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    1.000 QUESTES COMENTADAS - AGENTE DE POLCIA FEDERAL 2012

    SUMRIO

    NOES DE DIREITO PENAL

    UNIDADE 1Aplicao da lei penal

    1.1princpios da legalidade e da anterioridade

    1.2a lei penal no tempo e no espao

    1.3tempo e lugar do crime

    1.4lei penal excepcional, especial e temporria

    1.5territorialidade e extraterritorialidade da lei penal

    1.6pena cumprida no estrangeiro

    1.7eficcia da sentena estrangeira

    1.8contagem de prazo

    1.9fraes no computveis da pena

    1.10interpretao da lei penal

    1.11analogia

    1.12irretroatividade da lei penal

    1.13conflito aparente de normas penais

    UNIDADE 2 Infrao penal

    2.1Elementos, espcies, sujeito ativo e sujeito passivo

    UNIDADE 3 O Fato tpico e seus elementos

    3.1Crime consumado e tentado

    3.2Pena da tentativa

    3.3Concurso de crimes

    3.4Ilicitude e causas de excluso

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    3.5Punibilidade

    3.6Excesso punvel

    3.7Culpabilidade (elementos e causas de excluso)

    UNIDADE 4 Imputabilidade penal

    UNIDADE 5 Concurso de pessoas

    UNIDADE 6 Crimes contra a pessoa

    UNIDADE 7 Crimes contra o patrimnio

    UNIDADE 8 Crimes contra a f pblica

    UNIDADE 9 Crimes contra a administrao pblica

    NOES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    UNIDADE 1Inqurito policial

    1.1Histrico

    1.2Natureza

    1.3Conceito

    1.4Finalidade

    1.5Caractersticas

    1.6Fundamento

    1.7Titularidade

    1.8Grau de cognio

    1.9Valor probatrio

    1.10Formas de instaurao

    1.11Notitia criminis

    1.12Delatio criminis

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    1.13Procedimentos investigativos

    1.14Indiciamento

    1.15Garantias do investigado

    1.16Concluso

    1.17Prazos

    UNIDADE 2Prova

    2.1Exame do corpo de delito e percias em geral

    2.2Interrogatrio do acusado

    2.3Confisso

    2.4Qualificao e oitiva do ofendido

    2.5Testemunhas

    2.6Reconhecimento de pessoas e coisas

    2.7Acareao

    2.8Documentos de prova

    2.9Indcios

    2.10Busca e apreenso

    UNIDADE 3Restrio de liberdade

    3.1Priso em flagrante

    3.2Priso preventiva

    3.3Priso temporria (Lei n 7.960/1989)

    NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

    UNIDADE 1Estado, governo e administrao pblica

    1.1Conceitos1.2Elementos

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    1.3Poderes e organizao

    1.4Natureza

    1.5Fins e princpios

    UNIDADE 2Organizao administrativa da Unio

    2.1administrao direta e indireta

    UNIDADE 3Regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e dasfundaes pblicas federais (Lei n 8.112/1990)

    UNIDADE 4Licitaes4.1Modalidades

    4.2Dispensa e inexigibilidade (lei n 8.666/1993)

    UNIDADE 5Regime jurdico peculiar dos funcionrios policiais civis da Unio e do DistritoFederal (Lei n 4.878/1965)

    UNIDADE 6Sanes aplicveis aos agentes pblicos nos casos de enriquecimento ilcito noexerccio de mandato, cargo, emprego ou funo da administrao pblicadireta, indireta ou fundacional (Lei n 8.429/1992)

    UNIDADE 7Poderes administrativos

    7.1Poder hierrquico

    7.2Poder disciplinar

    7.3Poder regulamentar

    7.4Poder de polcia

    7.5Uso e abuso do poder

    UNIDADE 8Controle e responsabilizao da administrao

    8.1Controle administrativo

    8.2Controle judicial

    8.3Controle legislativo

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    8.4Responsabilidade civil do Estado

    NOES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

    UNIDADE 1Direitos e garantias fundamentais

    1.1direitos e deveres individuais e coletivos

    1.2Direitos sociais

    1.3Direitos de nacionalidade

    1.4Direitos polticos

    1.5Partidos polticos

    UNIDADE 2Poder Executivo

    2.1Atribuies e responsabilidades do presidente da Repblica

    UNIDADE 3Defesa do Estado e das instituies democrticas

    3.1Segurana pblica

    3.2Organizao da segurana pblica

    UNIDADE 4Ordem social

    4.1Base e objetivos da ordem social

    4.2Seguridade social

    4.3Meio ambiente

    4.4Famlia

    4.5Criana

    4.6Adolescente

    4.7Idoso e ndio

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    LEGISLAO ESPECIAL

    UNIDADE 1Lei n 7.102/1983

    1.1 Dispe sobre segurana para estabelecimentos financeiros, estabelecenormas para constituio e funcionamento das empresas particulares queexploram servios de vigilncia e de transporte de valores, e d outrasprovidncias

    UNIDADE 2Lei n 10.357/2001

    2.1Estabelece normas de controle e fiscalizao sobre produtos qumicos quedireta ou indiretamente possam ser destinados elaborao ilcita de

    substncias entorpecentes, psicotrpicas ou que determinem dependnciafsica ou psquica, e d outras providncias

    UNIDADE 3Lei n 6.815/1980

    3.1Define a situao jurdica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacionalde Imigrao

    UNIDADE 4Lei n 11.343/2006

    4.1 Institui o Sistema Nacional de Polticas Pblicas sobre Drogas (Sisnad);prescreve medidas para preveno do uso indevido, ateno e reinserosocial de usurios e dependentes de drogas; estabelece normas pararepresso produo no autorizada e ao trfico ilcito de drogas; definecrimes e d outras providncias (apenas aspectos penais e processuaispenais)

    UNIDADE 5Lei n 4.898/1965

    5.1Direito de representao e processo de responsabilidade administrativa civile penal, nos casos de abuso de autoridade (apenas aspectos penais eprocessuais penais)

    UNIDADE 6Lei n 9.455/1997

    6.1Define os crimes de tortura e d outras providncias (apenas aspectos penais

    e processuais penais)

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    UNIDADE 7Lei n 8.069/1990

    7.1Estatuto da Criana e do Adolescente (apenas aspectos penais e processuaispenais)

    UNIDADE 8Lei n 10.826/2003

    8.1Estatuto do Desarmamento (apenas aspectos penais e processuais penais)

    UNIDADE 9Lei n 9.605/1998

    9.1Lei dos Crimes Ambientais (apenas aspectos penais e processuais penais)

    UNIDADE 10Lei n 8.072/1990

    10.1Lei dos Crimes Hediondos

    UNIDADE 11Lei n 10.446/2002

    11.1Infraes penais de repercusso interestadual ou internacional que exigemrepresso uniforme.

    UNIDADE Referncias Bibliogrficas

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    NOES DE DIREITO PENAL

    UNIDADE 1

    Aplicao da lei penal

    1.1 Princpios da legalidade e da anterioridadeQUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM

    (CESPE / Polcia Civil/CEInspetor / 2012)1.Aplica-se a novatio legis in mellius aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatriatransitada em julgado, sem que haja violao regra constitucional da preservao da coisa julgada.

    (CESPE / AdvogadoCEF / 2010)2.No que diz respeito lei penal no tempo e no espao, correto afirmar que a vigncia de norma penalposterior atender ao princpio da imediatidade, no incidindo, em nenhum caso, sobre fatos praticados naforma da lei penal anterior. No tocante lei penal no espao, o Cdigo Penal (CP) adota o princpio daterritorialidade como regra geral.

    (CESPE / AdvogadoAGU /2009)3. O princpio da legalidade, que desdobrado nos princpios da reserva legal e da anterioridade, no seaplica s medidas de segurana, que no possuem natureza de pena, pois a parte geral do Cdigo Penalapenas se refere aos crimes e contravenes penais.

    (CESPE / OAB-SP / 2009)4.Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude delaa execuo e os efeitos penais e civis da sentena condenatria.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM1. COMENTRIO: Correto. Pois a lei posterior que favorecer o agente retroagir, de acordo com o nicodo art. 2 do CP: Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecero agente, aplica-se aosfatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.

    2. COMENTRIO: Errado. Pois de acordo com a lei penal no tempo, a lei posterior favorece o agente, deacordo com o nico do art. 2 do Cdigo Penal que diz: Pargrafo nico - A lei posterior, que dequalquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena

    condenatria transitada em julgado.

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    3. COMENTRIO: Errado. O princpio da legalidade se aplica tambm a medida de segurana, de acordocom o art. 1 do CP: Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prviacominao legal."

    4. COMENTRIO: Errado. Conforme preceituado no art. 2, caput, do Cdigo Penal: Art. 2 - Ningumpode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuoe os efeitos penaisda sentena condenatria.", atinge apenas os efeitos penais, no podendo atingir osefeitos civil.

