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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.729
BELO HORIZONTE, 17 DE JANEIRO DE 2018.
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"Nunca a fortuna põe uma pessoa em tal altura que não precise de um amigo"
Sênega
ANEEL PROPÕE REAJUSTAR TARIFA DE ENERGIA RESIDENCIAL NO RIO EM 18,11% ....................................................... 2
AJUDANTE GANHA ADICIONAL POR INGRESSAR DURANTE POUCOS MINUTOS EM ALMOXARIFADO PERIGOSO .......... 2
SDI-1 REVERTE DECISÃO QUE INDENIZOU UMA SUPERINTENDENTE PELA PERDA DE CHANCE DE EMPREGO MELHOR . 3
FUNÇÕES DE CONFIANÇA EXERCIDAS POR MAIS DE 10 ANOS GARANTEM ESTABILIDADE FINANCEIRA ........................ 4
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO TEM MAIOR CARGA TRIBUTÁRIA, APONTA LEVANTAMENTO .................................. 6
JULGAMENTO ABRE POSSIBILIDADE DE CONTRIBUINTE REDUZIR GARANTIA FISCAL..................................................... 7
PRAZO PARA REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL PRESCREVE EM CINCO ANOS............................................... 9
CRIAÇÃO DE NOVAS ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA SERÁ ANALISADA PELA CAE .............................................. 10
SIMPLES NACIONAL – INSTALAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS ................................................................................ 10
PIS/COFINS – TODOS OS PRODUTOS CLASSIFICADOS NOS CÓDIGOS ELENCADOS NO ART. 1º DA LEI Nº 10.485 ESTÃO
SUJEITOS ÀS ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS ................................................................................................................... 11
PORTARIA DISPÕE SOBRE A COMPETÊNCIA PARA ANÁLISE DE DECLARAÇÕES RETIDAS EM MALHA FISCAL ................ 12
ATO INFORMA OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS À ENTREGA DE DOCUMENTOS DIGITAIS DE EMPRESAS SUCEDIDAS
PELAS EMPRESAS SUCESSORAS ................................................................................................................................... 12
TRF3 DECIDE QUE PROFISSÃO DE MARMORISTA DEVE SER RECONHECIDA COMO ATIVIDADE ESPECIAL .................... 12
AGE-MG REQUER TOMADA DE PROVIDÊNCIAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE A LEI KANDIR ............ 13
IPC-FIPE DESACELERA NA 2ª PRÉVIA DE JANEIRO ........................................................................................................ 13
FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO NO PAÍS CRESCEU 1,2% EM NOVEMBRO, CALCULA BANCO .............................. 14
GASTO DA PREVIDÊNCIA FICA ABAIXO DO PREVISTO .................................................................................................. 15
TJ-SP ANULA COBRANÇA DE ISS SOBRE TORRES DE CELULAR ...................................................................................... 16
Sumário
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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.729
BELO HORIZONTE, 17 DE JANEIRO DE 2018.
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ANEEL PROPÕE REAJUSTAR TARIFA DE ENERGIA RESIDENCIAL NO RIO EM
18,11%
Fonte: Valor Econômico. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propõe reajuste da
tarifa de energia de 18,11% para consumidores residenciais e de 17,28% para clientes industriais
da Enel Distribuição Rio (Enel Rio, antiga Ampla Energia).
A proposta faz parte do processo de audiência pública sobre a quarta revisão tarifária da
companhia — e os novos valores deverão ser aplicados em março.
Na próxima quinta-feira (18), a autarquia fará audiência pública presencial, em Niterói, para
discutir com consumidores da Enel Rio temas da quarta revisão tarifária e a qualidade do serviço
fornecido pela distribuidora.
A Enel Rio atende cerca de 3 milhões de unidades consumidoras, tanto na região metropolitana
do Rio de Janeiro quanto no interior do Estado.
“Nós do Conselho de Consumidores [da Enel Rio] também iremos nos manifestar e
apresentaremos as nossas contribuições para a audiência pública que definirá a revisão tarifária”,
afirmou Manoel Neto, presidente do Conselho de Consumidores da Enel Rio, em nota.
AJUDANTE GANHA ADICIONAL POR INGRESSAR DURANTE POUCOS MINUTOS EM ALMOXARIFADO PERIGOSO
Fonte: TST – Notícias. A Klabin S. A. foi condenada pela Terceira Turma do Tribunal Superior
do Trabalho a pagar adicional de periculosidade a um ajudante geral que ingressava várias vezes
em área de risco durante a jornada, mas por poucos minutos em cada passagem. A Turma
entendeu que, apesar de o tempo de exposição ser pequeno, ocorria várias vezes ao dia,
deixando de ser uma situação eventual e passando à exposição habitual. Dessa forma, não pode
ser aplicado ao caso o item I da Súmula 364 do TST, que, nas hipóteses de tempo extremamente
reduzido, afasta a percepção do adicional.
O empregado alegou que, ainda que o contato com agente perigoso fosse por tempo reduzido,
ele ocorria de forma contínua, habitual e permanente. Disse ter trabalhado com substâncias
nocivas à saúde, como graxa, cola e diversos produtos químicos, sem que a empresa fornecesse
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de forma correta.
O adicional foi negado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), que manteve
sentença denegatória, baseando-se na informação pericial de que o trabalhador ia à área de
risco, o almoxarifado, onde permanecia por tempo reduzido, para retirar o material necessário
para desempenhar a sua função, que demandava maior tempo nas áreas de costura, coladeira e
fardão. O Regional ressaltou o fato de o empregado não permanecer nesses ambientes de risco
executando ou aguardando ordens, mas adentrando ali por tempo mínimo.
