do Dragons faturou o título do 5º Torneio TakeshiHorinouchi, realizado nos dias 23 e 24 de setembro no campodo Gigante, em São Paulo. Para chegar à final, a equipe pau-lista venceu seus três jogos, sendo os primeiros na fase declassificação contra São José (8 a 2) e Anhangüera NikkeiClube (3 a 0). Na final, o Dragons, apesar da dificuldade deatacar, venceu Atibaia por 5 a 3, garantindo assim a taça decampeão.

Equipe do Dragons fatura título de5º Torneio Takeshi Horinouchi

REPRODUÇÃO

Criança participa de “desafio” contra sumotori durante apresentação em escola

JORNAL NIKKEI

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14 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 13 de outubro de 2006

Um grupo de desenhis-tas deu início a umaproposta ainda inédita

na Internet: uma história emquadrinhos online com reveza-mento diário de artistas. Tra-ta-se do mangá do super-he-rói Gralha que, desde o finalde setembro, pode ser acessa-do no site www.ogralha.com.br. Escrita pelo chargistae ilustrador Edson Tako X, “AAmeaça Gigante” se estende-rá por dois meses e conta coma participação de mais seis ar-tistas espalhados pelo Brasil:Antonio Eder, Luis Kikuchi,Fabian WLO, Eduardo Jr.Moreira, Natan e Ana Emiko.

Com a estagnação do mer-cado de quadrinhos no Brasil(vide abaixo Mercado no Ja-pão e Brasil), o projeto é umaalternativa para a divulgaçãodo trabalho, com recursos ecaracterísticas próprias domeio virtual. Para Tako X, agrande vantagem da iniciativaé “atingir diretamente o leitorinteressado, sem passar pelamalha corporativa das edito-ras”. “O leitor pode acompa-nhar a HQ (como são conhe-cidas as histórias em quadri-nhos) online de acordo com asua disponibilidade de tempo. Quanto às desvantagens, nãovejo muitas, a não ser o fatode ainda não sermos remune-rados.”

A base da equipe é forma-da por artistas que já partici-param de outros projetos doGralha, no meio impresso (jor-nais ou revistas). Porém, de-senhistas como Ana Emiko(foto ao lado) foram agrega-dos ao time por conta do man-gá ter sido adotado à estóriano lugar do estilo tradicionaldas histórias em quadrinhos.Com trabalhos para o site ofi-cial do Pokemón no currículo,a desenhista afirma que “asproduções japonesas são maisprofundas e elaboradas e vêm‘orientalizando’ os desenhosocidentais”.

Apesar dos desenhistas te-rem recebido o roteiro com adescrição dos quadrinhos e aslegendas, cada ilustrador pre-cisa esperar o desenho do co-lega ser colocado no site para,a partir dele, fazer a própriailustração. E-mails, messen-gers e outros recursos tecno-lógicos são utilizados pelaequipe para auxiliar no proces-so criativo, que Tako X com-para a um game, devido à “ne-cessidade de dar uma seqüên-cia lógica à história”.

“Faço o esboço do desenhono dia anterior, de acordo comas informações obtidas viacomputador”, complementaAna. “Assim, sem ver o resul-tado final do quadrinho que

antecede o meu, já tenho maisou menos a idéia de como tra-balhar.”

Com uma linguagem distin-ta das histórias ocidentais, osmangás não se diferenciamapenas pelos “olhos grandes ecabelos espetados dos perso-nagens”, segundo o desenhis-ta Luis Kikuchi. “É preciso,acima de tudo, imprimir um rit-mo de narrativa diferente.Esse ritmo envolve variações,minúcias e sutilezas típicas dalinguagem do mangá. Isso semfalar que os japoneses tambémlêem em sentido contrário aonosso”, explica.

A ausência de um editorpode causar algumas surpre-sas no meio do caminho, comodivergências nos desenhos eaté alguns erros. Mas, segun-do Tako X, são fatores quetambém tornam projeto o inte-ressante.

Além disso, ele explica queum desenhista deve saber seexpressar em várias formasartísticas, de acordo com anecessidade. “O importante éa abertura da mente para ten-tar outros estilos. Esquecer asbarreiras e aceitar a varieda-de, sem preconceitos.

Com a expectativa de atin-gir não só leitores do Brasil,mas também dos Estados Uni-dos, Europa, Japão e toda Ásia,Tako X espera que novosroteiristas também se interes-sem em participar do projeto.

Mercado no Japão e noBrasil - O Japão vai muitobem, como sempre! Osmangás têm tiragem na casados milhões e fazem parte docotidiano do povo japonês: cri-

Grupo de desenhistas lança primeira história emquadrinhos on-line no estilo mangá

anças, jovens e adultos contamcom publicações específicas eestilos diversos. Com preçosacessíveis – publicações de1000 páginas em preto-e-bran-co a cerca de quatro dólares(R$ 9, aproximadamente) –, opúblico não tem maiores pro-blemas para acompanhar amaciça produção da indústriados mangás.

