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IV Jornada Odontológica CRI Norte Aspectos da Reabilitação Miofuncional Fonoaudiologia e Motricidade Oral no EnvelhecimentoLuciana Bertachini Agosto 2009

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  • IV Jornada OdontolgicaCRI Norte

    Aspectos da Reabilitao MiofuncionalFonoaudiologia e Motricidade Oral

    no Envelhecimento

    Luciana Bertachini

    Agosto 2009

  • ATUAO FONOAUDIOLGICA

    Principais reas:1- Linguagem2- Comunicao Verbal e

    No- Verbal3- Audio4- Motricidade Oral 5- Voz

  • MOTRICIDADE ORAL

    o trabalho realizado em equipemultidisciplinar em que o fonoaudilogo

    avalia e trata os grupos musculares dos rgos fonoarticulatrios com o objetivo de prevenir, habilitar ou reabilitar as funesorais de respirao, suco, mastigao, deglutio e fala, presentes nas alteraesneurolgicas, msculo-esqueletais ou mistas, adquiridas ou congnitas, independentementeda faixa etria do indivduo e de acordo com suas necessidades etruturais.

    (Narazaki; Pereira ; Piccolloto Ferreira, 2000)

  • Sistema Estomatogntico

    O sistema estomatogntico:(respirao, suco, mastigao, deglutio, fonao) quando alterado, traz distrbios paratodo o organismo.

    No processo de envelhecimento, o estudodessas funes e o auxlio de profissionaiscomo dentistas, mdicos, nutricionistas, fonoaudilogos, fisioteraputas..faz com quetenhamos mais informaes para aprimorara escolha dos critrios de avaliao e

    conduta teraputica fonoaudiologia

  • A atuao fonoaudiolgica tem como objetivo promover melhorias no processo mastigatrio do idoso, estando elecom prtese total ou parcial, e at mesmoquando for um indivduo com edentulismo.

    O diagnstico correto sem dvida a questomais polmica na fonoaudiologia, devendo-se consider-lo em todos os aspectos fisiolgicosdo envelhecimento para que no hajaenganos, quando se poderia pensar em umapatologia e, no entanto, o que estacontecendo faz parte do processo de envelhecimento.

  • A expectativa de vida aumentousignificativamente desde oincio destesculo: quando era de 50 anos, sendo hoje de 74 anos e meio.

    necessrio observar a natural degeneraodo sistema estomatogntico.

    As perdas dentrias Prebifaringe e Presbifonia Impreciso articulatria da fala Propriocepo diminuda nas regies intra-oral

    e farngea Alteraes respiratrias Consistncia adaptada da alimentao.

  • Esses elementos bsicos do pontode vista funcional do sistema

    estomatogntico sofremtransformaes e tm comocaracterstica principal do

    envelhecimento o predomnio dainvoluo sobre o desenvolvimento.

  • Consideraes Gerais SNC menor liberao de

    neurotransmissores:

    diminuio da velocidade de conduo dos estmulos recebidos

    menor percepo da temperatura ambiente

    diminuio da sensibilidade ttil.

    reduo da massa palpvel da lngua(1/3 do seu total)

    Reduz a ao de bombeamento e propulsodo bolo alimentar p/ EES.

  • Dificuldades namovimentao do alimento

    Sensao gustativa declnio Sucos gstricos - dimuio natural da

    secreo dos Peristaltismo farngeo - reduo do Fase farngea da deglutio - resduo de

    material nessa regio. Parede posterior da farnge sofre presso

    gerada pela presena de pregas, divertculosfarngeos e por ostefitos.

    Ao esfincteriana - comprometida Resultando em dor e desconforto,

    principalmente com alimentao slida.

  • Condies Esperadas

    Em virtude da fragilidade e da falta de adaptao: patologias (senilidade)

    Outras condies so esperadas:

    No processo mastigatrio as mudanas no ocorremseparadamente, sendo modificaes estruturais, morfolgicas e bioqumicas. Comparadas com crianas, jovens e adultos: deixam de ser alteraes

    Modificaes - foram reflexos de adpataes j vividas.

    O trabalho mastigatrio ser mais lento (dimunuio de fibras musculares, com movimentaomais restrita)

  • Condies Esperadas

    A mastigao ser normal para idosos quetero que conviver com condies especficasde um novo padro funcional.

