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Programa de Educação Ambiental

Programa de Educação Ambiental - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGTMO/COPAH/Cyclone... · (PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ProNEA

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Programa de Educação Ambiental

Programa de educação ambiental II-D-1

1. APRESENTAÇÃO

A Educação Ambiental como processo torna-se eficaz na medida em que possibilita o indivíduo perceber-se como sujeito social, capaz de compreender a complexidade da relação sociedade-natureza, bem como de comprometer-se em agir em prol de soluções dos danos ambientais, causados por intervenções no ambiente físico, natural e construído. Desta forma, a Educação Ambiental coloca-se como importante instrumento para a implementação do Complexo Terrestre Cyclone-4 que, de alguma forma, afeta o meio ambiente e, por consequência, a qualidade de vida das comunidades.

“A Educação Ambiental constitui meio indispensável para dar a todos homens e mulheres no mundo a capacidade para viverem suas próprias vidas, para exercerem a escolha pessoal e responsabilidade, para aprenderem por meio da vida, sem fronteiras, sejam elas geográficas, políticas, culturais, religiosas, linguísticas ou de gênero”.(Declaração da Conferência Mundial de Educação Ambiental. Thessalonick, 1997)

Em 1965 durante a Conferência de Educação ocorrida na Grã Bretanha, surge pela primeira vez o termo Educação Ambiental associado à conservação e preservação dos recursos naturais, numa visão de Educação Ambiental relacionada ao aspecto natural, biológico e ecológico, ou seja, numa visão tradicional. Sua instalação é consequência de diferentes ações que ocorrem a nível mundial, nacional, regional e local, experiências estas que fizeram da Educação Ambiental um processo histórico. Ao longo da história surgiram diversas definições sobre o conceito de Educação Ambiental, sempre ligada às concepções e práticas dos diversos profissionais com formação acadêmica nas variadas áreas do conhecimento, limitando a construção de um conceito único que possibilite abranger uma realidade tão diversa.

Nestas ultimas quase 5 décadas, o conceito que prevaleceu é aquele ligado à preocupação ambiental, sendo inclusive através da visão naturalista que a Educação Ambiental se instala no Brasil e a partir da década de 80 passa a ser implementada em nosso país. Em 1994, o ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal determina ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) que elabore o primeiro Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA).

Este primeiro Programa Nacional de Educação Ambiental foi elaborado por integrantes da Divisão de Educação Ambiental (DIED), sendo posteriormente aperfeiçoado por educadores do Ministério da Educação (MEC) e técnicos da UNESCO, a concepção da proposta apresenta como referencial conceitual os princípios estabelecidos pela Conferência de Tbilisi.

Programa de educação ambiental II-D-2

Em relação à educação, o governo federal emitiu o parecer 226/87 de 11 de Março de 1987- MEC, onde indica o caráter interdisciplinar da Educação Ambiental e recomenda sua realização em todos os níveis de ensino. Em 1997, foi realizada a I Conferência Brasileira de Educação Ambiental.

A efetivação legal da Educação Ambiental no Brasil deu-se através da promulgação da Constituição Brasileira de 1988, no inciso VI do seu art. 225, do capítulo VI do Meio Ambiente e determina que “todos tem direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. E assegurando a efetividade desse

direito, incumbe ao poder público: “Promover a Educação Ambiental em todos os

níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente

[...]".

Este Programa de Educação Ambiental apresenta-se como uma contribuição para a ampliação dos debates e práticas de Gestão e Educação Ambiental. É delineado, aqui, um conjunto de recomendações, indicativos metodológicos, indicação de atividades para a sua aplicação, objetivando promover processos de Educação Ambiental de modo regular e sistemático, nas comunidades de entorno do Complexo Terrestre Cyclone-4 e no município de Alcântara. Este documento foi elaborado para dialogar com os sujeitos integrantes do Programa acerca da necessidade de conservação ambiental e diminuição dos impactos ambientais indicados no EIA do empreendimento.

Portanto, será de suma importância estabelecer um processo que permita uma avaliação tanto qualitativa quanto quantitativa da percepção social da implantação do Programa de Educação Ambiental, ao longo do tempo, avaliando os valores, conceitos e a prática da comunidade, possibilitando perceber as mudanças em função das ações de Educação Ambiental. Isto é, devem fazer parte do escopo deste Programa de Educação Ambiental todos os mecanismos que possam instrumentalizar a comunidade para participar no processo de gestão ambiental.

2. REQUISITOS ATENDIDOS

A Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental e cria a Política Nacional de Educação Ambiental, orienta os princípios norteadores do Programa de Educação Ambiental e o desenvolvimento de suas linhas de ação;

Art. 4º - São Princípios da Educação Ambiental:

Programa de educação ambiental II-D-3

I. O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II. A concepção de meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.

III. O pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade.

IV. A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais.

V. A garantia da continuidade e permanência do processo educativo.

VI. A permanente avaliação crítica do processo educativo.

VII. A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais.

VIII. O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

A adoção dos princípios acima deverá orientar as ações e atividades a serem desenvolvidas, em consonância com as diretrizes do Programa Nacional de Educação Ambiental-PRONEA, alem da contribuição de todos os atores sociais que estarão envolvidos na realização do Programa.

“Importante ressaltar que o ProNEA é um programa de âmbito nacional, o que

não significa que sua implementação seja de competência exclusiva do poder público

federal, ao contrário, todos os segmentos sociais e esferas de governo são co-

responsáveis pela sua aplicação, execução, monitoramento e avaliação.” (PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ProNEA -3ª edição, 2005)

Quanto à política de educação ambiental do Estado do Maranhão, o que existe atualmente é um projeto de lei (PL 067/10) para criação da Política Estadual de Educação Ambiental. Portanto, não existe lei estadual sobre o tema.

