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12 de Julho 2011 - sbn.pt · Comissão de Acompanhamento analisa relatório do Grupo BCP 14 ... no subsídio de Natal de todos os trabalhadores com vencimentos superiores ao salário

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l EDITORIAL

sum

ário

Propriedade:Federação do Sector FinanceiroNIF 508618029

Correio electrónico:[email protected]

Director:Delmiro Carreira – SBSI

Directores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCHóracio Oliveira – SBSIPereira Gomes – SBN

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNPastor Oliveira – SBSIPatrícia Caixinha – STASSequeira Mendes – SBC

Editor:Rui Santos

Redacção e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 113Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 80.000 exemplaresPeriodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

l STAS ActividadeSeguradora

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27l Bancários Norte

29

26

l Bancários Centro

TEXTO: HORÁCIO OLIVEIRA

A Europa está numa encruzilhada

Se atendermos,designadamente

no nosso caso, a quea Banca e as Seguradoras

continuam a bloqueara negociação colectiva,

mais razões existem paraeste desagrado em relaçãoao imposto extraordinário,

de valor equivalente a 50%do subsídio de Natal

l Bancários Sul e Ilhas

POLÍTICA l ActualidadeFebase contra atentado a direitos contratuais 4

Febase comenta Programa do Governo 5

SINDICAL l ActualidadeHelena André disse “sim” a projecto de Portaria de Extensão do ACT 8

O projecto de Portaria 9

Conselho Geral da Febase aprova revisão dos Estatutos 10

Santander e BPI comprometem-se a manter nível de emprego 11

1.º Encontro de jovens da FEBASE 11

CONTRATAÇÃO l SegurosContratação Colectiva na Actividade Seguradora 12

SINDICAL l ActualidadeComissão de Acompanhamento analisa relatório do Grupo BCP 14

Crédito Agrícola assume situação financeira confortável 16

FORMAÇÃO l ActualidadeFormação em alternância: uma aposta com futuro 20

TEMPOS LIVRES l NacionalFutsal: vitória indiscutível do GD Santander Totta 22

Tiro: Jaime Sampaio é novo campeão nacional 24

Voltamos em OutubroTal como no ano passado, e devido ao período das férias estivais,

a “Revista FEBASE” não se publica em Agosto e Setembro, voltandoao contacto com os leitores em 11 de Outubro. Asituação que atravessamos não é fácil e por muito

positivo estado de espírito que se tenha e facilidadeem o transmitir aos demais… Não é fácil!

O programa do Governo versus medidas da "troika"confirma que vamos ter que "mudar de vida". Mas vaichegar? Ao que parece, a ajuda internacional ao nosso Paíse o reconhecido esforço que os portugueses estão prepa-rados para fazer não estão a saciar a sede dos especula-dores. Ainda agora foi anunciado o corte de "rating" aPortugal por parte da Moody's e já no dia seguinte aquelaagência baixou a notação da dívida de quatro Bancos.

A Europa está numa encruzilhada, da qual tem de sairbrevemente, sob pena de ser "engolida" pelo mercadoaberto, sem regras, cego e sem ética. Um mercado quecontinua a olhar a pessoa como a base de uma pirâmideque tem no seu vértice o capital e o lucro a qualquer preço.

Das duas, uma: ou os critérios utilizados pelas agênciasde notação financeira norte-americanas não são aplicá-veis à Europa, o que obrigará a que esta se adeque e criecondições de contraposição; ou a continuação da "guerra"entre o dólar e o euro não vai parar, com claros prejuízospara os países da zona euro e com reflexos, ainda, inima-gináveis para a concepção político-social da Europa. O"frente-a-frente" entre os "dois mundos", escamoteadonos corredores dos poderes e dissimulado pelas teiasfabricadas pelos diversos interesses envolvidos, tem deter um fim. Cabe à Europa do euro ganhar coragem eadoptar as medidas políticas que se imponham para nãose deixar enredar.

A zona euro não pode continuar submetida a decisões deagências de "rating", tomadas sob determinados critérios,que condicionam a actuação política das suas autoridades(políticas e financeiras).

Internamente, o governo comprometeu-se com um Pro-grama de Emergência Social, orientado para as pessoas commaiores carências e para os que mais severamente têm sidoatingidos, criando as condições para uma justa repartiçãodos custos e sacrifícios associados à superação da crise.

Uma das medidas mais mediáticas já anunciadas é oimposto extraordinário, de valor equivalente a 50% dosubsídio de Natal, acima do salário mínimo nacional. A suajusteza é discutível, sendo certo que o movimento sindicalnão pode, por princípio, estar de acordo com quaisquertipos de penalizações sobre os rendimentos dos trabalha-dores. E se atendermos, designadamente no nosso caso, aque a Banca e as Seguradoras continuam a bloquear anegociação colectiva, mais razões existem para este de-sagrado.

No entanto, penso, naquela medida, obviamente difícil,foi cumprido aquele anunciado desiderato do governo:houve a preocupação do "carácter universal" e de nãoserem atingidos portugueses que tenham rendimentomensal inferior ao salário mínimo.

É aqui, no carácter social das políticas que venham a serseguidas que pode (e deve) estar a diferença.

Tenhamos esperança que haja coragem na Europa… Eem Portugal.

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POLÍTICA l Actualidade Actualidade l POLÍTICA

Febase contra atentado a direitos contratuais

Governo corta 50% no subsídio de NatalO Primeiro-Ministro abriu o debate

parlamentar sobre o Programado Governo com o anúncio de uma

medida que não constavado documento: o corte de 50%

no subsídio de Natal de todosos trabalhadores com vencimentos

superiores ao salário mínimo– incluindo pensões de reforma.

É o PEC I de Passos Coelho

Pedro Passos Coelho anunciou queo Governo vai lançar uma "contri-buição especial" que implica o

corte de metade dos subsídios de Natal emtodos os ordenados e pensões de reformaacima do salário mínimo. Não se referiu aqualquer "contribuição especial" sobre asempresas ou outro tipo de rendimentos.

O Primeiro-Ministro justificou o pedi-do de "mais sacrifícios" aos portugue-ses com o estado das finanças públicase afirmou que a medida só se aplica

este ano. "Sei bem que as pessoas seperguntam até quando terão de serelas, com o fruto do seu trabalho, aacudir aos excessos das despesas doEstado. Neste ponto, permitam-me quefale com toda a clareza. Não deixo asnotícias desagradáveis para outros nemas disfarçarei com ambiguidades de lin-guagem. Não permitirei que os sacrifíciossejam distribuídos de forma injusta edesigual", disse Pedro Passos Coelho.

"Os portugueses podem confiar nesteGoverno para quebrar o ciclo vicioso dosúltimos anos [...] queremos poupar o Paísa um desastre. Vamos anunciar medidasde antecipação para inverter este ciclo erestaurar confiança na nossa economia.Antecipamos já medidas previstas", dis-se ao iniciar o debate. Seguiu-se o anún-cio do corte no subsídio de Natal.

Embora o chefe do Executivo tenhaadiantado que a forma de concretiza-ção deste está ainda a ser ultimadapelo Ministério das Finanças, refira-seque, face ao que desde então tem sidoanunciado, não se tratará, como acon-teceu há umas décadas, da cativaçãodo subsídio e sua transformação emtítulos do Tesouro, mas da sua comple-ta apropriação pelo Estado.

Passos Coelho anunciou também queo Governo vai antecipar para o terceirotrimestre deste ano "medidas estrutu-rais" previstas no acordo com a troika,como o programa de privatizações. "Deentre todas estas medidas, destaco areestruturação do sector empresarialdo Estado, a reforma do modelo regula-tório e o programa de privatizações",declarou Pedro Passos Coelho.

Febase contra corte

Os órgãos da Febase analisaram já arecente decisão do Governo, conside-rando que o recente imposto extraordi-nário que irá incidir sobre o subsídio de

Medidas com maiores implicaçõespara os trabalhadores

Febase comentaPrograma do Governo

A Febase leu atentamenteo Programa do Governo

e destaca, com comentáriosdespretensiosos que possam

ajudar o leitor a perceber,as medidas que

previsivelmente terãomaiores implicações

na vida dos trabalhadorese das suas famílias

TEXTO: INÊS F. NETO E DELMIRO CARREIRA

Rescisões por mútuo acordona função pública

Natal é de "de legalidade duvidosa ecertamente injusto, afectando milhõesde trabalhadores portugueses de formacega e indiscriminada".

O corte do subsídio de Natal mereceudo Secretariado "uma clara e inequívo-ca rejeição", na senda de posição idên-tica assumida pela UGT.

A Febase lembra ainda que os traba-lhadores bancários e de seguros têm osseus aumentos salariais congelados porbloqueio da negociação colectiva – nocaso dos seguros e do BPN desde 2010–, o que agora é agravado pela aplica-ção deste imposto.

Assim, o Conselho Geral da Federa-ção, reunido dia 6 no Porto, aprovouuma moção em que considera "um aten-tado aos direitos consignados na nego-ciação colectiva a exigência de maissacrifícios aos trabalhadores, atravésda consumação de um imposto extraor-dinário sobre o subsídio de Natal, queabrange os trabalhadores por conta deoutrem quando não é exigido igual sa-crifício ao capital e às empresas". (vermoção nesta edição).

O Parlamento aprovou, no dia 1deste mês, o Programa do XIXGoverno, liderado por Pedro Pas-

sos Coelho. Tratando-se de um documen-to muito genérico e com poucas medi-das concretas – não contendo, igual-mente, a explicitação da forma comoserão implementadas – há no entantoalgumas ideias-chave que lhe estãosubjacentes e que não podem deixar depreocupar os Sindicatos.

É o caso, desde logo, daquelas queafectam os trabalhadores do sector fi-nanceiro: a venda do BPN e do ramosegurador da CGD, sem que nada sejadito quanto à salvaguarda dos postosde trabalho; e o previsto “alinhamen-

to” das políticas salariais das empresasque se situam no perímetro do Estadocom as da função pública, onde se inclu-

Ministros responsabilizadospelo “seu” orçamento

Programa do Governo (PG): Optimização progressiva dos meios humanosafectos à Administração Pública… criando um programa de rescisões pormútuo acordo.

Comentário: São vários os observadores que não acreditam na eficácia deum programa de rescisões por mútuo acordo na função pública. Referem queserão os quadros mais qualificados a ter tendência a aproveitar esta possi-bilidade. Por outro lado, se a adesão fosse muito grande teria custos elevados,que a actual situação dificilmente suportará. O Sindicato dos Técnicos doEstado (STE) não acredita no programa.

Programa do Governo (PG): Cada ministro éresponsável pelo estrito cumprimento dos limitesorçamentais fixados para o seu ministério. Even-tuais desvios serão compensados pelo própriodentro do mesmo exercício. Na impossibilidade deuma compensação integral dentro do mesmo anono ministério responsável pelo desvio será a mesmaassegurada por outros ministérios. No exercícioseguinte, o limite da despesa do ministério res-ponsável pelo desvio será reduzido pelo montantenão compensado acrescido de uma penalização.

Comentário: Se um ministro não controlar osseus limites orçamentais, no ano seguinte oministério terá que absorver esse excesso eainda a respectiva penalização. Pode entretantodemitir-se ou ser demitido, deixando a facturapara o sucessor. Afigura-se difícil que este me-canismo de controlo venha a ser eficaz.

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TEXTO: INÊS F. NETO

“Não permitirei que ossacrifícios sejam distribuídosde forma injusta e desigual”,disse Pedro Passos Coelho

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Actualidade l POLÍTICAPOLÍTICA l Actualidade

Autoridadesreguladoras

em, por exemplo, a CGD e o Banco dePortugal.

As medidas que apontam como ob-jectivo a alteração ao Código do Traba-lho também suscitam receios, nomea-damente no que diz respeito ao desen-volvimento de um “sistema dual” nomercado de trabalho – em que seráintroduzido um novo regime contratual(sem contudo se afectar os contratosantigos, segundo o Governo) –, à per-missão de renovação dos contratos atermo, ao aumento do período experi-mental nos contratos de trabalho, àsmexidas nas regras do trabalho suple-mentar (prevendo a possibilidade denão ser pago), a possibilidade de seprescindir de justificação para o traba-lho temporário ou à intenção de fazerdepender os aumentos salariais exclu-sivamente do aumento da produtivida-de. Estas medidas mereceram já o re-púdio da UGT, que suscita mesmo ainconstitucionalidade de algumas de-las.

Alienação de participaçõesna EDP, REN e TAP

Privatização da ANAEnergia eólica e outras renová-

veis eram uma bandeira do ante-rior Governo, com o objectivo denos tornar menos dependentes dopetróleo. No Programa do Governo“eólica” é palavra ignorada e “ener-gias renováveis” aparece apenasuma vez em 129 páginas. Significaisto que a GALP “ganhou” à EDP?

O Governo afirma que o seu Pro-grama é “ frugal e realista paraquatro anos”, mas essa mesmafrugalidade não o impediu de nosprometer “uma sociedade maiscosmopolita e liberta das tenta-ções periféricas que as mais detrês décadas de democracia nãoconseguiram afastar plenamente”.O que será isto?