Mas mesmo para o leitormédio no Brasil, esses preçosjá seriam altos. A situação émais crítica por conta da crisenesse meio editorial, que nãoconsegue acompanhar as pro-duções dos países estrangei-ros, apesar dos talentos surgi-dos nos últimos tempos. Nes-

se contexto, Tako X afirmaque o Gralha é um projeto ide-alista, e que é preciso umamelhora na situação econômi-ca do país para que os profis-sionais do ramo sejam reco-nhecidos e valorizados. “Nãoserá mais preciso importar en-latados estrangeiros, pois, umdia, teremos condições de pro-duzir quadrinhos para consu-mo interno. O Maurício deSouza é uma prova disso: elenão desbancou a Disney noBrasil por acaso. O povo pre-fere algo com que se identifi-que culturalmente.” Palavrasde um idealista ... É esperarpara ver (e ler).

(Gílson Yoshioka)

MANGÁ

Ako X afirma que as grandes editoras também se preparam para oferecer quadrinhos online

DIVULGAÇÃO

A única mulher do grupo, Ana Emiko, conta que começou adesenhar aos 3 anos

Colaborador da revistaMad e diretor de dois curtas-metragens do Gralha, EdsonTako X está no Japão atual-mente, onde é chargista de umjornal e ilustrador autônomo.Confira alguns trechos da en-trevista.

Suas influências comoroterista e desenhista sãomais de publicações japo-nesas ou ocidentais?

Ocidentais. Eu sou de umageração de nikkeis que nãoteve muito acesso a mangáse animês no Brasil. Na épo-ca da minha adolescência,acho que havia até um boi-cote na TV, pois até meus 10anos eu via muito animê e fil-mes japoneses, mas de repen-te parou de passar e fiqueiórfão! Sou da época doNational Kid, Pa-man, Oita-vo-Homem, Robô Gigante,Ultra-Seven, O Judoka,Sawamu e Speed Racer. Re-vista de mangá, nem pensar,eu nunca vi nada naquela épo-ca! Assim, minhas primeirasreferências vieram dos gibise revistas como a Mad, Pas-quim, Chiclete com Bananae Circo. Sou chargista do jor-nal brasileiro daqui, o Inter-national Press, graças às in-fluências do Ziraldo, Angeli eLaerte. Depois, eu conheci oFrank Miller e o BillWaterson, cujos estilos deroteiro de HQ me influenci-am até hoje. No cinema, eucurto os roteiros do Tarantino(Kill Bill, Pulp Fiction) e doM. Night Shyamalan (O Sex-to Sentido). Hoje em dia, eucontinuo escrevendo roteirosde filmes do Gralha, que nãosei se serão filmados algumdia. Já fiz dois que viraramc u r t a s - m e t r a g e n s c o mo Gralha: o premiado O Ovoou a Galinha e O EncontroExplosivo. Também passei aler mangás em japonês aqui

no Japão, pois gosto muito dalinguagem cinematográficaque eles adotam nos quadri-nhos. Os japoneses são os pi-oneiros nessa técnica em todoo mundo, e o Tezuka Osamufoi o primeiro a desenvolverisso.

Você acha que a tendên-cia é o surgimento de maisHQs online e a diminuiçãodos impressos?

Sim, acredito que vão co-meçar a surgir cada vez maisHQs online no mundo todo.A preferência dos leitoresnão será mais ditada pelasgrandes editoras, e poderãosurgir trabalhos com grandeaudiência em sites indepen-dentes. Isso já vem aconte-cendo com a música: bandasindependentes despontamsem apoio das grandes gra-vadoras, usando como instru-mento de divulgação apenasa Internet. Eu gostaria queos impressos não acabas-sem nunca, mas tudo vai de-pender como as novas gera-ções vão se adaptar àsmídias e tecnologias disponí-veis. Nós somos de uma ge-ração que está acostumadacom papel e tinta. A sensa-ção de ter uma obra na pon-ta dos dedos ainda é insubs-tituível, mas talvez as próxi-mas gerações tenham umaconsciência ecológica maiore prefiram não desmatar asárvores, que viram celulosee depois impressos. Quemsabe? Estamos num grandemomento de transição e nãosabemos ainda muito bemcomo lidar com a Internet,que a cada dia que passaganha mais importância emnossas vidas. Acredito que,no futuro, as pessoas vão sereferir a esta época em ter-mos de AI e DI, ou seja, an-tes da Internet e depois daInternet. (GY)

Idealizador do projeto comenta sobreinfluências e novas tendências

Histórias unem criatividade de brasileiros dentro do estilo japonês

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