ProNEA - Programa Naciona de Educação Ambiental (2005)

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    64PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

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    Saiu o semeador a

    semear.

    Semeou o dia todoe a noite o apanhou

    ainda

    com as mos cheias de

    sementes.

    Ele semeava tranqilo

    sem pensar na colheita

    porque muito tinha colhido

    do que outros semearam.

    Cora Coralina

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Repbca Federava d BrasPresidente: Luiz Incio Lula da Silva

    Vice-Presidente: Jos Alencar Gomes da Silva

    Mnsr d Me AmbeneMinistra: Marina SilvaSecretrio Executivo: Cludio Langone

    Drera de Edca Ambena DEADiretor: Marcos Sorrentino

    Mnsr da EdcaMinistro: Tarso GenroSecretrio Executivo: Fernando Haddad

    Crdena Gera de Edca Ambena CGEACoordenadora: Rachel Trajber

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    3 edio

    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL

    ProNEA

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    Ministrioda Educao

    EquipE tcnica

    Andra M. de C. S. F. CuradoAnelize Schuler

    Joo Paulo Sotero de Vasconcelos

    Eneida M. LipaiPatrcia Ramos MendonaSimone Portugal

    Soraia MelloAna Lucia do Carmo Luiz

    Daisy CordeiroDeise Keller

    Eduardo T. MartinsIsis de PalmaMarlova IntiniMoiss Ataides

    Neusa Helena Rocha BarbosaPaula Fernanda RochaNayara VasconcelosPriscila Nomiyama

    EquipEadMinistrativa

    Luena MelloRosana Freire

    MinistriodoMEioaMbiEntE

    EquipE tcnica

    Ana Luiza Castelo Branco FigueiredoAna Paula Soares XavierAngela Ferreira Schmidt

    Antnio Fcio de Mendona NetoArthur Armando da Costa FerreiraBruno Alto Duar

    Daniela Kolly FerrazFbio Deboni da Silva

    Francisco de Assis Morais da CostaGustavo Nogueira Lemos

    Heitor Queiroz de MedeirosHelena Machado Cabral Coimbra Arajo

    Iara CarneiroIrineu Tamaio

    Jacqueline GomesJos Vicente de FreitasLlian Fernandes

    Maura Machado SilvaMariana Stefanelli Mascarenhas

    Maurcio Marcon Rebelo da SilvaNina Paula Ferreira Laranjeira

    Philippe Pomier LayrarguesRenata Rozendo Maranho

    Semramis Albuquerque BiasoliThais Ferraresi Pereira

    Veronika Schuler Dolenc

    CID-AmbientalAnderson Guimares Pereira

    Antnia da Silva Samir RibeiroCcera da Silva

    Glucia Cabral CarneiroIldon Pires de Macedo

    Otvio PazRenata Frenchiani Dalla Bernardina

    Snia Luzia Fragoso

    Equipe Administrativa

    Aline Jesus VasconcelosHermes Renato de Farias Viana Jnior

    Marcelo NunesMaria de Lurdes Silve

    Maria Fernanda Arrais de SouzaMaria Ins Cestaro Jorge

    Mariana da Silva DouradoMiria Lcia de Holanda

    Ricardo Veronezi FerroColaborador: Luiz Antonio Ferraro Junior

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    Programa Nacional deEducao Ambiental - ProNEA

    3 edio

    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTRIO DA EDUCAO

    Braslia - 2005

    Diretoria de Educao Ambiental Coordenao Geral de Educao Ambiental

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    Edes MMA

    Mnsr d Me Ambene - MMACentro de Informao, Documentao Ambiental e EditoraoEsplanada dos Ministrios - Bloco B - trreo70068-900 Braslia-DFTel.: 55 61 4009-1235

    Fax: 55 61 4009-5222e-mail: [email protected]

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    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTRIO DA EDUCAO

    Diretoria de Educao Ambiental Coordenao Geral de Educao Ambiental

    Paulo Freire

    fundamental

    que eu saiba no

    haver existnciahumana sem risco

    de maior ou menor risco.

    Enquanto objetividade

    o risco implica

    a subjetividadede quem o corre.

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    PRoGRAMA NACioNAl DE EDuCAo AMBiENtAl

    DiretoriaDe eDucao ambiental/mmaEspanada ds Mnsrs

    Bc B 7 andar70068-900 Brasa DF

    te. (61) 4009-1207Fax.: (61) [email protected]

    www.mma.gv.br/edcambena

    coorDenaoGeralDe eDucaoambiental/mecSGAS, l2 S Qadra 607 le 50

    2 andar saa 21270200-670 Brasa DF

    te. (61) 2104-6142Fax. (61) [email protected]

    www.mec.gv.br

    A P O I O

    capa: arthurFErrEiraE ricardo vEronEzi FErro

    Editorao/diagraMao: arthurFErrEiraE ricardo vEronEzi FErro

    Fotos: bancodE iMagEnsda dirEtoriadE Educao aMbiEntal

    Elaboraodo sistEMada consulta pblica: luiz carlos silvadE olivEira

    sistEMatizaoda consulta pblica: Flvia piErangEli

    ISBN

    Programa nacional de educao ambiental - ProNEA / Ministrio do Meio Ambiente, Diretoria de Educao Ambiental; Ministrio daEducao. Coordenao Geral de Educao Ambiental. - 3. ed - Braslia : Ministrio do Meio Ambiente, 2005.102p.: il. 21 cm

    1. Educao ambiental. 2. Meio ambiente - Educao. I. Brasil. Ministrio do Meio Ambiente. Diretoria de Educao Ambiental.II. Brasil. Ministrio da Educao. Coordenao Geral de Educao Ambiental.

    CDU

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Paulo Freire

    Se a

    educao sozinha

    no transformaa sociedade

    sem ela

    tampouco

    a sociedade

    muda

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    10PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    O sujeito pensanteno pode pensar sozinho;no pode pensar sem a co-participaode outros sujeitosno ato de pensar sobre o objeto.No h um penso,mas um pensamos.

    o pensamos que estabelece o pensoe no o contrrio.Esta co-participao dos sujeitosno ato de pensar se d na comunicao.O objeto, por isso mesmo,

    no a incidncia terminativado pensamento de um sujeito,mas o mediador da comunicao.

    Paulo Freire

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA11

    Glossrio de Siglas ............................................................................................13

    Apresentao .....................................................................................................15

    Justicativa........................................................................................................17

    Antecedentes .....................................................................................................21

    Diretrizes ...........................................................................................................33Princpios...........................................................................................................37

    Misso ............................................................................................................... 39

    Objetivos ...........................................................................................................39

    Pblicos ............................................................................................................. 42

    Linhas de ao...................................................................................................43Estrutura organizacional....................................................................................53

    Anexo 1 Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Res-ponsabilidade Global.........................................................................................57

    Anexo 2 Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999 ...............................................65

    Anexo 3 Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002 ......................................71

    Anexo 4 Deliberaes da Conferncia Nacional do Meio Ambiente ............75

    Anexo 5 Compromisso de Goinia .....................................................................................81

    Anexo 6 Programa Latino-americano e Caribenho de Educao Ambiental .85

    Anexo 7 Atribuies e competncias dos colegiados do ProNEA .......................91

    Anexo 8 Composio dos colegiados do ProNEA .......................................................95

    S U M R I O

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    1PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Paulo Freire

    A grande generosidade

    est em lutar para que,

    cada vez mais,

    essas mos,sejam de homens

    ou de povos,

    se estendam menos,

    em gestos de splica.

    Splica de humildes

    a poderosos.

    E se vo fazendo,

    cada vez mais,

    mos humanas,que trabalhem e

    transformem o mundo.

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    G L O S S R I O D E S I G L A S

    ANPEd Associao Nacional de Ps-graduao e Pesquisa emEducao

    CAPES Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de NvelSuperior

    CEA Centro de Educao AmbientalCGEA Coordenao Geral de Educao Ambiental

    CID-Ambiental Centro de Informao e Documentao AmbientalCIEA Comisso Interinstitucional Estadual de Educao Ambi-

    entalCISEA Comisso Intersetorial de Educao AmbientalCNPq ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientcoeTec-

    nolgicoCNRH Conselho Nacional de Recursos Hdricos

    COEA Coordenao Geral de Educao AmbientalCONAMA Conselho Nacional do Meio AmbienteCTEM Cmara Tcnica de Educao, Capacitao, Mobilizao

    Social e Informao em Recursos HdricosDEA Diretoria de Educao AmbientalFAPESP Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So PauloFNMA Fundo Nacional de Meio Ambiente

    INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas EducacionaisAnsio TeixeiraIBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

    Naturais RenovveisISO International Standart OrganizationMEC Ministrio da EducaoMMA Ministrio do Meio AmbientePCN Parmetros Curriculares NacionaisPIEA Programa Internacional de Educao Ambiental

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    14PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    PNEA Poltica Nacional de Educao AmbientalPNMA Poltica Nacional de Meio AmbientePNUMA Programa das Naes Unidas para o Meio AmbientePPA Plano PlurianualProNEA Programa Nacional de Educao AmbientalRAEA Rede Acreana de Educao AmbientalREASE Rede de Educao Ambiental de SergipeREASul Rede Sulbrasileira de Educao AmbientalREBEA Rede Brasileira de Educao AmbientalREPEA Rede Paulista de Educao AmbientalRUPEA Rede Universitria de Programas de Educao AmbientalSEBRAE Servio Brasileiro de Apoio Micro e Pequenas Empresas

    SEMA Secretaria Especial do Meio AmbienteSESC Servio Social do ComrcioSESI Servio Social da IndstriaSIBEA Sistema Brasileiro de Informao sobre Educao AmbientalSISNAMA Sistema Nacional de Meio AmbienteUNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cul-

    tura

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA15

    ste documento, sintonizado com o Tratado de Educao Ambiental paraSociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, apresenta as diretrizes,

    os princpios e a misso que orientam as aes do Programa Nacional de EducaoAmbiental ProNEA, a delimitao de seus objetivos, suas linhas de ao e suaestrutura organizacional.

