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Ministério da Educação 2
Encontro Nacional de Gestores das Políticas Estaduais de Educação Ambiental 3
Degravação 4
(ProiXL Estenotipia) 5
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� CD 01 – Abertura (1h03) 8
Apresentação do Sisnea no Comitê Assessor 9
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A SRª NÃO IDENTIFICADA - ... Do MEC. A gente vai começar a apresentar 12
brevemente nessa primeira parte do Encontro para vocês qual a proposta do Sistema 13
Nacional de Educação Ambiental. Primeira coisa, o contexto em que ela vem. Então, a 14
primeira coisa, essa proposta não veio descontextualizada, já em 2005 o Marcos já 15
havia apresentado ao Comitê Assessor essa proposta de ter o Sistema Nacional de 16
Educação Ambiental com o finalidade de interligar, sistematizar as diversas ações de 17
educação ambiental que estavam acontecendo no País e de potencializar para 18
enfrentamento da crise sócio-ambiental. Então, nós temos aqui um contexto sócio-19
ambiental que é o enfrentamento a crise sócio-ambiental e as mudanças ambientais 20
globais. Nós temos um contexto também de gestão política que é a maturidade das 21
experiências políticas de gestão e da própria implementação da política nacional de 22
educação ambiental. Então nós vemos a ampliação da participação pública e do 23
controle social nas políticas públicas em geral e essa é uma experiência basilar também 24
para o Sisnea e a própria maturidade do conceito identitário da educação ambiental, na 25
medida em que a educação ambiental se consolida como substantiva com o seu caráter 26
transformador, emancipatório, participativo e político e a partir disso, dessa maturação, 27
é que surgiu a idéia do Sisnea. Bom, a Lei, como vocês irão ver no texto 28
problematizador, apesar de não falar no sistema ela já apontava para características 29
política administrativa e para responsabilidade da sociedade, dos entes da sociedade 30
para implementação da política. Então agora vem a proposta do Sisnea para reforçar 31
com os adjetivos de estruturação sistêmica da gestão da política nacional de educação 32
ambiental com o fortalecimento das bases políticas legais formadoras e outras da 33
própria política, empoderamento e qualificação dos diversos atores da e iniciativas da 34
área ampliando a dimensão participativa e democrática da gestão pública. Então 35
espera-se que haja a potencialização, como já foi dito, das iniciativas de educação 36
ambiental, um pacto de responsabilidade entre os diversos atores e entre as diversas 37
instâncias, mas também outros movimentos podem surgir a partir do Sisnea que são o 38
enraizamento da própria educação ambiental, afim de que cada brasileiro e brasileira 39
tornem-se educadores e educadoras ambientais, o diálogo e o fortalecimento com 40
outros sistemas como o sistema do meio ambiente, o SISNAMA, e o sistema de 41
educação, o sistema educacional. Um olhar específico para educação ambiental na 42
formação e na gestão, porquê? Porque os entes de educação ambiental, alguns deles 43
são entes próprios como coletivo educadores, são entes que já se consolidam no 44
espaço da educação ambiental e outros entes de gestão como as SIEAs que não estão 45
previstos nem pelo sistema de meio ambiente e nem pelo sistema de educação e que 46
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merecem o seu espaço e precisam desse pacto de responsabilidade e de apoio e de 47
sistematização de ação para poder ter maior eficiência nas suas políticas públicas e na 48
sua própria ação mesmo. Então sinergia entre ações de educação ambiental no País 49
capitação de responsabilidades e competência entre os diversos níveis de gestão e 50
implementação da PNEA que vão desde os níveis municipal, estadual e federal, mas 51
também as bases territoriais e também as bases de ação difusas, as redes, enfim a 52
pactuaçao de responsabilidade de todos os atores que segundo a lei são todas as 53
pessoas da sociedade que são responsáveis pela implementação da educação 54
ambiental e a consolidação da transversalidade de parcerias potencialisadoras. Bom, o 55
Sisnea parte de princípio e diretrizes, primeiro, claro, dos princípios que estão na 56
própria Lei que estabelece a política nacional de educação ambiental que são princípio 57
da educação ambiental e muito deles são baseadas também, muitos desses princípio 58
do Sisnea são baseados nos princípios do PRONEA - Programa Nacional de Educação 59
Ambiental que teve uma construção participativa em 2003 e dessa construção 60
participativa foram elencados diversos princípios e os princípios são sempre os valores 61
que motivam a condução de toda uma política ou de toda uma ação. Então na nossa 62
proposta do Sisnea os valores são baseadas nessa participação pública que houve no 63
PRONEA, são os valores do PRONEA e muitos deles estão aqui presentes também e 64
as diretrizes já são, assim, a forma em que as ações vão ser implementadas, o formato 65
que vai ser dado para concretude das ações, que são sustentabilidade sócio-ambiental, 66
controle social e participação, que é dos eixos mais fundamentais do Sisnea, 67
transversalidade, descentralização espacial e institucional, aperfeiçoamento e 68
fortalecimento do sistema de ensino e meio ambiente e outros como 69
interdisciplinaridade. Bom, precedentes: O Sisnea, como eu disse no início, surgiu de 70
precedentes que tem a ver com a maturidade do próprio conceito de educação 71
ambiental, a maturidade na implementação da política e também tem alguns 72
precedentes que são precedentes legais, são a Constituição Federal de 1988 que traz a 73
educação ambiental como um direito e traz toda essa tendência de municipalização da 74
gestão administrativa e de divisão federativa das responsabilidades, o direito a própria 75
educação também elencada na Constituição Federal. Depois uma outra Lei que é a Lei 76
de Diretrizes e Bases da Educação, que apesar de não estruturar o sistema nacional de 77
educação a Lei de Diretrizes e Bases trata das responsabilidades de cada ente 78
federativo, então ela não cria o sistema, mas ela diz bem o que faz o município, qual a 79
responsabilidade do município, qual a responsabilidade do Estado, qual a 80
responsabilidade da União em matéria de educação. Então o Sisnea dialoga com a Lei 81
de Diretrizes e Bases. A Lei que estabelece o sistema nacional de meio ambiente 82
também em 1981, então o Sisnea também, a proposta dialoga e tem uma interface 83
grande com o SISNAMA, a própria Lei que estabelece a política nacional de educação 84
ambiental, a elaboração e implantação participativa do PRONEA, a instalação do Órgão 85
Gestor da política nacional de educação ambiental, que é o Ministério da Educação e o 86
MMA e que efetivamente se deu recentemente em 2003, às comissões triparte que 87
agora dizem respeito a uma ação coordenada entre os Governo Federal, Estadual e 88
Municipal e que agora com o PAC de meio ambiente provavelmente vão ser já 89
regulamentada, o artigo 23 da Constituição Federal vai regulamentar e vai dizer 90
exatamente como vai ser essa ação coordenada em matéria ambiental e essa ação 91
coordenada em matéria ambiental das comissões tripartite podem bem inspirar o pacto 92
da responsabilidade também do Sisnea. Municipalização da gestão, que eu já falei, 93
ampliação do controle social e participação nas políticas públicas e as conferências 94
nacionais de meio ambiente, fóruns e comitês que consolidam toda essa tendência 95
3
participativa na gestão pública. Bom, uma das grandes preocupações do Sisnea é 96
como ele se insere entre o sistema de educação e de meio ambiente ele tem que 97
dialogar com esses dois sistemas. Então do mesmo jeito que é um desafio e ao mesmo 98
tempo é uma inovação você ter um Órgão Gestor da política nacional de educação 99
formado por dois Ministérios; Ministério do Meio Ambiente e Educação que 100
articuladamente, coordenadamente planejam e implementam ações em todo o País a 101
gente pensa que esse modelo deve ser reaplicado para os estados e municípios e com 102
esse formato dialogar com o sistema de educação e com o meio ambiente 103
concatenando ações ambientais e educacionais, respeitando a característica de 104
transversalidade interministerialidade e especificidade das respectivas políticas 105
públicas. A questão de que a educação ambiental está presente de forma transversal 106
em diversos Ministérios, diversas secretarias, então é um desafio para o Sisnea que ao 107
mesmo tempo é um ganho você ter a coordenação dessa política e da sua 108
implementação por um sistema, um dos grandes desafios é como você faz essa 109
coordenação transversalizando também a educação ambiental e incentivando essa 110
transversalidade, dialogar e fortalecer com as estruturas e instituições de gestão dos 111
demais sistemas que não só o sistema de educação e de meio ambiente, mas de saúde 112
e outros e incluir instâncias próprias da educação ambiental, como eu disse, por 113
exemplo, coletivo educadores, as SIEAs, instâncias que vêem se consolidando na 114
história da educação ambiental e da gestão de educação ambiental. Então na cartilha 115
de vocês vocês irão ver que a gente pensou nesse cenário que a gente deu nome 116
cenário estruturante. Bom, é Thaís do Ministério do Ambiente, Educação Ambiental. E 117
aí a gente partiu do que nós temos hoje na lei para apresentar essa proposta, então a 118
proposta vem num desenho que ele tenta representar um pouco mais a integração 119
desses entes e aí eu vou começar a passar para os próximos slides que ele vai 120
detalhando cada um dos âmbitos do sistema. Bom, no âmbito Federal, dialogando com 121
o que nós temos hoje, que seria o Órgão Gestor como esse órgão de coordenação que 122
tem, tanto o Ministério da Educação, quanto o Ministério do Meio Ambiente e suas 123
vinculadas; então aí nós estamos colocando o IBAMA, Jardim botânico, Serviço 124
Florestal, essas são as vinculadas que a gente tem. Ainda no âmbito Federal o Comitê 125
Assessor aqui e os Conselhos e no texto a gente explica um pouco que a gente optou 126
por não detalhar cada um desses conselhos para que possa ser o mais amplo possível, 127
que a gente possa dialogar com os conselhos todos que tenham Câmara Técnica ou 128
que tenham alguma interface ou em algum momento venham a ter interface com 129
educação ambiental ou com essa perspectiva emancipadora da educação ambiental. A 130
outra instância do sistema seria na esfera Estadual e Municipal que aí entraria as 131
Secretarias de Educação e Meio Ambiente, as Comissões Interinstitucionais de 132
Educação Ambiental e tanto a SIEAs, nesse cenário que temos hoje, a gente tem 133
SIEAs que têm apenas nas capitais e têm SIEAs que já estão descentralizadas, tem 134
SIEAs regionais, então nós optamos por colocar nessa representação SIEAs regionais, 135
mas tentando também que esse nome não seja limitador, que ele abarque toda essa 136
descentralização que cada uma das SIEAs em seus estados tem regulamentado e 137
instituído e também todos os conselhos de meio ambiente e educação no âmbito 138
estadual e municipal e em alguns estados, se não me engano, no Ceará também tem 139
alguns estados que têm outros conselhos que possuem Câmara Técnica de Educação 140
Ambiental, então a proposta também é que a gente dialogue com todos esses 141
conselhos. Na representação como um todo só aparece como conselhos, esses dois 142
preferencialmente, mas todos os outros que tenham a interface. A outra esfera é a 143
esfera local ou territorial e aí é um pouco desse acúmulo na implementação da política 144
4
nacional que o órgão gestor traz que são os coletivos educadores que são as instâncias 145
que trabalham a formação dos seus territórios dialogando com suas bases, então com a 146
implementação das Convidas que são as comissões de meio ambiente e qualidade de 147
vida na escola e fora da escola sãos as comunidades de aprendizagem sobre meio 148
ambiente e qualidade de vida com algumas variações nesse nome, mas que 149
basicamente naturalmente a gente está chamando assim, mas respeitando também o 150
contexto em que elas são inseridas e a nomenclatura que possam vir a ter. E aí 151
transversalmente a todo esse sistema a gente traz os componentes de controle social 152
que são as relações internacionais... Componentes de controle social, na verdade, esse 153
aqui eu não sei como é que a gente está, na minha apresentação é um pouquinho 154
diferente, eu acho, porque eles são os eixos transversais só, o de controle social é o 155
próximo. Essa foi à finalização do Artur lá na DEA, mas acho que esse são os eixos 156
transversais que são as relações internacionais, o financiamento, a comunicação, a 157
pesquisa e avaliação. Principalmente a Dra. (?) trouxe a questão do financiamento que 158
uma parte foi o veto e tem até uma discussão de ter um fundo específico para 159
educação ambiental, então a gente acha que esse é um eixo transversal muito 160
importante para educação ambiental, então nós inserimos nessa proposta do sistema e 161
está aberto para consulta pública para gente poder implementá-lo, as relações 162
internacionais porque também é um outro eixo que na implementação da política 163
nacional nós temos algum trabalho e algum acúmulo de experiência, então nós 164
quisemos colocá-lo como eixo transversal, até porque também as relações 165
internacionais fortalecem o trabalho internamente, do que vem se acumulando e vem 166
sendo implementado, e também vem tendo reconhecimento também internacional 167
então a gente acha que ele deve permear o sistema também. A comunicação também 168
aqui foi citado bastante pela manhã, que é um eixo essencial, não existiria um sistema 169
incompatível sem que haja uma comunicação interna entre os entes e uma 170
comunicação em todo esses processos de gestão e de formação a que o sistema se 171
propõe e a pesquisa e avaliação que na Lei da Política ele já vem citado lá nos artigos, 172
mas que a gente tem que aprimorar isso e tem que ter um campo que temos que 173
trabalhar transversalmente e foi contemplado como um dos eixos também. E como 174
componente dinâmico de controle social as redes, os coletivos, os coletivos em geral, 175
os coletivos de juventude e todos os coletivos que nós temos, os outros conselhos, os 176
fóruns de educação ambiental e fóruns que tratam da educação ambiental de alguma 177
forma e as conferências, tanto da Infanto-juvenil, quanto Adulto e tem a proposta de 178
uma conferência internacional, então a gente colocou esses componentes como 179
dinâmica de vídeo e controle e participação. Vocês puderam observar que é um 180
sistema que não é só político administrativo, ele é também formador, ele tem essa 181
preocupação em fazer com que haja... É uma interrelação e a capilaridade, 182
enraizamento mesmo, a propagação de informações e de ações, então entre os entes, 183
aliás, entre os setores, aqui eixos transversais pode ver que são os que estruturam o 184
Sisnea, as relações internacionais porque o desafio de fazer educação ambiental e 185
cuidar do meio ambiente é global e não é só setorial e por isso são necessárias as 186
relações internacionais, o financiamento também está como transversal e estruturante, 187
como a Thaís falou, porque é claro, é necessário para implementação da política. 188
Comunicação e formação estamos sentindo da nossa atuação e do Sisnea e até por 189
isso que na base do Sisnea estão as Convidas e estão os coletivos educadores e a 190
pesquisa e avaliação porque é por meio da pesquisa e da avaliação que o sistema de 191
auto aprimora e que educação se auto aprimora também. Então toda essa alimentação 192
é feita... A base, nessa base é que são os entes de educadores populares e os entes 193
5
de formação que dão todo o sentido para o Sisnea. Eu acho que era isso. Eu acho que 194
é importante enfatizar o que você falou dessa retroalimentação do próprio sistema que 195
ele tenha essas instâncias de participação para que ele seja sempre reavaliado e 196
reestruturado e reimplementado. Eu acho que é só. Aqui só para gente já socializar 197
aqui com vocês. A consulta pública que se abre a partir de agora ela tem uma página 198
dentro da página da educação ambiental do MMA, então é nesse endereço, que é 199
www. mma. gov.br/ea. A gente em princípio, o Sisnea eu acho que entrou essa 200
semana, o Artur está confirmando, mas se não tiver ainda com esse endereço do 201
Sisnea ele vai estar /ea e vai ter um link que tem o acesso a página, na página vão 202
estar todos os documentos que vocês receberam nesse CD que eu passei agora e se 203
alguém ficou sem tem mais aqui, que é o documento problematizador, o documento 204
base, essa apresentação e a metodologia de consulta pública e a Jack está me 205
lembrando aqui que no CD ainda tem o relatório de gestão da DEA e o caderno 206
temático da CGEA, da educação. Quando a gente entrar na metodologia nós vamos 207
falar da página de como vai ficar as contribuições e ainda sim tem o e-mail de contato 208
que estamos recebendo, que é [email protected] e também para o Brasil inteiro isso 209
vai estar sendo divulgado para que as pessoas inscrevam, tirem dúvidas e mandem as 210
suas contribuições a consulta pública. 211
212
213
A SRª. VIVIANA (MEC) - Como é que fazemos agora. A gente abre para uma 214
conversa? Vocês gostariam de falar alguma coisa, Marcos e Raquel? 215
216
217
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Bom eu quero primeiro me desculpar publicamente pelo 218
atraso que esteve para além da minha possibilidade de resolvê-los, ontem deu 219
overbook, venderam mais passagens do que lugares na TAM e só pude vir hoje, mas a 220
nossa expectativa em relação a essa reunião e em relação a essa nova face no Comitê 221
Assessor do Órgão Gestor e de nós conseguirmos de fato criar um grupo que 222
permanentemente esteja se debruçando e esteja se voltando para questão do 223
enraizamento da educação ambiental no País. Então a inauguração dessa segunda 224
gestão com o lançamento dessa consulta pública do sistema nacional de educação 225
ambiental vem demarcar claramente essa nossa expectativa de que o sistema nacional 226
de educação ambiental não seja apenas uma abstração, ou seja, apenas um exercício 227
teórico e burocrático de quem está no Governo Federal. A gente gostaria de estar 228
investindo nessa perspectiva de fazer esse debate em todos os setores da sociedade 229
brasileira, então é muito importante para gente que esse sistema seja interiorizado pela 230
SBPC, pela OAB, pela ABI, pelas Confederações Nacionais da Indústria, do Comércio, 231
da Agricultura, pelo sindicatos e todos os setores da educação e do meio ambiente para 232
que ele, mesmo não sendo um sistema formal nesse primeiro momento, mesmo não 233
sendo um sistema aprovado no parlamento, seja modificando a Lei da Política Nacional 234
de Educação Ambiental, seja como uma nova Lei ele seja de fato interiorizado na 235
sociedade brasileira. Então para nós o que esse sistema representa é a capacidade 236
que nós teríamos de responder aos desafios sócio-ambientais planetários que estão aí 237
colocados. Cada vez mais nós vamos ser chamados a trabalhar junto com a defesa 238
civil, junto com o agentes de saúde, junto com atores que se nós não tivermos 239
capilaridade e organicidade nós não conseguiremos fazer o enfrentamento dessas 240
grandes questões sócio-ambientais planetárias que estão já ocorrendo e que vão 241
ocorrer cada vez com mais ênfase e força nos próximos dez anos. Então para que a 242
6
gente acumule, no sentido de ter capacidade de fazer tais enfrentamentos, é muito 243
importante que a gente visualize a forma orgânica e sistêmica de trabalhar e atuar e se 244
necessário que a gente avance no sentido de aprimorar o marco legal que hoje rege a 245
política nacional de educação ambiental e aprimorar o mecanismo que hoje estão aí 246
colocados, que é claro que nós temos que aprimorar o financiamento da educação 247
ambiental. Então ao visualizarmos a questão da educação ambiental da gestão 248
compartilhada da educação ambiental no País de forma didática, visualizando os eixos 249
transversais, os mecanismos de controle social, a instancias de tomada de decisão, nós 250
temos a oportunidade de propiciar a toda a sociedade se apropriar disso e começar a 251
aprimorar, a começar dizer que dessa forma que está não está sendo suficiente, precisa 252
aprimorar aqui, ali e acolá. Então eu acho que esse primeiro exercício, esse caderno 253
que está aqui colocado ele é para ser rabiscado, modificado, aprimorado, mas nós 254
estamos investindo fortemente nessa perspectiva de durante esse ano e o próximo ano 255
nós termos, entre todos os atores no campo da educação ambiental, um conceito ou 256
pelo menos uma visão compartilhada de como se dá a gestão da educação no País e 257
como se pode interferir e colocar elementos nessa gestão compartilhada que percorre 258
em todo sistema e a gente cita um exemplo que é da ida e vinda. Eu conheço umas 259
pessoas do Pedro Segundo no Piauí que fazem educação ambiental há 20 anos ou 260
mais e as lutas que eles têm lá dificilmente são reverberadas em todo o País, 261
dificilmente a mídia, a sede da grande milha que está no eixo Rio-São Paulo consegue 262
captar as ações que eles desenvolvem lá em Pedro Segundo no Piauí. Agora, se nós 263
tivermos um sistema formatado e funcionando eles gritam lá e repercute no sistema 264
inteiro. E da mesma forma quando a gente define um procedimento, um 265
encaminhamento aqui nesse Conselho maior da educação ambiental no País ele 266
imediatamente tem chance de chegar a Pedro Segundo e as demais ações e atores no 267
campo da educação ambiental para eles falarem: “a palavra de ordem é essa”. O 268
grande enfrentamento que tem ser feito hoje é esse. As redes de educação ambiental 269
fazem isso com as dificuldades que têm para fazer isso. Então nós precisamos é ter nas 270
redes também um componente desse sistema, um componente que faz o controle 271
social, um componente que cobra o que está incorreto, o componente que denuncia, 272
mas que também está articulado. Então o que há de inovação nesse sistema é que ele 273
trabalha com o que está estruturado e com aquilo que chamamos de estruturante, 274
aquilo que é emergente na ação da educação ambiental desde as redes até os 275
programas e projetos que o Ministério da Educação e o MMA têm implementados e que 276
a gente espera que também os demais atores tenham implementados, que não são 277
elementos já estruturados como o Conselho Estadual de Meio Ambiente ou como a 278
SIEA em muitos casos, mas os que trazem nessa emergência do novo uma perspectiva 279
estruturante para educação ambiental no País. Então nós estamos dialogando com 280
duas realidades, a realidade do já formalizado, do já previsto na Lei, do já 281
institucionalizado nesse sentido de previsto na legislação e do instituinte, daquilo que 282