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TST
Ao examinar o recurso do empregado contra essa decisão, o relator, ministro Alexandre Agra
Belmonte, destacou a constatação pericial de que o empregado ingressava diariamente, de
maneira intermitente, na área de risco, de três a cinco vezes por dia, durante cinco minutos em
cada ocasião. Assim, embora a sua jornada de trabalho não fosse cumprida dentro de área
considerada de risco, transitava pelo almoxarifado de forma habitual, onde ficava exposto a
condições de risco, o que configura o contato intermitente, afirmou.
Para o relator o contato do trabalhador nesse caso não pode ser considerado eventual, pois
ocorria diariamente e em decorrência do seu trabalho normal, o que demonstra habitualidade.
Para ele, é irrelevante o tempo de permanência do empregado sujeito a condições de perigo,
“uma vez que o trabalho em situação de risco configura perigo iminente e imprevisível, pois o
sinistro pode ocorrer a qualquer momento, e um único acidente com substância inflamável pode
ser fatal”.
A situação de risco não é cumulativa, afirmou, mas instantânea, de modo que, ainda que a
exposição ao agente de risco seja intermitente, subsiste o direito ao adicional de periculosidade.
O ministro Maurício Godinho Delgado, integrante da Terceira Turma, observou que o
empregado ficava exposto ao perigo por cerca de cem minutos (mais de uma hora e meia) por
semana e com vinte entradas. “Portanto, não é mesmo o caso do item I da Súmula 364”.
Por unanimidade, a Turma acompanhou o voto do relator.
(Mário Correia/GS)
Processo: RR-1887-57.2011.5.12.0007
SDI-1 REVERTE DECISÃO QUE INDENIZOU UMA SUPERINTENDENTE PELA PERDA DE CHANCE DE EMPREGO MELHOR
Fonte: TST – Notícias. A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal
Superior do Trabalho absolveu a Tivit Terceirização de Processos, Serviços e Tecnologia S.A. de
pagar indenizações pela perda de uma chance e por danos morais a uma superintendente
operacional. Ela disse ter recebido promessa de emprego da concorrente (Contax), e, então, a
Tivit teria feito contraproposta, aceita pela profissional, dispensada dois meses depois sem justa
causa.
Para a SDI-1, as alegações da trabalhadora não foram comprovadas, e, por isso, a Subseção
Especializada decidiu restabelecer o acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(Campinas/SP), antes reformado pela Segunda Turma do TST. A Turma restabelecera sentença
de primeiro grau que fixou a indenização pelo dano moral no valor de R$ 14 mil e pela perda de
uma chance em R$ 80 mil (valor equivalente a cinco salários de R$ 16 mil, considerando-se o
período em que ela ficou sem emprego).
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Conforme o TRT, nos documentos juntados pela própria trabalhadora (correspondências
eletrônicas), não havia prova segura das afirmações dela. Considerou também a ausência de
comprovação de que a superintendente recusou-se a trabalhar na Contax para continuar na
Tivit. Para o Regional, ainda faltou demonstração de que a empregadora fez oferta em razão da
proposta da concorrente, o que ensejaria a referida “perda de uma chance”.
Antes, o juízo de origem reconhecera que a empregada foi vítima de uma chance perdida com
base no depoimento de uma única testemunha, considerado frágil pelo Regional. O acórdão da
segunda instância destacou que a condenação pela impossibilidade de concretização de uma
chance exige prova quanto à promessa de uma situação futura melhor.
Nesse depoimento, a testemunha contou que participou de um processo seletivo na Contax em
fevereiro de 2010, e, na ocasião, encontrou a profissional que ajuizou a ação, quando foram
entrevistadas para disputar a mesma vaga. Passados dois meses, disse ter sido chamada pela
Contax para trabalhar, apesar de sua concorrente ter sido aprovada em primeiro lugar, conforme
a informação do gerente. A superintendente da Tivit teria optado por não aceitar o novo
emprego.
SDI-1
Relator dos embargos apresentados contra a decisão da Turma, o ministro Cláudio Mascarenhas
Brandão concluiu pela contrariedade à Súmula 126 do TST, pois a Segunda Turma, para decidir
de modo contrário ao Regional, fez novo valor sobre o depoimento de testemunha transcrito
pelo TRT, que, soberano no exame dos fatos e das provas, afirmara a fragilidade do relato. Além
disso, Cláudio Brandão afirmou que aquele órgão judicante do TST, indevidamente, revolveu
fatos e provas ao fundamentar sua decisão em trechos extraídos dos autos que não foram
registrados no acórdão do TRT.
Diante da fundamentação do relator, a SDI-1, por unanimidade, conheceu do recurso de
embargos da Tivit, por contrariedade à Súmula 126 do TST, e, no mérito, deu-lhe provimento
para restabelecer o acórdão regional. Foram interpostos embargos declaratórios, ainda não
julgados.