Do mesmo modo, os Sindicatos mani-festam a sua preocupação com as pro-postas referentes à descida da TaxaSocial Única (TSU), que poderá pôr emcausa a sustentabilidade da SegurançaSocial, ou, em contrapartida, como re-fere o Programa, ser compensada peloaumento dos impostos indirectos, oque é uma forma de penalizar a popu-

Política salarialdo SEE alinhadapela Função Pública

A Febase leu com atenção redobra-da o Programa do Governo e nestaspáginas tece comentários às medidasque, em sua opinião, poderão ter maisreflexos na vida dos cidadãos e dostrabalhadores em particular. Outras,mais genéricas, são referidas por sesuspeitar da sua aplicabilidade e efi-cácia.

Patrões com descontos reduzidospara a Segurança Social

lação em geral, numa altura em que asfamílias enfrentam já enormes dificul-dades.

Ainda no que diz respeito à fiscalida-de, teme-se as consequências de medi-das anunciadas, como a redução dosescalões do IRS, bem como das dedu-ções e isenções de que actualmente asfamílias beneficiam.

Venda do BPNe racionalização da CGD

Despesas de saúde,educação e habitaçãocontam menos no IRS

Curiosidades

PG: Política de “desvalorização fiscal” que visará criar emprego e promo-ver o crescimento económico. Através desta medida – redução da TSU –pretende-se contribuir para uma redução substancial dos custos de produçãodas empresas.

Comentário: Os beneficiários desta medida são exclusivamente os pa-trões, sendo duvidoso, dado o facto da maioria do tecido empresarialportuguês ser constituído por PME, que contribua para a criação de postos detrabalho. Seguro é a diminuição de receitas da Segurança Social, indispen-sáveis para garantir as pensões de reforma. Como será feita a compensaçãoda perda de receitas: através de aumentos no IVA ou, como alguns adiantam,através do recurso ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social,criado para prevenir crises futuras?

PG: Alienar a totalidade das participações na EDP e REN, preferencialmente atéao final de 2011, e garantir que sociedades cujo objecto seja a produção,distribuição ou comercialização de energia (como a EDP) possam, directa ouindirectamente, imediata ou diferidamente, ter posições de controlo da REN.Alienar também a totalidade das participações na TAP.

Comentário: Desde que a respectiva Autoridade Administrativa Independen-te funcione correctamente, não se antevêem grandes consequências nasalienações referentes à EDP e à REN. Salvo que o momento pode não ser o idealpara venda de activos, sob pena de serem vendidos a preço de saldo.

Relativamente à TAP, não deixa de ser curioso que venha a ser sublinhado poralguns observadores da área económica que esta privatização não se traduzirána entrada de dinheiro nos cofres do Estado, uma vez que o seu previsível valorserá “engolido” pela necessidade de suportar perdas anteriores.

PG: Redução dos benefícios e das deduções fiscaisem sede de IRS.

Comentário: A adopção desta medida foi semprerejeitada no passado recente pelo partido maioritário doGoverno. Aparece agora no Programa do Governo, fican-do por saber a que escalões de rendimento se aplica.Significará sempre um aumento do IRS para alguns.

PG: Apresentar uma proposta de EstatutoJurídico das Autoridades Administrativas Inde-pendentes, integrando a sua criação na reser-va de Lei Parlamentar;

- Transformar as entidades com funções re-guladoras dependentes do Governo, e cujosmercados regulados pela sua importância ojustifiquem, em Autoridades AdministrativasIndependentes, reintegrando as restantes naadministração tradicional (de modo a evitar orisco de proliferação e banalização de falsosreguladores);

- Reforçar a autonomia e a responsabilidadedas Autoridades Administrativas Independen-tes. A forma de designação dos titulares dosórgãos de direcção ou administração será alte-rada. Em função da natureza de cada entidadeeste processo de designação deverá envolvero Governo, a Assembleia da República e oPresidente da República, tendo a preocupaçãode garantir consensos alargados quanto aosseus méritos.

Comentário: Trata-se, no fundo, de mudar onome às actuais entidades reguladoras, en-contrando uma nova forma de designar os seusdirigentes. A inclusão de membros indicadospelo Presidente da República comporta o riscode se vir a assistir a um corrupio em direcçãoa Belém sempre que a Autoridade da Concor-rência não controlar os excessos da GALP nopreço dos combustíveis.

PG: Proceder à definição do modelode privatização da ANA e à sua efec-tiva concretização, articulando-o como modelo de privatização da TAP eponderando a eventual transferên-cia dos Aeroportos da Madeira edos Açores para a competênciadas respectivas Regiões Autóno-mas.

Comentário: O Governo privati-za a lucrativa ANA, que gere osaeroportos de Lisboa, Porto e Faroe os das regiões Autónomas. De-duz-se do Programa que os aero-portos das Regiões Autónomas, quedão prejuízo, poderão passar paraa responsabilidade dos respecti-vos Governos Regionais. Será istoaceite ou acabarão por ficar naAdministração Central?

PG: Alinhar progressivamente aspolíticas salariais do SEE, sobretudoem sectores não concorrenciais, comas das administrações públicas;

- Identificar todas as empresascom participação directa ou indirec-ta do Estado cuja actividade se en-tenda dever ser libertada para osector privado e calendarizar as res-pectivas operações de alienação.

Comentário: As políticas salari-ais do SEE, que tanta guerra têmdado, como se concretizarão? Susci-tam a questão de como será feito oalinhamento progressivo com as ad-ministrações públicas. Veja-se o casoda CGD, do BdP, da TAP, da CP, daRefer, etc.

PG: O Governo tem como objectivo encontrar um comprador para o BPN até aofinal de Julho de 2011;

- Racionalizar a estrutura do grupo CGD com o objectivo estratégico de concentraçãonas suas actividades de intermediação financeira. Assim, a CGD deverá vender as suasparticipações no sector dos seguros e nas áreas não estratégicas. Os fundosprovenientes destes desinvestimentos deverão ser afectados ao reforço dos ráciosde capital da CGD para aumentar a sua capacidade de financiamento às empresas.

Comentário: O programa não acrescenta nada de novo àquilo que já eraconhecido e resultante do Memorando de Entendimento com a troika. Relativamen-te ao BPN, a grande preocupação dos Sindicatos da Febase é a salvaguarda dospostos de trabalho, garantida na lei da nacionalização e que provavelmente oGoverno se preparará para alterar, caso o eventual comprador interessado o exija.

O mesmo se passa com a alienação por parte da CGD das suas participações nosector dos seguros.

Fica por saber quais são as áreas estratégicas consideradas pelo Governo.

Pela sua pertinência, transcrevemos um trecho do artigo de opinião de André Macedo, directorde “Dinheiro Vivo”, do Diário de Notícias, publicado na edição de 30 de Junho:

“Acontece que vivemos um momento único – explosivo, como insiste (para quê?!) Cavaco Silva.As receitas políticas habituais não serviram, faliram, este Governo está obrigado a reinventara fórmula e as rotinas para que o País faça, de facto, Control+Alt+Del.

Apresentar um programa de Governo enxuto e claro teria sido um bom começo. O famosomemorando da troika, por exemplo, resume em 34 páginas tudo o que é preciso fazer até 2014.

Se formos capazes de cumprir metade do que lá está, o País dará uma volta de 180º – veremos,depois, se para melhor.

Para quê, então, 129 páginas cheias de nada quando os objectivos estão definidos? Para quêenfeitar se, no fim, não se ganha nada com isso?”

Control+Alt+Delao Programa do Governo

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Actualidade l SINDICALSINDICAL l Actualidade

Em resposta ao pedido da Febase

Helena André disse “sim”a projecto de Portaria de Extensão do ACT

A Febase requereu à então ministrado Trabalho a publicação de uma Portaria

de Extensão para aplicação do ACTdo Sector a todos os trabalhadores

bancários de Instituições de Crédito nãosubscritoras de qualquer convençãocolectiva. Helena André considerou"conveniente promover a extensão

da convenção em causa". À datada edição da revista, não era ainda

conhecido se alguma entidade patronalteria deduzido oposição ao projecto.

A decisão final cabe agora, nos termosda lei, ao novo Governo

TEXTO: INÊS F. NETO

O aviso de projecto de Portaria deExtensão para aplicação do ACTdo Sector a todos os trabalhadores

bancários de Instituições de Crédito nãosubscritoras de qualquer convenção colec-tiva e a respectiva nota justificativa daentão ministra do Trabalho e da Solidarie-dade Social foi publicado no Boletim doTrabalho e Emprego (BTE) n.º 22, de 15 deJunho.

Na nota justificativa que acompanha oaviso de projecto, Helena André fundamen-

ta a sua posição afirmando: “A extensão daconvenção tem, no plano social, o efeito deuniformizar as condições mínimas de tra-balho dos trabalhadores e, no plano econó-mico, o de aproximar as condições de con-corrência entre empresas do mesmo sec-tor.”

A revista Febase publica, na íntegra, otexto publicado no BTE n.º 22:

Aviso de projecto de portaria de exten-são do acordo colectivo e das suas alte-rações entre várias Instituições de Cré-dito e a FEBASE — Federação do SectorBancário.

Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e3 do Artigo 516.º do Código do Trabalho edos Artigos 114.º e 116.º do Código doProcedimento Administrativo, torna-sepúblico ser intenção do Ministério do Traba-lho e da Solidariedade Social proceder àemissão de portaria de extensão do acordocolectivo para o sector bancário, publicadono Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ªsérie, n.º 31, de 22 de Agosto de 1990, e dassuas alterações em vigor, com consolida-ção no acordo colectivo entre várias Insti-tuições de Crédito e a FEBASE — Federaçãodo Sector Bancário, publicada no citadoBoletim, n.º 3, de 22 de Janeiro de 2011, ao

abrigo do Artigo 514.º e do n.º 1 do Artigo516.º do Código do Trabalho, cujo projectoe respectiva nota justificativa se publicamem anexo.

Nos 15 dias seguintes ao da publicaçãodo presente aviso, podem os interessadosno procedimento de extensão deduzir, porescrito, oposição fundamentada ao referi-do projecto.

Lisboa, 31 de Maio de 2011. — A Ministrado Trabalho e da Solidariedade Social, MariaHelena dos Santos André.

Nota justificativa

O acordo colectivo para o sector bancá-rio, publicado no Boletim do Trabalho eEmprego, 1.ª série, n.º 31, de 22 de Agostode 1990, e as suas alterações em vigor, comconsolidação no acordo colectivo entrevárias Instituições de Crédito e a FEBASE —Federação do Sector Bancário, publicada nocitado Boletim, n.º 3, de 22 de Janeiro de2011, abrangem, no território nacional, asrelações de trabalho entre os empregado-res outorgantes e os trabalhadores repre-sentados pelas associações sindicais queas outorgaram.

A FEBASE — Federação do Sector Bancáriorequereu a extensão do acordo colectivo àsrelações de trabalho existentes em todo o

sector de actividade da convenção, argu-mentando que a Associação Portuguesa deBancos, associação de empregadores re-presentativa do sector de actividade daconvenção, embora detentora do direito decontratação colectiva, não o tem exercido.

A convenção de 2011 actualiza a tabelasalarial. O estudo de avaliação do impactoda extensão da tabela salarial teve por baseas retribuições efectivas praticadas no sec-tor abrangido pela convenção, apuradaspelos quadros de pessoal de 2009 e actua-lizadas com base no aumento percentualmédio das tabelas salariais das conven-ções publicadas nos anos intermédios.

Os trabalhadores a tempo completo dosector, com exclusão de aprendizes, prati-cantes e de um grupo residual, são cerca de21.212, dos quais 678 (3,1%) auferem retri-buições inferiores às da convenção, sendoque 609 (2,8%) auferem retribuições infe-riores às convencionadas em mais de 5%.

São as empresas do escalão de dimensãode mais de 250 trabalhadores que empre-gam o maior número de trabalhadores comretribuições inferiores às da convenção. Aconvenção actualiza, ainda, outras cláusu-las de conteúdo pecuniário, como o subsí-dio de almoço, as diuturnidades, as despe-sas de deslocação, o abono para falhas, osubsídio de turno dos caixas, o subsídio atrabalhador-estudante, o subsídio infantil eo subsídio de estudo.

Considerando a finalidade da extensão eque as mesmas prestações foram objectode extensões anteriores, justifica-se incluí--las na extensão.

A retribuição do nível 1 da tabela salarialprevista no anexo II é inferior à retribuiçãomínima mensal garantida em vigor. Noentanto, a retribuição mínima mensal ga-rantida pode ser objecto de reduções rela-cionadas com o trabalhador, de acordo como Artigo 275.º do Código do Trabalho. Destemodo, a referida retribuição apenas é ob-jecto de extensão para abranger situaçõesem que a retribuição mínima mensal ga-rantida resultante da redução seja inferioràquela.

A convenção inicial e a maioria das alte-rações posteriores não foram objecto deextensão. Apenas a alteração de 1997 foiestendida por portaria de extensão publica-da no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º13, de 4 de Agosto de 1998.

Por outro lado, até 2005 registaram-sevárias adesões de Instituições de Crédito ede sociedades financeiras. No entanto, exis-te um número significativo de empregado-res e de trabalhadores a quem a convençãoinicial e as alterações posteriores não seaplicam, pelo que se procede, agora, àextensão das condições de trabalho emvigor nas actividades abrangidas.