ainda está emergindo e que nós temos certeza que no momento ou no outro ganhará 283
plena institucionalização passando a contar no marco legal, passando a ter uma 284
validação que não se torne inibidora da emergência do que vai novamente se tornando 285
novo. Nesses campos do conhecimento ambientalista, do movimento ambientalista 286
como um todo, da educação ambiental é muito importante que a gente não encerre o 287
processo naquilo que já está estruturado, então a preocupação que se teve ao estar 288
desenhando isso é tentar captar todos os elementos que estão emergindo e ao mesmo 289
tempo pegar de forma didática aquilo que já está instituído. 290
291
7
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Eu queria só perguntar exatamente como nós vamos 292
fazer agora, como vai ser a dinâmica. A gente tende, como foi visto na parte da manhã, 293
com muito menos material denso para trabalhar e a gente corre atrás do próprio rabo e 294
fica dando voltas aqui. Então para gente ir direto aos pontos eu acho que quase todo 295
mundo leu os dois documentos; o texto problematizador, a proposta do sistema, então 296
todo mundo já deve trazer uma série de questões e aí eu queria só que vocês 297
apresentassem para gente uma proposta de como seria a metodologia que vamos 298
utilizar, só para gente não se perder e ganhar porque contribuições eu acredito que 299
todos tenham a gente já falou da riqueza do texto de manhã. 300
301
302
A SRª THAÍS (MMA) - Eu queria ver com vocês. Nós temos uma apresentação da 303
consulta pública, da proposta da consulta pública, se vocês querem que a gente 304
apresente-a e faça o debate todos juntos ou se a gente deixa agora para vocês fazerem 305
essa contribuição e a gente faz um olhar detalhado aqui e na seqüência a gente 306
apresenta a consulta pública, a proposta. 307
308
309
A SRª PATRÍCIA - Vou responder por mim. Patrícia de novo. Eu me sentaria mais à 310
vontade, até para olhar a consulta pública, depois de avançar um pouquinho mais 311
nesse material que eu estava lendo. 312
313
314
A SRª NÃO IDENTIFICADA – Perfeito, então eu acho que a gente pode abrir para 315
quem quiser começar a fazer as suas colocações sobre a apresentação. 316
317
318
O SR. MARCELO (SBPC) – Bom, o comentário que eu queria fazer era sobre a 319
participação das universidades dentro desse sistema. Quando a gente vê o desenho, 320
na verdade, bom, eu vou falar algumas coisas que eu imagino sobre o papel da 321
universidade e como que poderia a gente imaginar uma presença mais... Eu acho que a 322
universidade no tripé que ela tem de ensino, pesquisa e extensão ela atua fortemente 323
em educação ambiental. Para educação ambiental, quando se busca capacitação, 324
quando se busca crescimento nessa área em termos de investimento pessoal as 325
pessoas buscam a universidade e é lá que são ofertados esses cursos e é lá que as 326
pessoas fazem pesquisas e se pensa muito a educação ambiental. Por outro lado 327
também está crescendo muito nas universidades projetos de extensão nessa área, é 328
uma outra que vem crescendo enormemente dentro da universidade. Então eu acho 329
que a universidade tem um papel muito importante dentro da educação ambiental. 330
Agora, por outro lado, me parece que as coisas dentro da universidade são muito 331
fragmentadas, quer dizer, não existe um núcleo de educação ambiental, não existe um 332
centro de educação ambiental, as pessoas representam muito pequenos grupos ou a 333
seu próprio com seu grupo de orientados e apesar dessa profissão importante que tem 334
de educação ambiental ela é meio fragmentada. Ainda pensando a idéia de se imagina 335
que vá se propor às universidades que tenham educação ambiental no ensino superior 336
sendo ofertado a todos os cursos seria talvez a hora do Órgão Gestor tentar sugerir as 337
universidades o estabelecimento de núcleos de educação ambiental. É meio assim, 338
como comunidade, o pessoal de dentro tem dificuldades de estabelecer coisas que por 339
vezes vindo de fora pode ser melhor aceitas. Quer dizer, se surge uma demanda de 340
8
governo que se tenha colegiado de educação ambiental ou algo do gentero dentro das 341
universidades isso pode aproximar mais os pesquisadores e maximizar até essa oferta 342
de cursos, de disciplinas dentro da universidade e organizar melhor a educação 343
ambiental como ela está nas universidades do que se isso for depender de iniciativas 344
só da universidade ou das redes. Aí fica uma questão para gente conversar. Bom, eu 345
acho que em princípio era isso. 346
347
348
A SRª NÃO IDENTIFICADA - ...De outra forma a universidade não pode oferecer novos 349
currículos a não ser que esteja na grade curricular do ensino, seja ele em qualquer 350
nível. Agora, por convênio, quer dizer, se o Órgão Gestor tiver capacidade de fazer ou 351
não digo nem capacidade, que a gente volta para aquela condição legal de fazer isso é 352
perfeito, é ótimo que a universidade participe porque ela que se aprende a pesquisar e 353
etc., mas por convênios. 354
355
356
A SRª PATRÍCIA (REBEA) - Eu vou pedir para vocês me cortarem porque eu falo muito 357
naturalmente, como aqui eu só tenho voz e não tenho voto aí eu abuso da voz, mas é 358
porque realmente é muito material e foram muitos comentários e são muitas dúvidas 359
que eu tenho, então se vocês acharem que não é para agora, que é para depois, por 360
favor, me cortem. Eu queria só mais uma vez reafirmar a minha satisfação e a minha 361
empolgação com essa proposta do Sisnea, eu fiquei muito animada e eu acho que isso 362
aqui é conseguir ver um passo adiante nessa dinâmica toda, social, esse trabalho todo 363
que tem que ser feito ao longo dos últimos anos na execução da política nacional de 364
educação ambiental. É ver isso colocado em prática, é conseguir criar um desenho que 365
não permita que todo um esforço feito vire um amontoado de ações pulverizadas. Eu 366
acho que isso é fundamental, é fundamental e é importantíssimo e reafirmo aqui 367
também a nossa responsabilidade, vou reafirmar tudo agora porque está sendo 368
gravado. A nossa responsabilidade como integrantes do Comitê Assessor em 369
acompanhar de verdade o que é isso, se nó temos responsabilidade e nós integramos 370
um comitê que assessora o órgão gestor, que é o responsável pela execução dessa 371
política nós temos a responsabilidade de acompanhar de perto a execução dessa 372
política, nada disso aqui pode ser novidade, nada disso aqui deveria ser novidade se é, 373
se tem gente chegando agora é normal, mas isso não pode ser uma coisa que 374
simplesmente caia na reunião, numa pauta, então nós temos que lidar com isso no dia-375
a-dia porque é o dia-a-dia da educação ambiental nesse País, extrapolando fronteiras, 376
mas é o dia-a-dia da educação ambiental nesse País. Então se nós somos educadores 377
ambientais já deveríamos ter essa preocupação, estando aqui no Comitê Assessor mais 378
ainda, então eu estou trazendo para mim a responsabilidade e para o Comitê e eu acho 379
que temos a oportunidade muito grande nesse momento em não deixar que isso tudo 380
se perca, já falei também que eu sentia muita agonia em ver muita coisa acontecendo, 381
porque eu não sei se vocês têm noção, eu sei que vocês sentem na pele, mas eu não 382
sei se vocês têm a Real dimensão da loucura que vocês fizeram nesses últimos anos, 383
saudável loucura dos educadores ambientais. Se nós não fôssemos loucos e ousados 384
eu acho que muita coisa boa não aconteceria, mas é muita coisa, foi um volume muito 385
grande, foi muita quantidade, foi muita qualidade e tudo tem que ser visto sempre, tem 386
que haver avaliação, mas foi muita coisa e eu carregava essa preocupação e essa 387
agonia e eu acho que com mania de rede de querer ver tudo entrelaçado e entretecido, 388
dessas peças ficarem soltas demais. E com a proposta do sistema eu vejo isso tudo se 389
9
ajustar de maneira orgânica e é brilhante isso e muito animador. Agora, como conseguir 390
transformar isso aqui em prática não acho que seja tão complicado porque a prática já 391
existe na verdade, é uma coisa de acompanhar e ao acompanhar, monitorar a 392
execução dessa política fez-se necessário, foi desse processo que surgiu a idéia do 393
sistema, não é um sistema que vem a priori, ele vem de uma realidade executada, ele 394
vem do dia-a-dia de todos nós da educação ambiental dos projetos, programas e ações 395
implementados no âmbito da política. Então eu acho que é importante quando o Marcos 396
fala que tem que cuidar para ele não ser um exercício teórico burocrático, mas eu acho 397
que em função das práticas, da enorme quantidade de práticas já existente nem dá 398
para cair nesse risco, temos que tomar cuidado só para não viajar além da conta, viajar 399
até onde a gente precisa mesmo para também não ficar havendo uma coisa muito 400
quadrada porque a idéia não é engessar o sistema, mas sim conseguir conceber um 401
sistema capaz de captar toda essa dinâmica e toda essa flexibilidade que tem que 402
existir e aí tem algumas questões nos testes e algumas questões, tanto na proposta do 403
sistema, no texto problematizador que revelam inquietações e eu acho que o texto 404
problematizador é muito bom por isso, que são inquietações de vocês, que eu sei, quer 405
dizer, essa própria questão do papel do Órgão Gestor, o que ele pode ou não pode, que 406
função que ele tem ou não e isso acaba desencadeando um efeito dominó aí porque 407
qual é o papel do Comitê Assessor quando você não tem clareza absoluta de qual é o 408
papel do Órgão Gestor? Quer dizer, é aquela história; é deliberativo ou não é? É 409
executivo ou não é? Então o Órgão Gestor não é executivo, mas o MMA e o MEC são. 410
Eu estou com um problema ainda com esse momento transgentero da ADEA que virou 411
DEA, então eu vou... Eu sei que foi por causa da SECAD, foi para ficar mais perto ainda 412
e fortalecer o Órgão Gestor, mas... Tem essa história do Órgão Gestor não é, por 413
exemplo, não cabe a ele a execução, mas ele é MEC e MMA e MEC e MMA são 414
executivos. Então até onde vão esses limites? Como é que esse desenho pode ajudar a 415
esclarecer isso tudo para que fique cada vez menos dúvidas e mais prática e mais fácil 416
essa ação? Então eu sugiro que a gente pense nessas questões mais gerais, eu acho 417
que talvez até para esclarecer aqui essas dúvidas que existem em relação ao próprio 418
Órgão Gestor para, a partir daí, a gente dar continuidade porque tem o entrelaçamento 419
de todas as outras instâncias e tal, mas a gente acaba se espelhando muito no modelo 420
do Órgão Gestor, quer dizer, as SIEAs funcionam ou não como órgão gestores locais? 421
Se não, se pode haver órgãos gestores nos estados? Como dialogam eles com as 422
SIEAs, tem várias questões muito importantes para conversar aqui, mas eu acho que 423
inicialmente seria interessante dar uma aprofundada nesse debate sobre o Órgão 424
Gestor em si e o papel dele e o que se espera do comitê para depois ir, não descendo 425
hierarquicamente, mas se espalhando no desenho organizacional para esses outros 426
momentos. É a minha sugestão, não sei. 427
428
429
O SR. NÃO IDENTIFICADO - No 2.2 na página 9 do texto problematizador tem uma 430
questão que para mim é muito importante que a gente discuta e aprofunde que é 431
exatamente essa relação de secretaria estaduais e municipais do meio ambiente. 432
Porque quando a gente fala em SISNAMA, quando a gente fala de sistema estadual de 433
meio ambiente, quando a gente fala em sistema municipal do meio ambiente eu sei que 434
isso não é uma situação só do Ceará, é exatamente no ente federado municipal onde a 435
desorganização é muito grande, onde às vezes não há nem desorganização porque 436
não há nem institucionalidade, porém nós vivemos um momento, e era muito 437
interessante que esse sistema tivesse essa sensibilidade, que tendo os aspectos 438
10
positivos e negativos relativos a isso a questão ambiental está na mídia, como a 439
professora disse, às vezes colocadas de uma forma que não deveriam, às vezes um 440
certo catastrofismo e tudo isso, mas de qualquer maneira está e eu sinto e pelo menos 441
no Ceará nós sentimos isso, que os prefeitos e as prefeitas começam a ver a questão 442
ambiental de uma forma diferenciada, começam criar as instituições. O Ceará foi o 443
primeiro Estado, por exemplo, a criar um selo município verde nos moldes que tem o 444
selo UNICEF que nasceu no Ceará também, mas agora está indo para outros estados. 445
E nós tivemos de um ano para o outro, que tinha o CONDEMAS, saímos de 34 para 96, 446
eu não estou analisando a qualidade disso, mas eu estou querendo ver melhor 447
colocado aqui, eu queria fazer esse questionamento, de como nós vamos tratar o ente 448
federado municipal que precisa realmente de um tratamento especial no sentido do 449
fortalecimento porque não funciona um sistema sem uma parte desse sistema que é a 450
parto municipal está tão fragilizada e tão carente por vários aspectos. 451
452
453
O SR. GERSON (ANAMMA) - Quando você fala dessa questão do sistema me 454
preocupa justamente isso que você está colocando da questão dos municípios. 455
Primeiro que realmente há ainda por parte dos municípios, pelo gestor municipal ainda 456
se é tratado a questão ambiental apenas como marketing da administração e não como 457
uma questão continuada, uma educação continuada e quando você vai nesse caminho 458
só de trabalhar a questão do marketing você acaba fragilizando aí a construção de um 459
sistema. E outra situação que agora com o PAC pode ser que se resolva, os municípios 460
também não se sentem incentivados no aspecto da institucionalização de órgãos 461
ambientais porque os órgãos ambientais dos municípios, dependendo dos estados, 462
pelo conflito da legislação, quando você institucionaliza fica apenas como órgão 463
decorativo porque ele não tem a representatividade do licenciamento de uma forma 464
completa, então acaba as vezes fazendo os órgãos institucionais somente para poder 465
numa situação que parece estar politicamente correto. Então eu creio que com a 466
questão junto com a regulamentação do artigo 23 isso vai incentivar que os municípios 467
passem a institucionalizar realmente os seus órgãos ambientais, eles passem a ter um 468
peso maior no dia-a-dia da gestão porque hoje os órgãos ambientais e municipais não 469
têm peso político na gestão porque a questão ambiental está na agenda política, mas 470
apenas como forma de propaganda, mas não como uma coisa importante para gestor 471
municipal. Então eu creio que essa questão dos municípios, o sistema vai ter que 472
dedicar realmente um capítulo à parte de como nós vamos estar chegando aos 473
municípios, trabalhando essa questão dos municípios porque senão nós não vamos 474
conseguir. Essa conta vai ficar faltando realmente porque os órgãos são apenas 475
decorativos e não têm peso político nas gestões municipais, são raros os municípios 476
que os órgãos ambientais têm peso na gestão municipal. Ainda se é visto a questão 477
ambiental dos municípios com muito romantismo e não com o pragmatismo que deveria 478
ser tratado. 479
480
481
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Bom, eu como sempre vou falar do óbvio. 482
O Darcy Ribeiro quando voltava do exílio dizia: “esqueceram do óbvio”. O grande 483
problema que eu acho, pelo menos é o que eu vejo no Rio de Janeiro, é a falta de 484
interação entre as Secretaria de Educação e a Secretaria de Meio Ambiente. Sem essa 485
interação realmente verdadeira nós não vamos fazer nenhum SISNAMA, isso é 486
fundamental. Como eu vou falar mais sobre isso no Sisnea por enquanto basta. 487
11
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu só queria reforçar a sugestão do colega da UNB para 488
que nós estudemos essa possibilidade do Órgão Gestor estabelecer dentre as suas 489
bases de desenvolvimento convênios com as universidades nesse sentido de formar 490
melhor educadores ambientais, ou seja, uma sede melhor de pesquisas de estudos e 491
onde tem o melhor grupo de pessoas especializadas e competências e isso eu acho 492
muito importante e pode-se fazer de imediato através de convênios porque se nós 493
formos na forma da Lei aí tem que a universidade reformular o seu currículo, mandar 494
para o conselho federal, aquele trâmite que vocês todos conhecessem. Agora, sobre o 495
convênio não e é que como já está se fazendo. Dou um exemplo aqui, nós da OAB 496
fizemos convênio com o curso jurídico da universidade da UNB para darmos curso de 497
especialização nessa área, demos gestão de água, demos de recursos hídricos 498
fizemos... Onde está tudo permeado por educação ambiental, não é curso propriamente 499
com o título “educação ambiental”, mas na gestão de água entra a parte toda educativa 500
dessas bacias e etc. Foi um curso que já está na terceira edição o curso e foi muito 501
concorrido e isso eu acho que pode fazer de imediato o Órgão Gestor. E outro ponto 502
que eu queria me referir é a questão dos municípios, realmente eu só posso falar do 503
município que eu atualmente eu conheço, que é Fortaleza, o município de Fortaleza, 504
onde tem uma Secretaria que tem muito peso político, a Secretaria de Meio Ambiente 505
do Município de Fortaleza e levou até o Ivo, o Ivo estava lá e aí voltou, o que era do 506
corpo de Secretariado da Ministra Marina, é o Pedro Ivo era lá e voltou, ela tem peso 507
político, mas está enveredando por um caminho muito esquisito igual o Protocolo de 508
Kyoto: “se você pagar pode poluir”. Está nessa base assim, leis da Câmara de 509
Vereadores nas áreas que seriam de seriam de preservação ou paisagismo como as 510
dunas, se você pagar todas as taxas que ele está exigindo você pode construir, que é o 511
que está acontecendo em Fortaleza. Quer dizer, há uma distorção do que a 512
preservação ambiental. Bom, isso é o que eu conheço do município que está agora 513
numa luta, de certo modo jurídica com eles, porque nessa questão de construir em 514
dunas já com rede de água de esgoto, luz, telefonia, asfalto, o que tem mais a 515
preservar? Já acabaram com a duna. Mas todo mundo pode construir aí mesmo tudo já 516
urbanizado pagando as taxas de licenciamento ambiental, taxa de licenciamento 517
ambiental, não sei nem se é licença ambiental porque só se fala em taxa de 518
pagamento. Agora para gente fluir nessa mentalidade não sei por onde começar a não 519
ser educar os pequenos, educar os meninos, as crianças, educação básica. 520
521
522
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Eu quis falar novamente por uma razão muito clara. Eu 523
terminei há pouco tempo o mestrado em políticas públicas e nós fizemos uma 524
discussão muito detalhada, claro que numa outra área, área de cultura, por exemplo, e 525
eu acredito que não seja só na área de cultura, um problema sério das políticas 526
públicas é que nós não construímos sistemas muitas vezes radicais, aprofundados e 527
sérios e eu diria até contínuos de avaliação. Eu senti falta aqui no sistema, talvez... Eu 528
li, certamente só fiz uma leitura, mas não vi em nenhum momento como o sistema vai 529
ser avaliado e como ele vai ser retroalimentado e isso é muito importante. Aqui também 530
vai uma crítica, eu acabei de escrever um artigo que chama a ética do urubu, que é o 531
seguinte; nós temos um problema muito sério nas políticas públicas de como a gente 532
não constrói o marco zero e isso dificulta na nossa avaliação, nós não avaliamos o que 533
fazemos, então na primeira explicitação do programa o projeto ou política pública a 534
pessoas acha que não fez nada ou não construiu nada porque não sabe de onde partiu. 535
Ele não sabe de onde partiu, por exemplo, o PNC - Plano Nacional de Capacitação foi 536
12
um sucesso no Ceará, um sucesso em todos os sentidos. A gente que anda, eu fui 537
agora há 95 municípios você vê dos 184 municípios 112 foram capacitados o que não 538
tinha nada, quer dizer, se você olhar os municípios estão maravilhosos, mas estão 539
longe de ser maravilhosos, mas município que não tinha uma pessoas que não sabia o 540
que era educação ambiental hoje se tem e se deve ao PNC, mas não se tem uma 541
avaliação disso, não se tem uma política, quer dizer, nós construímos os nossos planos, 542
os nossos programas e nossos projetos, mas nós não temos nesses planos, programas 543
e projetos uma forma de avaliar e isso é fundamental porque vai serem cima dessa 544
avaliação que nós vamos argumentar e agora o Ceará paga o preço por ter feito o PNC 545
e já ter prestado contas e não vem o PNC 2 porque os outros nem sequer finalizaram. 546
Compreendem? Então não temos, então eu sinto falta. É claro que não é só no isso 547
Sisnea, mas é necessário que a gente preveja também uma ferramenta que seja 548
empiricamente comprovada, cientificamente justa e por aí vai, mas que consiga avaliar 549
e dar um fedback ao que nós estamos fazendo. 550
551
552
O SR. NÃO IDENTIFICADO - As questões inicialmente colocadas eu acho que são 553
bastante pertinentes, me parece que em termos de avaliação é um dos eixos 554
transversais que está colocado aqui; pesquisa e avaliação. Então é um eixo 555
fundamental e que recebe uma extensão prioritária, a gente compartilha da 556
preocupação do Marcos sobre a importância de se avaliar, tanto é que esse eixo 557
acabou ganhando relevância na construção do sistema porque nós percebíamos que o 558
que a gente nomeava antes como o quarto eixo transversal era na realidade ferramenta 559
de controle social que também contribuem muito para avaliação do sistema. Então a 560
gente teve as conferências nacionais de meio ambiente, tivemos os fóruns de educação 561
ambiental, temos as redes, é uma forma para além de controle social, uma boa 562
perspectiva de avaliação, no entanto, nós preferimos renunciar contornando o sistema, 563
formar uma perspectiva dinâmica de controle social e ter um eixo específico de 564
pesquisa e avaliação. A questão dos Municípios que foi colocado aqui certamente é um 565
ente federado fundamental, é sobre esse ente ou para esse ente que converge 566
praticamente toda a política e de onde emana toda política, no entanto, nós sabemos 567
da fragilidade dos municípios brasileiros hoje para nós estarmos nomeando uma nova 568
estrutura de educação ambiental para cada município. Então nós preferimos continuar 569
dialogando com a perspectiva de termos municípios educadores sustentáveis, 570
municípios que educam cotidianamente para sustentabilidade e isso sendo fomentado 571
através dos coletivos educadores e das Convidas que são duas políticas que temos 572
implementado ao longo desses quatro anos e que nos parece que exigem o diálogo 573
com o município, tanto a Convida na unidade escolar, quanto a Convida na comunidade 574
ela vai ser um elemento instigador, um elemento provocador do envolvimento do 575
município e ela vai exigir do município, principalmente em municípios de dois mil, quatro 576
