1 Teoria da Administração Clássica

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1 Teoria Clssica da Administrao (Fayol)

Fayol (1841 1925) nasceu em Constantinopla, Frana, e em sua vida viveu consequncias da Revoluo Industrial e mais tarde da Primeira Guerra Mundial. Formou-se em engenharia de minas e entrou para uma empresa metalrgica, onde fez sua carreira. Fayol exps sua Teoria de Administrao no seu livro Administration Industrielle at Gnrale, publicado em 1916. De acordo com Fayol, toda empresa apresenta seis funes bsicas: Funes tcnicas, que so relacionadas produo de bens ou de servios na empresa; Funes comerciais, relacionadas com a compra, a venda e a permuta de matria prima e produtos; Funes financeiras, relacionadas com a procura e gerncia de capitais; Funes de segurana, relacionada com a proteo e preservao dos bens e das pessoas; Funes contbeis, relacionadas com inventrios, registros, balanos, custos e estatsticas; e Funes administrativas, que coordena e sincroniza as demais funes. Porm essa viso de Fayol sobre as funes bsicas da empresa est ultrapassada. Hoje, as funes recebem nomes de reas da administrao. Fayol ainda diz que nenhuma dessas cinco funes consegue formular o programa geral de uma empresa, de construir seu corpo social, de coordenar os esforos e de harmonizar os atos. Ele diz que essas atribuies constituem outra funo, designada pelo nome de Administrao. Assim sendo, todas as funes da empresa esto todas ligadas s funes administrativas. O ato de administrar, segundo Fayol, definido como prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Esses elementos administrativos constituem o chamado processo administrativo. Tanto o diretor, o gerente, o chefe e o supervisor desempenham atividades administrativas essenciais. Assim, as funes universais da administrao so: Previso (Estabelecer os objetivos da organizao, especificando a maneira como sero atingidos no futuro); Organizao (Coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, segundo o planejamento anterior); Comando (Os subordinados tm de fazer o que deve ser feito. Objetivo de que todos os empregados alcancem o grau mximo de retorno); Coordenao (Supervisionar e sincronizar as aes da empresa para que o funcionamento vise os objetivos definidos); e Controle (Estabelecer

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padres e medidas de desempenho para certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade com o plano adotado). Para Fayol existe uma proporcionalidade da funo administrativa, ou seja, essas funes no se concentram apenas e exclusivamente no topo da empresa, mas em todos os outros setores, distribuda proporcionalmente entre estes. medida que se desce na escala hierrquica, mais aumenta a proporo das outras funes da empresa (e diminui das funes administrativas), e medida que se sobe de cargo, mais aumenta a importncia das funes administrativas. E para o desenvolvimento timo de cada funo, Fayol considera necessrio que uma pessoa tenha como qualidades a sade fsica, intelectual, com uma aptido para compreender e aprender; qualidades morais, como energia, firmeza e coragem de aceitar responsabilidades, iniciativas, deciso; ter conhecimentos variados e relativos funo e uma experincia prtica. A importncia desses elementos depende da natureza e da relevncia da funo, assim como do tamanho da empresa. Em empresas pequenas, onde todas as funes so exercidas por uma s pessoa, a extenso das capacidades necessrias reduzida. J em uma grande empresa, o pessoal deve ser dotado de inmeras capacidades altamente desenvolvidas, mas como as funes so divididas em grupos de vrios indivduos, cada um no obrigado a desempenhar uma parte reduzida das capacidades exigidas do grupo. Mesmo Administrao e Organizao serem sinnimos, Fayol as considera diferentes em funo. A administrao um conceito amplo por envolver o planejamento, a organizao, a direo, o controle e a coordenao de forma conectada. J a organizao significa o ato de organizar, estruturar, integrar os recursos e rgos incumbidos de sua administrao e estabelecer as relaes entre eles. A administrao deve ser baseada em leis ou em princpios. Fayol tentou tambm definir os princpios gerais da Administrao. So 14 princpios que se adaptam em qualquer circunstncia. So elas a diviso do trabalho, a qual consiste na especializao das tarefas e das pessoas para aumentar a eficincia e produtividade; Autoridade e responsabilidade, onde autoridade o direito de dar ordens e responsabilidade o dever de prestar contas. Ambas tm de estar equilibradas entre si. A disciplina, onde a necessidade de estabelecer normas de conduta e de trabalho so para todo e qualquer empregado. A Unidade de comando, como j

