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Sociedade da Mesa 100 2 a quinzena de Julho 2011 clube de vinhos

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Sociedade da Mesa100

2a quinzena de Julho 2011

c l u b e d e v i n h o s

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Direção Dario Taibo

Direção da revista Dario [email protected]

Desenho e direção de arte

[email protected]

Atendimento ao cliente [email protected]

Contato de Publicidade [email protected]

Impressão 11.000 exemplares

Sociedade da MesaRua Branco de Moraes, 248/11Chácara Santo AntônioSão Paulo - SP - BrasilCEP 04718-010(55-11) 5180-6000www.sociedadedamesa.com.br0800-7740303

Este informativo é uma edição exclusiva para os associados da Sociedade da Mesa. Pertencente a um grupo internacional, a Sociedade da Mesa é um clube de vinhos, seleciona vinhos para seus associados, publica um informativo mensal além de organizar cursos e eventos.

sócio-diretorDario Taibo

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comunicação e designOOC

EDITORIAL

Sociedadeda Mesa

c l u b e d e v i n h o s

Esta é a edição numero 100 da revista da Sociedade da Mesa. Esse fato, de forma isolada, já é razão de comemoração. Quantas revistas lançadas anualmente no mercado editorial chegam ao número 100? Poucas, muito poucas. São 100 meses de edições mensais, consecutivas e ininterruptas, em uma tiragem atual de aproximadamente 10.000 exemplares. Um número considerável no mercado editorial brasileiro e mais ainda no mercado editorial de temas relacionados a vinhos e gastronomia, onde 10.000 assinantes é um número bastante expressivo.

Mas não são só 100 edições da revista, são 100 seleções de vinho, uma enorme viagem ao mundo do vinho, que não deixou de fora nenhum país produtor importante (Nova Zelândia talvez seja o que confirma a exceção). 100 vinhos que fizeram história, muitos dos quais, de regiões que nunca se havia visto no Brasil antes. E outros que, meses depois de estar em nossas seleções, ganharam prêmios e ficaram caríssimos.

Além das 100 seleções, são 100 meses de trabalho consecutivo, continuado e ininterrupto, a mesma história do nosso clube de vinhos. 100 meses distribuindo alegria. Mais de uma vez, peguei-me fitando uma caixa de vinhos em nosso armazém, pronta para entrega, imaginando em que situação aquelas garrafas serão bebidas: uma comemoração em família, um singelo jantar, um pedido de casamento, o fechamento de um negócio, um filho formado, um aniversário, um emprego novo, um fora da namorada... E nós, de alguma forma, participando de tudo isso.

100 contemplações. Parabéns a todos nós.

índice

04 - artigo especial Dario Taibo / 06 - Seleção Mensal / 10 - artigo

100 edições / 12 - entrevista: Massimo Galimberti / 18 - artigo: Vinhos Orgânicos

e Biodinâmicos / 24 - artigo: Mundo Eco / 30 - ingredientes: Mandioca / 34 - extra:

Tapas / 38 - artigo: Aprendendo Juntos / 40 - artigo: Saboreando Juntos / 42 -

receita: Itália em Dose Dupla / 46 - simplesmente: Flores na mesa / 48 - viagem:

Uruguai / 54 - Programa Saca-Rolha / 60 - acessórios / 61 - agenda / 62 - vinhos

em estoque / 63 - Próxima Seleção.

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Dario Taibo

SEGUNDAS NÚPCIAS Artigo especialtexto: Dario Taibo

É o momento no qual confirmam-se e reafirmam-se os votos de um compromisso, além de avaliar-se o cumprimento de uma promessa feita. Vamos lá: a Sociedade da Mesa nasceu da forma mais natural possível, não foi fruto de uma decisão empresarial, como poderia parecer. Tampouco uma iniciativa individual, mas sim uma ideia dos próprios associados. Há vinte anos, eu morava em Madrid, tinha pouco dinheiro - isso não mudou muito - e consumia, pelo menos, uma garrafa de vinho ao dia. Feliz ou infelizmente, tinha uma brutal preferência por vinhos bons. A solução foi, de tempos em tempos, pegar meu carro, colocar dentro quatro ou cinco galões de plástico desses de gasolina, e rumar feliz para “la Rioja”, bater na porta das bodegas para procurar vinhos deliciosos, bater um papo furado com os produtores e achar algum que fosse generoso e me enchesse os galões a preço camarada. De volta a Madri, na sala do meu apartamento, na “Calle Cabeza, 33 3º D”, engarrafava o vinho com uma enrolhadora manual, para ir consumindo-o sem riscos de oxidação até a próxima viagem.

Não é difícil imaginar que meus amigos brigavam por uma garrafa dessas, que eu, muito a contragosto, vendia pelo preço de custo.

Chegando ao Brasil, reproduzi o conceito. Desta vez, não visitando produtores para comprar vinho em galões, mas sim importadoras para comprá-lo em caixas. Novamente apareceram os amigos interessados em ficar com algumas garrafas de minha boa compra e boa escolha - segundo eles. Não demorou e passei a visitar novamente os produtores. Até tropecei com um conhecido da época dos galões algumas vezes. Mas, continuando, logo os amigos passaram a exigir-me um fornecimento mensal. Também não demorou que me pedissem para escrever sobre os vinhos que enviava. Muitos desses amigos, para não dizer todos, os verdadeiros fundadores do clube, ainda são associados.

No fundo, no fundo, o conceito continua o mesmo: eu compro vinho para mim e aproveito para comprar uma quantidade maior, a fim de atender os amigos, que confiam em minha seleção e capacidade de conseguir bons preços.

Hoje, é um negócio. Dedico-me somente a isso, mas o conceito, insisto, é o mesmo. O número de amigos mudou. São hoje dez mil. E como amigos que são, como amigos se comportam: ligam, perguntam, queixam-se, brigam comigo, abandonam o clube, perdoam-me, voltam meses depois. Ainda vendo os vinhos que compro para mim a contragosto? Pois na verdade até acontece. Muitas vezes guardo umas caixas da seleção do mês para mim, porém, o vinho do estoque acaba. Um associado liga dizendo que gostou muito do vinho, e eu cedo uma das minhas. E duas. E três. E fico sem nenhuma. Muitas das nossas seleções eu recompraria de bom grado do associado pelo dobro do valor. Façam a experiência: alguém ainda tem uma garrafa de Pagos Del Galir, Otazu, Salort, Trilogia, Nimbus? A lista é longa...

Assim, a idéia virou um clube e assumi um compromisso com os amigos. E não me custa trabalho algum, pois continuo fazendo o que sempre fiz: comprar vinho para mim, segundo minha inquietude de conhecer, meu atrevimento, meu firme gosto pelos bons vinhos, pagando valores mais do que razoáveis.

Um compromisso fácil de reafirmar.

“O número de amigos mudou. São hoje dez mil.”

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Quem já não ouviu falar nos vinhos de Côtes du Rhône? E o que faz deles vinhos tão complexos e aromáticos? A resposta pode estar na perfeita combinação entre o solo e o clima da região.

Côtes du Rhône é uma DO (Deno-minação de Origem), ou melhor, AOC (Appellation d’Origine Contrôlée), termo concedido à região em 1937.

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Seleção Mensal

Texto: redaçãoCata: Dario Taibo

Côtes du Rhône

Les

Vig

uier

s

AOC Côtes du Rhône: Cave de Rasteau.

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uma “terroir” extremamente variável. Combinação esta que resultou em vinhos de excelente qualidade. Nesta região, também não podemos deixar de citar o Norte de Vaucluse, famoso por suas trufas e azeite de oliva, graças à geografia e clima abençoados.

A diversidade de solos e variedades de uvas explica porque os vinhos de Rasteau são tão complexos em seus aromas e sabores, e tão fortes, finos e elegantes. A idade média das videiras é de 40 anos, sendo que existem algumas com mais de 80 anos de idade.

O vinho que iremos provar é o Les Viguiers, da bodega Cave de Rasteau, na região de Rasteau.

Seus vinhos tintos são considerados ”Gourmands et élégants”. Vinhos complexos, com personalidade, aromas de frutas vermelhas, especiarias, cacau, pimenta e também couro com toques de madeira, em níveis variados.

Les Viguiers, em especial, tem uma coloração vermelho-rubi intensa, resultado da combinação de 70% Grenache, 20% Carignan e 10%

D.O.: Côtes du Rhône

Uvas: 70% Grenache, 20% Carignan e 10% Cinsault

Álcool: 14%

Minha Cata.

Rubi intenso. Nariz: potente, fruta vermelha, confitura, aromas bem encaixados pelo tempo, harmonioso e elegante. Boca: sabores intensos, elegantes e encaixados.

Este vinho é, por si mesmo, um padrão de qualidade. Um padrão que se buscou por muitos anos, e que se perdeu com o advento dos vinhos do Novo Mundo. Existem, sim, vinhos mais complexos, mas o equilíbrio deste o faz perfeito.

Temperatura de serviço: de 17 a 23º

Harmonização: é um “vai com tudo”. O clássico “agrada a todos”.

Guarda: está num momento excelente de consumo e não acredito que melhore. Porém, pode ser guardado por pelo menos três anos.

Les Viguiers

Dentre tantas vilas, falaremos especialmente da Rasteau, uma área de 1880 hectares, onde hoje, 1220 são ocupados por vinhedos, sendo 70% em colinas. Uma região que começou a sua produção de vinhedos no ano 30 A.C., como uma renda extra de seus moradores.

A aproximadamente meia hora ao Norte de Avignon, no meio do Sul de Côte du Rhône, apresenta-se uma condição geográfica e climática perfeita para o cultivo de uva: dias excepcionalmente ensolarados com verões secos, ventos fortes, frios e secos (clima mediterrâneo), além de

Em termos gerais, a região AOC Côtes du Rhone alcança 200 quilômetros, desde Viena, ao Norte, até Avignon, ao Sul; e das montanhas a oeste às encostas das montanhas de Vaucluse e Luberon, a leste da cidade de Orange. A região produz vinhos tintos, brancos e rosés, geralmente tendo como uva dominante a Grenache.

Mas foi entre 1966 e 67 que as vilas apareceram e também receberam o termo AOC. Estamos falando das Côtes du Rhône Villages.

Cinsault, que combina perfeitamente com embutidos, fígado de vitela e costeletas de cordeiro.

Desde 1925 se dedicando à excelência em produção de vinhos, a bodega Cave de Rasteau reabriu suas portas em dezembro de 2008, com uma arquitetura discreta, moderna e ecologicamente correta. E pensando em seu consumidor, criou a marca ORTAS, sob o mesmo nome, para expressar valores compartilhados, estilo e identidade nas diferentes facetas dos vinhos do Vale do Rhone do Sul.

AOC Côtes du Rhône: vinhedos

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Especial

Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Shiraz + Grenache, Tempranillo, Shiraz + Cabernet Barossa, Zinfandel, Cabernet Franc, Moristel, Tempranillo + Graciano e Garnacha, Shiraz, Pinot Noir, Grenache + Sirah + Carignan + Mourvedre, Cabernet Sauvignon, Tempranillo + Viura, Tempranillo, Touriga Franca + Tinta Roriz + Tinta Barroca, Cabernet Sauvignon, Cencibel, cabernet merlot, chardonnay, Pinotage, Tempranillo, Pinot Noir, St. Laurent, Riesling, Cabernet Sauvignon, Periquita + Trincadeira + Bastardo + Moreto, Malbec + Shiraz + Merlot, Tempranillo, Malbec, Cabernet Sauvignon, Chardonnay + Pinot Noir, Chardonnay + Pinot Noir, Verdejo, Tempranillo, Malbec, Cabernet + Shiraz + Zinfandel + Touriga Nacional, Moscatel de Alexandria, Cabernet Sauvignon, Petit Sirah - Syrah, Malbec, Touriga Nacional + Tinta Roriz + Touriga Franca + Vinhas Velhas, Malbec +Cabernet Sauvignon, Sirah + Malbec, Garnacha + Cariñena + Merlot + Cabernet Sauvignon + Sirah, Carmenére, Tannat + Cabernet Franc, Cabernet Franc + Tannat + Merlot + Cabernet Sauvignon, Aragonés + Trincadeira + Cabernet Sauvignon + Alicante Bouchet, Aragonés + Trincadeira + Cabernet Sauvignon, Mencía, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Pinot Noir + Chardonnay, Malbec, Cabernet Sauvignon, Monastrel + Garnacha + Sirah, Malbec, Cabernet Sauvignon + Merlot + Cabernet Franc, Merlot, Cabernet Sauvignon, Malbec + Siraz, Tempranillo + Merlot + Tannat, Albarinho, Merlot + Cabernet Franc + Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Merlot + Cabernet Franc + Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Viura, Malbec + Cabernet Sauvignon, Cabernet, Sauvignon + Sirah + Malbec, Pinot Noir, Trincadeira, Tannat, Mencia, Treixadura + Torrontes + Loureira + Godello + Albarinho, Sirah, Cabernet Sauvignon + Merlot + Tannat, Corte Bordales + Cabernet Sauvignon + Cabernet Franc + Merlot, Sangiovese + Cabernet Sauvignon, Cabernet Sauvignon + Shiraz, Tempranillo + Merlot + Cabernet Sauvignon, Garnacha + Viura, Malbec, Cabernet Sauvignon, Tempranillo + Cabernet Sauvignon, Shiraz + Cabernet Sauvignon + Merlot + Roobernet, Sirah, Torrontés, Cabernet Sauvignon, Cabernet Sauvgnon + Tannat, Carmenére, Cabernet Sauvignon, Cabernet Sauvignon + Merlot + Garnacha, Malbec + Sirah + Bonarda + Merlot, Cabernet Sauuvignon+Petit verdot, Syrah+Garnacha+ Mourvèdre, Touringa Nacional+Cabernet Sauvignaon, Syrah+Petit Verdot+Alfrocheiro, Tempranillo+Garnacha e merlot, Corvina Veronese+Rondinella+Corvina, Bobal+Tempranillo+Syrah, Petit Verdot - Syrah, Malbec, Touringa Nacional+Tinta Roriz, Zinfandel, Pinot Noir, Cabernet Sauvingnon, Chardonnay, Garnacha, Pinot Noir , Rubin + Merlot, Shiraz, Pinotage+Shiraz, Malbec+Cabertnet Franc+Cabernet Sauvignon+Shirah+Bonarda, Malbec, Pinot Noir, Cabernet, Tempranillo+Garnacha e Mazuelo, Merlot + Cabernet Sauvignon + Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Tempranillo + Cabernet Sauvignon, Tempranillo + Monasterll + Cabernat Sauvignon, Merlot + UM BRINDE

A TODOS NÓS.