mil, dez mil habitantes que não tem condições de ter gestor municipal de meio ambiente 577
e etc., a união com outros municípios de uma mesma base territorial. E aí nós 578
começamos um processo no oeste do Paraná de construção de municípios educadores 579
sustentáveis junto a 34 municípios e percebemos que não conseguiríamos avançar 580
para além dos primeiros diálogos com os prefeitos municipais se a gente não tivesse 581
uma força local e indutora daquele diálogo com as prefeituras municipais e aí então nós 582
criamos o coletivo educador com 43 instituições naquela região e elas trouxeram os 34 583
municípios estabelecendo pactos de formação de animadores de educação ambiental 584
em cada um dos municípios. Então o processo de formação de educadores ambientais, 585
13
através dos coletivos de educadores, no nosso ponto de vista, são processos indutores 586
de qualificação da gestão e da educação ambiental em cada município. Então 587
certamente, talvez mereça, como foi ressaltado aqui, um capítulo à parte onde a gente 588
enfatize essa reflexão, onde a gente enfatize essa relevância. Se nós queremos formar, 589
como temos anunciado, 186 milhões de brasileiras e brasileiros como educadores 590
ambientais populares nós precisamos ter nessa conspiração o ente municipal de forma 591
muito enfática e nós precisamos conspirar junto com ele no sentido de qualificá-lo. 592
Então o PNC é um bom exemplo de um passo que foi dado no sentido dessa 593
qualificação, mas muito ainda precisa ser feito. Nós tínhamos uma Lei de 1981 que 594
instituiu o sistema nacional de meio ambiente e apenas há dois anos atrás nós 595
começamos a ter uma comissão tripartite se debruçando na área ambiental sobre esse 596
diálogo Federação, Estado e Município, então certamente aí há necessidade de uma 597
ênfase maior, de um enfoque maior para ajudar a dirimir dúvidas, a clarear como o 598
sistema inteiro vai ter essa capilaridade no território especifico. Por último eu só queria 599
falar da questão da universidade, parece-me que esse diálogo com a universidade vai 600
para além de convênios que a gente possa estabelecer entre Órgão Gestor e as 601
universidades. Eles certamente são importantes, alguns deles nós temos rede e temos 602
tido excelentes cooperações vindas da universidade, mas nós temos que avançar no 603
sentido de uma legislação, e isso nós já nos colocamos esse desafio, eu e Raquel já 604
pautamos na nossa agenda nos reunirmos com a Secretaria de Ensino Superior do 605
MEC para dialogarmos sobre como que a partir de uma validação de algum processo 606
indutor normatizado pelo MEC ou junto ao Conselho Nacional de Educação a gente 607
pode estimular o envolvimento das universidades com todo esse processo. 608
Recentemente eu tive com o conjunto de universidades privadas que diziam: olha, na 609
universidade privada para gente se envolver com os coletivos educadores é necessária 610
uma força maior convencendo o dono das universidades a nos pagar hora/aula ou pelo 611
menos nos pagar o deslocamento para a gente estar envolvido com o coletivo educador 612
e essa força maior se ela for colocada sobre alguma forma de normatização ela pode, 613
inclusive, induzir a universidade a atribuir bolsa de estudo para estudantes que se 614
envolvam com atividades de Convidas, de coletivos educadores e etc. Então está na 615
nossa agenda a gente pede a cooperação da SBPC, em especial, da UNB 616
especialmente porque está em Brasília, para que a gente possa juntos estar dialogando 617
sobre que formas isso pode ganhar e como nós vamos para essa reunião com o 618
Secretário de Ensino Superior já levando uma agenda de proposta que permitam 619
avançarmos nessa direção. 620
621
622
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - O Marcos acabou enfocando o que eu ia falar sobre a 623
questão da universidade que apesar da RUPEA não falar pelo conjunto de todas as 624
universidades brasileiras e do que a gente tem vivenciado e até, assim, o que a RUPEA 625
fosse criada foi à necessidade de termos apoio nas demais universidades, de uma estar 626
auxiliando a outra, da gente pensar no coletivo que trabalha no interior dessas 627
universidades e como os programas estão se reestruturando, as dificuldades, os 628
avanços que temos vivenciado nos últimos anos. E o que fica claro quando a gente 629
discute educação ambiental no âmbito das universidades é que a gente precisa 630
realmente de política que permita que a gente trabalhe não só questão de boa vontade 631
ou parceria esporádica, nós precisamos realmente que a universidade, como um todo, 632
compreenda a importância da questão ambiental, nós estamos discutindo no âmbito da 633
RUPEA a questão da ambientalização curricular que vai além da questão disciplinar, vai 634
14
além da questão das licenciaturas. Então o que eu estou entendendo? Eu acho que 635
com o Sisnea, com a participação das universidades nas SIEAs, nos CONDEMAS, a 636
universidade participa de tudo e a gente tem que ter essa compreensão do papel da 637
universidade no cotidiano da sociedade. E o que eu tenho visto, o que eu véu aqui na 638
proposta do Sisnea eu entendo que está indo nessa direção. Eu acho que mais o que a 639
gente tem que fazer é isso; é tentar procurar forma de implementação de políticas 640
públicas, o diálogo com o Conselho Nacional de Educação é fundamental para que as 641
universidades, aquelas que ainda não têm essa compreensão que elas compreendam 642
qual o seu papel, valorizem a atuação no âmbito da questão ambiental, mas que 643
realmente também entendam da necessidade dos seus professores, dos seus 644
funcionários, dos seus alunos estarem participando desses conselhos, dessas redes 645
que é o que a gente tem tentado fazer. Eu voltei agora para a Bahia e a universidade, a 646
minha universidade participa do Conselho Municipal de Meio Ambiente do município, eu 647
participo da SIEA Bahia, então a gente tem que tentar se inserir nesses âmbitos. Eu 648
acho que isso é importante, não ficar só esperando os convênios. Uma coisa que o 649
mapeamento que nós fizemos demonstra claramente é o problema do financiamento, a 650
gente começa uma ação aqui e ela não continua porque o financiamento acabou, a 651
gente não tem, então tem que procurar nessa questão do financiamento que está aqui 652
proposto no Sisnea como essas ações tenham continuidade, como as universidades 653
coloquem no seu projeto político pedagógico mesmo o financiamento dessas ações, a 654
gente não pode ficar refém de convênios esporádicos. 655
656
657
� CD 02 (48:13) 658
Continuação Reunião Comitê Assessor 659
660
661
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - ...Guimarães, na verdade o que eu queria propor é que a 662
gente estabelecesse aqui um eixo de discussões porque eu estou sentindo que a 663
discussão está ficando fragmentada. Nós temos dois excelentes documentos para 664
discutir, temos um roteiro aqui de questões que foram levantadas, e como eu disse de 665
manhã, com muita profundidade as questões e com a visão de longo prazo e eu tenho 666
medo que a gente comece a colocar questões e cada um trazer a sua realidade e os 667
seus problemas e vira o muro das lamentações e todo mundo tem questões para trazer 668
e a gente deixa, o tempo vai passando e eu fico aqui agoniada: Meu Deus! Está 669
passando o tempo. A Patrícia levantou isso há uns 20 minutos atrás; questões sobre o 670
Órgão Gestor que eu acharia excelente, a gente começar aqui a se ater a esse 671
documento, essas questões já seria um grande ganho. Depois o Marcos levantou 672
questões sobre Sisnea, levantou a dúvida; pesquisa e avaliação e eu também, foi à 673
primeira coisa que eu marquei. Então estamos com dois documentos, a gente levanta 674
questão de um outro e levanta questão do outro e termina não fechando, não 675
concluindo e perdendo a oportunidade de avançar na discussão quando temos dois 676
excelentes documentos. Na verdade é só uma proposta que a gente defina aqui que 677
vamos discutir o texto do Sisnea ou o texto problematizador, ambos estão excelentes, 678
ambos são importantes e vão gerar, eu acho, um debate muito profundo, mas vamos 679
definir e vamos seguir aqui. O roteiro está pronto e tem um script maravilhoso aqui para 680
gente discutir em cima, para, enfim, não se perder porque senão o tempo vai passando 681
e no final vamos embora com as questões todas na cabeça e sem ter tido a 682
oportunidade de discutir e de aprofundar. Vocês já deram o pontapé inicial nos 683
15
subsidiando com esses documentos e eu queria sugerir que a gente não se perdesse e 684
definisse o grupo, um dos documentos começamos avaliamos e a discussão não se 685
perca com, enfim. 686
687
688
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - ...Ordem ainda dos textos eu acho que é importante 689
falar, que o texto base... A gente escreveu o problematizador para suscitar algumas 690
questões, mas o base mesmo é o que vai para consulta pública é o que traz a proposta. 691
Então eu queria só sugerir que a gente focasse um pouco mais nele. 692
693
694
695
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Só pegando uma carona na proposta da Patrícia, talvez o 696
ideal fosse que cada ente estruturado ou estruturante do Sisnea pudesse repensar e 697
pensar as suas relações com outros componentes. Talvez aqui, se a gente está no 698
Comitê Assessor, talvez seria pensar o que é o Comitê Assessor e qual a sua relação 699
com o Órgão Gestor e os outros componentes do Sisnea. 700
701
702
A SRª. RAQUEL - De qualquer jeito, gente, nós vamos resolver aos poucos todas 703
essas questões e essa da relação órgão gestor e Comitê Assessor é uma questão que 704
a gente está construindo ao longo do tempo agora e nós vamos dar continuidade a isso, 705
mas eu queria fazer alguns comentários e é nesse sentido da gente trabalhar com a 706
importância do Comitê Assessor no Sisnea e nesse processo todo de consulta pública 707
que, além de se trabalhar nos diversos setores, como é que nós vamos atuar aqui, que 708
era aquilo que nós íamos tratar. Com relação à questão das universidades eu até anotei 709
aqui que é muito importante a gente se distribuir também na reunião dos setoriais, na 710
reunião do setorial da educação ambiental no sistema de ensino da educação você 711
poderia participar porque nós vamos trabalhar as diretrizes curriculares que nós 712
estamos propondo e tem toda uma parte sobre a educação ambiental no ensino 713
superior e, como eu disse aqui de manhã, o Presidente da Câmara Técnica do 714
Conselho Nacional de Educação e nós devemos responder ao Conselho Nacional de 715
Educação e ao CONAMA como Órgão Gestor e Comitê Assessor. Ele já quer fazer 716
essa reunião com a SESUR e ele quer participar disso porque ele é o Ex-reitor da PUC 717
de São Paulo e ele está extremamente interessado, ele é o Presidente da Câmara 718
Técnica, então nós estamos caminhando efetivamente nessa mesma direção e eu acho 719
que nós devemos aqui nos estruturar para participar então as pessoas que estão mais 720
próximas à questão da educação ambiental na escola e nos sistemas de ensino 721
precisariam participar amanhã à noite no setorial de Secretarias de Educação. E com 722
relação à questão do município, distribuir aqui a proposta de diretrizes? Vocês 723
receberam por e-mail essa proposta de diretrizes. Não vou distribuir agora. Com relação 724
aos municípios, a vida acontece nos municípios e realmente à questão ambiental está 725
muito fragilizada, ela é mais usada como marketing, muitas vezes, do que como uma 726
força realmente de conta nas transformações micro locais e aí que se dão às 727
transformações reais e educação ambiental é uma área frágil dentro dessa área frágil 728
que grande parte dos municípios brasileiros sequer têm uma Secretaria de Meio 729
Ambiente. Por outro lado, todos os municípios brasileiros têm uma Secretaria de 730
Educação onde a educação ambiental é inexistentes em muitos municípios e aí nós 731
contamos aqui com a UNDIME como uma das participantes deste coletivo e que tem 732
16
uma função fundamental de trabalhar junto a Secretaria Municipais de Educação o 733
enraizamento da educação ambiental e a institucionalização da educação ambiental 734
que é o primeiro passo para gente poder dizer: a institucionalização não está 735
funcionando, ela é só pró-forma, só marketing e tal, mas pelo menos já está 736
institucionalizada, que é uma coisa que não acontece e que está muito complicado da 737
gente trabalhar isso. A Ministra Marina Silva disse uma vez no primeiro encontro de 738
formadores e formadoras, no F 1 que fizemos em Brasília ela falou assim: que o sonho 739
dela é que cada um daqueles estados, daquelas Secretarias estaduais de educação 740
tivesse uma mesa na secretaria e a partir dessa mesinha começasse a construir a 741
educação ambiental de uma forma mais visível e não como projetos, qualquer tipo de 742
projetos. Com relação aos indicadores nós estamos trabalhando com indicadores de 743
resultados no ensino formal e eu sou totalmente de acordo, a gente colocou essa área 744
como tudo está bastante pincelado porque o importante para nós nesse documento do 745
Sisnea é dar uma visão ampla geral e fazer com que as pessoas consigam perceber 746
esse sistema que funciona de forma articulada da sociedade se organizando para fazer 747
todas essas tarefas e nesse exemplar aqui de aprendizes de sustentabilidade, é o 748
caderno temático da educação ambiental no MEC ele tem todos esses indicadores de 749
resultados, está na página 39 e indicadores de impacto também como a educação 750
ambiental pode ser mensurada e avaliada nas escolas sendo que 96% das escolas do 751
ensino fundamental no Brasil dizem que fazem educação ambiental. Agora, nós 752
estamos o tempo todo pesquisando e colocando, a partir dessa informação, indicadores 753
de resultados e que agora foi acrescido do próprio IDEB, que até o final do ano passado 754
nós não tínhamos o índice de desenvolvimento da educação básica que é formado por 755
indicadores compostos, sendo que um desses indicadores compostos que se baseia no 756
ENEM e na provinha Brasil pode trazer a educação ambiental como indicador também 757
de qualidade de ensino, mas para isso nós precisamos trabalhar a educação ambiental 758
de forma que ela percorra as escolas dessa forma transversal e aí a gente volta para 759
formação inicial de professores em educação ambiental, que é fundamental que esses 760
centros de educação ambiental nas universidades tenham uma área de formação inicial 761
de professores nas licenciaturas todas, além de trabalhar com educação ambiental em 762
todos os outros segmentos da universidade, em todas as outras áreas de forma 763
transversal e direta também. Eu acho que é isso aí. 764
765
766
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Embora, assim, eu vou pensar rapidamente algumas 767
questões aqui que eu acho que podem ajudar a gente a pensar. A primeira delas é em 768
relação ao conhecimento da PNEA em si, da política nacional de educação ambiental, 769
vem aquela velha pergunta; os atores da sociedade conhecessem a política nacional de 770
educação ambiental? Essa é a primeira questão e aí não somente os atores da 771
sociedade, os educadores ambientais conhecessem? Quer dizer, as pessoas que se 772
reconhece como educadores ambientais conhecessem? Sabem da existência de uma 773
política nacional de educação ambiental? Eu tenho trabalhado bastante nesse sentido e 774
feito experiências em ambientes diversos e a resposta é não. Eu acho que vocês vivem 775
isso e sabem disso e aí que caminhos nós podemos usar para fazer conhecer? É 776
importantíssimo que isso tudo fique articulado, que essa execução seja monitorada, 777
mas como fazer conhecer? Eu acho que essa é a ação muito importante. E mais, a 778
questão está aqui, sabem do seu papel para educação ambiental? Nós podemos ter 779
pessoas que questionem esse papel, que questionem essa política, mas é preciso 780
saber que ela existe e é preciso conhecê-la, tenho exemplos práticos e podemos 781
17
conversar depois. Isso vem diretamente seguido de outra questão que vocês colocam 782
também que é a quem incumbe, estou na página três do problematizador, a quem 783
incumbe supervisionar a execução e acompanhar e fiscalizar o cumprimento da PNEA? 784
Ou seja, as pessoas conhecessem? Como fazer conhecer? E depois, quem monitora? 785
E depois, é cabível ou não a adoção de medidas punitivas? Eu estou só ressaltando 786
pontos dentro dos pontos. Na página cinco vem à questão das competências do Órgão 787
Gestor. O Decreto não demonstra claramente a relação de complementaridade entre as 788
competências que ele lista para o Órgão Gestor e aquelas originariamente 789
estabelecidas pela Lei. Esse conflito gera dúvidas ao Órgão Gestor sobre quais são de 790
fato as suas competências, todavia ao realizar a leitura sistêmica das competências o 791
Órgão Gestor procura encontrar equivalência entre elas. Então eu acho que aqui vocês 792
avançaram no momento em que vocês saíram desse impasse, buscaram essas 793
equivalências e têm trabalhado com isso, mas isso é uma páginas virada ou se dá esse 794
passo e é isso mesmo, essa equivalência existe e as competências são essas ou então 795
vai ficar sempre aquela sensação de que existe alguma dúvida ainda sobre quais são 796
as competências do Órgão Gestor. Então eu acho que esse é o ponto fundamental. Na 797
página seis a questão que eu já falei em minha fala anterior; dessa forma, de acordo 798
com as competências previstas em Lei, não cabe ao Órgão Gestor realizar ações 799
executivas, projetos, programas e políticas nem ações normativas ou deliberativas. No 800
entanto, o Órgão Gestor é composto por MEC e MMA e as equipes são as mesmas e 801
são executivos, então como é que fica isso? Isso é um ponto chave e fundamental e por 802
isso não fui, desculpe, não fui para o texto base porque essas são questões de fundo 803
que define o que vai estar no próprio sistema. Na página sete a questão dos 804
mecanismos participativos para embasar e legitimar a representação dos conselheiros 805
que representam os setores previstos no Decreto e a possível criação de um Conselho 806
Nacional de Educação ambiental. Eu acho que essa é uma proposta inovadora tem que 807
ser pensado e eu acho que é fundamental, já que estamos falando de educação 808
ambiental que tem a preocupação até em impor medidas punitivas e isso não ser 809
compatível com a educação ambiental, tem que pensar em mecanismos participativos 810
para legitimar a representação de quem está no comitê e quem está no conselho. Eu 811
acho que não seriam indicações duras, frias, mas que realmente tenham a ver com 812
essa lógica que estamos pensando. 813
814
815
A SRª. ARLINDA COELHO (CNI) - Eu queria começar falando que eu concordo com 816
você, Cláudia, porque eu estou perdida aqui. Eu acho que a discussão, as pessoas aqui 817
têm muito a contribuir, são importantes, mas eu acho que poderíamos tentar montar 818
uma metodologia de aproveitamento dessas colocações que estão sendo feitas. Então 819
eu gosto muito, eu sou muito visual, vou repetir de novo. Talvez se nós fizéssemos ali 820
um quadro, já que tem o registro e aí esses comentários que fossem feitos mais no 821
sentido de questionamentos e se essa problemática aqui responde ao que estamos 822
sentindo falta em relação à questão do sistema. Se a gente pudesse colocar ali e fazer 823
um exercício de já ter... Alguém coloca uma problemática e a outras coloca... Não, isso 824
responde e já atende, tentar fazer algo que vocês facilitem até depois vocês 825
sistematizarem as informações. Esse é um ponto. E outro ponto, assim, aí já 826
começando uma sugestão em termos da proposição do sistema eu senti falta da 827
questão do modo operante mesmo do sistema. Então o sistema ajuda a você saber 828
quem é quem e quem faz o que e todo mundo, eu sou técnica na área de meio 829
ambiente e todas as vezes que eu tenho que dar alguma assessoria no processo de 830
18
licenciamento é um caus porque a gente não sabe quem faz o que porque as 831
competências estão aí dissolvidas sem ter um sistema que organize, um guia, um 832
mapeamento de o que você deve seguir para facilitar o processo. No caso desse 833
sistema que estamos propondo para educação ambiental talvez a gente pudesse 834
identificar, seguir o ciclo do PDCA, por exemplo, nós temos a política nacional de 835
educação ambiental. Eu comentei no final da manhã que eu sinto necessidade de 836
rediscutir essa política nacional de educação ambiental que já existem algumas 837
questões que foram colocadas aqui no documento que levanta a problemática, então 838
será que nós não poderíamos seguir o ciclo o PDCA, tipo, a política está lá como 839
diretriz, que não vamos mexer agora e concordo com a Raquel, porque isso foi um 840
documento que foi passado e foi consulta pública, enfim, e é muito burocrático nesse 841
momento a gente estar mexendo, mas temos que ter consciência do que deve ser 842
mudado e até do que não necessariamente tem que ser seguido a risca. Eu comentei 843
também no horário do almoço com o pessoal a respeito de um parágrafo, um artigo na 844
verdade que tem na lei que diz que a educação ambiental não pode ser disciplinar. Eu 845
particularmente discordo disso totalmente e vocês aqui, não sei se extintivamente vocês 846
tivessem consciência do que vocês estão falando, o que vocês falaram até agora é 847
contraditório em relação ao que está lá na política porque a gente está dizendo que as 848
universidades devem instituir a educação ambiental e a gente está discutindo o tempo 849
todo aqui de forma compartimental, é o compartimento da área de conhecimento da 850
questão de educação ambiental e, no entanto, a gente diz que a gente deve trabalhar 851
sempre de forma transversal sem identificar uma competência específica na área de 852
educação ambiental. Então é uma questão que certamente vai ser polemizada aí, nós 853
vamos ouvir as várias experiências e o momento aqui não é esse, é só colocar que é 854
um ponto que tem que ser visto e pode ser visto no âmbito da política de educação 855
ambiental. Então se a gente seguir uma coisa; uma é a sistemática de pegar as 856
considerações de todos, conforme a Cláudia colocou, que vamos estar aproveitando 857
melhor as contribuições. E a outra sugestão de forma imediata, de forma 858
resumidamente seria adotar, incluir nessa proposta do sistema o modo operante 859
mesmo como o PDCA; vamos definir a política, vamos fazer o planejamento, vamos 860
definir ações, um plano de ação, indicadores para avaliar se efetivamente as ações 861
que... Tornar tangíveis as ações que estamos tomando aqui no âmbito do comitê. Então 862
são essas as considerações. Obrigada. 863
864
865
O SR. LUIZ ALBERTO - Boa tarde, companheiros. Já existe um encaminhamento, 866