    Causando adapataes no processomastigatrio:.a diminuio de saliva.presena e a extenso das doenas orais.a condio dentria.a diminuio das glndulas salivares, .os medicamentos em uso, .a condio neuromuscular concomitantecom a expectativa de vida.

  • A mastigao muito importante napreveno dos distrbios miofuncionaismediante o desenvolvimento dos ossosmaxilares, a manuteno dos arcos, a estabilidade da ocluso e o equilbriomuscular e funcional, obtendo assimmovimentos precisos e coordenadosque sero necessrios para a deglutio normal.

  • Alteraes Neuromusculares, afetam a capacidade de:

    Controlar o bolo alimentar dado pela diminuio damotilidade e propriocepo muscular.

    Atrofia da lngua que responde pela diminuio do tamanho do bolo, e da mucosa oral, que sofretransformaes como a perda da elasticidade e de aderncia ao tecido conjuntivo, aos ossos e msculos, que ainda devem ser somados diminuio daproduo de saliva.

    Mastigao incompleta, refluxo e/ou aspiraes.

  • O estudo de Suzuki. HS, aponta que pessoasidosas apresentam pelo menos umamodificao no hbito alimentar e as maisrelatadas foram:

    Diminuio de gordura Diminuio do sal Supresso, resduo ou substituio do

    aucar, em decorrncia de patologias comodiabetes e hipertenso.

    As funes sensoriais paladar, olfato, sensao ttil de textura e temperatura somenos acuradas.

  • Alimentao

  • Reduo de botes gustativos (recepo dos estmulos) na poro inferior da lngua, e no assoalho da boca, ocasionando a alterao de paladar.

    A m higiene bucal determina a diminuioda percepo gustativa devido a presenade restos alimentares sobre os corpsculosgustativos (programas de higiene bucal idosos 52 a 80 anos constatou melhorana percepo de sabores doce e salgado.

  • Sabemos que, em indivduosportadores de prtese parcial ou total,

    a boa adaptao condio primordial

    para a articulao adequada da fala,

    a oferta de alimentos slidos na

    manuteno da mastigao e

    da deglutio.

  • A reduo do fluxo salivar e a reabsoro das estruturas sseasdificultam a reteno de prteses.

    Afetam a funo preparatriada mastigao , dificultando a homogeneizao do bolo alimentar.

  • O equilbrio oclusal observado com os movimentosde lateralidade mandibular que so conduzidos e guiados pelos caminhos e pela trajetria das ATM.

    A gengiva por longo perodo sofre traumatismosmecnicos, que com a contnua errupo passiva, causam recesso da gengiva.

    A mucosa oral tambm sofre modificaes , queaparecem com reduo da espessura do epitlio e do grau de ceratinizao das camadas mais superficiais.

  • Na perda dentria: diminui-se a superfcieoclusal anatmica e funcional, prejudicandotodo o sistemaestomatogntico, com desequilbrio funcional e reduo da rea oclusal.

  • Com o avanar da idade, o trabalho mastigatrio menoseficiente e a fora empregadapara sua triturao menor, tendo em vista a texturados alimentosconsumidos.

  • O aprendizado da matisgao vainecessitar da orientao sensorial fornecida por proprioceptores em estruturas como terminaesnervosas da ATM, receptores damembrana periodontal, da lngua, de toda musculatura oral e dos msculos.

  • A mastigao e a deglutio podem ocorrer quaseconcomitantemente, sendo que a aproximao firme e ritmada dos arcos osteodentrios faz com que a mastigaoocorra em movimentos nos trs planos no espao e envolvendo:

    Abertura Fechamento Lateralidade Protruso Retruso Movimentos Rotatrios Ocorrem em consonncia com a ATM

  • Avaliao Fonoaudiolgica

    Objetivo:Determinar o grau de comprometimento de cada um dos componentes (estruturas) envolvidos nas diferentes fases da mastigao e deglutio.

    Fases da investigao:didaticamente dividida:

    Anamnese, Avaliao estrutural, Avaliao funcional

  • Avaliao Fonoaudiolgica

    No exame funcional da mastigao: Leva-se em conta o tipo de alimento, As relaes esquelticas, As causas neurolgicas A qualidade neuromuscular O tempo de mastigao O corte do alimento O lado de preferncia mastigatria A ingesto de lguidos durante

    a refeio

  • Avaliao Fonoaudiolgica

    No exame funcional da mastigao: Os movimentos mastigatrios A localizao do alimento no movimento da

    triturao e da pulverizao. A movimentao da mandbula A postura de cabea O fluxo salivar Vontade e apetite Vestbulo oral Eficincia Funcional

  • Anamnese:Idosos relatam uma preocupao maior

    pela esttica, tendo mais cuidado na manuteno do sistema

    estomatogntico, na manuteno os dentes e, consequentemente, a

    mastigao.