    A presente verso resultado de processo de Consulta Pblica, realizadoem setembro e outubro de 2004, que envolveu mais de 800 educadores ambientaisde22unidadesfederativasdopas,congurandoaconstruoparticipativadoPrograma Nacional de Educao Ambiental e que se constitui ao mesmo tempo,num processo de apropriao do ProNEA pela sociedade. A Consulta Pblica doProNEA foi realizada em parceria com as Comisses Interinstitucionais EstaduaisdeEducaoAmbiental(CIEAs)easRedesdeEducaoAmbiental,emOcinasintituladas Construindo juntos o futuro da educao ambiental brasileira, e se

    tornou uma oportunidade de mobilizao social entre os educadores ambientaispossibilitando o debate acerca das realidades locais para subsidiar a elaborao ouimplementao das Polticas e Programas estaduais de educao ambiental.

    Importante ressaltar que o ProNEA um programa de mbito nacional, oquenosignicaquesuaimplementaosejadecompetnciaexclusivadopoder

    pblico federal, ao contrrio, todos os segmentos sociais e esferas de governo soco-responsveis pela sua aplicao, execuo, monitoramento e avaliao.

    Reconhecendo seu estado de permanente construo, em consonncia como delineamento das bases tericas e metodolgicas da educao ambiental noBrasil, a Diretoria de Educao Ambiental do MMA, a Coordenao Geral deEducao Ambiental do MEC e o rgo Gestor entendem ser necessrio preveruma estratgia de planejamento incremental e articulada, que permita revisitar comfreqncia os seus objetivos e estratgias, para seu constante aprimoramento, pormeio dos aprendizados sistematizados e dos redirecionamentos democraticamente

    pactuados entre todos os parceiros envolvidos. Mas sem renunciar formulao e

    A P R E S E N T A O

    E

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    16PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    enunciao de seus objetivos e sem abandonar as diretrizes e os princpios que balizam asaes em educao ambiental no governo federal.

    Nesse sentido, a expectativa estabelecer uma periodicidade para revises futuras doProNEA objetivando seu aperfeioamento constante - em espaos que possibilitem o de-

    bate democrtico e a construo participativa, a exemplo do Frum Brasileiro de EducaoAmbiental.

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    s ltimos 40 anos foram prdigos em encontros, conferncias, seminrios,tratados e convenes voltados temtica ambiental e, no entanto, nunca

    se comprometeu tanto a capacidade de manuteno da vida, o que indica a ne-cessidade de aes educacionais que contribuam para a construo de sociedadessustentveis.

    No Brasil, a ameaa biodiversidade est presente em todos os biomas,

    em decorrncia, principalmente, do desenvolvimento desordenado de atividadesprodutivas. A degradao do solo, a poluio atmosfrica e a contaminao dosrecursos hdricos so alguns dos efeitos nocivos observados. Na maioria dos centrosurbanos, os resduos slidos ainda so depositados em lixes, a cu aberto.

    Associa-se a isso um quadro de excluso social e elevado nvel de pobrezada populao. Muitas pessoas vivem em reas de risco, como encostas, margens

    derioseperiferiasindustriais.precisotambmconsiderarqueumasignicativaparcela dos brasileiros tem uma percepo naturalizada do meio ambiente, ex-cluindo homens, mulheres, cidades e favelas desse conceito.

    ReverteressequadroconguraumgrandedesaoparaconstruodeumBrasil sustentvel, entendido como um pas socialmente justo e ambientalmen-te seguro. Nota-se ainda um distanciamento entre a letra das leis e sua efetivaaplicao,sobretudonoquese referesdiculdadesencontradasporpolticas

    institucionais e movimentos sociais voltados consolidao da cidadania entresegmentos sociais excludos.

    As estratgias de enfrentamento da problemtica ambiental, para surtirem oefeito desejvel na construo de sociedades sustentveis, envolvem uma articu-lao coordenada entre todos os tipos de interveno ambiental direta, incluindoneste contexto as aes em educao ambiental. Dessa forma, assim como asmedidaspolticas,jurdicas,tcnico-cientcas,institucionaiseeconmicasvol-

    J U S T I f I C A T I v A

    O

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    1PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    1 Embora reconheamos o carter multidimensional da questo ambiental, entendemos ser necessrio enfatizar a articulao

    entre a dimenso social e a dimenso ambiental, motivo pelo qual apresentamos neste documento a formulao socioambiental

    em vez de simplesmente ambiental.

    tadas proteo, recuperao e melhoria socioambiental1 despontam tambm as atividadesno mbito educativo.

    Comefeito,diantedaconstataodanecessidadedeedicaodospilaresdassociedadessustentveis, os sistemas sociais atualizam-se para incorporar a dimenso ambiental em suas

    respectivasespecicidades,fornecendoosmeiosadequadosparaefetuaratransiosocietriaem direo sustentabilidade. Assim, o sistema jurdico cria um direito ambiental, o sistemacientcodesenvolveumacinciacomplexa,osistematecnolgicocriaumatecnologiaecoeciente,osistemaeconmicopotencializaumaeconomiaecolgica,osistemapol -tico oferece uma poltica verde e o sistema educativo fornece uma educao ambiental.Cabe a cada um dos sistemas sociais o desenvolvimento de funes de acordo com as suasatribuiesespeccas,respondendosmltiplasdimensesdasustentabilidade,buscando

    superar os obstculos da excluso social e da m distribuio da riqueza produzida no pas. preciso ainda garantir o efetivo controle e a participao social na formulao e execuode polticas pblicas, de forma que a dimenso ambiental seja sempre considerada.

    E nesse contexto, em que os sistemas sociais atuam na promoo da mudana ambiental,a educao assume posio de destaque para construir os fundamentos da sociedade susten-tvel, apresentando uma dupla funo a essa transio societria: propiciar os processos demudanas culturais em direo instaurao de uma tica ecolgica e de mudanas sociais

    em direo ao empoderamento dos indivduos, grupos e sociedades que se encontram emcondiesdevulnerabilidadeemfacedosdesaosdacontemporaneidade.

    Com a proposta de mudana cultural na sociedade, entende-se que so necessriasmudanas nos desejos e formas de olhar a realidade, nas utopias e nas necessidades materiaise simblicas, nos padres de produo e consumo, lazer e religiosidade. Assim, o ProNEAalmeja contribuir para o enraizamento de uma cultura de respeito e de valorizao da diver-

    sidade e da identidade (de ser humano, de ser brasileiro, de ser do municpio X, da raa Z,do gnero Y, da classe social W etc.), ou seja, de ser diferente e gostar disto, sem deixar delutar para superar aquelas diferenas que incomodam e oprimem, mas valorizando o outroemsuasespecicidadesecomeledialogandonosentidodetrabalharosconitos,visandono a sua supresso, mas ao seu equacionamento democrtico.

    Com a proposta de mudana social entendemos como necessrias a superao da injus-tia social, da apropriao da natureza e da humanidade pelo Capital, da desigualdade social

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    e dos processos em que se privatizam lucros e socializam as mazelas decorrentesentre as parcelas desfavorecidas da populao.

    Para que a atuao do poder pblico no campo da educao ambiental possaocorrer de modo articulado tanto entre as iniciativas existentes no mbito educativo

    como entre as aes voltadas proteo, recuperao e melhoria socioambiental, eassim propiciar um efeito multiplicador com potencial de repercusso na sociedade,faz-se necessria a formulao e a implementao de polticas pblicas de educaoambiental que integrem essa perspectiva. Nesse sentido, a criao do ProNEA seconguracomoumesforodogovernofederalnoestabelecimentodascondiesnecessrias para a gesto da Poltica Nacional de Educao Ambiental, fortalecendoos processos existentes nessa direo na sociedade brasileira.

    Portanto, no sentido de promover a articulao das aes educativas voltadass atividades de proteo, recuperao e melhoria socioambiental, e de potencializara funo da educao para as mudanas culturais e sociais, que se insere a educaoambiental no planejamento estratgico do governo federal do pas.

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    Paulo Freire

    Ningum ignora tudo.

    Ningum sabe tudo.

    Todos ns sabemos alguma coisa.Todos ns ignoramos alguma coisa.

    Por isso aprendemos sempre.

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    lguns autores mencionam que o perodo ps-Segunda Guerra Mundial fezemergir com uma maior nfase os estudos do meio e a importncia de uma

    educao a partir do entorno, chegando-se na dcada de 1960 a mencionar explici-tamente uma educao ambiental. Lembram ainda que os naturalistas, jornalistas,escritores e estadistas muito antes j escreviam sobre a necessidade de proteodos recursos naturais ou mesmo sobre a importncia do contato com a natureza

    para a formao humana. Mas atribui-se Conferncia de Estocolmo, realizada em1972, a responsabilidade por inserir a temtica da educao ambiental na agendainternacional.

    Apesar de a literatura registrar que j se ouvia falar em educao ambientaldesde meados da dcada de 60, o reconhecimento internacional desse fazer edu-cativo como uma estratgia para se construir sociedades sustentveis remonta a

    1975, tambm em Estocolmo, quando se instituiu o Programa Internacional deEducao Ambiental (PIEA), sob os auspcios da Organizao das Naes Unidaspara a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) e do Programa das NaesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em atendimento Recomendao 96da Conferncia de Estocolmo. E sobretudo dois anos depois, em 1977, quando foirealizada a Conferncia Intergovernamental sobre Educao Ambiental, conhecidacomo Conferncia de Tbilisi, momento que se consolidou o PIEA e se estabelece-

    ramasnalidades,osobjetivos,osprincpiosorientadoreseasestratgiasparaapromoo da educao ambiental.

    Deve-se mencionar que a educao ambiental surge no Brasil muito antes dasua institucionalizao no governo federal. Alm de artigos de brasileiros ilustrese de uma primeira legislao conservacionista j no sculo XIX e incio do sculoXX, temos a existncia de um persistente movimento conservacionista e, no inciodos anos 70, ocorre a emergncia de um ambientalismo que se une s lutas pelas

    liberdades democrticas, que se manifesta atravs da ao isolada de professores,

    A N T E C E D E N T E S

    A

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    estudantes e escolas, por meio de pequenas aes de organizaes da sociedade civil ou mes-mo de prefeituras municipais e governos estaduais com atividades educacionais relacionadass aes voltadas recuperao, conservao e melhoria do meio ambiente. Neste perodotambm surgem os primeiros cursos de especializao em educao ambiental.