Até aqui foram mais de 80 tipos de uva,de 13 países,em 100 edições...

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ENTREVISTA

revista SOBREMESATexto: Ana MarcosFotos: Jean Pierre Ledos

MassimoPresidente da Vinoselección e editor da Sobremesa

Massimo Galimberti, fundador e presidente da Vinoselección, comemorou, no passado mês de abril, o número 300 da revista Sobremesa. Um acontecimento que se une aos quase quarenta anos de seu clube de vinhos. VinoSelección foi uma empresa pioneira nos anos 70 na Espanha, e o grupo, hoje em dia, conta com clubes de vinhos em diferentes países, com um total de 160.000 sócios.

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“ ...fico muito feliz ao pensar que, a cada vez que se toca a campainha de uma casa na Europa, na América do Norte ou do Sul, e ali é deixada uma caixa de vinhos, é dado um pouco de felicidade a essas pessoas. ”

GALIMBERTI

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S: Quais zonas vitivinícolas você vê com mais futuro neste momento na Espanha?

MG: Nos últimos dez ou doze anos já se destacaram o Bierzo, Priorato...Outras voltaram a nascer sob outros parâmetros, salvo o exemplo do Toro e Jumilla. Acredito que as duas primeiras ainda podem dar mais de si. E entre os brancos, penso que Rueda, com criatividade e dedicação, possivelmente em poucos anos, além dos vinhos bons que já tem, terá grandes vinhos.

S: Qual é o valor agregado de Vinoselección neste momento?

MG: É o clássico valor agregado dos clubes de vinho. Aproveitarei a ocasião para dizer que existem muitos clubes de vinhos no mundo e, inclusive, uma Associação Internacional dos Clubes de Vinhos, da qual Vinoselección foi sócio-fundador e a qual presidi durante onze anos. Pertencer à associação leva a um intercâmbio de conhecimentos e a uma comunicação muito valiosa de experiências. O valor agregado é sempre o mesmo: propor algo que não seja fácil de encontrar, uma pequena descoberta, uma ocasião... Hoje, com a Internet, a comunicação do que está disponível é muito mais fácil e nosso valor agregado é voltado para antecipar as tendências.

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S: Quase quarenta anos de Vinoselección, com 110.000 sócios, e a Sobremesa comemora os 300 números. Como foi a sua chegada ao mundo do vinho?

MASSIMO GALIMBERTI: Faz tempo. Depois de completar a carreira de Física, em Roma, trabalhei em vários países e, em 1969, cheguei à Espanha para me associar a uma sociedade de engenharia ítalo-espanhola. Por acaso, o diretor administrativo da empresa, um dia na saída do trabalho, contou-me que, em Milão, tinha visto uma companhia curiosa e descreveu o que hoje seria um clube de vinhos. Eu já tinha vontade de me tornar independente e, conscientes de que no país não havia nada similar, constituímos juntos o primeiro clube de vinhos da Espanha. Em seis ou sete meses, ele me vendeu sua parte por um valor que, em dinheiro de hoje, seriam uns três ou quatro mil euros… Eu não tinha, mas, como um bom latino, assinei uma carta esperando que a providência viesse em meu auxílio! E a carta foi respondida graças à providência, que foi meu pai (risos), como acontece muitas vezes.

S: Como era naquele tempo o negócio de vinho? E como é hoje?

MG: Na realidade, entre aquela época e hoje existe um abismo em todos os setores, começando pelo da produção. Quando em 1973, começou a Vinoselección, de modo geral, eram feitos bons vinhos em La Rioja e em Jerez, que já naquele tempo era uma das glórias da enologia mundial. Fora destas duas zonas, havia vinhos justificáveis em alguns casos, ainda que raramente bons. O que hoje, por exemplo, é Ribera del Duero, era a zona dos claretes de Burgos. E Vega Sicília era uma ilha naquele mar de vinhos anônimos. Naquela época, as grandes produções de vinhos eram exportadas, muitas vezes, a granel, e sua melhor característica era a conveniência de seus preços. De fato, há muitos anos, lembro-me de que, quando vivia em Londres, todos os jovens chegavam às festas com suas garrafas de vinho espanhol, muitas vezes as únicas que estavam ao alcance de seus bolsos vazios. Hoje, é outra coisa: os vinhos espanhóis se colocaram nas grandes cenas internacionais, são totalmente reconhecidos pelos críticos mundiais, têm um mercado selecionado e muito prestígio.

S: Um tempo atrás, a Sonia, sua mulher e presidente da Associação da Mulheres Amigas do Vinho (AMAVI), me contou que no começo vocês dois saíam de carro procurando vinhos para o clube.

MG: Durante quatro ou cinco anos, conciliei o clube com meu emprego e, aos finais de semana, íamos a zonas vinícolas para descobrir bodegas, degustar vinhos... Naquela época, quase todas as empresas trabalhavam aos sábados pela manhã, e eu tinha a sorte de tê-los livres.

Há quase quarenta anos Massimo Galimberti vem espalhando a cultura do vinho por diversos meios na Espanha e em todo o mundo.

Um olhar cheio de futuro, em uma entrevista que testemunha alguns momentos que, hoje, parecem-nos muito distantes, quando na Espanha somente alguns corajosos levavam a sério o vinho de qualidade, ou ainda se considerava a gastronomia algo próprio de esnobes. Atualmente as coisas mudaram muito e Massimo Galimberti, um dos principais atores desta revolução eno-gastronômica que a Espanha experimentou nas últimas décadas, traz esta experiência de quase quarenta anos e uma série de vivências interessantes sobre o quanto o país mudou.

S: ...E com a revista Sobremesa como perfeito cenário da mais vigorosa atualidade eno-gastronômica.

MG: A revista é uma grande vitrine antecipadora de tendências. Sobremesa teve uma pequena antecessora. No fim da década de 70, Vinoselección começou a publicar uma mini-revista de 24 páginas, dedicada somente aos sócios. Os primeiros três ou quatro números fui eu que escrevi! Inclusive fazia as fotografias e até escrevi as primeiras cartas dos leitores. Confesso, já que espero que o crime tenha prescrito (risos). Comecei então a pensar que havia lugar na Espanha para publicar uma revista de gastronomia. Na época, só existia a Gourmets, que era a decana. Em 1984, já tínhamos uns 17.000 sócios e decidimos incorporar a revista como um elemento que daria mais valor à nossa marca. E desde que a revista nasceu, segue a mesma linha editorial: independência de espírito e imparcialidade.

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S: A revista Sobremesa representa este grande acervo cultural do mundo do vinho.

MG: Sempre nos voltamos para grandes profissionais para fazê-la. O fato de ter uma revista faz com que o aspecto cultural do vinho, a transmisão de conhecimentos e experiências neste campo, espalhem-se e se tornem mais amplos, enquanto é leal ao sócio. Não somos somente “viles mercaderes” - “te dou o vinho, me dá o cheque e se te conheço não me lembro...”. Evidentemente que não, existe uma continuidade e uma comunicação maior.

S: O que significou para a Sobremesa o surgimento da Internet?

MG: A Internet não vai engolir as empresas que sabem transformar-se e se adequarem, ainda que publiquem em papel. Acredito que haverá um fenômeno pelo qual a informação deslizará do suporte que, até há pouco tempo, era composto somente pelo papel, a televisão ou o rádio, em direção a um novo formato, que será digital, através da Internet. Talvez em vinte e cinco anos exista outro completamente diferente. Mas a informação sempre manterá seus valores fundamentais: o importante é estar bem documentado, dizer a verdade e apresentar o que quer dizer de forma atrativa.

S: Sobremesa já está há algum tempo na Internet.

MG: Sim, mas como opção de acesso à publicação tal como é impressa. Está bom assim, mas agora estamos preparando uma autêntica edição digital, onde os conteúdos serão os mesmos, mas com outras apresentações, com aplicativos de busca, links, talvez com vídeos. A primeira edição sairá daqui a um ano mais ou menos.

S: Entendi que Vinoselección, além de uns 100.000 sócios na Espanha, tem sócios em outros países europeus. Um palco para a imagem do vinho espanhol no mundo.

MG: Efetivamente temos uns 10.000 sócios entre Grã- Bretanha, Alemanha e Holanda, os quais recebem as mesmas ofertas que os sócios espanhóis. Na hora de captá-los, nosso argumento é: “Somos o clube de vinhos maior e mais antigo da Espanha. Se quiserem conhecer os vinhos espanhóis, dirijam-se a nós.”

S: E constituiu outros clubes de vinhos em outros países.

MG: Sim, temos clubes na Argentina, Uruguai, Brasil, Canadá e Itália. São empresas independentes com seu pessoal e sua estrutura. Aqui também são apresentados vinhos espanhóis, mas não são 100% dos vinhos apresentados.

S: E como você vê o mundo do vinho na Espanha?

MG: Está em plena ebulição. As bodegas que fazem vinhos bons se multiplicam, zonas diferentes ressurgem... Há imprensa especializada, como nós. Não existe jornal que se preze, que não tenha uma coluna sobre vinho. O público é mais exigente, nos restaurantes o vinho é mais cuidado, e também surgem eno-bares, como os chamam, com boas ofertas de taças. O consumo de vinho já não é um hábito diário distraído, mas um hobby culto e nobre. As garrafas são escolhidas com cuidado... É um pouco como o cinema: um escolhe o filme que quer ver, mas não vai ao cinema todos os dias. Tudo isto, apesar do consumo de vinho estar caindo na Espanha atualmente. Por exemplo, bebe-se mais na Grã-Bretanha do que aqui.

S: Quais são os principais desafios do vinho espanhol neste momento?

MG: Opino que o mundo dos produtores de vinho perdeu o contato com as novas gerações. As bodegas raramente souberam reunir-se sob um denominador comum, como podem ser os conselhos reguladores, e fazer propaganda de caráter geral, a favor do consumo de vinho. Por outro lado, a linguagem do vinho é demasiada profissional e, portanto, quase oculta. Vamos parar com as características “organolépticas” e vamos dizer que é um vinho relaxado para ser bebido em uma noite alegre de verão.

S: A gastronomia também é parte essencial da Sobremesa.

MG: É claro. A gastronomia está muito presente na revista e a situamos no mesmo nível do vinho. Quem valoriza a boa mesa vai inserir o vinho em seu enquadramento perfeito. E daí surgirá também o amor pelo vinho, como duas unidades inseparáveis. A gastronomia dá amplitude à revista, dá movimento, outra luz e, podemos dizer, outros horizontes. E também é importante para Vinoselección. Vendemos produtos gastronômicos para nosos sócios, inclusive uma carne de porco ibérica inteira. Conforme vão saindo os produtos, os mesmos são enviados: primeiro as morcillas, depois os chorizos, o lomo, a paletilla... Todos seguindo sua ordem de cura. Finalmente os presuntos crus (Jamones), aos 25 ou 26 meses. Isto é comprar uma carne de porco em primeur, como os bons bordeaux... (risos). Incidentalmente, nós fomos os introdutores deste tipo de venda de vinho na Espanha em 1996. Fomos pioneiros e naquele ano vendemos em primeur um vinho de 94, que foi uma colheita excelente. Um vinho que ainda não era reserva, mas que seria reserva naquele ano. Nada mais que cento e vinte mil garrafas a um preço evidentemente melhor do que aquele que chegou a custar depois!

“ Vamos parar com as características “organolépticas” e vamos dizer que é um vinho relaxado para ser bebido em uma noite alegre de verão.” S: E neste longo caminho, quais

foram as maiores dificuldades e as melhores recompensas?

