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247 Artigo de Opinião Biossegurança na Central de Quimioterapia Artigo submetido em 19/3/14; aceito para publicação em 19/8/14 Revista Brasileira de Cancerologia 2014; 60(3): 247-250 Biossegurança na Central de Quimioterapia: o Enfermeiro frente ao Risco Químico Biosafety in Central Chemotherapy: the Nurse Facing Chemical Risk Bioseguridad en Quimioterapia Central: el Enfermero frente al Riesgo Químico Giselle Gomes Borges 1 ; Lailah Maria Pinto Nunes 2 ; Lia Cristina Galvão dos Santos 3 ; Zenith Rosa Silvino 4 1 Enfermeira. Discente do Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial da Universidade Federal Fluminense (MPEA/UFF). Especialista em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Enfermeira-Líder da Central de Quimioterapia do Hospital do Câncer III (HC III)/ INCA. Niterói (RJ), Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Enfermeira. Discente do MPEA/UFF. Especialista em Oncologia pelo INCA. Enfermeira da Central de Quimioterapia do HCIII/INCA. Niterói (RJ), Brasil. E-mail: [email protected]. 3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde da Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: [email protected]. 4 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora-Titular da UFF. Coordenadora do MPEA/UFF. Niterói (RJ), Brasil. E-mail: [email protected]. Endereço para correspondência: Giselle Gomes Borges. Rua Professor Gabizo, 317 – apto. 202 - Tijuca. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. CEP: 20271-065. INTRODUÇÃO Conhecido há muitos séculos, o câncer foi considerado uma doença dos países desenvolvidos e de grandes recursos financeiros. Há aproximadamente quatro décadas, a situação vem mudando e aumentando em países em desenvolvimento 1 . Esse aumento é um resultado direto das transformações globais das últimas décadas como a urbanização acelerada, novos estilos de vida e padrões de consumo 2 . O tratamento oncológico engloba múltiplas terapias: cirurgia, radioterapia e clínica, esta última envolve a quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, anticorpos monoclonais e o uso de bloqueadores enzimáticos 3 . A quimioterapia antineoplásica (QA) começou a ser estudada e utilizada no final do século XIX 4 . Esses fármacos “são substâncias capazes de produzir todos os tipos de lesão celular e os efeitos da exposição aos mesmos podem se manifestar imediata ou tardiamente” 5:221 . A QUIMIOTERAPIA E O RISCO OCUPACIONAL Atualmente, a quimioterapia é, entre as modalidades de tratamento, a que possui maior percentual de cura entre muitos tumores. é uma terapêutica que utiliza agentes químicos que interferem no processo de crescimento e divisão celular 4 . Em contrapartida, apresenta toxicidade e efeitos adversos, o que aumenta a exposição dos trabalhadores dos serviços de terapia antineoplásicas (STA) aos riscos ocupacionais químicos 6 . O risco ocupacional ao qual os trabalhadores estão expostos pode ocorrer causando danos à saúde, às unidades operacionais ou dano econômico/financeiro 2 . Tem origem nas atividades insalubres e perigosas, aquelas cuja natureza pode provocar efeitos adversos à saúde dos profissionais 7 . Os riscos advindos da manipulação de quimioterápicos envolvem a inalação de aerossóis, o contato direto da droga com a pele e mucosa, ingestão de alimentos contaminados por resíduos e por meio do manuseio das excretas dos pacientes submetidos ao tratamento. Dessa forma, atuam como agente contaminante que pode prejudicar a saúde dos trabalhadores, acarretando-lhes danos tardios, advindos da exposição cumulativa e contínua no cotidiano laboral, como: mutagenicidade, infertilidade, aborto, malformações congênitas, genotoxicidade, câncer, irregularidades menstruais, perda do cabelo. Além de danos imediatos manifestados através de sintomas como tontura, cefaleia, náuseas, vômitos, irritação da garganta e olhos, alterações de mucosa, bem como possíveis reações alérgicas e cutâneas 8-10 .