    O processo de institucionalizao da educao ambiental no governo federal brasileiroteve incio em 1973, com a criao, no Poder Executivo, da Secretaria Especial do MeioAmbiente (SEMA), vinculada ao Ministrio do Interior. A SEMA estabeleceu, como partede suas atribuies, o esclarecimento e a educao do povo brasileiro para o uso adequadodos recursos naturais, tendo em vista a conservao do meio ambiente, e foi responsvel

    pela capacitao de recursos humanos e sensibilizao inicial da sociedade para as questesambientais.

    A extinta SEMA deu ainda incio a projetos de educao ambiental voltados para ainsero da temtica ambiental nos currculos escolares dos antigos 1 e 2 graus, na regio

    Norte. Outras iniciativas foram a realizao de seis cursos de especializao em educaoambiental e de cinco seminrios sobre Universidade e Meio Ambiente, alm da estruturao deuma rede de produo e circulao de materiais educativos, envolvendo diversas publicaese audiovisuais referentes rea ambiental.

    Outro passo na institucionalizao da educao ambiental foi dado com a PolticaNacional de Meio Ambiente (PNMA), que estabeleceu em 1981, no mbito legislativo, anecessidade de incluso da educao ambiental em todos os nveis de ensino, incluindo aeducao da comunidade, objetivando a capacit-la para a participao ativa na defesa do meioambiente, evidenciando a capilaridade que se desejava imprimir a essa prtica pedaggica.Reforando essa tendncia, a Constituio Federal, em 1988, estabeleceu, no inciso VI doartigo 225, a necessidade de promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino

    e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente.Tambm em 1988, inicia-se o processo de institucionalizao de uma prtica de comu-

    nicao e organizao social em rede, com os primeiros passos da Rede Paulista de EducaoAmbiental e da Rede Capixaba de Educao Ambiental. Mais tarde, em 1992, no II FrumBrasileiro de Educao Ambiental, lanada a idia de uma Rede Brasileira de EducaoAmbiental, onde se adotou o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveise Responsabilidade Global como carta de princpios. A partir de ento, em diversas unidades

    federativas do pas foram criadas Redes de Educao Ambiental.

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    A partir de 1990, diversas aes em educao ambiental desenvolvidas pela sociedadecivileporinstituiespblicasreceberamaportesnanceirosdoFundoNacionaldeMeioAmbiente (FNMA),representandoquase20%dosprojetosnanciadosporestergodefomento, criado em 1989 pela Lei n 7.797.

    Em 1991, a Comisso Interministerial para a preparao da Conferncia das NaesUnidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) considerou a educao ambientalcomo um dos instrumentos da poltica ambiental brasileira. Ainda em 1991, foram criadasduas instncias no Poder Executivo, destinadas a lidar exclusivamente com esse aspecto: oGrupo de Trabalho de Educao Ambiental do MEC, que em 1993 se transformou na Coor-denao Geral de Educao Ambiental (COEA/MEC), e a Diviso de Educao Ambientaldo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA),

    cujascompetnciasinstitucionaisforamdenidasnosentidoderepresentarummarcoparaa institucionalizao da poltica de educao ambiental no mbito do Sistema Nacional deMeio Ambiente (SISNAMA).

    No ano seguinte, em 1992, foi criado o Ministrio do Meio Ambiente (MMA), e emjulho desse mesmo ano, o IBAMA instituiu os Ncleos de Educao Ambiental em todas assuas superintendncias estaduais, visando operacionalizar as aes educativas no processode gesto ambiental na esfera estadual.

    Ainda no contexto da institucionalizao da educao ambiental no pas, pode-se citaro estmulo implantao de sistemas de gesto ambiental por setores produtivos, em conso-nncia com leis e normas, como as da srie ISO 14000.

    O Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e ResponsabilidadeGlobal (Anexo 1), estabelecido em 1992 no Frum Global, constituiu-se como outro marcomundial relevante para a educao ambiental, por ter sido elaborado no mbito da sociedade

    civil e por reconhecer a educao ambiental como um processo dinmico em permanenteconstruo, orientado por valores baseados na transformao social.

    A Agenda 21 refora essa perspectiva em diferentes captulos, estabelecendo, porexemplo, a atribuio de poder aos grupos comunitrios por meio do princpio da delega-o de autoridade, assim como o estmulo criao de organizaes indgenas com base nacomunidade, de organizaes privadas de voluntrios e de outras formas de entidades no-governamentais capazes de contribuir para a reduo da pobreza e melhoria da qualidade devida das famlias de baixa renda.

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    4PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Durante a Rio-92, com a participao do MEC, tambm foi produzida a Carta Brasi-leira para Educao Ambiental, que, entre outras coisas, reconhece ser a educao ambientalum dos instrumentos mais importantes para viabilizar a sustentabilidade como estratgia desobrevivncia do planeta e, conseqentemente, de melhoria da qualidade de vida humana.A Carta admite ainda que a lentido da produo de conhecimentos, a falta de comprometi-mento real do Poder Pblico no cumprimento e complementao da legislao em relaospolticasespeccasdeeducaoambiental,emtodososnveisdeensino,consolidamummodelo educacional que no responde s reais necessidades do pas.

    Como desdobramento da Carta Brasileira para Educao Ambiental, o MEC promoveu,em 1992, em Foz de Iguau, o 1 Encontro Nacional de Centros de Educao Ambiental(CEAs), onde os coordenadores dos centros j existentes e os tcnicos das Secretarias de

    Educao debateram propostas pedaggicas e recursos institucionais e apresentaram projetose experincias exitosas em educao ambiental. Em decorrncia, o MEC passou a incenti-var a implantao de centros de educao ambiental como espaos de referncia, visando aformao integral do cidado para interagir em diversos nveis e modalidades de ensino eintroduzir prticas de educao ambiental junto s comunidades.

    Com o intuito de criar instncias de referncia para a construo dos programas esta-duais de educao ambiental, a extinta SEMA e, posteriormente, o IBAMA e o MMA fo-

    mentaram a formao das Comisses Interinstitucionais de Educao Ambiental. O auxlio elaborao dos programas dos estados foi, mais tarde, prestado pelo MMA. Pode-se citar,entre os desdobramentos, a criao dos programas de Rondnia, em 1995, de Tocantins e doAcre, em 1996, do Par, em 1998 e do Amap, em 2000, bem como a expanso da iniciativaa outros estados.

    A partir de 1993, alm do trabalho desenvolvido pelo IBAMA de acordo com a Poltica

    Nacional de Meio Ambiente, capacitando recursos humanos e estendendo a temtica ambien-tal s regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste, comeou a discusso, na esfera legislativa,de uma Poltica Nacional de Educao Ambiental que interligaria os sistemas nacionais demeio ambiente e de educao em um sistema nico, por meio do Projeto de Lei n 3.792/93,apresentado Comisso de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Cmarados Deputados.

    Em dezembro de 1994, em funo da Constituio Federal de 1988 e dos compro-

    missos internacionais assumidos com a Conferncia do Rio, foi criado, pela Presidncia da

    R bli P N i l d Ed A bi l (PRONEA2) ilh d l

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA5

    Repblica, o Programa Nacional de Educao Ambiental (PRONEA2), compartilhado peloento Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal e peloMinistrio da Educao e do Desporto, com as parcerias do Ministrio da Cultura e do Mi-nistrio da Cincia e Tecnologia. O PRONEA foi executado pela Coordenao de EducaoAmbiental do MEC e pelos setores correspondentes do MMA/IBAMA, responsveis pelasaes voltadas respectivamente ao sistema de ensino e gesto ambiental, embora tambmtenha envolvido em sua execuo outras entidades pblicas e privadas do pas. O PRONEA

    previu trs componentes: (a) capacitao de gestores e educadores, (b) desenvolvimento deaes educativas, e (c) desenvolvimento de instrumentos e metodologias, contemplando setelinhas de ao:

    Educao ambiental por meio do ensino formal.

    Educao no processo de gesto ambiental. Campanhas de educao ambiental para usurios de recursos naturais.

    Cooperao com meios de comunicao e comunicadores sociais.

    Articulao e integrao comunitria.

    Articulao intra e interinstitucional.

    Rede de centros especializados em educao ambiental em todos os estados.Em 1995 foi criada a Cmara Tcnica Temporria de Educao Ambiental3 no Conselho

    Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que realizou a sua primeira reunio em junho de1996, quando se discutiu o documento intitulado Subsdios para a formulao de uma Poltica

    Nacional de Educao Ambiental, elaborado pelo MMA/IBAMA e pelo MEC. Os princpiosorientadores para esse documento eram a participao, a descentralizao, o reconhecimentoda pluralidade e diversidade cultural, e a interdisciplinaridade.

    Ainda em 1996, incluiu-se no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal (1996-1999),a promoo da educao ambiental, atravs da divulgao e uso de conhecimentos sobretecnologias de gesto sustentveis de recursos naturais, embora no se tenha determinadoseu correspondente vnculo institucional.

    2 A sigla PRONEA referente ao programa institudo em 1994, ao passo que a sigla ProNEA refere-se ao Programa institudo

    em 1999.3 Resoluo no 11 do CONAMA, de 11/12/1995.

    E t b d MMA i G d T b lh d Ed A

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    6PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Em outubro desse mesmo ano, o MMA criou o Grupo de Trabalho de Educao Am-biental4,eemdezembrormouumprotocolodeintenescomoMEC,visandocooperaotcnicaeinstitucionalemeducaoambiental,comcincoanosdevigncia,congurando-senum canal formal para o desenvolvimento de aes conjuntas. Algumas atividades desem-

    penhadas pelo Grupo de Trabalho foram as seguintes:

    Elaborao e coordenao da 1 Conferncia Nacional de Educao Ambiental.

    Estabelecimento de parceira com o Projeto de Educao Ambiental para o EnsinoBsico Muda o Mundo, Raimundo!.

    Promoo de seminrios sobre a prtica da educao ambiental no ecoturismo, bio-diversidade e Agenda 21.

    Promoo de palestras tcnicas, inseridas na ao Temporada de Palestras.DeniodasaesdeeducaoambientalnombitodosProgramasNacionaisde

    Pesca Amadora e Agroecologia.