tanto por parte da Força Sindical, quanto da CUT de propor ao Ministério do trabalho 867
para que seja criada uma NE para que torne a SIPAT - Semana Interna de Prevenção 868
de Acidente de Trabalho ambiental, porquê? Dentro dessa política nacional de 869
educação ambiental a SIPAT pode ser um grande instrumento para se levar esse 870
conhecimento ambiental para dentro das empresas porque a SIPAT inclui todos os 871
ramos empresariais. Na SIPAT o sujeito que é bancário tem que fazer SIPAT, quem é 872
comerciário faz SIPAT, petroleiro, enfim, você acaba pegando todas as categorias e 873
porquê? É bom a gente investir na educação ambiental nas escolas, mas e aqueles que 874
não foram para a escola? Aqueles que, por exemplo, terminaram o ensino fundamental, 875
mas não concluíram o ensino médio e ele não teve nada de educação ambiental na 876
escola e está no mercado de trabalho. Esse daí, que é como o pessoal fala na gíria que 877
já seria burro velho, mas a gente não acredita nisso porque a gente acaba aprendendo 878
e eu cito já um curso de qualificação que está sendo feito em São Paulo com recursos 879
19
do FAT, Ministério do Trabalho tem até em conjunto com as Centrais Sindicais no caso 880
de operadores de injetoras plásticas, dentro do currículo existe educação ambiental. 881
Então, quer dizer, o sujeito ele aprende, se qualifica para ser um operador de injetora 882
plástica, mas dentro disso também tem o material de cunho ambiental, quer dizer, ele 883
não sabe só operar a máquina não. Explica-se a ele o cuidado que ele deve ter com o 884
meio ambiente. E tem um item aqui que eu observei que fala: seria o Comitê Assessor 885
realmente o canal efetivo de participação pública e controle social em âmbito federal 886
para a PNEA? Eu calculo que sim porque nós sabemos que a guerra que nós temos 887
enfrentado aí de cunho ambiental, que o diga às hidroelétricas que estão querendo 888
fazer a qualquer custo, a regra é unir porque se dividir aí é pior. Agora, como que esse 889
comitê pode ser um canal efetivo? É aí que a gente abre a discussão como é que ele 890
pode ser efetivo, como ele vai fazer esses encaminhamentos. Por parte da Força 891
Sindical não há, por exemplo, nenhuma objeção à política ambiental, pelo contrário, nós 892
queremos até que a política ambiental avance mais ainda, não é nosso objetivo que ela 893
retroceda porque prejudica todo mundo, tanto é que há conversas de companheiros da 894
CUT, em virtude disso, para ver qual é a melhor metodologia para isso e aí foi aonde 895
surgiu essa proposta de uma SIPAT ambiental que o Ministro do Trabalho, só ele tem 896
essa prerrogativa de baixar essa NR, essa norma regulamentadora que aí se criaria 897
essa SIPAT e no processo mais avançado você teria o membro da CIPA um agente 898
multiplicador das questões ambientais porque hoje o membro da CIPA praticamente 899
está preocupado mais em falar: olha, o extintor funciona assim, você tem que usar luva, 900
está bom usar luva faz bem, EPI faz bem, mas e se ele manipula um gás? Eu cito um 901
caso aqui de uma unidade da DUPON em Camaçari que fabricam agrotóxico, eles 902
manipulam um gás que se vazar você provoca uma tragédia. Agora, quantos 903
trabalhadores sabem a composição daquele gás? Que é uma caixa preta. Então uma 904
SIPAT ambiental a gente poderia pegar isso daí. Por enquanto essa é a nossa 905
contribuição porque eu não peguei o restante porque como eu disse eu cheguei oito da 906
noite ontem para desembarcar e consegui desembarcar hoje onze horas, então agora 907
que eu estou pegando um pouco da coisa aqui, mas acho que no decorrer das 908
atividades vai dar para gente contribuir mais ainda. 909
910
911
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Eu ia levantar uma questão de ordem mesmo, então eu 912
quero fazer duas propostas. Uma, eu anotei até agora onze pontos, onze sugestões 913
que foram trazidas aqui pelos Conselheiros, por esse comitê e a questão de ordem 914
seria no sentido da gente esgotar as inscrições, quem está inscrito ainda e em seguida 915
a gente fazer a apresentação da proposta de consulta pública e depois a gente retoma 916
para essas onze questões. Talvez ao invés de eu anunciar as onze questões que eu 917
anotei eu vejo lá com o pessoal que está sistematizando para ver o que eu peguei e o 918
que eles pegaram e enquanto isso a gente finaliza as inscrições e depois fazemos a 919
apresentação e a gente ler as questões que foram sistematizadas vendo se são elas ou 920
não. Podemos encaminhar dessa forma? 921
922
923
O SR. MARCELO (SBPC) - O meu comentário era só no sentido de pensar que essa é 924
uma prévia do que virá durante a semana. Então é interessante para o grupo que vai 925
estar coordenando esses debates tentar rever ou pensar na articulação de como isso 926
pode aproveitar o máximo da discussão com os grupos. De certa forma o que eu acho é 927
que cada representação tem um ponto ou alguns pontos que ela vai poder contribuir 928
20
mais ou menos. Eu acho meio difícil que se consiga que todos discutam todas as 929
questões. O texto problematizador é muito bom e como a gente estava dizendo que por 930
isso todo mundo fica ansioso para querer responder todos esses itens e vai ser uma 931
dinâmica muito difícil. Então eu acho que é assim mesmo, não penso que estejamos 932
muito fora não, cada parte está dando uma contribuição da visão que tem do sistema e 933
que tem a ver com a sua área. Essa fala da Patrícia que realmente pegou os parágrafos 934
de questões e está tentando trabalhar resposta eu tinha até algumas opiniões. Vou usar 935
rapidinho essa fala para fazer isso, mas eu acho que realmente tem esse 936
encaminhamento. Só então fazendo o comentário aqui. Você tinha colocado a questão 937
se os atores conhecessem ou não a política nacional, eu acho até que pode ser que 938
não, mas a participação dentro do sistema é que vai fazer a divulgação da política. 939
Quer dizer, a política é muito fria sozinha, mas na hora que tem o sistema e alguém vai 940
fazer parte dele isso vai ser o grande mecanismo de conhecer. E quanto à avaliação é 941
uma sugestão, eu em princípio pensei nos coletivos se eles poderiam fazer esse papel 942
de fiscalizadores. No primeiro momento tendo a pensar: será que eles teriam condições 943
de fazer essa fiscalização? Por outro lado, depois da fala do Marcos eu acho que eles 944
talvez sejam os grupos que vão ter mais interesse de estar ali de fato e condições da 945
abrangência dentro dos municípios de estar fiscalizando. Eu tinha feito outro 946
comentário, mas eu me perdi agora aqui, mas não importa porque realmente a gente 947
não vai seguir essa dinâmica. O que eu acho é isso; é que as questões a gente não 948
teria como estarem fazendo contribuições para todos os pontos que são colocados 949
aqui. Então eu acho que a gente tem andado sim de certa forma, mas é bom rever 950
como vai funcionar nos outros que tem um número muito maior de pessoas. 951
952
953
O SR. GERSON (ANAMMA) - Bom, só como vício de advogado, nós temos mania de 954
estar com a lei e só lembrar algumas coisas, se nós não vamos mudar o marco legal e 955
não há possibilidade nesse momento, pode vir a ser, não é o caso agora, tem algumas 956
coisas que estão no marco regulatório e têm que ser cumpridas. Primeiro que essa 957
questão, quando se fala da disciplina a Lei disse que não pode ter disciplina específica 958
e isso está correto senão você simplifica a questão da educação, bastaria colocar uma 959
disciplina e já estava cumprido a Lei e o artigo dez vai dizer realmente que será e será 960
é um dever, quer dizer, é uma obrigação que se impõe aos atores de uma prática 961
educativa integrada contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de 962
ensino formal. Quer dizer, isso aqui é um comando, é imperativo e não há que se 963
discutir essa questão. E uma outra questão nessa questão da fiscalização porque a 964
gente gosta sempre de encontrar esse término lugar que a Lei diz que quem vai 965
fiscalizar é A, B, C ou D e nós temos que fazer o que nós chamamos da interpretação 966
sistemática da Lei, a Lei aqui é clara, ela coloca que são atribuições que quem vai 967
coordenar é o Órgão Gestor. E uma das atribuições do Órgão Gestor é justamente a 968
articulação, coordenação e supervisão, aqui quando você fala em supervisionar você 969
nada mais do que está colocando que você vai fazer essa fiscalização, pelo menos no 970
âmbito nacional é isso, portanto, a própria lei já define essa questão, não está definida 971
essa questão. E em cima do que o Luiz colocou eu acho que também é possível se 972
estudar, quando se fala do grande gargalo que é do financiamento e aqui se tenta, 973
vamos ter que usar realmente os instrumentos que são os fundos, mas também quando 974
falamos no artigo 225 da Constituição que lá se fala da qualidade de vida e dentro de 975
qualidade de vida nós abordamos a questão da qualidade do ambiente e do trabalho 976
também seria importante, como fonte até para a educação ambiental para os 977
21
trabalhadores, de se utilizar como fonte de recursos aí, não sei a legislação que 978
regulamenta, mas se não haveria possibilidades do recurso de FAT serem empregados 979
nessa questão da educação voltada aos trabalhadores. Eu não conheço a 980
regulamentação do FAT, se dentre as suas atribuições seria possível, se for possível eu 981
acho que teríamos que contemplar aqui uma das fontes o financiamento FAT. 982
983
984
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Então nós vamos passar agora... Graças à sugestão dos 985
representantes das Centrais Sindicais nós fomos ao Ministério do Trabalho e Emprego 986
e levamos um projeto e a nosso pretensão de início era um projeto para trabalhar com 987
oito Centrais Sindicais com um processo de formação de quadros no interior de todas 988
as Centrais até a base, o custo era muito grande, mas iniciou-se um diálogo muito 989
positivo com a Diretoria de Qualificação Social, com Almerico e nós aprovamos um 990
projeto no FAT de qualificação social através de uma proposta chamada Mochila do 991
Educador Ambiental Popular. Então o processo está em curso e vocês vão receber 992
mais informações ao longo desse evento. Nós vamos estar fazendo encontros regionais 993
em todo País e a intenção é a produção de materiais de qualidade que instrumentalize 994
o educador que atua no campo e essa proposta agora da SIPAT cai como uma luva, se 995
a gente puder avançar junto com as Centrais Sindicais no diálogo com o MTE no 996
sentido de visualizar claramente como se faz essa norma regulamentadora e podemos 997
aí disponibilizar esse material da mochila do educador ambiental popular para os 998
membros da SIPAT eu acho que vai ser sopa no mel, como dizem, ou mel na sopa. A 999
Marília está sugerindo um intervalo de dez minutos para quem tiver apertado para ir ao 1000
banheiro e aí a gente volta. Dez minutos só, gente. 1001
1002
1003
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Você quer que eu abra a consulta? Então só mais um 1004
minuto que falta uma coisa técnica aqui. 1005
1006
1007
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - ...Congresso de países de língua portuguesa e da 1008
Galícia. Então os oito países de língua portuguesa e a Galícia estão realizando o 1009
primeiro Congresso lusófono galego de educação ambiental e vai ocorrer no final de... 1010
Eu estava com o folder aqui com as datas direitinhos, mas acho que é 24 a 27 de 1011
setembro e nós estamos bastante envolvidos com a organização desse evento. 1012
Primeiro porque a (?) dele remonta uma ação muito pró-ativa aqui do Brasil, inclusive, 1013
no Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental. E segundo porque nós 1014
estamos vendo nessa oportunidade uma possibilidade de avançarmos na construção 1015
do programa CPLP da comunidade de países da língua portuguesa em educação 1016
ambiental. Esse programa CPLP de educação ambiental recebeu a aprovação dos 1017
pontos focais da CPLP na reunião de fevereiro e agora em julho vai ser novamente 1018
submetido com o recurso financeiro já definido. O Itamaraty está colocando grande 1019
parte do recurso financeiro, o departamento de educação ambiental do Ministério de 1020
Meio Ambiente está complementando esse recurso. E a gente com isso vai ter uma 1021
oportunidade de fazer com os oito países de língua portuguesa um processo 1022
cooperativo de implantação de salas verdes em cada um dos oito países que salas 1023
verdes que intercambiam a produção literária na área de meio ambiente dos oito 1024
países. Então a intenção é que cada País consiga regimentar os livros, a produção 1025
sobre o meio ambiente no seu País e mande para os outros sete países. Essa ação 1026
22
meio simbólica porque duas salas verdes; uma com Sociedade Civil e uma com 1027
Governo tem uma intenção maior de deflagrar um processo de construção de 1028
programas nacionais, de sistemas nacionais de educação ambiental que dialoguem 1029
entre si. Então aí o programa CPLP de educação ambiental é o segundo ponto de 1030
debate no Congresso que vai começar esse processo no Congresso da Galícia agora 1031
em setembro e ele vai durar um ano e a partir do Congresso da Galícia nós vamos, por 1032
um lado instalar as duas salas verdes em cada País e por outro lado, com o programa 1033
internacional, o programa CPLP de educação ambiental induzir a construção de 1034
programas nacionais de educação ambiental tendo por meta a construção de um 1035
processo de enfrentamento das mudanças sócio-ambientais globais. Então a idéia é 1036
que essa ação coordenada nos oito países seja um exemplo para outras comunidades 1037
lingüísticas de uma união no sentido de enfrentar uma questão que é planetária e que 1038
não vai se resolver em um único País. E quem tiver a oportunidade de ir, as inscrições 1039
ainda estão abertas, eu vou achar o folheto aqui para passar para vocês com o 1040
endereço eletrônico e todos os dados, mas a perspectiva é que já tem 85 pessoas do 1041
Brasil inscritas e tem duas pessoas que trabalham como ponto focal no Brasil, duas ou 1042
três, três; que é a Iara aqui do MMA, a Michelle, o Guerra e a Patrícia, então já estão 1043
quarto e a intenção é que esses pontos focais iniciem um processo de diálogo com os 1044
inscritos para ver se tem como a gente conseguir fretar um avião ou fazer alguma coisa 1045
ou fazer como o Hugo Chaves, ceder um avião do Governo para os Venezuelanos irem 1046
para o 5º Congresso Ibero-americano aqui que teve em abril do ano passado. Então 1047
quem tiver mais interesse nós passamos mais detalhes desse evento. Deu certo aí? 1048
1049
1050
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - ... Vou falar um pouco da metodologia de consulta 1051
pública do Sisnea. Na pasta preta vocês receberam esse texto aqui: Consulta Pública 1052
Metodologia, que é um documento que trata de orientações para que seja feita essa 1053
consulta pública nos grupos, nas instituições, enfim, na sociedade. O foco da consulta 1054
pública é colher reflexões sobre a proposta do Sisnea, então essa metodologia de 1055
consulta visa incentivar leituras críticas, a captação de impressões, reflexões, análises e 1056
posicionamentos e qualquer pessoa pode participar, qualquer pessoa física ou jurídica, 1057
o que a gente pede é que seja organizada em grupos, que haja uma discussão a 1058
respeito dessa proposta, um diálogo que não seja uma análise individual. E as 1059
sugestões, essa consulta pública tem um formulário ao final que, deixa-me mostrar, que 1060
é o formulário para envio de contribuições ao Sisnea que está bastante amplo, ele 1061
permite desde sugestão relacionadas ao ajuste da redação do resto em si, do texto da 1062
proposta, como pontos fortes, idéias, olhares, reflexões chave a respeito da própria 1063
proposta. Bom, então a primeira coisa é frisar novamente que quem está indo para 1064
consulta pública é o texto base que já traz a proposta, o outro texto traz um olhar sobre 1065
a PNEA, sobre as limitações omissões a respeito da gestão da política nacional de 1066
educação ambiental e ele mais subsidia mesmo a análise da proposta. Então o texto 1067
básico que é o alvo da consulta. As contribuições podem vir de grupos ou pessoas 1068
individuais, mas pessoas individualmente podem participar, mas na hora de enviar o 1069
formulário, na hora de encaminhar as suas sugestões o que a gente pede é que tenha 1070
havido debate com grupos, com redes, com outros comitês com outras formas de 1071
associação. E são três as vias de participação: eventos de educação ambiental que 1072
podem ser fóruns, encontros de jovens, de educadores ambientais, de coletivos, 1073
quaisquer eventos, nos municípios, nos estados. Nesses eventos podem ser montado 1074
uma oficina para debater o Sisnea e a partir dessa oficina haver a sistematização no 1075
23
formulário das contribuições dos pontos suscitados e encaminhados para coordenação, 1076
para nossa coordenação para que possa ser sistematizada a contribuição. Então entre 1077
esses eventos GA estão não só esses encontros, mas também está inserido o sexto 1078
fórum, cuja data ainda não... Estava prevista para novembro desse ano, mas agora 1079
ainda não está definida, então a partir desse evento, desse encontro nacional de 1080
gestores ambientais até a terceira conferência a gente vai estar recebendo as 1081
contribuições desses grupos. A segunda via de participação prevista é a terceira 1082
conferência nacional de meio ambiente. A idéia é mobilizar os delegados e delegadas 1083
que vão participar da conferência para debater a questão da educação ambiental para 1084
que eles levem o Sisnea como pauta na conferência falando da sua importância, que 1085
levem para votação como deliberação da própria conferência a idéia do Sisnea. E a 1086
terceira via prevista como participação são as oficinas espontâneas que podem ser 1087
quaisquer oficinas montadas, seja nas instituições de vocês, seja em qualquer grupo. E 1088
para essas oficinas o texto que traz a metodologia traz também algumas dicas de 1089
escolha de um facilitador, de uma pessoa que faça a sistematização dos principais 1090
pontos levantados pelo grupo. Então para isso também aqui a metodologia traz essas 1091
orientações. E a proposta aqui nesse encontro, uma das oficinas vai propor que vocês 1092
vivenciem essa experiência de metodologia. Ou seja, que façam para que possam 1093
reproduzir nas instituições, nos outros grupos e eventos que queiram participar e que 1094
queiram transformar num palco para consulta pública sobre o Sisnea. O formulário, 1095
existe um site, como a Thaís falou, cujo link é dado pela própria página do Ministério do 1096
Meio Ambiente e do departamento de educação ambiental e nesse site tem um 1097
formulário que é esse que está no texto e esse formulário, como eu disse, é bastante 1098
amplo, mas possibilita somente o envio por e-mail. A gente não está possibilitando que 1099
seja mandado por cartas ou outras formas. 1100
1101
1102
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - A gente abre exceções em casos que a gente saiba de 1103
uma comunidade de pesquisadores ou alguma coisa assim, mas que sejam exceções, 1104
a via de regra é o recebimento por e-mail. 1105
1106
1107
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Bom, mais informações o e-mail do Sisnea e aqui 1108
abaixo a página. Do Comitê Assessor nós podemos aqui discutir uma dinâmica 1109
diferenciada também, uma das nossas propostas é de encaminhar a proposta 1110
novamente pelo correio para vocês para que vocês dêem um parecer da instituição a 1111
respeito do Sisnea e que façam outras contribuições, além daquelas que vão ser 1112
decorrentes da oficina que vocês vão fazer nas instituições de vocês. Então, além de 1113
ter esse parecer à gente está pedindo que vocês vivenciem e levem essa metodologia, 1114
façam a consulta nos setores, nas instituições e tragam para gente o olhar coletivo. E 1115
aqui a gente pode discutir outras formas também. 1116
1117
1118
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Eu queria colocar também foi o que a Raquel, no 1119
momento que a gente estava apresentando o sistema a Raquel ressaltou, que na 1120
página que temos no MMA para o sistema vai ter um espaço, a Vivi falou aqui dessas 1121
duas formas de contribuições na consulta pública, que sejam olhares, reflexões, leituras 1122
e críticas ou a contribuição ali no detalhe no texto. Então nesses campos que vocês têm 1123
no formulário um deles está anunciado isso que essas reflexões e olhares críticos 1124
24
desses grupos que se reúnem para consulta pública eles vão poder, durante o processo 1125
que tiver aberto a consulta pública, vão poder ser, como é que se diz, não é incorporar, 1126
mas é publicado na página do Sisnea para que outros grupos que também estão 1127
fazendo as suas reflexões possam fazer esse olhar nas outras reflexões que estão 1128
sendo feitas para outros grupos, possam subsidiar algumas dúvidas que o grupo tem. 1129
Então é uma ferramenta que o Ministério resolveu incorporar na consulta pública 1130
porque a sistematização vai ser toda ao final no detalhamento do texto, mas os olhares 1131
críticos e os olhares de contexto ou de reflexões vão poder ser acessíveis durante todo 1132
o processo. Fez uma proposta de encaminhamento para os encaminhamentos do 1133
Comitê Assessor na consulta pública como nós vamos fazê-lo, vai... Vocês querem falar 1134
um pouco sobre isso? Raquel. E aí um mês para sistematização e no sexto fórum era 1135
apresentado para os educadores todos poderem consensuar, mas como a data 1136
possivelmente vai mudar do sexto fórum, então nós temos uma previsão que está a se 1137
confirmar para abril, não é isso? Ou maio. Então a consulta iria um mês antes. 1138
1139
1140
� CD 03 (59:06) 1141
Comitê Assessor - Parte 3 1142
1143
1144
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - ... Só em relação à data a gente está realmente e 1145
processo e então não vou entrar em detalhes porque isso é uma definição que vai ter 1146
que ser feita pelo coletivo, mas eu acho que é importante lembrar, eu comentei isso 1147
com a Raquel, que mesmo que o fórum não aconteça em novembro à gente já está 1148
vivendo o processo de construção do fórum e isso é uma coisa muito bacana, a gente 1149
está conseguindo viver dessa vez a construção do fórum de uma maneira diferente, não 1150
vai ser só o dia lá do encontro. Então da mesma maneira que nós tratamos o tratado de 1151
educação ambiental, que é um dos eixos importantes, quer dizer, o carro-chefe e um 1152
dos eixos do fórum é políticas públicas em educação ambiental, era justamente uma 1153
visão sobre a PNEA já com essa proposta, a partir de conversas e proposições de 1154
vocês do sistema. É um fato, o Marcos estava acabando de falar comigo aqui, a partir 1155
de agora com esse material pronto nós temos subsídio para todos os encontros 1156