Programa de educação ambiental II-D-1

3. PREMISSAS

3.1 Impactos identificados no EIA

Considerando o diagnóstico do Meio Socioeconômico, os impactos e a proposta das medidas mitigadoras e compensatórias apresentadas no EIA/RIMA, o Programa de Educação Ambiental ora apresentado vem detalhar as ações e metodologias específicas na construção de canais de articulação entre os interesses do empreendimento e os interesses da população, para a construção de um diálogo crítico e propositivo, na gestão dos recursos ambientais.

Ressaltamos que o Programa de Educação Ambiental faz-se necessário durante as fases de implantação e operação, em resposta ao aumento temporário do fluxo de pessoas, à proliferação de vetores potenciais de doenças, ao risco de acidentes de trabalho e ao incremento ao turismo no município de Alcântara.

A seguir replicam-se as fichas dos impactos previstos para o Meio Socioeconômico no EIA/RIMA para que seja facilitada a leitura sem necessidade de acessar o documento original.

Quadro-II-D-1. Impacto relacionado ao aumento temporário do fluxo de pessoas.

IMPACTO 7: AUMENTO TEMPORÁRIO DO FLUXO DE PESSOAS

Componentes ambientais afetados População e qualidade de vida, economia regional, renda e emprego

Fatores Geradores Aumento de postos de trabalho oferecidos pelo novo empreendimento durante as obras, e consequente aumento da população flutuante. Notadamente, da população masculina em função das obras civis.

Fase do Empreendimento Implantação

Descrição do Impacto

A fase de implantação do empreendimento representará um aumento significativo na oferta de empregos na região, principalmente para homens, que deverão ser instalados em alojamentos previstos no projeto. Ocorrerá um fluxo relativamente grande de pessoas para a cidade de Alcântara/MA, que deverá funcionar como local de recrutamento e de recepção desta população. Este fato implicará na possibilidade de ocorrência de conflitos culturais, pois afetará a tranquilidade já estabelecida no município pela tipologia da população ali residente. O incremento da população poderá resultar, também, num aspecto de procura de imóveis. Como a oferta é restrita há possibilidade de elevação dos preços dos aluguéis. Associado a obras civis há a possibilidade de um incremento de doenças sexualmente transmissíveis, podendo gerar um aumento da procura por serviços de saúde. Isso poderá ser minizado através de controle, utilizando-se dos mecanismos de exames pré-admissionais e a prevenção. A prioridade de contratação de mão-de-obra local/regional implicará numa atração menor de população de fora, tornando esse impacto reduzido.

Classificação

Esse impacto tem natureza negativa, a probabilidade de ocorrência é certa e de médio prazo. Sua abrangência limita-se a Área de Influência Indireta (AII). O empreendimento é o causador e sua duração é temporária. Tem média magnitude, pois no pico da obra serão 900 empregados diretos. Seu grau de resolução é alto, no entanto o grau de relevância é baixo, considerando a eficiência da implantação dos Programas de Educação Ambiental, Educação Patrimonial, execução do Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos, Programa de Aperfeiçoamento, Treinamento e Capacitação de mão-de-obra, Programa de Saúde e Política Pública de Controle de Uso e Ocupação do Solo, que deverão mitigar esse impacto potencial.

Programa de educação ambiental II-D-2

Quadro-II-D-2. Impacto relacionado à proliferação de vetores potenciais de doenças.

IMPACTO 9: PROLIFERAÇÃO DE VETORES POTENCIAIS DE DOENÇAS

Componentes ambientais afetados População e qualidade de vida

Fatores Geradores Problemas decorrentes da utilização inadequada do canteiro de obras

Fase do Empreendimento Implantação

Descrição do Impacto

Na fase de implantação ocorre a montagem do canteiro de obra, com instalação de alojamento, devido ao incremento populacional alocado e demais construções de apoio às obras. No que diz respeito às condições sanitárias destes locais, a geração de resíduos sólidos (materiais orgânicos principalmente) e utilização de sanitários deverá favorecer um aumento na proliferação de vetores potenciais de doenças se estes resíduos e efluentes não forem devidamente dispostos. A proximidade do canteiro de obras com as comunidades da área de influência torna receptora a população atraída pela obra. O aumento de população, advindo disso, deverá gerar aumento da procura por serviços de saúde. A prioridade de contratação de mão-de-obra local/regional implicará numa atração menor de população de fora, diminuindo as instalações do canteiro de obra e tornando esse impacto reduzido. Esse impacto, no entanto, deve ser minimizado ao máximo. Todo o material, orgânico ou não, proveniente das instalações do canteiro de obra, deverá ser coletado e depositado em locais que não sejam susceptíveis a vetores de doenças. A elaboração e execução do Programa de Educação Ambiental, Programa de Saúde e o Programa Ambiental da Construção incluindo um Plano de Saneamento para o Canteiro de Obra é fundamental para que se tenha um canteiro de obra saneado.

Classificação

Esse impacto tem natureza negativa, a probabilidade de ocorrência é incerto e médio prazo. Será disperso, englobando a Área de Influência Indireta (AII). A forma de interferência é causador é considerado temporário. Tem média magnitude e possui médio grau de resolução, com médio grau de relevância.

Quadro-II-D-3. Impacto relacionado ao risco de acidente de trabalho.