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diz, o empregado tem apenas um supervisor, e apenas dele recebe as ordens. A Unidade de Direo um controle nico com a aplicao de um plano para grupos de atividades com os mesmos objetivos. Subordinao dos interesses individuais aos gerais leva a empresa a sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas. A Remunerao do pessoal diz que deve haver uma satisfao para os empregados e organizadores em termos de retribuio. Centralizao da autoridade no topo da hierarquia da empresa. Cadeia Escolar, um princpio de comando que vai do mais alto ao mais baixo. Ordem, que deve ser mantida em toda organizao. Equidade significa justia no ambiente de trabalho, por parte de todos. A Estabilidade e Durao do pessoal mostra que quanto maior tempo a pessoa permanece em um cargo, melhor a sua eficincia nela, pois a rotatividade tem um impacto negativo. A Iniciativa por parte do funcionrio demonstra a sua capacidade de visualizao e aprimora seu sucesso. E, por fim, o Esprito de Equipe, como o nome j diz, o trabalho deve ser realizado em conjunto, com harmonia e unio. A Teoria Clssica prescreve quais os elementos da administrao (funes do administrador) e quais os princpios gerais que o administrador deve adotar em sua atividade. Os autores clssicos pretendiam criar uma teoria administrativa baseada na diviso do trabalho, especializao, coordenao e atividades de linha e de gerncia. O comeo dos autores da Teoria Clssica o estudo cientfico da Administrao. Assim como Taylor, o empirismo e a improvisao eram substitudos por tcnicas cientficas. Fayol afirma que a necessidade de um ensino organizado e metdico da Administrao, e tinham um carter geral para formar administradores. A Teoria da Organizao, para a Teoria Clssica, como se fosse uma estrutura. Essa estrutura constitui uma cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade que liga as posies da empresa e define quem se subordina a quem. Essa cadeia de comando baseia-se no princpio da unidade de comando (cada empregado deve obedecer apenas a um supervisor). Para a Teoria Clssica, a estrutura analisada da direo para a execuo e da sntese para a anlise, ao contrrio da Administrao Cientfica. H uma ligao entre a teoria da organizao e a Diviso do Trabalho e Especializao, essa ltima constituindo a base da estrutura, ou a prpria razo da organizao. A diviso do trabalho conduz especializao e diferenciao das tarefas. Enquanto a Administrao Cientfica se preocupava com a diviso no nvel do operrio, a

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Teoria Clssica se preocupava no nvel dos rgos que compem a organizao. Para eles, a diviso pode acontecer verticalmente (segundo nveis de responsabilidade) e horizontalmente (em cada departamento existe uma atividade especfica e prpria, em mesmo nvel hierrquico). Fayol incluiu a Coordenao como um dos elementos da Administrao, enquanto outros autores acham que este um princpio administrativo. Para Fayol, a coordenao uma reunio, unificao e uma harmonizao de toda a atividade do grupo. Para outros autores clssicos, a coordenao algo obrigatrio no caso de falta de diviso de trabalho; e que ela a distribuio ordenada do esforo do grupo, a fim de obter unidade em certa funo. Para os autores clssicos, a coordenao seria proporcional ao tamanho da organizao: quanto maior a empresa, maior ser a necessidade de coordenadores, para assegurar a eficincia. Em termos de organizao, Fayol dava preferncia pela Organizao Linear. Esse tipo de organizao um tipo de estrutura organizacional que apresenta uma forma de pirmide. Ele se baseia nos princpios de Unidade de Comando (ou superviso nica, onde cada pessoa tem apenas um nico e exclusivo chefe), Unidade de direo (os planos devem ligar aos planos maiores que levam ao objetivo da empresa), a Centralizao da autoridade (autoridade mxima no topo da pirmide) e a Cadeia escalar (cada nvel deve estar subordinado a um superior). Na organizao linear, os rgos que compem a organizao (rgos de linha) seguem rigidamente o princpio escalar da autoridade de comando. Porm, para que estes possam se dedicar a essas atividades, tornam-se necessrios outros rgos prestadores de servios, denominados rgos de staff ou de assessoria. Estes no obedecem ao princpio escalar nem possuem autoridade de comando em relao aos rgos de linha, e, por isso, eles fornecem conselhos, recomendaes e consultoria aos rgos de linha. A autoridade de staff autoridade especialista, e no de comando. Assim, os autores clssicos distinguem estes dois tipos de autoridade (de linha e de staff). Na autoridade de Linha os gerentes tm poder de dirigir e controlar os subordinados imediatamente. J na autoridade de staff uma autoridade aos especialistas em suas reas de atuao e prestao de servios, com direitos de aconselhar, recomendar e orientar, sendo mais estreita.