preparatórios que vão acontecer carregaram, serem parte desse processo. O 1157
estabelecimento de uma data final, de um prazo, de um marco eu acho que é o menos 1158
importante aí. Claro é necessário, mas é o menos importante, o mais importante é nós 1159
conseguirmos ter o coletivo de educadores ambientais do Brasil envolvido nesses 1160
processos nos seus vários encontros. 1161
1162
1163
A SRª. RAQUEL - Bom, essa data de março era por conta do processo de 1164
conferências. Então nós vamos ter então dois processos que dois caminhos ou mais. 1165
Na verdade são três caminhos e esse do fórum ficou fóruns descentralizados e as 1166
preparatórias todas que vão poder trabalhar com essa questão também. Uma outra 1167
coisa que eu gostaria de colocar é que eu gostaria de fazer uma experiência e eu acho 1168
que a REBEA é o melhor espaço para isso acontecer, que é colocar esse texto no 1169
sistema week, não na week mídia, mas no sistema week e aí pega só as pessoas e 1170
entidades que conseguem entrar no sistema e que é um pouco excludente, mas se a 1171
gente conseguir construir esse texto coletivamente é uma ação paralela em que é um 1172
sistema completamente aberto em que todas as pessoas podem colocar e tendo a 1173
25
REBEA como a espécie de comunidade de editores que isso impede qualquer tipo de 1174
desvario porque a própria comunidade se auto-regula e eu acho que seria uma forma 1175
interessante da gente usar essas tecnologias as mais avançadas e as linguagens mais 1176
democráticas como uma das áreas de trabalho do Sisnea. 1177
1178
1179
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - A gente tem ferramenta hoje para isso dentro da malha 1180
de Redes das REBEA nós temos o site da REJUMA funcionando muito bem e ele tem 1181
week e eu tenho usado muito para montar projeto à distância com pessoas de vários 1182
lugares. O Marcos está perguntando o que é week, week é um texto que todos mexem 1183
ao mesmo tempo, é diferente de você passar aquele texto e enquanto à Cláudia fez 1184
uma modificação, a Raquel fez outra, a Vivi fez outra e aí? Então todos mexem no 1185
mesmo texto simultaneamente. E eu acho que seria bom ter em paralelo um sistema de 1186
fórum para poder debater para o texto não inchar de (?), quer dizer, o que vai para o 1187
texto já é... 1188
1189
1190
A SRª. RAQUEL - O que nós estamos falando então é talvez como a REBEA pode 1191
levar para a REBEA para redes essa discussão do Sisnea que pode utilizar week e 1192
fóruns e a REBEA faz essa devolutiva para os seus coletivos, enquanto que os outros 1193
participantes aqui precisariam pensar em como é que pode ser discutido esse texto de 1194
uma forma criativa nos seus coletivos. Como essa maneira de fazer educação 1195
ambiental fazendo participativa, democrática, de construção coletiva e de visão do todo 1196
para gente poder contribuir com cada segmento e cada instituição. 1197
1198
1199
O SR. MARCOS (CONAMA) - Eu assumi agora a Câmara Técnica de Educação 1200
Ambiental e lá nós temos também problemas de utilização das novas tecnologias, não 1201
temos ainda nem um grupo de discussão e inclusive a Viviana viu que eu coloquei 1202
muito essa questão de necessidade da gente ter, já que a reunião presencial é mensal 1203
e às vezes bimensal, então a gente tem que ter esses instrumentos a mão. Eu queria 1204
fazer uma pergunta. Chegando agora ao Estado, isso não tem a ver exatamente com o 1205
CONAMA, mas nós vamos já fazer um nivelamento conceitual e, inclusive, sobre a 1206
proposta de sistema com os próprios técnicos que hoje formam a Secretaria e a 1207
Superintendência, mas estamos agendando já, eu acredito que final de julho ou começo 1208
de agosto, o primeiro encontro estadual de educadores e educadoras ambientais do 1209
Estado do Ceará e gostaria de ter uma oficina ou uma discussão sobre o sistema. 1210
Certamente poderiam contar com algum técnico do Órgão Gestor. 1211
1212
1213
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Então, gente, o horário da reunião, se não me engano, 1214
era até as 17, não é isso? Então agora nós temos que partir para os encaminhamentos 1215
que estamos já passando um pouco o horário. Vivi vocês tocam agora com os 1216
encaminhamento finais da reunião. Tem que ver questão da sistematização. 1217
1218
1219
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Bom, nós temos os encaminhamentos das questões que 1220
foram trazidas a respeito da própria cartilha do Sisnea e nós temos também 1221
encaminhamentos a consulta publica. Os que podem surgir dessa apresentação que eu 1222
26
acabei de fazer das vias e a gente começa pela consulta pública ou retoma aos 1223
anteriores? O que vocês acham? Eu proponho que façamos a leitura dos 1224
encaminhamentos desde a parte da manhã até agora para gente já conseguir fechar 1225
senão vamos ter que voltar amanhã. Então, bom, o que tiver alteração vocês me 1226
avisam porque a gente altera. O Órgão Gestor amadurecerá a proposta de criação do 1227
GT de educação ambiental e mudanças climáticas para posteriormente avaliar em 1228
conjunto a sua composição por um representante do Comitê Assessor. Três instituições 1229
já se propuseram; ANAMMA, REBEA e OAB a participar da composição, no caso se 1230
entenda que o Comitê Assessor vai compor. O prazo para envio do parecer sobre a 1231
proposta de resolução CONAMA para criação do cadastro nacional de coletivo 1232
educadores será revisto com possibilidade de ampliação. O novo prazo será acordado 1233
com o Comitê Assessor e a gente só colocou aqui que os suplentes também vão 1234
receber esse material. Sobre as atividades do Comitê Assessor no encontro, agora, 1235
nacional dos gestores estaduais de educação ambiental. O Gerson representando a 1236
ANAMMA fará a mediação na mesa 1 do Encontro hoje à noite. O Comitê Assessor 1237
estará presente na eleição de representantes das SIEAs. Patrícia e Zilda representando 1238
REBEA e ABI falarão sobre a experiência dessas instituições no comitê, estando a 1239
participação aberta a outros setores ou instituições que também desejarem se 1240
manifestar. A carta aberta do Comitê Assessor de sete de dezembro de 2006 será lida 1241
em plenário no processo eleitoral como forma de situar as SIEAs sobre atuação do 1242
Órgão Gestor. Era isso. Isso era específico do encontro agora dessa semana. 1243
Específico sobre os grupos de trabalho. A divisão prévia dos representantes presentes 1244
para os GT ficou da seguinte forma; GT de Diretrizes e Instrumentos Legal: Artemízia, 1245
OAB e Gerson, ANAMMA. GT de Enraizamento, Formação e Avaliação da Educação 1246
Ambiental; Cláudia Coelho da RUPEA, Maria da UNDIME e Arlinda, CNI, na verdade, 1247
vai ser preciso fazer a comunicação depois com a representação da CNI. O GT de 1248
Comunicação; ABI Zilda, REBEA Patrícia, CONAMA Marcos Vieira. GT de Relações 1249
Internacionais; CNC Cláudia Gimaraes, SBPC Marcelo e SIEAs, representando as 1250
SIEAs loen Leônidas, mas sabendo que após a nova eleição os novos representantes 1251
vão optar novamente. 1252
1253
1254
(Intervenção fora do microfone. Inaudível). 1255
1256
1257
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - A gente pode conversar depois, incluiu. Compromissos 1258
dos representantes do Comitê Assessor reforçados nessa reunião: criar o hábito de 1259
freqüentar a página eletrônica para busca de informações, a página eletrônica que vai 1260
ser posta no ar essa semana ainda, eu acredito. Planejar articulação entre titular e 1261
suplentes para que a continuidade dos trabalhos não se perca. Então é importante que 1262
vocês estabeleçam essa comunicação entre vocês. Garantir que os resultados das 1263
reuniões do Comitê Assessor sejam conhecidos pelas bases dos setores ou instituições 1264
representadas e sejam dados os devidos encaminhamentos por parte das instituições. 1265
Agora específico do Sisnea. Bom, eu compilei algumas anotações minhas, do Marcos e 1266
da Viviana, então pode ser que alguns encaminhamentos ou pontos aqui estejam 1267
repetidos e nem todos serão encaminhamentos a serem executados imediatamente, 1268
muitos vão estar contemplados na discussão do Sisnea. Bom, o primeiro que surgiu na 1269
parte da manhã a revisão do desenho do quebra cabeça da capa da cartilha para que 1270
as peças não pareçam despencadas, tentando contemplar o que foi falado. E a 1271
27
elaboração de texto explicativo para inclusão na cartilha sobre a imagem da capa. 1272
Lembrando que a gente assim que chegar em Brasília vai tentar fazer isso com o Artur, 1273
mas a gente não sabe se ainda há também, pode ser que tenha ido para gráfica, mas aí 1274
tudo bem. 1275
1276
1277
(Intervenção fora do microfone. Inaudível). 1278
1279
1280
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Foi acatado, então a gente rever isso agora. 1281
1282
1283
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu, por exemplo, acho que você dar uma explicação do 1284
desenho do artista não faz sentido porque cada pessoa olha e tem a sua interpretação. 1285
1286
1287
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Só uma questão de ordem porque essa questão parece 1288
meio inócua porque há uma diferença entre algo que é ilustrativo e ser autoral, portanto, 1289
artístico e há uma diferença e algo que é de logomarca, portanto, identitário . Então 1290
esse caso aí é meramente ilustrativo e não cabe o texto explicativo, portanto, o 1291
questionamento também vale do ponto de vista do conceito que ele emana, mas isso é 1292
apenas uma indicação. 1293
1294
1295
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Então a gente retira essa parte. Tudo bem? E lembrando 1296
o seguinte; vários pontos que colocamos aqui alguns são recomendações e outros são 1297
deliberações, mas não votamos todos eles, então eu até peço que na medida que eu 1298
for lendo a gente sinalize como deliberação ou como só sugestão para que a Secretaria 1299
Executiva também consiga executar o que está sendo colocado aqui. Bom, item dois, 1300
induzir envolvimento das universidades através de alguma legislação que estimule a 1301
criação de núcleos de educação ambiental, considerando convênios com 1302
universidades. Induzir a inclusão do financiamento da educação ambiental e a inclusão 1303
disso no seu PPP, não sei se foi exatamente isso que foi colocado. Projetos Político 1304
Pedagógico. E a proposta de melhor organizar a educação ambiental na universidade e 1305
de estabelecer nas bases do Sisnea relações com as universidades. Vou colocar assim 1306
para gente poder mexer. Era esse o encaminhamento? Marília, você pode passar o 1307
microfone para o Marcelo. Só para gente poder mexer. 1308
1309
O SR. MARCELO (SBPC) - Eu acho que aqui a primeira e a última frase refletem; 1310
induzir o envolvimento das universidades com alguma legislação e tal. A questão do 1311
convênio eu penso que é como foi colocado pela Raquel, que é outro aspecto e não sei 1312
se isso foi à deliberação, foi uma sugestão. Na verdade era isso mesmo, era que o 1313
Órgão Gestor provocasse essa organização das universidades em relação à educação 1314
ambiental e que tivesse um espaço mais claro dentro do sistema para participação da 1315
universidade para não ficar são diluído em diversos conselhos e tal. Não sei, é uma 1316
idéia. 1317
1318
1319
28
A SRª. ARLINDA (CNI) - Você teria alguma objeção de colocar instituições de ensino? 1320
Porque existem outras instituições que são super importantes na formação. 1321
1322
1323
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Pode continuar? Bom, três, capítulo à parte enfatizando a 1324
relevância dos municípios e como tratá-los no Sisnea. Era isso. Que seja incluído um 1325
capítulo à parte tratando dos entes federados municipais. Incluir nas diretrizes do 1326
Sisnea o item avaliação. 1327
1328
1329
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Depois conversando informalmente com o Marcos eu até 1330
mostrei para ele, na página 12 tem lá pesquisa e avaliação, mas só que quanto se volta 1331
para seis existe a participação, existe a sustentabilidade, existe a descentralização, 1332
aperfeiçoamento, mas não existe um texto desenvolvendo melhor a questão da 1333
avaliação e quando nós pegarmos, por exemplo, aqui o texto que para mim é perfeito 1334
esse texto dos questionamentos que não é do Sisnea, mas é aqui da política ele fala 1335
aqui com todas as letras, eu sei que não é do Sisnea, mas veja como as duas se 1336
adequam; se não existe monitoramento e avaliação em todos os âmbitos e nem 1337
regulamentação para diversas incumbências atribuídas pela PNEA, que tipo de 1338
educação ambiental está sendo realizada pelo poder público? Por instituições 1339
educativas, meio de comunicação de massa, empresas, entidades de classes e outras 1340
instituições públicas e privadas. Então esse questionamento que vale para a política 1341
vale também para o Sisnea, já que não existe um texto específico para isso. 1342
1343
1344
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Certo. Política pública a avaliação. 1345
1346
1347
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Avaliar monitoramento. 1348
1349
1350
A SRª NÃO IDENTIFICADA – Anota no papel monitoramento e a gente inclui. Definir a 1351
importância com um Órgão Gestor em cada unidade federativa e de uma SIEA 1352
democrática e transparente. Definir claramente as competências do Órgão Gestor da 1353
PNEA. Definir claramente sobre se haverá um Conselho Nacional de Educação 1354
Ambiental que faltou ali ou um Comitê Assessor esclarecendo as funções e como 1355
enraizar para dentro de cada uma das instituições. Demonstrar qual a 1356
operacionalidade... 1357
1358
1359
O SR. MARCOS - Desculpa, eu não entendi essa última. Sinceramente eu não sei se é 1360
porque já é o cansaço, mas não entendi não. Definir o quê? Essas duas últimas. 1361
1362
1363
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Faltou ambiental ali. Tudo bem? Demonstrar qual é a 1364
operacionalidade do sistema, o seu modo de operação, plano de ação, indicadores e 1365
seguir ciclo do PDCA, é uma sigla em inglês, planejar, fazer, checar e agir. A divulgação 1366
da consulta pública eu perdi esse item, eu acho que a gente ampliar a divulgação, não 1367
é? 1368
29
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Não só ampliar, mas dizer o que vai ser feito com as 1369
sugestão, tornar mais claro. Mais para frente eu tinha colocado também, eu acho que 1370
tem duplicidade. 1371
1372
1373
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Era isso? Tudo bem. E aí informando, Luiz, de manhã 1374
nós fizemos um levantamento dos encaminhamentos da última reunião e isso constava 1375
também na última reunião e a gente fez uma comunicação já ao Ministério do Trabalho 1376
sobre essa deliberação do Comitê Assessor. E foi esse o encaminhamento que nós 1377
demos e estamos aguardando uma resposta para conseguir pensar em como monitorar 1378
e acompanhar por meio do Sisnea as muitas ações de educação ambiental já 1379
implementadas. 1380
1381
1382
(Intervenção fora do microfone. Inaudível). 1383
1384
1385
A SRª NÃO IDENTIFICADA - Então sinaliza para juntar com o onze. Pensar nas 1386
dúvidas que possam existir em relação à atuação do próprio Órgão Gestor. Aí eu 1387
imagino que seja com relação às competências do Órgão Gestor. Então o 12 junta com, 1388
a gente depois arruma isso. Interação verdadeira entre Secretaria de Meio Ambiente e 1389
de Educação, que conste isso no SISNAMA, Vivi? 1390
1391
1392
A SRª VIVIANA - A Zilda que falou isso que achava mais importante no Sisnea. Como é 1393
que você gostaria que entrasse? 1394
1395
1396
A SRª. ZILDA - Politicamente vocês sabem, isso é mais que reconhecido, às vezes 1397
uma Secretaria e a outra não há interação política e automaticamente não há interação 1398
entre educação ambiental ou qualquer outro sistema, então que isso conste que seja 1399
obrigatoriedade que as duas têm que trabalhar juntas e não tem outro jeito. Não sei se 1400
fui clara. 1401
1402
1403
A SRª JACK – Interação. Põe só interação mesmo e depois a gente... Vamos lá, 1404
então? O próximo, a Viviana está alterando ali. O 14, detalharmos o sistema de 1405
avaliação previsto para a Sisnea. Isso também, se não me engano, já foi contemplado 1406
lá. 15, pensar em políticas públicas para ambientalização nas universidades. Então a 1407
RUPEA, só para constar aqui na ata a; RUPEA está pensando nesse processo e a 1408
gente considera aqui também. 16, levar a PNEA a conhecimento público e isso tem a 1409
ver com a questão que a Patrícia colocou sobre o grau de conhecimento da PNEA 1410
pelos atores da educação ambiental. 1411
1412
1413
A SRª NÃO IDENTIFICADA – Jack, só um minuto que tem uma inscrição. 1414
1415
1416
30
O SR. LUIZ – O item 13. Volta no item 13. Fala da Secretaria do Meio Ambiente, aí 1417
seria legal criar mecanismos formais para viabilizar a interação. Porque quando a gente 1418
coloca fortalecer dá a impressão que as duas secretarias são fracas, então a questão 1419
de semântica. 1420
1421
1422
A SRª. ZILDA - Exatamente isso. É normatizar, é criar exatamente mecanismo porque 1423
quando duas Secretarias são politicamente diferentes, às vezes isso não existe, mas o 1424
fato de ser politicamente diferente existe uma norma que elas vão ter que obedecer. 1425
1426
1427
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Luiz, uma questão aqui. Criar mecanismo formais é 1428
normatizar? O que você quis dizer com isso. 1429
1430
1431
O SR. LUIZ - Porque a gente usando a palavra fortalecer passa a impressão que tanto 1432
a Secretaria do Meio Ambiente, quanto a Secretaria de Educação são fracas, então 1433
você colocando... Agora você criando mecanismos formais para viabilizar a interação 1434
você dá um drible de Garrincha. Você fica politicamente correto. É isso. 1435
1436
1437
A SRª NÃO IDENTIFICADA – Esta ok. Então pode voltar. 17, enfrentar a questão da 1438
equivalência de competência entre Lei e Decreto. 18, dúvidas, pensar na possibilidade 1439
de um Conselho Nacional de Educação Ambiental. Isso já foi contemplado também lá 1440
atrás e mecanismos participativos para legitimar a representação nos diversos 1441
conselhos no monitoramento da política ou eventuais punições pelo cumprimento da 1442
Lei. Certo, montar uma metodologia para melhorar o aproveitamento das sugestões e 1443
contribuições mostrando o que faremos com elas. Isso é em relação à consulta pública. 1444
20, discutir como o Comitê Assessor pode ser um canal efetivo de participação. 21, 1445
coletivos fazerem o papel de monitoramento para avaliação da Sisnea, quais coletivos? 1446
Comitê Assessor. Eu não entendi esses coletivos. Marcelo, você tinha proposto isso. 1447
1448
1449
O SR. MARCELO - Naquele momento eu tinha falado de maneira mais genérica, 1450
pensando nesses coletivos jovens, coletivos ligados as escolas de qualidade de vida 1451
aqueles que vocês tinham comentado. 1452
1453
1454
A SRª NÃO IDENTIFICADA – 22, fazer com que sejam cumpridas as diretrizes da lei. 1455
Observar a obrigação do Órgão Gestor de supervisionar a implementação da lei. Eu 1456
acho que acabou. 1457
1458
1459
O SR. NÃO IDENTIFICADO – Foi feita uma proposta aqui do uso das novas 1460
tecnologias e tal e week que era a proposta de todo mundo trabalhar um texto, que eu 1461
nem sabia que era possível, mas aprendi aqui agora e é interessante e não está aí. Não 1462
está nem essa e imagina as outras. Eu acho que o uso das tecnologias, inclusive... 1463
Raquel, eu acho que poderia ser o uso das novas tecnologias, inclusive, essa ou 1464
inicialmente essa. 1465
31
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A idéia é trabalhar com essa metodologia. 1466
1467
1468
O SR. NÃO IDENTIFICADO – Mas de qualquer maneira não poderia estar aí como pelo 1469
menos uma... 1470
1471
1472
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A Raquel fez essa sugestão aqui... É a senhora 1473
identificada número seis falando. A Raquel fez essa sugestão e eu falei que ela é muito 1474
bem-vinda na REBEA, embora não seja da nossa cultura geral fazer isso, que uma das 1475
redes da nossa malha que é a REJUMA tem espaço para isso e existem já pequenas 1476
experiências Então que a REBEA tem como fazer isso no espaço rede de educação 1477
ambiental, mas eu acho que o mais importante aí eu entendo que seja apontar essa 1478
possibilidade para que todas as instituições e órgãos busquem as mais variadas 1479
formas, dentre elas essa aí que é muito interessante. 1480
1481
1482
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – E a gente pode anunciar essa alternativa na 1483
metodologia da consulta pública amanhã. 1484
1485
1486
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Pode e a gente ver como é que faz. 1487
1488
1489
A SRª. JACK – Bom, então esse era o último. Eu colocaria aqui no fim como último que 1490
o Órgão Gestor vai enviar a solicitação de parecer para o Comitê Assessor e nós 1491
podemos já sugerir um prazo para envio dessa solicitação e, bom, vamos fazer a 1492
proposta? E nós gostaríamos também que o Comitê Assessor estivesse envolvido na 1493
sistematização da consulta pública e que a gente pudesse fazer isso não próxima 1494
reunião, um debate sobre isso do Comitê Assessor e que a gente conseguisse envolver 1495
o Comitê Assessor na sistematização. Daqui há quanto tempo, Thaís? 1496
1497
1498
A SRª. THAÍS – A Jack está colocando a proposta do envolvimento do Comitê 1499
Assessor no processo de sistematização de toda essa consulta pública e que os prazos 1500
e as datas estão um pouco indefinidas por dois pontos; tanto pela conferência nacional 1501
de meio ambiente, com o como pelo 6º Fórum que estão indefinidos, mas que nós 1502
colocamos mais ou menos aí uma data de 30 de março que a gente está imaginando 1503
que seja uma data limite para que a gente receba todas as contribuições de todos os 1504
grupos e aí esse convite está sendo feito para o Comitê Assessor para estar junto do 1505
Órgão Gestor nessa sistematização. Então a fórmula a gente ainda não discutiu pode 1506
ser de diversas formas. 1507
1508
1509
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Na verdade, eu só quero fazer uma pergunta. Pode ser? 1510
Esse documento vai ser encaminhamento como grupo gestor e nós vamos ter uma 1511
resposta e qual é a condução posterior? Por exemplo, aí foram na verdade 1512
questionamentos e proposições de ações a serem desenvolvidas e nós vamos ter um 1513
acompanhamento do que foi feito do que não foi feito, como é que isso ocorre? 1514
32
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – É que a Jaqueline colocou, são dois pontos diferentes. 1515
Um é de contribuição e que o Comitê Assessor vai fazer por meio de um parecer em 1516
que cada instituição, é por instituição, em que cada instituição vai encaminhar para o 1517
Órgão Gestor o seu parecer oficial com relação ao sistema nacional de educação 1518