Tem-se, ainda, em consideração aexistência, no sector de actividade da

O projecto de Portaria

Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, ao abrigo do Artigo514.º e do n.º 1 do Artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º1 — As condições de trabalho constantes do acordo colectivo para o sector bancário,

publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 31, de 22 de Agosto de 1990, edas suas alterações em vigor, com consolidação no acordo colectivo entre várias Institui-ções de Crédito e a FEBASE — Federação do Sector Bancário, publicada no citado Boletim,n.º 3, de 22 de Janeiro de 2011, são estendidas no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre instituições de crédito, incluindo bancos, e sociedadesfinanceiras não outorgantes que prossigam as actividades abrangidas pela convenção etrabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nela previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores outorgantes da convenção e trabalha-dores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nela previstas não represen-tados pela associação sindical outorgante.

2 — A extensão determinada no número anterior não se aplica às relações de trabalhoabrangidas por convenções colectivas específicas.

3 — As retribuições previstas no anexo II da convenção, inferiores à retribuição mínimamensal garantida em vigor, apenas são objecto de extensão nas situações em que sejamsuperiores à retribuição mínima mensal garantida resultante de redução relacionada como trabalhador, de acordo com o Artigo 275.º do Código do Trabalho.

4 — Não são objecto de extensão as disposições contrárias a normas legais imperativas.

Artigo 2.º1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da

República.2 — A tabela salarial e os valores das cláusulas de conteúdo pecuniário constantes da

alteração publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 3, de 22 de Janeiro de 2011, àexcepção dos previstos na cláusula 106.ª, produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010.

3 — Para o efeito de cálculo da retribuição decorrente da prestação de trabalhosuplementar, a tabela salarial produz efeitos a partir de 1 de Junho de 2010.

4 — Os encargos resultantes da retroactividade poderão ser satisfeitos em prestaçõesmensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presenteportaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e atéao limite de seis.

Projecto de Portaria de Extensão do acordo colectivoe das suas alterações entre várias Instituições de Créditoe a FEBASE — Federação do Sector Bancário

convenção, de acordos de empresa eacordos colectivos subscritos por di-versos empregadores, alguns dos quaissão também outorgantes da conven-ção.

Com vista a aproximar os estatutos labo-rais dos trabalhadores e as condições deconcorrência entre as empresas do sectorde actividade abrangido, a extensão asse-gura retroactividade idêntica à da altera-ção publicada no Boletim do Trabalho eEmprego, n.º 3, de 22 de Janeiro de 2011. Noentanto, as compensações das despesas dedeslocação não são objecto de retroactivi-dade, uma vez que se destinam a compen-sar despesas já feitas para assegurar aprestação de trabalho.

Atendendo a que a convenção reguladiversas condições de trabalho, procede-se

à ressalva genérica de cláusulas contráriasa normas legais imperativas.

A extensão da convenção tem, no planosocial, o efeito de uniformizar as condiçõesmínimas de trabalho dos trabalhadores e,no plano económico, o de aproximar ascondições de concorrência entre empresasdo mesmo sector.

Embora a convenção tenha área nacio-nal, a extensão das convenções colectivasnas Regiões Autónomas compete aos res-pectivos Governos Regionais, pelo que apresente extensão apenas é aplicável noterritório do Continente.

Assim, ponderadas as circunstânciassociais e económicas justificativas da ex-tensão, previstas no n.º 2 do Artigo 514.º doCódigo do Trabalho, é conveniente promo-ver a extensão da convenção em causa.

Face à publicação do projecto de Portaria de Extensão,o Código do Trabalho estabelece:

Artigo 516.º(competência e procedimento para emissão de Porta-

ria de Extensão)1 - Compete ao ministro responsável pela área laboral

a emissão de Portaria de Extensão, salvo havendo oposi-ção a esta por motivos de ordem económica, caso em quea competência é conjunta com a do ministro responsávelpelo sector de actividade.

2 - O ministro responsável pela área laboral mandapublicar o projecto de Portaria de Extensão no Boletim doTrabalho e Emprego.

3 - Qualquer pessoa singular ou colectiva que possa ser,ainda que indirectamente, afectada pela extensão podededuzir oposição fundamentada, por escrito, nos 15 diasseguintes à publicação do projecto.

4 - O Código do Procedimento Administrativo é subsi-diariamente aplicável.

O que se vai passar

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SINDICAL l Actualidade Actualidade l SINDICAL

A Febase vai realizar o seu primeiro encontro de jovens nos dias 14, 15 e 16 de Outubro,em Ofir.

Este evento tem como matriz organizacional combinar actividades de carácter sindicalcom outras, nomeadamente lúdicas (tema da época medieval), de modo a envolver todoo agregado familiar num agradável convívio.

Num momento em que o sector atravessa profundas alterações, consequência da criseno sistema financeiro, com repercussões óbvias nas nossas carreiras, este encontropermitirá uma reflexão sobre a actual situação do sector e suas consequências.

No entanto, não descuramos o espírito de inovação e de surpresa que é uma das tónicasdeste evento que certamente criará uma envolvência alegre e despreocupada de modoa podermos desanuviar do dia-a-dia stressante que é o trabalho nesta área.

Em tempo oportuno, será dada informação mais detalhada, pelo que os interessadosdeverão ficar atentos aos respectivos sítios dos Sindicatos da Febase para procederemà sua inscrição.

AOrdem de Trabalhos da sessão doConselho Geral de dia 6, que serealizou no Porto, não era exten-

sa e tinha como ponto principal a dis-cussão e votação da revisão dos Estatu-tos. Mas dada a actual situação sócio--laboral, o ponto antes da OT acabou poradquirir igual importância, tendo sidoaprovada uma moção apresentada peloSecretariado, que se reuniu na véspera.

A sessão teve ainda a particularidadede ter decorrido sob o signo do consen-

Conselho Geral da Febaseaprova revisão dos Estatutos TEXTOS: INÊS F. NETO

O Conselho Geral da Federaçãodo Sector Financeiro (Febase) aprovou

alterações aos seus Estatutos, o que lhepermitirá ultrapassar constrangimentos

de funcionamento que o tempo veioa revelar existirem na anterior ordem

estatutária. Por um amplo consensoaprovou igualmente uma moção

de rejeição à ofensiva contraos trabalhadores do sector financeiro

so, como prova o facto de por váriasvezes as tendências terem aceite su-gestões umas das outras, alcançando--se acordos importantes face à sensibi-lidade das matérias em discussão.

Foi o que aconteceu com a moção doSecretariado, intitulada "Febase rejeitaa ofensiva contra os direitos dos traba-lhadores do sector financeiro" e queaborda temas como a situação dos tra-balhadores do BPN face ao apertadocalendário de venda do Banco, as even-tuais consequências laborais da priva-tização das empresas do ramo segura-dor do grupo CGD, o impasse na revisãosalarial da Banca e Seguros e o corte nosubsídio de Natal para todos os traba-lhadores por conta de outrem com ven-cimentos superiores ao salário mínimonacional (ver moção nestas páginas).

A conselheira Teresa Rosa, da ten-dência Mudar, sugeriu uma alteraçãoao ponto 3 da parte deliberatória damoção, o que foi aceite pelo Secretaria-do e incluída na íntegra no texto final.

"Por parte deste Secretariado e dastendências nele representadas existe

sempre disponibilidade para fazer acer-tos naquilo que tem enquadramento noespírito das coisas que fazemos", subli-nhou Rui Riso, presidente da Direcção doSBSI e vice-secretário geral da Febase.

A moção foi aprovada por esmagado-ra maioria, tendo contado apenas comuma abstenção.

Tentar desbloqueara contratação colectiva

A moção foi apresentada pelo Se-cretariado e, como referiu o secretá-rio-geral da Febase, "retrata fielmenteos trabalhos" daquele órgão. Realçandoa preocupação com a situação dos tra-balhadores bancários e dos seguros,Carlos Marques adiantou que, no queconcerne à negociação colectiva, a Fe-deração espera ser possível algum de-senvolvimento nas reuniões com ospresidentes dos principais grupos fi-nanceiros.

Refira-se que decorreram já encon-tros com as Administrações do Santan-der Totta e do BPI. "Esperamos a todo o

O Conselho Geral da Febase aprovou,por esmagadora maioria (com apenasuma abstenção), a moção proposta peloSecretariado da Federação.

O texto aprovado será publicado emcinco jornais diários e entregue aos prin-cipais órgãos de soberania, nomeada-mente ao Presidente da República, Pri-meiro-Ministro, Assembleia da Repúbli-ca e grupos parlamentares, bem como àsCentrais Sindicais.

A revista "Febase" publica, na íntegra,a moção aprovada:

FEBASE rejeita a ofensiva contra osdireitos dos trabalhadores do sectorfinanceiro

Reunido na cidade do Porto, o Secretari-ado da FEBASE analisou o ponto da situaçãoda contratação colectiva no sector finan-ceiro e, de uma forma mais aprofundada,o impacto das medidas de austeridadedecorrentes do memorando assinadoentre a "troika" e o Governo português.

Foram analisados, nomeadamente, osaspectos decorrentes da anunciada ven-da do Banco Português de Negócios e daprivatização do sector segurador da Caixa

momento novos agendamentos e quedeles resulte o desbloqueamento danegociação colectiva", disse.

Paulo Alexandre, coordenador doPelouro da Contratação, adiantou que ogrupo negociador da Federação foimandatado para ensaiar junto da Ban-ca algumas propostas que, embora nãoacarretando custo directos para as Ins-tituições de Crédito, podem ajudar aclarificar situações que têm suscitadodiferentes interpretações.

É o caso, explicou, da contratualiza-ção de certas matérias, nomeadamen-te das pensões de sobrevivência, doreconhecimento das uniões de facto, eda base de incidência das contribuiçõespara os SAMS em determinados assun-tos específicos.

Quanto ao sector segurador, a nego-ciação foi retomada, havendo nestemomento em cima da mesa três pro-postas: a dos sindicatos da Febase, a daAssociação Portuguesa de Seguros (APS)e a de um outro sindicato.

Estatutos revistos

Algum consenso foi igualmente ob-servado na discussão da proposta doSecretariado sobre a revisão dos Esta-tutos da Federação, com a aceitação dealgumas das sugestões de alteração

avançadas pelos conselheiros durantea discussão na especialidade e que fo-ram incluídas no texto final.

As principais alterações ao textofundamental da Federação prendem-se com o alargamento do Secretaria-do, que passará a incluir 24 elemen-tos, e com a extinção dos ConselhosSectoriais da Banca e dos Seguros, pas-sando para o Conselho Geral a respon-sabilidade das decisões.

O alargamento do Secretariado é jus-tificado por se ter verificado que quan-do um dos sindicatos da área segurado-ra assume a direcção – como agoraacontece com o STAS – está impossibi-litado de cumprir a norma estatutáriade indicar um vice-secretário-geral,uma vez que apenas dispõe de um

Geral de Depósitos, bem como a recentemedida de imposto extraordinário sobreo subsídio de Natal.

No que concerne ao processo de priva-tização, pelos riscos que o mesmo acar-reta para o nível de emprego no sectorfinanceiro, encontra-se obrigada a FEBA-SE a acompanhar com particular preocupa-ção os dois casos, especialmente na ques-tão associada à venda do BPN, dado olimite temporal definido.

Os trabalhadores das Instituições emquestão não são, nem foram, responsá-veis pela situação que agora conduz aoanunciado processo, não sendo por issoadmissível que possam constituir umamoeda de troca para um eventual facili-tar do negócio a um qualquer grupo eco-nómico interessado.

No que concerne em particular aoBPN, a FEBASE rejeita em absoluto queum "caso de polícia" se transforme numasituação desesperante para centenas detrabalhadores que, de acordo com asnotícias veiculadas pela comunicaçãosocial, podem ter o seu posto de trabalhoem causa, face à eventual oferta de com-pra que incluirá apenas uma parte do seuquadro de pessoal.

Os trabalhadores do BPN foram já víti-mas de discriminação salarial o ano pas-sado, não lhes tendo sido aplicado oaumento decidido para todo o sector –onde o Banco está representado –, umprocesso que os Sindicatos não aceita-ram nem aceitam, tendo levado o caso atribunal. A audiência de partes está mar-cada para o próximo dia 12.

A FEBASE exige ao Governo que nãocontinue a penalizar os trabalhadores doBPN e que, dentro da sua liberdade deescolher a forma de aplicação das medi-das de austeridade, salvaguarde os postosde trabalho dos trabalhadores do BPN.

Comportamento análogo é exigido aoGoverno para todos os trabalhadores dosector segurador do grupo CGD.

O recente imposto extraordinário que oGoverno determinou, de legalidade duvi-dosa e certamente injusto, que irá incidirsobre o subsídio de Natal, afectandomilhões de trabalhadores portuguesesde forma cega e indiscriminada, mereceda parte do Secretariado uma clara einequívoca rejeição, na senda, aliás, deposição idêntica assumida pela UGT. AFEBASE não pode esquecer que os traba-lhadores bancários e de seguros têm os

seus aumentos salariais congelados porbloqueio da negociação colectiva – nocaso dos seguros e do BPN desde 2010 –o que agora é agravado pela aplicaçãodeste imposto.