    Promoo do Levantamento Nacional de Projetos de Educao Ambiental.

    Em 1997, depois de dois anos de debates, os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN)foram aprovados pelo Conselho Nacional de Educao. Os PCN constituem-se como um sub-

    sdio para apoiar a escola na elaborao do seu projeto educativo, inserindo procedimentos,atitudes e valores no convvio escolar, bem como a necessidade de tratar de alguns temas sociaisurgentes, de abrangncia nacional, denominados como temas transversais: meio ambiente,tica, pluralidade cultural, orientao sexual, trabalho e consumo, com possibilidade de asescolas e/ou comunidades elegerem outros de importncia relevante para sua realidade.

    Tambm em 1997, a Coordenao Geral de Educao Ambiental do IBAMA criou ocurso de Introduo Educao no Processo de Gesto Ambiental, voltado aos grupos sociaisdiretamente envolvidos com as atividades de gesto ambiental (tcnicos de rgos executoresde polticas pblicas, produtores rurais, pescadores, grupos comunitrios afetados por riscosambientais e tecnolgicos, irrigantes, cuja base est no uso intensivo de recursos ambientais,entreoutros),desenvolvendoacapacidadenoseducandosdemediarconitosdeinteressesentre os atores sociais na disputa pelo controle e uso de recursos ambientais.

    4 Portaria no 353/1996.

    Ainda em 1997 durante a 1 Conferncia de Educao Ambiental realizada em Braslia

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA7

    Ainda em 1997, durante a 1 Conferncia de Educao Ambiental, realizada em Braslia,foi produzido o documento Carta de Braslia para a Educao Ambiental, contendo cincoreas temticas:

    Educao ambiental e as vertentes do desenvolvimento sustentvel.

    Educaoambientalformal:papel,desaos,metodologiasecapacitao. Educao no processo de gesto ambiental: metodologia e capacitao.

    Educao ambiental e as polticas pblicas: PRONEA, polticas de recursos hdricos,urbanas, agricultura, cincia e tecnologia.

    Educao ambiental, tica, formao da cidadania, educao, comunicao e infor-mao da sociedade.

    Em 1999 foi criada a Diretoria do Programa Nacional de Educao Ambiental (ProNEA),vinculada a Secretaria Executiva do Ministrio do Meio Ambiente, que de incio passou adesenvolver as seguintes atividades:

    Implantao do Sistema Brasileiro de Informaes sobre Educao Ambiental (SI-BEA), objetivando atuar como um sistema integrador das informaes de educaoambiental no pas.

    Implantao de Plos de Educao Ambiental e Difuso de Prticas Sustentveis nosEstados, objetivando irradiar as aes de educao ambiental.

    Fomento formao de Comisses Interinstitucionais de Educao Ambiental nosestados e auxlio na elaborao de programas estaduais de educao ambiental.

    Implantao de curso de Educao Ambiental a Distncia, objetivando capacitargestores, professores e tcnicos de meio ambiente de todos os municpios do pas.

    Implantao do projeto Protetores da Vida, objetivando sensibilizar e mobilizar jovenspara as questes ambientais.

    Em abril do mesmo ano tambm aprovada a Lei n 9.795, que dispe sobre a PolticaNacional de Educao Ambiental (Anexo 2).

    Em 2000, a educao ambiental integra, pela segunda vez, o Plano Plurianual (2000-2003),agoranadimensodeumPrograma,identicadocomo0052EducaoAmbiental,

    e institucionalmente vinculado ao Ministrio do Meio Ambiente. Esse Programa foi formado

    por um conjunto de sete aes aes essas sob responsabilidade do MMA IBAMA Banco

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    por um conjunto de sete aes, aes essas sob responsabilidade do MMA, IBAMA, Bancodo Brasil e Jardim Botnico do Rio de Janeiro:

    1961 Capacitao de recursos humanos em educao ambiental (IBAMA).

    3045Edioedistribuiodeinformaestcnico-cientcasnareaambiental

    (IBAMA). 9027 Educao do produtor rural para a utilizao de prticas conservacionistas

    (Banco do Brasil).

    2965 Fomento a projetos integrados de educao ambiental (Fundo Nacional doMeio Ambiente).

    1984 Implantao de plos de difuso de prticas sustentveis (Diretoria de Edu-

    cao Ambiental). 1997 Implantao do Sistema Brasileiro de Informao sobre Educao Ambiental

    (Diretoria de Educao Ambiental).

    2972Informaoedivulgaotcnico-cientca(JardimBotnicodoRiodeJanei-ro).

    Em 2001, por iniciativa dos educadores ambientais, realizada uma reunio com oMMA para se buscar apoio s redes de educao ambiental. A partir de ento, o FNMA apoiouo fortalecimento da Rede Brasileira de Educao Ambiental (REBEA) e da Rede Paulista deEducao Ambiental (REPEA), bem como a estruturao da Rede de Educao Ambiental daRegio Sul (REASul), da Rede Pantanal de Educao Ambiental (Rede Aguap) e da RedeAcreana de Educao Ambiental (RAEA).

    Em junho de 2002, a Lei n 9.795/99 foi regulamentada pelo Decreto n 4.281 (Anexo

    3),quedene,entreoutrascoisas,acomposioeascompetnciasdorgoGestordaPNEAlanando, assim, as bases para a sua execuo.

    Em 2003, instaurada no Ministrio do Meio Ambiente a Comisso Intersetorial deEducao Ambiental (CISEA), com representao de todas as secretarias e rgos vinculadosao MMA, criando uma instncia para um processo coordenado de consultas e deliberaesinternamente a esse Ministrio, e contribuindo para a transversalidade interna e a sinergia dasaes em educao ambiental desenvolvidas pelas suas secretarias e seus rgos vinculados.

    Nesse mesmo ano, o Ministrio da Educao estabelece como prioridade viabilizar as aes

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    do Ensino Mdio e dos mdulos de Educao a Distncia na Educao de Jovens e Adultos

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    0PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    do s o d o e dos du os de ducao a st c a a ducao de Jove s e du tos(EJA).

    Em maro do mesmo ano, o Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH) aprovoua instituio da Cmara Tcnica de Educao, Capacitao, Mobilizao Social e Informao

    em Recursos Hdricos5

    (CTEM), que tem entre suas competncias, a proposio de diretrizes,planos e programas voltados a educao e capacitao em recursos hdricos.

    Entre os dias 13 a 15 de abril de 2004, foi realizado em Goinia o primeiro encontrogovernamental nacional sobre polticas pblicas de educao ambiental, reunindo secretriose gestores pblicos das trs esferas de governo da rea educacional e ambiental. O evento,

    promovido pelos Ministrios da Educao e do Meio Ambiente em parceria com o governoestadual de Gois e com a prefeitura municipal de Goinia, visou elaborar um diagnstico

    dosprincipaisdesaosaoenraizamentodaeducaoambientalnopas,estimulandoades-centralizao do planejamento e da gesto da educao ambiental e a aproximao entre assecretarias de educao e de meio ambiente.

    Na ocasio, reconhecendo a necessidade da articulao e do fortalecimento mtuo dasComisses Interinstitucionais Estaduais e das Redes de Educao Ambiental, foi elaboradoo documento Compromisso de Goinia (Anexo 5), que consiste no estabelecimento de umimportante e pioneiro pacto entre as esferas de governo para a criao de Polticas e Programasestaduais e municipais de Educao Ambiental, sintonizados com o ProNEA.

    Nesse ano foi realizada a dcima-nona edio do curso de Introduo Educao noProcessodeGestoAmbientaldoIBAMA,alcanandoquase700prossionais formados

    para atuar com a educao na gesto ambiental; e ocorreu nova reestruturao do MEC, coma transferncia da Coordenao Geral de Educao Ambiental6 (CGEA) para a ento recm-criada Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade.

    Em 2004 tem incio um novo Plano Plurianual, o PPA 2004-2007. Em funo dasnovas diretrizes e sintonizado com o ProNEA, o Programa 0052 reformulado, passa a serintitulado Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e inicia o ano composto poraes de responsabilidade da Diretoria de Educao Ambiental, Fundo Nacional do Meio Am-

    biente, Agncia Nacional de guas, Coordenao Geral de Educao Ambiental do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis, Jardim Botnico do Rio de

    5

    Resoluo n 40 do CNRH, de 02/07/2004.6 Cuja sigla foi alterada de COEA para CGEA.

    Janeiro, e a Secretaria da Comisso Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM):

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA1

    , p ( )

    6270 Educao ambiental para recursos hdricos (ANA).

    2972 Educao para conservao da biodiversidade (Jardim Botnico do Rio deJaneiro).

    2965 Fomento a projetos integrados de educao ambiental (FNMA).

    4932 Formao de educadores ambientais (DEA/IBAMA).

    2272 Gesto e administrao do programa (DEA).

    1997 Implantao do Sistema Brasileiro de Informaes sobre Educao Ambiental(DEA).

    4232 Capacitao de recursos humanos para a preveno e controle ambiental nasreas martimas e porturias (SECIRM).

    Em novembro de 2004, foi realizado o V Frum Brasileiro de Educao Ambiental,construdo de forma coletiva a partir da Rede Brasileira de Educao Ambiental, e que pro-

    porcionou espaos para dilogo e trocas entre os educadores ambientais, para apresentao depesquisas, vivncias e experincias em educao ambiental. Realizada durante todo o evento,a atividade denominada Conversando com as Redes proporcionou aos participantes a opor-

    tunidade de estar em contato com as pessoas que formam as redes de Educao Ambiental detodo o Brasil. As conexes foram reforadas e renovadas no evento, que viu nascer a Rede

    Nordestina de Educao Ambiental e a Rede de Educomunicao Socioambiental.

    Ainda em novembro de 2004, o MMA participou na Venezuela, da reunio de trabalhode especialistas em gesto pblica da educao ambiental da Amrica Latina e Caribe, paraelaborao do plano de implementao do Programa Latino-americano e Caribenho de Edu-

    cao Ambiental (Anexo 6).Nesse ano de 2004, feita a reviso do Plano Plurianual e do Programa 0052, e seu

    conjunto de aes alterado, iniciando o exerccio de 2005 com a seguinte composio:

    6270 Educao ambiental para recursos hdricos (ANA).

    2972 Educao para conservao da biodiversidade (Jardim Botnico do Rio deJaneiro).

    2965 Fomento a projetos integrados de educao ambiental (FNMA).

    4932 Formao de educadores ambientais (DEA/IBAMA).

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    09HO Apoio gesto compartilhada da educao ambiental (DEA).