MG: Verdadeiros obstáculos não tivemos. Vinoselección nasceu em um momento no qual o público clamava por um clube de vinhos. E tive duas grandes recompensas. A primeira, de caráter empresarial, é ter um grupo de clubes de vinho com 110.000 sócios só aqui e 50.000 sócios em outros países. A outra é de caráter pessoal: fico muito feliz ao pensar que, a cada vez que se toca a campainha de uma casa na Europa, na América do Norte ou do Sul, e ali é deixada uma caixa de vinhos, é dado um pouco de felicidade a essas pessoas. E isso, repito, é para mim uma grande satisfação. Para aqueles que têm nos acompanhado nestes quase quarenta anos, e para todos aqueles que foram adicionados mais tarde, a minha gratidão: sem seu apoio não poderia continuar.

Sobremesa é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.

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Vinhos orgânicos e biodinâmicos.

Um sorriso malévolo e algum outro comentário sarcástico são comuns em conversas que se referem aos vinhos orgânicos. Para não mencionar quando saem os chamados biodinâmicos, essa espécie de pico da pirâmide das elaborações que surge como uma contestação severa às práticas agrícolas supostamente pouco ou nada cuidadosas com o meio ambiente e os entornos naturais, adulteradores da diversidade de solos e paisagens e, finalmente, um perigo total ao futuro do planeta.

Revista SobremesaTexto: Juan Manuel Ruiz CasadoFotos: Antonio de Benito e arquivo

A nova fronteira do prazer

Fora de modismo, polêmicas e discursos fundamentalistas, o argumento ecológico se instalou com força, tanto na viticultura como na enologia moderna. O desafio atual é que os vinhos, além de saudáveis, devem ser agradáveis.

Ecologia e biodinâmica, principalmente esta última, não admitem dúvidas nem posições intermediárias. Exigem adesão e força, um sim ou um não enfático e fundamentado: repúdio ou compromisso. Pelo menos assim ocorreu até pouco tempo atrás. Para uns, os partidários da biodinâmica eram lunáticos cósmicos cujo discurso era baseado em um rosário de contradições que ainda tinha mais a ver com a ideologia do que com a aplicação da vinicultura moderna; para outros, somente os ditos da bio-agricultura, o

mais natural possível, poderiam colocar ordem no caos e corrigir a ruína que motiva o uso globalizado de herbicidas, pesticidas ou fertilizantes sintéticos, verdadeiros “diabos com rabo” do nosso mundo raro.

Com as espadas ao alto e bem afiadas, esta agressiva situação (aqui um tanto simplificada para que se entenda) persiste hoje com a abertura de novas frentes que qualificaram um esquema talvez muito bipolar. Nem parece sensato jogar-se nos braços fitosanitários das multinacionais, às quais, como todo mundo sabe, só se interessam pelo dinheiro; nem podemos chegar a extremos como os de Nicolas Joly, o polêmico apóstolo da biodinâmica, quando se perde em dissertações sobre a impropriedade terrível que se supõe considerar, a qual os enólogos e os viticultores “fazem” os vinhos, quando para ele não há dúvida de que o vinho é “feito” pela natureza.

Mas, a mesma também engarrafa-o e sai para vender no mercado?

As modas e os modosDe uma forma ou de outra, o que acontece hoje é que não existe vinicultor moderadamente preparado, que não seja sensível às práticas eco-vitícolas, mesmo que mais na teoria do que na prática. Outra coisa é que estes elaboradores tenham transformado-se repentinamente e tenham vestido a burca da biodinâmica, colocando-se na trincheira correspondente. Neste sentido, podemos admitir que o eco e o bio converteram-se em uma espécie de tendência ativa, com todo o bem e o mal que implica esta condição. Aqui, diferentes graus de empenho são importantes para entender um panorama mais rico em nuances do que você pode pensar. Desde aqueles que levam

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tudo, no controle de tratamentos preventivos contra possíveis doenças, que obrigam a um conhecimento preciso das condições do solo, das condições climáticas do vinhedo e do comportamento das variedades no contexto dessas características específicas.

Como explica Ramón Lloréns, de Biurko Gorri, uma bodega importante entre as que se dedicam a estes vinhos, “o cultivo ecológico vitícola exige uma alta capacitação técnica do agricultor, boa seleção e localização do vinhedo, maquinário adequado e mais trabalho manual para suprir as vantagens dos tratamentos químicos permitidos no cultivo convencional”.

Diante de um rosário de particularidades, surpreende que alguns elaboradores que cumprem estes requisitos renunciem voluntariamente ao selo orgânico, como se temessem os efeitos nocivos à imagem de seus vinhos. Claro que não seria mal lembrar que as exigências não terminam na vitícola. Também enologicamente, há que se observar uma regulamentação rigorosa que tem no uso limitado do dióxido de enxofre (principal protetor e conservante do vinho) sua medida

mais reveladora. Esta limitação explica que, acima de tudo em colheitas difíceis, os vinhos de uvas orgânicas tenham mais obstáculos para expressar qualidade. Elaborações se tornam particularmente sensíveis às doenças, porque as próprias defesas derivadas de uma agricultura de qualidade diminuem.

A seu favor, no entanto, têm a capacidade de fermentar ajudada por sua própria levedura, um fator de diferença a que, se não afetam problemas maiores, podem contribuir com personalidade e distinção nos vinhos. “Estamos livres” – explica Lloréns - “do perigo da estandarização que ameaça os produtos convencionais devido ao uso de leveduras de laboratório. Aos vinicultores orgânicos, temos que insistir nesta sorte de potencialidade adquirida graças ao tipo de cultivo, que nos ajuda a manter uma tipicidade difícil de conseguir nos vinhos elaborados sem estas garantias”. Nem todos iriam ser beneficiados pela mãe natureza.

Quantidade, saúde, qualidadeEm 2009, registrou-se um índice de superfície ecológica cultivada na Espanha de 571.980,56 hectares, segundo dados fornecidos por Francisco Robles, da Bodega Robles (D.O. Montilla-Moriles). Depois do cereal (32,07%), da oliva (22,21%), das frutas secas (15,27%), do alqueive e adubo verde (10,53%), o vinhedo alcança um percentual de 9,43% do total referido (53.958 hectares). Ao mesmo tempo, o número de bodegas embaladoras com este selo passou de 135 em 2001 a pouco mais de 400 em 2009. Com quase 19% do total destas bodegas, Catalunha é a Comunidade Autônoma que mais cresceu neste capítulo, no qual também brilham Castilla, La Mancha, Rioja ou Valencia. Da mesma forma, as nomeações formam consolidadas como Biocórdoba ou Five navarra, concursos especializados em vinhos orgânicos como EcoRacimos e um respeitado número de feiras e exposições regionais, resultado da condução e da ilusão de pequenos elaboradores. No cenário europeu, a Biofach de Nuremberg e o importante convite de Montpellier vêm radiografando cada vez mais o vigoroso panorama desta tipologia de vinhos.

anos trabalhando com seriedade e sensatez pela prestigiada certificação “vinho orgânico”, que é basicamente preparado com uvas provenientes de agricultura biológica, que ecoam o rótulo adicionado ao seu catálogo para torná-lo mais completo e bonito, até aqueles que lançaram-se ao mundo natural e verde porque está na moda e porque “a pesca no rio de águas turbulentas pode ter grande procura por pescadores”.

Mas fazer um vinho orgânico com certas garantias qualitativas não consiste em aplicar uma receita sem mais nem menos. Ao rigor técnico de uma elaboração convencional, soma-se uma expertise necessária no uso e dosagem de adubos orgânicos, no manejo de remédios naturais (o cobre, o enxofre e também compostos de plantas e minerais) e, acima de

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Apóstolos de ontem e de hojeUma das razões pela qual nós, jornalistas vinícolas, deveríamos estar eternamente agradecidos à biodinâmica, reside na capacidade que esta tem para gerar manchetes atraentes. Já faz alguns anos, por exemplo, em uma entrevista concedida à Sobremesa, a grande Lalou Bize-Leroy, elaboradora de vinhos admirados e respeitados, disse: “Na minha bodega, os vinhos fazem o que querem”.

O fluxo de ideias e propostas do tipo manchete, procedentes do livro de Nicholas Joly, O Vinho, do Céu à Terra (La Fertilidad de la Tierra Ediciones), é considerável. Aqui estão algumas: “Eles (os velhos viticultores) dizem-nos que um vinhedo “sente” a presença de um cavalo”. “A dança nos mostra uma linguagem de gestos que também tem um sentido importante para a planta”. “Não, não é possível dizer que se faz vinho, quando se compreende o vinhedo a fundo. Na maioria das vezes, basta contemplar e escutar, cheios de admiração, que o vinho se volta por si mesmo, e raramente temos que assistí-lo”.

em todo o mundo”. Nesta linha, vale ressaltar o progresso qualitativo verificável nas amostras apresentadas ao concurso EcoRacimos, onde começam a brilhar vinhos que se atrevem a convocar ao prazer sem duvidar. Já não se trata somente de satisfazer às necessidades da tribo de sangue impossivelmente incorrupta, mas de convencer aqueles que põem a sensualidade, a emoção e os valores no trono de suas preferências.

Os responsáveis por estas iniciativas perceberam que o setor ecológico estava precisando de uma perspectiva qualitativa. E pouco a pouco, foram mais abundantes em critérios organolépticos e menos em aspectos saudáveis ou naturais que dão certo. Saúde não é sinônimo de qualidade. Um vinho pode ser perfeitamente saudável e ser perfeitamente anódino, simples ou carente de virtudes aromáticas e saborosas. A compreensão desta realidade é que, sem dúvida, tem levado a uma melhora da imagem dos vinhos orgânicos na Espanha, onde ainda não são tão bem sucedidos como merecem. Ramón Llorens não morde a língua ao afirmar que “a falta de profissionalismo e de meios tem como resultado vinhos naturais, mas básicos e, às vezes, com defeitos importantes”. “Isto está mudando” – afirma Ramón - “graças principalmente a uma mudança de foco e a uma mentalidade mais competitiva. Agora, estamos conseguindo resultados e reconhecimentos superiores à média do setor de vinhos convencionais

O já famoso chifre de vaca cheio de estrume aplicado à sua própria terra, mulas em vez de tratores, o calendário lunar observado para a coleta e até mesmo responsável para a degustação de vinhos em dias florais e em frutais, ou as conclusões cósmicas e planetárias das que Joly nos fala, que, lembrando, é responsável pela prestigiosa Coulée de Serrant na Loira, levou muitos a considerar este herdeiro da tese do pioneiro Rudolf Steiner (1861-1925) como extravagante ou iluminado, e à biodinâmica como uma espécie de disciplina rara somente adaptável, sem acaso, em vinhedos de dimensões reduzidas. Porém, mais perto de extremismo e altissonantes declarações (um capítulo desse livro é dirigido com a seguinte declaração do Corão, que nos deixa um pouco com medo: “estão determinados a negar tudo cuja sabedoria não consegue entender”), deve servir a avaliações críticas relacionadas a práticas agrícolas da última marca que podem ser tão úteis, como prejudiciais, diz isso Nicolas Joly, ou “o guardador de porcos de Agamenón”. Engraçado é que muitos dos que desqualificam com crueldade a biodinâmica de Joly, apressem-se a afirmar que seus vinhedos se ajustam à lei do “tudo ecológico”. E destacam: “tudo ecológico e natural: aqui não entram coisas raras”. As dependências das indústrias de defensivos agrícolas, que agora contam com um leque de tratamento eco para as culturas de moda e consciência, estão colocando

a segunda profissão mais antiga do mundo, a agricultura, a um ponto perigoso e sem retorno, determinado por fortes interesses econômicos. Que a natureza tem sido a principal receptora das calamidades e espasmos deste longo período de capitalismo sem freio e sem regras, é algo que alguns dos que mais provocaram esses espasmos já nem duvidam mais. Não se trata de negar o progresso, mas, como diz Joly, de reconduzí-lo para o benefício coletivo. Com os iluminados há que se ter cuidado. Bem visto, também os que falavam das borbulhas do ladrilho antes da explosão.

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MUNDO ECO

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Compramos satisfeitos um quilo de cenouras roxas orgânicas (e inclusive biodinâmicas, que não, não quer dizer que se mexem, mesmo quando a biografia mudada do fundador da disciplina, Rudolf Steiner, bem merece uma revisão) em uma fazenda permacultural. São cultivadas somente nas temporadas, não têm profanado quaisquer produtos químicos e, salvo a

Revista SobremesaTexto: Saul CepedaFotos: Alvaro Fernández Prieto

intenção dos agricultores (discípulos, seguramente, de Masanobu Fukuoka, pai do método homônimo de agricultura natural), poderia-se afirmar que seu nascimento tem imitado a própria espontaneidade da natureza. O preço é mais elevado que o de outras cenouras e sua produção é muito baixa: apenas poucos as conhecem.