    1.2 A lei penal no tempo e no espaoQUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM

    (CESPE / Promotor de Justia SubstitutoMPE-SE / 2010)5. De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcaes e aeronavesbrasileiras de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

    (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010)6. De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcaes e aeronavesbrasileiras de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

    (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010)7. De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a embarcaes e aeronavesbrasileiras de natureza pblica, desde que se encontrem no espao areo brasileiro ou em alto-mar.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM5.COMENTRIO: Correto. Essa questo est de acordo com o art. 5 em seu 1 do CP que diz: 1 - Paraos efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves

    brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem comoas aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

    6.COMENTRIO: Correto. Essa questo tambm se refere ao 1 do art. 5 do CP que diz: 1 - Para osefeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronavesbrasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem comoas aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

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    7. COMENTRIO: Errado. Quando ele diz desde que se encontrem no espao areo brasileiro ou em alto -mar. est equivocado, pois na verdade o 1 do art. 5 do Cdigo Penal diz: 1 - Para os efeitos penais,consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de naturezapblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e asembarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao

    areo correspondente ou em alto-mar..

    1.3 Tempo e lugar do crimeQUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM

    (CESPE / OAB-SP / 2009)8. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bemcomo onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde deveria produzir-se o resultado.

    (CESPE / OAB-SP / 2009)9. Considera-se praticado o crime no momento da produo do resultado.

    (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009)10. Quanto ao momento em que o crime considerado praticado, a lei penal brasileira adotouexpressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da atividade.

    (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009)11. Com relao ao lugar em que o crime considerado praticado, a lei penal brasileira adotouexpressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da ubiquidade.

    (CESPE / Curso de Formao de Soldado - PM-DF / 2009)12. Em relao ao tempo do crime, o Cdigo Penal brasileiro adotou, em regra, a teoria do resultado.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM8. COMENTRIO: Errado. O art. 6 do Cdigo Penal: Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar emque ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-seo resultado.fala da ao e omisso, ou seja, adotada a teoria da ubiquidade, e fala ainda do resultadoonde deveria ter sido produzido, sendo de grande relevncia o local do resultado produzido.

    9.COMENTRIO: Errado. No art. 4 do CP: Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da aoou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado. vemo s que a teoria adotada foi da atividadepara definir o tempo do crime.

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    10.COMENTRIO: Errado. Novamente uma questo que nos traz o art. 4 do CP: Art. 4 - Considera-sepraticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.,sabendo portanto que ainda que seja outro o momento do resultado, a teoria adotada foi da atividadepara definir o tempo do crime.

    11.COMENTRIO: Errado. O art. 6 do Cdigo Penal: Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar emque ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-seo resultado.fala da ao e omisso, ou seja, adotada a teoria da ubiquidade, e fala ainda do resultadoonde deveria ter sido produzido, sendo de grande relevncia o local do resultado produzido.

    12. COMENTRIO: Errado. No podemos esquecer: o art. 4 do CP diz que: Art. 4 - Considera-sepraticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.,sabendo portanto que ainda que seja outro o momento do resultado, a teoria adotada foi da atividadepara definir o tempo do crime.

    1.4 Lei penal excepcional, especial e temporria

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / OAB-SP / 2009)

    13. A lei excepcional ou temporria, embora tenha decorrido o perodo de sua durao ou cessadas ascircunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigncia.

    (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008)14. A lei temporria, aps decorrido o perodo de sua durao, no se aplica mais nem aos fatos praticadosdurante sua vigncia nem aos posteriores.

    (CESPE / Analista JudicirioTJ-DF / 2008)

    15. Considere a seguinte situao hipottica. Entrou em vigor, no dia 1./1/2008, lei temporria quevigoraria at o dia 1./2/2008, na qual se preceituou que o aborto, em qualquer de suas modalidades,nesse perodo, no seria crime.

    (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007)16. As leis temporrias e excepcionais no derrogam o princpio da reserva legal e no so ultra-ativas.

    (CESPE / Analista Judicirio - TJ-DF / 2004)17. As leis penais excepcional e temporria so ultra-ativas pois se aplicam a fatos ocorridos antes edurante as respectivas vigncias.

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    (CESPE / Defensor Pblico - DPE-AL / 2004)18. A lei penal excepcional ou temporria aplicar-se- aos fatos ocorridos durante o perodo de suavigncia, desde que no tenha sido revogada.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM13. COMENTRIO: Correto. Nos termos do art. 3 do Cdigo Penal: Art. 3 - A lei excepcional outemporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que adeterminaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia. a durao da lei excepcional outemporria ultrapassa as circunstncias que a determinaram, basta apenas que o fato tenha sido praticadoem sua vigncia.

    14. COMENTRIO: Errado. A questo est indo de encontro ao art. 3 do Cdigo Penal: Art. 3 - A leiexcepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias quea determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

    15. COMENTRIO: Errado. Conforme o art. 3 do Cdigo Penal: Art. 3 - A lei excepcional ou temporria,

    embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-seao fato praticado durante sua vigncia. quando o crime cometido na vigncia da lei ele ultrapassa otempo decorrido da prpria lei.

    16. . COMENTRIO: Errado. Conforme o art. 3 do Cdigo Penal: Art. 3 - A lei excepcional ou temporria,embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-seao fato praticado durante sua vigncia. quando o crime cometido na vigncia da lei ele ultrapassa otempo decorrido da prpria lei. Essas duas leis j citadas: excepcional e temporria, so autorrevogveis,

    elas tem prazo certo e determinado para seu trmino, uma lei assim j nasce sabendo quando ir terminar.E todos os fatos ocorridos durante sua vigncia a lei ser aplicada mesmo depois de sua revogao.

    17. COMENTRIO: Errado. O art. 3 do Cdigo Penal: Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, emboradecorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fatopraticado durante sua vigncia. traz a ultratividade das leis excepcionais e temporrias.

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    18. COMENTRIO: Errado. O art. 3 do Cdigo Penal traz a ultratividade das leis excepcionais etemporrias: Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao oucessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

    1.5 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010)

    19. De acordo com a lei penal brasileira, o territrio nacional estende-se a aeronaves e embarcaesbrasileiras, mercantes ou de propriedade privada, onde quer que se encontrem.

    (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007)20. aplicado o princpio real ou o princpio da proteo aos crimes praticados em pas estrangeiro contraa administrao pblica por quem estiver a seu servio. A lei brasileira, no entanto, deixar de ser aplicadaquando o agente for absolvido ou condenado no exterior.

    (CESPE / Analista Judicirio - TJ-DF / 2004)21. Se, no interior de uma embarcao no-mercante brasileira que esteja navegando em alto mar, umcidado russo praticar leso corporal em um dos tripulantes, aplicar-se-, obrigatoriamente, hiptese, alei penal brasileira, em face do princpio da territorialidade.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM19. COMENTRIO: Errado. Pois o pargrafo 1 do art. 5 do CP nos diz que: 1 - Para os efeitos penais,consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de naturezapblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e asembarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaoareo correspondente ou em alto-mar.

    20.COMENTRIO: Errado. A questo est errada, pois no final no est de acordo com o art. 8 do CP:Art. 8 - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quandodiversas, ou nela computada, quando idnticas.

    21. COMENTRIO: Correto. Est totalmente de acordo com o 1 do art. 5 do CP: 1 - Para os efeitospenais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de

    natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronavese as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, noespao areo correspondente ou em alto-mar.

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    1.6 Pena cumprida no estrangeiro

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    22. A pena cumprida no estrangeiro no pode atenuar a pena importa pelo Brasil, visto que so Estadosindependentes e um no se subordina nenhuma imposio de outro.

    (CESPE / SIMULADO / 2012)23. Um condenado a um crime em pas estrangeiro e pela mesma conduta no Brasil, sero descontados osanos j cumpridos, lhe restando cumprir apenas o restante da pena no Brasil.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM22. COMENTRIO: Errado. Est totalmente incorreto, haja vista no ser situao de subordinao entre osEstado, mas sim de uma situao de atenuao de uma pena que por ora j fora cumprida, de acordo como art. 8 do CP: Art. 8 - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmocrime, quando diversas, ou nela computada, quando idnticas.

    23. COMENTRIO:Correto. Est totalmente de acordo com o art. 8 do CP, e com a jurisprudncia:PENAL E PROCESSUAL PENAL. PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO. CMPUTO NO BRASIL. PRESCRIO.

    SALDO DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. TERMO INICIAL. LIVRAMENTOCONDICIONAL. CLCULO DA PENA.1. "A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasilpelo mesmo crime, quando diversas, ou nela computada, quando idnticas" (CP, art. 8). No caso, orecorrido cumpriu pena de 12 (doze) anos de recluso em Portugal, e havia sido condenado, pelo mesmaconduta, a 14 (quatorze) anos de recluso no Brasil, com o que resta-lhe cumprir, ainda, 2 (dois) anos derecluso neste ltimo pas.CP8 2. A prescrio depois de transitar em julgado a sentena condenatriaregula-se pela pena aplicada (art. 110 do CP), e no segundo o restante (saldo) da pena por cumprir,hiptese restrita aos casos de evaso do condenado ou de revogao do livramento condicional (CP, art.13). 3. Para o clculo da prescrio, deve ser contado como termo inicial no a data de incio do gozo delivramento condicional, mas sim a data de seu trmino, e deve ser considerado que, na execuo da pena

    em concurso de infraes, executar-se- primeiro a pena mais grave (CP, art. 76). 4. No cabe rediscutir apena definitivamente imposta no Brasil, calculada na conformidade do artigo 68 do Cdigo Penal. 5.Recurso em sentido estrito parcialmente provido.110CPCP13CP7668Cdigo Penal (5371 AM2005.32.00.005371-8, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL OLINDO MENEZES, Data de Julgamento:26/06/2006, TERCEIRA TURMA, Data de Publicao: 07/07/2006 DJ p.24).