ambiental. O outro encaminhamento que é com relação ao envolvimento do Comitê 1519
Assessor no processo de sistematização das contribuições que chegarem do País todo 1520
dessa consulta que vai estar aberta para o Brasil inteiro e todos os grupos que 1521
trabalham com educação ambiental. 1522
1523
1524
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu falo assim, nós tivemos aqui um dia inteiro de 1525
reunião e questões foram discutidas e eu estou entendendo que esse grupo é um grupo 1526
que tem o papel, na verdade, de assessorar e determinou algumas ações, essas ações 1527
vão ser encaminhadas e vão ser, na verdade, vai ser feita uma consulta do que se vai 1528
fazer e determinar o que vai ser feito para retornar ao grupo e dizer foi feito isso e isso 1529
sobre tais e tais questões. Entendeu o que eu estou falando? Porque na verdade a 1530
gente discute e a gente propõe e a gente quer saber qual foi o encaminhamento que foi 1531
dado na verdade em cima das situações que foram colocadas aqui. 1532
1533
1534
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Respondendo a sua pergunta. As duas coisas. Aquilo 1535
que já for possível de encaminhamento imediato à gente, assim como fez no início da 1536
reunião prestação de contas de como foi feito e o que foi feito e como foi 1537
encaminhamento a gente vai responder. Agora aquilo que diz respeito à consulta 1538
pública a gente vai sistematizar tudo e as sugestões vão servir como um termômetro, 1539
quais são as grandes tendências? Essas grandes tendências vão ser sistematizadas e 1540
devolvidas para as pessoas no momento pré-conferência adulto que é o momento que 1541
é crucial na metodologia de consulta pública. Então o que nós estamos fazendo é; vai 1542
sistematizar e nesse momento final de sistematização e de inclusão a nossa proposta é 1543
de até o último ponto aqui que foi encaminhado é de incluir, aqui; envolver o Comitê 1544
Assessor na sistematização dessa consulta pública. Então esse foi o primeiro momento, 1545
a consulta pública foi aberta nesse evento, então vamos colher todas as contribuições 1546
sistematizar e ao final o Comitê Assessor deve participar dessa esquematização final 1547
antes da conferência. 1548
1549
1550
O SR. NÃO IDENTIFICADO - Eu quero falar uma coisa, estou conversando com a 1551
Patrícia e para socializar um pouco isso aí. Eu sei que essa consulta popular tem um 1552
caráter meio informal, vamos dizer assim, da sociedade, mas eu não sei se vocês 1553
concordam comigo que está havendo uma certa mudança no cidadão e na cidadã em 1554
relação, por exemplo, ao legislativo. As TVs, tanto da Câmara Federal como do Senado 1555
lá nos Estados da Assembléia Legislativa e do Município estão cada vez mais sendo 1556
vistas, então nós poderíamos, mesmo informalmente através até de um contato com a 1557
comissão a gente poderia fazer isso no Ceará e como poderia fazer isso no Congresso 1558
e ter porque não só teríamos aí um tipo de audiência pública e isso é informal mesmo e 1559
isso existe audiência pública de vários assuntos, como teríamos uma cobertura de uma 1560
televisão que poderia nos dar uma visibilidade interessante e isso poderia ser feito em 1561
âmbito estadual, mas poderia ser feito também no Congresso e no Senado sem 1562
problema, sem uma ligação, eu sei que isso é mais uma estratégia, mas poderia estar 1563
33
como uma proposta nossa aí porque seria uma forma de atingir aí um público 1564
interessante. 1565
1566
1567
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A Senhora não identificada número seis novamente. Eu 1568
queria só um esclarecimento em relação aos retornos que vocês esperam da gente. 1569
Quer dizer, uma coisa é o parecer dos integrantes do Comitê Assessor e outra, quer 1570
dizer, a gente vai aguardar lá na frente o resultado da consulta, mas vocês esperam 1571
também um retorno das instituições e coletivos que nós estamos aqui representando? 1572
Porque uma coisa é o Marcelo que veio a essa reunião participar dessa conversa fazer 1573
um parecer e outra coisa é a SBPC. Então o que se espera já é um parecer como 1574
SBPC. Eu acho que é legal ficar claro aquela coisa do retorno que não é fácil em todos 1575
os âmbitos, mas é voltar para o coletivo e vir... Ok. 1576
1577
1578
O SR. NÃO IDENTIFICADO – É lúdico a gente ficar trocando microfone, é bacana. Eu 1579
acredito que esse momento da consulta pública do Sisnea pode se consubstanciar 1580
como um momento de fortalecimento das instâncias de referência para educação 1581
ambiental no País. Então por isso que nós estamos insistindo no envolvimento do 1582
Comitê Assessor como referência para até a gente cogitar a possibilidade, a partir disso 1583
de ser um Conselho Nacional de Educação ambiental. Para gente chegar a ter 1584
Conselho Nacional de Educação ambiental nós precisamos nos legitimar como tal, à 1585
gente precisa ter o reconhecimento da sociedade como tal. Eu lembro há 4 anos atrás, 1586
há três anos e meio, quando nós começamos a existência desse Conselho, a 1587
resistência que havia de que esse Conselho coordenasse o próprio sistema brasileiro 1588
de informação em educação ambiental SIBEIA, que fosse um organismo a parte e nós 1589
fomos firmes no sentido de estar o SIBEIA também dentro do GT de comunicação 1590
desse Conselho para que a sociedade não fique tendo a educação ambiental de forma 1591
pulverizada, fragmentada, mas tenha uma leitura orgânica de instância de tomada de 1592
decisão. Então como a nossa intenção é fazer, o Felipe estava me lembrando aqui do 1593
PRONEA, a consulta que nós fizemos do programa nacional de educação ambiental 1594
possibilitou que esse programa ganhasse um pouco mais de visibilidade, tivesse um 1595
pouco mais de aceitação junto à sociedade brasileira, tanto é que a gente recebe um 1596
monte de projetos no Governo Federal e as pessoas remetem a política e ao programa 1597
nacional de educação ambiental como referência para o projeto. Então a discussão do 1598
sistema ela pode se consubstanciar como uma oportunidade da gente ir consolidando 1599
as referências para tomadas de decisão sobre educação ambiental no País. Daí a 1600
necessidade e a importância da gente contar com o Conselho. Então por outro lado, 1601
fortalecer o próprio Comitê Assessor como instância de referência e por outro lado, 1602
fortalecer a proposta porque se a gente consegue que a OAB discuta educação 1603
ambiental a partir de uma provocação do sistema, que a ABI, que a SBPC, que as 1604
Centrais Sindicais, que cada uma das instituições aqui presentes discuta na sua base, a 1605
gente não tem ilusão que vai ser uma discussão massiva que todo mundo vai querer 1606
participar, vai ter meia dúzia, vai ocorrer algumas contribuições, mas essas 1607
contribuições, só o fato das pessoas verem que está discutindo dando algumas 1608
sugestões e vindo um parecer isso nos empodera para gente dentro do próprio 1609
Governo continuarmos porque há resistências. Essa proposta do sistema de educação 1610
ambiental tem muitas resistências dentro do próprio Governo, então o fato da gente ter 1611
o parecer das várias instituições nos fortalece. E por fim, a segunda parte, então uma 1612
34
parte é essa de convidá-los, convidá-las a fazer esse debate na sua instância, na sua 1613
instituição, no seu conjunto de instituições e dar o parecer. E a segunda parte é essa da 1614
sistematização de todas as contribuições passar pelo crivo desse Conselho, desse 1615
Comitê Assessor porque isso também coloca uma referência mais forte nesse comitê. 1616
Nós podemos fazer essa sistematização no Órgão Gestor tranqüilamente, nós 1617
recebemos mais de 800 contribuições no PRONEA e fizemos a sistematização e 1618
chegamos há um documento final e podemos fazer isso com o Sisnea, mas socializar 1619
com esse Comitê Assessor a sistematização de todo o processo é uma forma a mais da 1620
gente levar depois para o 6º Fórum Brasileiro de Educação Ambiental e para 3 1621
Conferência Nacional de Meio Ambiente um documento sistematizado pelo Comitê 1622
Assessor do Órgão Gestor. Nós vamos ter que discutir a operacionalidade disso, se 1623
vamos fazer a sistematização à distância, se vamos fazer uma oficina de trabalho. 1624
Então a nossa próxima reunião ser de dois ou três dias só trabalhar em cima da 1625
sistematização das contribuições. Então a operacionalidade disso é uma discussão que 1626
vem a posteriori e a gente pode até chegar à conclusão; tarefa é do Órgão Gestor fazer 1627
toda a sistematização e os pontos polêmicos a gente traz para o Comitê Assessor bater 1628
o martelo que talvez fique mais funcional, mas essa funcionalidade a gente discute a 1629
posteriori, o que a gente quer aqui é a decisão política do Comitê Assessor dele ser a 1630
referência para todo o debate do sistema e dele fazer percolar na sua base essa 1631
discussão sobre o sistema. A vinda dos pareceres escritos nos empodera na 1632
negociação que temos dentro do Governo. 1633
1634
1635
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Obrigado. Não ia falar, mas só estava admirando o 1636
passo gigantesco que vamos dar se conseguir o Conselho Nacional de Educação 1637
Ambiental, mas como representante do Conselho Federal da OAB é interessante, na 1638
instituição eu represento o Presidente do Conselho Federal, é uma indicação pessoal 1639
do Presidente e para essa questão de formular isso é muito importante porque se ele 1640
me revestiu dessa investidura de representá-lo aqui ele me dá poderes de eu escrever 1641
o assunto e discutir com ele e não com o Conselho porque se passar pelo Conselho 1642
pode ser com a importância dele, ele batalhando por aquilo, ele consiga. Eu tenho 1643
muita esperança, é um jovem, é o primeiro Presidente que tem 40 anos do Conselho 1644
Federal, ele é Presidente de uma ONG muito efetiva em Maceió, Sergipe, tem feito 1645
umas obras sociais muito bonitas. E eu acredito, ele acredita que nós temos obrigação 1646
de cuidar da educação, cuidar do meio ambiente. Então o momento é oportuno e da 1647
minha parte eu vou fazer o possível e o impossível para dar esse passo. Nós darmos 1648
esse passo. 1649
1650
1651
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Então é isso. Eu acho que a gente encaminha assim. A 1652
gente vai discutir como vamos operacionalizar o envolvimento do Comitê Assessor com 1653
vocês e acho que é só. 1654
1655
1656
A SRª. MARÍLIA - Com relação a indicação das instituições de vocês com nome dos 1657
titulares e suplentes é importante que essa indicação seja concluída o mais breve 1658
possível porque nós vamos publicar uma portaria nomeando os titulares para o 1659
mandato de dois anos. Então vamos fazer essa portaria e vai ficar bem legal. 1660
1661
35
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Recebemos, pois não. Pode ser depois ou quer agora? 1662
1663
1664
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A dúvida aqui é que quando foi feito o pedido estava 1665
naquela época de confusão de e-mail, tem que usar o meu Gmail e eu encaminhei para 1666
o coletivo e houve duas posições; uma, assim, se o prazo for agora é agora, se o prazo 1667
for depois nós queremos discutir. E aí eu até mandei uma mensagem para vocês para 1668
perguntar qual é o prazo porque senão nós estávamos assumindo ou ia optar por uma 1669
das duas dinâmicas dentro da REBEA. Então se tem um prazo já fechado e agora é 1670
urgente eu já digo a vocês agora quem é e vocês devem estar acompanhando isso, 1671
senão abre-se um debate. 1672
1673
1674
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A gente estabeleceu um prazo porque a gente queria 1675
chegar a essa reunião com todos os representantes já renovados ou reconduzidos. 1676
Como isso não aconteceu o prazo está ampliado, mas é o mais breve possível porque 1677
nós precisamos publicar essa Portaria para esse mandato começar a valer. 1678
1679
1680
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Mas o mais breve possível tem uma data? 1681
1682
1683
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Vamos combinar uma data. 1684
1685
1686
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu acho que seria bom. 1687
1688
1689
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Dez dias. 1690
1691
1692
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Não é nem comigo, é mais com o pessoal. 1693
1694
1695
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Tudo bem, a gente combina isso. 1696
1697
1698
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu acho importante estabelecer um prazo. 1699
1700
1701
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Pode ser final de julho, então. Isso, a gente informa a 1702
vocês desse novo prazo. Só quem falta enviar a indicação é o FBOMS que avisou a 1703
gente na semana passada que é para gente reenviar para outras instâncias, a ABEMA 1704
porque mudou a presidência e nós soubemos também só depois, a REBEA e a 1705
juventude que pediu o prazo até dez de agosto. Então vamos combinar assim, dez de 1706
agosto porque aí a gente fica com o prazo uniforme para todo mundo. 1707
1708
1709
36
A SRª. CLÁUDIA - Só uma questão, como fica essa questão da substituição? Ela tem 1710
que obrigatoriamente ocorrer a cada não sei quanto tempo? Como fica essa questão? 1711
1712
1713
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – O Regimento interno prevê um mandato de dois anos 1714
permitindo uma recondução. O Regimento Interno foi publicado só o ano passado, 1715
então nós estamos entendendo que com essa indicação que está vindo seria o primeiro 1716
mandato sabendo que muitos de vocês, na verdade, já estão conosco há mais tempo, 1717
mas a gente está entendendo que vai ser o primeiro mandato em função do Regimento 1718
Interno e valendo com essa Portaria Interministerial que vai estabelecer isso. 1719
1720
1721
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu acharia que o mandato deveria ser igual o mandato 1722
de coordenadores. 1723
1724
1725
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Isso está previsto no Regimento Interno. 1726
1727
1728
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – ...Assessores deles é mais produtivo do que mudar. 1729
1730
1731
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – A gente pode rever, o comitê pode decidir rever o 1732
Regimento Interno dele porque cada instituição tem o seu andamento e os dirigentes 1733
mudam e não no mesmo ciclo. 1734
1735
1736
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu acho melhor que toda assessoria acompanhe a 1737
coordenação. Não é o órgão assessor? Ele acompanha sempre aquela coordenação. É 1738
nesse sentido que eu digo. 1739
1740
1741
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu concordo com o Regimento do Comitê porque as 1742
instituições normalmente elas elegem dois a três anos seu presidente, então cada 1743
presidente ele tem a necessidade de renovar o seu... Porque você tem um cargo de 1744
confiança do presidente do conselho, por exemplo, na ABI o Conselho aprova e o 1745
presidente sanciona. Então se muda, por exemplo, o Conselho, muda o presidente vai 1746
automaticamente mudar o representante. Então eu acho que é normal que seja assim 1747
dessa forma porque as instituições normalmente fazem isso. 1748
1749
1750
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu acho que fica muito difícil assim para se organizar 1751
um Comitê Assessor com o mandato diversificado que pode durar um ano, dois, três eu 1752
acho que tem que ser um mandato, embora haja mudança na instituição, mas fica 1753
garantido aquele mandato naquele prazo. Terminado o prazo o novo administrador 1754
que... Porque para fazer assim um acompanhamento, um controle e daí vai ter 1755
mandatos de meses, de dias, de anos e eu acho que fica muito difícil. Eu acredito que o 1756
mais correto mesmo é ser o Regimento Interno ter a sua caracterização de mandato. 1757
1758
37
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Então vamos encaminhar assim; como esse Regimento 1759
Interno que o Comitê Assessor tem vai funcionar da forma como estamos 1760
encaminhando. Se o Comitê Assessor optar por rever o Regimento Interno e rever a 1761
forma de mandato e de alternância e de alteração aí é um outro ponto que vamos 1762
discutir daqui para frente. 1763
1764
1765
O SR. GERSON - Essa questão tem que lembrar o seguinte. O Comitê Assessor está 1766
designado, está dentro do Decreto e estabelece quais são. São as entidades que vão 1767
decidir quem são os seus representantes. Infelizmente o Comitê Assessor não tem 1768
legitimidade para alterar essa questão. Se as entidades alteram os seus representantes 1769
ela pode alterar durante o mandato. O que se quer é não ter uma mesma pessoa 1770
durante muito tempo, mas isso pode ser inferior em razão que isso faz parte desse 1771
processo democrático, construir um processo democrático não é fácil. 1772
1773
1774
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Perfeito. 1775
1776
1777
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Eu só queria... Nós tivemos uma série de, pelo menos, 1778
duas instituições que reclamaram de nós não fazermos, não termos um calendário 1779
muito claro das reuniões agendados com seis meses de antecedência que facilita para 1780
que os representantes possam estar presentes nas reuniões. De fato isso tem sido 1781
difícil em função de uma série de mudança de conjuntura, de transição de governo e 1782
etc., mas a gente ambiciona isso, a gente ambiciona entrar cada ano ou entrar, por 1783
exemplo, esse novo mandato de 4 anos já definida a reunião de 2008, 2009 2010. 1784
Então eu acredito que nós não consigamos sair hoje com a definição de qual é a data 1785
do nosso encontro do próximo semestre ou talvez ainda desse semestre agora porque 1786
nós não fizemos nenhuma reunião esse ano, essa é a primeira de 2007. Talvez a gente 1787
tenha que fazer uma segunda reunião ainda esse ano e se fizermos ainda esse ano a 1788
intenção era fazer a segunda reunião durante o 6º Fórum Brasileiro de Educação 1789
Ambiental em novembro no Rio de Janeiro. Então a gente pode deixar sinalizado a 1790
segunda reunião para novembro no Rio de Janeiro e nós vamos tentar no Órgão Gestor 1791
se organizar para ter esse parâmetro de novembro a próxima reunião, não sei se no 1792
Rio, provavelmente em Brasília, caso não ocorra agora o 6º Fórum no Rio de Janeiro e 1793
aí a gente avalia, mas a intenção é que na próxima reunião a gente consiga definir as 1794
duas de 2008 com mais força, salvo tempestades, mas deixar mais indicado qual é o 1795
mês pelo menos das duas reuniões. Está bom? Bom, eu acho que a gente poderia 1796
fazer uma pequena rodada de avaliação, as pessoas que tiveram presentes aqui... Eu, 1797
infelizmente, não pude estar desde manhã porque também não consegui vaga no 1798
avião, mas que estiveram aqui o dia inteiro eu acho que foi uma longa reunião e quem 1799
tiver interessado, quem puder fazer uma avaliação dos trabalhos do dia a hoje está 1800
aberta à palavra para depois a gente encerrar os trabalhos e irmos para solenidade de 1801
abertura que é às 19h. Jantar e ir para a solenidade. 1802
1803
1804
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – ...Região Norte... 1805
1806
1807
38
O SR. NÃO IDENTIFICADO – ...Atividade, a primeira providencia é retornar tudo que 1808
aconteceu aqui para Suzana e para SBPC e tentar realmente fazer um esforço para 1809
que a SBPC participe com bastante força dentro desse comitê. E também queria 1810
parabenizar o trabalho do Ministério do Meio Ambiente aproveitando que posso falar 1811
isso presencialmente e ao Ministério da Educação pelo trabalho desses anos com 1812
educação ambiental no País, que a gente percebe claramente o avanço que temos 1813
feito. É isso. 1814
1815
1816
A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Sobretudo com a perspectiva de construirmos um 1817
Conselho Nacional de Educação Ambiental, isso aí é já ganharmos o dia, pelo menos, 1818
eu. 1819
1820
1821
O SR. NÃO IDENTIFICADO – Eu estou inaugurando a minha participação na Câmara 1822
Técnica de Educação Ambiental assim como minha participação aqui. Eu gostaria muito 1823
de elogiar porque eu acredito que essa relação MMA e MEC tem feito muito pela 1824
educação ambiental. O Ceará eu acho que é a prova mais importante nessa área. 1825
Então eu queria destacar isso porque nós precisamos agora, do ponto de vista da 1826
Secretaria de Meio Ambiente do Conselho, que é outra novidade que tem lá pelo Ceará, 1827
nos aproximar mais ainda da Secretaria da Educação, fazer o que o MEC fez no âmbito 1828
Ministério, tomara que vamos conseguir porque temos pessoas como a Neuza que 1829
estão dando uma força, o pessoal. E eu queria agradecer muito pela paciência, já fiz 1830
uma participação lá no CT, Viviana estava lá, de aprendizagem e espero e estou 1831
esforçando ao máximo para poder contribuir da melhor forma possível. 1832
1833
1834
A SRª. PATRÍCIA (REBEA) - Eu queria agradecer mais uma vez formalmente o espaço 1835
que foi concedido a REBEA de participar desse comitê na condição de convidada pela 1836
importância que damos realmente ao tema, pela importância que a gente dá a 1837
execução da política nacional de educação ambiental e essa oportunidade de contribuir 1838
efetivamente para uma coisa que é a nossa vida, muito mais do que trabalho é a nossa 1839
vida. Então agradecer esse espaço. 1840
1841
1842
A SRª. RAQUEL - São aquelas avaliações assim que... Eu queria em primeiro lugar dar 1843
um informe, que é o endereço eletrônico do evento lá da Galícia, eu acho que é legal 1844
você escrever aí, Vivi; www.ealusofuno.org. Só isso. E entra na Secretaria Executiva da 1845
REBEA também. Obrigada. (Palmas!). 1846
1847
1848
� CD 04 (58:42) 1849
04/07/2007 - Plenária do Sisnea 1850
1851
1852
O SR. NÃO IDENTIFICADO – ...Mônica está inscrita. (Palmas!). 1853
1854
1855
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A SRª. MÔNICA - Eu senti, Fábio, necessidade da gente avaliar a apresentação síntese 1856
que você fez porque eu acho que a gente avançou realmente do último encontro para 1857
cá, as SIEAs, eu acho para quem participou do outro e desse, quantas pessoas 1858
estavam aqui no outro encontro? Quem estava? Eu acho que vocês devem concordar 1859
que nós avançamos muito, porém, eu acho que nós ainda estamos muito frágil nas 1860
SIEAs. Estou falando aqui do encontro que teve em Salvador das SIEAs. Eu acho que 1861
nós avançamos bastante, estamos estruturando, mas eu ainda acredito que a gente 1862
está entre o insatisfatório e o satisfatório. Eu gostaria da gente fazer uma auto-1863
avaliação desse processo porque eu acho que existe uma carga aqui hoje que está 1864
sendo colocada em cima das SIEAs muito grande. E isso, gente, isso significa mais 1865
responsabilidade, foram muitos pontos avaliados de fragilidade para gente caminhar 1866