    1997 Implantao do Sistema Brasileiro de Informaes sobre Educao Ambiental(DEA).

    6857 Produo e veiculao de programas de educao ambiental (DEA).

    4641 Publicidade de utilidade pblica (DEA).

    4232 Capacitao de recursos humanos para a preveno e controle ambiental nasreas martimas e porturias (SECIRM).

    Nessa reviso a CGEA/MEC inclui no Programa 1061 - Brasil Escolarizado, sobresponsabilidadedesseMinistrio,duasaesrelativasespecicamenteeducaoambiental:

    09EA Apoio distribuio de material didtico para formao continuada em edu-cao ambiental.

    09EDApoioformaocontinuadaemeducaoambientalparaprossionaisdaeducao.

    D I R E T R I z E S

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Programa Nacional de Educao Ambiental, cujo carter prioritrio epermanente deve ser reconhecido por todos os governos, tem como eixo

    orientador a perspectiva da sustentabilidade ambiental na construo de um pasde todos. Suas aes destinam-se a assegurar, no mbito educativo, a interao ea integrao equilibradas das mltiplas dimenses da sustentabilidade ambiental

    ecolgica, social, tica, cultural, econmica, espacial e poltica ao desenvol-

    vimento do pas, buscando o envolvimento e a participao social na proteo,recuperao e melhoria das condies ambientais e de qualidade de vida. Nessesentido, assume as seguintes diretrizes:

    Transversalidade e Interdisciplinaridade.

    Descentralizao Espacial e Institucional.

    Sustentabilidade Socioambiental.

    Democracia e Participao Social.

    Aperfeioamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Am-biente e outros que tenham interface com a educao ambiental.

    O ProNEA prope um constante exerccio de transversalidade para internalizar,por meio de espaos de interlocuo bilateral e mltipla, a educao ambiental noconjuntodogoverno,nasentidadesprivadasenoterceirosetor;enm,nasocie-

    dade como um todo. Estimula o dilogo interdisciplinar entre as polticas setoriaiseaparticipaoqualicadanasdecisessobreinvestimentos,monitoramentoeavaliao do impacto de tais polticas.

    Para que a atuao do poder pblico no campo da educao ambiental possa via-bilizar a articulao entre as iniciativas existentes no mbito educativo e as aesvoltadas proteo, recuperao e melhoria socioambiental propiciando um

    efeito multiplicador com potencial de transformao e emancipao para a socie-dade faz-se necessria a formulao e implementao de polticas pblicas de

    D I R E T R I z E S

    O

    educao ambiental que fortaleam essa perspectiva transversal.

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    4PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    A educao ambiental deve se pautar por uma abordagem sistmica, capaz de integrar osmltiplos aspectos da problemtica ambiental contempornea. Essa abordagem deve reco-nhecer o conjunto das inter-relaes e as mltiplas determinaes dinmicas entre os mbitosnaturais, culturais, histricos, sociais, econmicos e polticos. Mais at que uma abordagemsistmica, a educao ambiental exige a perspectiva da complexidade, que implica em que nomundo interagem diferentes nveis da realidade (objetiva, fsica, abstrata, cultural, afetiva...)e se constroem diferentes olhares decorrentes das diferentes culturas e trajetrias individuaise coletivas.

    A descentralizao espacial e institucional tambm diretriz do ProNEA, por meio da qualprivilegia o envolvimento democrtico dos atores e segmentos institucionais na construo

    e implementao das polticas e programas de educao ambiental nos diferentes nveis einstncias de representatividade social no pas.

    Considerando-se a educao ambiental como um dos instrumentos fundamentais da gestoambiental, o ProNEA desempenha um importante papel na orientao de agentes pblicos eprivadosparaareexo,aconstruoeaimplementaodepolticaspblicasquepossibi-litem solucionar questes estruturais, almejando a sustentabilidade socioambiental. Assim,

    propicia-se a oportunidade de ressaltar o bom exemplo das prticas e experincias exitosas,como a integrao entre professores e tcnicos ambientais em programas de formao.

    A democracia e a participao social permeiam as estratgias e aes sob a perspectiva dauniversalizao dos direitos e da incluso social por intermdio da gerao e disponibilizaode informaes que garantam a participao social na discusso, formulao, implementao,scalizaoeavaliaodaspolticasambientaisvoltadasconstruodevaloresculturaiscomprometidos com a qualidade ambiental e a justia social; e de apoio sociedade na busca

    de um modelo socioeconmico sustentvel.A participao e o controle social destinam-se ao empoderamento dos grupos sociais paraintervirem,demodoqualicado,nosprocessosdecisriossobreoacessoaosrecursosam-

    bientais e seu uso. Neste sentido, necessrio que a educao ambiental busque superarassimetrias nos planos cognitivos e organizativos, j que a desigualdade e a injustia socialainda so caractersticas da sociedade. Assim, a prtica da educao ambiental deve ir almda disponibilizao de informaes.

    Essa perspectiva deve contribuir para a socializao de conhecimentos, inclusive por inter-

    mdio do uso de tecnologias voltadas, por exemplo, para reciclagem e desenvolvimento ded bi d d i d l id i id d i i

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA5

    produtos biodegradveis, desenvolvidas em universidades, organizaes no-governamentaise empresas privadas. Deve-se buscar ainda o aproveitamento adequado de espaos ociososdas universidades pblicas e privadas, como laboratrios de pesquisa e outros.

    Com a regulamentao da Poltica Nacional de Educao Ambiental, o ProNEA comparti-lha a misso de aperfeioamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente eoutros que tenham interface com a educao ambiental, por intermdio dos quais a PNEAdeve ser executada, em sinergia com as demais polticas federais, estaduais e municipais degoverno.

    Para o fortalecimento desses sistemas, fundamental o apoio implantao e implementaode polticas descentralizadas, no mbito dos estados e municpios, bem como a criao de

    mecanismosdenanciamentoqueenvolvamopoderpblicoeasociedadecivil.O processo de construo do ProNEA pode e deve dialogar com as mais amplas propostas,campanhas e programas governamentais e no-governamentais em mbitos nacional, esta-dualemunicipal,fortalecendo-osesendoporelesfortalecido,agregandoaestasreexese prticas marcadamente ambientalistas e educacionais. Em conjunto com esses programas,so propostas aes educacionais fundadas e voltadas ao iderio ambientalista, permitindoa formao de agentes, editores, comunicadores e educadores ambientais, apoiando e for-talecendo grupos, comits e ncleos ambientais, em aes locais voltadas construo desociedades sustentveis.

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    6PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Cora Coralina

    Saber a genteaprende com

    os mestres e

    com os livros.

    A sabedoria,se aprende

    com a vida e

    com os humildes.

    P R I N C P I O S

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA7

    Concepo de ambiente em sua totalidade, considerando a interdependnciasistmica entre o meio natural e o construdo, o socioeconmico e o cultural,o fsico e o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade.

    Abordagem articulada das questes ambientais locais, regionais, nacionais,transfronteirias e globais.

    Respeito liberdade e equidade de gnero. Reconhecimento da diversidade cultural, tnica, racial, gentica, de espcies

    e de ecossistemas.

    Enfoque humanista, histrico, crtico, poltico, democrtico, participativo,inclusivo, dialgico, cooperativo e emancipatrio.

    Compromisso com a cidadania ambiental.

    Vinculao entre as diferentes dimenses do conhecimento; entre os valores ti-cos e estticos; entre a educao, o trabalho, a cultura e as prticas sociais.

    Democratizao na produo e divulgao do conhecimento e fomento interatividade na informao.

    Pluralismo de idias e concepes pedaggicas.

    Garantia de continuidade e permanncia do processo educativo.

    Permanente avaliao crtica e construtiva do processo educativo.

    Coerncia entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.

    Transparncia.

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Estamos convencidos de que

    qualquer esforo de educao popular,

    esteja ou no associado a umacapacitao profissional,

    seja no campo agrcola ou no

    industrial urbano, deve ter,

    pelas razes at agora analisadas,

    um objetivo fundamental:

    atravs da problematizao

    do homem-mundo ou do

    homem em suas relaes

    com o mundo e com oshomens, possibilitar que

    estes aprofundem sua

    tomada de conscincia

    da realidade na qual

    e com a qual esto.Paulo Freire

    M I S S O

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    educao ambiental contribuindo para a construo de sociedades sustent-veis com pessoas atuantes e felizes em todo o Brasil.

    O B J E T I v O S

    A

    Promover processos de educao ambiental voltados para valores humanistas,conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias que contribuam para a

    participao cidad na construo de sociedades sustentveis.

    Fomentar processos de formao continuada em educao ambiental, formal eno-formal, dando condies para a atuao nos diversos setores da socieda-

    de. Contribuircomaorganizaodegruposvoluntrios,prossionais,institucio-

    nais, associaes, cooperativas, comits, entre outros que atuem em programasde interveno em educao ambiental, apoiando e valorizando suas aes.

    Fomentar a transversalidade por meio da internalizao e difuso da dimensoambiental nos projetos, governamentais e no-governamentais, de desenvolvi-mento e melhoria da qualidade de vida.

    Promover a incorporao da educao ambiental na formulao e execuo de atividadespassveis de licenciamento ambiental.

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    40PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    pass ve s de ce c a e o a b e a .

    Promover a educao ambiental integrada aos programas de conservao, recuperao emelhoria do meio ambiente, bem como queles voltados preveno de riscos e danosambientais e tecnolgicos.

    Promover campanhas de educao ambiental nos meios de comunicao de massa, de formaa torn-los colaboradores ativos e permanentes na disseminao de informaes e prticaseducativas sobre o meio ambiente.

    Estimular as empresas, entidades de classe, instituies pblicas e privadas a desenvolve-rem programas destinados capacitao de trabalhadores, visando melhoria e ao controleefetivo sobre o meio ambiente de trabalho, bem como sobre as repercusses do processo

    produtivo no meio ambiente.

