134236688-9-COMUNICACAO-INTERPESSOAL-ASSERTIVA

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  • ASSOCIA

    COMUNICAO INTERPESSOALCOMUNICAO ASSERTIVA

    ASSOCIAO DIOGO DE AZAMBUJA

    COMUNICAO INTERPESSOALCOMUNICAO ASSERTIVA

    Elaborado por Elsa Marinho

    Outubro de 2010

    COMUNICAO INTERPESSOAL

  • ndice

    I. Introduo ................................

    II. Objectivos do Manual ................................

    III. Guia Metodolgico ................................

    IV. Percurso Formativo ................................

    1. Processo de Comunicao e Perfis Comunicacionais

    2. Comunicao Assertiva ................................

    3. Barreiras Comunicao ................................

    Bibilografia ................................

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    .............................................................................................................................

    ................................................................................................

    ................................................................................................

    ................................................................................................

    e Perfis Comunicacionais................................................................

    ................................................................................................

    ................................................................................................

    ................................................................................................................................

    2

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    ............................. 3

    ........................................... 4

    ............................................ 4

    ........................................... 4

    ................................ 6

    ........................................... 16

    ......................................... 21

    .................................. 29

  • I. Introduo

    A comunicao interpessoal um mtodo de comunicao que promove a troca de informaes entre

    duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar interlocutor, troca informaes

    baseadas no seu repertrio cultural, na sua formao

    "bagagem" que traz consigo.

    O processo de comunicao prev, obrigatoriamente, a existncia mnima de um emissor e de um

    receptor. Cada qual tem o seu repertrio cultural exclusivo e, portanto, transmitir a inform

    segundo o seu conjunto de particularidades e o receptor agir da mesma maneira, segundo o seu

    prprio filtro cultural.

    A fim de minimizar estes choques culturais, convencionaram

    utilizaes que passam a ser usados

    ferramenta podemos considerar a fala, a mmica, os computadores, a escrita, a lngua, os telefones e a

    rdio. A escolha dos meios de comunicao e a utilizao das ferramentas disponveis deve ser

    observada de modo a facilitar todo o processo com o menor ndice de rudos possvel.

    Uma vez transmitida a informao, o receptor processa

    em conhecimento.

    O importante na comunicao interpessoal o cuidado

    transmisso dos dados ou das informaes em questo para que se obtenha o sucesso no processo

    desejado.

    So objectives desta aco:

    Identificar e caracterizar os elementos intervenientes no processo de comunicao e os

    diferentes perfis comunicacionais.

    Desenvolver a comunicao assertiva.

    Identificar e transpor as barreiras que surgem nas diferentes fases do processo de

    comunicao.

    Realizar os diversos tipos de processamento interno da informao.

    Aplicar os diferentes tipos de perguntas no processo de comunicao

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    A comunicao interpessoal um mtodo de comunicao que promove a troca de informaes entre

    duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar interlocutor, troca informaes

    baseadas no seu repertrio cultural, na sua formao educacional, vivncias, emoes, toda a

    O processo de comunicao prev, obrigatoriamente, a existncia mnima de um emissor e de um

    receptor. Cada qual tem o seu repertrio cultural exclusivo e, portanto, transmitir a inform

    segundo o seu conjunto de particularidades e o receptor agir da mesma maneira, segundo o seu

    A fim de minimizar estes choques culturais, convencionaram-se ferramentas e meios de mltiplas

    utilizaes que passam a ser usados pelas pessoas na comunicao interpessoal. Como exemplo de

    ferramenta podemos considerar a fala, a mmica, os computadores, a escrita, a lngua, os telefones e a

    rdio. A escolha dos meios de comunicao e a utilizao das ferramentas disponveis deve ser

    observada de modo a facilitar todo o processo com o menor ndice de rudos possvel.

    Uma vez transmitida a informao, o receptor processa-a e, segundo os seus objectivos transforma

    O importante na comunicao interpessoal o cuidado e a preocupao dos interlocutores na

    transmisso dos dados ou das informaes em questo para que se obtenha o sucesso no processo

    Identificar e caracterizar os elementos intervenientes no processo de comunicao e os

    diferentes perfis comunicacionais.

    Desenvolver a comunicao assertiva.