  • A ingesto de lquidos durante a refeio uma cosntante. ...que dizem

    amolecer o alimento...

  • A ingesto de lquidos durante a refeio uma cosntante.

    ...dizem amolecer o alimento...

    Alterao de hbito alimentar

    Tempo de mastigao (30)Movimentos restritos de

    mastigao

  • Deglutio no idoso

    Antecipatria (Leopold& Kagel, 1983)

    Fase preparatria oral*

    Fase oral*

    Fase farngea*

    Fase esofgica*

  • Deglutio

    Envolve : complexa ao neuromuscular sensibilidade paladar propriocepomobilidade tnus e tenso muscular inteno de se alimentar

  • Farmacologia (Santini e col., 1999)Psicotrpicos

    Boca seca e reduo Tto de ParkinsonCongentin copAnti-colinrgicos

    Diminui reflexo de tosse e vmito

    Anestsico tpicoHurricaine (lidocana)Anestesia de mucosa

    boca seca, sede e sonolncia

    Tto de edemaLasixDiurticos

    Ressecamento de mucosa; efeito sedativo

    Diminui congesto nasal e tosse

    Para tosse e gripeAnti-histamnicos

    Mucosa secaEspessamento de secrees bronqueais e sonolncia

    alergias, contra enjosBenadrilFenergan

    No-Barbitricos

    Sonolncia afetando atividade cognitiva

    Tto de insniaFenobarbitalNeambutal

    Barbitricos

    Sedativos

    Discinesia tardiaEstado mental alterado, rigidez muscular

    Tto de psicose crnicaTranquilizante; antiemtico

    AldolThorazine

    Antipsictico

    Mucosa seca, sonolncia

    Alivia depresso endgena

    Elavil (tricyclic)Antidepressivo

    Possvel efeitoPrescrioExemplosMedicao

  • Presbifagia: envelhecimento normal

    Prtese dentria desajustada + comorbidade + medicamentos

    Deglutio no idoso

    DISFAGIA

  • Disfagia

    Distrbio da deglutio, com sinais e sintomas especficos, que caracteriza-se por alteraes em qualquer etapa ou entre as etapas da dinmica da deglutio, podendo ser congnito ou adquirido apscomprometimento neurolgico, mecnico ou psicognico, podendo trazer prejuzos aos aspectos nutricionais, de hidratao, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivduo.

    Furquim e Silva, 1999

  • Conseqncias da disfagia

    Pneumonia Aspirativa

    Pneumonia Pneumonia AspirativaAspirativa

    imunossupressoimunossupressoimunossupresso

    DesidrataoDesidrataDesidrataooDesnutrioDesnutriDesnutrioo

    Cicatrizaodeficiente

    CicatrizaCicatrizaoodeficientedeficiente

    Queda P.A

    isquemia

    Queda P.AQueda P.A

    isquemiaisquemia

    Risco de infecoRisco de infecRisco de infecooRisco de feridasRisco de feridasRisco de feridas

    Perda muscularEstado alerta

    Perda muscularPerda muscularEstado alertaEstado alerta

    capacidade deglutiocapacidade degluticapacidade deglutioo capacidade respiratriacapacidade capacidade respiratrespiratriariaestado funcionalestado funcional

    estado funcional

  • Classificao

    Disfagia leve- dificuldade no transporte oral do bolo- sem penetrao larngea- sem histria de complicaes broncopulmonares ou nutricionais

  • Classificao

    Disfagia moderada- dificuldades no transporte oral do bolo- com sinais sugestivos de penetrao larngea e pequena quantidade de material aspirado- pneumonias espordicas, dficit nutricional e alterao do prazer alimentar

  • Classificao

    Disfagia grave - com penetrao larngea e grande

    quantidade de material aspirado

    - pneumonias de repetio, desnutrio e alterao do prazer alimentar com impacto social

  • Caractersticas clnicas da disfagiaorofarngea

    Desordem na mastigaodificuldade em iniciar a deglutioregurgitao nasalcontrole de saliva diminudotosse e/ou engasgo durante as

    refeies

  • Exemplos de doenas neurolgicas que causam disfagia

    AVETCEDoena de Parkinson e outras doenas

    de movimentos ou neurodegenerativasDoena de Alzheimer e outras

    demnciasentre outros

  • Metas da Avaliao Clnica:

    Causa da Disfagia (como, quando e por qu?)