nesse sentido, faltam recursos, falta recursos humanos, faltam fundos, a gente está 1867
todo mundo revendo as políticas, construindo os programas, quer dizer, a casa está de 1868
perna para o ar e estamos faxinando e pondo tudo em ordem para tentar caminhar e a 1869
gente recebe uma responsabilidade desse porte, desse nível. A gente aqui, todo mundo 1870
está aqui para fazer as coisas bem feitas e eu fico bem preocupada da gente assumir 1871
uma coisa dessas estando ainda tão frágil. Uma coisa que me incomoda um pouco é 1872
em relação ao discurso do Governo em relação às redes, toda vez, todos os encontros 1873
as redes são muito importantes, as redes ajudam a formar os SIEAs, colaboram, estão 1874
aí, fazem tudo isso, mas não existe um fundo nem no município, nem no Estado e nem 1875
na União para apoiar as nossas redes e, assim, nós estamos há cinco anos, dez anos 1876
com essas redes sempre voluntário sem uma perspectiva de recurso e isso é muito 1877
grave porque se a gente está valorizando as redes e não está apoiando a existência 1878
delas de alguma forma de criar alguma forma de sustentabilidade porque é fácil a gente 1879
jogar para o fundo estadual de meio ambiente, ele não existe e se ele existe, gente, ele 1880
não tem essa noção do valor de uma rede, coisa que vocês têm, os estados ainda não 1881
tem essa consciência da importância das redes. Essa é uma percepção minha pessoal 1882
que eu não sei se nos estados é assim, mas em São Paulo é assim sim, a Secretaria de 1883
Educação de Meio Ambiente, o Governo não dá valor à questão da rede, ainda não 1884
tem. As pessoas, os técnicos dão, mas o Governo não dá. E dentro dessa perspectiva 1885
hoje no próprio fundo nacional de meio ambiente não se aprova mais nenhum projeto 1886
de demanda espontânea, desde que o Governo do PT entrou acabou a demanda 1887
espontânea no fundo, tem que ser colocado isso aqui, talvez não seja de conhecimento, 1888
mas hoje existe mais projetos praticamente de demanda espontânea no fundo, é só 1889
edital, edital e edital. Então eu gostaria de deixar isso registrado porque era um espaço 1890
para as redes enviarem e reenviarem projetos de continuidade e tudo que foi enviado e 1891
todas as redes foram recusados, todos os projetos. E em relação à questão da escola 1892
privada e pública. Eu acho que todas as escolas têm que trabalhar com educação 1893
ambiental, tudo bem, vocês estão no Governo e devem favorecer as escolas públicas, 1894
mas trabalhar com educação em escola particular é fundamental porque eles são as 1895
pessoas que tomam decisão nesse País e é muito difícil você mudar a cabeça de quem 1896
compra tudo porque eles compram tudo. Então acho fácil e a gente não deve pôr... O 1897
Convidas deveria estar muito dentro da escola particular sim, eu acho que não 1898
podemos fazer essa distinção, não é bom. Escola é escola, gente. É isso. Obrigada. 1899
(Palmas!) 1900
1901
1902
A SRª. CARLA (Bahia) - Boa tarde. Eu sou Carla e sou aqui da Bahia. Na verdade eu 1903
sou coordenadora do programa de educação ambiental de uma escola particular e esse 1904
40
programa teve início devido a Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente de 2003 e 1905
eu tive conhecimento da cartilha, uma aluna que fazia parte do coletivo jovem me levou, 1906
ela sabia dessa minha tendência, antes de eu ser professora eu era coordenadora do 1907
programa de educação ambiental do zoológico. E o nosso programa está aí e já 1908
realizamos conferência, meu aluno foi para Brasília e ele está no vídeo da conferência 1909
internacional infanto-juvenil pelo meio ambiente, nossa escola conquistou, na verdade, 1910
porque não é só a escola particular, é uma associação e nós conquistamos agora uma 1911
sala verde e já apadrinhamos escolas vizinhas, já trabalhamos com associação de 1912
moradores, associação de surfista, associação de capoeira, enfim, então, assim, me 1913
desculpe, mas sistema para mim e eu que sou bióloga entendo como sistema nada 1914
excludente. Então a escola particular tem capital e tem poder e eu faço uma pergunta 1915
aqui, quem é de escola pública aqui, por favor? Então poucos são da Bahia porque aqui 1916
se eu perguntar quem é da Bahia e quem se formou em escola pública... Eu concordo 1917
que temos que emancipar a escola pública, mas o que a mãe falou é a verdade, então 1918
eu só queria dar um depoimento de uma experiência super bem sucedida na escola 1919
particular e o ano passado nós fizemos um seminário, a Raquel participou, nós 1920
formamos mais de cem professores e a coisa está andando. A Convida também é para 1921
escola particular, todas as escolas da Bahia receberam as cartilhas e vai muito, como a 1922
colega falou na plenária mais cedo, acho que ela é do Rio de Janeiro que estava de 1923
preto, que falou que espaço se conquista, então vai muito de interesse de você 1924
conquistar o seu espaço e lutar e por aí. Então eu gostaria que houvesse essa revisão. 1925
E o outro ponto é em relação ao que a colega falou da Secretaria de Infra-estrutura eu 1926
acrescentaria a Secretaria de Turismo. No encontro das SIEAs de 2005 eu denunciei o 1927
caso Urapuru, o Resort seis estrelas que está sendo implantado aqui em Itacaré, um 1928
município, se vocês não sabem uma área de Mata Atlântica que foi totalmente 1929
devastada para implantação do primeiro Resort seis estrelas com sessenta bangalôs e 1930
cada bangalô com uma piscina e aí foi mais de um ano de luta com trabalho de 1931
educação ambiental com a sociedade em Itacaré, embargamos o ano passado esse 1932
empreendimento. E quando é agora no início do ano, o Governo que eu achei que 1933
sinceramente seria o nosso parceiro liberaram a licença desse empreendimento. Então 1934
o que adiantou um ano de trabalho com a comunidade se embarga o empreendimento. 1935
Então se não chamar a Secretaria de Turismo também porque nosso litoral está todo 1936
loteada, veja quantos milhões de reais foram investidos no turismo e quanto veio para 1937
educação. Quantos Resorts vão ser instalados aqui na nossa região. A ONG que eu 1938
faço parte é no litoral norte no Diogo e já tem dois Resorts sendo instalados. Nossa 1939
ONG trabalha para fortalecimento da comunidade e a desculpa que eu ouvi do 1940
Secretário de Turismo é que o Urapuru ia gerar empregos. Eu pergunto se é emprego 1941
ou sub-emprego, porque o que é feito para comunidade local? Nada. E o trabalho que a 1942
gente faz é de fortalecimento de comunidade local, mas nosso trabalho não tem apoio, 1943
nós temos grana vinda de financiador da Alemanha porque o dinheiro daqui vai para a 1944
Secretaria de Turismo. 1945
1946
1947
O SR. ALAN (Pará) - Boa noite, eu me chamo Alan e estou representando a SIEA do 1948
Estado do Pará. Bom, é tanta coisa é quanto mais falas vão surgindo mais à gente vai 1949
formulando e pela questão do tempo eu não sei se vou optar para discutir o 1950
organograma ou questão de concepção porque agora demonstrou aquilo que mais a 1951
gente observa dentro das SIEAs e dentro do debate do meio ambiente tem interesses. 1952
Claramente nós observamos dois interesses aqui; público e privado. Se formos debater 1953
41
isso, dá uma tese bastante ampliada. É bem verdade que todo mundo concorda que o 1954
princípio da educação ambiental vem através da educação (ponto). Agora que precisa 1955
medidas compensatórias há uma escola pública, que precisa ser potencializadas ações 1956
e aí tem que ter o compromisso do Governo para tal é verdade, até porque o único 1957
recurso que provem para o público vem do Governo. E aí, por exemplo, o privado tem 1958
toda uma movimentação financeira, inclusive, do público. E aí dentro dessa estrutura, 1959
eu particularmente dialogando claramente, penso que tem que ser o foco para o público 1960
nesse momento. É questão de interesse e infelizmente a gente poderia fazer um debate 1961
bem aprofundado, mas ponto aqui, não vou polemizar. Parte estrutural aqui. SIEAs, 1962
aqui nessa estrutura é bem verdade que se pensou aqui um modelo de fluxograma que 1963
a gente pudesse compreender todas essas estruturas, vale a intenção, mas em 1964
nenhum momento aqui dentro desse fluxograma aqui eu observei a Sociedade Civil 1965
Organizada para garantir o controle social desde a estrutura MEC e MMA até a relação 1966
da SIEAs porque quem compõe as SIEAs? Secretaria de Educação Municipal e 1967
Estadual e a Secretaria de Meio Ambiente Municipal e Estadual, aqui, calma pessoal, é 1968
esclarecimento, está aqui, eu estou vendo aqui. Fora isso aqui onde está? A gente 1969
entende que a Sociedade Civil está nesses coletivos educadores ou está nessa 1970
estrutura de conselhos, fóruns, conferências, redes e coletivos jovens. Eu penso que, 1971
por exemplo, enquanto Sociedade Civil, enquanto sistema da educação os conselhos 1972
escolares são fundamentais e aí fazer tentáculos para cá porque é fundamental para 1973
discutir a questão focada a educação, mas a Sociedade Civil Organizada para estar 1974
garantindo o controle social em nenhum momento está estruturado nesse fluxograma. 1975
Penso que, por exemplo, aqui eu não vi uma estrutura dessa cápsula aí com a parte 1976
dos coletivos educadores, esse termo para mim ainda não está bem claro o que 1977
significa. Para finalizar eu penso que, por exemplo, a gente está falando de gestores 1978
compartilhados. Então a gente quando trabalha a educação ambiental a gente fraciona 1979
e a gente trabalha uma lógica simplesmente da educação e meio ambiente e a cidade? 1980
É verdade, foi colocado aqui. O Ministério das Cidades tem que estar aqui porque 1981
educação ambiental tem que a partir do território. Se, por exemplo, para finalizar, eu 1982
pensem construir uma escola em dado local, o que me garante que aquele local é o 1983
local adequado? O que tem, por exemplo, de jardim, a estrutura arquitetônica, árvores 1984
dentro da escola, onde é pensado isso? Então essa é a reflexão, é bem verdade que 1985
vale a intenção, mas precisa garantir o controle social e a Sociedade Civil Organizada 1986
em patamares decisoriais não consultivos aqui e para a mesa eu pergunto onde é 1987
consultivo aí e onde é deliberativo. Esse é o X da questão e onde vai sair à estrutura 1988
para isso funcionar e a estrutura entende-se grana. 1989
1990
1991
A SRª. NÃO IDENTIFICADA - Obrigado, Alan. É a Graça que está ao lado ali à 1992
próxima. Nós temos, além da graça, mais seis pessoas inscritas e vou nominar e a 1993
gente encerra as inscrições. Tudo bem? Depois da Graça, só um minuto, Graça: 1994
Marcos, Raquel, Diosmar, Leônidas, Betti e Neuza. Ok, mais alguém? Então vamos 1995
encerrar as inscrições, por favor. 1996
1997
1998
A SRª. GRAÇA - Eu queria fazer uma observação ali quando vocês colocam o cenário 1999
estruturante do Sisnea com ênfase no político administrativo formador 2000
simultaneamente. Quando você coloca a ênfase no político e no formador e, inclusive, 2001
foi apontado lá no grupo que eu estava participando a questão da formação inicial que 2002
42
as universidades oferecem para as licenciaturas e para as graduações porque se nós 2003
estamos pensando numa proposta que de certa forma, eu vejo assim, é toda 2004
hegemônica ela trabalha no sentido hegemônico no sentido de você reconstruir umas 2005
bases para uma sustentabilidade porque desde o Século VXIII que a nossa educação 2006
está centrada em valores que culminaram exatamente nessa insustentabilidade, tanto 2007
ambiental, tanto social, tanto mental na estrutura de subbjetividade de todos nós. Então 2008
essa educação que a gente pensa ela tem que repensar esses valores lá da burguesia, 2009
a partir, inclusive, daquelas categorias fundantes entre elas a lógica mesmo da 2010
liberdade. Essa liberdade apregoada lá que faz parto, categoria fundante da burguesia 2011
é liberdade para quem? É para conjugar o verbo ter ou para conjugar o verbo ser. Se 2012
for para conjugar o verbo ter que funda a nosso processo educacional todo e de 2013
pesquisa, inclusive, ele vai casar com a propriedade privada como direito natural do 2014
individuo, como dizia look lá no Século VXI. Então nós estamos, a meu ver, tentando 2015
desconstruir essas bases, ao tentar desconstruir essas bases nós precisamos que a 2016
universidade, que tem o papel da formação inicial também entre ali de alguma forma na 2017
rediscussão das suas bases curriculares na formação sim dos bacharéis e dos 2018
licenciados, formação inicial e dos professores. Ela não está, não sei se está 2019
contemplando, a que ponto isso no MEC vai estar contemplando, mas que precisa estar 2020
articulado com isso não tem dúvida para formar os que estão lá agora. E a outra 2021
questão, eu gostaria de estar em cima de tudo que foi colocado aqui, gente, a Lei. A 2022
educação, no caso, ela é a concessão pública, ainda que seja privada. Se ela é uma 2023
concessão pública ela precisa atender os parâmetros do sistema ou do Estado, agora 2024
financiar a educação pública aí já são outros quinhentos porque o artigo 203 da nossa 2025
Constituição, infelizmente, está lá, inclusive, com apoio de um Senador da minha 2026
Cidade, o tal do Calmon, infelizmente, contempla as instituições filantrópicas, 2027
comunitárias e com repasse ou com algum tipo de concessão pública. E isso realmente 2028
tem o tamanho da história do Brasil. Agora, a Lei é para todos e tem que ter educação 2029
ambiental em escola pública privada e tudo, entretanto, financiamento público precisa 2030
ser para espaço público e empoderar os sujeitos representativos desses espaços para 2031
que eles tenham conhecimento do que passa lá dentro para ter voto nos conselhos que 2032
são deliberativos em todas as instâncias. 2033
2034
2035
O SR. MARCOS - Tem tanta coisa para discutir. Primeiro eu lamento que pela primeira 2036
vez no nosso espaço aqui tenha se trazido oportunísticamente o discurso partidário. Eu 2037
acho que nós temos procurado construir esse sistema nacional de educação ambiental, 2038
esse programa, essa política a partir do acolhimento, da adesão de todas as tendências 2039
ideológicas e todos os partidos de forma indistinta. Então, se a gente for entrar por esse 2040
campo e começar a pontuar ganhos e perdas dos diferentes tipos de Governo eu acho 2041
que não terminamos da conversa aqui hoje. Então não vou perder tempo respondendo 2042
a argumentos partidários que foram colocados aqui que eu acho que ao serem 2043
colocados eles revelam a pobreza da própria ideologia, então não vou entrar nessa 2044
questão. Eu vou me ater mais a estar tentando elucidar, colocar a minha perspectiva do 2045
porquê que nós estamos sim falando, primeiro, concordo com o companheiro que 2046
estamos falando de política pública e estamos falando de política, portanto, para todos 2047
e não é para um setor ou para outro setor, é para toda a sociedade e, inclusive, as 2048
escolas particulares que têm dado demonstração de adesão a essa proposta, mas ela é 2049
uma proposta pública e que privilegia a atualização de recursos públicos para a coisa 2050
pública. Então eu tenho meus pais que estudaram em escola pública, eu estudei em 2051
43
escola publica a vida inteira e meus filhos estudam em escola pública, tenho cinco filhos 2052
e todos eles estudam em escola pública e eu detesto o argumento que coloca que se 2053
forma a liderança nesse País na escola privada. Eu acho que se forma a liderança 2054
desse País é na luta. Bom, não vou entrar nessa discussão porque ela me irrita 2055
tremendamente. Estou mordido de vontade, mas não vou entrar. Eu quero falar só 2056
sobre algumas questões que foram pontuadas aqui que me parecem que são bastante 2057
pertinentes. Uma, eu acho que a Viviane levantou com bastante, a Viviana não, a 2058
Thaís, que esse entorno aqui ele é marcadamente a instância do controle social. A 2059
representação gráfica a gente pode encontrar representações mais felizes do que essa, 2060
inclusive, essa questão de estar no topo o âmbito federal, acho que podemos encontrar 2061
representações mais felizes que demonstrem a horizontalidade do sistema, a questão 2062
do controle social é fundamental, ela procura ser representada aqui, eu acredito que é 2063
correta a leitura de que ao representarmos apenas a educação e o meio ambiente à 2064
gente limita. Então, talvez, não devamos representar algumas estruturas executivas, 2065
devemos colocar todas elas, mas a intenção era mostrar o protagonismo que hoje está 2066
colocado, a tarefa que hoje está colocada especialmente para a Secretarias de 2067
Educação e de Meio Ambiente e podemos encontrar formas melhores de representar 2068
isso. Há algum tempo atrás me disseram o seguinte; tem três características que são 2069
fundamentais na construção de um sistema, a primeira delas é ter um marco legal. Nós 2070
temos a lei da política nacional de educação ambiental que é um conquista do Governo 2071
passado em 99, uma regulamentação de 2002 e que foi implementada a partir de julho 2072
de 2003, então mostra uma seqüência de cooperação que é marcante no campo da 2073
educação ambiental da gente procurar o número que a sociedade vai ter, 2074
independentemente do Governo que teve, para essa área ser aprovada e levado 2075
adiante. Então a Lei da Política Nacional é o nosso marco legal hoje, ela não prevê o 2076
sistema nacional de educação ambiental. Então a gente precisa discutir oportunamente 2077
se devemos mudar a lei ou se devemos ir construindo como a sistema nacional de 2078
educação porque ele é sim um sistema nacional de educação, ele pode não ter esse 2079
nome, mas não podemos dizer que não existe um sistema que tem 40 milhões de 2080
crianças na escola, nós não podemos dizer que não existe um sistema que tem 170 mil 2081
escolas e que é uma grande conquista a da sociedade brasileira. Hoje a ensino básico 2082
é universalizado, ele tem má qualidade? Em muitos casos tem má qualidade. Precisa 2083
ser melhorado? Precisa ser melhorado, mas não vamos jogar fora à criança com a água 2084
suja do banho dizendo que esses sistema não existe, dizendo que ele é ruim. A gente 2085
deve reconhecer as dificuldades, as mazelas, mas não podemos jogar fora essa grande 2086
conquista de toda a sociedade brasileira, que é ter um sistema universal que sai agora 2087
para a pré-escola e vai para o ensino médio em breve para totalidade das crianças e 2088
jovens desse País. Então da mesma forma nós podemos construir esse sistema ainda 2089
sem a referência do marco legal da política nacional de educação ambiental do nome 2090
sistema, mas na prática na nossa cultura nós vamos aprender a trabalhar como 2091
sistema, a ter organicidade, a ter sistematicidade entre todos os componentes para que 2092
a gente saiba a quem reconhecer, quando nós temos um problema de quem é a 2093
responsabilidade? A questão financeira de fato é fundamental; um dos eixos 2094
estruturantes é o eixo do financeiro e o eixo do financeiro, do financiamento do sistema 2095
ele precisa ainda ser muito amadurecido entre nós. A gente sabe que até há pouco 2096
tínhamos só o fundo nacional do meio ambiente e o FNDE na educação financiando 2097
projetos mal e porcamente, mas financiando, com pouco recurso e com muita 2098
dificuldade nós temos procurado criar editais sim de demanda induzida porque a gente 2099
acha que demanda espontânea continua a jogar dinheiro fora porque fica pulverizando, 2100
44
então é dez reais aqui que vai para mão da elite porque quem sabe escrever projetos e 2101
captar recursos são poucos anda no País. Então a demanda induzida vai estar 2102
conectada com a política pública. O que nós desejamos é que a política e o programa 2103
estadual de educação ambiental que pautem os financiamentos dos fundos nos 2104
estados, assim como a política e o programa nacional de educação ambiental paute a 2105
prioridade de financiamento no âmbito federal. Fundo nacional do meio ambiente com 2106
todas as fragilidades e equívocos do fundo ele deflagrou uma política, que no meu 2107
ponto de vista é absolutamente correta, que é de rede de fundo sócio-ambientais no 2108
País. Pela primeira vez a gente faz os fundos sócio-ambientais dialogarem para fazer 2109
uma política sincronizada. Não tem cabimento um fundo federal nacional financiar 2110
projetos de dez, quinze, vinte mil reais, sai mais caro o monitoramento do recurso, a 2111
burocracia para gestão do recurso do que o dinheiro que chega na ponta. Então o que o 2112
fundo nacional fez? Ao criar redes de fundo sócio-ambientais? Criou como primeira 2113
carteira de financiamento a carteira de educação ambiental. Então 22 fundos sócio-2114
ambientais, se não me engano, é esse número que atenderam a primeira chamada 2115
recebem o repasse do Governo Federal, colocam para cada real do Governo Federal 2116
colocado, o Governo do Estado ou do grande Município ou da região do consórcio de 2117
Município coloca outro real para financiamento de projetos de educação ambiental 2118
muitas vezes de oito, dez, quinze mil reais que são recursos que fazem diferença numa 2119
escola, numa pequena comunidade e etc., e que para o âmbito federal financiar é muito 2120
difícil. Agora está em pautas, vocês vão ver aí na proposta a discussão sobre o fundo 2121
nacional de educação ambiental, a despeito de nós termos que trabalhar com os 2122
demais fundos criando carteira de educação ambiental e trazendo a dimensão de 2123
educação ambiental para os demais projetos que não são de educação ambiental para 2124
que a dimensão de educação ambiental esteja em todos os projetos, inclusive, nos de 2125
demanda espontânea porque a gente não deve negligenciar porque há necessidade 2126
sim de ter um percentual dos recursos para o que inova, para o que vem solicitar 2127
recurso e que não estava previsto na política e no programa nacional e estadual de 2128
educação ambiental. Então a despeito dos editais, que eu acho que é fundamental e 2129
não pode haver equívoco em relação a essa leitura há necessidade sim de algum 2130
recurso para demanda espontânea e ele deve estar previsto na nossa ação de 2131
construção de um sistema ou de um subsistema de financiamento da educação 2132
ambiental e aí dentro desse subsistema de financiamento tem que estar um fundo 2133
nacional de educação ambiental. Um fundo nacional que nós estamos debatendo e 2134
estamos chegando à conclusão que ele deve ser público e não estatal, como é o 2135
FUNBIO, é um fundo nacional de educação ambiental que tem a participação do setor 2136
empresarial, da Sociedade Civil Organizada, dos movimentos sociais e do Governo 2137
como o FUNBIO faz que no grau de desgaste da percepção pública sobre os governos, 2138
sobre a gestão dos governos seria um tiro no pé a gente criar um fundo que fosse só 2139
estatal. Ao criarmos um fundo público a gente avança mais naquilo que para nós é 2140
muito caro, que é o fortalecimento da Sociedade Civil Organizada e a gente investe sim 2141