    Identificar e transpor as barreiras que surgem nas diferentes fases do processo de

    Realizar os diversos tipos de processamento interno da informao.

    Aplicar os diferentes tipos de perguntas no processo de comunicao

    3

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    A comunicao interpessoal um mtodo de comunicao que promove a troca de informaes entre

    duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar interlocutor, troca informaes

    educacional, vivncias, emoes, toda a

    O processo de comunicao prev, obrigatoriamente, a existncia mnima de um emissor e de um

    receptor. Cada qual tem o seu repertrio cultural exclusivo e, portanto, transmitir a informao

    segundo o seu conjunto de particularidades e o receptor agir da mesma maneira, segundo o seu

    se ferramentas e meios de mltiplas

    pelas pessoas na comunicao interpessoal. Como exemplo de

    ferramenta podemos considerar a fala, a mmica, os computadores, a escrita, a lngua, os telefones e a

    rdio. A escolha dos meios de comunicao e a utilizao das ferramentas disponveis deve ser

    observada de modo a facilitar todo o processo com o menor ndice de rudos possvel.

    a e, segundo os seus objectivos transforma-a

    e a preocupao dos interlocutores na

    transmisso dos dados ou das informaes em questo para que se obtenha o sucesso no processo

    Identificar e caracterizar os elementos intervenientes no processo de comunicao e os

    Identificar e transpor as barreiras que surgem nas diferentes fases do processo de

  • II. Objectivos do Manual

    O presente manual tem como principais objectivos:

    Reforar as competncias no domnio

    Promover a reflexo em torno de prticas

    Disponibilizar informao sistematizada sob um conjunto de reas temticas de interesse

    actual, tendo em vista uma maior especia

    Apoiar as sesses de formao.

    III. Guia Metodolgico

    A metodologia a privilegiar de natureza activa sendo preocupao dominante que os formandos

    participem na procura e constituio do saber, procurando

    saber-fazer. O presente manual dever ser encarado como um guia, em termos de organizao

    sequencial e lgica dos assuntos, um apoio, como forma de complementar a informao veiculada na

    sesso de formao. Como instrumento de apoio didctico

    srie de contedos que permitiro ao utilizador e

    formao.

    IV. Percurso Formativo

    Unidade Processo de comunicao e perfis

    comunicacionais

    Comunicao assertiva

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Objectivos do Manual

    O presente manual tem como principais objectivos:

    Reforar as competncias no domnio da assertividade na comunicao interpessoal

    Promover a reflexo em torno de prticas comunicativas, com recurso assertividade

    Disponibilizar informao sistematizada sob um conjunto de reas temticas de interesse

    actual, tendo em vista uma maior especializao e compreenso dos assuntos abordados;

    Apoiar as sesses de formao.

    Guia Metodolgico

    A metodologia a privilegiar de natureza activa sendo preocupao dominante que os formandos

    participem na procura e constituio do saber, procurando-se, simultaneamente, atingir a dimenso do

    O presente manual dever ser encarado como um guia, em termos de organizao

    sequencial e lgica dos assuntos, um apoio, como forma de complementar a informao veiculada na

    rumento de apoio didctico-pedaggico, o presente manual

    que permitiro ao utilizador explorar e aprofundar os contedos ministrados durante a

    Percurso Formativo

    Contedos Processo de comunicao e perfis Funo e importncia dos elementos que intervm no

    processo de comunicao Emissor / Receptor

    Canal Mensagem / cdigo Contexto Feedback

    Diferentes perfis comunicacionais Passivo Agressivo Manipulador Assertivo

    Particularidades e vantagens do perfil assertivo Empatia Escuta activa / escuta dinmica

    . Conceito de contexto comum Semntica / sintaxe

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    assertividade na comunicao interpessoal;

    comunicativas, com recurso assertividade

    Disponibilizar informao sistematizada sob um conjunto de reas temticas de interesse

    lizao e compreenso dos assuntos abordados;