No limite desta fazenda, existe outra exploração agrícola mais extensa. Ali, são produzidos tomates de estufa durante todo o ano. Os recursos minerais da terra se esgotam, frequentemente enriquecidos com fertilizantes industriais, enquanto os cultivos recebem proteção contra pragas e ervas daninhas, por exemplo, de Dow Chemical (uma das empresas que proporcionou o “agente ecolaranja”, poderoso desfoliante com base herbicida hormonal, ao exército americano durante a guerra do Vietnã). A colheita constante é medida em centenas de toneladas anuais. O preço por quilograma é muito baixo e, além dos tomates “brutos”, que atingem grandes áreas, estes também são usados para criar derivados do vegetal, chegando a dezenas de milhares de consumidores.

as luzes e as sombras

Recentemente, ultrapassamos os sete bilhões de habitantes no planeta e, ainda que para alguns o problema atinja a habitação, ele é, além disso, um problema alimentício. De um lado, estão os que buscam a solução na pequena escala, do outro, o recurso em massa. A ecologia industrial é possível?

Seria falso e simplista reduzir a agricultura ecológica ou a alimentação industrializada a estes dois modelos, mas eles podem dar-nos uma perspectiva de extremos. Destaca-se a dificuldade de coexistir no futuro um mundo profundamente corporativizado como o que antecipava William Gibson em seu romance Neuromante, com as aldeias antiglobalização, pequenos planetas locais, servindo de horizonte a Tyler Durden, protagonista de O Clube da Luta, de Chuck Palahniuk.

O urbanita tendencioso avisa sobre uma moda cíclica na alimentação nomeada ecológica, mas acaba sendo algo muito maior: mais remota que a própria Revolução Industrial. Trata-se de um verdadeiro modelo do consumo, que se opõe aos pilares da indústria conhecida, tanto financeiramente como filosoficamente.

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O plano discute as formas totalmente ecológicas de produzir, distribuir e vender, a que estamos acostumados. E, pelo menos nominalmente, até ganhar batalhas.

A Itália, principal baluarte do movimento Slow Food, terra de Luigi Veronelli, cruzado da diverisdade agrícola, tem quase 20.000 hectares dedicados somente ao cultivo de cítricos orgânicos. A Espanha, nada tímida, possui, segundo o último relatório sobre esta matéria em Euroestat, a maior superfície dedicada a cultivos orgânicos de toda a União Européia, com 1.3 milhões de hectares, 17% da Eurozona.

Mas todas essas propriedades são alegadamente ecológicas? Um cultivo totalmente natural pode ser afetado, caso encontre-se exposto a agentes industriais. Acontece que alguns permacultores, rodeados por fazendas industrializadas, podem descobrir que suas verduras contêm vestígios de inseticidas químicos, volatilizados pelas terras vizinhas. No final, eles não têm escolha, senão vender estes produtos. Por outro lado, a maioria dos agricultores ecológicos que conseguem uma produtividade alta recorrem a métodos de logística tradicional, com alta marca ecológica, e à compra de maquinário para poder gerir adequadamente seus volumes. Seus produtos frequentemente misturam-se nos mercados, e grandes superfícies convertem-no em derivados, através de empresas industriais que acrescentam a nomenclatura ecológica às suas marcas com base na origem da matéria-prima, e não no processo de elaboração.

A Slow Food, organização com raízes de extrema esquerda, desenvolveu seus “baluartes” de alimentos, áreas geográficas que promovem o desenvolvimento de um modelo agrícola natural de produtos e cultivos endêmicos, muitos dos quais estão integrados no chamado Arca do Gosto, um barco simbólico de dimensão planetária, que pretende resgatar os sabores ameaçados de extinção por causa dos padrões empresariais e de uma legislação que desfavorece os pequenos agricultores e produtores. Petrini, a quem Ducasse chamou de “o Don Juan da Alimentação” por seu caráter sedutor de consciências, assegurou à Sobremesa que seu modelo “tem capacidade de alimentar hoje 12milhões de pessoas”. Sugere que no ocidente “cerca de 30% da comida é jogada no lixo” e conclui que alcançar as metas do Slow Food é possível, “educando as nações em respeito à comida”. De alguma forma, o diretor da FAO (Organização da Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) na Espanha, Enrique Yeves, dá razão a Petrini, quando aponta que “a fome crônica que afeta 925 milhões de pessoas é uma questão de pobreza - sua erradicação exigiria 44 milhões de dólares anuais - e não de falta de alimentos”. Muito antes, na Fisiologia do Gosto, dizia-nos Brillat-Savarin que “o futuro das nações depende de como se alimentam”, uma frase que, extraída do contexto, pode resultar ambígua. Mas são muitos os que chamam a perspectiva de Slow Food de utópica.

Em 2008, Brian Walsh escrevia um artigo certeiro na Time, perguntando se o Slow Food era capaz de alimentar o planeta com um modelo tão restritivo e elitista. Já Bjorn Lomborg, autor da criticada obra O Ecologista Cético, aponta que “a análise de dados econômicos de países desenvolvidos e países em desenvolvimento deixa claro que, somente através dos aumentos da produtividade e da integração geral da tecnologia nos processos alimentícios, se poderá lutar contra a fome no mundo”. O veterinário e dietista Ismael Díaz Yubero, que foi diretor de Política Alimentar, comenta que “é impossível que uma alta produção possa ser toda ecológica (...) Há que se levar em conta que a maior parte dos alimentos de qualidade que dispomos hoje derivam de algum descobrimento científico. Não acreditar na utilidade de aditivos e conservantes é não entender a realidade das necessidades de alimentação do planeta. As grandes produções reguladas corrigem uns problemas e trazem outros, mas geralmente o saldo é positivo para a humanidade”.

No extremo oposto do Slow Food, estão as grandes empresas de alimentação, envolvidas em esforços circenses para demonstrar à sua audiência que são ecológicos de pensamento e palavra, evangelizando os consumidores com a ladainha de uma responsabilidade social corporativa que, em seu caso, como chegou a reconhecer a responsável por esta área em uma cadeia hoteleira, “é encontrado somente nos mercados e na bolsa”. O McDonald’s é um

claro exemplo, uma das marcas mais famosas do mundo, que conta com 30.000 pontos de venda (o comércio mais implantado do planeta, seja qual for o setor). Ecológicos, mesmo que ultimamente se empenhem muito em usar o verde, não são. Basta presenciar a orgia de embalagens de um dos seus menus. Mas por acaso nos envenenam? Não, em absoluto. Oferecem produtos calóricos – às vezes demais - quase surgidos de uma cadeia de montagem mais do que de uma cozinha, que apelam a um público amplo, têm preços baixos e geram muitos postos de trabalho (por mais que não seja o emprego dos sonhos de ninguém). Em matéria de alimento, tem grandes defeitos, intrínsecos a seu próprio tamanho, mas também oferece grandes soluções.

E se fosse possívelMas quem sabe uma indústria de alimentos de grandes dimensões pudesse ser sustentável... Vejamos a Noruega, um país que se destaca por manter um equilíbrio entre sua riqueza e bem-estar, elevados com um rigoroso respeito ao meio ambiente. Arne Sorvig, vice-presidente de marketing estratégico da Marine Harvest, a maior empresa de exploração de alimentos marinhos do mundo, mostra-nos seus relatórios de sustentabilidade, onde comprovamos, por exemplo, que o ciclo do salmão dura de 24 a 36 meses, apesar de serem os principais produtores mundiais deste produto (327.000 toneladas, com entrada de 1,8 milhões de euros e somente 5.000 empregados!), na sua maioria orgânico, através de um processo pouco invasivo, no qual as comunidades humanas com as quais colaboram nas regiões pesqueiras desempenham um papel crucial, com analogias ao modelo de Slow Food.

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Sobremesa é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.

Na Espanha, a cooperativa COVAP, do vale dos Pedroches não garante uma pecuária absolutamente orgânica, mas um sistema de rastreabilidade de alimentos infalível, já que cultiva o grão com o qual é elaborada a ração que alimenta seu próprio gado e que, finalmente, eles mesmos embalarão e distribuirão.

Constantino González, diretor executivo do Los Norteños, uma das principais cárnicas da Espanha, aponta outro problema para integrar produtos da pecuária inteiramente ecológicos ao nosso país: o gosto. “Se eu alimentar as vacas apenas com capim – adubado por elas mesmas, é claro - a carne será mais escura, dura, com aroma forte e um sabor muito intenso, de forma que não teria mercado. No Brasil ou na Argentina podemos fazê-lo, porque existe este paladar, mas na Espanha o público pede uma carne que só se consegue através da alimentação com ração. Neste caso, desenhar bem o processo de produção é mais importante que um rótulo ecológico”.

Graças à redução de custos das novas tecnologias, as redes de intercâmbio de sementes, os sistemas de soberania alimentar antidumping e as cooperativas agrícolas ecológicas são hoje fórmulas naturais e justas que conseguem sucesso, mesmo que moderado, com um público cada vez mais próximo.

A culpa é do chefNum estudo que realizamos em 2008 por uma fundação ambiental, determinamos que, por cada caloria alimentar de um prato em um restaurante da Espanha, foram empregadas na sua produção doze calorias em média. O âmbito da hospitalidade é um dos que desperdiça mais energia e gera mais resíduos, superando outros setores que poderíamos considerar mais “sujos”, como, por exemplo, as oficinas mecânicas.

Esta perspectiva contrasta com o interesse que muitos chefs de cozinha colocaram na busca por produtos orgânicos, cruzando montanhas em busca de flores silvestres e botões, para que seus convidados possam devorar coisas que jamais haviam ingerido em circunstâncias menos afetadas.

Exemplos como Michel Bras ou Andoni Luis Aduriz (grandes cozinheiros) vem à mente. Convém, sim, que os cozinheiros associem hoje gosto e dieta, ainda que bastaria buscar qualidade suprema no produto, com ótima rastreabilidade e boa origem, recusando ingredientes ou associações culinárias nocivas. Porque sofisticar a cozinha monitorando sublimes surtos da natureza tem mais de esnobismo e competitividade, do que de ecologia.

É paradoxal, portanto, que estes mesmos ecochefs usem cozinhas industriais altamente tecnificadas, cuja inteligência (das marcas que eventualmente os patrocinam) gera toneladas de resíduos em sua fabricação e consomem mais recursos do que o necessário para tratar as matérias-primas naturais. Isso para não falar das necessidades logísticas para receber produtos em lugares remotos e bucólicos, com decoração supérflua, construção de alta qualidade e alto custo energético, e inclusive na própria uniformidade têxtil do serviço de sala ou cozinha, confeccionada por empregados em condições precárias (a ecologia também inclui os seres humanos).

Se o nível mundial de consumo de recursos fosse igual ao europeu ou ao norte-americano, precisaríamos de nove planetas terra para colocá-lo.

Não se trata, portanto, somente dos ingredientes usados, pois não se pode ser ecológico pela metade.

Nesta linha, o chef Arthur Potts Dawson, dos restaurantes Acorn House e Water House de Londres, manifestou nas conferências TED 2010 (www.ted.com) uma perspectiva interessante para converter os restaurantes em negócios mais amigáveis para o meio ambiente, desde os alimentos até a gestão dos resíduos.

Disse Antonio Carème, precursor da cozinha moderna: “meu trabalho é satisfazer o apetite, não regulá-lo”. Não é necessário que os chefs transformem-se em ecomaníacos, demonizando uns produtos e exaltando outros, especialmente se não são capazes de pregar com este exemplo em outros âmbitos igualmente verdes. Talvez, dando uma olhada nas cozinhas órfãs de máquinas de René Redzepi, o novo guru da culinária mundial do restaurante Noma de Copenhague, compreendamos que esta vocação de ecochef, para ser honesta, deve ser plena. Promotor do manifesto por uma nova cozinha nórdica, ele defende a figura do cozinheiro-colecionador (ele pratica nas ladeiras de Soren Wiuff) e resulta radical em sua defesa pelo meio ambiente e seus produtos, tanto que elabora desde seu pão até a cerveja com ingredientes da região.

Outra forma de olhar, mais “pé no chão”, se quiser, é a de assumir uma realidade cotidiana, ainda que proporcionando algo ao benefício comum. Em Madri, o restaurante Mesa y Placer, por exemplo, doa uma quantia derivada de suas emissões de CO2 (este mercado de emissões é comum entre empresas e países, por sinal) a uma fundação. O mundo é o que é, mas sempre vale a pena fazer algo.

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Originária do continente americano, a mandioca (Manihot utilissima Pohl, Manihot esculenta Crantz) é um dos pilares da alimentação brasileira desde os tempos mais remotos. Cozida, frita e assada, em farofas, paçocas, pirões, mingaus ou cremes, transformada em tapiocas e polvilhos, a mandioca é o verdadeiro pão do Brasil. A variedade de sinônimos regionais da mandioca é tão rica quanto as designações da cachaça no país: candinga, castelinha, macamba, maniva, moogo, mucamba, uaipi, xagala.