1 INTRODUO

Enquanto Taylor desenvolvia a Administrao Cientfica nos Estados Unidos, em 1916, na Frana, surgia a Teoria Clssica da Administrao. A Administrao Cientfica se caracterizava pela nfase na tarefa realizada pelo operrio, mas a Administrao Clssica se caracterizava pela nfase na estrutura que a organizao deveria ter para ser eficiente. O principal objetivo das duas era o aumento da eficincia. A preocupao bsica de Fayol, na criao na Teoria Clssica da Administrao, foi aumentar a eficincia da organizao a partir da forma e da disposio dos departamentos e das estruturas. Era diferente da Administrao Cientfica por ser uma abordagem de cima para baixo (da direo para a execuo) e da organizao para a unidade de trabalho. A micro abordagem no nvel individual de cada operrio com relao tarefa ampliada no nvel da organizao como um todo em relao a sua estrutura organizacional. A preocupao com a estrutura da organizao como um todo constitui uma substancial ampliao do objeto de estudo da Teoria Geral da Administrao. Fayol partiu de uma abordagem sinttica e universal da empresa, implementando uma abordagem estrutural que superou a abordagem analtica de Taylor. Para Fayol, a Administrao uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (governo, poltica, famlia, negcios, justia) que sempre exigem algum grau de planejamento, organizao, comando, coordenao e controle, razo pela qual todos devem estud-la, o que exigiu a criao de uma TGA, para que a Administrao pudesse ser ensinada. O presente estudo busca resumir de forma sucinta sobre as ideias de Henry Fayol da Teoria Clssica da Administrao. Com as palavras chave fayol, administrao, teoria, e clssica, e um estudo baseado em duas fontes, este trabalho visa a unio e complementao do estudo de Fayol sobre a Administrao.

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3 CONSIDERAES FINAIS

O pioneiro da Teoria Econmica, Henry Fayol, considerado juntamente com Taylor, um dos fundadores da moderna administrao. Ele definiu as funes bsicas da organizao ou empresa, o conceito de administrao (prever, organizar, comandar e controlar), bem como os chamados princpios gerais de administrao como procedimentos universais a serem aplicados a qualquer tipo de organizao ou empresa. A Teoria formula uma teoria base de organizao, tendo por princpio a administrao como cincia. Mas essa Teoria Organizacional se restringe apenas organizao formal. Para conceituar a administrao, os autores clssicos utilizam o conceito de elementos da administrao (ou funes do administrador), que formam o processo administrativo.

UNIVERSIDADE TIRADENTESCURSO DE SISTEMA DE INFORMAO

RODRIGO SILVEIRA DE MOURA

PESQUISA BIBLIOGRFICA TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO DE FAYOL

Aracaju Setembro, 2011

RODRIGO SILVEIRA DE MOURA

PESQUISA BIBLIOGRFICA TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO DE FAYOL

Pesquisa bibliogrfica apresentada como requisito parcial de avaliao da disciplina de Fundamentos da Administrao, ministrada pelo Prof. Alex Sandro Barbosa de Carvalho, no 2 semestre de 2011.

Aracaju Setembro, 2011

SUMRIO

1 INTRODUO ........................................................................................................................ 03 2 TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO (FAYOL) .................................................... 04 3 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................................... 08REFERNCIAS........... ...............................................................................................................................09

REFERNCIAS

ANDRADE, Rui Otvio Bernardes de. Teoria geral da administrao/ Rui Otvio B. Andrade, Nrio Amboni. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 CHIAVENATO, Idalberto. Introduo teoria geral da administrao.- 6. Ed.- Rio de Janeiro: Campus, 2000