    A metodologia a privilegiar de natureza activa sendo preocupao dominante que os formandos

    imultaneamente, atingir a dimenso do

    O presente manual dever ser encarado como um guia, em termos de organizao

    sequencial e lgica dos assuntos, um apoio, como forma de complementar a informao veiculada na

    presente manual, contm uma

    xplorar e aprofundar os contedos ministrados durante a

    Funo e importncia dos elementos que intervm no

    Particularidades e vantagens do perfil assertivo

  • Barreiras comunicao

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Paralinguagem Barreiras gerais do processo de comunicao Barreiras internas Objectivas Subjectivas Barreiras externas Barreiras tpicas das diferentes fases do processo de comunicao Construo, adaptao, envio, recepo e interpretao da mensagem

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    Barreiras gerais do processo de comunicao

    Barreiras tpicas das diferentes fases do processo de

    , adaptao, envio, recepo e interpretao da

  • 1. Processo de Comunicao e Perfis Comunicacionais

    1.1. Funo e Importncia dos elemen

    comunicao

    A comunicao o processo de transmitir uma informao de um indivduo para outro que ambos entendam. Os processos de comunicao so essenciaina vida em sociedade, de trocas constantes, de compromissos e negociaes entre as pessoas.comunicao pressupe dois ou mais participantes, e um dos modos de se sintetizar as suas componentes atravs do esquema de Lasswell (1948), baseado em cinco questes fundamentais:

    Quem diz? (emissor)

    qu? (mensagem)

    Atravs de que meio? (canal)

    A quem? (receptor)

    Com que efeito? (impacto)

    Ou do esquema de comunicao de Roman Jakobson (1963):

    EMISSOR

    (quem codifica a mensagem)

    Feedback

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    unicao e Perfis Comunicacionais

    Funo e Importncia dos elementos que intervm no processo de

    A comunicao o processo de transmitir uma informao de um indivduo para outro que ambos Os processos de comunicao so essenciais ao homem. Permitem e so o principal veculo,

    na vida em sociedade, de trocas constantes, de compromissos e negociaes entre as pessoas.comunicao pressupe dois ou mais participantes, e um dos modos de se sintetizar as suas

    esquema de Lasswell (1948), baseado em cinco questes fundamentais:

    Quem diz? (emissor)

    qu? (mensagem)

    Atravs de que meio? (canal)

    A quem? (receptor)

    Com que efeito? (impacto)

    Ou do esquema de comunicao de Roman Jakobson (1963):

    CANAL

    (meio pelo qual veiculada a mensagem)

    MENSAGEM

    Feedback (o que transmitido)

    Feedback

    CDIGO

    (linguagem utilizada, que deve ser do

    conhecimento do emissor e do receptor)

    CONTEXTO

    (situao em que a mensagem transmitida)

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    tos que intervm no processo de

    A comunicao o processo de transmitir uma informao de um indivduo para outro que ambos Permitem e so o principal veculo,

    na vida em sociedade, de trocas constantes, de compromissos e negociaes entre as pessoas. A comunicao pressupe dois ou mais participantes, e um dos modos de se sintetizar as suas

    esquema de Lasswell (1948), baseado em cinco questes fundamentais:

    RECEPTOR

    (quem descodifica a mensagem)

  • Comunicar deriva do latim comunicare que significa dividir alguma coisa com algum.

    processo de partilha um emissor que transmite uma

    comunicao.

    Quando o paciente apresenta as suas queixas actua como

    papis invertem-se quando o mdico recolhe dados da anamnese por fazer perguntas e quando transmite

    o plano teraputico, dando recomen

    emissor e receptor, existindo a situao de dilogo. O

    enviada a informao. No gabinete de consulta apenas o ar, mas noutras ocasies pode ser o te

    um folheto ou uma guia de tratamento com instrues escritas.

    A mensagem no transmitida pelo emissor em forma pura mas em

    sinais que, por conveno prvia, representam e transmitem informao. Para que exista co

    preciso que os intervenientes tenham em comum o mesmo cdigo. Assim o emissor traduz a sua

    mensagem no cdigo comum, que depois retrovertido ou traduzido em sentido inverso pelo receptor.