O Conselho Geral da FEBASE, reunido naCidade do Porto, no dia 6 de Julho de 2011,delibera:

1.Exigir ao Governo que não permitaquaisquer despedimentos no sector fi-nanceiro decorrentes do memorandoassinado com a troika;

2.Reivindicar ao Governo e às Adminis-trações das Instituições de Crédito abrangi-das pelas privatizações (BPN e sector segu-rador do grupo CGD) que a forma de aplica-ção das medidas de austeridade tenha emconta critérios de justiça social e de defesado emprego no sector, que até à data se temservido dos trabalhadores para atingir osresultados positivos alcançados;

3.Considerar um atentado aos direitosconsignados na negociação colectiva aexigência de mais sacrifícios aos traba-lhadores, através da consumação de umimposto extraordinário sobre o subsídiode Natal, que abrange os trabalhadorespor conta de outrem quando não é exigidoigual sacrifício ao capital e às empresas.

A M

oção

apr

ovad

a

elemento naquele órgão. Para resolveresse constrangimento e manter o prin-cípio da proporcionalidade entre sindi-catos foi necessário aumentar o núme-ro de elementos.

A extinção dos Conselhos Sectoriaisdeve-se à conclusão de que, apesar dasespecificidades de cada sector, as ques-tões que se vão colocando podem serresolvidas pelo Conselho Geral, acredi-tando-se na sensibilidade dos conse-lheiros para compreenderem e respei-tarem as particular idades sectoriais.

Na votação final global, a proposta doSecretariado com as devidas correc-ções aceites durante o debate na espe-cialidade foi aprovada por maioria, com71 votos a favor, 5 contra e 2 absten-ções.

As administrações do Santander Totta e do BPI garantiram, em reuniões separadas com a Febase,que manterão os actuais níveis de emprego nos seus Bancos. Os presidentes de ambas asIC manifestaram disponibilidade para contribuírem para o desbloqueio da negociação colectiva.

No âmbito do pedido de reuniões ao mais alto nível com a Banca efectuado pelo Secretariado da Febase,com o objectivo de contribuir para ultrapassar o impasse na revisão salarial de 2011, a Federação realizoujá reuniões com delegações da Administração do Santander Totta, liderada por Nuno Amado (no dia 1)e do Conselho de Administração do BPI, presidida por Fernando Ulrich (dia 7).

Os presidentes de ambos os Bancos garantiram que os actuais níveis de emprego vão sermantidos, apesar de prosseguirem a reestruturação das respectivas redes de balcões.

Relativamente à negociação colectiva, Nuno Amado adiantou que o Santander Totta é favorávelà procura, em sede de negociação, de patamares que possam ajudar a desbloquear o actual impassee irá dar indicações sobre quais os aspectos que, pela sua natureza, podem e devem sercontemplados à mesa de negociações.

Por seu lado, Fernando Ulrich manifestou a sua disponibilidade para que nesse âmbito seja revistoalgum clausulado do ACT do sector bancário.

Já a Febase reafirmou a sua vontade de ajudar a encontrar os melhores caminhos para um sistemabancário sólido, potenciador da economia e gerador de emprego, que possibilite a todos ostrabalhadores bancários a segurança do emprego e a satisfação dos justos anseios e expectativas.

Assim, vai apresentar à mesa de negociações algumas propostas que podem contribuir paraultrapassar o actual impasse. (ver notícia sobre o Conselho Geral da Febase).

Santander e BPI comprometem-sea manter nível de emprego

1.º Encontro de jovens da FEBASE

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Vamos então procurar fazer umasucinta sinopse histórica sobrecomo se chegou a estas propostas

e a sua análise comparativa possível.

Sucinta sinopse histórica

Não tem sido fácil manter o diálogocom elevação neste processo, formal-mente encetado em 2004, mas que, porvicissitudes várias, (divulgadas já eminformações várias sobre esta maté-ria), tem sofrido inúmeras pausas parareflexão, todas da iniciativa da APS, atéchegarmos à conjuntura actual da pró-pria APS apresentar uma nova propos-ta.

Desde sempre que o STAS, como Sin-dicato maioritário do sector, tem assu-mido as suas responsabilidades nosprocessos negociais em que é parte eprocurado encontrar as melhores e maisajustadas soluções que sirvam os inte-resses económicos e sociais dos seusassociados. Foi assim no passado e seráassim no futuro.

Desde o final dos anos noventa que oSTAS tem procurado convencer os res-tantes parceiros intervenientes na con-tratação colectiva do sector de segurosda imperiosa necessidade de dotar omesmo duma convenção moderna que

Contratação Colectiva na Actividade SeguradoraA Associação Patronal do Sector

(APS) enviou aos Sindicatosa sua proposta para um novo CCT

para a Actividade Seguradora.Acto contínuo, e conforme

se tinham tambémcomprometido, os Sindicatosde Seguros da FEBASE (STAS

e SISEP) remeteram à APSa sua proposta

Seguros l CONTRATAÇÃOCONTRATAÇÃO l Seguros

traduzisse substantivamente as trans-formações operadas, por virtude dassucessivas reestruturações feitas e dasinovações tecnológicas introduzidas,que fizeram emergir tal necessidade,porque nada era já como dantes e novasprofissões técnicas tinham eclodido, oque implicava reformulação total dasactuais funções, categorias e carreirasprofissionais.

Apenas um parceiro compreendeuesta imperiosa necessidade e tem vin-do a participar activamente na prosse-cução deste desiderato que é o SISEP,nosso parceiro de caminhada, atravésda apresentação conjunta de propos-tas.

No processo negocial de revisão,encetado em 2004, houve fundadasesperanças que se conseguisse alcan-çar tal objectivo, porquanto a Direcçãoda APS dessa altura tinha encomendadoum estudo a uma empresa especializa-da sobre a matéria, apresentado àspartes em Março de 2006 e que, naessência, confirmou no terreno, emcerta medida, a proposta STAS/SISEPsobre tal matéria.

O Presidente da Direcção da APS, àdata, solicitou às partes a maior celeri-dade possível na discussão desta estru-turante e nuclear matéria do CCT deSeguros, porque era sua convicção que,consensualizada a mesma, não se iriamverificar muitas divergências em rela-ção ao restante clausulado.

Foi assim que decorreram negocia-ções com significativos progressos, plas-mados em relatórios e actas respecti-vas, até que, em dado momento dasnegociações, o advogado da APS procurouconciliar convergências e divergênciasem relação às propostas dum Sindicatoe, ao fim de um mês, acabou por con-cluir que não lhe era possível e remeteuo caso para os negociadores desse Sin-dicato.

Estes procuraram fazê-lo, só que assuas alterações subvertiam toda a es-trutura interna das grandes famíliasfuncionais, dado que misturavam fun-ções de enquadramento com as outrasfunções, daí podendo resultar que quemdesempenhasse tais funções deveriaser promovido à grande família funcio-nal de enquadramento (directores ecoordenadores/chefia), ou o inversotambém era verdadeiro e a empresa,

se assim o entendesse, poderia nãoconstituir uma cadeia hierárquica deenquadramento, porque a coordenaçãoda unidade orgânica poderia ser feitapor qualquer trabalhador, sem necessi-dade de promovê-lo.

Perante esta profunda divergência, aAPS solicitou, em Setembro de 2007,uma pausa para reflexão e consulta àempresa especializada que tinha ela-borado o estudo e que todas as partestinham aceitado negociar a partir dele.

Lá diz o poeta "mudam-se os tempos,mudam-se as vontades" e a Direcção daAPS mudou de Presidente que, na suaprimeira reunião com os Sindicatos,informou-os de que apenas pretendiauma revisão cirúrgica do actual CCT,ajustado às normas imperativas, resul-tantes da revisão do Código do Traba-lho, em Janeiro de 2009.

Esta posição mereceu logo da partedos negociadores do STAS o mais vivoprotesto e indignação, porque deitavapara o caixote do lixo todos os progres-sos negociais, entretanto estabeleci-dos, bem como o estudo que a própriaAPS tinha encomendado e deixava pra-ticamente tudo na mesma.

Estratégia prosseguida também pe-los negociadores de um outro Sindica-to, a quem os do STAS deram, na mesmareunião, os parabéns porque tinhamencontrado alguém que comungava dassuas ideias em manter, neste capítulodas funções, categorias e carreiras, tudoigual, mesmo que já não tivesse corres-pondência na realidade funcional dasempresas de Seguros.

Pela APS foram apresentadas propos-tas para a "sua revisão cirúrgica" e oSTAS contrapôs as suas, insistindo sem-pre na imperiosa necessidade de revi-são do capítulo das funções, categoriase carreiras, como matéria nuclear eestruturante do CCT de Seguros, no quefoi sempre acompanhado pelo SISEP.

Dada a inflexibilidade desta posição,a APS encetou mais uma manobra dediversão, ao pedir ao Ministério do Tra-balho a caducidade da actual conven-ção, republicada integralmente emAgosto de 2008, cujo pedido foi indefe-rido e foi a partir daí que convocou osSindicatos para uma reunião informal,no passado dia 3 de Maio, onde o seuPresidente informou que tinha sidomandatado pelas suas Associadas para

lhes transmitir que, se houvesse recep-tividade da sua parte, o que aconteceu,iriam receber, até meados de Junho,uma proposta para um novo CCT, que asua equipa estava a ultimar.

O STAS informou, desde logo, quetambém iria apresentar a sua proposta,no que foi acompanhado pelo SISEP.

No dia 16 de Junho foi recebida aproposta da APS, convocando ao mes-mo tempo os Sindicatos para a suaapresentação, no dia 5 de Julho, e no dia17 o STAS/SISEP entregaram a sua naAPS.

Após esta sinopse vamos agora pro-curar analisar comparativamente asduas propostas.

Análise comparativa

A proposta da APS encontra-se estru-turada da seguinte forma: Secções X;Cláusulas 36; e, Anexos 4.

A do STAS/SISEP: Capítulos XIII; Cláu-sulas 77; e, Anexos 7.

E o actual CCT: Capítulos XII; Cláusulas91; e, Anexos 5 + Apêndices 7.

Verifica-se, assim, uma abissal dife-rença no que respeita ao número decláusulas entre as duas propostas, oque indicia, desde logo, que a propostada APS é minimalista, tendo subjacentea ideia de remeter muitas das matériasque a proposta do STAS/SISEP consagrapara as normas imperativas do Códigodo Trabalho, fazendo omissão delibera-da de outras que são conquistas dostrabalhadores de Seguros em sede denegociação colectiva como, por exem-plo, as diuturnidades a serem substituí-das por um prémio de permanência,que será atribuído de 5 em 5 anos,tendo em conta as notações obtidaspelos trabalhadores nas suas avalia-ções de desempenho e as promoçõesobrigatórias deixam de existir, passan-

do a haver apenas promoções faculta-tivas, ligadas também à avaliação dedesempenho.

A proposta da APS consagra as se-guintes inovações: funções, categoriase bandas salariais (onde é o emprega-dor que define os grupos e categoriasprofissionais); avaliação de desempe-nho; ingressos nos grupos técnico eoperacional (ficando tais ingressos de-pendentes dum estágio de 18 meses);teletrabalho; comissão de serviço;mobilidade geográfica; mobilidade fun-cional; horário flutuante; banco de ho-ras; prémio de permanência; plano in-dividual de reforma.

A elaboração da proposta do STAS/SISEPfoi balizada pelos seguintes pressupos-tos: manutenção das grandes conquis-tas da nossa contratação colectiva;consagração dos progressos e consen-sos anteriormente alcançados sobrefunções, categorias e carreiras pro-fissionais; e introdução de matériasinovadoras.

Quanto às inovações introduzidas,para além das que resultam das jádivulgadas anteriormente sobre fun-ções, categorias e carreiras profissio-nais, são as seguintes: aplicação daconvenção também aos trabalhadoresque sejam contratados através de em-presas prestadoras de serviços, desdeque filiados nos Sindicatos outorgan-tes; organização do trabalho; produti-vidade, qualidade e eficiência; introdu-ção do Dia Mundial do Seguro, comemo-rado no dia 14 de Maio; retribuição daprodutividade sobre os objectivos al-cançados, a ser paga até 31 de Julho;consagração das comissões de saúde esegurança; transformação dos 2 dias dacláusula das mulheres em dispensas aotrabalho, por mês, para todos os traba-lhadores, por motivos de ordem psíqui-ca e física, comprovados por relatóriomédico entregue nos serviços de medi-cina da empresa; informação sobre aactividade social da empresa; obriga-tório enviar aos Sindicatos todos osregulamentos internos; a formação con-tínua ministrada pela empresa por umperíodo de cinco anos deverá ser consi-derada para efeitos de promoção obri-gatória a Grau I para todos os trabalha-dores que tenham cumprido os respec-tivos planos; comparticipação nos en-cargos da negociação colectiva pelos

TEXTO: LUÍS DIAS*

trabalhadores que não são sindicaliza-dos; definição de unidade orgânica; asgrandes famílias funcionais do conceitode áreas de negócio, suporte do negó-cio e de apoio ao negócio segurador.

Conforme poderá ser constatado, sãopropostas que partem de pressupostosmuito diferenciados, tendo a APS comohorizonte estabelecer uma nova con-venção centrada nos "chamados servi-ços mínimos" da contratação, procuran-do, ao mesmo tempo, esbulhar todas asconquistas alcançadas pelos trabalha-dores de Seguros ao longo de mais desete décadas de existência.