(Lourdes Tavares/GS)
Processo: E- RR – 524-38.2012.5.15.0097
FUNÇÕES DE CONFIANÇA EXERCIDAS POR MAIS DE 10 ANOS GARANTEM ESTABILIDADE FINANCEIRA
Fonte: TRT – 6ª Região. Demonstrados o exercício de funções de confiança por mais de 10
anos e a reversão ao cargo efetivo sem justo motivo, trabalhadora faz jus à estabilidade
financeira, com base na média das gratificações percebidas nos últimos 10 anos, devidamente
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corrigidas, até posterior decisão definitiva. Foi esse o entendimento do Pleno do Tribunal
Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), ao julgar Mandado de Segurança (MS) impetrado
por trabalhadora do Banco do Brasil. O acórdão encontra fundamento na Súmula n.º 372, item
I, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ao ter indeferido pela 1ª instância pedido de antecipação de tutela no sentido de incorporar ao
seu salário gratificação de função exercida por mais de 13 anos, a autora entrou com o MS na
2ª instancia do TRT. A seu favor, alegou que a decisão atacada é ilegal e que recebeu a
remuneração da função comissionada no período de 23.12.2003 até 31.05.2017.
Além disso, afirmou que a reversão ao cargo efetivo foi imotivada, restando nitidamente
preenchidos os requisitos do item I da Súmula 372, do TST e demonstrados a fumaça do bom
direito e o perigo da demora, requisitos necessários à concessão da antecipação da tutela. Com
esses fundamentos, pleiteou a manutenção da vantagem ou a incorporação da média
remuneratória recebida nos últimos 10 anos, a contar da redução salarial, sob pena de multa
diária.
O relator do MS, desembargador Valdir Carvalho, acolheu de plano o pedido liminar, pois
ficaram demonstradas a ilegalidade do ato atacado e a existência de ofensa a direito líquido e
certo, nos termos do artigo 1°, da Lei n° 12.016/09, requisitos fundamentais autorizadores da
concessão da segurança.
Para fundamentar seu voto, o relator esclareceu que não se discute o direito potestativo –
aquele que não admite contestações – do Banco de destituir a autora de funções comissionadas,
determinando o seu retorno ao cargo efetivo, “mas os efeitos desse ato após dez anos de
exercício de tais funções”. Em complemento, colocou que há, no caso concreto, “prova pré-
constituída do exercício de funções de confiança pela impetrante por mais de dez anos, bem
como a reversão ao seu cargo efetivo sem justo motivo, e, ainda, a certeza quanto às funções a
serem consideradas para apuração da média do valor a ser pago a título de estabilidade
financeira”, motivos pelos quais não há que se falar “em ausência de liquidez e de certeza do
direito”.
Diante de todos esses elementos e em consonância com o parecer do Ministério Público do
Trabalho, o Pleno determinou o pagamento, no salário mensal da impetrante, da média das
gratificações percebidas nos últimos 10 anos, devidamente corrigidas, a partir da data da
concessão da liminar, em 17.10.2017, até posterior decisão definitiva no processo de origem.
Decisão na íntegra (link externo)
As decisões de primeira e segunda instância seguem o princípio do duplo grau de jurisdição,
sendo passíveis de recurso conforme o previsto na legislação processual. Essa matéria foi
produzida pelo Núcleo de Comunicação Social do TRT-PE e tem natureza informativa, não
sendo capaz de produzir repercussões jurídicas.
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INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO TEM MAIOR CARGA TRIBUTÁRIA, APONTA
LEVANTAMENTO
Fonte: Valor Econômico. Entre os grandes setores, a indústria de transformação é a que arca
com maior carga tributária. O setor pagou em tributos o equivalente a 44,8% do PIB do setor
em 2016, enquanto no comércio essa fatia é de 36,4% e nos serviços, de 23,1%.
A carga da indústria, porém, caiu em relação a 2015, quando o percentual foi de 45,7%. O
levantamento foi feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com
base em dados da Receita e do IBGE. A carga tributária total foi de 28,1% levando em conta as
empresas de todos os setores e sem contabilizar o imposto pago pelas pessoas físicas. Na
construção civil o total de tributos foi de 13,9% do PIB e de 6,7% nas atividades agrícola e
extrativista.
A distribuição da carga tributária, com concentração na indústria de transformação é um reflexo
da estrutura de cobrança de impostos no país, que se concentra em bens e serviços e pouco
em renda e patrimônio, diz Guilherme Mercês, economista-chefe da Firjan.
Por isso o tributo mais representativo na arrecadação é o Imposto sobre Circulação de
Mercadoria e Serviços (ICMS), que responde por 27,9% dos tributos recolhido por empresas de
todos os setores econômicos. Mercês lembra que além de ser menos representativa, a
tributação sobre bens e serviços em locais como a Europa e os Estados Unidos seguem um
sistema mais simples e menos oneroso.
"Na Europa há o IVA [Imposto sobre Valor Adicionado] e nos Estados Unidos, o sales tax. No
Brasil há o ICMS, em que se adota o modelo de substituição tributária, no qual a indústria
antecipa o imposto que deverá ser pago depois com base em preços projetados. E na exportação
há o grande drama dos créditos tributários", afirma o economista.
Os produtos da indústria brasileira, diz Mercês, entram no mercado internacional com um
sobrepreço tributário muito grande. A estrutura tributária, avalia o economista, não condiz com
a realidade atual, já que a sistemática de arrecadação é cumulativa e idealizada na década de 60,
quando o setor industrial era o motor da economia.
Um agravante, diz o economista, é que a elevação de carga tributária vem sendo o instrumento
para o ajuste das contas públicas, que voltou a ser prioridade, para evitar o crescimento
expressivo da dívida e os efeitos macroeconômicos perversos dele decorrentes.
Em 2016, destaca o levantamento da Firjan, o governo federal optou por aumentar as alíquotas
da contribuição previdenciária calculada sobre a receita bruta de alguns segmentos.