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247Artigo de OpinioBiossegurana na Central de QuimioterapiaArtigo submetido em 19/3/14; aceito para publicao em 19/8/14Revista Brasileira de Cancerologia 2014; 60(3): 247-250Biossegurana na Central de Quimioterapia: o Enfermeiro frente ao Risco QumicoBiosafety in Central Chemotherapy: the Nurse Facing Chemical Risk Bioseguridad en Quimioterapia Central: el Enfermero frente al Riesgo QumicoGiselle Gomes Borges1; Lailah Maria Pinto Nunes2; Lia Cristina Galvo dos Santos3; Zenith Rosa Silvino41Enfermeira. Discente do Mestrado Profssional em Enfermagem Assistencial da Universidade Federal Fluminense (MPEA/UFF). Especialista em Oncologia pelo Instituto Nacional de Cncer Jos Alencar Gomes da Silva (INCA). Enfermeira-Lder da Central de Quimioterapia do Hospital do Cncer III (HC III)/INCA. Niteri (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] Enfermeira. Discente do MPEA/UFF. Especialista em Oncologia pelo INCA. Enfermeira da Central de Quimioterapia do HCIII/INCA. Niteri (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Mestrado Profssional em Ensino na Sade da Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora-Titular da UFF. Coordenadora do MPEA/UFF. Niteri (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] para correspondncia: Giselle Gomes Borges. Rua Professor Gabizo, 317 apto. 202 - Tijuca. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. CEP: 20271-065.INTRODUOConhecido h muitos sculos, o cncer foi considerado uma doena dos pases desenvolvidos e de grandes recursos financeiros.Haproximadamentequatrodcadas,a situaovemmudandoeaumentandoempasesem desenvolvimento1.Esseaumentoumresultadodireto dastransformaesglobaisdasltimasdcadascomoa urbanizao acelerada, novos estilos de vida e padres de consumo2.O tratamento oncolgico engloba mltiplas terapias: cirurgia,radioterapiaeclnica,estaltimaenvolve aquimioterapia,hormonioterapia,imunoterapia, anticorposmonoclonaiseousodebloqueadores enzimticos3.Aquimioterapiaantineoplsica(QA)comeoua serestudadaeutilizadanofnaldosculoXIX4.Esses frmacossosubstnciascapazesdeproduzirtodosos tipos de leso celular e os efeitos da exposio aos mesmos podem se manifestar imediata ou tardiamente5:221. A QUIMIOTERAPIA E O RISCO OCUPACIONALAtualmente, a quimioterapia , entre as modalidades de tratamento, a que possui maior percentual de cura entre muitostumores.umateraputicaqueutilizaagentes qumicosqueinterferemnoprocessodecrescimentoe diviso celular4. Em contrapartida, apresenta toxicidade eefeitosadversos,oqueaumentaaexposiodos trabalhadores dos servios de terapia antineoplsicas (STA) aos riscos ocupacionais qumicos6. Oriscoocupacionalaoqualostrabalhadoresesto expostos pode ocorrer causando danos sade, s unidades operacionais ou dano econmico/fnanceiro2. Tem origem nas atividades insalubres e perigosas, aquelas cuja natureza pode provocar efeitos adversos sade dos profssionais7. Os riscos advindos da manipulao de quimioterpicos envolvem a inalao de aerossis, o contato direto da droga com a pele e mucosa, ingesto de alimentos contaminados porresduosepormeiodomanuseiodasexcretasdos pacientessubmetidosaotratamento.Dessaforma, atuamcomoagentecontaminantequepodeprejudicar asadedostrabalhadores,acarretando-lhesdanos tardios, advindos da exposio cumulativa e contnua no cotidianolaboral,como:mutagenicidade,infertilidade, aborto, malformaes congnitas, genotoxicidade, cncer, irregularidadesmenstruais,perdadocabelo.Almde danos imediatos manifestados atravs de sintomas como tontura, cefaleia, nuseas, vmitos, irritao da garganta e olhos, alteraes de mucosa, bem como possveis reaes alrgicas e cutneas8-10. 