    Difundir a legislao ambiental, por intermdio de programas, projetos e aes de educaoambiental.

    Criar espaos de debate das realidades locais para o desenvolvimento de mecanismos dearticulao social, fortalecendo as prticas comunitrias sustentveis e garantindo a parti-cipao da populao nos processos decisrios sobre a gesto dos recursos ambientais.

    Estimular e apoiar as instituies governamentais e no-governamentais a pautarem suasaes com base na Agenda 21.

    Estimulareapoiarpesquisas,nasdiversasreascientcas,queauxiliemodesenvolvimen-to de processos produtivos e solues tecnolgicas apropriadas e brandas, fomentando aintegrao entre educao ambiental, cincia e tecnologia.

    Incentivar iniciativas que valorizem a relao entre cultura, memria e paisagem - sob a

    perspectivadabiolia,assimcomoainteraoentreossaberestradicionaisepopulareseosconhecimentostcnico-cientcos.

    Promover a incluso digital para dinamizar o acesso a informaes sobre a temtica am-biental, garantindo inclusive a acessibilidade de portadores de necessidades especiais.

    Acompanhar os desdobramentos dos programas de educao ambiental, zelando pelacoerncia entre os princpios da educao ambiental e a implementao das aes pelas

    instituies pblicas responsveis.

    Estimular a cultura de redes de educao ambiental, valorizando essa forma de organiza-o.

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA41

    Garantir junto s unidades federativas a implantao de espaos de articulao da educaoambiental.

    Promover e apoiar a produo e a disseminao de materiais didtico-pedaggicos e ins-trucionais.

    Sistematizar e disponibilizar informaes sobre experincias exitosas e apoiar novas ini-ciativas.

    Produzir e aplicar instrumentos de acompanhamento, monitoramento e avaliao das aesdo ProNEA, considerando a coerncia com suas Diretrizes e Princpios.

    P B L I C O S

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    4PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    Grupos em condies de vulnerabilidade social e ambiental.

    Gestores, do governo ou da sociedade civil, de recursos ambientais.

    Comunidades indgenas e tradicionais ribeirinhos, extrativistas, caiaras, qui-lombolas, entre outras.

    Educadores, animadores, editores, comunicadores e artistas ambientais.

    Professores de todos os nveis e modalidades de ensino.

    Estudantes de todos os nveis e modalidades de ensino. Tcnicos extensionistas e agentes de desenvolvimento rural.

    Produtores rurais, incluindo os assentados.

    Agentes comunitrios e de sade.

    Lideranas de comunidades rurais e urbanas, a exemplo de grupos tnicos e

    culturais. Tomadores de deciso de entidades pblicas, privadas e do terceiro setor.

    Servidores e funcionrios de entidades pblicas, privadas e no-governamen-tais.

    Grupos de voluntrios.

    Membros dos poderes legislativo e judicirio.

    Sindicatos, movimentos e redes sociais.

    Entidades religiosas.

    Comunidadecientca.

    Melhor idade.

    Prossionaisliberais.

    Populao em geral.

    L I N h A S D E A OE A S E S T R A T G I A S

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA4

    1. GESTO E PLANEJAMENTO DA EDUCAO AMBIENTAL NO PAS

    1.1. Planejamento da educao ambiental com base na gesto ambiental integra-da:

    Promoo do planejamento estratgico e participativo das polticas pblicas,programas e projetos em todo o pas em articulao com governos estaduais

    e municipais, fruns, comisses e demais segmentos da sociedade , primandopeladescentralizaodasaeseinformaes,inclusivesobrefontesdenan -ciamento.

    Apoio s aes integradas entre os diferentes setores de rgos e instituies,promovendo a transversalidade das questes ambientais.

    Estmulo e apoio criao de programas estaduais de educao ambiental, quesejam referncia para elaborao de outros planos e projetos de polticas pbli-cas.

    Fomento incluso das questes ambientais nas agendas dos segmentos pblicose privados dos estados e municpios.

    Estmulo e apoio criao e fortalecimento de secretarias estaduais e municipaisde meio ambiente e de educao, bem como de conselhos democrticos com

    participao de todos os segmentos da sociedade.

    Estmulo incluso da educao ambiental nos projetos pblicos e privados quecausem impactos ambientais, conforme a Lei no 6.938/81 e as Resolues doCONAMA 001/96 e 237/97.

    Estmulo e apoio criao da Escola Nacional de Gesto Ambiental Pblica,voltada para o fortalecimento do SISNAMA em todos os mbitos.

    E A S E S T R A T G I A S

    1.2. Formulao e implementao de polticas pblicas ambientais de mbito local:

    Incentivo criao e a implementao de programas estaduais e municipais de educao

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    44PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    p p g p ambiental, em consonncia com as Diretrizes do ProNEA e com a Agenda 21.

    Apoio construo de arcabouo jurdico-institucional que sirva de base para a formulao

    e implementao de polticas, programas e planos municipais de educao ambiental.Apoio promoo de parcerias dos rgos pblicos locais entre si e com a sociedade civil,de forma a possibilitar a regionalizao articulada da educao ambiental, com a descen-tralizao de projetos e aes e o respeito s diversidades locais.

    Apoio promoo de parcerias locais, envolvendo governo e sociedade civil, para elabora-o e administrao de cursos de capacitao que contemplem as peculiaridades regionais,trabalhando de forma transversal e interdisciplinar.

    1.3. Criao de interfaces entre educao ambiental e os diversos programas e polticas degoverno, nas diferentes reas:

    Estmulo promoo da articulao entre educao ambiental e aes de ateno sadee assistncia social.

    Estmulo insero da educao ambiental nas etapas de planejamento e execuo de aes

    relacionadasa:gestodosrecursosnaturaisnasbaciashidrogrcas;defesadosbiomas;preservao da biodiversidade; unidades de conservao e entorno; tica e pluralidade cul-tural; trabalho e consumo; agricultura e assentamentos sustentveis; cincia e tecnologia;identidade e patrimnio; reas fronteirias e costeiras, entre outras vertentes das polticas

    pblicas.

    Estmulo e apoio criao de grupos de trabalho multidisciplinares envolvendo especial-mentearte-educadores,assistentessociaiseagentesdesadeparadesenvolverocinas

    de educao ambiental que enfatizem a relao entre sade, ambiente e bem estar social,a serem realizadas em escolas pblicas e locais acessveis comunidade em geral.

    Apoio estruturao de programas de educao ambiental vinculados aos procedimentosde Licenciamento Ambiental e de Licena de Operao.

    Estmulo e apoio insero da educao ambiental nas prticas de ecoturismo, visandogarantir a sustentabilidade social, ecolgica e econmica das comunidades receptoras e

    proporcionando uma interao adequada dos turistas com os ecossistemas locais.

    1.4. Articulao e mobilizao social como instrumentos de educao ambiental:

    Apoio realizao peridica de eventos sobre educao ambiental, a exemplo de fruns,

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA45

    p p , p ,seminrios, festejos populares, congregando representantes de rgos pblicos, da sociedadecivil, tcnicos e especialistas nacionais e internacionais, entre outros.

    Realizao, a cada dois anos, da Conferncia Nacional de Educao Ambiental, precedidade conferncias estaduais ou a insero da educao ambiental nas conferncias estaduaise nacionais de meio ambiente e o apoio REBEA na realizao dos Fruns Brasileiros deEducao Ambiental antecedidos por fruns estaduais.

    Realizao,porintermdiodasCIEAs,daidenticaoedoregistrodediferentesmani-festaes culturais dos estados, com o intuito de estabelecer interfaces entre elas e projetosde educao ambiental, incentivando tambm atividades culturais de carter eco-pedag-

    gico.Fortalecimento das redes de educao ambiental por intermdio de polticas pblicas,fundos de apoio e divulgao de suas aes favorecendo e apoiando sua expanso econsolidao em todos os segmentos da sociedade brasileira.

    Fomento formao de uma rede de centros especializados em educao ambiental, in-cluindouniversidades,escolas,prossionaisecentrosdedocumentao.

    Apoio estruturao e o funcionamento das CIEAs como plos de educao ambiental.

    Incentivo criao e fortalecimento das CIEAs como espaos para interao entre os diver-sos segmentos da sociedade que atuem na rea de educao ambiental, onde seja possvelo intercmbio de experincias, a construo de propostas, o debate, a articulao para a

    participao social.

    Atuaojuntoaoscomitsdebaciahidrogrcaparaumaprticadeeducaoambiental

    condizente com a gesto socioambiental das guas.Apoio e estmulo aos Conselhos Jovens de Meio Ambiente na realizao de aes de edu-cao ambiental nas escolas pblicas, em consonncia com o eixo orientador do programaVamos Cuidar do Brasil com as Escolas.

    Estmuloparticipaodosetorempresarial,derepresentaesprossionais,agentes-nanceiros, representantes de religies, entre outros setores sociais, como co-responsveis

    nos objetivos e na implementao das aes do ProNEA.

    Incentivo ao recrutamento de recursos humanos mediante trabalho voluntrio, aproveitandoo potencial solidrio da sociedade e reduzindo os custos de implementao das aes doP NEA

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    46PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    ProNEA.

    1.5. Estmulo educao ambiental voltada para empreendimentos e projetos do setor pro-dutivo:

    Estmulo s aes de educao ambiental para sociedades sustentveis, alcanando especial-mente as comunidades rurais e colaborando para o desenvolvimento de prticas sustentveisno campo.

    Implementao de polticas pblicas para o fortalecimento das instituies de educao eformao de jovens e adultos no meio rural, a exemplo dos Centros de Formao de Agri-cultores em Agroindstria (CEFAs), contribuindo para a sustentabilidade da agricultura

    familiar. Concessosempresasambientalmentecorretas,decerticaoambientalanlogaaISO,

    como incentivo manuteno de seu compromisso socioambiental.

    1.6.Apoioinstitucionalenanceiroaaesdeeducaoambiental:

    Destinaoderecursosnanceiros,oriundosdefundosjexistentes,paraaimplementaode projetos e aes de educao ambiental.