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    1.7 eficcia da sentena estrangeira

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    24. A homologao da sentena estrangeira depende da existncia de um tratado de extradio com o pasque emanou a sentena.

    (CESPE / SIMULADO / 2012)25.A sentena estrangeira quando aplicada no Brasil pode ser homologada para sujeitar o agente a medidade segurana, mas no pode para obrig-lo a restituies e qualquer efeitos civis.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM24.COMENTRIO:Correto. Est de acordo com a alnea b do pargrafo nico do art. 9 do CP, que nosdiz: Pargrafo nico- A homologao depende: b) para os outros efeitos, da existncia de tratado deextradio com o pas de cuja autoridade judiciria emanou a sentena, ou, na falta de tratado, derequisio do Ministro da Justia.

    25. COMENTRIO: Errado. De acordo com o inciso I do art. 9 do CP: Art. 9 - A sentena estrangeira,quando a aplicao da lei brasileira produz na espcie as mesmas consequncias, pode ser homologada no

    Brasil para: I - obrigaro condenado reparao do dano, a restituiese a outros efeitos civis.

    1.8 Contagem de prazo

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    26. O incio do prazo recursal para as partes ser a partir da publicao em Dirio Oficial.(CESPE / SIMULADO / 2012)

    27.Na contagem de prazo, de acordo com o CP, no inclui-se o dia do comeo, somente o dia do fim.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM26.COMENTRIO:Correto. Est de acordo com a jurisprudncia do STF:HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ALEGAO DE ERRO NA CONTAGEM DE PRAZO DO TRNSITO EMJULGADO DO PROCESSO-CRIME: PROCEDNCIA.1. firme a jurisprudncia deste Supremo Tribunal no

    sentido de que a contagem do prazo recursal tem incio para as partes a partir da publicao do dispositivodo acrdo no Dirio Oficial. Precedentes.2. Ordem concedida.(100239 SP , Relator: Min. CRMEN LCIA,

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    Data de Julgamento: 17/05/2011, Primeira Turma, Data de Publicao: ACRDO ELETRNICO DJe-039DIVULG 24-02-2012 PUBLIC 27-02-2012).

    27. COMENTRIO: Errado. Dica: cuidado para no confundir com os prazos do processo civil, vamosobservar a literalidade do art. 10 do CP: Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum.

    1.9 Contagem de prazo

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    28. Desprezam-se as fraes de dia, apenas nas penas privativas de liberdade.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM28. COMENTRIO:Errado. Essa regra aplicada tambm nas restritivas de direito. Art. 11 do CP: Art. 11 -Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as fraes de dia, e, na penade multa, as fraes de cruzeiro.

    1.10 Interpretao da lei penal

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    29. No direito penal no necessrio a interpretao exata de qualquer norma, pois deve ser sempre

    levada essa interpretao para o beneficiamento do ru.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM29. COMENTRIO:Errado. Jurisprudncia:REVISO CRIMINAL DE ACRDO - TRFICO - ART. 33, CAPUT, DA LEI N. 11.343/06 - ALEGAO DEINCORRETA APLICAO DA MINORANTE PREVISTA NO 4, DO ART. 33, DA LEI DE TXICOS -INADMISSIBILIDADE - FIXAO DA PENA RESULTANTE DE INTERPRETAO DA LEI PENAL - REPETIO DOSARGUMENTOS DA APELAO CRIMINAL - INEXISTNCIA DE NOVAS PROVAS - DESCABIMENTO DE ANLISEEM SEDE DE REVISO. SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR DUAS RESTRITIVAS DE

    DIREITOS - POSSIBILIDADE - PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NO ARTIGO 44 DO CDIGOPENAL - PENAS ALTERNATIVAS A SEREM DETERMINADAS PELO JUZO DA EXECUO. REVISOPARCIALMENTE PROCEDENTE.3311.343 433LEI DE TXICOS44CDIGO PENAL (7509333 PR 0750933-3,

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    Relator: Edvino Bochnia, Data de Julgamento: 09/06/2011, 3 Cmara Criminal em Composio Integral,Data de Publicao: DJ: 655)

    1.11 Analogia

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    30. Interpretar tentar descobrir a verdadeira vontade da lei quando elaborada pelo legislador emdeterminada poca na qual foi escrita, levando em considerao sua funo em relao a todoordenamento jurdico e normas superiores.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM30. COMENTRIO:Correto.Para Damsio interpretar retirar o significado e a extenso de uma normaem relao realidade. a operao lgico-jurdica que visa descoberta da vontade da lei, em funo detodo o ordenamento e das normas superiores, afim de aplic-las aos casos concretos da vida real".

    1.12 Irretroatividade da lei penal

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    31. A irretroatividade da lei penal deve ser sempre obedecida.

    (CESPE / SIMULADO / 2012)32.A irretroatividade da lei penal no pode ocorrer quando mais gravosa ao agente.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM31. COMENTRIO:Errado.De acordo com a jurisprudncia:HABEAS CORPUS CRIME - FATOS OCORRIDOS ANTES DO ADVENTO DA LEI 9.271/1996 - PACIENTE REVELCITADA POR EDITAL - PRETENSO PELA SUSPENSO PROCESSUAL DO ART. 366 DO CDIGO DE PROCESSOPENAL INAPLICABILIDADE - NORMA DE CONTEDO MISTO - INDIVISIBILIDADE DA NORMA - REGRA DEDIREITO MATERIAL GRAVOSA PACIENTEIRRETROATIVIDADE - ORDEM DENEGADA.9.271366CDIGO DEPROCESSO PENAL (8689049 PR 868904-9 (Acrdo), Relator: Tito Campos de Paula, Data de Julgamento:

    16/02/2012, 4 Cmara Criminal)

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    32. COMENTRIO:Correto. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ROUBO MAJORADO. CORRUPO DE MENORES.MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. RECONHECIMENTO DOS RUS PELAS VTIMAS. DOSIMETRIAADEQUADA. INDENIZAO CIVIL. EXCLUSO. IRRETROATIVIDADE DA LEI MAIS GRAVOSA. REFORMAPARCIAL.1. NO VINGA A TESE DE NEGATIVA DE AUTORIA, SE A VTIMA RECONHECEU PESSOALMENTE OSRUS COMO AUTORES DO ROUBO, NA DELEGACIA, CONFIRMANDO O RECONHECIMENTO EM JUZO, SOB O

    CRIVO DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. ADEMAIS, NO CASO A CONDENAO SE ESTRIBA EMDEPOIMENTOS HARMNICOS DAS VTIMAS E TESTEMUNHAS QUANTO AUTORIA E DINMICA DOSFATOS.2. O RECONHECIMENTO DA MENORIDADE, PARA EFEITOS PENAIS, NO SE LIMITA APRESENTAODE CERTIDO DE NASCIMENTO, ADMITINDO, COMO MEIO DE PROVA, QUALQUER DOCUMENTO HBIL,COMO O PRONTURIO CIVIL DO ADOLESCENTE (INTERPRETAO DO ENUNCIADO DA SMULA 74/STJ).3. OARTIGO 387, INCISO IV, DO CPP, EMBORA INSERIDO NA LEGISLAO PROCESSUAL, NORMA DENATUREZA MATERIAL, QUE POR SER MAIS GRAVOSA AO ACUSADO, NO PODE RETROAGIR PARAALCANAR FATOS PRETRITOS SUA ENTRADA EM VIGOR. 5. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTEPROVIDO.387IVCPP (861390520088070001 DF 0086139-05.2008.807.0001, Relator: JESUINO RISSATO,Data de Julgamento: 01/03/2012, 3 Turma Criminal, Data de Publicao: 08/03/2012, DJ-e Pg. 238).

    1.13 Conflito aparente de normas penais

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    33. O princpio da consuno resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime mais grave

    meio necessrio para execuo de outro menos nocivo.G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM33. COMENTRIO:Errado. exatamente o contrrio, pois de acordo com a jurisprudncia, o princpio daconsuno resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave meio necessrioou normal fase de preparao ou de execuo de outro mais nocivo.Homicdio e porte de arma de fogo (caso). Pronncia (princpio da consuno). Reexame de matria ftico-probatria (impossibilidade). Smula 7 (incidncia).71. O princpio da consuno resolve o conflito

    aparente de normas penais quando um crime menos grave meio necessrio ou normal fase depreparao ou de execuo de outro mais nocivo. Em casos que tais, o agente s ser responsabilizadopelo ltimo.2. Na situao concreta, houve relao de subordinao entre o porte de arma (crime meio) eo homicdio (crime fim). Ademais, para se chegar a concluso diversa da do Tribunal de origem, serianecessrio o reexame dos elementos ftico-probatrios dos autos, o que, como sabido, vedado em sedede recurso especial (Smula 7).3. Agravo regimental improvido. (889839 SP 2006/0139708-6, Relator:Ministro NILSON NAVES, Data de Julgamento: 06/10/2009, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicao: DJe18/12/2009).