IMPACTO 12: RISCO DE ACIDENTE DE TRABALHO

Componentes ambientais afetados População, operários e funcionários

Fatores Geradores Incidência de acidentes com operários, funcionários e transeuntes

Fase do Empreendimento Implantação e Operação

Descrição do Impacto

O risco de acidentes é eminente aos processos construtivos, contudo, estes riscos são minimizados e/ou eliminados através da adoção de medidas preventivas, como utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Este impacto negativo repercute diretamente na qualidade de vida do trabalhador, bem como na produtividade e resultado final do trabalho. A utilização irregular de EPI implica num risco eminente para a saúde do trabalhador do empreendimento, pois além dos acidentes no local de trabalho, o empregado que não utiliza os equipamentos fica exposto à inalação de gases e ou/poeiras, bem como contato com a matéria-prima e/ou objetos perfurantes ou cortantes. Este fato de maneira cumulativa pode afetar negativamente a saúde do trabalhador. Na fase de implantação, uma medida preventiva que deve ser adotada de maneira regular pelo empreendimento refere-se à execução, pela empresa Construtora, junto aos operários, os Programas de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa Preventivo de Riscos Ambientais (PPRA), que trata da segurança e saúde do trabalho, priorizando durante a realização dos trabalhos o uso de EPI. Deve ser contemplado ainda, o Programa de Educação Ambiental. Durante as das obras deve ser realizada, de maneira preventiva, a manutenção periódica das máquinas e equipamentos. Na fase de operação a mão-de-obra é especializada, e há um número reduzido de funcionários (2 a 5) por atividade, os procedimentos de segurança exigidos para uma Base de Lançamento são rígidos, tornando-se fatores mitigadores para este impacto.

Classificação

Esse impacto tem natureza negativa, a probabilidade de ocorrência é incerta e de curto prazo. Sua abrangência limita-se a Área de Influência Indireta (AII), no entanto, sua probabilidade é consideravelmente maior dentro da área de empreendimento. O atributo forma de interferência é causador, sua duração é permanente e sua magnitude é média. A implementação dos programas citados acima são considerados de alta resolução, minimizando, portanto seu grau de relevância (baixo).

Programa de educação ambiental II-D-3

Quadro-II-D-4. Impacto relacionado ao incremento ao turismo.

IMPACTO 23: INCREMENTO AO TURISMO

Componentes ambientais afetados Indústria regional de turismo e economia municipal de Alcântara

Fatores Geradores Aumento da atratividade turística do Centro de Lançamento de Alcântara.

Fase do Empreendimento Operação

Descrição do Impacto

Durante a fase de operação, estão previstos lançamentos de foguetes com cadência de seis lançamentos por ano. Tratando-se de foguetes de grande porte, os eventos de lançamento produzirão imagens e sons impressionantes, mesmo fora do Centro de Lançamento, atraindo turistas para visualização do evento.

A demanda gerada por estes turistas induzirá o Centro de Lançamento a aprimorar seus meios de relacionamento com o público, por intermédio de mecanismos de recepção a visitantes, os quais, por sua vez, deverão realimentar a demanda turística.

Neste contexto, a indústria regional de turismo deverá incrementar sua estrutura para atender a esta nova demanda, enquanto toda a economia do município de Alcântara deverá observar um fluxo de turistas maior, com incremento na circulação financeira e criação de oportunidades para aproveitamento de outros potenciais turísticos do município, como os associados à história, festas regionais, etc. Pode vir a representar um impacto relevante nas condições de trabalho e na geração líquida de empregos, principalmente quando se analisa o número de empregos gerados em relação ao número de habitantes de Alcântara. Com a entrada em funcionamento das novas instalações da Base de Lançamento Cyclone 4 – ACS, sua operação funcionará como fator de atratividade para outros investimentos, melhorando o ciclo dos negócios e consolidando as atividades turísticas da localidade. A participação da comunidade em parceria com a iniciativa privada e os poderes públicos é fundamental para desenvolver um plano de turismo que atenda as suas necessidades gerando emprego e renda, melhorando a infraestrutura de serviços básicos, ao mesmo tempo em que desenvolva a consciência dos envolvidos neste processo pela preservação ambiental e do patrimônio edificado de interesse histórico-arquitetônico no município de Alcântara.

Classificação

Trata-se de um impacto de natureza positiva; de probabilidade certa; de duração permanente; localizado na área de influência (AID e AII); de ocorrência imediata; irreversível, pela vida útil do empreendimento. A magnitude e relevância são consideradas grandes por contribuir de forma significativa para geração de renda, postos de trabalho e na circulação de capital. E também de grande magnitude e relevância por gerar divisas ao Município e Estado.

3.2 Interrelação com outros programas

O Programa de Educação Ambiental relaciona-se transversalmente com os Programas indicados a seguir:

• Plano de Controle Ambiental para Construção – PCA

Apresenta a necessidade de sintonia no treinamento de colaboradores envolvidos nas obras e comunicação com as comunidades envolvidas. A implementação do PCA deverá estar integrada com outros Programas Ambientais previstos no EIA, especialmente, o Programa de Aperfeiçoamento, Treinamento e Capacitação de Mão-de-obra, Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional - PCMSO, Programa de Educação Ambiental e Programa de Gestão Ambiental.

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• Programa de aperfeiçoamento, treinamento e capacitação de mão-de-obra.

Estabelecendo efetivo contato com as autoridades municipais, instituições de ensino, e as comunidades envolvidas no sentido de incorporar as diretrizes do presente programa com as diretrizes para a implementação do Programa de Aperfeiçoamento, Treinamento e Capacitação de Mão-de-obra, considerando que os dois programas estão estritamente associados. Através da capacitação de técnicos e operários que estarão envolvidos nas diversas atividades da obra, orientando-os sobre as questões ambientais e as relações com comunidades locais.

• Programa de Comunicação Social

Considerando que o Programa de Comunicação Social apresenta relação direta com todos os programas propostos. Todas as ações do programa de educação ambiental, bem como seus objetivos, atividades e metas serão divulgadas pelo Programa de Comunicação Social.

• Programa de Gestão Ambiental

Considerando que o objetivo geral do Programa de Gestão Ambiental é gerenciar de forma adequada os Programas Ambientais, objetivando contribuir com a mitigação, atenuação e compensação dos impactos negativos e potencializar os impactos positivos relativos à implantação e operação do Complexo Terrestre Cyclone-4.