    Capacidade de proteger vias areas inferiores

    Capacidade de se alimentar por via oral

    Encaminhamentos necessrios

    Avaliao Fonoaudiolgica

  • Avaliao fonoaudiolgica na disfagia

    Avaliao clnica:- anamnese- avaliao (indireta e direta)

    Avaliao indireta: observa-se os rgos envolvidos na deglutio sem oferecimento da dieta via oral.

    Avaliao direta: observa-se a dinmica da deglutio com dieta via oral.

  • Anamnese

    Investigar sobre a etiologiaquadro clnico geraldieta atualtipo de via utilizada para alimentaoinvestigao sobre os mecanismos de

    proteo de vias areas inferiores

  • Avaliao indireta

    Realizar inspeo orofarngea - prtese dentria- ulceraes- acmulo ou ausncia de saliva- presena de fasciculaes- tremor

  • Avaliao direta

    SensibilidadeReflexos oraisReflexo protetivoEsfncter labialEsfncter velofarngeoLngua

  • Avaliao direta

    Mecanismo larngeo

    Movimentao farngea

    Esfncter cricofarngeo (somente com avaliao objetiva)

  • Avaliao clnica funcional

    Volumes3ml5ml10 mlLivre

    ConsistnciasPastosa finaPastosa grossaLquida engrossada LquidaSlidaGros

    *Utenslios

  • Sinais clnicos sugestivos de aspirao: Tosse (antes, durante e/ou aps a deglutio) Dispnia Voz molhada Fadiga Stress Sudorese Recusa alimentar Sinais secundrios: pigarro, escarro, fluxo areo expiratrio

    forado

    Avaliao Funcional da Deglutio

  • Importante observar os seguintes sintomas: Engasgos e tosses com freqncia Boca muito seca ou presena de baba Muita dificuldade para mastigar os alimentos Dificuldade para deixar o alimento dentro da

    boca Dificuldade para comear a engolir os

    alimentos Levar a cabea para frente para engolir O alimento voltar pelo nariz (refluxo nasal) A voz ficar rouca depois de comer Sentir falta de ar e cansao quando est