Adicionalmente, aponta, as alíquotas de IPI para bebidas e eletrônicos aumentaram e os itens
de informática passaram a pagar alíquota cheia de PIS/Cofins. Na esfera estadual, aponta o
estadual, houve aumentos de ICMS na maioria dos Estados.
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Essa opção por resolver ao menos parte do ajuste fiscal por meio do aumento de tributos
durante o período de maior recessão da economia brasileira, diz Mercês, dificultam a retomada
do crescimento. As empresas fecharam portas ou ficaram inadimplentes, sem capacidade para
pagar tributos.
Em 2016, aponta ele, o número de empresas extintas chegou a 365 mil, o maior em 17 anos,
enquanto o número de empresas abertas foi de 424,7 mil, o nível mínimo da série. O saldo entre
abertura e fechamento, diz Mercês, foi de 59, 7 mil empresas, o menor desde 2000 e menos de
um sexto da média do período, citando dados do departamento de registro empresarial e
integração ligado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Isso, diz o
economista ajudar a explicar a queda de arrecadação de 2,3% em 2016, embora em ritmo menos
intenso que o da economia, que recuou 3,6%.
Não foi à toa, diz Mercês, que o governo federal ofereceu o Refis, programa de parcelamento
de tributos, como forma de fazer contribuintes retornarem à base tributária. Esse retorno, até
mesmo da parcela de contribuintes que migrou para a informalidade, diz o economista, deve
acontecer também à medida em que a economia se recuperar. O ritmo, porém, dependerá da
retomada e também da carga tributária.
Nesse sentido, a aprovação da reforma previdenciária é importante também para que haja
também contenção dos gastos, com menor pressão pelo ajuste por elevação de tributos.
Da mesma forma a reforma tributária torna-se cada vez mais urgente, agravada pelo fato de que
os demais países caminham para a redução da carga tributária. Mesmo regionalmente, diz
Mercês, o volume de impostos do Brasil é muito maior. A carga tributária dos mercados
emergentes, aponta Mercês, é de 27%, contra 32% da total brasileira. Nos países latino
americanos, é de 23%. "O Brasil tem uma carga maior e não há contrapartida em termos de
serviços oferecidos."
Mudanças que retirem distorções e simplifiquem a tributação são bem vindas, mesmo que a
estratégia seja modificar os tributos federais para depois conseguir alterar o ICMS. O
importante, diz ele, é que fique claro o escopo da reforma e que ela não eleve a carga tributária.
JULGAMENTO ABRE POSSIBILIDADE DE CONTRIBUINTE REDUZIR GARANTIA
FISCAL
Fonte: Valor Econômico. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) admitiu a possibilidade de
liberação progressiva de garantias oferecidas em processo de execução fiscal (cobrança) à
medida que dívidas parceladas forem pagas. O contribuinte que levou a tese ao tribunal, porém,
não obteve o direito por ter sido excluído do programa por inadimplência. Mas o fato de os
ministros terem aceitado a possibilidade pode abrir novos caminhos para essa discussão,
segundo advogados tributaristas.
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O julgamento é da 1ª Turma do STJ. O contribuinte teve sua conta bancária bloqueada em uma
execução fiscal e os valores não foram convertidos à penhora - quando transferidos para a conta
judicial. A quantia ficou bloqueada na conta corrente mesmo com a sua adesão a um
parcelamento de dívidas tributárias.
Segundo decisão do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, seguida pela maioria, a
jurisprudência do STJ entende que a adesão ao programa de parcelamento não afasta a
constrição de valores bloqueados. Isso porque, até que a dívida seja plenamente quitada pelo
devedor, o Fisco pode retomar a execução fiscal em caso de inadimplência. "Deveras, é preciso
atentar que a execução deve se processar de forma calibrada, a fim de se alcançar a finalidade
do processo de execução, ou seja, a satisfação do crédito, com o mínimo de sacrifício do
devedor, que não pode ser condenado ao desespero ou à quebra para cumprir a sua obrigação
fiscal", diz a decisão. (Resp 1266318/RN).
Nesse sentido, de acordo com o ministro, constatado o gradual pagamento das parcelas no
parcelamento, "deve-se assegurar ao devedor a liberação proporcional dos valores constrictos,
no intuito de manter a equivalência entre o débito tributário e a garantia da execução. "Ao
reverso, impedir a liberação proporcional dos valores bloqueados causaria inescusável ônus ao
devedor, notadamente nas hipóteses de parcelamento de longo prazo", disse Maia Filho. O
magistrado entendeu ser legítima a liberação progressiva e proporcional do valor da garantia
ofertada pelo devedor, "na exata dimensão da parcela quitada".
No processo, no entanto, a Fazenda Nacional comprovou que o parcelamento foi rescindido,
por isso o pedido do contribuinte foi julgado prejudicado.
O advogado Pedro Teixeira de Siqueira Neto, do Bichara Advogados, afirma que o entendimento
é super relevante e muda o paradigma que vinha sendo seguido pelo STJ para não reduzir a
garantia nos processos de execução fiscal.
A tese, segundo Siqueira Neto, pode auxiliar diversas empresas que mesmo ao desistir da ação
para incluir a dívida no parcelamento, ficam com as garantias (como carta de fiança ou seguro
garantia) retidas no processo até o fim do pagamento da dívida. "Com essa decisão, podemos
ver a possibilidade de discutir a renovação das apólices por valores mais baixos, com base na
dívida atual da empresa ano a ano".