• Programa de Educação Patrimonial Cultural

4. OBJETIVOS DO PROGRAMA

4.1 Geral

Desenvolver ações educativas, através de processo participativo no tratamento e análise dos problemas sócio-ambientais locais e à proposição de soluções a esses problemas, de forma a capacitar e habilitar os indivíduos e comunidade para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região afetada, direta e indiretamente, pelo empreendimento, informando a população sobre as características ambientais e sócio-econômicas da região, com ênfase nas informações sobre as iniciativas de conservação da qualidade ambiental relacionadas ao empreendimento.

4.2 Específicos

O presente Programa de Educação Ambiental deverá nortear e contribuir para o adequado desenvolvimento das obras de implantação do Complexo Terrestre Cyclone-4 e para a melhoria dos padrões de qualidade de vida da população a ser beneficiado pelo empreendimento, através da introdução de conhecimentos e práticas que permitam atingir os seguintes objetivos específicos:

Programa de educação ambiental II-D-5

• Sensibilizar e informar os trabalhadores empregados nas etapas de implantação e operação do Complexo Terrestre Cyclone-4 sobre o ambiente natural e cultural e a necessidade da sua preservação, principalmente na execução das suas atividades, contribuindo para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais e sociais decorrentes do empreendimento, através da Inserção da Educação Ambiental nas atividades do empreendimento e também enquanto cidadãos;

• Contribuir para a formação de uma consciência ambiental coletiva, através da realização de ações formativas na área de Educação Ambiental nos anos de efetivação do Programa, para capacitar professores e técnicos da rede pública como agentes multiplicadores de educação ambiental a ser implementado junto à rede escolar - especialmente o pessoal docente - da área de influência direta do empreendimento, possibilitando e facilitando o compromisso das comunidades ali localizadas com a conservação do ambiente natural e cultural;

• Contribuir para capacitar as lideranças dos trabalhadores empregados nas etapas de implantação e operação do Complexo Terrestre Cyclone-4, bem como o pessoal docente das escolas das comunidades da área de influência direta do empreendimento, como agentes multiplicadores dos valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do ambiente;

• Contribuir para a transformação de hábitos e atitudes da população em relação ao meio ambiente, através de sua integração no processo de discussão e instalação de novas possibilidades de desenvolvimento para o município e comunidades, tendo a implantação do Complexo Terrestre Cyclone-4 como fator potencializador a esse processo;

• Disponibilizar para o público da área de influência do empreendimento informações sobre legislação ambiental e sobre aspectos ambientais relevantes do Complexo Terrestre Cyclone-4.

• Incentivar a formação de hábitos e atitudes ambientalmente corretos junto à população escolar;

• Realizar os cursos de Educação Ambiental nos três anos de efetivação do Programa, totalizando 05 cursos ministrados nos primeiros 05 semestres;

• Envolver os órgãos públicos pertinentes da área de abrangência do empreendimento na realização das atividades de Educação Ambiental;

• Compatibilizar e integrar as diversas ações/atividades de projetos que envolvam a Educação Ambiental realizando intercâmbio permanente com os demais programas integrantes do Plano Básico Ambiental; e

• Produzir material educativo fundamentado na análise dos problemas sócio-ambientais locais, para subsidiar as ações do Programa.

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5. PÚBLICO DE INTERESSE

5.1 Público-alvo

• Professores atuantes na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Técnico Profissionalizante das escolas da área de abrangência do empreendimento;

• Alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental Médio e Técnico Profissionalizante;

• Membros da comunidade escolar, tais como técnicos, funcionários, dentre outros;

• Comunidades da AID do empreendimento e comunidades do entorno da Rodovia MA-106 e BR-308;

• Trabalhadores da obra, lideranças comunitárias e população em geral do município de Alcântara.

5.2 Parcerias potenciais

Recomendamos como uma parceria necessária e provável de ser concretizada como forma de garantir a sustentabilidade das ações do Programa de Educação Ambiental, a formalização de convênio/parceria com o Instituto Federal do Maranhão/Campus Alcântara.

Segundo o professor José Barros Filho, Diretor de Desenvolvimento de Ensino do IFMA/Campus Alcântara: “O Instituto Federal do Maranhão/Campus Alcântara formou, em março de 2010, a sua primeira turma do curso técnico em Meio Ambiente. Hoje, os 30 técnicos em meio ambiente realizam atividades que não guardam qualquer relação com a formação profissional adquirida na instituição. Seriam muito bem-vindas iniciativas que abrissem uma possibilidade real de atuação desses profissionais na temática ambiental.”

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6. ASPECTOS METODOLÓGICOS

6.1 Planejamento para a execução

O desenvolvimento do Programa obedecerá a uma metodologia participativa, adotando como premissas teóricas e metodológicas básicas a participação da comunidade local em todas as etapas de implementação do Programa, desde sua concepção à avaliação final, a utilização de variados métodos e técnicas que permitam o envolvimento responsável dos diversos agentes participantes do Programa e ainda, um enfoque interdisciplinar, na medida em que o Programa de Educação Ambiental apresenta interrelação com os demais programas integrantes do Plano Básico Ambiental do Complexo Terrestre Cyclone-4.

As estratégias metodológicas para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental prevêem a realização de estudos para a elaboração das diretrizes e linhas de ação do programa e o levantamento das necessidades, interesses e parcerias institucionais para seu desenvolvimento.

A etapa seguinte, refere-se à elaboração de proposta de trabalho baseada nas diretrizes gerais e linhas de ação definidas para o programa, considerando as contribuições dos estudos realizados e aquelas originadas da participação dos agentes envolvidos. Enfatizando o enfoque interinstitucional e interdisciplinar.

Desenvolvimento de processos de informação e sensibilização para a conservação ambiental através de materiais educativos orientadores para as práticas de Educação Ambiental.