    Estas operaes designam-se respectivamente

    designado por rudo o conjunto dos fenmenos que perturbam a transmisso da mensagem. O rudo

    engloba assim no s dificuldades no canal de comunicao como tambm problemas no emissor e no

    receptor. No caso da comunicao mdico

    palavras mal articuladas ou voz pouco audvel (emissor);

    interferncias na chamada telefnica (canal de comunicao);

    utilizao de termos mdicos mal conhecidos pelo paciente (cdigo);

    falta de ateno do mdico por estar

    Ainda outras situaes que podero introduzir rudo na consulta so um gabinete desconfortvel,

    interrupes frequentes, baixo grau de cultura do paciente, fadiga ou preconceitos.

    Por outro lado designam-se redundncias o

    informao suplementar reforam a mensagem que est a ser transmitida. So exemplos as repeties

    de palavras ou frases e certas formas de comunicao no verbal, como a voz enftica ou os gestos. As

    redundncias no s so teis como desejveis, pois permitem superar deficincias numa comunicao

    com problemas, tornando-a mais eficaz.

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Comunicar deriva do latim comunicare que significa dividir alguma coisa com algum.

    processo de partilha um emissor que transmite uma mensagem a um receptor atravs de

    Quando o paciente apresenta as suas queixas actua como emissor e o mdico como

    se quando o mdico recolhe dados da anamnese por fazer perguntas e quando transmite

    o plano teraputico, dando recomendaes. Cada elemento funciona assim alternadamente como

    emissor e receptor, existindo a situao de dilogo. O canal de comunicao o meio fsico pelo qual

    No gabinete de consulta apenas o ar, mas noutras ocasies pode ser o te

    um folheto ou uma guia de tratamento com instrues escritas.

    A mensagem no transmitida pelo emissor em forma pura mas em cdigo. O cdigo

    sinais que, por conveno prvia, representam e transmitem informao. Para que exista co

    preciso que os intervenientes tenham em comum o mesmo cdigo. Assim o emissor traduz a sua

    mensagem no cdigo comum, que depois retrovertido ou traduzido em sentido inverso pelo receptor.

    se respectivamente codificao e descodificao.

    designado por rudo o conjunto dos fenmenos que perturbam a transmisso da mensagem. O rudo

    engloba assim no s dificuldades no canal de comunicao como tambm problemas no emissor e no

    receptor. No caso da comunicao mdico-paciente so exemplos de rudo:

    palavras mal articuladas ou voz pouco audvel (emissor);

    interferncias na chamada telefnica (canal de comunicao);

    utilizao de termos mdicos mal conhecidos pelo paciente (cdigo);

    falta de ateno do mdico por estar a tomar apontamentos (receptor).

    Ainda outras situaes que podero introduzir rudo na consulta so um gabinete desconfortvel,

    interrupes frequentes, baixo grau de cultura do paciente, fadiga ou preconceitos.

    se redundncias os elementos da comunicao que no sendo portadores de

    informao suplementar reforam a mensagem que est a ser transmitida. So exemplos as repeties

    de palavras ou frases e certas formas de comunicao no verbal, como a voz enftica ou os gestos. As

    edundncias no s so teis como desejveis, pois permitem superar deficincias numa comunicao

    a mais eficaz.

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    Comunicar deriva do latim comunicare que significa dividir alguma coisa com algum. Neste

    a um receptor atravs de um canal de

    e o mdico como receptor. Estes

    se quando o mdico recolhe dados da anamnese por fazer perguntas e quando transmite

    daes. Cada elemento funciona assim alternadamente como

    de comunicao o meio fsico pelo qual

    No gabinete de consulta apenas o ar, mas noutras ocasies pode ser o telefone,

    cdigo um sistema de

    sinais que, por conveno prvia, representam e transmitem informao. Para que exista comunicao

    preciso que os intervenientes tenham em comum o mesmo cdigo. Assim o emissor traduz a sua

    mensagem no cdigo comum, que depois retrovertido ou traduzido em sentido inverso pelo receptor.

    designado por rudo o conjunto dos fenmenos que perturbam a transmisso da mensagem. O rudo

    engloba assim no s dificuldades no canal de comunicao como tambm problemas no emissor e no

    Ainda outras situaes que podero introduzir rudo na consulta so um gabinete desconfortvel,

    s elementos da comunicao que no sendo portadores de

    informao suplementar reforam a mensagem que est a ser transmitida. So exemplos as repeties

    de palavras ou frases e certas formas de comunicao no verbal, como a voz enftica ou os gestos. As

    edundncias no s so teis como desejveis, pois permitem superar deficincias numa comunicao