Os advogados Rafael Augusto Pinto e Fernando Rezende Andrade, do Negreiro, Medeiros &
Kiralyhegy Advogados, afirmam que o entendimento pode servir de parâmetro para as empresas
que tiveram valores bloqueados, mas não penhorados (transferidos para uma conta judicial)
antes da adesão ao parcelamento.
Nesses casos, em geral, alguns parcelamentos como o da Lei nº 11.941, de 2009, o Refis da
Crise, estabelecem expressamente a impossibilidade de levantamento das penhoras. "No
entanto, entendo que à medida que o parcelamento for sendo quitado, não é certo o
contribuinte ter bloqueado o valor integral da dívida, sob pena, inclusive, de enriquecimento
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ilícito do Fisco", diz Andrade. Isso porque, segundo o advogado, se dívida é de R$ 100 e o
contribuinte já pagou R$ 50 no parcelamento, não faz sentido manter um bloqueio de R$ 100.
Para o advogado Maurício Faro, do BMA Advogados, a construção do entendimento do relator
no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, foi bem interessante. "Há meios de satisfazer o
crédito sem que seja necessário exigir uma garantia superior ao débito atual", afirma.
Por nota, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que "a tese sequer foi
votada pelos ministros, tendo sido deixado muito claro na sessão de julgamento que não se
estava acolhendo referida possibilidade de liberação da garantia". E que a Fazenda Nacional
possui inúmeros argumentos contrários a tal tese. "Contudo, não houve maiores discussões
sobre o assunto, porquanto o contribuinte foi excluído do parcelamento, suprimindo o interesse
processual na discussão".
Procurada pelo Valor, a advogada do contribuinte não retornou até o fechamento da
reportagem.
PRAZO PARA REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL PRESCREVE EM CINCO ANOS
Fonte: TRF – 1ª Região. A 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmou
sentença que reconheceu a prescrição da cobrança da Certidão de Execução Fiscal (CDA) nº
31.768.130-3. De acordo com o relator, juiz federal convocado Clodomir Sebastião Reis, no
presente caso a empresa foi citada em 08/11/1995, o que ensejou a interrupção da prescrição
da citada CDA. No entanto, apenas em 22/12/2005 o INSS postulou o redirecionamento da
execução fiscal.
Na decisão, o magistrado citou entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no sentido
de que a citação da sociedade executada interrompe a prescrição em relação aos seus sócios-
gerentes para fins de redirecionamento da execução fiscal, que deverá ser promovida no prazo
de cinco anos, com a finalidade de evitar a imprescritibilidade das dívidas fiscais.
“Tendo em vista que o redirecionamento da execução fiscal pelo INSS ocorreu 10 anos após a
citação, conclui-se que ocorreu a prescrição da pretensão da cobrança pela União”, afirmou o
relator. A decisão foi unânime.
Processo nº 0018245-96.2007.4.01.3800/MG
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CRIAÇÃO DE NOVAS ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA SERÁ ANALISADA PELA CAE
Fonte: Senado Notícias. Proposições legislativas
PLS 517/2015
Projeto que modifica as alíquotas e as faixas de tributação constantes na tabela progressiva do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) está em pauta na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE). O objetivo do PLS 517/2015, segundo seu ator, o ex-senador Donizeti Nogueira, é adequar
os valores da tabela progressiva à realidade atual, corrigindo distorções.
“Hoje, o estabelecimento de apenas quatro alíquotas com uma amplitude de pouco mais de duas
vezes entre a faixa isenta e a da alíquota mais elevada de 27,5% não atende à justiça fiscal em
relação ao IRPF e acarreta a tributação de muitas pessoas que deveriam estar isentas”, afirma
Donizeti na justificativa do projeto.
O projeto fixa uma faixa de isenção até o valor mensal de R$ 3.300, o que representaria o
correspondente ao suprimento das necessidades de uma família de quatro membros e estabelece
faixas de tributação com alíquotas de 5%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 35% e 40%. A amplitude
entre o valor isento e o da faixa mais elevada (R$ 49.500), sujeita à alíquota de 40%, é de 15 vezes.
O autor afirma que as modificações propostas não afetarão a arrecadação global da União, pois a
redução do tributo devido promovida para as classes mais baixas será compensada com o aumento
para as superiores. No entanto, a relatora na CAE, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), apresentou um
substitutivo, por considerar que uma leitura estrita das normas orçamentárias conduz à conclusão
de que pode haver renúncia de receita pública.
A senadora sugere, para que seja mantida a neutralidade da carga tributária proposta, que os valores
previstos sejam atualizados monetariamente. Dessa forma, Vanessa propõe a correção anual da
tabela progressiva do IRPF a partir do ano-calendário de 2019 com base na variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pela Fundação IBGE, referente ao
segundo ano-calendário anterior.
SIMPLES NACIONAL – INSTALAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS
Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 7027 Disit/SRRF07
DOU de 17/01/2018
ASSUNTO: Simples Nacional
EMENTA: INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS. EMPRESAS
OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL.
A empresa optante pelo Simples Nacional contratada unicamente para prestar serviço de
instalação de estruturas metálicas, deve ser tributada, em relação a essa atividade, na forma do
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Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006. Os serviços de instalação de estruturas
metálicas prestados por empresas optantes pelo Simples Nacional não se sujeitam à retenção
da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, ainda que prestados
mediante empreitada. Entretanto, se os serviços forem prestados mediante cessão ou locação
de mão-de-obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 13, VI, e art. 18, §5º-B, IX, §5º-C; Lei nº 8.212, de 1991,
art. 22; e Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, arts. 112, 117, III, 142, III e 191. SOLUÇÃO
DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 255, DE 15 DE
SETEMBRO DE 2014.