Implementação e execução do Programa de Educação Ambiental, em conformidade com seus objetivos e metas e articulação interinstitucional prevista com os agentes locais e regionais atuantes na área de educação ambiental.

E por fim, o desenvolvimento de sistema de monitoramento e avaliação do desenvolvimento das ações/atividades do Programa

O Programa de Educação Ambiental será desenvolvido a partir de 4 (quatro) linhas de ação:

• Educação Ambiental para os Trabalhadores: Serão realizadas palestras

dialogadas com as lideranças formais e informais dos trabalhadores, direcionadas para o envolvimento da informação e sensibilização dos funcionários do empreendedor e seus colaboradores, desde o início da fase de implantação do empreendimento. Será adotada a estratégia de formar e organizar agentes multiplicadores, priorizando as lideranças e os detentores de posições de coordenação e comando, como elementos-chave deste processo.

• Educação Ambiental nas Escolas: Objetiva desenvolver o processo de inserção da Educação Ambiental no currículo das escolas sob o enfoque interdisciplinar, através da atuação dos professores na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.

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• Educação Ambiental nas Comunidades: Objetiva inserir as preocupações com a conservação do meio ambiente nas práticas organizativas das comunidades, através da capacitação das lideranças comunitárias e da população em geral.

• Produção de material educativo e informativo: Objetiva o desenvolvimento de processos de informação e sensibilização para a conservação ambiental através de materiais educativos orientadores para as práticas de Educação Ambiental, voltados aos trabalhadores da obra, professores e alunos das escolas, lideranças comunitárias, e população em geral.

Importante lembrar que muitos teóricos da área vêm realizando estudos quanto às possibilidades de tradução de todos os princípios em práticas concretas, capazes de integrarem-se ao currículo escolar, bem como as práticas de educação não formal. Uma questão, no entanto, vem permanecendo aberta e sem respostas ao longo de quase 30 anos de postulados teórico-metodológicos da Educação Ambiental: como traduzir as orientações teóricas em atividades práticas conseqüentes e de caráter interdisciplinar? A construção de respostas ainda que sempre provisórias é o grande desafio que se apresenta para os educadores interessados na ampliação do seu fazer pedagógico para a incorporação das preocupações com a continuidade da vida planetária, em sua multiplicidade.

Sendo assim o programa de educação ambiental apresenta-se como uma contribuição para a ampliação dos debates e práticas de Gestão e Educação Ambiental , e foi elaborado para dialogar com os sujeitos integrantes do Programa acerca da necessidade de conservação ambiental e diminuição dos impactos ambientais ocasionados pelo Empreendimento.

6.1.1 Etapas de execução

Quadro-II-D-5. Atividades e etapas previstas para a execução do programa.

FASES ATIVIDADES / ETAPAS

Implantação

1. Realização de estudos para a elaboração das diretrizes e linhas de ação do programa;

2. Levantamento das necessidades e interesses dos diversos agentes participantes;

3. Estabelecimento de parcerias institucionais;

4. Elaboração de proposta de trabalho;

5. Desenvolvimento de materiais educativos.

6. Implementação e execução do Programa de Educação Ambiental, realização de cursos e demais atividades propostas.

Operação

1. Execução do Programa de Educação Ambiental, realização de cursos e demais atividades propostas;

2. Desenvolvimento de sistema de monitoramento e avaliação do programa.

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6.1.2 Atividades programadas e descrição metodológica

O Programa de Educação Ambiental, conforme mencionado no item 3.2, possui estreita relação com os programas de comunicação social, educação patrimonial-cultural, aperfeiçoamento, treinamento e capacitação de mão-de-obra. Em sua implementação, prevê a abordagem de questões referentes à saúde, formação de capacidades em temas específicos como arqueologia, prevenção de acidentes, desenvolvimento comunitário, conservação ambiental, saneamento básico, higiene, etc.

6.1.2.1 Educação ambiental para os trabalhadores

• Realização de palestras;

• Distribuição de materiais informativos e educativos, contendo informações, orientações e demais esclarecimentos sobre a importância sócio-cultural das comunidades quilombolas;

• Elaboração de material didático trilingue (português-inglês-ucraniano), voltado aos funcionários do Complexo, contendo informações sobre a dinâmica territorial e cultural das comunidades quilombolas;

• Divulgar programas ambientais de envolvimento comunitário e desenvolvimento sustentável, comunicação e negociação com comunidades quilombolas, arqueologia preventiva, comunicação ambiental, monitoramento dos aspectos socioeconômicos, compensação ambiental, monitoramento da fauna, da qualidade do ar, de ruídos e gestão ambiental;

• Confeccionar um mural permanente no local sede dos cursos sobre o tema com informações didáticas e atualizadas;

• Realizar oficinas de vivência das experiências dos mesmos e ouvir sugestões para que possa se estabelecer um consenso sobre atitudes ambientais sustentáveis;

• Visitar os locais para conhecimento da realidade local;

• Realização de oficinas específicas, sobre os seguintes temas

� Importância Sócio-Cultural das Comunidades Quilombolas e as implicações para o meio ambiente;

Programa de educação ambiental II-D-10

� Coleta seletiva;

� Reciclagem (teoria e pratica);

� Uso racional da água;

� Importância do uso dos banheiros químicos/processo cultural, etc.

6.1.2.2 Educação ambiental nas escolas

• Diagnóstico das práticas curriculares desenvolvidas nas escolas municipais, e identificação de pontos de entrada para a dimensão ambiental;

• Realização de cursos de Educação Ambiental para os professores no município de Alcântara, com representantes de todas as escolas locais e professores das comunidades da AID para a formação de agentes multiplicadores de Educação Ambiental nas escolas, complementando as ações previstas no Programa de Educação Patrimonial-Cultural;

• Elaboração de Projetos Interdisciplinares para serem desenvolvidos nas escolas de acordo com as especificidades regionais;

• Criação de biblioteca e brinquedoteca com temática ambiental no município de Alcântara, “Casarão Cavalo de Troia” – sede futura da ACS, com acervo itinerante para o atendimento das comunidades envolvidas. Durante a reforma do Casarão, a ACS disponibilizará um imóvel, a ser alugado ao lado deste, com infraestrutura viável para a criação da biblioteca e brinquedoteca.