    Criaodelinhasdenanciamentopblicoeprivado,especcasparaofomentodepro-gramas e projetos de educao ambiental, desenvolvidos pelo governo ou pela sociedadecivil.

    EstmuloaofomentopblicoeprivadodeaesdoProNEA,pormeiodeincentivosscaisjunto s empresas e do direcionamento de multas por ajuste de conduta.

    Estabelecimentoe/oufortalecimentodelinhasdenanciamentoespeccasparaaeducaoambiental junto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e aos fundos estaduaise municipais de educao, de meio ambiente e de recursos hdricos, alm de incentivo criao de novos fundos.

    EstmuloalocaoderecursosnaLeideDiretrizesOramentriasespecicamenteparaprogramas de educao ambiental.

    Criao de estratgias alternativas para a captao de recursos que permitam a sustentabili-

    dade dos projetos e programas, como a realizao de parcerias inclusive pblico-privadas

    eoestabelecimentodebenefciosscaiseprmiossentidadesqueinvistamemeducaoambiental, entre outras.

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    Insero no termo de referncia dos processos de licitao e de licenciamento ambiental,de aes de educao ambiental a serem fomentadas pelos licenciados e vencedores daslicitaes,comocampanhas,seminrios,capacitaes,ocinaseoutras.

    Estmulo destinao de recursos aos projetos de educao ambiental, por meio de demandaespontnea e demanda induzida em editais, para compra de material de construo e/oureforma,produodematerialdidtico,realizaodecursoseocinas,bemcomoparao

    pagamento de bolsas para monitores ambientais em carter de estgio remunerado por, nomnimo doze meses.

    Disponibilizaodevriasmodalidadesdenanciamentoaprojetosdeeducaocontinuada

    de professores, disponibilizando, por exemplo, os recursos diretamente para os docentes,para as escolas ou para instituies parceiras.

    Incentivo destinao de 30% dos recursos dos fundos do Sistema de Gesto de RecursosHdricos e do Sistema Nacional de Unidades de Conservao para educao ambiental.

    2. FORMAO DE EDUCADORES E EDUCADORAS AMBIENTAIS

    2.1. Formao continuada de educadores, educadoras, gestores e gestoras ambientais, nombito formal e no-formal:

    Construo de planos de formao continuada a serem implementados a partir de parceriascom associaes, universidades, escolas, empresas, entre outros.

    Apoio criao de redes de formao de educadores e educadoras, com a participao deuniversidades, empresas, organizaes de terceiro setor e escolas.

    Produo de material tcnico-pedaggico e instrucional de apoio aos processos formati-vos.

    Continuidade dos seminrios anuais sobre o tema Universidade e Meio Ambiente.

    Ofertadesuportequalicaodequadrosprossionaisdasgerncias,agnciasedepar-tamentos de educao ambiental, assim como adequao tecnolgica dos mesmos.

    Formao continuada de docentes e tcnicos, desde a educao pr-escolar ao ensino su-

    perior, utilizando-se metodologias presenciais e de educao a distncia.

    Implementao de metodologias de educao a distncia mediante o uso de novas tecno-

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    4PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA

    logias de informao e comunicao, como videoconferncias, tele-aulas, e-learning, entreoutras.

    Realizao de parcerias entre escolas pblicas e universidades, facilitando o acesso dosprofessores da rede pblica de ensino bsico aos cursos de ps-graduao lato sensu estricto sensu em educao ambiental.

    Disponibilizao de cursos de especializao, mestrado e doutorado em educao ambien-tal.

    Criaodeumprogramadeformaoemeducaoambientalvoltadoaosprossionaisdaeducao especial, abordando a importncia da incluso dos portadores de necessidadesespeciais na capacitao dos educadores ambientais em geral.

    Elaborao, junto s secretarias municipais de educao e de meio ambiente ou com o res-pectivo departamento, de um banco de dados com o cadastro de formadores de educadoresambientais.

    3. COMUNICAO PARA EDUCAO AMBIENTAL3.1. Comunicao e tecnologia para a educao ambiental:

    Estmulo e apoio veiculao de informaes de carter educativo sobre meio ambiente,em linguagem acessvel a todos, por intermdio dos meios de comunicao em geral.

    Estmulo ao desencadeamento de processos de sensibilizao da sociedade para os proble-mas ambientais por intermdio da articulao entre os meios de comunicao.

    Estmulo e apoio criao de canais de acesso s informaes ambientais que possam serutilizadas na produo de programao, veiculao de notcias, em debates e outras formasde comunicao social.

    Estmuloeapoiocriaoeestruturaodeveculostcnico-cientcosparadivulgaona rea de educao ambiental.

    Identicaoe divulgaodeexperinciasexitosas emeducao ambiental, inclusive

    aquelas desenvolvidas luz do ProNEA.

    Fomento e apoio elaborao de planos e programas de comunicao para instncias go-vernamentais ligadas educao ambiental.

    I ti l t dif d i f b i i d d bi t l j t

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA4

    Incentivo coleta e difuso de informaes sobre experincias de educao ambiental juntoa usurios de recursos naturais, como forma de fortalecer aes locais que visem a adoode procedimentos sustentveis no uso do patrimnio comum.

    Estmulo socializao de informaes por meio das Salas Verdes de secretarias estaduaise municipais de meio ambiente.

    Incentivo produo artstica e literria, em suas diversas formas de expresso, como meiodedifundiraeducaoambientaljuntoapblicosespeccosousociedadeemgeral.

    Realizaodecapacitaoespeccasobreoacessostecnologiasdeinformaoecomu-nicao, inclusive sobre o uso do SIBEA.

    FortalecimentodoSIBEAparaquefuncionecomofonteconveldedadoseinformaesde interesse da Poltica e do Programa Nacional de Educao Ambiental, por meio de suaintegrao com as redes de educao ambiental.

    Incentivo alimentao de bancos de dados com informaes sobre aes na rea de edu-cao ambiental.

    Estmulo aos estados a formarem um cadastro dos diversos agentes que atuam na rea daeducao ambiental.

    Disponibilizao da pgina principal dos sites na Internet da DEA/MMA e da CGEA/MECem outros idiomas, como ingls e espanhol.

    3.2. Produo e apoio elaborao de materiais educativos e didtico-pedaggicos:

    Estabelecimento de parceria entre o MEC e o MMA para aquisio e produo de material

    referente temtica ambiental, como impressos e audiovisuais, a serem distribudos paratodos os estados.

    Produo, edio e distribuio, para todos os nveis de ensino, de material didtico quecontemple as questes socioambientais locais e regionais.

    Utilizao da tecnologia de ensino a distncia para a realizao de cursos pela DEA/MMAe pela CGEA/MEC.

    Apoio implantao de rdios comunitrias em plos irradiadores, mediante parceria com

    a Associao Brasileira de Rdios Comunitrias, cuja programao seja voltada especial-mente para o pblico jovem, como instrumento pedaggico e de fomento s atividadesambientalmente sustentveis.

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    Disponibilizao de informao sobre a temtica ambiental em receptivos tursticos, noservio militar, em programas de governo dirigidos a jovens, terceira idade, assentamentos

    agrcolas e outros grupos sociais.

    4. INCLUSO DA EDUCAO AMBIENTAL NAS INSTITUIES DE ENSINO

    4.1. Incentivo incluso da dimenso ambiental nos projetos poltico-pedaggicos das ins-tituies de ensino:

    Estabelecimento de uma reestruturao da educao em direo sustentabilidade, por meioinclusive da construo de novos currculos, nos quatro nveis de ensino, que contemplema temtica ambiental e estejam em sintonia com o ProNEA e com os Programas Estaduaisde Educao Ambiental.

    Incentivo gesto escolar dinmica, aproveitando as experincias acumuladas, trabalhandocom a pedagogia de projetos e promovendo a integrao entre as diversas disciplinas.

    Incluso da educao ambiental em escolas diferenciadas, como indgenas, ribeirinhas, depescadores, de assentamentos e de extrativistas.

    Incluso de disciplinas sobre meio ambiente na formao universitria, tornando esse tematransversal ao ensino, pesquisa e extenso.

    Estabelecimentodarevisodabibliograaedomaterialpedaggicoemgeral,priorizandoaqueles que abordem temas relativos preservao ambiental, assim como ao uso e aoconsumo sustentvel dos recursos naturais.

    Incluso de disciplinas que enfoquem o aspecto metodolgico da educao ambiental nocurrculo dos cursos de licenciatura.

    Promoo de eventos conjuntos entre as reas de educao ambiental formal e no-formal,visando construo de metodologias e instrumentos voltados abordagem da dimensoambiental.

    Estmulo construo da Agenda 21 escolar e comunitria.

    Estmulo efetiva implementao dos projetos em educao ambiental construdos pelacomunidade escolar, especialmente os provenientes da educao infantil e do ensino fun-damental.

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    4.2. Incentivo a estudos, pesquisas e experimentos em educao ambiental:

    Fomento criao e ao fortalecimento de ncleos de pesquisa e experimentao em edu-cao ambiental.

    Incentivo s instituies de ensino superior a implementarem projetos de extenso univer-sitria com enfoque em meio ambiente e educao ambiental.

    Coordenao e consolidao dos estudos e pesquisas relativos educao ambiental, porintermdio de uma rede de centros especializados.

    Estmulo ao compromisso das instituies de ensino superior e dos ncleos de pesquisa nosentido de retornar os resultados das pesquisas e estudos s comunidades envolvidas.

    Apoio aos projetos de pesquisa voltados construo de instrumentos, metodologias eprocessos para a abordagem da dimenso ambiental, que possam inclusive ser incorporadosaos currculos integrados dos diferentes nveis e modalidades de ensino.

    Estmulo e apoio criao de linhas de pesquisa para educao ambiental junto a rgos

    de fomento, como CAPES, CNPq, fundaes estaduais, entre outros.Estmulo abertura de editais para parcerias entre universidades e escolas em projetos de

    pesquisa e interveno que envolvam a temtica ambiental, nos moldes do projeto Melhoriada escola pblica, da Fapesp.