A APS tarda, assim, a compreenderque, nesta conjuntura de crise profun-da, se torna necessário um maior en-volvimento dos trabalhadores de Segu-ros e dos seus Sindicatos na superaçãoda mesma e não será apenas pela acçãoou omissão dos representantes do ca-

pital accionista, na sua tentativa deredução de direitos tão arduamenteconquistados, que se criará no seio dassuas empresas um clima para a emer-gência de relações de trabalho dinâmi-cas e sem grande conflitualidade.

O desafio está aí na confrontaçãodestas duas propostas. Os negociado-res do STAS, imbuídos sempre por umespírito de diálogo aberto e construtivoe no estrito respeito por consensos pro-gressistas, anteriormente alcançados,para a modernização da convençãocolectiva de Seguros, não abdicarão,em tempo algum, neste processo nego-cial, de continuarem a defender os di-reitos económicos e sociais dos seusassociados.

Por isso, esperam que os restantesnegociadores persigam idêntico empe-nhamento, para bem das relações detrabalho na Actividade Seguradora.

*Responsável da equipade negociadores do STAS

Não tem sido fácil manter o diálogocom elevação neste processo,formalmente encetado em 2004,mas que tem sofrido inúmeras pausaspara reflexão, todas da iniciativa da APS

No dia 16 de Junho foirecebida a proposta da APS,convocando ao mesmo tempoos Sindicatos para a suaapresentação, no dia 5 deJulho, e no dia 17 o STAS/SISEPentregaram a sua na APS

A APS tarda, assim, a compreender que,nesta conjuntura de crise profunda, setorna necessário um maior envolvimentodos trabalhadores de Seguros e dos seusSindicatos na superação da mesma

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AComissão de Acompanhamentodo Fundo de Pensões do GrupoBanco Comercial Português (BCP)

reuniu-se no dia 1 de Junho, tendo porobjectivo a análise do Relatório Actua-rial de 2010 elaborado pelo actuárioresponsável. Da Comissão fazem partee estiveram presentes, em representa-ção dos Sindicatos da Febase, Rui Riso eFreitas Simões, assessorados por Car-men Oliveira, do CIEF.

“Dado que o valor do Fundo de Pensõesé de 5.122.732 mil euros, verifica-se umnível de financiamento de 103,92% faceao montante de 4.929.389 mil euros deresponsabilidades”, refere a análise dosconsultores dos Sindicatos da Febase,pertencentes ao Centro de Investigaçãosobre Economia Financeira (CIEF) do Ins-tituto Superior de Economia e Gestão(ISEG/Universidade Técnica de Lisboa). Econclui: “Verifica-se assim cumprido orácio mínimo de financiamento, de acor-do com o Aviso 4/2005 do BdP.”

O documento do CIEF refere ainda que“as responsabilidades decorrentes dosencargos com os SAMS foram igualmen-te financiadas, bem como o subsídio pormorte previsto no ACT bancário.”

Recorde-se que os associados dos Fun-dos de Pensões são nove empresas doGrupo, pois foram extintas as quatro quo-tas-partes dos Associados que integramo Grupo Segurador (Ocidental Seguros,Ocidental Vida, Médis e Pensõesgere).

O financiamento das responsabilida-des é feito através do Fundo de Pensõesdo Grupo Banco Comercial Português(BCP), sendo a entidade gestora a Pen-

Fundo de Pensões

Comissão de Acompanhamento analisarelatório do Grupo BCP TEXTO: INÊS F. NETO

O Fundo de Pensões do Grupo BancoComercial Português (BCP)

apresentava, no final de Dezembrode 2010, um nível de financiamento

de 103,92%, com excepçãodo Associado Osis, financiado a 80,6%

mas para o qual decorre um planode amortização. Existem ainda

responsabilidades que não estão a serfinanciadas pelo Fundo

sõesgere – Sociedade Gestora de Fundosde Pensões, empresa do Grupo.

No Grupo existem dois tipos de planosde pensões: de benefício definido inde-pendente da Segurança Social (ACT) e o debenefício definido complementar (Segu-rança Social Integrado).

Refira-se, no entanto, que se verificaramtrês alterações ao Plano de Pensões. Por umlado, o grupo de trabalhadores que até 31de Dezembro do ano passado estavaminscritos na CAFEB foi integrado no RegimeGeral da Segurança Social a partir de 1 deJaneiro de 2011, ficando apenas sob a res-ponsabilidade do Fundo de Pensões umaquota-parte das responsabilidades com avelhice – alteração cujo impacto terá refle-xo na avaliação de 31 de Dezembro de 2011,estando desde já calculado um decréscimode responsabilidade no valor de 111.689.928euros. Mas os benefícios de invalidez esobrevivência serão mantidos na totalida-de no Fundo de Pensões.

Por outro lado, registou-se uma altera-ção a nível do benefício de Reposição deBenefício Complementar, bem como fo-ram incluídas no Fundo de Pensões asresponsabilidades com pagamentos depré-reformas e respectivos encargos daentidade patronal para com o RegimeGeral da Segurança Social.

Verificou-se um decréscimo da taxa decrescimento das pensões de 1,65% para1,5%.

Nível de financiamento

Apesar de o nível de financiamento doFundo de Pensões cumprir o rácio míni-

mo, os consultores salientam que “aonível do detalhe das responsabilidadespor Associado verifica-se um financia-mento inferior a 100% nos casos dosAssociados OSIS, Interfundos e F&C”.

Existe um plano de amortização para ocaso do Associado OSIS e o actuário refereque o Associado F&C já efectuou umacontribuição em 2011, de modo a que asresponsabilidades fiquem financiadas a100%.

O parecer chama ainda a atençãopara o facto de existirem responsabili-dades no montante de 369.908 mil eu-ros que não estão a ser financiadaspelos Fundos de Pensões, nomeada-mente no subsídio por morte, em al-guns complementos atribuídos a cola-boradores no âmbito de processos dereforma e em complementos de algunsex-administradores do BCP.

“Estas responsabilidades estão a serassumidas directamente pelos respec-tivos Associados através de provisõescontabilísticas”, especifica.

Contribuiçõese benefícios garantidos

O documento refere que “as contribui-ções estimadas para 2010 foram realiza-das”, pelo que se conclui que o Associadocumpriu o plano de financiamento indica-do pelo actuário responsável.

“As contribuições em 2010 totaliza-ram 219.644 mil euros, incluindo ascontribuições dos participantes, emvalor superior ao previsto face à necessi-dade de contribuições extraordinárias”.

O custo normal para 2011 é estimadoem 41.999 mil euros, acrescenta.

Os dados da população revelam umaresponsabilidade constituída por 6.387pensionistas, 9.283 reformas antecipa-das e 12.417 activos.

A população activa tem uma idademédia de 42,72 anos, enquanto nos pen-sionistas ela é de 69,55 anos. Existem3.343 pensionistas por invalidez e 9.283reformas antecipadas. Relativamente aoano anterior e em termos gerais a popu-lação de pensionistas manteve-se; pelocontrário, a população de activos sofreuuma quebra de 485 pessoas (incluindo ouniverso dos ex-participantes com direi-tos adquiridos).

Os benefícios garantidos pelo Fundode Pensões são: reforma, invalidez,sobrevivência imediata e diferida, sub-sídio por morte e cuidados de saúde pósreforma. Recorde-se que existe um fi-nanciamento regular do Fundo de Pen-sões de contribuições dos participan-tes, através de contas individuais.

O salário pensionável é estabelecidoconforme definido na regulamentaçãocolectiva – o ACT do sector bancário. Oplano de pensões prevê ainda os direitosadquiridos pelos trabalhadores bancários,de acordo com a cláusula 140.ª do ACT.

O subsídio de invalidez é financiadoatravés da subscrição de um seguro devida de risco temporário anual renovável.

Adequação dos activosàs responsabilidades

“Verifica-se um aumento da exposi-ção a acções, ainda assim próximo doBenchmark estratégico, referido no do-cumento sobre a política de investi-mentos do Fundo”. A exposição a dívidapública é de 405.421.267 euros.

De acordo com o Relatório e Contas, asmaiores alterações ocorreram ao níveldas componentes “liquidez” e “acçõeseuropeias”. “Na componente liquidezforam efectuados depósitos a prazo apósalienação de títulos de dívida soberanaportuguesa”, enquanto “na componen-te accionista foram adquiridas acçõesEureko BV que contribuíram para o au-mento desta classe de activos”.

O revisor oficial de contas refere que, deacordo com as regras específicas e pru-denciais estabelecidas pelo ISP, “algunslimites foram ultrapassados”.

Assim, os consultores da Febase consi-deram que para os beneficiários activos, etendo em conta a idade média dos parti-cipantes (42 anos), “a política de investi-mentos pode ser considerada ajustada aorisco do Fundo”, mas sublinha o facto de “omontante das pensões pagas representoucerca de 5% do valor total do Fundo”.

Registaram-se perdas financeirasde 285 milhões de euros, correspon-dendo a uma taxa anualizada de -5,49%, “muito abaixo da taxa de 5,5%utilizada para o cálculo das responsa-bilidades”, salientam. “É adoptado umBenchmark estratégico definido deacordo com o perfil de risco do Asso-ciado” e “são estimadas medidas derisco Activo-Passivo e efectuado oStress test, considerando variaçõesna inflação”, adiantam.

Assim, os consultores do CIEF concluem:“A carteira de activos financeiros deve seracompanhada no sentido de ir ajustandoa rendibilidade efectiva (num período detrês anos) à taxa de juro técnica utilizadapara descontar as responsabilidades actu-ariais, tendo em conta o risco da dívidasoberana e a evolução da taxa de juro demercado. Tratando-se de responsabilida-des de longo prazo, a política de ‘assetliability matching’ deve adequar-se aoperfil das responsabilidades actuariais.”

Pensionistas

N.º Idade Pensão médiamédia anual (€)

Velhice 783 74,78 17.206

Invalidez 3.343 71,24 15.438

Viuvez 2.027 69,97 8.472

Orfandade 220 21,96 4.803

Pré-reforma 14 61,86 14.960

Total 6.387 69,55 13.076

Reformas antecipadas

N.º Idade Pensão médiamédia anual (€)

Total 9.283 63,59 19.944

Activos

N.º Idade Antiguidade Salário médiomédia média anual (€)

Idades < 65 anos 10.389 43,31 18,07 33.892

Idades >= 65 anos 1 66 42,46 69.837

Participantesc/direitos adquiridos 2.027 39,7 8,95 14.757

Total 12.417 42,72 16,58 30.771

Responsabilidades do Fundo

Responsabilidades %

Activos 1.205.460 24,5

Pensionistas 3.723.929 75,5

Total 4.929.389 100,0

Unidade: mil euros

Composição da carteira de títulos

Classes de Activos 2008 2009 2010

Acções 24,63% 26,30% 29,60%

Obrigações e liquidez 66,41% 58,80% 60,49%

Imobiliário 8,77% 12,13% 9,66%

Investimentos alternativos 0,19% 2,77% 0,25%

Total 100,0% 100,0% 100,0%

Actualidade l SINDICALSINDICAL l Actualidade

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 12 de Julho 2011 ––––– 1716 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 12 de Julho 2011

Revista Febase – Uma Instituição quecomemora 100 anos está virada para ofuturo?

João da Costa Pinto – É, antes de mais,uma Instituição com uma longa história, oque significa que o Crédito Agrícola soubesempre encontrar as melhores vias e cami-nhos para consolidar a sua posição quer nomercado, quer no seio da sociedade portu-guesa. Portanto, não tenho dúvida que oCrédito Agrícola saberá encontrar as res-postas para os desafios actuais e no futuroter um sucesso pelo menos equivalente aoque teve no passado.

P – Como está a sua saúde financeira?R – Relativamente às duas questões que

hoje preocupam a generalidade da Banca,não só em Portugal como nos mercadosfinanceiros internacionais – liquidez e sol-vabilidade –, o Crédito Agrícola apresenta--se numa situação excepcional tanto numacomo noutra. Tem um rácio de transfor-mação muito confortável, que não chegaa 100 por cento, e tem uma solvabilidadeTier I superior a 12 por cento, portantomuito acima daquilo que são as exigênciasactuais mais duras.

P – A crise actual, visível sobretudo naspequenas comunidades, onde o CréditoAgrícola está mais implantado, é um factorde preocupação?

R – É evidente que os problemas queafectam a economia portuguesa em geralafectam todas as instituições a operar nomercado português, incluindo o CréditoAgrícola. Mas também aí o Crédito Agrícola

Ao comemorar primeiro centenário

Crédito Agrícola assumesituação financeira confortável

No ano em que celebra um séculode actividade, o Crédito Agrícola

considera estar em condiçõespara responder aos desafios actuais

e perspectivar um futuro com soluçõespara os seus associados e clientes.

Relativamente aos trabalhadores, Joãoda Costa Pinto, presidente do Conselho

Administração Executivo da CaixaCentral, revela a intenção de manter

a convenção colectiva actual,declinando a possibilidade

de uniformização com o ACT do sector

TEXTO: ELSA ANDRADE

tem características e instrumentos que lhepermitem olhar para as dificuldades ac-tuais com a convicção de que vai ultrapas-sá-las, pois pratica uma Banca de proxi-midade – e isso significa um conhecimen-to grande quer dos clientes e dos seusassociados, quer das próprias comunida-des onde opera. É evidente que as dificulda-des são gerais e afectam a generalidadedos sectores, mas essa Banca de proximi-dade praticada pelo Crédito Agrícola per-mite-lhe encontrar as melhores soluçõespara ir resolvendo os problemas dos seusclientes e dos associados.