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    UNIDADE 2

    Infrao penal

    2.1Elementos, espcies, sujeito ativo e sujeito passivo

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    34. sujeito ativo de crime prprio o gerente com poderes de gesto.(CESPE / SIMULADO / 2012)

    35. A gesto fraudulenta crime prprio cujo sujeito ativo no poder ser aquele que tiver poderes para

    gerir a instituio financeira.G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM34. COMENTRIO:Correto.Vejamos na jurisprudncia:PENAL E PROCESSUAL PENAL. ART. 4, PARGRAFO NICO, DA LEI 7.492/86. SUJEITO ATIVO. CRIMEPRPRIO. GERENTE COM PODERES DE GESTO.4PARGRAFO NICO7.492Restando devidamentecomprovado nos autos que o acusado detinha poderes prprios de gesto, no h como afastar, nostermos do art. 25 da Lei n 7.492/86, a sua responsabilidade pelo delito de gesto temerria. Recurso

    provido. Extinta a punibilidade.257.492 (702042 PR 2004/0147830-7, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Datade Julgamento: 13/06/2005, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicao: DJ 29.08.2005 p. 425)

    35. COMENTRIO:Errado.Vejamos na jurisprudncia:PENAL. GESTO FRAUDULENTA. GESTO TEMERRIA. ART. 4 DA LEI 7.492/86. GERENTE. REITERAO DACONDUTA. ATO NICO. PENA. CRITRIOS DE APLICAO. CULPABILIDADE. CO-AUTOR ESTRANHO SFUNES DE GERNCIA DA INSTITUIO.47.492NICOA gesto fraudulenta crime prprio cujo sujeitoativo poder ser todo aquele que tiver poderes para gerir a instituio financeira , conforme definido no

    art. 25 da Lei n 7492, de 1986.O crime de gesto fraudulenta crime de mo prpria. No caso, o terceiro,estranho aos quadros da instituio financeira, responde pelo crime previsto no artigo 19 da Lei n 7492,de 1986. Precedente do Plenrio do STF (HC 93553/SP, Rel. Min. Maro Aurlio).O crime do art. 4, caput,da Lei n 7.492/86 exige habitualidade o que incompatvel com a continuidade delitiva. O abuso deconfiana circunstncia inerente ao tipo.25749219749247.492 (1248 PR 2000.70.07.001248-0, Relator:Relatora, Data de Julgamento: 26/08/2009, OITAVA TURMA, Data de Publicao: D.E. 16/09/2009)

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    UNIDADE 3

    O Fato tpico e seus elementos

    3.1 Crime consumado e tentado

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    36. crime consumado quando nele se renem quase todos os elementos de sua definio legal.(CESPE / SIMULADO / 2012)

    37.Tem-se por crime tentado quando nele se renem quase todos os elementos de sua definio legal, e

    apenas no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente.G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM36. COMENTRIO:Errado. necessrio para o crime consumado todos os elementos e no apenas quasetodos, art. 14, I, do CP: Art. 14 - Diz-se o crime: I - consumado, quando nele se renem todos os elementosde sua definio legal

    37. COMENTRIO:Correto. Art. 14, II, do CP: Art. 14 - Diz-se o crime: () II - tentado, quando, iniciada aexecuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente.

    3.2 Pena da tentativa

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    38. A pena de tentativa punida com a pena correspondente ao crime consumado, sendo diminuda de umsexto.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM38. COMENTRIO:Errado.A pena ser diminuda de um a dois teros. Cuidado com esses detalhes que seencontram equivocados no final da questo. Pargrafo nico do art. 14 do CP: Pargrafo nico - Salvo

    disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminudade um a dois teros.

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    3.3 Concurso de crimes

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    39.Deve se considerar crime continuado sempre que os elementos constantes dos autos levarem a essaconcluso.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM39. COMENTRIO:Errado.Jurisprudncia:PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. EXAME DA FIXAO DA PENA PARA VERIFICAO DE O PACIENTEPODE OU NO RECORRER EM LIBERDADE. CONCURSO MATERIAL E CRIME CONTINUADO.1. A possibilidadede recurso no impede, em princpio, a impetrao de habeas corpus, desde que, nesta ao

    constitucional, se alegue coao liberdade de locomoo ou abuso de poder.2. Considerou a sentenaque houve concurso de crime e no crime continuado, apesar de, em princpio, os elementos constantesdos autos levaram concluso que houve continuidade delitiva. Precedente: HC 2008.01.00.036092-1/GO.PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. EXAME DA FIXAO DA PENA PARA VERIFICAO DE O PACIENTEPODE OU NO RECORRER EM LIBERDADE. CONCURSO MATERIAL E CRIME CONTINUADO. 1. A possibilidadede recurso no impede, em princpio, a impetrao de habeas corpus, desde que, nesta aoconstitucional, se alegue coao liberdade de locomoo ou abuso de poder. 2. Considerou a sentenaque houve concurso de crime e no crime continuado, apesar de, em princpio, os elementos constantesdos autos levaram concluso que houve continuidade delitiva. Precedente: HC 2008.01.00.036092-1/GO.(HC 2008.01.00.064150-0/GO, Rel. Desembargador Federal Tourinho Neto, Terceira Turma,e-DJF1 p.143 de

    02/02/2009): HC 2008.01.00.036092-: HC 2008.01.00.036092- (64150 GO 2008.01.00.064150-0, Relator:DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO, Data de Julgamento: 13/01/2009, TERCEIRA TURMA, Datade Publicao: 02/02/2009 e-DJF1 p.143)

    3.4 Ilicitude e causas de excluso

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    40. Se as agresses j tiverem sido cessadas no ser causa de excludente de ilicitude, pois j no existia ainexigibilidade de conduta diversa.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM40. COMENTRIO:Correto.Jurisprudncia:APELAO CRIMINAL - DISPARO DE ARMA DE FOGO - CAUSA SUPRALEGAL E EXCLUSO DE ILICITUDADENO DEMONSTRADA - CONDENAO MANTIDA.I. A INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA NO PODESER RECONHECIDA SE J HAVIAM CESSADO AS AGRESSES.II. RECURSO IMPROVIDO. (22041720068070008

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    DF 0002204-17.2006.807.0008, Relator: SANDRA DE SANTIS, Data de Julgamento: 05/08/2010, 1 TurmaCriminal, Data de Publicao: 18/08/2010, DJ-e Pg. 112).

    3.5 Punibilidade

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    41. O perdo do ofendido pode ser utilizado como causa de extino de punibilidade em ao penalpblica condicionada representao.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM41.COMENTRIO:Errado. Jurisprudncia:AO PENAL PBLICA CONDICIONADA - EXTINO DA PUNIBILIDADE - PERDO DO OFENDIDO -IMPOSSIBILIDADE - 0 perdo do ofendido, como causa de extino da punibilidade, somente possvel naao exclusivamente privada, no produzindo qualquer efeito na ao penal subsidiria ou na ao penalcondicionada representao. (24377 SP, Relator: Ronnie Herbert Barros Soares, Data de Julgamento:09/02/2008, 2 Turma Cvel, Data de Publicao: 17/03/2009).

    3.6 Excesso punvel

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    42. O agente nas hipteses de legtima defesa, somente responde pelo excesso doloso.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM42. COMENTRIO:Errado. O agente responde pelo excesso doloso e culposo tambm. Art. 23, CP: Art. 23- No h crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legtima defesa; III -em estrito cumprimento de dever legal ou no exerccio regular de direito. Pargrafo nico - O agente, emqualquer das hipteses deste artigo, responder pelo excesso doloso ou culposo.

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    3.7 Culpabilidade (elementos e causas de excluso)

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / SIMULADO / 2012)

    43. A circunstncia de excluso de culpabilidade deve ser comprovada no podendo se resumir em merasalegaes.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM43. COMENTRIO:Errada.Jurisprudncia:DESERO. EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE. SMULA N 03/STM.03Militar que deserta a pretexto deobter ganhos fora do quartel. Circunstncia no comprovada, resumindo-se a meras alegaes. Incidnciado Verbete Sumular n 03/STM. Recurso desprovido. Deciso unnime. (50158 DF 2006.01.050158-6,

    Relator: HENRIQUE MARINI E SOUZA, Data de Julgamento: 05/05/2006, Data de Publicao: Data daPublicao: 23/06/2006 Vol: Veculo: DJ).

    UNIDADE 4

    Imputabilidade penal

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / Agente de Suporte EducacionalSEDU / 2010)

    44. A emancipao civil aos dezesseis anos de idade acarreta a imputabilidade penal do adolescente, razopela qual ele no mais se sujeita s regras do ECA.

    (CESPE / Analista Judicirio - STF / 2009)45. Considere a seguinte situao hipottica. Durante processo movido contra Vitor por tentativa dehomicdio, o MP requereu a instaurao de incidente de insanidade mental, pedido que foi deferido pelo

    juiz. No laudo final, foi atestada a sanidade mental de Vitor poca dos fatos. Anteriormente juntada do

    laudo aos autos, entretanto, a defesa comprovou que Vtor havia sido interditado, o que acarretou,inclusive, sua aposentadoria no servio pblico. Nessa situao, Vitor ser considerado plenamenteimputvel, pois a existncia de laudo especfico de sanidade mental sobrepe-se interdio.