  • Na comunicao interpessoal existe sempre a possibilidade de

    permitindo que o emissor corrija a sua mensagem em tempo real. Assim, por exemplo, pode corrigir a sua

    dico ou vocabulrio, mudar a orientao da conversa ou disfarar um gesto comeado se detectar no

    receptor alguma dificuldade. Na consulta pelo telefone o feedback mais di

    frente a frente. Qual a importncia do

    Aumenta a certeza da transmisso e da compreenso das mensagens

    comunicao;

    Aumenta a confiana do emissor e dos receptores;

    Incita comunicao;

    A ausncia do feedback provoca a dvida no emissor;

    Ajuda a perceber as incongruncias comunicacionais;

    Permite a percepo de obstculos comunicao.

    Na comunicao interpessoal muitas mensagens so emitidas e recebidas de modo inconsciente.

    a linguagem cientfica mais fria tem tambm uma componente emocional.

    A comunicao verbal o meio mais utilizado para comunicar. A comunicao verbal pode processar

    oralmente ou por escrito. A expresso verbal o meio de comunicar de maior eficcia quando cada

    palavra usada tem exactamente o mesmo significado tanto para o emissor como para o receptor, o que

    muitas vezes no acontece na consulta. As palavras tm a sua denotao, que o seu significado

    preciso, comum, ou definio de dicionrio. Mas tm tambm a sua conota

    imagens ou emoes associadas que no fazem parte da sua definio formal pois so subjectivas.

    conotao varia muito segundo as culturas e at mesmo dentro do mesmo grupo lingustico.

    O beb comea logo a comunicar por so

    de comunicao primria vai continuar a acompanhar a comunicao verbal porque as palavras s por si

    no transmitem a totalidade daquilo que se quer dizer.

    de 70% (por vezes mesmo 90%) da

    O que dito verbalmente em geral reforado de modo no verbal (redundncia) pois as duas

    linguagens so interdependentes. No entanto a comunicao no verbal tambm pode estar em

    contradio com aquilo que a pessoa est a dizer (incongruncia). Neste caso a mensagem no verbal

    mais genuna, por no estar sujeita a censura consciente

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Na comunicao interpessoal existe sempre a possibilidade de feedback da parte do receptor,

    corrija a sua mensagem em tempo real. Assim, por exemplo, pode corrigir a sua

    dico ou vocabulrio, mudar a orientao da conversa ou disfarar um gesto comeado se detectar no

    receptor alguma dificuldade. Na consulta pelo telefone o feedback mais difcil do que na situao

    Qual a importncia do feedback?

    Aumenta a certeza da transmisso e da compreenso das mensagens

    Aumenta a confiana do emissor e dos receptores;

    ck provoca a dvida no emissor;

    Ajuda a perceber as incongruncias comunicacionais;

    Permite a percepo de obstculos comunicao.

    Na comunicao interpessoal muitas mensagens so emitidas e recebidas de modo inconsciente.

    ais fria tem tambm uma componente emocional.

    o meio mais utilizado para comunicar. A comunicao verbal pode processar

    A expresso verbal o meio de comunicar de maior eficcia quando cada

    ada tem exactamente o mesmo significado tanto para o emissor como para o receptor, o que

    muitas vezes no acontece na consulta. As palavras tm a sua denotao, que o seu significado

    preciso, comum, ou definio de dicionrio. Mas tm tambm a sua conotao, que se refere a sentidos,

    imagens ou emoes associadas que no fazem parte da sua definio formal pois so subjectivas.

    conotao varia muito segundo as culturas e at mesmo dentro do mesmo grupo lingustico.

    O beb comea logo a comunicar por sons, atitudes e gestos muito antes de aprender a falar. Esta forma

    de comunicao primria vai continuar a acompanhar a comunicao verbal porque as palavras s por si

    no transmitem a totalidade daquilo que se quer dizer. Em qualquer interaco entre duas

    de 70% (por vezes mesmo 90%) da comunicao no verbal.

    O que dito verbalmente em geral reforado de modo no verbal (redundncia) pois as duas

    linguagens so interdependentes. No entanto a comunicao no verbal tambm pode estar em

    tradio com aquilo que a pessoa est a dizer (incongruncia). Neste caso a mensagem no verbal

    mais genuna, por no estar sujeita a censura consciente.