Captação de novos clientes

P – Não poderá significar também umamaior dificuldade, pelo facto de estar maisexposto às alterações que afectam as co-munidades?

R – Não, não diria isso. É evidente queo Crédito Agrícola tem um envolvimentoacima da média do sistema com os pe-quenos e médios negócios, com os pe-quenos e médios clientes, mas isso sig-nifica também uma maior diversificaçãodo seu negócio. E significa uma flexibili-dade e uma capacidade de actuação queo põe ao abrigo dos grandes problemasque por vezes surgem com grandes clien-tes. Isso é uma vantagem, em vez de serum inconveniente.

P – Há possibilidades de o Crédito Agríco-la captar novos clientes face às dificulda-des que a restante Banca está a colocar noacesso ao crédito?

R – Isso é uma realidade. Dado que oCrédito Agrícola está confortável em ter-mos de liquidez, há um número crescentede bons clientes que o procuram para iniciarum relacionamento comercial bancário, eisso traz novas oportunidades de negócio.Isso está a acontecer em muitos sítios.

P – Já é uma realidade…R – É uma realidade.

Sem comparaçãocom caixas de aforro

P – Salvaguardando as devidas distân-cias, não teme que possa acontecer aalgumas Caixas o que está a acontecer comas caixas de aforro espanholas?

R – Não, não tem nada a ver uma coisacom a outra. Aliás, as caixas de aforro nãosão o correspondente às caixas agrícolasportuguesas.

P – Mas são ambas estruturas regionais,de grande proximidade com as comunida-des locais…

R – Sim, mas não são o correspondente.As caixas de aforro são instituições decrédito muito especiais, ligadas às autono-mias espanholas, e que se envolverammuito com o ‘boom’ imobiliário em Espa-

nha. Com o esvaziamento dessa bolhaespeculativa sobre o imobiliário, têm vindoa sentir dificuldades particulares. Essa nãoé a situação das Caixas de Crédito Agrícola.Primeiro, em Portugal não houve verdadei-ramente uma bolha imobiliária como nou-tros mercados europeus, nomeadamenteno espanhol, e além disso as Caixas têmuma diversificação sectorial que lhes per-mite, de facto, encarar as dificuldades ac-tuais com algum optimismo. Portanto asituação é completamente distinta.

P – E não há em Portugal Caixas queneste momento estejam com algumasdificuldades?

R – Não. O Sistema Integrado de CréditoAgrícola (Sicam), que envolve 85 Caixasmais a Caixa Central, tem um princípio, ochamado princípio da solidariedade: umapor todas e todas por uma. Como o Sicamtem uma posição extremamente confortá-vel de fundos próprios, com um rácio desolvabilidade muito superior à média dosistema bancário português, dá um grandeconforto ao sistema. E quando uma ou outraCaixa tem de se reorganizar financeira-mente ou patrimonialmente, fá-lo debaixodo ‘guarda-chuva’ protector do conjunto deCaixas, que têm uma situação de grandesolidez financeira e patrimonial.

P – Foi com esse objectivo que nasceu aCaixa Central?

R – Foi também com esse objectivo. Onascimento da Caixa Central, há cerca de24 anos, teve um duplo objectivo. Por umlado, constituir uma Instituição que cen-tralizasse uma série de serviços e apoiosao conjunto das Caixas – por exemplo,gerindo a tesouraria do grupo, coorde-nando o conjunto de Caixas, apoiando-asem diversíssimas áreas. Por outro lado,as Caixas procuraram uma Instituiçãoque gerisse de forma centralizada osexcedentes de liquidez que de facto ti-nham. Por este conjunto de factores foicriada a Caixa Central, em linha com o quefoi feito noutros sistemas bancários coo-perativos europeus.

Com isto, o Crédito Agrícola conseguiuuma coisa muito importante: articular aautonomia própria das Caixas e os seusprincípios cooperativos com uma dimen-são nacional. Porque a criação da CaixaCentral corporizou o tal princípio da solida-riedade: a Caixa Central responde por todasas Caixas e são estas que controlam ocapital da Caixa Central.

Manter convenção colectiva

P – Voltemo-nos para questões ligadasaos trabalhadores. Estão a equacionar umacompleta equiparação entre a convençãocolectiva do Crédito Agrícola e o ACT dosector bancário, uma vez que já não existea diferenciação quanto à Segurança Social?

R – Os empregados do Crédito Agrícolasão bancários, têm uma convenção pró-pria, mas que acolheu no essencial osprincípios presentes no ACT. No que dizrespeito à Segurança Social, tem de factouma solução própria autónoma, que aliásé muito positiva e flexível face às condiçõesactuais. Portanto, penso que os próprioscolaboradores do Crédito Agrícola estão tran-quilos e confortáveis com a situação actual.

P – Em vossa opinião não faria sentidouma uniformização?

R – Não.

Revisão salarialacompanhará sector

P – Relativamente à revisão salarialdeste ano: já foram iniciadas as negocia-ções?

R – Normalmente acompanhamos aqui-lo que é decidido globalmente a nível dosistema. Há negociações em curso sob aégide da Associação Portuguesa de Bancos(APB) – de que a Caixa Central é associadae está representada na própria Direcção –e nessa perspectiva acompanhamos asdecisões que lá são tomadas.

P – Se em sede de negociação do ACT fordecidido o congelamento salarial o CréditoAgrícola acompanhará essa decisão?

R – Não queria estar a pronunciar-mesobre isso, pois há negociações em curso.Todos sabemos que essas negociações estãoa verificar-se num contexto financeiro muitoespecial do País, estão a pedir-se sacrifíciosa toda a gente. Por outro lado, o sistemabancário português enfrenta uma conjun-tura muito particular, nomeadamente nasequência do acordo com o FMI, o BCE e a

Embora o princípio da solidariedade tenha aparecidoem Portugal em 1498, o verdadeiro Crédito Agrícolanasceu poucos meses após a implantação da Repú-

blica, por decreto outorgado a 1 de Março de 1911 peloMinistro do Fomento, Brito Camacho. Mas seria atravésda Lei n.º 215, de 1914, regulamentada, em 1919, peloDecreto n.º 5219, que finalmente ficaram definidas asactividades das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo.

Para comemorar o primeiro centenário de actividadeno País, o Crédito Agrícola tem desenvolvido ao longodeste ano um conjunto bastante vasto de iniciativas,sobretudo viradas ao exterior.

Assim, foi realizada uma série de conferências regio-nais tendo como tema como a “Economia Social”, emque participaram especialistas e académicos. Do mes-mo modo, foi promovido um colóquio internacionalsobre a crise financeira e o seu impacto sobre a Bancacooperativa europeia, que contou com a participação daAssociação Europeia de Bancos Cooperativos e de espe-cialistas vindos de organizações europeias semelhan-tes ao Crédito Agrícola.

Os trabalhadores não foram esquecidos nas celebra-ções. Além de várias iniciativas por todo o País, em Junhorealizou-se um grande encontro em Lisboa, que juntoumais de quatro mil pessoas, entre os cerca de cinco miltrabalhadores e dirigentes das Caixas.

Até final do ano há ainda a salientar uma exposiçãosobre a história do Crédito Agrícola, que depois dainauguração em Lisboa terá um percurso itinerante peloPaís, e um congresso sobre o Crédito Agrícola, agendadopara o princípio de Novembro.

Para lembrar a efeméride ficarão a edição de um livrosobre a história do Crédito Agrícola desde praticamentea Idade Média, a produção de uma medalha comemo-rativa e a missão de um selo pelos CTT.

Muitas iniciativasassinalam centenário

Actualidade l SINDICALSINDICAL l Actualidade

Comissão Europeia, o que faz com que asnegociações estejam a decorrer num con-texto particular. O que o Crédito Agrícola fazé seguir as decisões que nessa matéria sãotomadas no âmbito das negociações con-duzidas com os Sindicatos.

P – Mas esta é uma situação particular-mente diferente, até porque, como disse, oCrédito Agrícola não tem os problemas queafectam a maioria da Banca, encontra-senuma situação privilegiada.

R – Não diria privilegiada. Relativamenteàs duas grandes questões que afectam ageneralidade da Banca, o Crédito Agrícola,como aliás as organizações europeias se-melhantes, tem algum conforto, quer emtermos de liquidez quer de solvabilidade.Mas fora disso, a evolução das condições demercado afecta tanto o Crédito Agrícolacomo os outros Bancos. O Crédito Agrícolatem seguido aquilo que é o resultado dasnegociações. Não faria sentido que o nãofizesse agora.

Dr. Costa Pinto

O Crédito Agrícola tem desenvolvido muitasiniciativas comemorativas do Centenário

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 12 de Julho 2011 ––––– 1918 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 12 de Julho 2011

QUESTÕES l Jurídicas

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 12 de Julho 2011 ––––– 2120 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 12 de Julho 2011

FORMAÇÃO l Actualidade

Qualquer jovem, com o 9.º ano deescolaridade até ao 12.º ano in-completo e até aos 25 anos de

idade, com interesse pela actividadecomercial, especificamente na área fi-nanceira, poderá candidatar-se ao Cur-so de Técnicas e Operações Bancárias.

No final do curso, que é composto porformação em sala e estágios em Ban-cos, num total de 3675 horas, os alunosque superem com sucesso os desafiosimpostos ficam com nível 4 de forma-ção profissional, com equivalência ao12.º ano e consequente possibilidadede ingressar no ensino superior.

Tendo por base os quase 2000 alunosjá formados pelo Instituto, ao longo das20 edições anteriores, 94% dos forman-dos emprega-se e/ou ingressa no ensi-no superior – muitas vezes no InstitutoSuperior de Gestão Bancária, dandocontinuidade à sua formação na áreafinanceira. Números extremamentepositivos e que contrariam a tendênciado aumento do desemprego e a falta dequalificações dos portugueses.

É interessante verificar que um con-junto alargado de antigos alunos doscursos de alternância são hoje respon-sáveis de diversos balcões de Bancos aoperar em Portugal, que muitos deles

Formação em alternância:uma aposta com futuro

prosseguiram os estudos, tendo hojeelevados graus de formação académi-ca e, em alguns casos, são tutores deactuais alunos.

Esta é uma óptima oportunidade paraos jovens que têm interesse pela áreabancária. Inicialmente este tipo de cur-sos, de carácter profissionalizante, eravisto como uma solução de recurso.Hoje, pelo prestígio adquirido e tendoem conta que estes cursos dão equiva-lência ao ensino secundário, as pessoasjá olham para a formação em alternân-cia como uma oportunidade. Uma opor-tunidade para aprender uma profissão,uma oportunidade para experimentar omercado de trabalho e uma oportuni-dade para continuar a estudar. Esta é agrande razão pela qual há uma forteprocura desta oferta formativa.

Os cursos de formaçãoem alternância na Banca para

jovens, promovidos peloInstituto de Formação

Bancária, em parceria como Instituto do Emprego

e Formação Profissional, têmabertas as inscrições paraa 21.ª edição, a decorrer

nas cidades de Lisboa e Porto.Trata-se de um curso

que, além de conceder apoiosfinanceiros aos alunos,

garante estágios em Bancosao longo dos três anos

do curso

Os candidatos podem contar com umcurso teórico-prático, direccionado espe-cificamente para o sector bancário, queconta com a existência de um balcãopiloto no IFB, para simulações de atendi-mento a clientes, mas que dá igualmenteparticular atenção à parte do desenvolvi-mento cultural e social, muito através deactividades práticas e lúdicas.

Se o leitor tem familiares ou conhe-cidos nesta faixa etária, e com perfilpara ser bancário, sugira-lhes uma vi-sita ao site do Instituto (www.ifb.pt/área Formação Jovens - Banca) parasaberem mais sobre a formação emalternância na Banca.

*Directora do Departamentode Formação em Alternância

do Instituto de Formação Bancária

TEXTO: MANUELA SANTOS*

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 12 de Julho 2011 ––––– 2322 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 12 de Julho 2011

TEMPOS LIVRES l Nacional

Avila da Batalha, que continua aconhecer grande desenvolvimen-to e modernidade, foi escolhida

para a realização da “final four” da compe-tição. Uma escolha acertada porque osparticipantes puderam ficar a conhecer onotável esforço da autarquia para o desen-volvimento do desporto, com a constru-ção de modernas instalações para a prá-tica de várias modalidades.

A “final four” começou na noite do dia10, com o sorteio das meias-finais, quedeterminou os duelos da manhã seguinte,numa jornada que abriu com o jogo entreo Millennium BCP, de Coimbra, e o TeamFoot ActivoBank, de Lisboa, e fechou como confronto entre o GD Santander Totta, deLisboa, e os Finimáximos, do Porto.

Futsal

Vitória indiscutível do GD Santander Totta

Foi indiscutível, a todos ostítulos, a vitória da equipa

do Grupo DesportivoSantander Totta na final

nacional do 35.ºcampeonato nacional

interbancário de futsal, queteve lugar na Batalha, na

manhã de 12 de Junho. E ajustiça do triunfo foi

reconhecida por todas asoutras equipas que

participaram na “final four”,o que constitui a melhor

homenagem aosvencedores

ção dos 3.º e 4.º lugares, entre as duasequipas derrotadas na véspera.