    comendo Preferir alimentos mais moles Febres constantes

  • Disfagia Orofarngea evoluo e gravidade

    Presente limpa com

    estimulao

    Fraca ou no

    reflexa

    Presente com

    aspirao de 1 ou 2

    consistncias

    Proteo de vias areas e limpeza

    de recessos

    Aumentada

    Superviso

    intermitente com

    estimulao

    Restrio de 1 ou 2

    consistncias

    Disfagialeve a

    moderada

    4

    Presente com

    limpeza espont

    nea

    Forte reflexa

    Presente com

    lquidos finos

    Nenhuma

    Aumentada

    Superviso

    distncia

    Restrio de 1

    consistncia

    Disfagialeve

    5

    DiscretaPresenteAusenteNenhuma

    Aumentada

    Auto alimenta

    o

    NormalCom limites funcion

    ais

    6

    AusentePresenteAusenteNenhuma

    normalAuto alimenta

    o

    NormalNormal7

    Reteno

    farngea

    TosseAspirao/

    Penetrao

    Manobras

    Durao da

    refeio

    Tipo de alimenta

    o

    DietaClassificao

    Escala de

    gravidade

  • Grande quantida

    de impossvel de

    ser elimina

    da

    Ausente Presente com

    aspirao de 2

    ou mais consistncias e silencio

    sa

    --Somente por via alternati

    va

    Nada por via

    oral

    Disfagiagrave

    1

    Grande quantidade e de difcil

    estimulao

    Reflexa ausente

    ou voluntria fraca

    Presente com

    aspirao de 2

    ou mais consist

    ncias

    Proteo,

    limpeza e

    auxiliadoras

    Aumentada

    Assistncia

    mxima

    Dieta oral

    parcial

    Disfagiamodera

    da-mente grave

    2

    Presente de

    media quantidade limpa

    com estimula

    o

    Fraca ou ausente

    Presente com

    aspirao de 1

    ou mais consist

    ncias

    Proteo de vias areas e limpeza

    de recessos

    Aumentada

    Totalmente

    assistida

    Restrio de 2

    ou mais consist

    ncias

    Disfagiamodera

    da

    3

    Compacta temas em gastroenterologia1(9):16-18,2001

  • Avaliao complementar

    Videofluoroscopiada deglutio

    Furkim, 2003

    Videoendoscopia da deglutio

    Langmore, 2006

  • DisfagiaAnamnese + av. clnica + av. complementar

    No necessita de acompanhamento Necessita de acompanhamento

    Orientao visitas semanais

    melhora sem melhora

    reintroduo vo discusso equipe

    aceitao adequada SNG/SNE gastrostomia

    retirada da SNG/SNE

  • Condutas da Avaliao Clnica

    Possibilidade de introduzir ou manter dieta por VO?

    Modificaes na dieta? Manobras facilitadoras? Exames complementares?

    Videofluoroscopia da deglutio ? Videoendoscopia da deglutio ?

    Terapia para disfagia ?

  • Reabilitao Fonoaudiolgica

    Reeducao funcionalPlanejamento qualitativo e/ou

    quantitativo da dieta Ensinamento de manobras posturais

    facilitadoras e/ou compensatrias da deglutio

    Objetivo de restaurar a funo normal ou restabelecer funo compensatria.

  • Terapia para disfagiaObjetivo:Reabilitao da dinmica da deglutio

    considerando os seguintes fatores:

    Deglutio funcional

    Risco X benefcio

    (segurana)

    Aspectos nutricionais e hidratao

    NUTRICIONISTA

    Prazer alimentar

  • Propsitos

    minimizar possveis alteraes de comunicao (linguagem, voz, fala, audio) e deglutio;

    avaliar e diagnosticar essas alteraes;

    intervir de forma precoce, preventiva e intensiva;

    Caracterizar o perfil da famlia;

    orientar familiares quanto aos aspectos relacionados doena e atitudes de auxlio;

    evitar condutas em relao alimentao que possam colocar o paciente em risco (*caracterizar o perfil do cuidador);

    O

    B

    J

    E

    T

    I

    V

    O

    S

  • Propsitos participar de equipe interdisciplinar para discusso de

    condutas teraputicas;

    facilitar o retorno alimentao por via oral;

    favorecer a recuperao, manuteno ou adaptaes para a comunicao;

    diminuir e/ou evitar o uso de via alternativa de alimentao, porm indic-la quando necessrio;

    realizao de exame objetivo de deglutio e audio;

    Auxiliar no desmame da traqueostomia.

    O

    B

    J

    E

    T

    I

    V

    O

    S

  • Equipe

    enfermeiroauxiliar de

    enfermagem

    fonoaudilogo

    fisioterapeuta

    psiclogo

    nutricionista

    assistente social

    equipe de apoio Dentista/

    odonto

    mdico

    terapeuta ocupacional

  • Terapia fonoaudiolgica

    Terapia indiretaNo oferece dieta via oral.Ex.: estimulao sensrio-motor, exerccios de motricidade oral

    Terapia diretaRealiza manobras voluntrias da deglutio.Ex.: Manobra de cabea, deglutio de esforo, degluties mltiplas

    Orientaes

  • Com base no princpio de Claude Bernard de que a funo cria o rgo e o rgo proporciona a funo, foi criada a reabilitaoneuroclusal (RNO), que tem comobase proporcionar uma respostade desenvolvimento normal e equilibrado.

  • REABILITAO MIOFUNCIONAL

    Exerccios para a adequao do tnus:

    Lbios, LnguaBochechas

    Podem otimizar o status funcional damastigao adaptada s necessidadese peculiaridades no envelhecimento

  • Assessoria aos cuidadores

  • Cuidar mais que um ato, uma atitude. Abrange mais que um momento de ateno, de zelo e desvelo. Representa uma atitude de ocupao, preocupao, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro.

    Leonardo Boff

  • Quem o cuidador?

    Aspectos relevantes

  • Objetivo

    ** Estabelecer uma comunicao efetiva;** Determinar a via de alimentao mais

    segura e eficiente

    MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

    Capacidade funcional

  • Assessoria ao cuidador

    Material educativo:

    Manual de treinamento Formas de avaliao Videoteipes

  • Atividades em grupo

    Comunicao alternativa (Garrett, 1997): Ateno; Compreenso; Pistas do interlocutor.