nas redes, a gente investe nas redes quando a gente pega o programa do sistema 2142
brasileiro de formação e educação ambiental, SIBEA e falamos: esse sim é um sistema 2143
público e não estatal, ele está acolhido no MMA, mas ele é público, ele tem o Comitê 2144
Assessor como seu órgão maior de gestão, o eanet que é o canal virtual da educação 2145
ambiental é um canal da rede brasileira de educação ambiental e nós estamos 2146
comprometidos e apoiando. Os fóruns brasileiros de educação ambiental que não se 2147
realizavam desde 1997 foram realizados porque o MEC e o MMA puseram recurso nele 2148
porque ele é um fórum da rede brasileira e tem o apoio do Governo. É essa concepção 2149
45
de fortalecimento de redes ela é distinta daquela concepção que fala: toma dez reais 2150
para aquelas redes que podem elaborar um projeto e fazer o seu financiamento. Se 2151
tivéssemos recurso sobrando isso seria legítimo, mas não tem, o dinheiro é um só, 2152
então tem que se discutir. Quais são as ações da Sociedade Civil Organizada que 2153
podem ser empoderadas? E me parece que os foros para discutir isso são as 2154
conferências nacionais de meio ambiente, é o programa nacional de educação 2155
ambiental e o que o Órgão Gestor tem feito nesse sentido é; o que está sinalizado 2156
desses foros é que nos fortalecemos as redes através desse tipo de processo, 2157
fortalecendo o fórum brasileiro de educação ambiental, fortalecendo o canal da 2158
educação ambiental, eanet, criando ou recriando o Sibea, no sentido dele ter mais 2159
agilidade. Então é essa perspectiva da relação com o público, com a organização 2160
independente, com o controle social que está animando o nosso processo de 2161
construção do sistema. Esse sistema ele trabalha, ele dialoga, é a última coisa que vou 2162
falar, é a questão do instituído e do instituinte. Tem coisa que já está instituída, que já 2163
está na Lei, que já está nas esferas de governo e tem coisa que é instituinte, que faz 2164
dessa dinâmica rica da educação ambiental no País, que inventa novos processos e 2165
nós temos que ter fôlego no sistema para ir abrigando essas novas iniciativas que vão 2166
emergindo em toda sociedade. Então contemplar aqui coletivo, educador e Convida é 2167
temerário porque não é algo que está institucionalizado, mas nós falamos: vamos 2168
contemplar porque a gente acredita que é uma resposta à necessidade de capilarização 2169
de educação ambiental e vamos debater isso e vamos contemplar as redes que é 2170
organização independente que a gente não quer coptar e não devemos coptar, mas 2171
vamos contemplar no sistema porque nós temos que sinalizar que há um compromisso 2172
do Estado com o fortalecimento da organização independente. Quando nós 2173
começamos a debater há dois ou três anos atrás no encontro passado a questão do 2174
SIEAs e redes, as pessoas: mas o que o Governo quer? Quer SIEA ou rede? Na 2175
mesma base territorial ter uma SIEA e ter uma rede? Nós dissemos: são as duas 2176
coisas. Porque SIEA pode ser manipulada, muitas vezes, pelo interesse de um Governo 2177
de plantão, as redes são organizações independente da sociedade e elas vão cobrar se 2178
a SIEA for manipulada. Agora nós temos que fazer sim as SIEAs ganharem força 2179
porque elas são a institucionalidade, elas têm que ser reconhecidas, a questão de ser 2180
deliberativa ou não é uma conquista. Hoje as instâncias; Comitê Assessor na Lei está 2181
previsto. As SIEAs têm um caráter deliberativo no seu próprio âmbito, mas elas são 2182
consultivas. Elas tanto mais se tornarão deliberativas quanto mais legitimidade elas 2183
ganharem e pode ser que cheguemos, inclusive, ao ponto de na Lei está dito que é o 2184
órgão maior, como é o CONAMA hoje. Por último, eu disse que era o último o anterior, 2185
mas esse é o último, A questão da interface com os outros sistemas. Nós estamos 2186
fazendo uma opção deliberada agora de não reivindicar um sistema nacional de 2187
educação ambiental com um caráter semelhante ao CONAMA ou do Conselho Nacional 2188
de Recursos Hídricos senão a gente iria começar a exarar resoluções para educação 2189
ambiental. Pode ser que a gente chegue a isso, que a gente caminhe para isso daqui 2190
há oito, dez, não sei quantos anos, mas hoje a leitura que nós estamos fazendo no 2191
Órgão Gestor é que nós devemos nos obrigar a dialogar com o conselho nacional de 2192
saúde, a dialogar com o Conselho Nacional de Educação para que eles façam as 2193
resoluções. E a legitimidade do nosso sistema é pela qualidade do trabalho que vamos 2194
fazendo, pela qualidade das propostas que a gente leva e nos obriga a dialogar com 2195
esses outros sistemas não competindo com eles, mas tendo neles as instâncias de 2196
definir resoluções e etc. Da mesma forma que a gente dialoga com o parlamento e com 2197
os demais poderes. Então eu acho que é isso. (Palmas!) 2198
46
O SR.NAO IDENTIFICAO - Nós temos ainda Raquel, Diosmar, Leônidas, Betti e Neuza, 2199
conforme a gente havia colocado. Então, por favor, Raquel. 2200
2201
2202
A SRª. RAQUEL - Bom, é claro que o Marcos respondeu uma série de coisas, mas eu 2203
gostaria de completar e trazer outras, uma visão um pouco complementar. Em primeiro 2204
lugar, com relação a esse esquema. Nós discutimos muito na leitura da própria imagem. 2205
Teve gente que pegou esse livro no Comitê Assessor e olhou a capa do livro dessa 2206
publicação e leu esse quebra cabeça e fez uma leitura da imagem. E na verdade uma 2207
leitura da imagem é uma coisa muito complicada e realmente essa aqui não está das 2208
melhores. Eu pensei, inclusive, em fazer ela invertida, fazer ela de cabeça para baixo 2209
em que lá em cima estejam as Convidas nas comunidades e nas escolas pautando o 2210
restante do sistema porque a força e o empoderamento estão nas bases da sociedade, 2211
em cada quarteirão, em cada escola. E com relação à construção civil, aquele exemplo 2212
do Distrito Federal que a companheira trouxe, é bem interessante quando ela falou 2213
assim. A educação ambiental tem que ser ensinada para que as comunidades dos 2214
assentamentos urbanos. É realmente. Imagina só se a gente faz a educação ambiental 2215
com Convidas, a gente constrói Convidas nos assentamentos urbanos, nos condôminos 2216
como uma questão de uma comissão de meio ambiente e qualidade de vida no 2217
condômino, no assentamento, no quarteirão, na escola, na verdade é isso que estamos 2218
fazendo, é educação ambiental fazendo. A educação ambiental se faz no cotidiano e a 2219
Convida é uma comissão como uma comissão interinstitucional de educação ambiental 2220
igualzinho e essa comissão tem uma moldura e uma moldura ambiental e para melhoria 2221
da qualidade de vida de todos. E aí eu entro na dimensão revolucionária que pode ter 2222
uma Convida quando ela é mostrada, ela foi mostrada pela companheira de Roraima 2223
como uma Convida que mudou a diretoria da escola e isso é que a gente chama de 2224
gestão participativa e democrática. E então se a gente inverte esse desenho ou se a 2225
gente faz daquele outro jeito que tínhamos pensado em que as Convidas é que estão 2226
no entorno, numa fórmula redonda ou elas estão no centro tudo depende de como a 2227
gente vai construir essa sociedade educadora ambiental em que as Convidas podem 2228
estar no centro desse círculo emanando para todas as ações de fora. O fato é que essa 2229
configuração que nós estamos construindo juntos e esse é o material para consulta 2230
pública e é diferente, Mônica, da gente estar jogando nas costas de qualquer um, é 2231
exatamente essa ação de fazer educação fazendo, de fazer educação ambiental de 2232
forma participativa em que as próprias, as SIEAs vão trabalhar como consulta pública 2233
mesmo, ninguém está botando nas costas de ninguém, ao contrário, nós estamos 2234
trazendo a dimensão da responsabilidade muito além de direitos ou deveres, mas de 2235
responsabilidades que cada comunidade, que cada escola, que cada entidade, de 2236
acordo e na exata proporção do seu acesso a informação e ao poder, seja ele poder 2237
econômico, político, intelectual, enfim, essa responsabilidade se dá na exata proporção 2238
do acesso daqueles grupos e indivíduos e coletivos ao poder e a informação de modo 2239
que ninguém vai fazer além daquela responsabilidade pela construção da coisa pública 2240
que todos nós devemos fazer. Não é nenhuma imposição, não é nenhum trem que caiu 2241
em cima das costas da SIEA, mas simplesmente nós assumirmos nossas 2242
responsabilidades como educadores e educadoras que podemos e que temos a 2243
obrigação de reconstruir essa sociedade que a partir da crítica profunda ao modelo 2244
civilizatório que está destruindo a própria vida. E essa foi a forma com que nós 2245
encontramos até agora e que está aberta para debate e para consulta pública de nós 2246
trabalharmos com a sociedade na sua totalidade na construção de uma nova sociedade 2247
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que não tenha tanto impacto destruidor sobre o ambiente e sobre a vida. E eu acho que 2248
eu queria falar sobre as Convidas, sobre a força que essas Convidas têm. Eu queria 2249
falar sobre a construção dessa consulta pública e que amanhã nós estamos propondo a 2250
metodologia de como essa consulta pública deve acontecer numa dimensão educadora 2251
e formadora e também aquela questão, eu não consigo deixar de responder essa 2252
celeuma sobre escolas públicas e escolas particulares. Nós nunca deixamos de mandar 2253
o material de debate da conferência para todas as escolas, mas por Lei e é muito 2254
compreensível, e por dever, nós devemos fazer a formação, por exemplo, de 2255
professores com professores e professoras de escolas públicas. Essa é a função do 2256
Estado. Nós nunca excluímos as escolas particulares, especialmente porque nelas 2257
estão também cidadãos e cidadãs desse País e que sejam consumidores ou não, todos 2258
nós somos e todos precisam de educação ambiental, todos e todas, então não sei de 2259
onde pareceu essa celeuma toda, não existe essa proteção. Vai para todas as escolas 2260
que respondem o senso do Inep e todas são obrigadas a fazer isso, vai para esse 2261
endereço. Mais uma coisa com relação a FNDE, no caso, que é o fundo para 2262
desenvolvimento da educação. Até agora 2004 o FNDE não tinha recurso para 2263
educação ambiental, ou mais do que isso, para educação sócio-ambiental. Ele passou 2264
de um milhão em 2004 para três milhões em 2005, três milhões e meio em 2006, fora 2265
aquilo que foi agregado de outras ações. E agora para este ano nós temos três milhões 2266
e meio para uma formação continuada de professores e que nós vamos fazer a 2267
distância semi-presencial. E nós temos agora cinco milhões de reais para projetos não 2268
de demanda espontânea, isso não tem no FNDE, mas de demanda induzida de acordo 2269
com as nossas políticas de construção de Convidas, de construção de conferências nas 2270
escolas porque existe a confiança nessa forma estruturante e não estruturada, mas 2271
estruturante da educação ambiental no País. Muito obrigada. (Palmas!) 2272
2273
2274
O SR. DIOSMAR - Eu só queria antes pedir um obrigado para o Marcos por trazer o 2275
debate real que me fez voltar para aqui até, que o debate está indo por um caminho 2276
sobre satisfeito e insatisfeito e isso eu acho que uma platéia dessa de gestores 2277
públicos, imagine a juventude se tivesse aqui olhando. Mas uma das discussões, eu 2278
estava olhando um pouco do organograma e a Raquel e o Marcos fez questão de dizer 2279
que esse é um cronograma em construção e aí caiu um pouco do meu argumento 2280
porque é justamente nesse organograma em construção eu fiquei pensando e aí o 2281
colega ali também trouxe a questão de outros movimentos onde eles entravam e eu 2282
tentando entender onde cada um entrava ali e eu me perguntei um pouco: se os 2283
coletivos têm a mesma instância institucional de um conselho da conferência? Foi uma 2284
das coisas que bateu em minha cabeça porque quando a gente pensa em conselhos, 2285
tem conselhos municipais de educação, conselhos municipais de meio ambiente, 2286
conselho estadual e tudo e se ele não entraria na parte interna desse organograma. É 2287
só umas provocações que bateram em minha cabeça assim e as conferências, o poder 2288
da conferência dela, apesar das nossas conferências serem em documentos não 2289
respeitados, mas elas são deliberativas, elas não são respeitadas ao longo dos anos e 2290
vamos para a terceira agora e vamos ver quais foram os nossos avanços, mas qual o 2291
papel da conferência e do coletivo. Eu acho que seria legal se a gente pudesse ter um 2292
pouco desse controle social, o que está o controle social institucional e o controle social 2293
do movimento porque eu entendo coletivo jovem como controle social de movimento e 2294
não controle social institucional como os conselhos e as conferências. É uma coisa. E 2295
uma outra questão, se nós que ocupamos a questão da gestão pública, o conhecimento 2296
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sobre o tratado de educação ambiental para sociedade sustentável e responsabilidade 2297
global. Eu acho que a gente está precisando ler ele e fazer algumas críticas para trazer 2298
essa percepção do que queremos construir desse sistema, como ele vai para as suas 2299
bases porque a minha maior preocupação não é o que está sendo bem feito e com 2300
competência no MEC e no MMA, é o que vai acontecer nos municípios porque eu 2301
sempre falo que precisamos inverter, precisamos pensar melhor nos municípios para 2302
depois pensar o Governo Federal porque é no município que acontece a política, é lá 2303
que estão acontecendo às políticas, é lá que estão as pessoas e depois vai ampliando 2304
o município e todos os conflitos estão lá. Então quando a gente estrutura esse 2305
organograma eu fiquei assim me perguntando como fortalecer o município ali dentro? E 2306
isso eu não sentia e os outros comentários eu acho que não vou polemizar não. 2307
2308
2309
O SR. LEÔNIDAS – Bom, gente, na verdade eu creio que a Raquel falou que houve 2310
uma celeuma e tal porque foi construído, mas eu acho que a cada momento que se 2311
pensa na construção de um novo instrumento para que a gente possa enfrentar muito 2312
do que se tem colocado hoje ele deve ser válido e legitimado porque é mais um 2313
instrumento que a gente constrói e nesse sentido eu acho que o MMA, o Ministério da 2314
Educação, o conjunto do Governo, o conjunto da sociedade é muito feliz em estar 2315
construindo esse debate aqui. Porque a gente vai poder e aí é como está colocado, 2316
aqui a felicidade maior ainda é porque está se construindo isso de forma participativa, 2317
não é algo fechado, não é uma fórmula de bolo e que a gente vai poder estar dando 2318
pitaco como estamos fazendo aqui. Então eu acho que na verdade uma felicidade muito 2319
grande dessa construção. E aí, num contexto, se é deliberativo e eu acho que 2320
realmente somos noz que estamos colocados na nossa cabeça, mas eu acho que esse 2321
é o principal intuito do projeto, é que traga para cá e coloque polêmicas e discussões 2322
nas nossas cabeças para que as divergências possam ser construídas aqui nesse 2323
contexto. E aí realmente a pergunta, por exemplo, do Diosmr é pertinente, elas são a 2324
questão do controle social, da institucionalização, da descentralização da gestão, eu 2325
acho que isso é fundamental. Agora quanto ao outro lado colocado aqui eu, 2326
infelizmente, Marcos não posso me furtar de fazer um comentário porque eu acho que, 2327
assim, sinceramente a colega coloca da agüento maneira; que o espaço é conquistado, 2328
mas para que a gente tenha espaço a gente tem que ter a oportunidade de conquistar o 2329
espaço. Esse é o primeiro momento. E aí quando a gente coloca que a escola privada 2330
constrói as grandes lideranças, pode até ser, posso até concordar, mas então cai por 2331
terra à teoria do espaço conquistado por um espaço induzido porque na verdade se 2332
alguém que constrói um espaço e conquista está na universidade pública e tem gente 2333
que nem se forma na academia e consegue proezas inestimáveis. Então eu acho que 2334
essa é uma coisa que precisamos refletir aqui colocado. Eu acho que não é, se o 2335
Governo é do PT, se o Governo é de partido tal. Eu acho que, por exemplo, um 2336
exemplo que o Marcos colocou aqui do projeto de lei que foi instituído foi no Governo 2337
passado, mas foi dado continuidade no Governo Lula e aí podemos dar continuidade ao 2338
projeto. Então aqui eu acho que a gente realmente empobrece debate quando a gente 2339
faz essa discussão nesse marco. Então eu acho que a gente tem que aqui partir para 2340
as consultas públicas, fortalecer o debate. Aí eu só acho que houve um pequeno 2341
problema aqui, poderia se colocar esse organograma e o outro organograma, que aí a 2342
gente poderia ver como ficariam as coisas. Aí só para contribuir aqui com o que o Alan 2343
falou com relação ao poder da questão da Sociedade Civil Organizada, eu concordo 2344
que a gente precisa sim fortalecer esse debate do controle e tudo mais, no entanto, por 2345
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exemplo, no Comitê Assessor temos uma representação das SIEAs que não deixa de 2346
ser uma representação que tem uma construção e aí depende muito do Estado que a 2347
constrói, lógico, dos interesses que são colocados e aí a gente pode muito bem chegar 2348
há uma representatividade social via SIEA. Lógico que eu acredito sim que temos que 2349
fortalecer esse debate ali dentro, mas eu acho que é um pontapé inicial e eu acho que a 2350
gente pode muito bem, a partir daqui, tirar novas conclusões, à gente pode suprimir, 2351
excluir ou acrescentar esse debate aqui. Obrigada. 2352
2353
2354
A SRª. BETTI - Boa noite. Eu me inscrevi para apenas prestar um esclarecimento 2355
porque a representante ali da Bahia disse que eu sou Diretora Geral do Centro de 2356
Recursos Ambientais que é o órgão ambiental que libera as licenças aqui na Bahia e a 2357
bem da verdade eu queria esclarecer que essa licença que ela se referiu foi liberada no 2358
Governo anterior, não foi liberada nesse Governo, teve uma contestação judicial por 2359
parte de duas promotoras do Ministério Público por conta de uma legislação urbana do 2360
município que foi alterada para abrigar o empreendimento, foi julgado na instância 2361
federal e a instância federal que julgou validou o licenciamento. Portanto, o Governo 2362
atual não tem nada a ver com isso. Obrigada. 2363
2364
2365
A SRª. NEUZA – Bom, eu queria dizer a vocês que eu estou super feliz de estar 2366
ouvindo esse debate. Eu acho que essa é a primeira vez que a gente está 2367
apresentando isso aqui e aí eu vou confessar para vocês. Nós fizemos vários exercícios 2368
de como será que a gente vai apresentar esse sistema e a gente sabia e tem clareza 2369
de, ao apresentar uma proposta e colocá-la em consulta pública, é uma coisa de você 2370
dizer: olha, eu vou dar a cara a tapa porque é isso aí. A gente tem uma proposta para 2371
apresentar e a gente não tem ainda um sistema, gente. Nós não temos o sistema 2372
nacional de educação ambiental. Nós temos uma política nacional. Nós temos um 2373
programa nacional. Nós temos um Órgão Gestor, mas para dar conta dessa crise 2374
ambiental global, para dar conta da dimensão do desafio que nós temos ou a gente se 2375
organiza e faz uma gestão compartilhada ou então minha gente não vai ter nem 2376
discussão porque a crise que nós estamos vivendo vai precisar sim de 2377
responsabilidade. Com dinheiro ou sem dinheiro das redes dos movimentos sociais, 2378
para as organizações, nós vamos ter que nos organizar. Se o poder público vai ter 2379
capacidade de financiar, vai ter capacidade para isso a gente nem sabe, nós estamos 2380
aí para pensar uma política diferente e é por isso que estamos convidando vocês para 2381
pensar juntos porque o Marcos já disse, a Raquel já falou também e é uma frase da 2382
Marina que a gente vem repentino, nós não queremos fazer sozinhos e nem para, a 2383
gente quer fazer com e nós estamos chamando vocês para fazer com a gente, vocês 2384
vão aceitar o desafio ou não, está na mão de vocês, mas nós estamos colocando e nós 2385
estamos dividindo a batata quente e vocês podem desmanchar isso aqui tudinho 2386
porque isso deve estar muito feio mesmo. Vocês podem montar outro. O Marcos dizia: 2387
bota três sistemas e a gente dizia: não, Marcos, pelo amor de Deus! Se com um já 2388
estamos confuso, imagina três. Parece uma meleca? Parece. Parece uma ameba? 2389
Também. É fluído? Nem se fala, mas o que nós estamos querendo discutir com vocês é 2390
o seguinte, nós queremos um sistema que não seja um sistema burocrático, nós 2391
queremos um sistema que não seja um sistema rígido, nós não queremos fazer essa 2392
velha política, nós vamos fazer porque aqui têm pessoas que têm ideais, que têm 2393
esperança e que querem contribuir. Agora SIEA vem com a gente? Vem? SEDUC vem? 2394
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CEMA vem? Movimento Social vem? E aí nós vamos debater e aí vai entrar no sangue 2395
e ai entrar na veia, mas você vem ou não. Essa é a questão que estamos colocando 2396
para vocês. Podemos fazer outra proposta? Gente, pegue o lápis e o papel e desenhe, 2397
quem é Web Design faça, tragam para gente, mandem, nós vamos ficar loucos de 2398
receber tanta coisa. Eu estou é com medo do que vem para sistematizar, mas nós 2399
vamos sistematizar e vamos pedir pelo amor de Deus ao Comitê Assessor para nos 2400
assessorar porque essa é a tarefa e a função do Comitê Assessor. A gente sabe tudo? 2401
Sabe nada, mas a gente sabe muita coisa e a gente está aqui para garantir que o 2402
Estado exerça o seu papel e que garanta o direito que é direito de todos e que é dever 2403
dele e nós não vamos, a gente vai socializar tudo; a gente quer que chegue na escola 2404
pública, na escola privada, na escola mista, mas nós vamos financiar é o público 2405
porque é esse o papel do Estado, é isso que vamos fazer, mas vamos garantir o direito 2406
de todos. E essa sociedade é dividida em classe social e quem é que vai dizer que é o 2407
empresário, é o empresário mesmo, venha da escola particular mesmo porque essa 2408
sociedade é dividida em classes sociais e no capitalismo nós não vamos dar resposta, 2409
por isso é que existem os movimentos organizados. Eu estou até, gostei. Mas é o 2410
seguinte, esse debate nós vamos fazer amanhã, nós vamos experimentar, nós vamos 2411
vivenciar uma oficina de fazer consulta pública e vocês vão dizer para gente: não é bem 2412
assim é assado e vamos melhorar e quando chegar ao Estado de vocês, vocês vão 2413
fazer e aí a gente vai colher isso. Isso é o que está colocado, apresentamos uma 2414
proposta e é para todo mundo falar sobre ela mesmo. (Palmas!). 2415