    (CESPE / Juiz - TRF 1 Regio / 2009)46. Em relao embriaguez no acidental, o CP adotou a teoria da actio libera in causa, devendo serconsiderado o momento da prtica delituosa e no o da ingesto da substncia, para aferir a culpabilidadedo agente.

    (CESPE / Defensor Pblico - DPE-ES / 2009)47. O estado de embriaguez pode, em tese, reduzir ou eliminar a capacidade do autor de entender ocarter ilcito ou determinar-se de acordo com esseentendimento, razo pela qual, segundo a jurisprudncia do STJ, tal circunstncia afasta o reconhecimentoda eventual futilidade de sua conduta.

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    (CESPE / Agente de Investigao e Agente de Polcia - PC-PB / 2009)48. No ordenamento jurdico brasileiro, a imputabilidade penal exclui a ilicitude do fato criminoso pelalegtima defesa ou pela falta de discernimento.

    (CESPE / Agente de Investigao e Agente de Polcia - PC-PB / 2009)

    49. No ordenamento jurdico brasileiro, a imputabilidade penal irrelevante para a aplicao da pena, poisno impede a condenao do criminoso.

    (CESPE / Agente de Investigao e Agente de Polcia - PC-PB / 2009)50. No ordenamento jurdico brasileiro, a imputabilidade penal a capacidade de entender o carter ilcitodo fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    (CESPE / Agente de Investigao e Agente de Polcia - PC-PB / 2009)51. No ordenamento jurdico brasileiro, a imputabilidade penal equivale potencial conscincia dailicitude.

    (CESPE / Agente de Investigao e Agente de Polcia - PC-PB / 2009)52. No ordenamento jurdico brasileiro, a imputabilidade penal equivale exigibilidade de conduta diversa.

    (CESPE / Analista Judicirio - TREGO / 2009)53. O agente que, por desenvolvimento mental retardado, for, ao tempo da ao delituosa, inteiramenteincapaz de entender o carter ilcito do fato ter sua pena reduzida.

    (CESPE / Analista Judicirio - TREGO / 2009)54. O agente que possua perturbao de sade mental poca da ao delituosa, no sendo, por tal fato,

    inteiramente capaz de determinar-se de acordo com o entendimento do carter ilcito do fato, ser isentode pena.

    (CESPE / Analista Judicirio - TREGO / 2009)55. A embriaguez, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos, no exclui a imputabilidade penal, salvoquando culposa.

    (CESPE / Analista Judicirio - TREGO / 2009)56. A embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, poder gerar a reduo da pena do agente,presentes os requisitos legais.

    (CESPE / Analista Judicirio - TJ-DF / 2008)57. Feliciano, aps ingerir, em uma festa na casa de amigos, grande quantidade de lcool, subtraiu oautomvel de propriedade de Euclides, que estava na garagem externa da residncia deste, efetuandoligao direta. Nessa situao, se ficar constatado por laudo pericial que a embriaguez de Feliciano eracompleta, a imputabilidade penal deste ficar excluda.

    (CESPE / Defensor - DPE-CE / 2008)58. De acordo com regra do Cdigo Penal, a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, porembriaguez proveniente de caso fortuito, no possua, ao tempo da ao ou omisso, a plena capacidade

    de entender o carter ilcito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento.

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    (CESPE / Perito - SGA-AC / 2008)59. A embriaguez completa e culposa, provocada por lcool ou substncia de efeitos anlogos, exclui aimputabilidade penal.

    (CESPE / Titular de Servios Notariais e de Registro - TJDFT / 2008)

    60. No estabelecimento da inimputabilidade (ou semi-imputabilidade), vigora o critrio biopsicolgiconormativo, o que significa que deve existir prova de que o transtorno mental afetou a capacidade decompreenso do agente quanto ao carter ilcito da sua ao (requisito intelectual) ou a sua capacidade dedeterminao segundo esse conhecimento (requisito volitivo) poca do fato, no bastando, portanto,apenas a existncia da enfermidade.

    (CESPE / AgentePC-TO / 2008)61. Considere a seguinte situao hipottica. Maria, maior de 18 anos de idade, praticou um crime, e, nodecorrer da ao penal, foi demonstrado, por meio do competente laudo, que esta, ao tempo do crime, erainimputvel em decorrncia de doena mental. Nessa hiptese, Maria ser absolvida tendo como

    fundamento a inexistncia de ilicitude da conduta, embora presente a culpabilidade.

    (CESPE / Juiz - TJPI / 2007)62. O Cdigo Penal adotou o critrio biolgico para aferio da imputabilidade do agente.

    (CESPE / Juiz - TJPI / 2007)63. A emoo e a paixo, de acordo com o Cdigo Penal, no servem para excluir a imputabilidade penalnem para aumentar ou diminuir a pena aplicada.

    (CESPE / Juiz - TJPI / 2007)

    64. A embriaguez preordenada no exclui a culpabilidade do agente, mas pode reduzir a sua pena de um adois teros.

    (CESPE / Juiz - TJPI / 2007)65. A embriaguez involuntria incompleta do agente no causa de excluso da culpabilidade nem dereduo de pena.

    (CESPE / Agente penitencirio / 2007)66. A menoridade penal constitui causa de excluso da imputabilidade, ficando, todavia, sujeitos s normasestabelecidas na legislao especial, os menores de 18 anos de idade, no caso de praticarem um ilcito

    penal.

    (CESPE / Agente penitencirio / 2007)67. Suponha que Joaquim, mentalmente so, praticou, em estado de inconscincia, um homicdio, advindoda ingesto excessiva, porm voluntria, de bebida alcolica. Nessa situao, Joaquim dever responderpelo homicdio e poder ter a pena reduzida de um a dois teros.

    (CESPE / Analista de Controle Exeterno - TCU / 2007)68. Se a embriaguez for completa, proveniente de caso fortuito ou fora maior e retirar inteiramente acapacidade de entender o carter ilcito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento (era

    inteiramente incapaz), nesse caso, existe uma exceo no referido artigo do Cdigo Penal naresponsabilidade e haveria iseno de pena.

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    (CESPE / Analista de Controle Externo - TCU / 2007)69. Se a embriaguez for proveniente de caso fortuito ou fora maior e diminuir, mas no abolir, ao mesmotempo a ao ou a omisso, a capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se deacordo com esse entendimento (no possua a plena capacidade), poder haver a reduo facultativa dapena.

    (CESPE / Agente da Polcia Federal - DPF / 2004)70. Considere a seguinte situao hipottica. Hiran, tendo ingerido voluntariamente grande quantidade debebida, desentendeu-se com Caetano, seu amigo, vindo a agredi-lo e a causar-lhe leses corporais. Nessasituao, considerando que, em razo da embriaguez completa, Hiran era, ao tempo da ao, inteiramenteincapaz de entender a ilicitude de sua conduta e de determinar-se de acordo com este entendimento,pode-se reconhecer a sua inimputabilidade.

    (CESPE / Agente da Polcia Federal - DPF / 2004)71. O Cdigo Penal, ao dispor que isento de pena o agente que, por doena mental ou desenvolvimento

    mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entendero carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, adotou o critriobiolgico de excluso da imputabilidade.

    (CESPE / Agente da Polcia Federal - DPF / 2004)72. Segundo o Cdigo Penal, a emoo e a paixo no so causas excludentes da imputabilidade penal.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM44. COMENTRIO: Errado. A maioridade penal somente alcanada aos 18 anos, de nada vale para efeitospenais a emancipao civil, que mesmo emancipado permanece inimputvel.

    45. COMENTRIO: Correto. De acordo com o art. 26, do Cdigo Penal: Art. 26 - isento de pena o agenteque, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ouda omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo comesse entendimento. conclumos que o Cdigo Penal adotou o sistema biopsicolgico. Entendendo assimque a interdio ser sobreposta pelo laudo especfico de sanidade mental.

    46. COMENTRIO: Errado. Quando o momento da ao ou omisso onde o agente era imputvel deslocado para o instante em que o indivduo se fez inimputvel, ingesto de lcool (drogas e substnciasentorpecentes em geral), com previsibilidade da conduta criminosa, tudo isso se chama teoria da actiolibera in causa, ao que o indivduo deliberadamente causou. Mas se a embriaguez for acidental e nohouver previsibilidade da conduta, no pode se falar na teoria da actio libera in causa.

    47.COMENTRIO: Errado. Interessante o entendimento do STJ quanto ao afastamento ou reduzimento dacapacidade de entendimento do autor da conduta, mas no afasta a futilidade da mesma.

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    48. COMENTRIO: Errado. Bom para que se possa cobrar uma atitude do agente necessrio que eleentenda que sua conduta reprovvel, que existe culpabilidade, e caso no observe o que a leideterminada existir uma sano predeterminada. Conclui-se que a inimputabilidade exclui a culpabilidadee a legtima defesa exclui a ilicitude.