Foi sempre um jogo muito equilibradoe jogado num ritmo algo lento, com asequipas a acusarem o esforço do diaanterior. Só aos 11 minutos aconteceu oprimeiro lance para golo, com BrunoPinto, dos Finimáximos, a internar-sebem pela esquerda mas com o guardiãocontrário, Tiago Ricardo, a antecipar-see a gorar a oportunidade, que acabou porse consumar dois minutos volvidos, comAndré Barbosa a aproveitar um ressaltoe a colocar a equipa do Porto em vanta-gem.

Também o guardião nortenho teve opor-tunidade de brilhar, ao minuto 17, quandofez defesa apertada a um remate, por alto,de Rogério Gomes. Mas dois minutos de-pois, e então com um remate rasteiro, omesmo Rogério Gomes faria o empate,com que se chegou ao intervalo, emborativesse sido o seu companheiro Rui Morga-do, quem mais tinha procurado a balizacontrária.

O jogo no segundo tempo foi mais aber-to e dinâmico e, logo ao minuto 22, SérgioPinto poderia ter colocado os nortenhosem vantagem mas falhou o remate à bocada baliza.

O golo da vitória dos lisboetas viria asurgir quatro minutos depois, com JoãoRebocho a servir Rui Morgado que, comremate colocado, bateu Telmo Sousa. E atépoderiam ter ampliado a vantagem aominuto 33, quando Rui Morgado – sempreele – cobrou um livre com remate forte ebem colocado, que Telmo Sousa só defen-deu à segunda.

Os últimos minutos decorreram com osnortenhos a tentarem chegar à igualdadee com os homens do BCP a recuarem noterreno, em defesa da magra vantagemobtida e com que chegaram ao apito finalda dupla de arbitragem, formada porManuel Vieira e José Padinha.

Depois, e a anteceder a final, jogou-seum encontro amigável, entre elementosda comissão organizadora do Sul e Ilhas edo Norte e do Centro, com o misto norte-nho a vencer por 3-1, mas com alguns“craques”, entre eles Alfredo Correia eJosé Miguéns, a terem bons pormenores ea demonstrarem que “quem sabe nuncaesquece”, também no futsal.

Vitória justa e por todos reconhecida

Só depois teve lugar a esperada final,entre as equipas do GD Santander Totta edo Millennium BCP, as vencedoras dasmeias-finais.

Assim alinharam inicialmente as duasequipas, sob a arbitragem de CristianoSantos e Maranhas Abreu, este com umnotável palmarés no torneio, uma vez que

se orgulha de ter apitado em todas as 35edições já disputadas:

GD Santander Totta – Vítor Camacho(cap.); Luís Xavier, Pedro Palha, AlexandreCaldeira e Rui Esteves;

Millennium BCP – Rodolfo Loureiro; Cel-so Sá, Miguel Lourenço (cap.), Rui Gonçal-ves e Filipe Figueiredo.

Alinharam ainda Nuno Coelho e AndréCardoso, pela equipa do BCP, e GonçaloAbrantes, Ricardo Xavier, Baltasar Mon-teiro e Hugo Ribeiro, pelos lisboetas.

A mesa de cronometragem da final foiformada por Mário Alonso, Renato Costa eAntónio Pimentel.

A equipa do Santander entrou com maiordisposição atacante mas a primeira oca-sião de golo pertenceu aos homens do BCPquando, aos dois minutos, Filipe Figueire-do cobrou um livre, travado pelo posteesquerdo da baliza de Vítor Camacho.

Dois minutos depois, foi a vez de PedroPalha, do Santander, ter dois rematesfortes a saírem ao lado. E seria PedroPalha, diante da baliza, a abrir o activo, aos6 minutos.

Só aos 13 minutos houve nova situaçãode golo, que poderia ter dado o empate,quando Filipe Figueiredo obrigou VítorCamacho a uma grande defesa. Mas, logona resposta, Rui Esteves teve o golo nospés mas permitiu a antecipação do guar-dião contrário.

A melhor jogada da partida – e queempolgou a numerosa assistência – ocor-reu ao minuto 16, quan-do, numa veloz arranca-da de contra-ataque, doishomens do Santander fa-lharam o remate dianteda baliza. E como “quemfalha sofre”, como se dizna gíria, o golo do empa-te surgiria no minuto se-guinte, na cobrança deum livre directo, por Fili-pe Figueiredo, que faz abola entrar pelo “buracoda agulha”, bem junto aoposte do lado esquerdodo guardião contrário.

Mas a equipa do Santander voltaria àvantagem bem perto do intervalo, comLuís Xavier a rematar forte, com o pédireito, e a fazer o 2-1.

A equipa do BCP entrou melhor parao segundo período e, nos primeiros dezminutos, criou duas situações que po-deriam ter terminado em golo, e ambaspor Celso Sá. Acrescente-se que, naprimeira, os ânimos aqueceram, poisCelso Sá foi rasteirado à entrada daárea, sem que o árbitro sancionasse olance faltoso.

Aos 30 minutos, e na sequência demais um contra-ataque dos lisboetas, Rui

No final da partida, fomos ouvir Vítor Camacho, o“capitão” dos vencedores e que foi, também, o guar-dião menos batido da “final four”, que nos disse:

– A nossa vitória é indiscutível e deve-se ao espíritocompetitivo que pusemos em campo mas, sobretudo,às condições de organização e de treino que o GrupoDesportivo nos tem fornecido. A vitória é, também, daDirecção do Grupo Desportivo, que tem feito um exce-lente trabalho e a quem só teremos de agradecer.Entrámos neste campeonato com muito respeito portodos os adversários e este trabalho é para continuar,agora com maior responsabilidade, por termos chega-do à “final four”, uma fase a que equipas do nossoGrupo Desportivo não chegavam desde 1997.

Também fomos ouvir dois elementos da equipa do BCP,Nuno Coelho e Celso Sá, com o primeiro a justificar a derrota:

– Fomos uma equipa e discutimos o resultado até àlesão do André. Depois disso, a equipa ficou fragiliza-da. Mas foram azares a mais, pois tivemos a lesão doPaulo Alves no jogo de ontem, que deixou a equipamais limitada. E, como se isto não chegasse, tambémnesse jogo tivemos a expulsão do nosso guardiãotitular. Foi demais.

Mas logo Celso Sá mostrou confiança no futuro:– Na próxima temporada, vamos continuar organi-

zados, para tentar ganhar. Chegámos agora à terceira“final four” consecutiva e, no próximo ano, esperamoscá estar, de novo.

As entrevistas

A anteceder o almoço de confraternização entre os elementos das quatro equipasparticipantes, a comissão organizadora do campeonato procedeu à entrega de troféus àsequipas e de medalhas aos jogadores. Também Vítor Camacho, do GDST, recebeu a taça parao guardião menos batido, enquanto para o seu companheiro Rui Esteves foi a taça de melhormarcador, com a taça disciplina a premiar a equipa dos Finimáximos, do Montepio Geral.

Durante essa cerimónia, a que também assistiu o Vice-presidente da Câmara Municipalda Batalha, Carlos Silva, Presidente da Direcção do SBC, saudou o espírito competitivo e degrande correcção de todos os participantes e, entre o som dos foguetes da festa anual deuma localidade vizinha, não deixou de apelar a uma maior participação na vida sindical,lembrando que “o Sindicato é convergência e, sobretudo, unidade”.

A consagração dos vencedoresEsteves viu a baliza deserta e não per-doou, fazendo o 3-1 para a sua equipa.

O jogo esteve depois interrompido, du-rante cerca de dez minutos, devido à lesãograve de André Cardoso, do BCP, no pédireito, que foi imobilizado, por se suspei-tar de fractura, e depois transportado deurgência ao hospital de Leiria.

Após o reatamento, o jogo não tevehistória, salvo no que respeita à obtençãode mais dois golos para o GDST, no espaçode um minuto, o quarto por Luís Xavier, narecarga, e o quinto por Rui Esteves, naconclusão de uma rápida jogada de con-tra-ataque, a fechar a contagem.

Miguel Lourenço fez a diferença

O primeiro jogo não poderia ter come-çado pior para a equipa de Coimbra que,ainda antes do minuto 4, foi penalizadacom a expulsão do seu guardião titular, pordefender a bola com as mãos mas fora dasua área de actuação. E daí nasceu oprimeiro golo para os lisboetas. Mas foinotória a imediata reacção dos homens deCoimbra que, três minutos depois, chega-ram à igualdade, por Miguel Lourenço.Contudo, pouco antes do intervalo os lis-boetas voltaram a adiantar-se no marca-dor, com um golo de João Rebocho.

Mas Miguel Lourenço estava em dia“sim”, empurrando os seus companheirospara a reviravolta no marcador. E não só

fazia jogar como também marcava, tendomarcado mais duas vezes nos primeirosonze minutos do segundo tempo. Já emvantagem, a equipa de Coimbra carregouno acelerador e viria a obter uma vitóriarobusta, por 6-2, num jogo em que atéRodolfo Loureiro, o guardião suplente quefoi chamado à efectividade, fez um golo.

Quebra física dos portuenses

O segundo jogo foi mais técnico e equi-librado, entre duas equipas com aspira-ções. Depois do estudo mútuo sobre aspotencialidades do rival, o primeiro golosó surgiu aos sete minutos, com um poten-te tiro de meio campo, a cargo de LuísXavier, colocando os lisboetas em vanta-gem, que viria a ser reforçada sete minu-tos depois, por Rui Esteves e na recarga aum potente remate de meio campo.

O segundo tempo ainda mais reforçou avantagem dos homens do Santander Tot-ta, que fizeram mais dois golos, de novopor Luís Xavier e Rui Esteves, e mantive-ram inviolada a baliza de Vítor Camacho,apesar dos esforços dos portuenses, quecedo quebraram fisicamente, devido aoforte ritmo imposto pelo adversário.

“Consolação” para lisboetas

A segunda jornada começou com o cha-mado “jogo de consolação”, para atribui-

TEXTO: RUI SANTOS

Os novos campeões

Vitor Camacho opõe-se aoremate de Miguel Lourenço

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O campo de tiro de Viseu foi o palcoda final nacional da 15.ª ediçãodo campeonato nacional inter-

bancário de tiro aos pratos, em 18 deJunho.

A prova, realizada na variante de“fosso olímpico”, e constando de qua-tro “pranchadas” por cada participan-te, com quatro séries de 25 pratos, foimuito disputada pelos 24 participan-tes, com 14 deles representantes doSBSI, seis do SBN e quatro do SBC.

A forma renhida como a prova sedisputou fica exemplarmente demons-trada pelo facto de ter sido de apenasquatro pratos a diferença entre o ven-cedor e o quinto classificado, tendo

TEMPOS LIVRES l Nacional

Tiro

Jaime Sampaio é novo campeão nacionalJaime Sampaio, do Banif, é o novo

campeão nacional de tiro aos pratos,sucedendo ao portuense José Coelho,

do BCP, na lista de vencedoresda competição, que vai já na sua

15.ª edição

havido ainda necessidade de recurso aodesempate para apurar o novo cam-peão nacional interbancário, já que osdois primeiros totalizaram 96 pratospartidos em 100 possíveis.

Jaime Sampaio junta o título de cam-peão do Sul e Ilhas ao de campeãonacional, depois de ter sido quarto clas-sificado na edição do ano passado.

Esta foi a classificação dos dez pri-meiros, ao cabo das quatro “prancha-das”: 1.º Jaime Sampaio, do CBanif, 96

pontos; 2.º António Galrito, do GDST, 96;3.º João Gouveia, do GDST, 94; 4.º Olivei-ra Costa, do GDBP, 92; 5.º João Matias,do GDST, 92; 6.º João Amorim, do CMB-CP, 90; 7.º Carlos Coelho. Do CMBCP, 89;8.º José Confraria, do GDBBPI, 89; 9.ºAntónio Bacelar, do CMBCP, 88; 10.ºAntónio Coroa, do CBanif, 87.

Todos estes participantes represen-taram o SBSI, excepto o 6.º e o 9.º, queali representaram o SBN, e o 7.º, querepresentou o SBC.

TEXTO: RUI SANTOS

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Notícias l Bancários NorteNotícias l Bancários Sul e IlhasBa

ncár

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Ilha

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Concerto de Coros

Ecos de Páscoa em vozes bancáriasO concerto de Páscoa

de Coros Bancários voltoua encantar pela qualidade

das vozes e pela cuidadaselecção do reportório,

maioritariamente dedicadoà quadra mas com algumas

peças mais alegrespara animar o espectáculo

e evitar a monotonia.Um verdadeiro Aleluia

à música vocal

Ofinal do dia 28 de Abril foi comcerteza muito especial para to-dos os que passaram pela Igreja

de Santa Catarina, em Lisboa. Com rumodefinido ou por mero acaso, a surpresacolheu todos: mesmo quem sabia ao queia não estava à espera da sublime belezada igreja, com o seu enorme retábulo-morde talha dourada iluminado pelos últi-mos raios do sol, a servir de palco aoscânticos religiosos que a excelente acús-tica fazia ressoar no templo.