248Borges GG, Nunes LMP, Santos LCG, Silvino ZRRevista Brasileira de Cancerologia 2014; 60(3): 247-250Almdisso,evidnciasindicamqueaexposioaos antineoplsicos pode gerar radicais livres, que, por sua vez, levam condio de estresse oxidativo. Isso decorre de um desequilbrio entre a gerao de compostos oxidantes e a atuao dos sistemas de defesa antioxidante. O sistema de defesa antioxidante tem a funo de inibir ou reduzir os danos causados pela ao deletria dos radicais livres ou espcies reativas no radicais10-11.Portanto,quandoummedicamentoderisco preparado,cadaumadasetapasdesseprocessodeve serrealizadasobcondieseusodeprticasseguras, comvistasapromoverumambientelaboralsalubreao trabalhador2.COMO ESTAMOS PROTEGIDOS: LEGISLAO E BIOSSEGURANAAbiosseguranaconstitui-sedeumconjuntode normasquevisam,prioritariamente,preveno,ou minimizaoderiscos,tomandodecisestcnicase administrativasparapropormudanasouadequaes. Na rea da sade, tem apontado contribuies com um campodeconhecimentoeumconjuntodeprticase aestcnicas,compreocupaessociaiseambientais, destinadas a conhecer e controlar os riscos que o trabalho podeofereceraoambienteevidadeprofssionaise pacientes12. Nesse contexto, o Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE),ematenosleisdotrabalho,pormeioda Portaria3.214,de8dejunhode1978,aprovouas Normas Regulamentadoras (NR) com orientaes sobre procedimentosobrigatriosrelacionadosmedicina eseguranadotrabalhonoBrasil13.vetadoiniciar qualquer atividade relacionada ao manuseio de QA na falta de equipamentos de proteo individual (EPI)6.Aagncianorte-americanaOccupationalSafetyand Health Administration (OSHA) estabelece o uso de luvas de ltex ou polipropileno, descartveis e sem talco; aventais descartveis,commangaslongas,fechadosnaparte frontal, punhos com elsticos e com baixa permeabilidade; mscarascomproteodecarvoativado,queage comofltroqumico;culosdeproteo,queimpeaa contaminao frontal e lateral de partculas, sem reduzir o campo visual. Recomenda o uso de capela de fuxo laminar vertical (Cabine de Segurana Biolgica, Classe II, tipo B2) no preparo dos antineoplsicos, o que visa proteo pessoal e ambiental, j que seu fuxo incide verticalmente emrelaoreadepreparoe,aseguir,totalmente aspirado e submetido nova fltragem por meio do fltro High Efciency Particulate Air (HEPA)8.Aindaparaotrabalhoemoncologia,aestruturae aorganizaodasCentraisdeQuimioterapia(CQT) foramdetalhadaspelaAgnciaNacionaldeVigilncia Sanitria (Anvisa), na Resoluo de Diretoria Colegiada (RDC)50,de21/02/2002.ARDC50dispssobre oregulamentotcnicodestinadoaoplanejamento, programao,elaborao,avaliaoeaprovaode projetos fsicos de estabelecimentos de sade. Apresenta critriosbsicosquantoadequaodareafsicadas seguintesestruturas:apoioadministrativo,recepo, armazenamento de medicamentos e materiais, limpeza e higienizao de insumos, paramentao, sala independente paramanipulaodequimioterpicosantineoplsicose armazenamento de resduos4. Posteriormente, em 2004, foipublicadooPrimeiroRegulamentoTcnicopara FuncionamentodosSTApormeiodaRDC220,de 2004, da Anvisa, o qual teve como objetivo principal fxar requisitos mnimos exigidos para o funcionamento desses servios, respeitando as orientaes da RDC 50 de 200214.Em novembro de 2005, o MTE, por meio da Portaria n 485, aprovou a NR 32, que trata da segurana e sade no trabalho em servios de sade. A NR 32 considerada relevantenocenriobrasileiro,comolegislaofederal especfca que trata das questes de segurana e sade no trabalho15.Mudanasbenfcaspoderoseralcanadas tantonasinstituiespblicasquantonasprivadas, pormeiodareferidanormatizao,umavezque procedimentos e medidas protetoras devero ser realizados comvistasapromoverasegurananotrabalhoea preveno de acidentes ocupacionais8. Considera-se que um intenso trabalho de inspeo por parte do rgo possa contribuir para as desejadas melhorias.Prevenir uma das formas de se evitar os problemas de sade ocupacional, que podem ser desencadeados por essa exposio; porm, para a efetividade dessa preveno, necessrio que os trabalhadores tenham conhecimento sobre o risco propiciado pelas substncias qumicas9. Oenfermeiro,responsvelpelaadministraodos