INGREDIENTESTexto: Cristiana CoutoFotos: estúdio

MANDIOCAo pão do Brasil

Muitos estudiosos acreditam que as primeiras raízes foram encontradas em nosso território, no sudoeste amazônico. Seu cultivo é tão antigo, com intercâmbios tão intensos, que se tornou difícil o estabelecimento de uma taxonomia precisa, ainda mais considerando-se as variações que recaem sobre qualquer cultivo quando submetido a diferentes climas, altitudes e solos. Mesmo assim, acredita-se que existam cerca de 200 variedades no país.

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A lenda da mandioca relata o nascimento de uma criança branca entre os índios tupi. Chamada Mani, morreu precocemente e foi enterrada numa cova, sobre a qual nasceu uma planta desconhecida. Suas raízes brancas lembravam a cor da pele de Mani. Deram-lhe o nome de mandioca, que significa “corpo de mani”.

De modo geral, as variedades são classificadas em bravas ou mansas (estas últimas recebem popularmente o nome de aipim ou macaxeira), conforme o teor de ácido cianídrico que contém.

Da mandioca extrai-se a fécula ou amido. O amido é obtido da massa de mandioca já ralada, misturada à água e filtrada (num saco de algodão, por exemplo). O caldo obtido é rapidamente mexido e decantado, obtendo-se um pó alvo e fino que, depois de seco e tratado, será transformado em polvilho doce ou azedo, sagu (amido umedecido novamente e granulado em esferas), goma e tapioca. Esta última pode ser recheada e enrolada, ou misturada ao açaí, outro preparo emblemático do Norte.

Na região da Amazônia, é muito comum o consumo da farinha-d’água ou farinha puba, que é feita da massa de mandioca fermentada e adquire um gostinho ácido bastante característico. Com ela, fazem-se bolos, cuscuz e pirões. Uma das mais apreciadas na região é a farinha de Uarini ou ovinha, de grãos ovalados, dourados e resistentes, acompanhamento ideal para moquecas e caldos, principalmente os feitos com o tucupi.

O tucupi é o líquido da mandioca espremida, fermentado depois que se retira dela o amido. Obtido das mandiocas amarelas, as variedades comuns na Amazônia, ele possui toxinas e precisa de uma longa fervura para eliminá-las. É um ingrediente tão importante quanto a farinha na região. Nos fins de tarde, é comum encontrar manauenses e paraenses em busca de uma cuia de tacacá, vendida em estabelecimentos ou mesmo nas ruas. O tacacá é um delicioso caldo feito com o tucupi, a goma da mandioca, camarões secos e jambu, uma planta amazônica que tem a propriedade de amortecer a língua.

A mandioca e suas farinhas foram, a partir do século 16, o principal alimento destacado por cronistas e viajantes estrangeiros que visitaram o Brasil, como Pero de Magalhães Gândavo, Fernão Cardim e Gabriel Soares de Souza. Em sua passagem pelo Pará, os naturalistas Spix e Martius fazem uma descrição detalhada da extração do tucupi: método que se manteve praticamente inalterado passados 200 anos. Contam os naturalistas alemães na obra Viagem pelo Brasil (1817-1820): “Um cesto cilíndrico (chamado tipiti), cheio de mandioca ralada e, em sua parte inferior, carregado com uma pedra, pende de uma das travessas da choça. Deste modo simples, o suco venenoso das raízes frescas é espremido e cai num recipiente. Esse suco, engrossado ao fogo e misturado com pimenta (Capsicum) seca, produz o tucupi, tempero usual de todos os pratos de carne do qual os paraenses fazem uso”.

É preciso, entretanto, ficar atento às designações. Muitas vezes, a mesma farinha ganha nomes diferentes dependendo da região — como a farinha de copioba, feita na Serra de Copioba, na Bahia. A farinha polvilhada, também chamada de gomada, significa a mesma coisa: uma farinha rica em amido, que confere liga aos pratos de que participa.

Cristiana Couto é jornalista de gastronomia, doutora em História da Ciência e autora do blog Sejabemvinho. É autora do livro Arte de cozinha: dietética e alimentação em Portugal e no Brasil (sécs. XVII-XIX), pela editora Senac-São Paulo, e redatora-chefe da revista Wine Style.

A variedade de tratamentos dados à mandioca é particularmente grande na região amazônica. Lá, utiliza-se, por exemplo, as folhas (maniva) num preparo conhecido como maniçoba — um caldo feito à base da maniva, com carne de porco e temperos (como a pimenta-de-cheiro), típico dos festejos do Círio de Nazaré, a maior manifestação católica do Brasil, que acontece em Belém. O prato cozinha lentamente, e leva dias para ficar pronto.

Mas são as farinhas, produzidas a partir das mandiocas mansas e bravas, a principal utilização desta raiz. Elas variam de acordo como o modo de preparo (na água ou seca), além da granulometria e do ponto de torra. A massa da raiz da mandioca — descascada, lavada e ralada — é prensada, às vezes peneirada, e torrada em tachos ou chapas de ferro sobre fornos. A farinha, portanto, não é “crua”, como se costuma dizer por aí. Essa última etapa, segundo os conhecedores do assunto, é a parte que exige maior experiência, pois detalhes como a intensidade de calor, a quantidade de massa e a rapidez com que é mexida alteram profundamente a qualidade do produto final.

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Lembro de meu pai dizendo à minha mãe: “hoy no voy a comer!, voy a picar!”. Então, minha mãe colocava uma tábua de madeira, uma faca - que meu pai afiava com cuidado - pão, queijo, chorizo, um tomate, um dente de alho, o saleiro, uma lata de azeite de oliva, uma garrafa de vinho e uma taça. Eu achava aquilo o máximo e não entendia por que ele dizia que isso não era comer. Claro que era, e eu também queria comer assim.

EXTRATexto: Carmen JaureguiberriFotos: Maria CoquitoTA

PA

S

Gastronomia em pequenas porções

Quando cheguei à Espanha, foi como se uma nebulosa saísse rapidamente dos meus olhos e eu começasse a enxergar e entender todos esses detalhes que faziam com que minha casa fosse diferente.

Eu andava pelas ruas e ria sozinha. Era engraçado e divertido descobrir minhas raizes, e entender coisas que, até então, eram para mim um enigma.

Um dos enigmas mais prazerosos das minhas descobertas foi a gastronomia artística e criativa deste país.

Como podia ser que um país territorialmente pequeno tivesse uma culinária tão variada? Cada região tem seus pratos, com sabores característicos e muito diferentes entre si: a gastronomia vasca, a catalã, a castelhana, a da mancha, a navarra, a aragonesa, a andaluza, a asturiana, a extremenha, a murciana, a valenciana, a canaria, a galega... Cada uma delas com seu caráter particular e único. Uma enorme variedade de produtos, culturas, climas, história e cultivos diferentes.

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chopp (caña) ou qualquer bebida alcoólica, e também, hoje em dia, com refrigerantes.

Na Espanha, conserva-se o hábito das três refeições principais: café da manhã, almoço e jantar, mas o tempo entre o café da manhã e o almoço é muito grande (almoça-se entre 2 e 4 da tarde). Então, entre 1 e 2 da tarde, toma-se um aperitivo. É o momento para fazer uma pausa no trabalho, tomar um vinho, comer uma “tapita” e trocar ideias com os companheiros de trabalho relaxadamente. Este

hábito é nacional e conhecido como “la hora del vermú”. A origem do nome está na bebida “vermouth”, que também é uma das preferidas nesta hora, para ser acompanhada por uma “tapa”.

Diz a lenda que o nome “tapa” (tampa) tem origem no fato de que, antigamente, nas tabernas, esse pequeno canapé era colocado em cima do copo, tampando o líquido que este continha, para que os mosquitos e a poeira dos caminhos não caíssem dentro. Além disso, a

tapa tem como objetivo atrasar os efeitos do álcool e manter a vontade de continuar bebendo, de continuar consumindo.

A “tapa” foi, com o tempo, adquirindo outras dimensões em tamanho, variedade, e forma. Passou a ser mais elaborada e também a ser cobrada. Hoje, as “tapas” podem, inclusive, substituir o almoço ou o jantar. Por toda a geografia espanhola, existem muitos bares e restaurantes especializados em “tapas”. Sem dúvida, é uma forma divertida, social e variada de alimentar-se, provando vários sabores diferentes em uma mesma refeição.

As “tapas” podem ser frias ou quentes, podem vir acompanhadas ou não de pão, e podem também vir espetadas num palito. Essa variedade denomina-se “pinchos” e se pratica principalmente no país vasco.

As tapas podem ser, desde um simples pratinho com azeitonas ou amêndoas, umas fatias de queijo ou de presunto curado, até pratos elaborados servidos em pequenas porções, guisados de carnes, legumes, peixes, frios, frituras, verduras, ovos, tortilla de batatas, frutos do mar, paellas… Chegam inclusive a ser receitas complicadíssimas e “desestruturadas”, onde se combinam o sabor, o aroma, o desenho e novas texturas, em

miniaturas assinadas por grandes chefs, como Juan Mari Arzak, Paco Roncero, ou Ferrán Adriá, para citar alguns dos deuses da gastronomia vanguardista deste país. A variedade é tão grande, quanto a diversidade e criatividade na culinária espanhola, e depende da região onde você se encontra.

O “tapeo” não é somente uma forma de se alimentar. É também um ritual social muito importante, onde você interage informalmente com amigos ou com desconhecidos.

A estética do ritual e o toque de autenticidade do “tapeo” estão na verticalidade. A maneira tradicional de “tapear” é em pé, em frente ao balcão do bar..

Há elegância no gesto, no discurso ao apreciar essas comidas delicadas e saborosas em pequenas porções regadas de bons vinhos sem utilizar jamais o verbo “comer”, porque, para estas ocasiões, o verbo correto é “picar”.

Assim, “¡hoy no voy a comer!, ¡voy a picar!” Que delícia foi compreender isto.

Entre toda essa variedade e riqueza há um fenômeno culinário nacional, um hábito sem fronteiras dentro deste país, e que está conquistando bares e restaurantes no mundo inteiro, fazendo com que a cozinha espanhola seja identificada. Assim como o sushi identifica a cozinha japonesa, a pizza identifica a italiana e os tacos, a mexicana, as “tapas” identificam a cozinha espanhola pelo mundo.

Uma “tapa” é um pequeno canapé que, em sua origem, era servido gratuitamente junto ao trago. A bebida

que tradicionalmente acompanha a “tapa” é o vinho. Desde vinhos jovens até grandes reservas de cada região: o txakolí jovem do país vasco, o vinho de Penedés, o Cava da Catalunha, o Ribeiro da Galícia , o vinho jovem de “Valdepeñas”, o “Ribeira del Duero” da Castilla, o “Rioja”, da região de mesmo nome e o “jerez fino” (cherry) da Andalucia. Nas Asturias e em zonas do país vasco, onde há grande quantidade de maçãs, o vinho pode ser substituído pela sidra. A “tapa” também é servida com cerveja,

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A The Wine School é uma organização dedicada à formação de profissionais do mundo do vinho, licores e destilados, apreciadores e enófilos.

Representante exclusiva da Wine & Spirit Education Trust - WSET no Brasil, Chile e Colômbia, a escola conta ainda com parceiros que acreditam na excelência do estudo como forma de conquistar destaque no mercado.

A The Wine School conta com uma equipe de profissionais capacitados e dispostos a contribuir com o desenvolvimento de todos os alunos. Esta equipe tem à sua frente, ocupando o cargo de Diretor Acadêmico, Dirceu Vianna Junior - MW, único brasileiro a conquistar o título de Master of Wine.

ARTIGO THE WINE SCHOOLTexto: redação

APRENDENDO JUNTOS

Grande parte de nossos associados acompanharam as 100 seleções da Sociedade da Mesa. Sócios antigos e mais recentes têm aqui a certeza de que muitas outras seleções estão por vir.

Nessa viagem pelo mundo do vinho desfrutamos muito, demos risadas juntos, comemoramos nossos aniversários, fizemos festas, relaxamos e, é claro, aprendemos na prática. A Sociedade da Mesa tem orgulho disso!

Bem-vindo à Wine & Spirit Education Trust

A WSET existe para promover, oferecer e desenvolver educação de qualidade superior e qualificações de grande procura em vinhos e destilados, destinadas a quem trabalha no setor, a quem nele pretenda ascender e também ao consumidor entusiasta. O WSET tem 42 anos de experiência mundial, desenvolvendo e ministrando programas educativos e titulações no segmento de vinhos, licores e destilados. É uma entidade sem fins lucrativos e a única reconhecida pelo governo britânico para ministrar cursos com certificação oficial às pessoas interessadas em trabalhar nesta indústria.

A novidade este mês é que sócios da Sociedade da Mesa que desejarem fazer os cursos oferecidos pela The Wine School terão 5% de desconto.

Certificado Avançado em Vinhos e Destilados

WSET Nível 3

Este curso destina-se aos alunos que detenham o Certificado Intermediário WSET de Nível 2 ou que possam demonstrar um nível de conhecimento equivalente. Recomenda-se firmemente que os alunos completem o Certificado Intermediário antes de se matricular no Certificado Avançado.