PIS/COFINS – TODOS OS PRODUTOS CLASSIFICADOS NOS CÓDIGOS ELENCADOS NO ART. 1º DA LEI Nº 10.485 ESTÃO SUJEITOS ÀS ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS
Fonte: Receita Federal. Solução de Consulta 4001 Disit/SRRF04
DOU de 17/01/2018
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins
MICRORREGIME DE COBRANÇA CONCENTRADA.
A expressão “máquinas, implementos e veículos”, constante do art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002,
é extremamente ampla e não permite estabelecer distinção, para fins de aplicação desse
dispositivo legal, entre os produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados nele mencionados. Consequentemente, todos os produtos
classificados nos códigos elencados no art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002, estão sujeitos às
alíquotas diferenciadas nele previstas, independentemente de suas características, exceto se se
tratar de partes e peças dos mesmos. VINCULAÇÃO ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT Nº
592, de 21 de dezembro de 2017, nº 603, de 21 de dezembro de 2017, e nº 682, de 29 de
dezembro de 2017. Dispositivos Legais: Lei nº 10.485, de 2002, art. 1º.
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
MICRORREGIME DE COBRANÇA CONCENTRADA.
A expressão “máquinas, implementos e veículos”, constante do art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002,
é extremamente ampla e não permite estabelecer distinção, para fins de aplicação desse
dispositivo legal, entre os produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados nele mencionados. Consequentemente, todos os produtos
classificados nos códigos elencados no art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002, estão sujeitos às
alíquotas diferenciadas nele previstas, independentemente de suas características, exceto se se
tratar de partes e peças dos mesmos. VINCULAÇÃO ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT Nº
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592, de 21 de dezembro de 2017, nº 603, de 21 de dezembro de 2017, e nº 682, de 29 de
dezembro de 2017. Dispositivos Legais: Lei nº 10.485, de 2002, art. 1º.
PORTARIA DISPÕE SOBRE A COMPETÊNCIA PARA ANÁLISE DE DECLARAÇÕES RETIDAS EM MALHA FISCAL
Fonte: Receita Federal. Portaria 65 Sufis
DOU de 17/01/2018
Dispõe sobre a competência para análise de declarações retidas em Malha Fiscal de pessoas
físicas não residentes no Brasil e residentes ausentes do País, e dá outras providências.
ATO INFORMA OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS À ENTREGA DE DOCUMENTOS DIGITAIS DE EMPRESAS SUCEDIDAS PELAS EMPRESAS SUCESSORAS
Fonte: Receita Federal. Ato Declaratório Executivo 1 Cogea
DOU de 17/01/2018
Informa os procedimentos relativos à entrega de documentos digitais de empresas sucedidas
pelas empresas sucessoras e à apresentação de manifestação de inconformidade/impugnação,
nas hipóteses de: (i) processos eletrônicos, (ii) atuação de corresponsáveis em processos digitais,
e (iii) inexistência de processo digital ou eletrônico que controle o débito impugnado, bem como
estabelece outros procedimentos.
TRF3 DECIDE QUE PROFISSÃO DE MARMORISTA DEVE SER RECONHECIDA COMO ATIVIDADE ESPECIAL
Fonte: TRF – 3ª Região. Trabalhador esteve exposto a agentes insalubres ocasionados por ruído
e inalação de pó de mármore e poeiras minerais
O desembargador federal Nelson Porfírio, da Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região (TRF3), reconheceu como especial o tempo de serviço de um segurado do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) que desempenhou a profissão de marmorista em diversos
períodos entre 1968 e 1971.
O magistrado entendeu comprovado que o autor trabalhou como marmorista, conforme
anotações em sua carteira de trabalho (CTPS), “sendo indiscutível que, no exercício da referida
atividade, o trabalhador encontra-se exposto a agentes insalubres ocasionados não só pelo
ruído, mas também pela inalação de pó de mármore e poeiras minerais oriundas do corte e
polimento das pedras”.
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Como consequência, o desembargador reconheceu a natureza especial das atividades exercidas
nos períodos relacionados, conforme código 1.2.10 do Decreto n.º 53.531/64 e código 1.2.12
do Decreto n.º 83.080/79.
No TRF3, a ação recebeu o Nº 0004334-84.2011.4.03.6107/SP.
AGE-MG REQUER TOMADA DE PROVIDÊNCIAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE A LEI KANDIR
Fonte: Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais. A AGE-MG peticionou na Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão nº 25 (ADO 25), que trata das compensações da Lei Kandir,
na condição de amicus curiae, para informar o decurso do prazo estabelecido na decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) e requerer que seja oficiado o TCU para dar cumprimento ao
julgado.
A ADO 25 foi proposta pelo Estado do Pará após dez anos da promulgação da Emenda
Constitucional nº 42 de 2003, que elevou ao status de imunidade a desoneração do ICMS nas
exportações de produtos primários, semielaborados e de serviços. Além disso, foi incluído o
artigo 91 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), para determinar que o
Congresso Nacional editasse Lei Complementar que regulamentasse a forma de apuração do
montante mensal de compensação.
Atendendo ao pedido do Estado do Pará, o STF reconheceu a mora do Congresso Nacional e
consignou que o Poder Legislativo possuía o prazo de 1 (um) ano para legislar, a contar da data
de publicação da ata da sessão de julgamento (ou seja, a partir de 4/12/2016). Caso não fosse
editada a norma reclamada, caberia ao Tribunal de Contas da União (TCU) fixar o valor do
montante total a ser transferido e as quotas a que fazem jus cada Estado e seus Municípios.