quimioterpicosantineoplsicos,devesebasearem protocolosprotetores.Usarduranteoprocedimentoos EPIpreconizadosrequeroreconhecimentodosriscos aqueosprofssionaisestoexpostosenquantofator facilitador para mudanas no comportamento profssional de uma equipe4.PROPOSTA DE UM MODELO BASEADO NO COMPORTAMENTO DO GRUPOSe estamos protegidos por uma legislao abrangente, pelapresenadeEPI,porqueadoecemos?Embora exista a instruo sobre os riscos da exposio, os nveis detectveisdeantineoplsicosaindasorelatadosna urina de profssionais que o manuseiam o que indicaria a exposio ocupacional10.Acredita-sequeaquestodaexposioaorisco qumico complexa e no deve fcar restrita a normas e leis, mas abranger a discusso sobre a prtica profssional da enfermagem. Recentemente, os servios de sade do trabalhador vm adotando como modelo o conceito de hierarquia de controle usado na higiene do trabalho para priorizarasintervenesdeprevenodaexposioao 249Biossegurana na Central de QuimioterapiaRevista Brasileira de Cancerologia 2014; 60(3): 247-250risco. Essa estratgia envolve fases de anlise, entre as quais aprimeiraoposeriaoafastamentooueliminaodo problema,seguidapelodegraudereduodoriscoem nveis aceitveis, aes de controle do risco por meio de projetos de engenharia, aes de administrao do risco e,porfm,aobrigatoriedadedousodeEPI.Ouseja, somente quando essas estratgias no esto disponveis ou no fornecem proteo completa, que o foco deve ser na implementao das mudanas na prtica de trabalho e do uso de EPI16.A literatura aponta tambm para as atitudes que envolvemaprticadosprofssionaisdeenfermagemao discorrer sobre o contexto geral das aes da enfermagem permeadopelas[...]crenas,valoresehbitos,alm dossentimentoseexperinciasvivenciadosporelesno exerccio cotidiano de suas atividades [...]17:89. As autoras incitam a uma refexo sobre:odesafoquetemoscomoprofssionaisecidados em relao ao desrespeito e ao desamparo legal a que estosubmetidososprofssionaisdasade,e,em especial, os de enfermagem, no sentido de lutarmos por polticas pblicas, formao profssional e prtica institucional que favoream melhores condies de trabalho, assim como uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores de enfermagem17:89. Al mdaidentificaodassituaesde vulnerabilidade que ocorrem na vida desses profssionais, entendercomocategorizamsuasvivncias,apartirda maneiracomosentem,representaedumsentidoa essas vivncias. O desejvel evidenciar a percepo do indivduo frente ao seu relacionamento interpessoal e com os demais, e a sua prtica como enfermeiro18.Sendo assim, acredita-se que se deva ampliar a questo da biossegurana para alm de questes relativas aoambientefsico,abrangendoquestesrelativasao comportamentodogrupo.Umadasmaneirasdese familiarizarcomocomportamentodoindivduono ambiente de trabalho pode se dar a partir de estudos que contemplemaabordagemdasvariveis:conhecimento, atitude e prtica (CAP) alm da questo ambiental. Nesse aspecto, tem-se:ConhecimentoSignifcarecordarfatosespecfcos ouahabilidadeparaaplicarfatosespecfcosparaa resoluo de problemas ou, ainda, emitir conceitos com a compreenso adquirida sobre determinado evento.Atitude,essencialmente,teropinies., tambm, ter sentimentos, predisposies e crenas, relativamenteconstantes,dirigidosaumobjetivo, pessoa ou situao.Prticaatomadadedecisoparaexecutara ao. Relaciona-se aos domnios psicomotor, afetivo e cognitivo dimenso social19:577. Como estratgia, uma ferramenta para essa avaliao oinquritoCAPdefinidocomouminqurito representativo realizado em uma determinada populao para identifcar os conhecimentos, atitudes e prticas sobre um tema especfco20. Serve para ajudar no planejamento, implementao e avaliao do trabalho. Podem identifcar falhasdeconhecimento,crenasculturaisepadresde comportamento21.CONCLUSOO conhecimento acerca da biossegurana no ambiente daquimioterapiaenfatizaaspectosrelacionadosao ambienteeaousodeEPI.Essaabordagem,embora importante,nodeveriaseronicofoco,umavezque