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    da parte do receptor,

    corrija a sua mensagem em tempo real. Assim, por exemplo, pode corrigir a sua

    dico ou vocabulrio, mudar a orientao da conversa ou disfarar um gesto comeado se detectar no

    fcil do que na situao

    Aumenta a certeza da transmisso e da compreenso das mensagens eficcia da

    Na comunicao interpessoal muitas mensagens so emitidas e recebidas de modo inconsciente. Mesmo

    o meio mais utilizado para comunicar. A comunicao verbal pode processar-se

    A expresso verbal o meio de comunicar de maior eficcia quando cada

    ada tem exactamente o mesmo significado tanto para o emissor como para o receptor, o que

    muitas vezes no acontece na consulta. As palavras tm a sua denotao, que o seu significado

    o, que se refere a sentidos,

    imagens ou emoes associadas que no fazem parte da sua definio formal pois so subjectivas. A

    conotao varia muito segundo as culturas e at mesmo dentro do mesmo grupo lingustico.

    ns, atitudes e gestos muito antes de aprender a falar. Esta forma

    de comunicao primria vai continuar a acompanhar a comunicao verbal porque as palavras s por si

    Em qualquer interaco entre duas pessoas, mais

    O que dito verbalmente em geral reforado de modo no verbal (redundncia) pois as duas

    linguagens so interdependentes. No entanto a comunicao no verbal tambm pode estar em

    tradio com aquilo que a pessoa est a dizer (incongruncia). Neste caso a mensagem no verbal

  • Comunicao Paraverbal (ou Para Lingustica)

    A voz: Uma pessoa excitada pode falar com volume mais

    fala de modo apagado, por vezes imperceptvel. Uma voz mais sonora por vezes usada por

    algum que pretende dominar a conversa. Os deprimidos falam num tom mais grave; uma voz

    mais aguda ou com falsetes pode traduz

    mais tensas. Podemos ainda reconhecer os tons de voz que traduzem sentimentos, como

    confidente, ntimo ou pelo contrrio seco e spero.

    Entoao: No tanto o que se diz mas a maneira como di

    frequncia. A entoao de uma frase tanto pode acentuar como, pelo contrrio, retirar algum

    significado ao que dito.

    sarcstica.

    Ritmo do discurso: Os deprimidos

    do ritmo durante o discurso tambm so com frequncia sinal de ansiedade. No entanto deve

    ser tido em conta que um ritmo rpido pode ser o ritmo normal para determinada pessoa.

    Alteraes da fluncia

    dificuldades na articulao aumentam com a ansiedade. Estas alteraes da fluncia podem

    surgir apenas em determinado assunto durante a conversa, dando assim informao til.

    Silncios: Um silncio prolongado no decorrer de uma interaco provoca inquietao.

    Permanecendo propositadamente calado aps uma resposta, o mdico fora o paciente a

    continuar a falar, sem ser necessrio fazer outra pergunta.

    Comunicao corporal

    a forma de comunicar pelo prprio corpo, nos seus aspectos estticos e dinmicos, independentemente

    do que est a ser verbalizado. Na consulta podem evidenciar

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Comunicao Paraverbal (ou Para Lingustica)

    : Uma pessoa excitada pode falar com volume mais forte enquanto um paciente intimidado

    fala de modo apagado, por vezes imperceptvel. Uma voz mais sonora por vezes usada por

    algum que pretende dominar a conversa. Os deprimidos falam num tom mais grave; uma voz

    mais aguda ou com falsetes pode traduzir ansiedade ou ira, por as cordas vocais estarem

    Podemos ainda reconhecer os tons de voz que traduzem sentimentos, como

    confidente, ntimo ou pelo contrrio seco e spero.