Figura 01: Localização da casa em processo de negociação

Programa de educação ambiental II-D-11

• Elaboração de material didático regionalizado produzido a partir da realidade local para fins de inserção das questões ambientais no currículo escolar de forma lúdica e significativa; e

• Implantação de jardins e hortas escolares com olerícolas e canteiros de plantas medicinais e condimentares

• Divulgar programas ambientais de envolvimento comunitário e desenvolvimento sustentável, comunicação e negociação com comunidades quilombolas, arqueologia preventiva, comunicação ambiental, monitoramento dos aspectos socioeconômicos, compensação ambiental, monitoramento da fauna, da qualidade do ar, de ruídos e gestão ambiental.

• Realização de oficinas especificas, sobre os seguintes temas iniciais

� Coleta seletiva;

� Reciclagem (teoria e pratica);

� Uso racional da água;

� Compostagem;

� Visitas monitoradas (áreas de compostagem, aterro sanitário, Estação de Tratamento de Efluentes, armazenamento de resíduos, etc).

6.1.2.3 Educação ambiental nas comunidades

• Diagnóstico dos principais problemas sócio-ambientais da comunidade, considerando os identificados no EIA, e das expectativas quanto à efetivação de ações de Educação Ambiental para a minimização desses problemas.

• Curso de Educação Ambiental e organização comunitária objetivando a formação de Agentes Comunitários multiplicadores de práticas de Educação Ambiental.

Programa de educação ambiental II-D-12

• Desenvolvimento de Projetos Setoriais de Educação Ambiental de acordo com as necessidades das comunidades.

• Realização de campanhas educativas e informativas para as comunidades. Os projetos poderão ser desenvolvidos de acordo com as temáticas a seguir e outras de interesse comunitário: Educação Ambiental e Saúde; Educação Ambiental e Diminuição da Geração de resíduos sólidos; Educação Ambiental e Associativismo para geração de renda e Educação Ambiental e Práticas Sustentáveis.

• Divulgar programas ambientais de envolvimento comunitário e desenvolvimento sustentável, comunicação e negociação com comunidades quilombolas, arqueologia preventiva, comunicação ambiental, monitoramento dos aspectos socioeconômicos, compensação ambiental, monitoramento da fauna, da qualidade do ar, de ruídos e gestão ambiental.

• Realização de oficinas especificas, sobre os seguintes temas iniciais

� Coleta seletiva;

� Reciclagem (teoria e pratica);

� Uso racional da água;

� Compostagem;

� Manejo sustentável das culturas tradicionais;

� Conservação dos recursos naturais (rio e mar).

6.1.2.4 Produção de material educativo e informativo:

• Elaboração de materiais educativos e informativos, para subsidiar as ações do Programa de Educação Ambiental, de acordo com a seguinte organização: Educação Ambiental na obra, como instrumento para evitar danos ambientais; Educação Ambiental nas Escolas, sob o enfoque interdisciplinar; Educação Ambiental nas Comunidades. A elaboração do material educativo/informativo deverá considerar as orientações do Programa Nacional de Educação Ambiental - PRONEA.

Programa de educação ambiental II-D-13

• Os materiais produzidos poderão ser: Cartilhas educativas, com informações didáticas acerca dos problemas sócio ambientais, globais e locais, sob a ótica da interdisciplinaridade; jogos educativos com temáticas ambientais; vídeos educativos, sobre a necessidade de conservação de recursos da sociobiodiversidade regional e local; folhetos informativos/educativos sobre gestão de resíduos sólidos.

6.2 Metas e indicadores

6.2.1 Educação Ambiental para os Trabalhadores

• Realizar oficinas específicas mensalmente para a fase de implantação e trimestral para a fase de operação;

• Realização de diagnóstico da eficiência da implantação do programa a cada 6 meses, durante o desenvolvimento do mesmo;

• Comemorar o dia internacional do meio ambiente (05/06) com seminário, jogos, brincadeiras, fazendo replantio de áreas, etc

• Confeccionar um mural permanente no local sede dos cursos sobre o tema com informações didáticas e atualizadas;

• Realizar oficinas de vivência das experiências dos mesmos e ouvir sugestões para que possa se estabelecer um consenso sobre atitudes ambientais sustentáveis, a cada dois meses;

6.2.2 Educação Ambiental para as Escolas

• Capacitação inicial de 25 profissionais entre professores e técnicos da rede pública e particular, dentro da área de influência do empreendimento, incluindo as comunidades lindeiras da MA-106 e BR-308. Esses profissionais serão agentes multiplicadores de educação ambiental, para o apoio a inserção da Educação Ambiental nos programas curriculares das unidades educacionais do município, bem como nas práticas políticas das associações comunitárias, sindicatos e órgãos do poder público municipal;

Programa de educação ambiental II-D-14

• A seleção dos profissionais será efetuada após primeira triagem feita pelos agentes indicadores (escola, associações, órgãos dos poderes públicos), cujos currículos serão reavaliados e selecionados pela ACS.

• Realização de diagnóstico da eficiência da implantação do programa em cada ano de desenvolvimento do mesmo;

• Elaboração e execução de projetos interdisciplinares, semestralmente, nos anos de funcionamento do Programa. A integração dos projetos ambientais interdisciplinares será sugerida pela ACS a rede escolar, de forma a integrar as seguintes matérias: português, geografia, história, ciências, biologia e/ou outras matérias afins designadas pela Secretaria de Educação de Alcântara.