nosdeparamosnaprticaprincipalmentecomabaixa adeso ao uso dos EPI resultando em danos a sade do trabalhador.Ofocoprincipaldeveriairalmdocontroledo comportamentoedasatitudesindividuais,vistoque ostrabalhadoresdasadeapresentamresistnciasem mudarprticasquejrealizamecomasquaisesto habituados. Os fatores psicossociais e organizacionais que podemcontribuirparaonocumprimentodeprticas deseguranaincluem:anopercepoparaorisco, sentimento de no valorizao da segurana no local de trabalho,pensarqueocorreumasituaoconfitante entre prestar atendimento de excelncia ao paciente e se protegerdaexposio,crerquenoexistejustifcativa paraaprecauoemdeterminadassituaes,aumento donmerodepacientes,causandoumasobrecarga notrabalho,oquepodegerarfalhanautilizaodos equipamentos de proteo necessrios16.Entende-se que a abordagem aos profssionais a partir dosinquritosCAPtempotencialparapossibilitara discussonocoletivonosdoconhecimentodesse profssionalquantoaosriscosaqueestsubmetido, mastambmeprincipalmentequantoaosaspectos relacionadosssuasatitudeseprticasdiantedo mesmo. Nesse sentido, novos estudos devem utilizar essa ferramenta como estratgia de gesto do risco qumico na central de quimioterapia.CONTRIBUIESGiselle Gomes Borges, Lailah Maria Pinto Nunes e Lia Cristina Galvo dos Santos contriburam na concepo, obteno,anlisedaliteraturaeredao.ZenithRosa Silvinocontribuiunoplanejamento,redaofinale reviso crtica.Declarao de Confito de Interesses: Nada a Declarar.250Borges GG, Nunes LMP, Santos LCG, Silvino ZRRevista Brasileira de Cancerologia 2014; 60(3): 247-250REFERNCIAS1.InstitutoNacionaldeCncerJosAlencarGomesda Silva. Estimativa 2014: incidncia de cncer no Brasil. Rio de Janeiro: Inca; 2014.2.InstitutoNacionaldeCncer(BRASIL).Aesde enfermagem para o controle de cncer: uma proposta de integrao ensino-servio. Rio de Janeiro: Inca; 2008.3.Andrade M, Silva SR. Administrao de quimioterpicos: uma proposta de protocolos de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2007 May-Jun;60(3):331-5. 4.Bonassa EMA, Gato MIR. Teraputica oncolgica para enfermeirosefarmacuticos.RiodeJaneiro:Atheneu; 2012.5.BulhesI.Riscosdotrabalhodeenfermagem.Riode Janeiro: Folha Carioca; 1998.6.BolzanMEO,BarrosSHC,GebertLG,GuidoLA. Serviosdeterapiaantineoplsica:seguranados trabalhadoreseriscoqumico.RevEnfermUFSM. 2011;1(1):103-11.7.Mauro MYC, Muzi CD, Guimares RM, Mauro CCC. Riscos ocupacionais em sade. Rev Enferm UERJ. 2004; 12:338-45. 8.RochaFLR,MarzialeMHP,RobazziMLCC.Perigos potenciaisaqueestoexpostosostrabalhadoresde enfermagemnamanipulaodequimioterpicos antineoplsicos:conhec-losparapreveni-los.Rev Latinoam Enferm. 2004 Jun;12(3):511-17. 9.XelegatiR,RobazziMLCC,MarzialeMHP,Haas VJ.Riscosocupacionaisqumicosidentificadospor enfermeiros que trabalham em ambiente hospitalar. Rev Latinoam Enferm. 2006 Apr;14(2):214-19.10. MahboobM,RahmanMF,RekhadeviPV,SailajaN, BalasubramanyamA,PrabhakarPVetal.Monitoring ofoxidativestressinnursesoccupationallyexposedto antineoplastic drugs. Toxicol Int. 2012 Apr;19(1):20-4.11. 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Manual de implementao: programadeprevenodeacidentescommateriais perfurocortantesemserviosdesade.SoPaulo: Fundacentro; 2010. 17. Caval canteCAA, EndersBC, MenezesRMP, MedeirosSM.Riscosocupacionaisdotrabalhode enfermagem:umaanlisecontextual.CincCuid Sade. 2006;5(1):88-97. 18. Sousa PKR, Miranda KCL, Franco AC. Vulnerabilidade: anlise do conceito na prtica clnica do enfermeiro em ambulatriodeHIV/AIDS.RevBrasEnferm.2011 Apr;64(2):381-84. 19. MarinhoLAB,Costa-GurgelMS,CecattiJG,Osis MJD.Conhecimento,atitudeeprticadoautoexame dasmamasemcentrosdesade.RevSadePblica. 2003;37(5);576-82. 20. GoutilleF.Knowledge,attitudsandpraticsforrisk education:howtoimplementKAPsurveys.[S.l]: Handicap International; 2009. 21. World Health Organization. Advocacy, communication andsocialmobilizationforTBcontrol:aguide developingknowledge,attitudeandpracticesurveys. [Geneve]: World Health Organization; 2008.