    5. MONITORAMENTO E AVALIAO DE POLTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS

    DE EDUCAO AMBIENTAL5.1. Anlise, monitoramento e avaliao de polticas, programas e projetos de educao am-

    biental, por intermdio da construo de indicadores:

    Apoio construo e divulgao de indicadores que subsidiem a avaliao dos resultadosesperados no mbito da Poltica e do Programa Nacional de Educao Ambiental.

    Incentivo realizao de diagnsticos socioambientais nos estados.

    Estmulo avaliao e ao acompanhamento, pelas CIEAs e pelos organismos municipais,

    dos programas de educao ambiental inseridos nos projetos para licenciamento ambientaldos empreendimentos.

    Vericao se os programas de gesto ambiental priorizam em suas propostas as causas

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    Vericaoseosprogramasdegestoambientalpriorizam,emsuaspropostas,ascausasdos problemas socioambientais e no apenas seus efeitos.

    ESTRUTURA ORGANIzACIONAL

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    7 Art. 1o do Decreto Presidencial no 4.281/2002.

    execuo da Poltica Nacional de Educao Ambiental est a cargo dos rgose entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNA-

    MA), das instituies educacionais pblicas e privadas dos sistemas de ensino, edos rgos pblicos da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, envolvendoentidades no-governamentais, entidades de classe, meios de comunicao e demaissegmentos da sociedade7.

    Por sua vez, a coordenao da Poltica Nacional de Educao Ambiental est a cargodo rgo Gestor, criado com a regulamentao da Lei no 9.795, de 27 de abril de1999, por intermdio do Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002, dirigido peloMinistrio do Meio Ambiente e pelo Ministrio da Educao, com o apoio de seuComit Assessor, e tendo como referencial programtico o presente documento(ProNEA). Os Anexos 7 e 8 descrevem as atribuies, competncias e composiodos colegiados do ProNEA.

    A

    O que se pretende com o di-

    logo, em qualquer hiptese (seja

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    g q q p ( jem torno de um conhecimento

    cientfico e tcnico, seja de umconhecimento experiencial), aproblematizao do prprio co-nhecimento em sua indiscutvel

    reao com a realidade concreta naqual se gera e sobre a qual incide,

    para melhor compreend-la, expli-c-la, transform-la.

    Paulo Freire

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    A N E X O S

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    A N E X O 1traad de Edca Ambena para Scedades

    Ssenves e Respnsabdade Gba

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    PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAO AMBIENTAL - ProNEA57

    Ssenves e Respnsabdade Gba

    Este Tratado, assim como a educao, um processo dinmico em permanente construo.Deveportantopropiciarareexo,odebateeasuaprpriamodicao.

    Ns, signatrios, pessoas de todas as partes do mundo, comprometidas com a proteo davida na Terra, reconhecemos o papel central da educao na formao de valores e na aosocial. Comprometemo-nos com o processo educativo transformador atravs de envolvimento

    pessoal, de nossas comunidades e naes para criar sociedades sustentveis e eqitativas.Assim, tentamos trazer novas esperanas e vida para nosso pequeno, tumultuado, mas aindaassim belo planeta.

    Introduo

    Consideramos que a educao ambiental para uma sustentabilidade eqitativa um processode aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educaoarmavaloreseaesquecontribuemparaatransformaohumanaesocialeparaapreser-vao ecolgica. Ela estimula a formao de sociedades socialmente justas e ecologicamente

    equilibradas, que conservam entre si relao de interdependncia e diversidade. Isto requerresponsabilidade individual e coletiva em nvel local, nacional e planetrio.

    Consideramos que a preparao para as mudanas necessrias depende da compreensocoletiva da natureza sistmica das crises que ameaam o futuro do planeta. As causas primriasde problemas como o aumento da pobreza, da degradao humana e ambiental e da violnciapodemseridenticadasnomodelodecivilizaodominante,quesebaseiaemsuperproduoe superconsumo para uns e em subconsumo e falta de condies para produzir por parte dagrande maioria.

    Consideramos que so inerentes a crise, a eroso dos valores bsicos e a alienao e a no-participao da quase totalidade dos indivduos na construo de seu futuro. fundamentalque as comunidades planejem e implementem suas prprias alternativas s polticas vigentes.Dentre essas alternativas est a necessidade de abolio dos programas de desenvolvimento,ajustes e reformas econmicas que mantm o atual modelo de crescimento, com seus terrveisefeitos sobre o ambiente e a diversidade de espcies, incluindo a humana.

    Consideramos que a educao ambiental deve gerar, com urgncia, mudanas na qualidade

    de vida e maior conscincia de conduta pessoal, assim como harmonia entre os seres humanos

    e destes com outras formas de vida.

    Princpios da Educao para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global:

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    1. A educao um direito de todos; somos todos aprendizes e educadores.

    2. A educao ambiental deve ter como base o pensamento crtico e inovador, em qualquertempo ou lugar, em seu modo formal, no-formal e informal, promovendo a transformao ea construo da sociedade.

    3. A educao ambiental individual e coletiva. Tem o propsito de formar cidados comconscincia local e planetria, que respeitem a autodeterminao dos povos e a soberania dasnaes.

    4. A educao ambiental no neutra, mas ideolgica. um ato poltico.

    5. A educao ambiental deve envolver uma perspectiva holstica, enfocando a relao entreo ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.

    6. A educao ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitoshumanos, valendo-se de estratgias democrticas e da interao entre as culturas.

    7. A educao ambiental deve tratar as questes globais crticas, suas causas e inter-relaesem uma perspectiva sistmica, em seu contexto social e histrico. Aspectos primordiais rela-cionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como populao, sade, paz, direitos

    humanos,democracia,fome,degradaodaoraefauna,devemserabordadosdessamanei -ra.

    8. A educao ambiental deve facilitar a cooperao mtua e eqitativa nos processos dedeciso, em todos os nveis e etapas.

    9. Aeducaoambientaldeverecuperar,reconhecer,respeitar,reetireutilizarahistriaindgena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingstica e ecolgica.Istoimplicaumavisodahistriadospovosnativosparamodicarosenfoquesetnocntricos,

    alm de estimular a educao bilnge.10. A educao ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populaes,

    promovendo oportunidades para as mudanas democrticas de base que estimulem os setorespopulares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a conduo de seusprprios destinos.

    11.Aeducaoambientalvalorizaasdiferentesformasdeconhecimento.Estediversicado,acumulado e produzido socialmente, no devendo ser patenteado ou monopolizado.

    12.Aeducaoambientaldeveserplanejadaparacapacitaraspessoasatrabalharemconitos

    de maneira justa e humana.

    13. A educao ambiental deve promover a cooperao e o dilogo entre indivduos e insti-tuies,comanalidadedecriarnovosmodosdevida,baseadosematendersnecessidadesbsicas de todos, sem distines tnicas, fsicas, de gnero, idade, religio ou classe.

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    bsicas de todos, sem distines tnicas, fsicas, de gnero, idade, religio ou classe.

    14. A educao ambiental requer a democratizao dos meios de comunicao de massa e

    seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicao um direito inalienvel e os meios de comunicao de massa devem ser transformados em umcanal privilegiado de educao, no somente disseminando informaes em bases igualitrias,mas tambm promovendo intercmbio de experincias, mtodos e valores.

    15. A educao ambiental deve integrar conhecimentos, aptides, valores, atitudes e aes.Deve converter cada oportunidade em experincias educativas de sociedades sustentveis.

    16. A educao ambiental deve ajudar a desenvolver uma conscincia tica sobre todas as

    formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e imporlimites explorao dessas formas de vida pelos seres humanos.

    Plano de Ao

    As organizaes que assinam este Tratado se propem a implementar as seguintes dire-trizes:

    1. Transformar as declaraes deste Tratado e dos demais produzidos pela Conferncia daSociedade Civil durante o processo da Rio-92 em documentos a serem utilizados na redeformal de ensino e em programas educativos dos movimentos sociais e suas organizaes.

    2. Trabalhar a dimenso da educao ambiental para sociedades sustentveis em conjuntocom os grupos que elaboraram os demais tratados aprovados durante a Rio-92.

    3. Realizar estudos comparativos entre os tratados da sociedade civil e os produzidos pelaConferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento UNCED; utilizaras concluses em aes educativas.

    4. Trabalhar os princpios deste Tratado a partir das realidades locais, estabelecendo as devidasconexes com a realidade planetria, objetivando a conscientizao para a transformao.

    5. Incentivar a produo de conhecimentos, polticas, metodologias e prticas de educaoambiental em todos os espaos de educao formal, informal e no-formal, para todas as faixasetrias.

    6. Promover e apoiar a capacitao de recursos humanos para preservar, conservar e gerenciar

    o ambiente, como parte do exerccio da cidadania local e planetria.

    7. Estimular posturas individuais e coletivas, bem como polticas institucionais que revisempermanentemente a coerncia entre o que se diz e o que se faz, os valores de nossas culturas,tradies e histria.

    8. Fazer circular informaes sobre o saber e a memria populares e sobre iniciativas e tec-

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    p pnologias apropriadas ao uso dos recursos naturais.

    9. Promover a co-responsabilidade dos gneros feminino e masculino sobre a produo,reproduo e manuteno da vida.

    10. Estimular e apoiar a criao e o fortalecimento de associaes de produtores e consumi-dores e de redes de comercializao ecologicamente responsveis.

    11. Sensibilizar as populaes para que constituam Conselhos populares de Ao Ecolgica eGesto do Ambiente visando investigar, informar, debater e decidir sobre problemas e polticasambientais.

    12. Criar condies educativas, jurdicas, organizacionais e polticas para exigir que os go-vernosdestinempartesignicativadeseuoramentoeducaoemeioambiente.

    13. Promover relaes de parceria e cooperao entre as ONGs e movimentos sociais e asagncias da ONU (UNESCO, PNUMA, FAO, entre outras), em nvel nacional, regional einternacional,amdeestabeleceremconjuntoasprioridadesdeaoparaaeducao,meioambiente e desenvolvimento.

    14. Promover a criao e o fortalecimento de redes nacionais, regionais e mundiais para rea-

    lizao de aes conjuntas entre organizaes do Norte, Sul, Leste e Oeste com perspectivaplanetria (exemplos: dvida externa, direitos humanos, paz, aquecimento global, populao,produtos contaminados).

    15. Garantir que os meios de comunicao se trans