    49. COMENTRIO: Errado. O juiz poder reduzir a pena de 1/3 a 2/3 a pena de acordo com o que sereconhece do agente: imputabilidade, inimputabilidade ou semi-imputabilidade, sendo totalmenterelevante esses fatores para a aplicao da pena pelo juiz, de acordo com o pargrafo nico do art. 26 doCP: Pargrafo nico - A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, em virtude deperturbao de sade mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado no erainteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

    50. COMENTRIO: Correto. basicamente a literalidade do pargrafo nico do art. 26 do CP: Pargrafonico - A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, em virtude de perturbao de sademental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado no era inteiramente capaz de entendero carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    51. COMENTRIO: Errado. A inimputabilidade definida na parte final do art. 26 do CP: Art. 26 - isento

    de pena o agente que, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, aotempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou dedeterminar-se de acordo com esse entendimento. ou seja, se a pessoa inteiramente capaz de entendero carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, juntamente com suamaioridade penal, ele imputvel, pode a ele ser imputada pena. E de acordo com o art. 21 e seupargrafo nico do CP: Art. 21 - O desconhecimento da lei inescusvel. O erro sobre a ilicitude do fato,se inevitvel, isenta de pena; se evitvel, poder diminu-la de um sexto a um tero. Pargrafo nico -Considera-se evitvel o erro se o agente atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quandolhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia. a potencial conscincia da ilicitude ofato do agente poder saber se seu comportamento no est de acordo com o ordenamento jurdico, pois

    sabemos que existem pessoas que dependendo das condies em que vive, no tem como saber se suaconduta est correta ou no, o fato saber se ele tem condies de saber sobre sua conduta e no se amesma est correta.

    52. COMENTRIO: Errado. No existe essa equivalncia trazida na questo, a imputabilidade um coisa e aexigibilidade de conduta diversa outra e est elencada no art. 22 da CP: Art. 22 - Se o fato cometidosob coao irresistvel ou em estrita obedincia a ordem, no manifestamente ilegal, de superiorhierrquico, s punvel o autor da coao ou da ordem.

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    53. COMENTRIO: Errado. Conforme o art. 26, do Cdigo Penal: Art. 26 - isento de pena o agente que,por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou daomisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo comesse entendimento. ou seja, se a pessoa inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou dedeterminar-se de acordo com esse entendimento, ele isento de pena.

    54. COMENTRIO: Errado. Nesta questo vemos a possibilidade do agente que no era inteiramentecapaz, cabendo a hiptese no pargrafo nico do art. 26 do CP: Pargrafo nico - A pena pode serreduzida de um a dois teros, se o agente, em virtude de perturbao de sade mental ou pordesenvolvimento mental incompleto ou retardado no era inteiramente capaz de entender o carter ilcitodo fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    55. COMENTRIO: Errado. Nos termos do art. 28, II, do Cdigo Penal, nem quando culposa aimputabilidade excluda, como vemos: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez,voluntria ou culposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.

    56. COMENTRIO: Correto. Vemos nesta questo a literalidade do pargrafo 2, do art. 28, do CdigoPenal: 2- A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, por embriaguez, proveniente decaso fortuito ou fora maior, no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plena capacidade de

    entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento..

    57. COMENTRIO: Errado. Ele no ter a imputabilidade penal excluda, pois sua embriaguez foi voluntriade acordo com o inciso II do art. 28 do CP: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: II - aembriaguez, voluntria ou culposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.

    58. COMENTRIO: Correto. Encontramos nesta questo a literalidade do pargrafo 2, do art. 28, doCdigo Penal: 2- A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, por embriaguez,proveniente de caso fortuito ou fora maior, no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plenacapacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento..

    59. COMENTRIO: Errado. Somente ser isento neste caso, se a embriaguez completa fosse provenientede caso fortuito ou de fora maior, mas a culposa no exclui a imputabilidade penal, vemos o art. 28 emseu inciso II e 1: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntria ou culposa,

    pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos. 1- isento de pena o agente que, por embriaguezcompleta, proveniente de caso fortuito ou fora maior, era, ao tempo da ao ou da omisso,

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    inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

    60. COMENTRIO: Correto. Est de acordo com a deciso do Superior Tribunal de Justia (HC 33401/RJ)que diz: PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 26, CP. INIMPUTABILIDADE. CRITRIO BIOPSICOLGICONORMATIVO. 26 CPI - Em sede de inimputabilidade (ou semi-imputabilidade), vigora, entre ns, o critriobiopsicolgico normativo. Dessa maneira, no basta simplesmente que o agente padea de algumaenfermidade mental, faz-se mister, ainda, que exista prova (v.g. percia) de que este transtorno realmenteafetou a capacidade de compreenso do carter ilcito do fato (requisito intelectual) ou de determinaosegundo esse conhecimento (requisito volitivo) poca do fato, i.e., no momento da ao criminosa. II - Aconstatao da inimputabilidade do ora paciente, no momento da prtica do delito, escapa aos limites daestreita via do habeas corpus, visto que exige prova pericial especfica. Writ denegado (33401 RJ2004/0011560-7, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 27/09/2004, T5 - QUINTA TURMA,

    Data de Publicao: DJ 03.11.2004 p. 212RSTJ vol. 191 p. 453).

    61. COMENTRIO: Errado. Maria se encaixa no caput do art. 26 do CP, que se refere a excludente deculpabilidade, pois a imputabilidade um dos elementos da culpabilidade, e no como traz a questosobre inexistncia de ilicitude da conduta. Art. 26 - isento de pena o agente que, por doena mental oudesenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramenteincapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    62. COMENTRIO: Errado. O Cdigo Penal adotou o critrio biopsicolgico, que o somatrio dos critriosbiolgicos, que o agente ter 18 anos e psicolgico entender o carter ilcito do fato, critrio esseencontrado no art. 26 do CP: Art. 26 - isento de pena o agente que, por doena mental oudesenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramenteincapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    63. COMENTRIO: Errado. A questo estava meio certa, bom, vejamos: quando diz que a emoo e apaixo no excluem a imputabilidade penal, est correta de acordo com o art. 28 do CP. Mas, quando dizque no ser causa de diminuio est errada, pois nos arts: art. 65, III, "c" e art. 121, pargrafo 1, doCdigo Penal, traz o entendimento de que ser sim causa de diminuio de penal, vou elencar os artigoscitados para uma boa leitura caso voc no esteja de posse do seu precioso cdigo:

    Art. 28 do CP: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: I - a emoo ou a paixo.

    Art. 65, III, c do CP: Art. 65 - So circunstncias que sempre atenuam a pena: III - ter o agente: c)cometido o crime sob coao a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior,

    ou sob a influncia de violenta emoo, provocada por ato injusto da vtima.

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    Art. 121 do CP: Art. 121. Matar algum: 1 Se o agente comete o crime impelido por motivo derelevante valor social ou moral, ou sob o domnio de violenta emoo, logo em seguida a injustaprovocao da vtima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um tero.

    64. COMENTRIO: Errado. A embriaguez preordenada no reduz a pena e, nos termos do art. 61, II, l doCP: Art. 61 - So circunstncias que sempre agravam a pena, quando no constituem ou qualificam ocrime: () II - ter o agente cometido o crime: () l) em estado de embriaguez preordenada. circunstnciaque sempre a agrava, quando no constituir ou qualificar o crime. Quando o momento da ao ou omissoonde o agente era imputvel deslocado para o instante em que o indivduo se fez inimputvel, ingestode lcool (drogas e substncias entorpecentes em geral), com previsibilidade da conduta criminosa, tudoisso se chama teoria da actio libera in causa, ao que o indivduo deliberadamente causou.

    65. COMENTRIO: Errado. Na verdade realmente no exclui, mas reduz a pena sim, est de acordo com opargrafo 2, do art. 28, do Cdigo Penal: 2- A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente,por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, no possua, ao tempo da ao ou daomisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

    66. COMENTRIO: Correto. De acordo com a literalidade do artigo 27 do CP, so penalmente inimputveis

    os menores de 18 anos: Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos so penalmente inimputveis, ficandosujeitos s normas estabelecidas na legislao especial.

    67. COMENTRIO: Errado. O art. 28, II do Cdigo Penal claro ao dizer que a embriaguez voluntria noexclui ou atenua a pena: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntria ouculposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.

    68. COMENTRIO: Correto. De acordo com o pargrafo 1, do art. 28 do Cdigo Penal: 1- isento depena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou fora maior, era, ao tempoda ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se deacordo com esse entendimento.

    69. COMENTRIO: Correto. Est de acordo com o pargrafo 2, do art. 28, do Cdigo Penal: 2- A penapode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora

    maior, no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito dofato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

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    70. COMENTRIO: Errado. Podemos observar que no inciso II do art. 28 do CP, que a embriaguezvoluntria no exclui a pena: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntriaou culposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.

    71. COMENTRIO: Errado. No art. 26 podemos notar que o nosso Cdigo Penal adotou o sistemabiopsicolgico, conforme se verifica da anlise do art. 26, do CP: Art. 26 - isento de pena o agente que,por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou daomisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo comesse entendimento.

    72. COMENTRIO: Correto. Est totalmente de acordo com o inciso I do art. 28 do CP: Art. 28 - No

    excluem a imputabilidade penal: I - a emoo ou a paixo.