Esta qualificação oferece uma análise detalhada dos principais vinhos e destilados do mundo. Os alunos também se beneficiarão das provas de vinhos e destilados realizadas de forma intensiva durante todo o curso, onde irão aprender a identificar o estilo e a qualidade dos produtos. Normalmente, todas as aulas deste curso incluem provas.

Certificado Preparatório em Vinhos

WSET Nível 1

Originalmente, esta qualificação foi criada para formar os responsáveis pelo atendimento ao cliente na hotelaria ou no varejo. Com o tempo, transformou-se em um curso de interesse global, oferecendo conhecimento básico do produto, tanto para quem começa a trabalhar no setor do vinho, como para um consumidor interessado no tema.

O objetivo do curso é oferecer uma introdução básica ao vinho, seguida de algumas noções para a harmonização entre comida e vinho.

Certificado Intermédio em Vinhos e Destilados

WSET Nível 2

Trata-se de uma qualificação de âmbito profissional para quem trabalha com vinhos e destilados, que permitirá ao aluno obter um excelente conhecimento do produto. Este curso também é apropriado para consumidores interessados pelo tema.

A qualificação está focada nas principais castas e regiões produtoras do mundo. A prova de vinhos é, normalmente, parte integrante de cada aula.

Informações e InscriçõesThe Wine School BrasilRua Voluntários da Pátria, 2820 - Sala 96Santana - São Paulo/SPCEP 02402-100Fone: + 55 (11) 2737-9212Fax: 2737-9213Contato:[email protected]

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100 edições, 100 estórias, 100 capas, 100 seleções de vinho. É muita coisa! Muita coisa bonita! Somos o maior e mais antigo clube de vinhos do Brasil. É um verdadeiro orgulho participar deste time de sonhadores e realizadores. Hoje somos uma das principais edições de vinho e gastronomia do país. Poucas revistas têm a tiragem e muito menos o conteúdo da nossa “Sociedade da Mesa”. Parabéns ao Dario, à Debora, à Paula e a todos que fazem parte desta brilhante publicação. Vocês, sócios, são o principal foco do nosso trabalho, são a causa e a razão dele!

Guardei para esta edição número 100.

Maripili é um apelido, diminutivo, utilizado na Espanha para o nome Maria del Pilar. Deve ser alguém especial para o Dario, mas ele não conta - sim, nosso Dario Taibo, idealizador e criador deste espaço gastronômico espetacular!

Por que guardei para esta edição especial? Pois é, sou fã absoluto de tortilla de papa, e aqui encontramos a melhor de São Paulo. Molhadinha, com a medida certa entre ovo e batata. Temos vários restaurantes espanhóis ótimos em São Paulo, mas ninguém chega perto da Tortilla do Maripili. Parece simples, não é? Você olha para a tortilla e

Achei uma maneira legal de comemorar esta histórica edição com “OS MELHORES DA CIDADE”. Em cada uma das próximas edições, indicaremos os melhores de cada tipo de comida. A primeira será de carnes, como segue.

SABOREANDO JUNTOSTexto: Don [email protected]

HOLA, AMIGOS DA COMUNIDADE SOCIEDADE DA MESA. UMA GRANDE SAUDAÇÃO A TODOS.

ESTE É NOSSO ESPAÇO PARA COMPARTILHAR DESCOBERTAS, EXPERIÊNCIAS E DICAS DO MUNDO DA BOA MESA, REUNINDO IMPRESSÕES DA NOSSA COMUNIDADE, ADEPTA AOS PRAZERES DA GULA. AQUI ESTARÃO PRESENTES AS MINHAS E AS SUAS SUGESTÕES DE PRATOS, RESTAURANTES, BARES, INGREDIENTES, BEBIDAS E OPINIÕES EM GERAL. NESTE ESPAÇO, ENCONTRAREMOS TUDO QUE EU MAIS GOSTO NA MINHA QUERIDA MEGALÓPOLE PAULISTA E NAS CIDADES QUE VISITEI.

CARNES

Minha Tasca preferida longe de Madrid e pertinho de casa.

MaripiliR. Alexandre Dumas, 1.152, Santo Amaro (11) 5181-4422São Paulo - SP11h30/22h (fecha domingo à noite e segunda-feira)

Don Alejandro é um colaborador convidado. Entusiasta do livre exercício dos prazeres da mesa, ilustra com depoimentos pessoais as suas aventuras enogastronômicas.

Valeu gente!! Viva el buen comer!! Viva la Vida!!!

Por aíAs melhores Carnes da cidade:

Vazio (fraldinha)“Martin Fierro” - Rua Aspicuelta, 683011 3814-6747

Assado de Tira ‘Rubayat” - Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 011-3165-8888

Bife de Tira “Rodeio” - Rua Haddock Lobo, 1498 011 3083-2322

Ojo de bife “Varanda Grill” - Rua General Mena Barreto, 793 011 3887-8870

Bife de Chorizo“Varanda Grill” - Rua General Mena Barreto, 793 011 3887-8870

Costela“Villares” - Av. Luiz Dumont Villares, 542 011 2979-4024

Picanha Fatiada“Rodeio” - Rua Haddock Lobo, 1498011 3083-2322

Rodízio“Fogo de Chão” - Av. Bandeirantes, 538

Miúdos, Achuras (linguiça, chorizo, morcilla, molleja)“Corrientes 348” - Rua Comendador Miguel Calfat, 348 011 3849-0348

Vale a pena conferir. Se você for, escreva para mim e comente. E se você tem alguma dica, escreva para [email protected]

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OS M

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diz: “qualquer um pode fazer isto”. Erradíssimo!! É fundamental saber separar e depois juntar, para que a medida do ovo e da batata fiquem independentes e possamos chegar a este manjar dos deuses. Às vezes vou até lá, como três porções seguidas e vou embora, mas antes de pedir a conta, peço outra grande obra do Maripili: o “Gazpacho”, cremoso e temperado na medida certa, com uma textura áspera diferente e sabor único. Outros clássicos são os callos à madrilenha, a dobradinha cozida numa salsa picante, o bacalhau com molho de pimentões, a rabada, com seu sabor forte e marcante ou ainda a última novidade: los huevos revueltos com presunto cru.

Há também vinhos ótimos, de diferentes origens. E nós, sócios, podemos levar o nosso vinho, pois está dentro do programa Saca Rolha. É fora do circuito normal da gastronomia paulista, mas vale a pena locomover-se até este pequeno pedaço da Espanha na nossa cidade.

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A VIDA COMO TEM QUE SERTexto: Mateus GiovanniFoto: divulgação

Parmegiana de Beringela

Corte-as em tiras na horizontal com a casca mesmo. Use dois pratos para empaná-las. No primeiro use apenas a clara de dois ovos e sal - a retirada da gema evita o sabor forte, característico de ovos. No segundo prato, use farinha de trigo branca e empane todas as fatias. Reserve.

Para o molho, você vai precisar de duas latas de tomate pelado, meia cebola média picada, um dente de alho espremido, azeite, pimenta do reino e sal a gosto. Use também manjericão, que perfuma toda a receita. Aproveite e separe algumas folhas grandes para a decoração desta entrada. Este molho

A Itália é um caldeirão fervente de receitas. Por isso, nada melhor que boa comida para comemorar a centésima edição do Informativo Sociedade da Mesa! Vamos nos ater à culinária do Sul da “bota” e da Sicília, onde a berinjela é muito utilizada em entradas e as variações de molhos nas massas frescas são espetaculares.

As berinjelas italianas (melanzane) são mais lilases e rosadas, parecidas com o formato do nosso tomate caqui bem farto, mas o sabor e a textura são os mesmos das berinjelas daqui. Para servir bem quatro pessoas, você vai precisar de três berinjelas médias.

ITÁLIAem Dose Dupla:

Parmegiana de Berinjela e Ravioli ao pesto de Rúcula

é aquele básico da sua preferência, saboroso e encorpado. Deve ser feito em quantidade suficiente para uma travessa média. Temos que pensar em não deixar o prato ressecado, depois de retirá-lo do forno.

Com o molho pronto, vamos seguir para a fritura das berinjelas empanadas. Use uma panela média com óleo de canola (mais saudável) bem quente para não encharcá-las. Aguarde até que fiquem douradas dos dois lados e escorra sobre um papel absorvente. Você vai precisar de uns 400g de mussarela fatiada e 150g do parmesão italiano Parmigiano-Reggiano, de preferência

ralado na hora, para usar na montagem. Coloque uma quantidade de molho suficiente para cobrir o fundo. Em seguida, acomode a primeira camada das berinjelas intercalando com as fatias de mussarela, salpique um pouco do parmesão e regue com o molho. Repita as sobreposições deixando que a última camada seja de mussarela com molho e parmesão, para que gratinem bem no forno quente.

Depois de uns 25 minutos de forno, retire a assadeira já com a berinjela bem gratinada. Sirva regando com azeite extra-virgem e decore com folhas grandes de manjericão fresco.

Esta entrada é muito saborosa. Um bom vinho tinto casa muito bem e abre ainda mais o apetite para o que virá. E a dica para você se sentir ainda mais nesta região da Itália é beber o Lacryma Christi (Lágrima de Cristo, em latim) é o nome de um célebre tipo de vinho produzido nas redondezas do Monte Vesúvio, na Campânia, Itália.

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A massa fresca recheada pode ser aquela de sua preferência. Em São Paulo, temos uma grande colônia Italiana e sempre conseguimos encontrar massas com aquela receita da nonna, que são deliciosas. Na Itália, quando você se senta em um restaurante e entende a atmosfera que lhe rodeia, sempre percebe que tem a mão da família em tudo, principalmente das avós, na cozinha.

Pensando em praticidade, você também pode encontrar, em empórios e rotisseries, diversas massas frescas. A receita deste pesto diferenciado cai bem com diversos recheios, como brie com nozes, mussarela de búfala com

tomate seco, quatro queijos, entre outras. O recheio do ravioli escolhido para harmonizar foi o de ricota fresca com ervas.

O pesto comum sempre é batido no liquidificador, por isso, para esta receita o chamamos de diferenciado. Os ingredientes ficam inteiros e dão um sabor e aspecto maravilhoso ao prato. Para servir com 500g de massa fresca cozida al dente, você vai precisar de 200ml de azeite, 50g de pinolis inteiros, cebolinha finamente picada, 2 colheres de chá de alcaparras em conserva, uma colher de café de pimenta seca tipo calabresa, alho frito em lascas ou pedaços grosseiros, e 1 maço de

rúcula fresca (você pode comprar as já higienizadas, em saquinhos), além de sal a gosto.

O molho é rápido e fácil de fazer. Corte as cebolinhas em anéis e a rúcula em tiras bem fininhas. Descarte as pontas dos talos. Aqueça o azeite, acrescente o alho frito (você pode fazer em casa e guardar em vidros de conservas ou comprar pronto nos empórios e supermercados). Acrescente os pinolis inteiros, a pimenta, as alcaparras e até enriqueça com umas folhas de manjerona, se quiser. Coloque a cebolinha e, por último, a rúcula fresca picada, que não deve ser muito refogada, para não soltar água.

Ravioli ao pesto “diferente”, com pinolis inteiros, rúcula picada e alcaparras

Em outra panela com água fervente, cozinhe com atenção os raviolis recheados. Como a massa é fresca, exige cuidado para que eles não passem do ponto ou estourem. A média em fogo alto é de 4 minutos. Escorra e misture delicadamente ao pesto. Nesse momento, o perfume do prato já vai tomar conta de toda a cozinha.

Na hora de servir, você pode optar ou não por colocar parmesão ralado. Esta receita de pesto é muito versátil e pode ser adaptada com combinações das mais ousadas. Damascos picados, por exemplo, neste conjunto ficariam ótimos também. Este molho também pode ser usado com massas sem recheio.

Assim, continue saboreando o seu vinho, que agora já pode ser um Barolo ou um Chianti... E desfrute desta orgia gastronômica ao estilo italiano, com bastante pão para não desperdiçar aquele molho que fica no prato e uma boa conversa à mesa.

Ravioli ao pesto “diferente”.

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nem sempre temos em casa um vaso especialmente para colocar flores, qualquer recipiente vale. Use a imaginação! As flores podem ser colocadas em sopeiras, copos, pratos fundos, xícaras, tigelas e até panelas. Neste caso, o estilo do recipiente deve ser levado em consideração para garantir harmonia na decoração da mesa.

Depois de tudo, o mais difícil será ficar sem elas!

Flores na mesa acrescentam, sem dúvida, beleza, alegria e prazer ao ambiente. Prazer esse, que pode começar muito antes da colocação da mesa. Vale a pena experimentar! Reserve uma pequena parte do tempo que utilizará com os preparativos da sua festa, reunião ou jantar, para as flores.

SIMPLESMENTETexto: Paula MoralesFotos: estúdio

É muito fácil comprar flores. Nas cidades, elas estão por toda a parte: hortifrutis, lojas especializadas, feiras e grandes distribuidores como o CEASA - São Paulo. Encontram-se inclusive em supermercados.

Escolher as flores é igualmente fácil. Veja as cores e formas, toque as folhas, sinta o aroma, pergunte o nome... Simplesmente se deixe encantar e voltará para casa com elas.