Uma vez tendo o prazo determinado se esgotado em 04/12/2017 sem a aprovação da norma
regulamentadora dos repasses, cabe ao TCU a apuração do montante devido, conforme os
critérios estabelecidos pelo caput do art. 91 do ADCT. É o que informa e requer o Estado de
Minas Gerais ao STF.
IPC-FIPE DESACELERA NA 2ª PRÉVIA DE JANEIRO
Fonte: Valor Econômico. A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 0,49% na
segunda quadrissemana de 2018, vindo de 0,55% no período concluído uma semana antes. Na
segunda quadrissemana de 2017, o indicador de preços das famílias paulistanas havia avançado
0,69%. Na de dezembro, a inflação apontada era de 0,46%. Das sete classes de despesas
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analisadas pelo indicador, quatro tiveram inflação inferior à registrada no período anterior, ou
até deflação contra uma variação positiva: Habitação (de 0,59% para 0,31%), Despesas Pessoais
(0,37% para -0,16%) e Vestuário (0,03% para -0,11%) — que já vinham desacelerando nas
últimas semanas de dezembro e na primeira de janeiro —, além de Saúde (0,58% para 0,57%).
Tiveram pressão maior os segmentos de Alimentação (0,57% para 0,77%), Transporte (0,84%
para 1,14%) e Educação (0,64% para 1,14%), que já haviam acelerado na semana anterior. A
tomada de preços para esse levantamento foi realizada entre os dias 16 de dezembro e 15 de
janeiro, tendo como base de comparação o período de 16 de novembro a 15 de dezembro. A
próxima divulgação do IPC da Fipe, relativa ao período de 24 de dezembro a 23 de janeiro,
ocorrerá no dia 29 de janeiro.
FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO NO PAÍS CRESCEU 1,2% EM NOVEMBRO,
CALCULA BANCO
Fonte: Valor Econômico. A formação bruta de capital fixo aumentou 1,2% em novembro, ante
outubro, feito o ajuste sazonal, de acordo com cálculo do Itaú Unibanco, elaborado a partir de
dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM -PF), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), e da balança comercial da Fundação Centro de Estudos de
Comércio Exterior (Funcex).
A FBCF é uma medida do que se investe em máquinas, equipamentos, construção civil e
inovação. A série derivada desse cálculo mostra boa correlação trimestral (82%) com a FBCF
das Contas Nacionais, do IBGE, afirma a instituição.
O investimento aumentou no primeiro trimestre de 2017, caiu no segundo e aumentou no
terceiro. Após cinco meses consecutivos de alta, a FBCF voltou a se retrair em outubro (-1,7%),
devido principalmente à queda da produção de insumos da construção civil no mês. Em
novembro, subiu 1,2%. A média móvel de três meses aumentou ligeiramente, 0,2%. Na
comparação ante o mesmo mês de 2016, o indicador cresceu 6,7%.
"Com a queda dos juros e a apreciação cambial, a alavancagem empresarial cedeu. Aliando isso
a um ambiente externo propício a países emergentes, as empresas puderam iniciar o processo
de retomada do investimento em 2017. Olhando à frente, projetamos que a FBCF manterá
tendência de crescimento, consistente com a retomada gradual da atividade econômica
brasileira", afirmam os economistas Artur Manoel Passos e Alexandre Gomes da Cunha, autores
da nota.
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GASTO DA PREVIDÊNCIA FICA ABAIXO DO PREVISTO
Fonte: Valor Econômico. Principal problema fiscal do governo, as despesas previdenciárias
terminaram o ano passado abaixo do esperado, segundo dados preliminares do governo. Esse
foi um dos fatores para o déficit primário ter ficado melhor do que a meta para o ano. Segundo
uma fonte informou ao Valor, o gasto obrigatório ficou cerca de R$ 10 bilhões menor que o
projetado, sendo que em torno da metade disso foi de despesa a menos na Previdência.
O governo projetava para o ano um déficit de R$ 185,9 bilhões para a Previdência em 2017,
número que tende a ficar menor dado o melhor desempenho das despesas, que estavam
superestimadas.
De acordo com dados do Tesouro, no período de agosto a novembro a despesa previdenciária
já estava vindo com um desempenho melhor do que o programado. Os números apontavam R$
197,6 bilhões de gasto realizado, montante 1% menor do que o programado. Entre janeiro e
julho, essa rubrica ficou exatamente dentro do previsto no Orçamento.
O economista Sérgio Gobetti, que tem buscado antecipar o resultado fiscal do governo, calculou
a despesa no ano em R$ 557,8 bilhões, montante menor do que os R$ 561,4 bilhões que
constavam na projeção do relatório extemporâneo divulgado em dezembro. No lado das
receitas, a estimativa dele apontava um total de R$ 374,9 bilhões, o que geraria um déficit de
182,3 bilhões, menor, portanto, do que o estimado pelo governo em meados de dezembro.
Somente em dezembro, o déficit apurado nas contas dele foi de R$ 13 bilhões, com receitas de
R$ 45,8 bilhões e despesas de R$ 58,8 bilhões. O Tesouro projetava para dezembro um
resultado semelhante, mas com receitas de R$ 49,9 bilhões e despesas de R$ 63 bilhões.