• Criação de bibliotecas e brinquedotecas;

• Realização das oficinas específicas com os professores, a cada 2 meses, para elaboração de materiais didáticos;

• Realização de 01 feira de Educação Ambiental em cada ano de desenvolvimento do Programa.

• Comemorar o dia internacional do meio ambiente, o dia da arvore, o dia da água, etc.

6.2.3 Metas – Educação Ambiental nas Comunidades

• Criação de 01 Fórum Anual de Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável no Município e distritos do Programa (comunidades de Brito, Mamuna, Baracatatiua,e as lindeiras da MA-106 e BR-308) ao longo do Programa;

• Realização de 01 diagnóstico da eficiência da implantação do programa em cada ano de desenvolvimento do mesmo;

• Realização de cursos de Educação Ambiental, com as oficinas especificas;

Programa de educação ambiental II-D-15

• Os cursos voltados para as comunidades serão realizados nas sedes das mesmas;

• Produção de material educativo/informativo (cartazes);

6.2.4 Meta – Material Educativo-Informativo

• Elaboração de cartilhas de EA, com enfoques direcionados à empresa, às escolas, às comunidades e aos trabalhadores;

• Elaboração de vídeos educativos;

• Elaboração de 01 folder sobre o Programa de Educação Ambiental e suas linhas de ações;

• Elaboração de folders com temas relativos ao meio ambiente;

• Elaboração de 01 informativo sobre a MA-106 e BR-308 voltado a população em geral;

• Elaboração de cartazes com temas relativos as Comunidades Quilombolas e o meio ambiente;

• Produção de 01 cartilha e 01 folder com informações destinados aos moradores das Comunidades da área de influencia do empreendimento.

• Elaboração de 01 caderno de divulgação dos resultados do Programa de Educação Ambiental

6.2.5 Metas Gerais

A periodicidade dos programas acima indicados será avaliada a cada seis meses com Relatórios de Acompanhamento.

Todas as ações do programa ambiental aqui proposto, bem como seus objetivos, atividades e metas farão parte integrante do Programa de Comunicação Social.

Após a execução dos layouts dos materiais pedagógicos, os mesmos serão submetidos a Fundação Palmares para avaliação, contribuição e anuência, somente após esta etapa serão aplicados.

Programa de educação ambiental II-D-16

Os Programas Ambientais apresentados deverão respeitar as condições específicas, culturais de cada população atingida, assim a revisão será efetuada respectivamente para cada grupo especifico:

• Escolas (alunos, professores e funcionários)

• Trabalhadores

• Lideranças comunitárias;

• Comunidades de Brito/Baracatatiua/Mamuna

• Comunidades Lindeiras a MA-106 e BR-308

• População Geral do Município

• Com o objetivo de atingir todas as escolas de ensino Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio do entorno do empreendimento.

• Atingir mais de 50% da população das comunidades do entorno do empreendimento.

• Atingir 100% dos trabalhadores da obra de implantação empreendimento.

• As atividades propostas deverão ser controladas e avaliadas através de:

−−−− Fichas para o controle da presença dos participantes de cada atividade;

−−−− Aplicação de exercícios, a cada grupo de atividades, para controle da apreensão do conteúdo pelos participantes e questionários e/ou formulários aplicados para avaliação do grau de satisfação desses participantes pelo tipo de atividade;

−−−− Análise dos exercícios, questionários e/ou formulários aplicados, para avaliar se o objetivo de cada atividade proposta foi atingido, identificar possíveis desvios de objetivos ou falhas, e aperfeiçoar as atividades cujos resultados não se apresentaram satisfatórios.

Programa de educação ambiental II-D-17

6.3 Matriz de planejamento

Quadro-II-D-6. Matriz de planejamento do Programa.

FASE ETAPAS ATIVIDADES METAS INDICADORES

Impl

anta

ção

1.Realização de estudos para a elaborar diretrizes e linhas de ação do programa; realização de diagnostico das práticas curriculares nas escolas

Selecionar e capacitar pessoal para realizar os diagnósticos; Elaborar instrumentos para realização dos diagnósticos

Realização de 01 diagnóstico para cada ano de aplicação do programa; subsidiar a elaboração de proposta de trabalho

Nº de pessoas entrevistadas; Nº de questionários e/ou formulários aplicados; relatórios produzidos; registro fotográfico 2.Levantamento das

necessidades e interesses dos diversos agentes participantes

Observação in loco, aplicação de questionários e/ou formulários, entrevistas etc.

3.Estabelecimento de parcerias institucionais

Identificação e contatos com instituições parceiras potencias; apresentação de propostas de parcerias

Formalização de parcerias com instituições de ensino, poder publico e associações comunitárias.

Nº de parcerias formalizadas em cada ano de atividades do programa

4.Elaboração de proposta de trabalho

Elaboração do Plano de Trabalho detalhado do Programa de Educação Ambiental

Planejar atividades com (a) trabalhadores da obra; (b) comunidades do entorno; (c) escolas locais

Aprovação do plano de trabalho pelos órgãos competentes e pelos agentes envolvidos

5.Desenvolvimento de materiais educativos.

Definir cronograma das oficinas; elaborar programação; agendar espaço para realização; identificar participantes; contratar instrutores

Realização de 06 oficinas educativas com professores e alunos da rede de ensino para apresentação dos materiais didáticos

Nº de oficinas realizadas; Nº de participantes nas oficinas; Nº de materiais Didáticos produzidos; fichas aplicadas no processo de avaliação; registro fotográfico

6.Implementação e execução do Programa de Educação Ambiental,realização de cursos e demais atividades propostas

Definir cronograma dos cursos; elaborar programação; agendar espaço para realização; identificar participantes; contratar instrutores

Realização de 06 palestras para trabalhadores da obra; realização de 03 cursos de Educação Ambiental; implantação de hortas e jardins escolares; implantação de biblioteca e brinquedoteca com temática ambiental no casarão “Cavalo de Tróia”.