    UNIDADE 5

    Concurso de pessoas

    QUESTES DE PROV S NTERIORES REL CION D S O TEM EXPOSTO CIM(CESPE / Oficial - PM-DF / 2010)

    73. Os indivduos A e B planejaram subtrair aparelhos eletrodomsticos de uma residncia. Para tanto,escolheram o perodo da manh, pois estavam certos de que, nesse horrio, no haveria ningum noimvel. Cabia a B apenas a funo de vigiar o permetro externo e dirigir o veculo usado na empreitadacriminosa. Ao entrar na casa, A foi surpreendido pela presena da moradora e, ento, aps subjug-la,matou-a, tendo, em seguida, fugido no veculo guiado por B, levando os eletrodomsticos subtrados.Nessa situao, B no ser responsabilizado pelo delito de homicdio.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE - ES / 2010)74. Segundo o critrio objetivo-formal da teoria restritiva, somente considerado autor aquele que praticao ncleo do tipo; partcipe aquele que, sem realizar a conduta principal, concorre para o resultado,auxiliando, induzindo ou instigando o autor.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE - ES / 2010)75. Em relao natureza jurdica do concurso de agentes, o CP adotou a teoria unitria ou monista,segundo a qual cada um dos agentes (autor e partcipe) responde por um delito prprio, havendopluralidade de fatos tpicos, de modo que cada agente deve responder por um crime diferente.

    (CESPE / Defensor Pblico - DPU / 2010)76. Em se tratando da chamada comunicabilidade de circunstncias, prevista no Cdigo Penal brasileiro, ascondies e circunstncias pessoais que formam a elementar do injusto, tanto bsico como qualificado,

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    comunicam-se dos autores aos partcipes e, de igual modo, as condies e circunstncias pessoais dospartcipes comunicam-se aos autores.

    (CESPE / Procurador - AGU / 2010)77. Ao crime plurissubjetivo aplica-se a norma de extenso do art. 29 do Cdigo Penal, que dispe sobre o

    concurso de pessoas, sendo esta, exemplo de norma de adequao tpica mediata.(CESPE / Defensor Pblico - DPE-ES / 2009)

    78. A teoria do domnio do fato, que rege o concurso de pessoas, no se aplica aos delitos omissivos, sejamestes prprios ou imprprios, e deve ser substitudapelo critrio da infringncia do dever de agir.

    (CESPE / Juiz - TRF 5 Regio / 2009)79. No CP, adota-se, em relao ao concurso de agentes, a teoria monstica ou unitria, segundo a qual,aquele que, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na medida de sua

    culpabilidade; no referido cdigo, adota-se, ainda, o conceito restritivo de autor, entendido como aqueleque realiza a conduta tpica descrita na lei, praticando o ncleo do tipo.

    (CESPE / Delegado - PC-PB / 2009)80. A participao de menor importncia configura exceo teoria monista, adotada pelo CP quanto aoconcurso de pessoas.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009)81. Ser co-autor de um crime significa ter sido um agente de menor participao na empreitada criminosa.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009)82. O partcipe, para ser considerado como tal, no pode realizar diretamente ato do procedimento tpico,tampouco ter o domnio final da conduta.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009)83. A participao maior ou menor do agente no crime no influencia na pena.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009)84. No existe a possibilidade de co-autoria em crime culposo.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-PE / 2009)85. O autor intelectual assim chamado por ter sido quem planejou o crime, no necessariamenteaquele que tem controle sobre a consumao do crime.

    (CESPE / OAB-SP / 2009)86. As circunstncias e as condies de carter pessoal no se comunicam, mesmo quando elementares docrime.

    (CESPE / OAB-SP / 2009)87. O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa em contrrio, so punveis,

    mesmo se o crime no chegar a ser tentado.

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    (CESPE / OAB-SP / 2009)88. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,independentemente de sua culpabilidade.

    (CESPE / Juiz - TRF 1 Regio / 2009)89. No ordenamento jurdico brasileiro, a natureza jurdica do concurso de pessoas justificada pelaadoo da teoria monista, na qual inexistem desvios subjetivos de conduta.

    (CESPE / Analista Judicirio - TJ-DF / 2008)90. Valdir e Jlio combinaram praticar um crime de furto, assim ficando definida a diviso de tarefas entreambos: Valdir entraria na residncia de seu ex-patro Cludio, pois este estava viajando de frias e,portanto, a casa estaria vazia; Jlio aguardaria dentro do carro, dando cobertura empreitada delitiva. Nodia e local combinados, Valdir entrou desarmado na casa e Jlio ficou no carro. Entretanto, sem que elestivessem conhecimento, dentro da residncia estava um agente de segurana contratado por Cludio. Aose deparar com o segurana, Valdir constatou que ele estava cochilando em uma cadeira, com uma arma

    de fogo em seu colo. Valdir ento pegou a arma de fogo, anunciou o assalto e, em face da resistncia dosegurana, findou por atirar em sua direo, lesionando-o gravemente. Depois disso, subtraiu todos osbens que guarneciam a residncia. Nessa situao, deve-se aplicar a Jlio a pena do crime de furto, umavez que o resultado mais grave no foi previsvel.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE-RO / 2008)91. Considere a seguinte situao hipottica. Gildo e Jair foram denunciados pelo MP. Segundo a inicialacusatria, Gildo teria sido partcipe do crime, pois teria dirigido veculo em fuga, enquanto Jair desferiadez disparos de arma de fogo em direo a Eduardo. Por circunstncias alheias vontade dos agentes,consistente no erro de pontaria de Jair, Eduardo no faleceu. Entretanto, Jair foi absolvido pelo jri, tendo

    os jurados decidido, por maioria, que ele no produziu os disparos mencionados na denncia. Nessasituao hipottica, vlida a condenao de Gildo em jri posterior, tendo em vista que o CP adotou,quanto ao concurso de agentes, a teoria da acessoriedade limitada.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE-RO / 2008)92. Segundo a teoria monista ou unitria, adotada pelo CP, todos os co-autores e partcipes respondem porum nico crime, na medida de sua culpabilidade. Entre as modalidades de participao, a doutrinareconhece a possibilidade da participao por omisso, desde que o partcipe tenha o dever jurdico deimpedir o resultado da conduta.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE-RR / 2008)93. No tocante participao, o CP adota o critrio da hiperacessoriedade, razo pela qual, para que opartcipe seja punvel, ser necessrio se comprovar que ele concorreu para a prtica de fato tpico e ilcito.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE-RR / 2008)94. Na conivncia ou na participao negativa, no h a possibilidade de punio do agente, ao contrriodo que ocorre na participao por omisso, em que o agente poder ser punido se no agir para evitar oresultado.

    (CESPE / Promotor de Justia - MPE-RR / 2008)95. Ocorre a coautoria sucessiva quando, aps iniciada a conduta tpica por um nico agente, houver aadeso de um segundo agente empreitada criminosa, sendo que as condutas praticadas por cada um,

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    dentro de um critrio de diviso de tarefas e unio de desgnios, devem ser capazes de interferir naconsumao da infrao penal.

    (CESPE / Analista judicirio - STJ / 2008)96. A participao nfima ou de somenos tratada pelo CP da mesma maneira que a menor participao,

    tendo ambas como consequncia a incidncia de minorante da pena em um sexto a um tero.(CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008)

    97. No concurso de pessoas as circunstncias objetivas se comunicam, desde que o partcipe tenhaconhecimento delas.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008)98. No concurso de pessoas as circunstncias objetivas se comunicam, mesmo quando o partcipe no tiverconhecimento delas.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008)99. No concurso de pessoas as circunstncias subjetivas nunca se comunicam.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008)100. No concurso de pessoas as elementares objetivas sempre se comunicam, ainda que o partcipe notenha conhecimento delas.

    (CESPE / Procurador de Estado - PGE-CE / 2008)101. No concurso de pessoas as elementares subjetivas nunca se comunicam.

    (CESPE / Analista Judicirio - STF / 2008)102. Em caso de concurso de pessoas para a prtica de crime, se algum dos concorrentes participar apenasdo crime menos grave, ser aplicada a ele a pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsvel oresultado mais grave.

    (CESPE / Analista Judicirio - STF / 2008)103. Em caso de concurso de pessoas para a prtica de crime, se algum dos concorrentes participar apenasdo crime menos grave, ser aplicada a ele a pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsvel oresultado mais grave.

    (CESPE / Delegado - SECAD / 2008)104. Considere a seguinte situao hipottica. Luiz, imputvel, aderiu deliberadamente conduta dePedro, auxiliando-o no arrombamento de uma porta para a prtica de um furto, vindo a adentrar naresidncia, onde se limitou, apenas, a observar Pedro, durante a subtrao dos objetos, mais tarderepartidos entre ambos. Nessa situao, Luiz responder apenas como partcipe do delito, pois atuou ematos diversos dos executrios praticados por Pedro, autor direto.

    (CESPE / JuizTJ-TO / 2007)105. Segundo a teoria monista, adotada como regra pelo Cdigo Penal brasileiro, todos os co-autores epartcipes devem responder por um crime nico.

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    (CESPE / JuizTJ-TO / 2007)106. De acordo com a teoria dualista, que em nenhuma situao adotada pelo Cdigo Penal brasileiro, oscoautores devem responder por crime doloso e os partcipes, por crime culposo, na medida de suaculpabilidade.

    (CESPE / ProcuradorTC-GO/ 2007)107. No crime de falso testemunho, por se tratar de crime de atuao pessoal ou de mo prpria, ou seja,por somente poder ser praticado pelo autor em pessoa, de acordo com o entendimento do STJ, no possvel o concurso de pessoas.

    (CESPE / Procurador Municipal - ES / 2007)108. Constituem requisitos caracterizadores do concurso de pessoas a pluralidade de condutas, o nexo decausalidade, o vnculo subjetivo e a identidade de infrao.