    Assessoria ao cuidador

  • Orientao aos cuidadores

    Informaes sobre a demncia;Declnio da linguagem;Identificar e desenvolver habilidades de

    comunicao (verbal e no verbal), em cada estgio da doena: Incio: perspectiva cognitivo-informativa Progresso: habilidade comunicativa de

    cunho afetivo (Bayles et al., 2000)

  • quanto importncia das funes cognitivas durante o processo de alimentao

    ao cuidador, quanto ao manuseio do paciente durante situaes de oferta de e engasgo

    Atribuies especficas da alimentao

  • Orientaes ao cuidador:

    Estado de alerta do paciente;

    Eliminao de distratores no ambiente

    Variaes das consistncias dos alimentos;

    Postura do paciente;

    Quantidade e ritmo de oferta;

    Mastigao;

    Atribuies especficas - Alimentao

  • Linguagem e Alimentao

  • Alimentao

    Cozinha experimental para o paciente idoso disfgico (Nutrio e Fonoaudiologia)

    consistncia, viscosidade, temperatura, **utenslio (TO)

  • Caso Clnico

  • Mulher, 66 anos encaminhada pelo dentistaporque a fala estava ficando atrapalhada, o que havia ocorrido logo aps a troca de prtese superior. No incio, o dentista disseque era uma questo de acostumar e que, em breve, melhoraria. Apos seis meses a paciente no s no havia acostumado, como havia piorado. Foi encaminhada para o servio de fonoaudiologia, acompanhada do marido que permaneceu todo o tempo junto.

  • Dentre as provas aplicadas, solicitei quefalasse com e sem a prtese para quetivessmos uma comparao se a fala se modificaria nestas suas situaes. A fala com e sem a prtese, no se modificou. A provafoi simples dando-nos pistas que nos levarama outros procedimentos para a identificaoda causa. Observamos que, alm da fala, a vos tambm se modificara ficando maisgrave.

  • Alm disso, a deglutio estava ocorrendocom maior dificuldade, e nos ltimos meses, apareceram engasgos frequentes. O marido, que era muito presente em sua vida podedetalhar aspectos de sua alimentao, confirmando os dados da esposa. A suspeita recaiu sobre algum problemaneuromotor especfico. Vale lembrar que a linguagem da paciente estava normal. Frenteaos achados clnicos, ela foi encaminhadapara um neurologista.

  • Infelizmente nem sempre diagnstosneurolgicos so feitos precocemente, devemos sempre valorizar as queixasquando so colocadas novas prteses; espera-se que haja um ajuste da boca prtese. Esta senhora tinha EscleroseLateral Amiotrfica, doena que a levou a morte em um ano e meio. Apesar destadoena no ter cura, como foi diagnosticadaprecocemente houve e possibilidade de se orientar a paciente em relao a suaalimentao permitindo-lhe permanecer..

  • sem a sonda de alimentao por maistempo, desfrutando, desta forma, dacompanhia de sua famlia durante as refeies at praticamente dois meses antes de sua morte.

  • MUITO OBRIGADA !!

    [email protected]

  • Albuquerque, SMRL. Qualidade de vida do idoso: a assistncia domiciliar faz a diferena? So Paulo: Casa do psiclogo/Cedesis, 2003

    Braz, MG. Indicadores de qualidade na assistncia domiciliar [monografia] Rio de Janeiro: Fundao Getlio Vargas, 2000

    Evans, RL, Bishop, DS, Ousley, RT. Providing care to persons with physical desability: effect on family caregivers. American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation, v. 71, n. 3, 140-4, 1992

    Jacob Fo, W. Doenas degenerativas e a assistncia domiciliar. Jovem Mdico. Edio especial Adeso ao tratamento, p.19-23, junho/2000

    Groer, M.E. Dysphagia diagnosis and treatment. 2 ed, 1992

    Chapey, R. Language intervention strategies in aphasia and related neurogeniccommunication disorders. Lippincott Williams & Wilkins, 2001.

    Keenan JM, Fanale JE. Home care: past and present, problems and potencial. J Am Geriatr Soc 1989; 37:1076-83

    Referncias Bibliogrficas

  • Referncias Bibliogrficas

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    Murdoch B.E. Disartria: uma abordagem fisiolgica para avaliao e tratamento. Lovise: So Paulo, 2005.

    Mendes Junior, W. Assistncia Domiciliar: uma modalidade de assistncia para o Brasil? Dissertao de Mestrado - Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social. 97 p. 2000.

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