Planos dos cursos; frequência dos participantes; fichas de avaliação; relatórios dos cursos; registro fotográfico

Programa de educação ambiental II-D-18

Ope

raçã

o

1. Execução do Programa de Educação Ambiental, realização de cursos e demais atividades propostas

Definir cronograma dos cursos; elaborar programação; agendar espaço para realização; identificar participantes; contratar instrutores

Realização de 06 palestras para os trabalhadores da obra; realização de 03 cursos de Educação Ambiental nos últimos 18 meses de efetivação do Programa; implantação de hortas e jardins escolares; exposição itinerante dos acervos da biblioteca e brinquedoteca nas comunidades do entorno

Planos dos cursos; frequência dos participantes; fichas de avaliação; relatórios dos cursos; registro fotográfico

2.Desenvolvimento de sistema de monitoramento e avaliação do programa.

Elaboração e aplicação de exercícios, a cada grupo de atividades, para controle da apreensão do conteúdo;aplicação de questionários e/ou formulários para avaliação do grau de satisfação dos participantes

Realização de 01 relatório anual de avaliação do programa;realização de 01 relatório final de avaliação; realização de 01 publicação ao final da execução do programa, contendo os resumos dos relatórios parciais e final

Nº de pessoas entrevistadas; Nº de exercícios aplicados; Nº de questionários e/ou formulários aplicados; relatórios produzidos; registro fotográfico

FASE ETAPAS ATIVIDADES METAS INDICADORES

Programa de educação ambiental II-D-19

7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Quadro-II-D-7. Cronograma de execução do Programa.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

ATIVIDADES SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUTNOV DEZ JAN FEV

Realização de estudos para a

elaborar diretrizes e linhas

de ação do programa;

realização de diagnostico das

práticas curriculares nas

escolas

Levantamento das

necessidades e interesses

dos diversos agentes

participantes

Estabelecimento de parcerias

institucionais

Elaboração de proposta de

trabalho

Desenvolvimento de

materiais educativos.

Execução do Programa de

Educação Ambiental,

realização de cursos e

demais atividades propostas

para os trabalhadores

Execução do Programa de

Educação Ambiental,

realização de cursos e

demais atividades propostas

para as escolas

Execução do Programa de

Educação Ambiental,

realização de cursos e

demais atividades propostas

para as comunidades

Desenvolvimento de sistema

de monitoramento e

avaliação do programa.

FASES DO PROJETO

MOBILIZAÇÃOMONTAGEM DE

CANTEIRO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO

`

Programa de educação ambiental II-D-20

8. ORÇAMENTO1

A estimativa de custo para a implementação do Programa de Educação Ambiental, no período previsto no cronograma, apresentado no item 7, é de R$ 850.000,00 (Oitocentos e cinqüenta mil reais).

9. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

9.1 Elaboração

NOME FORMAÇÃO/REGISTRO TITULARIDADE/ÁREA

Lígia Maria Martins do Monte Arquiteta/Urbanista Planejamento Urbano

Valéria Valadão Arquiteta/Urbanista Mestre em História

9.2 Execução

Recursos humanos sugeridos para a execução do programa:

• 01 Coordenador geral do Programa de Educação Ambiental;

• 02 Chefes de equipe;

• 06 Professores para Cursos de EA nas Escolas; oficinas de elaboração de material didático; oficinas sobre questão da produção de lixo nas escolas;

• 04 Professores para Curso de EA e Organização Social nas comunidades; oficinas sobre questão da produção de lixo nas comunidades;

• 04 Técnicos em Meio Ambiente para diagnóstico nas comunidades

• 04 Educadores ambientais para Diagnóstico nas Escolas;

1 Os custos apresentados na nesta Tabela incluem a seleção e contratação de toda a mão de obra especializada necessária a execução de todas as atividades propostas para a execução do programa. São de responsabilidade da Contratante as despesas de viagem (hospedagem, alimentação, passagem de avião e demais deslocamentos) somente para os Coordenadores Pedagógico e Executivo.

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Programa de educação ambiental II-D-21

• 02 Técnicos para sistematização dos diagnósticos das escolas, das comunidades e dos relatórios dos programas;

• 01 Design Gráfico para a criação e arte dos materiais educativos, cartilhas e folders;

• 01 Profissional de criação e editoração de vídeos educativos.

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Programa de educação ambiental II-D-22

10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ACS. 2009. EIA do Complexo Terrestre Cyclone-4.

CORAGGIO, J.L. 1999. Desenvolvimento Humano e Educação. São Paulo, Cortez.

DIAS, Genebaldo. 1993. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. São Paulo: Editora Gaia.

FREIRE, Paulo. 1980. Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Editora Moraes.

GONÇALVES, C. V. P. 1989. Os (des) caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto.

MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. 1997. Educação ambiental. Brasília: Coordenação de Educação Ambiental. Acordo Brasil/UNESCO.

MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. 2000. Panorama da educação Ambiental

no Brasil. Brasília: COEA MEC.

MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. 1997. Programa Nacional de Educação

Ambiental. Brasília: Coordenação de Educação Ambiental. Acordo Brasil/UNESCO.

MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. 1988. Referencias para a formação de

professores. Brasília: MEC.

REIGOTA, M. 1986. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez.

SUIRSKY & CAPOBIANCO. 1997. Ambientalismo no Brasil: passado, presente e

futuro. São Paulo: Instituto Sócio Ambiental: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

TASSARA, E. 1997. Educação Ambiental, referências históricas, teóricas e

formação de redes. In: Cadernos do IV Fórum de educação Ambiental. Rio de Janeiro: INESC.

UNESCO. 1999. Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Brasília: Edições IBAMA.