    (CESPE / DelegadoPC-PR / 2007)109. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida desua culpabilidade. Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda.

    (CESPE / DelegadoPC-PR / 2007)110. O concurso de pessoas pode dar-se por ajuste, instigao, cumplicidade, auxlio material ou moral emqualquer etapa do iter criminis.

    G B RITOS COMENT DOS REL CION DOS O TEM EXPOSTO CIM73. COMENTRIO: Correto. Est de acordo com pargrafo 2 do art. 29 do Cdigo Penal: 2 - Se algumdos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena seraumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    74. COMENTRIO: Correto. De acordo com os pargrafos do art. 29 do CP, vemos que a teoria restritiva doautor traz ntidas diferenas entre o autor e o partcipe, como podemos conferir: art. 29 - 1 - Se aparticipao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero. 2 - Se algumdos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena seraumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    75. COMENTRIO: Errado. A questo no est de toda incorreta, quando ela fala da natureza jurdica dosconcurso de agentes, ela est trazendo o caput do art. 29 do CP: Art. 29 - Quem, de qualquer modo,concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Mas, quandoela fala que o agente responde por crime diferente, se torna errada, por ser uma teoria monista, o crime nico e indivisvel, mas de forma temperada, pois admite uma punio ao concorrente que quis o crimemenos grave de acordo com o pargrafo 2 do mesmo artigo: 2 - Se algum dos concorrentes quisparticipar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade,na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

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    76. COMENTRIO: Errado. Est incorreta, pois as circunstncias e as condies de carter pessoal secomunicam sim quando elementares do crime, vejamos o art. 30, do Cdigo Penal: Art. 30 - No secomunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    77. COMENTRIO: Errado. Basta sabermos que nos crimes plurissubjetivos sua aplicao do concurso imediata, ou seja direta, no h necessidade de aplicao de norma de extenso.

    78. COMENTRIO: Correto. exatamente o que traz a teoria do domnio do fato, essa teoria rege oconcurso de pessoas, mas no tem aplicao aos delitos omissivos, tanto se esses delitos forem prprioscomo imprprios, devendo ser substituda pelo critrio da infringncia do dever de agir.

    79. COMENTRIO: Correto. A teoria monista pode ser observada no artigo 29 do CP: Art. 29 - Quem, dequalquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de suaculpabilidade. e teoria restritiva vemos no pargrafo 2 do mesmo artigo, fazendo a distino entre autore partcipes quando este ltimo quis participar de um crime menos grave: 2 - Se algum dosconcorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena seraumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    80. COMENTRIO: Errado. O fato do partcipe ter sua pena diminuda de um sexto a um tero, no significaser uma exceo teoria monista, pois ele responde pelo mesmo crime, vejamos o pargrafo 1 do art. 29do CP: 1 - Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a umtero.

    81. COMENTRIO: Errado. O co-autor no um agente que tenha uma participao menor no crime, oncleo do tipo penal que executado por duas ou mais pessoas, existir ento o autor e os co-autores.

    82. COMENTRIO: Correto. Pode parecer bobagem, mas para no esquecermos mais vamos observar umpequeno detalhe, partcipe quem participa, ele no o autor principal da histria, ele pratica atos queso diferentes dos atos do autor, ele no tem o poder de domnio final da conduta e realiza os atosindiretamente.

    83. COMENTRIO: Errado. Super errado, a a menor ou maior participao do agente influncia muito naaplicao da pena, podemos observar que nos pargrafos 1 e 2 do art. 29 do CP, ele traz vriaspossibilidades de diminuio e aumento de pena vejamos: 1 - Se a participao for de menor

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    importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero. 2 - Se algum dos concorrentes quisparticipar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade,na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    84. COMENTRIO: Errado. Os crimes culposos podem ser cometidos em co-autoria, que exatamentequando o agente age por imprudncia, negligncia ou impercia, podendo agir dois ou mais agente juntos,mas com um mesmo resultado naturalstico.

    85. COMENTRIO: Errado. Autor intelectual no somente quem planeja, mas tambm conseguecontrolar a prtica do crime, sendo necessrio que o agente tenha capacidade de parar ou prosseguir coma execuo do crime agindo de acordo com a sua vontade.

    86. COMENTRIO: Errado. exatamente o contrrio que diz no art. 30, do Cdigo Penal na sua parte finalquando faz tal ressalva: Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal,salvo quando elementares do crime.

    87. COMENTRIO: Errado. A questo diz que so punveis enquanto o art. 31, do Cdigo Penal diz queno so punveis: Art. 31 - O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa

    em contrrio, no so punveis, se o crime no chega, pelo menos, a ser tentado.

    88. COMENTRIO: Errado. No ser independentemente de sua culpabilidade, mas sim na medida de suaculpabilidade, art. 29, do Cdigo Penal: Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incidenas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

    89. COMENTRIO: Errado. Na teoria monista existem sim desvios subjetivos de conduta, conforme lecionao CP, em seu art. 29, 2: 2 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel oresultado mais grave.

    90. COMENTRIO: Correto. Est de acordo com pargrafo 2, do art. 29, do Cdigo Penal: 2 - Se algumdos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena seraumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

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    91. COMENTRIO: Errado. Sendo aceita pela doutrina majoritria a teoria da acessoriedade limitada,precisa necessariamente que haja a punio do autor para que a participao seja tambm punida,havendo a absolvio do autor, contra o partcipe no haver condenao.

    92. COMENTRIO: Correto. A Teoria Monista diz que todos respondero pelo mesmo delito que de algummodo contriburam para o crime.

    93. COMENTRIO: Errado. Sendo aceita pela doutrina majoritria a teoria da acessoriedade limitada,precisa necessariamente que haja a punio do autor para que a participao seja tambm punida,havendo a absolvio do autor, contra o partcipe no haver condenao, preciso que o fato principalseja tpico, antijurdico, culpvel e punvel.

    94. COMENTRIO: Correto. Est muito bem elaborada e correta a questo. O agente que age de formaomissa quando deveria agir de forma comissiva para impedir o resultado, haver sua participaomediante omisso no crime prprio de comisso.

    95. COMENTRIO: Correto. Esse um caso de co-autoria sucessiva, mesmo j iniciado o desenvolvimento

    do fato criminoso, aparecem mais agentes para garantir seu resultado.

    96. COMENTRIO: Errado. No podemos confundir os dispositivos do CP, o art. 29, caput traz a pena deacordo com sua culpabilidade, e o 1 do mesmo artigo, traz a diminuio da pena se a participao for demenor importncia.

    97. COMENTRIO: Correto. Est de acordo com o art. 30 do CP: Art. 30 - No se comunicam ascircunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    98. COMENTRIO: Errado. Deve haver a comunicao das circunstncias a partir do conhecimento dopartcipe sobre sua existncia, art. 30 do CP: Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condiesde carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    99. COMENTRIO: Errado. Nos termos do art. 30, do Cdigo Penal: o art. 30 do CP: Art. 30 - No secomunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

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    100. COMENTRIO: Errado. Existe extrema necessidade do conhecimento do partcipe das elementarespara que haja a comunicao, art. 30 do CP: Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condiesde carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    101. COMENTRIO: Errado. Mais uma vez sobre as elementares subjetivas e sua comunicao, sabemosque exige-se o conhecimento do partcipe sobre as mesmas, art. 30 do CP: Art. 30 - No se comunicam ascircunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    102. COMENTRIO: Errado. Se houver previsibilidade de resultado mais grave, sua pena no serdiminuda, e sim aumentada, nos termos do 2, do art. 29, do Cdigo Penal: 2 - Se algum dosconcorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser

    aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    103. COMENTRIO: Errado. De acordo com o 2, do art. 29, do Cdigo Penal: 2 - Se algum dosconcorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena seraumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

    104. COMENTRIO: Errado. Na questo no podemos entender que um dos agentes ser partcipe, massim co-autor, pois mesmo que no tenha diretamente realizado a subtrao no ir influenciar na suacaracterizao de co-autoria.

    105. COMENTRIO: Correto. Est totalmente de acordo a teoria monista, devendo todos os agentesresponder por um nico crime.

    106. COMENTRIO: Errado. Existe uma pequena aplicao da teoria dualista verificada no 2 do art. 29 doCP, quando traz a possibilidade de punio por crime menos grave ao concorrente que quis participar e nodo realmente praticado: 2 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel oresultado mais grave.

    107. COMENTRIO: Errado. Conforme a lio de Julio Fabbrini Mirabete, "in" Manual de Direito Penal, Vol.

    III, Atlas, 1999, pg. 406: "Na participao, embora os agentes no pratiquem o ato executivo, concorrem,de algum modo, para a realizao do delito. Fazer afirmao falsa, ou negar, ou calar a verdade sobre fato

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    juridicamente relevante constituem condutas que permitem as formas de instigao, ajuste, mandato,auxlio, etc. No falso testemunho, portanto, a participao mostra-se perfeitamente possvel, (...)."E o ensinamento de Guilherme de Souza Nucci, na sua obra Cdigo Penal Comentado, RT, 4 edio, pg.944: "(...) j sustentvamos antes da reforma, ser indispensvel considerar que muitos partcipesapresentam comportamento mai