É possível comprar flores plantadas em pequenos vasos ou soltas, para colocar na água. Se o destino das flores é em uma mesa de centro na sala de estar, por exemplo, para embelezar o ambiente não há que se pensar muito. Se o destino das flores for a mesa de jantar, considere as seguintes dicas:

Um arranjo baixo é ideal para que os comensais vejam uns aos outros e não sintam a necessidade de deslocar as flores ou até tirá-las da mesa durante a refeição. Lembre-FL

ORE

S

NA MESADica: Para quem não tem tempo, mas gosta de sempre ter flores naturais em casa, existe o Clube das Flores. Isso mesmo. O clube entrega semanalmente ou quinzenalmente um arranjo de flores da estação em sua casa. Assim, você sempre terá as cores, formas e texturas das flores em sua casa para decorar os melhores momentos.

Erica-clube das flores: www.ericaclubedasflores.com.br

Uma garrafa (pág. esquerda), uma xícara, um copo ou mesmo um utensílio como uma leiteira servem para colocar flores e colorir sua mesa.

“ As flores podem ser colocadas em sopeiras, copos, pratos fundos, xícaras, tigelas e até panelas. ”

se que o aroma da refeição é muito importante e não queremos misturá-lo com o aroma das flores, por isso devem ser escolhidas flores de aroma muito leve. Um suporte firme é ideal para o caso dos comensais trocarem cestos de pão ou bandejas durante a refeição, evitando o desgosto de ter a mesa encharcada.

Para a mesa, o ideal são flores em água e isso faz necessária a existência de um suporte. Como

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VIAGEMFotos: divulgação

URUGUAIpróxima viagem

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c l u b e d e v i n h o s

FLOTOPERADORA TURISTICA

w i n e t o u r s

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Se demoramos entre a última viagem e esta, não foi por falta de ideias de roteiros ou vinícolas para visitar. De fato, sabemos que, se as ideias nos faltassem, teríamos, sem dúvida, a ajuda dos nossos associados. A questão é que sabemos que uma viagem em grupo, para ter êxito, requer mais que um roteiro. É necessária muita organização, reservas em hotéis, combinações de horários, vôos, outros meios de transporte, conhecimento de todas as possíveis dificuldades, saber lidar com imprevistos... Enfim, é preciso experiência em organizar e acompanhar grupos para viagens.

A operadora está afiliada às mais destacadas entidades do setor, incluindo a Braztoa - Associação Brasileira de Operadoras de Turismo, Abav - Associação Brasileira de Agências de Viagem, Sindetur - Sindicato de Turismo do Estado de São Paulo, IATA - International Air Transport Association e Cadastur - Cadastro Nacional de Empresas de Turismo do Ministério de Turismo do Brasil.

Iremos ao Uruguai na famosa semana do “saco cheio”, também conhecida como a semana da Primavera. Para essas férias, preparamos juntos um roteiro leve e descontraído. Visitaremos os pontos importantes de Montevidéu, iremos a Carmelo e Punta Del Leste. Bodegas, bons vinhos e degustações não nos faltarão. Visitaremos as bodegas Bouza, Los Cerros de San Juan e Alto de La Ballena. Seremos recebidos para uma palestra e degustação, pelo clube de vinhos Cava Privada, do Uruguai, que, assim como a Sociedade da Mesa, pertence ao Grupo Vinoselección.

Portanto, para esta e para as próximas viagens da Sociedade da Mesa, contamos com a expertise em organização de viagens da Flot.

A Flot Operadora Turística surgiu em 1984 e hoje figura entre as dez maiores operadoras do país.

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Além da assinatura da Seleção Mensal, a Sociedade da Mesatambém oferece a Seleção Grandes Vinhos (trimestral).

Na Seleção Grandes Vinhos (trimestral) são selecionados vinhos para guardas mais longas e para situações especiais. Uma seleção mais formal com um valor fora do alcance da seleção mensal. Funciona tal como a Seleção Mensal, exceto que o envio é feito de3 em 3 meses e o preço médio por garrafa é R$100,00. A Seleção Grandes Vinhos (trimestral) é anunciada no mês que antecede a seleção pelo informativo, newsletter e site, e os cancelamentos devem ser feitos até o dia dez do mês da seleção. Cadastre-se já pelo [email protected] oupelo telefone 0800 774 0303 e receba também aSeleção Grandes Vinhos!

Só para lembrar:Seleção Grandes Vinhos, apenas 4 vezes por ano.

Seleções de 2010

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O mundo do vinhona porta da sua casa.

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O seu clube de

no Brasilvinho

O seu clube de

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setembro/10junho/10março/10 dezembro/10

05º Dia - 12 de outubro de 2011 - Quarta-feira: Punta del Este

Café da manhã. Saída para visita panorâmica da cidade de Punta del Este e Barra: Avenida Gorlero, porto, Igreja da Candelária, Playa Brava, bairro de San Rafael, Rincon del Índio, Balneário de Barra, com sua ponte ondulada, Parque Indígena etc. Continuação do passeio por Playa Mansa, rota inter-balneária até chegar a Punta Ballena. Visita à Casapueblo (entrada opcional) e retorno ao hotel. Hospedagem.

06º Dia - 13 de outubro de 2011 - Quinta-feira: Punta del Este / Montevidéu / São Paulo

Café da manhã. Traslado ao aeroporto de Montevidéu para embarque no voo TAM 8047, partindo às 13h25 para retorno a São Paulo. Chegada prevista às 15h50.

Para mais detalhes, ligue para 0800 774 03 03 ouenvie e-mail [email protected] sujeito a alterações.

03º Dia - 10 de outubro de 2011 - Segunda-feira: Montevidéu

Café da manhã. Saída para visita à cidade e às praias, conhecendo suas principais atrações: a parte antiga da cidade, onde estão a Catedral, a Praça da Matriz, a Prefeitura, o famoso Mercado do Porto, a Praça Independência, o Palácio Legislativo, a zona residencial do Prado, o “Cerro” de Montevidéu com sua fortaleza, a Casa de Governo, o Obelisco, o monumento da Carreta, o Estádio Centenário e o bairro de Carrasco. Finalização do passeio em shopping center, com tempo livre para compras. Retorno ao hotel por conta dos passageiros. Hospedagem.

04º Dia - 11 de outubro de 2011 - Terça-feira: Montevidéu / Punta del Este

Café da manhã. Saída em direção a Punta del Este. No caminho, parada para visita à Bodega Alto de Ballena e almoço* do famoso “assado”. Chegada ao hotel e hospedagem.

* Inclui degustação dos vinhos Merlot, Cabernet Franc, Tannat /Viognier e cordeiro na brasa em Finca Babieca.

O ROTEIRO

01º Dia - 08 de outubro de 2011 - Sábado: São Paulo / Montevidéu

Apresentação no Aeroporto Internacional de Guarulhos para embarque no voo TAM 8046, partindo às 09h25 com destino a Montevidéu. Chegada prevista para as 13h e traslado para o hotel. Tarde livre. Aproximadamente às 18h, saída para jantar* na Bodega Bouza, com visita à bodega e ao Museu do Automóvel. Retorno ao hotel. Hospedagem.

* Acompanhamento com os vinhos Albariño, Tempranillo Tannat Roble.

02º Dia - 09 de outubro de 2011 - Domingo: Montevidéu

Café da manhã. Saída pela manhã para visita a Carmelo. Almoço e degustação prevista para as 13h na Bodega Los Cerros de San Juan. Visita à bodega e degustação de vinhos. Retorno ao hotel. À noite, palestra agendada às 20h, com enólogo da Cava Privada na sede do Clube – Parque Rodo. Degustação de vinhos após a palestra. Retorno ao hotel. Hospedagem.

* Visita e degustação incluindo almoço com vinhos top de linha Gewürztraminer, Pinot Noir, Tannat Maderos, Colheita Tardia, Maridado com Cozinha Alemã.

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Simples assim! Melhor assim!Traga um novo associado para aSociedade da Mesa e receba duas taçasBorgonha com a próxima entrega. São taças de cristal perfeitas para os melhores momentos com os grandes amigos.

Agora, trazendo um novo associado para a Sociedade da Mesa, você ganha um par de taças Borgonha com a próxima entregae seu amigo também!

Quem disse que o que é bomnão dá para melhorar?Os dados de seu amigo podem ser enviados ao mail [email protected],

site ou podem ser fornecidos pelo telefone 0800-7740303.Envie-nos seu nome completo com telefone particular e comercial.Promoção válida apenas em caso da associação de seu amigo.

Você indica.

Você ganha.

E seu amigo também!

Agente explica.

Eleseassocia.

Amigo é pra essas coisas!

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no Brasilvinho

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PROGRAMA SACA ROLHA

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Aqui nesta coluna publicaremos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *

Sociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolha

Rua Pedroso Alvarenga, 1170Itaim bibi - SP(11) 3167-0977

Rua Normandia, 12Moema - SP(11) 5536-0490

Rua Dr. Mario Ferraz, 213Itaim bibi - SP(11) 3816-4333

Rua Dr. Sodré, 241AVila Olímpia - SP(11) 3845-7743

BARBARO São Paulo

Rua Bandeira Paulista, 520Itaim bibi - SP(11) 3167-2147

AVILA São Paulo

EL PATIO São Paulo

FLORIANO São Paulo

FORNERIA DO SANTA São Paulo

FREDDY São Paulo

GENOVA São Paulo

GIBRAN São Paulo

JARDIM AURELIA São Paulo

LIMONN São Paulo

MARIA REDONDA Fortaleza

MARIPILI São Paulo

NICO São Paulo

Rua Melo Alves, 294Jardins - SPwww.chakras.com.br

Rua Alexandre Dumas, 1152 Chácara Santo Antônio - SP(11) 5181.4422

Rua Joaquim Távora, 1266Vila Mariana - SP(11) 5549.3210

CALÁ DEL GRAU São PauloCalá del Grau

Rua Joaquim Floriano, 466Itaim-bibi - SP Brascan Open Mall (11) 3079.3500

Rua Fradique Coutinho, 37Pinheiros - SP(11) 3032-7403

CASINHA DE MONET São Paulo

CHAKRAS São Paulo

EÑE São Paulo

GRAZIE A DIO São Paulo

Rua Harmonia, 277Vila Madalena - SP(11) 2691-7628

CHE BARBARO São Paulo

Rua Costa Aguiar, 1586Ipiranga - SP(11) 2068-3000

Rua Bento Albuquerque, 386Cocó - FortalezaTel. (85) 3249-9000

Rua Girassol, 67Vila Madalena - SP(11) 3031-6568

Rua Tabapuã, 838Itaim bibi - SP(11) 3168-6467

Rua Manuel Guedes, 545Jardim Europa - SP(11) 2533-7710

Rua Lisboa, 346 Pinheiros - SP(11) 3064-3438

Genova

Rua Comendador Miguel Calfat, 296 V. Olímpia – São Paulo – SPTel.: (11) 2083-1593

Av. Ministro Gabriel de Resende, 319Moema - SP(11) 5054-1199

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100Em comemoração `a 100a edição de nossa revista, os restaurantes indicados com este símbolo oferecem uma sobremesa ao associado da Sociedade da Mesa na semana do dia 25 de julho a 7 de agosto de 2011. Desfrute!

Page 29: 100 a Sociedade da Mesa 2 quinzena de Julho 2011 · Este informativo é uma edição exclusiva para os associados da Sociedade da Mesa. Pertencente a um grupo internacional, a Sociedade

Rua Mourato Coelho, 1267Vila Madalena - SP(11) 3032-8605

Rua Conselheiro Brotero, 903Santa Cecília - SP(11) 3664-8313

Rua Oriente, 609Serra - Belo Horizonte - MG(31) 3227-6760

Rua Francisco Deslandes, 156Anchieta - Belo Horizonte - MG(31) 3281-7965

Rua Luiz Fernando de Carvalho, 183Central Park - Sorocaba - SP(15) 3221-5215

Av. Pedro Paula de Morais, 749Saco da Capela - Ilhabela - SP(12) 3896-5241

Av Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85Jatiuca - Maceió - Alagoas(82) 3235-1016

Rua Harmonia, 359Vila Madalena - SP(11) 3037-7223 - 3031-8466

Av. Carinás, 592Moema - SP(11) 2308-1091

r e s t a u r a n t e e d e l i v e r y

Estrada Municipal Darcy Penteado, 3301 São Roque - SP(11) 4714-2041

Estrada do Pico Agudo, km 5, Bairro Sertãozinho - Sto. Antônio do Pinhal(12) 3666-1873

Rua das Arraias, 80Jardim Aquarius - SJC - SP(12) 3923-7445

Rua Frei Caneca, 669Consolação - SP(11) 3259-0932

r e s t a u r a n t e rot isser ia

Estrada Fazenda Aroeira, 757Piraí - RJ (21) 2487-4011

Estrada PDD, 128Bairro dos Pires – Piedade – SP(11) 8259-7788

Rua Marechal Hastinfilo de Moura, 233 Morumbi - SP(11) 3743-6039

Rua Deputado Lacerda Franco, 478Vila Madalena - SP(11) 3031 3543

DiVinoQuinta Avenida, 144 – Loja 6 Vale do Sol - Nova Lima (MG)Reservas: (31) 3541-4272 e 9958-9512

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705Jardim Paulistano - SP(11) 3031-0005

Rua Joaquim Antunes, 224 Pinheiros - SP(11) 3068-9888

Rua Fidalga, 340Vila Madalena - SP(11) 3812-7815

O POTE DO REI São Paulo CASCUDO São Roque

PASTA DEL CAPITANO Ilha Bela

DiVino Nova Lima

RONCO DO BUGIO Piedade

DIVINA GULA Maceió

RESERVA AROEIRA Piraí

FLORES Belo Horizonte

DEGLI ANGELI Belo Horizonte

BAR DO ARGENTINO Sorocaba

CEDRO Sto Antônio do Pinhal

QUINTA DO MUSEU São Paulo

SANTA GULA São Paulo

SANTA GULA São Paulo

SPADACCINO São Paulo

LA TASCA São Paulo

ZEFFIRO São Paulo

YAM São Paulo

ATMOSPHERE São Paulo

EL TRANVIA São Paulo

DIVINO POMODORO São Paulo

* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve 2 garrafas de vinho, à sua escolha, para degustar com a sua companhia. Você pode ir quantas vezes desejar no mesmo restaurante participante.