Tratou-se do VI Concerto de Páscoa deCoros Bancários, o terceiro e últimoespectáculo da temporada coralistapromovida pelo Pelouro dos TemposLivres do SBSI – que, como se sabe, teminício em Janeiro com o Concerto deReis, prossegue em Março/Abril com oConcerto de Coros Bancários e finalizaagora, com o Concerto de Páscoa.

A temporada permite apreciar umleque variado de música de acordo comas épocas em que são apresentadas –nomeadamente nas quadras natalíciae pascal. Sai a ganhar o público aprecia-dor de música coral.

A Igreja de Santa Catarina teve bas-tante assistência, composta por muitosbancários apreciadores da arte vocal,bem como familiares e amigos, mastambém por turistas e católicos que alise dirigiram para a prática de culto e sequedaram a escutar. Todos se rende-ram à mestria dos grupos corais – e nemos meninos da catequese resistiram auma espreitadela.

TEXTO: INÊS F. NETO

Ali se apresentaram os seis coros deInstituições de Crédito existentes: oCoro do Grupo Desportivo e Cultural doBanco de Portugal, cujo maestro é Sér-gio Fontão; o Coro do Grupo Desportivoe Cultural do BPI, que José EugénioVieira dirige; o Coro do Clube Millen-nium BCP, dirigido por António Leitão;o Coro da Associação Cultural e Despor-tiva do Instituto de Habitação e Reabi-litação Urbana (ACD/IHRU), tambémsob direcção de Sérgio Fontão; o Coraldo Grupo Desportivo do Santander Tot-ta, que tem como maestro Vianey daCruz, e o Grupo Coral dos Serviços Sociaisda CGD, que desta vez foi dirigido pelamaestrina Manou Marques, em substi-tuição de Luís Almeida, ausente no es-trangeiro.

Tal como tem acontecido nas ediçõesanteriores do concerto de Páscoa, mes-mo tendo por cenário um templo, opúblico não se fez rogado nos aplausosde incentivo e apreço aos coralistas,que no total interpretaram quase umatrintena de peças. Só é de lamentar queos coralistas “desertem” após a suaactuação, não ficando para incentivaros colegas dos coros que se seguem em“palco”.

Cânticos religiosos e não só

O reportório apresentado centrou-senos cânticos religiosos tradicionais alu-sivos à época pascal e maioritariamen-te em compositores de séculos passa-dos. Foi o caso, por exemplo, “Aleluia”,de Mozart, de “Regina Coeli”, de JuanGarcia de Salazar, de “O Esca Viato-rum”, de Haydn, ou “Da Pacem Domi-ne”, de Áureo de Castro.

Como o público pôde constatar, mere-ce referência a capacidade de inovaçãoe a criatividade dos grupos corais, quemesmo centrando-se num reportório tãomarcadamente tradicional e alusivo àquadra pascal, refrescaram o concertocom algumas notas de alegria.

Foi o caso da interpretação dos espiri-tuais negros “Kumbaya” e “Rock my Soul”,ou de peças do cancioneiro nacional deFernando Lopes Graça, como “Alerta,Alerta” (Minho) e “Já os PassarinhosCantam” (Beira Baixa).

A todos os amantes desta arte restaesperar pelo retomar da temporadacoral do SBSI, por altura dos Reis – econstatar então as surpresas que nes-tes meses de “hibernação” os corosbancários prepararam.

TEXTOS: FIRMINO MARQUES

João Amorim, do BCP de Ar-cos de Valdevez, sagrou-secampeão regional de tiro

aos pratos, seguido nos luga-res de honra por António HuetBacelar, do BCP de Santo Tir-so, e José Coelho, do BCP doPorto.

Conforme é noticiado nou-tro local deste número, a finalnacional deste 15.º campeo-

João Amorim é campeão regionalTiro

nato da modalidade decorreu em 18 de Junho, no Clube de Caça e Pescadores daBeira, em Viseu.

Aterceira e última prova do 32.º campeonatoregional de pesca de mar teve lugar em 14 deMaio, em Vila Chã, e da qual saíram vencedo-

res Fernando Ribeiro, do BCP, com 4758 gramas depeixe capturado, e o BES, por equipas.

No final das três provas realizadas, sagrou-secampeão Manuel Oliveira, do BES, posicionando-senos restantes lugares do pódio Helder Monteiro, doBCP, e Virgílio Dias, do BES. Por equipas, venceu oBES, seguido do BCP A e BCP B.

Pesca

Manuel Oliveiravence campeonatoregional de mar

No âmbito das suas actividades edestinada a todos os sócios do SBNe familiares, o Pelouro do Desporto

do SBN, promoveu, no passado dia 9, a sua14.ª caminhada “Põe-te a andar, pela tuasaúde ...”, na Mata do Buçaco, no concelhoda Mealhada.

Um passeio pedestre livre, sem guia, nointerior da mata, pelos vários trilhos exis-tentes, o cenário perfeito para um passeiopelo interior da natureza, envolto pelabeleza extraordinária da carismática Mata,que abraça cerca de 700 espécies de árvo-res exóticas e indígenas, para além deuma jóia da arquitectura e da Históriaportuguesas: o Palace Hotel do Buçaco.

Do desenvolvimento desta iniciativadaremos notícia num próximo número.

Mata do Buçaco

O lado verde da vida tem na MataNacional do Buçaco um dos seus maisfascinantes recantos. A floresta do Buçaco éum bosque espesso, muitas vezes secular,onde as árvores têm porte gigantesco esão ricas em essências, perfumes e fulgor.Cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros,loureiros, faias, rodoendros, fetos gigan-tes, acácias e freixos, provenientes daAmérica, da Austrália, dos Himalaias oude tantos outros locais do Mundo, planta-das e cuidadas por gerações de mongesCarmelitas Descalços que viveram, emclausura e contemplação, entre 1630 e1834, neste magnífico altar da Natureza,sagrado e protegido por bula do Papa

“Põe-te a andar, pela tua saúde...”

Com a vitória da equipa“Os Finimáximos”, doMontepio Geral, termi-

nou em 15 de Maio o 35.ºcampeonato regional de fut-sal, ficando assim apurado orepresentante do SBN à fasefinal do torneio nacional, quese realizou na vila da Bata-lha.

Em segundo lugar, classi-ficou-se a equipa do “Des-portivo BPI”, equipa venci-da na final.

Futsal

Final do torneio regional

Caminhada pela mata do BuçacoUrbano VIII, de 1634. Pela floresta, aocorrer dos caminhos, há uma transparên-cia de luz e frescura de sabor místico,quase divino, há ermidas que evocam ospassos da Via-sacra, capelas votivas, al-guns tugúrios, outrora refúgios dos fradesem meditação, pequenos lagos e muitasfontes.

Há essa maravilha que se chama o Valedos Fetos e aquele sítio idílico que é a FonteFria, ou no cimo da colina sagrada, omiradouro da Cruz Alta, com admirávelpanorama da floresta a guardar no seucoração o Convento das Carmelitas e osumptuoso Palace Hotel do Buçaco, outro-ra residência de reis.

Os Finimáximos

Bancários Norte

O SBN vai levar a efeito, nos dias 20, 27 e29 de Setembro e 4 de Outubro, o 6.ºcircuito regional de bowling, no salão de

jogos do Strike Bowl, em Matosinhos.A fase regional deste circuito será disputada em

quatro jornadas e, em cada uma delas, cadajogador disputará três jogos.

Para efeitos da classificação geral individualfinal e consequente apuramento dos representan-tes do SBN – seis masculinos e dois femininos –para a final nacional, que decorrerá em 15 e 16 deOutubro, no salão do Bowlikart, em Ovar, na qualo SBN se fará representar por 33% dos participan-tes inscritos no campeonato regional.

Bowling

Circuito regionalcomeça em Setembro

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STAS-A

ctividade SeguradoraNotícias l STAS - Actividade SeguradoraNotícias l Bancários Centro

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Campos de Férias

Dez anos passaram e a aventura continua

Lagoa de Albufeira

Campo de férias fechado de Proença-a-Nova

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

OSindicato dos Trabalhadores daActividade Seguradora, sócio fun-dador da Associação Jovens Se-

guros, desde 2001, vem proporcionan-do aos seus associados óptimas vanta-gens na inscrição dos seus filhos, querna modalidade de campo de férias fe-chado, quer na de campo de férias aber-to.

Chegada a altura das férias escola-res, sabemos como é importante paraos pais terem uma alternativa quemantenha ocupadas as suas crianças.Nada melhor, se essa ocupação puderser através de uma forma saudável,divertida e, ao mesmo tempo, umaexperiência inesquecível.

Para si que é sócio do STAS e do SBC(sócio da Jovens Seguros), tem a possi-bilidade de proporcionar aos seus filhosuma aventura enriquecedora, com des-contos apetecíveis e com facilidades depagamento (pagamentos fracionadosaté Novembro).

O campo de férias aberto destina-sea crianças e jovens a partir dos 3 anosde idade e estão disponíveis seis tur-nos, que vão até 12 de Agosto, tendo oprimeiro arrancado já no passado dia 4.

Os preços incluem transporte, ali-mentação e seguros; monitores cre-denciados, actividades de orientação,escalada, “slide” e “rappel”. A JovensSeguros tem programas de actividadesadaptáveis a todas as faixas etárias, e

idas às praias (Costa de Caparica, Ta-mariz e Lagoa de Albufeira).

A modalidade de campo de fériasfechado, em Proença-a-Nova, destina--se a crianças e jovens a partir dos 7 anosde idade. Existem seis turnos, que vãoaté 2 de Setembro. Os preços incluem otransporte de Lisboa, Porto ou Coimbrapara Proença-a-Nova e regresso. Estáincluída ainda a estadia em regime depensão completa (pequeno-almoço,almoço, lanche, jantar e ceia).

No campo de férias fechado, existemuita diversão e aprendizagem: práti-ca de natação, caminhadas, “slide”,“rappel”, bbt/cicloturismo e “bisnagaball”, entre outras actividades apropria-das às faixas etárias envolvidas, são

apenas uma pequena amostra de umasférias repletas de aventura.

Também nesta modalidade existemdescontos para sócios do STAS e doSBC e pagamentos fracionados atéNovembro.

Para mais informações sobre des-contos e condições de pagamento con-sulte www.jovensseguros.com oucontacte linha grátis 800 205 179 outelefone 218 802 1 60 [email protected]

TEXTO: VICTOR LOJA/SEQUEIRA MENDES

Com a realização do Departamentodos Tempos Livres do SBC, 34 “ma-reantes” fizeram-se ao mar, para

um cruzeiro que os levou a diversas cida-

Cruzeiro no Mediterrâneofoi viagem de sonho para muitos

des/porto do Mediterrâneo, com algumasincursões a outras cidades do interior.

O cruzeiro iniciou-se em terra, numpercurso efectuado até Málaga, em

autocarro. Ali chegados e após as for-malidades do check-in, teve lugar oembarque, no “Adventure of the seas”,para uma viagem de 8 dias, dandoinício a uma inesquecível aventura.

O primeiro desembarque aconteceuem Valência, com visita da cidade, apóso que se seguiu para Civitavecchia (Itá-lia) com uma visita aos locais maisemblemáticos e à imperial Roma.

Seguiu-se o desembarque em Livor-no (Itália) com uma incursão a Pisa eFlorença.

O destino seguinte foi o porto deAjaccio (Córsega), a partir do qual os“navegantes” puderam apreciar umapanorâmica da ilha.

Nos dois dias de navegação que seseguiram o tempo foi pouco para des-frutar de tudo o que aquele grandiosonavio nos proporcionou, fosse na como-didade, fosse na gastronomia ou nosaspectos sociais e de diversão.

Os participantes regressaram maisenriquecidos pelo convívio, pelas expe-riências desfrutadas e pelos conheci-mentos que adquiriram nestes diferen-tes locais do Planeta.

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

Pesca

O Departamento dos Tempos Livresdo SBC levou a efeito a final regio-nal de pesca de rio, na pista de

Bencanta, no Rio Mondego e bem pertodo nosso Sindicato, no passado dia 25 deJunho.

Estavam reunidos todos os ingredien-tes para que fosse memorável aquelajornada de convívio: muitos participan-tes, excelente tempo para o exercício damodalidade e, acima de tudo, muito,muito peixe.

Compareceram à “chamada” 29 con-correntes, tendo a prova sido ganha peloassociado Paulo José Paixão Figueiredo,do BCP de Viseu/Alto do Caçador.

Para além do vencedor, ficaram apura-dos para a final nacional, a realizar na áreado SBN, em Setembro: 2.º José AntónioBonito, CCAM/Montemor-o-Velho; 3.º JoséSilva Ferreira, BCP/Viseu; 4.º João PedroAgostinho, BES/Coimbra; 5.º Rui Prata,

Finalistas regionais já apurados

BPI/Cantanhede; 6.º José Manuel Alves,BES/Figueiró dos Vinhos; 7.º José Rui Ferrei-ra, BPI/Penacova; 8.º António Oliveira, MG//Coimbra; 9.º Armando Veiga, BES/Coim-bra; 10.º António Cascão, BES/Buarcos;

11.º Costa Pinto, BPI/Condeixa; e 12.ºManuel Barqueiro, CGD/Soure.

Por equipas, a do BES A ficou em primei-ro lugar, seguida da do BPI, do BCP e doBES B.

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