Os números recentemente levantados pelos economistas do Ibre/FGV, Vilma Pinto e José
Roberto Afonso, mostram que a arrecadação previdenciária no mês de dezembro teve um
desempenho forte, com alta real de 2,3% ante igual mês de 2016, encerrando o período todo
de 2017 com elevação de 1,4%, acima da inflação.
Ontem, o Valor mostrou que há possibilidade de o resultado primário do governo central ter um
déficit menor do que R$ 120 bilhões, bem abaixo da meta de R$ 159 bilhões. Os números ainda
estão sendo apurados pelos técnicos do governo e só ficaram prontos no final do mês. O
desempenho forte da receita no fim do ano foi o principal fator para esse resultado.
Segundo o consultor da Câmara e ex-secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, a
projeção da consultoria da Câmara para o déficit da Previdência do INSS era bem próxima às
estimativas do governo. Na avaliação dele, neste ano, não houve nada de anormal que
justificasse uma redução dessa despesa previdenciária.
Rolim acredita que apenas uma receita acima do esperado, por causa da melhora do mercado
de trabalho, pode justificar um déficit da previdência inferior ao projetado. "Não há fato que
justifique uma redução da despesa do INSS no curto prazo", frisou Rolim.
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Mesmo que se confirme um desempenho melhor do que o projetado nos relatórios finais, isso
nem de longe é motivo para tranquilidade. Para se ter uma ideia, de janeiro a novembro essa
rubrica apresentou expansão real (considerando a inflação medida pelo IPCA) de 6,1%, segundo
os dados do Tesouro. Em valores, isso representa quase R$ 30 bilhões a mais na conta paga
pelo governo federal.
Se fechar o ano no número projetado por Sérgio Gobetti, a despesa da Previdência vai ter
representado mais de 42% da despesa total do governo. Junto com o gasto com pessoal (que é
a segunda maior rubrica de gastos e até novembro de 2017 crescia 7,1% em termos reais), o
governo tem 64% de gastos obrigatórios que comprimem o espaço para outras despesas
públicas, principalmente de investimentos, em especial no ambiente de restrição imposto pelo
teto de gastos públicos, que vai ficando cada vez mais difícil de ser cumprido.
Esse é um dos motivos para o governo estar buscando fazer a reforma da Previdência, de forma
a moderar o ritmo de expansão dessa despesa.
TJ-SP ANULA COBRANÇA DE ISS SOBRE TORRES DE CELULAR
Fonte: Valor Econômico. Depois de perder a causa na esfera administrativa, uma empresa que
administra torres de telefonia celular confirmou na 14ª Câmara de Direito Público do Tribunal
de Justiça de São Paulo (TJ-SP) sentença que anulou a cobrança pelo município de São Paulo
do Imposto sobre Serviços (ISS) nessa atividade. No processo, (1010353-98.2015.8.26.0053),
a companhia alegou que sua atividade não configura prestação de serviços, mas locação de bens
móveis e, portanto, não está sujeita à tributação pelo imposto municipal.
De acordo com o advogado que patrocinou a ação, Jayr Gavaldão, do escritório Duarte Garcia
Advogados, os autos de infração da fazenda municipal pela falta de pagamento do tributo nos
últimos quatro anos somam cerca de R$ 20 milhões. "Por meio de uma minuciosa perícia
realizada com especialista em telecomunicações, conseguimos demonstrar que se trata de um
mero contrato de locação, cujos detalhes estão estritamente relacionados à própria torre, e não
aos serviços de telefonia celular oferecidos aos clientes da operadora", afirma o advogado.
É o primeiro processo que se tem conhecimento sobre a matéria, o que, na opinião do advogado,
poderia indicar que a prefeitura estaria "testando" uma tese para cobrar o imposto das
proprietárias de torres para telefonia celular. "Caso fosse acatada pelo tribunal, o impacto na
arrecadação seria relevante, considerando o número expressivo de empresas que atuam nessa
área na cidade de São Paulo", acredita.
Por meio de nota, a Procuradoria-Geral do Município informou que a atividade não é uma
simples cessão de posse da antena. "Há uma atividade complexa por trás da cessão da tecnologia
das antenas, que envolve diversas obrigações para viabilizar o uso de infraestrutura de
telecomunicação pelo tomador do serviço", informou.
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O Fisco lavrou vários autos de infração contra a empresa, cobrando ISS a uma alíquota de 5%
incidentes sobre supostos serviços de manutenção de máquinas e outros aparelhos, além de
assessorias de qualquer natureza, conforme itens 14.01 e 17.01 da lista de serviços anexa à Lei
Municipal nº 13.701/03.
Para a prefeitura, além da locação da infraestrutura física, a companhia se responsabiliza por
toda a parte de assessoria técnica às empresas clientes, o que gera a tributação pelo ISS. Para
afastar a cobrança, a empresa usou como argumento a Súmula Vinculante nº 31, do Supremo
Tribunal Federal (STF), segundo a qual é inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISS) sobre operações de bens móveis. Advogados tributaristas chamam
a atenção, porém, para a mudança de posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) nos
julgados sobre o assunto.
Kiyoshi Harada, do Harada Advogados, afirma que depois da ampliação da lista de serviços
sujeitos ao pagamento do imposto, conforme a Lei Complementar n 157, é preciso reinterpretar
a Súmula Vinculante 31. Pela nova leitura, diz, não deve haver cobrança de ISS sobre bens
móveis apenas nos casos de "pura" locação. "É o caso da locação de guindaste. Se a empresa
locatária possui um técnico especializado para operar o equipamento, não há incidência do
imposto", compara.
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