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O preparo é simples. Dissolva os tabletes de caldo de legumes em dois litros de água, e reserve. Derreta a manteiga para refogar a cebola e o alho. Coloque o arroz, mexa por cinco minutos e acresça o tomate seco.

Pare de mexer, adicione o vinho e espere evaporar. Coloque o caldo aos poucos e mexa sem parar, por cerca de 20 minutos. Depois de pronto, acrescente o queijo e está pronto pra servir.

Fica uma delícia e serve bem duas pessoas. Então, só falta você escolher quem vai ser o felizardo em prová-la como você. Bom apetite.

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Novidade do Mês

Pousada Ilha SplendorRefúgio oferece atendimento personalizado próximoà Mata Atlântica, em Ilhabela

Receita

Risoto de tomate secoSolange Maia

A Pousada Ilha Splendor está em um terreno de seis mil metros quadrados, a 70 metros acima do nível do mar e à margem do Rio da Toca, em Ilhabela. Inaugurada em outubro de 2004, o projeto arquitetônico prioriza o uso racional de energia e privilegia a iluminação natural. A obra foi concebida artesanalmente, com a maioria dos elementos de decoração confeccionados especificamente para o hotel.

Sua localização junto à Mata Atlântica, a área preservada em seu entorno, as diversas árvores, a brisa constante do vale do Rio da Toca e a altitude, colaboram para que a temperatura ambiente seja sempre agradável e

amena. Devido ao projeto, as suítes são arejadas naturalmente, com pé direito alto e manta no forro para proteção térmica, que dispensam o uso de ar condicionado.

A pousada recebe hóspedes adeptos do birdwatching (arte de observar pássaros), que pode ser praticado da sacada das suítes, de onde é possível avistar tucanos, maritacas e papagaios, entre outros pássaros.

Seu restaurante também é aberto a não hóspedes, mediante reserva, e tem à disposição um cardápio com quiches, risotos, massas, saladas, carnes, peixes, frutos do mar, tortas salgadas e seleção de patês. Destaca-se também a diversificada

Pousada Ilha Splendor

Av. Cel. José Vicente Faria Lima, 2107Reino – Ilhabela - SPTel.: (12) 3896-3346 ou 3896-2739www.ilhasplendor.com.br

carta de vinhos e espumantes, com cerca de 25 rótulos.

A pousada não conta com uma lista de azeites, mas oferece em seus pratos três tipos puros extra virgem (Antonio Cano & Hijos, Terroir Volubilis e Reserva Guadalupe) e três macerados (macerado com manjericão, macerado com limão siciliano e macerado com limão siciliano e mandarina), todos da butique de azeites francesa Oliviers & Co.

Para quem deseja relaxar, a Ilha Splendor oferece diversos tipos de massagens, tais como, relaxante, revigorante e embelezadora, com duração de uma hora, e ayurvédica, de uma hora e meia. O horário deve ser previamente marcado.

Acredito que cozinhar é o ato de unir simplicidade e sofisticação. Um determinado ingrediente ou elemento pode dar um toque especial a uma receita.

É assim que cozinho. No restaurante da pousada Ilha Splendor, da qual sou responsável pela gastronomia e também sócia-proprietária, ao lado do meu marido, Rafael Maia, desenvolvo criações com essas características.

Uma delas, que faz muito sucesso aos olhos e ao paladar, é o risoto de tomate seco. É uma receita muito simples. Quer aprender? Então vamos lá.

Primeiro, tenha em mãos 500 gramas de arroz arbóreo, 200 de tomate seco, 100 de manteiga e 250 de parmesão ralado.

Você vai precisar também de uma xícara de chá de vinho branco, o que vai ser fácil ter em mãos, certo? Afinal, você é um membro da Sociedade da Mesa.

Tenha, ainda, uma cebola picada, um dente de alho esmagadinho, um maço de rúcula e quatro tabletes de caldo de legumes.

Solange Maia é gourmand e sócia proprietária da Pousada Ilha Splendor, em Ilhabela.

Suíte, Pousada Ilha Splendor Piscina, Pousada Ilha Splendor Risoto de tomate seco, Pousada Ilha Splendor

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SACA ROLHASModelo Sommelier

Preço para associado:R$ 28,00

VACUVINBomba de vácuo com rolhas para melhor garantir as características do vinho.

Preço paraassociado: R$ 57,00

BOLSADe lona vermelha modelo engradado. Prática e ideal para carregar até 6 garrafas

Preço paraassociado:R$ 84,00

TAÇAS BORGONHAPar de taças de Cristal

Preço paraassociado:R$ 50,00 (o par)

Faça suas compras por telefone (0800-7740303) ou site e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

InformativosNossos informativos estão disponíveis para consulta, pesquisa e curiosidade. Acesse nosso site e faça download de nosso acervo. Boa leitura!

Vinhos em consignação e-newsSe você vai fazer um evento, festa, jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos o vinho para você. Assim, nem sobrará nem faltará. Sem contar que será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho mais adequado para a ocasião.

Enviamos mensalmente informações sobre o vinho do mês e a próxima seleção, além de curiosidades e novidades do Programa Saca-Rolha.

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Encontro de VinhosO Encontro de Vinhos é uma feira que reúne dezenas de expositores de vinhos (importadores e produtores). Os visitantes têm a oportunidade de conhecer os rótulos e degustar todos os vinhos, ampliando assim seus conhecimentos.Mais informações:www.encontrodevinhos.com.brQuando: 04 de agosto, das 12h às 22hOnde: Hotel San Raphael – Largo do Arouche – São Paulo - SP

Grand Tasting 2011Evento realizado pela importadora Grand Cru, que reunirá produtores como Santa Rita, Tabali, Leyda, Matetic, Koyle, Doña Paula, COBOS, Pizzorno, Quinta do Noval, Castellroig, Materromera, Allegrini, Brancaia, Saracco, Produttori di Barbaresco dentre outros, no mesmo espaço.

De 8 a 12 de agosto8 de agosto - BrasíliaHorário: das 19h às 23hValor: R$ 180,00Tel.: (61) 3368-6868

9 de agosto - CampinasHorário: das 19h às 23hValor: R$ 180,00 Tel.: (19) 3252-4311

10 de agosto - São PauloHorário: das 19h às 23h Valor: R$ 180,00 | Ingresso Geral

aconteceu

anoteDegustações Paralelas:Vertical de Amarone | 2000-2001-2002-2003-2004-2005-2006-2007 Valor: R$ 300,00 (Valor da feira incluso)Horário: 20h

Potencial de guarda | Bordeaux x BourgogneValor: R$ 590,00 (Valor da feira incluso)Horário: 21h30Local: Casa da Fazenda do Morumbi – Avenida Morumbi, 5594 - São Paulo/SP

12 de agosto – Rio de JaneiroHorário: das 19h às 23hValor: R$ 180,00 | Ingresso GeralLocal: Rua Lopes Quintas, 180 - Jardim Botânico - Rio de Janeiro/RJTel.: (21) 2511-7045

Degustação de vinhos na Cave JadoTodo sábado há degustação de vinhos na Cave Jado. É uma ótima oportunidade para conhecer os rótulos vendidos por lá. Vez por outra, há também algum produto gourmet, como patês e doces.Dias 11, 18 e 25 de julho, das 10h às 16hGratuito

Rodada de Negócios com Produtores da Emilia-RomagnaDias 11 e 12 de julho. O evento é parte do “Projeto Deliziando” que vem divulgando e promovendo as delícias enogastronômicas da região italiana, através de diversas ações no Brasil. O evento é aberto a compradores e formadores de opinião, e deve ser agendado previamente através do e-mail [email protected].

Vinícolas Brasileiras fecharam negócios com 10 países na última Vinexpo, em Bordeaux – França (19 a 23 de junho). Oito países passam a contar com novas vinícolas brasileiras em seus mercados: China, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Luxemburgo, Estônia e Canadá. Além disso, pela primeira vez, os vinhos do Brasil serão vendidos no México e na Venezuela, aumentando de 27 para 29 o total de países para onde a produção brasileira é exportada.

Michel Rolland, famoso consultor de grandes vinícolas no mundo inteiro, esteve no Brasil para uma apresentação dos novos vinhos da Miolo no dia 07 de julho.

Lançamento dos Vinhos Antonio Dias na Vino&Sapore, na Granja Viana. Os vinhos brasileiros são produzidos na região do Alto Uruguai, com destaque para o Tannat.

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Las Perdices Tinto 2010

Argentina

De uns anos para cá, tenho encontrado, com relativa frequência, vinhos cujo corte é de Shiraz, com uma pequena quantidade de Viognier, que, como todos sabem é uma uva branca. Estive falando com enólogos a respeito desse insólito corte que vem, ao que parece, firmando-se como tendência ou moda. Comentaram-me, em uníssono, sobre os benefícios de caráter técnico da adição do Viognier ao Shiraz, e sobre a fixação de características do Shiraz, como a cor, por exemplo. Com ou sem razões técnicas, o fato é que tal corte é muito interessante em seu sabor, e nossos associados não deveriam ficar fora dessa novidade / tendência. Alheio a isso, entendi que o Shiraz Viognier da bodega Las Perdices, leva esse conceito a um ponto muito alto de qualidade. Entre uma e outra razão, esse será o imperdível vinho de agosto.

Valor para associados: R$ 39,90Valor aproximado no mercado: R$ 60,00

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Lembrete: recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de quantidades, pedidos de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de cada mês. Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.

Abaixo nossos vinhos em estoque.Faça seu pedido por telefone (0800-7740303) ou site e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

Leopard’s Leap

Origem: África do SulUvas: 52% Pinotage e 48% Shiraz

Preço para associado:R$ 39,10

Malbec de France Le Plant Du Roy

Miros Tinto Roble

Condado de Almara Murviedro

Origem: Cahors - FrançaUvas: Malbec

Preço para associado:R$ 38,80

Origem: EspanhaUvas: Merlot, Cabernet Sauvignon e Tempranillo

Preço para associado:R$ 39,50

Origem: EspanhaUvas: Cabernet Sauvignon e Tempranillo

Preço para associado:R$ 39,40

Origem: EspanhaUvas: Tempranillo, Monastrel e Cabernet Sauvignon

Preço para associado:R$ 38,70

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Aqui você se preocupa em brindar, o resto deixa com a gente.

Sociedadeda Mesa

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Sociedadeda Mesa

c l u b e d e v i n h o s

0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

O mundo do vinho na porta de sua casa.A Sociedade da Mesa é o maior clube de vinhos do Brasil. Pertencente a um dos maiores grupos de clubes de vinho do mundo,

Seleção Mensal:

1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafas mensalmente1 informativo com a descrição do vinho que está recebendo, a Seleção Mensal do próximo mês e seu valor e informações sobre o mundo do vinho de uma forma ampla e simples.O valor da garrafa é de R$38,00 aproximadamante.Não há cota de associação.O sócio poderá suspender o recebimento do vinho quantas vezes preferir.

Seleção Grandes Vinhos (trimestral):

1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafas a cada 3 meses1 informativo com a descrição do vinho que está recebendo, a Seleção Grandes Vinhos do próximo mês e seu valor e informações sobre o mundo do vinho de uma forma ampla e simples.O valor da garrafa é de R$90,00 aproximadamante.Não há cota de associação.O sócio poderá suspender o recebimento do vinho quantas vezes preferir.

leva com exclusividade a seus associados as melhores seleções de vinhos a valores especiais comparados aos do mercado, uma revista mensal gratuita, cursos, viagens, acessórios e mais do que isso, uma oportunidade única para desfrutar do mundo do vinho.

São duas opções de assinatura:

Escolha a sua (ou fique com as duas!) e deixe o resto com a Sociedade da Mesa.

Quem disse que não dá para conhecer o mundo sem sair de casa?