    : No tanto o que se diz mas a maneira como dito uma expresso usada com

    A entoao de uma frase tanto pode acentuar como, pelo contrrio, retirar algum

    significado ao que dito. Pode mesmo inverter o sentido quando a entoao irnica ou

    : Os deprimidos falam devagar, os ansiosos falam mais depressa.

    do ritmo durante o discurso tambm so com frequncia sinal de ansiedade. No entanto deve

    ser tido em conta que um ritmo rpido pode ser o ritmo normal para determinada pessoa.

    cia: As hesitaes, pausas, repeties, atropelos de palavras ou

    dificuldades na articulao aumentam com a ansiedade. Estas alteraes da fluncia podem

    surgir apenas em determinado assunto durante a conversa, dando assim informao til.

    ilncio prolongado no decorrer de uma interaco provoca inquietao.

    Permanecendo propositadamente calado aps uma resposta, o mdico fora o paciente a

    continuar a falar, sem ser necessrio fazer outra pergunta.

    ar pelo prprio corpo, nos seus aspectos estticos e dinmicos, independentemente

    do que est a ser verbalizado. Na consulta podem evidenciar-se sete formas de linguagem corporal.

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    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    forte enquanto um paciente intimidado

    fala de modo apagado, por vezes imperceptvel. Uma voz mais sonora por vezes usada por

    algum que pretende dominar a conversa. Os deprimidos falam num tom mais grave; uma voz

    ir ansiedade ou ira, por as cordas vocais estarem

    Podemos ainda reconhecer os tons de voz que traduzem sentimentos, como

    to uma expresso usada com

    A entoao de uma frase tanto pode acentuar como, pelo contrrio, retirar algum

    Pode mesmo inverter o sentido quando a entoao irnica ou

    falam devagar, os ansiosos falam mais depressa. Alteraes

    do ritmo durante o discurso tambm so com frequncia sinal de ansiedade. No entanto deve

    ser tido em conta que um ritmo rpido pode ser o ritmo normal para determinada pessoa.

    : As hesitaes, pausas, repeties, atropelos de palavras ou

    dificuldades na articulao aumentam com a ansiedade. Estas alteraes da fluncia podem

    surgir apenas em determinado assunto durante a conversa, dando assim informao til.

    ilncio prolongado no decorrer de uma interaco provoca inquietao.

    Permanecendo propositadamente calado aps uma resposta, o mdico fora o paciente a

    ar pelo prprio corpo, nos seus aspectos estticos e dinmicos, independentemente

    se sete formas de linguagem corporal.

  • Aparncia: O vesturio, a higiene e os cuidados pessoais do informaes so

    personalidade, o estatuto social e o estado de esprito da pessoa, pois esto sob o seu controlo

    directo.

    Proximidade: Os especialistas do comportamento sabem que cada indivduo tem um espao

    pessoal, uma espcie de territrio sua volta que def

    cerca de um metro para a frente e trinta centmetros para trs da pessoa. a distncia que duas

    pessoas mantm normalmente para conversar quando se encontram, tendo os introvertidos

    tendncia para manter uma distn

    proximidade maior permitida, transmite

    Posio e postura: Quando duas pessoas desejam competir tendem a sentar

    quando desejam cooperar tendem a sentar

    inclina para trs, endireitando as costas, demonstra uma atitude crtica ou rejeio ao que est a

    ouvir. Pelo contrrio inclinar

    transmitir uma confidncia ou par

    especialmente se as mos estiverem apoiadas nos joelhos, muitas vezes significa vontade de se

    levantar e ir embora. A postura est directamente relacionada com o tnus muscular. Uma

    postura rgida pode re

    postura curvada da depresso contrasta com as costas e ombros direitos do indivduo seguro de

    si. Aquele que alisa a roupa quando se senta demonstra esprito atento, talvez meticuloso.

    Alteraes na postura enquanto o paciente est a falar podem revelar os sentimentos que esto

    por detrs de certos tpicos da conversao. Num dilogo o cruzar e descruzar das pernas

    ocorre frequentemente ao sabor da impacincia ou da descontraco.

    Expresso facial: Normalmente refora a comunicao verbal mas algumas vezes evidencia

    ideias ou sentimentos que o paciente pode no conseguir ou no desejar comunicar. Quando o

    paciente est a simpatizar com o mdico as linhas do rosto suavizam

    msculos em redor da boca e dos olhos. Franzir o sobrolho um sinal no verbal que provoca

    no outro uma retraco, enquanto que o sorriso incita o interlocutor.

    comunicados geralmente pelas expresses faciais mas a sua intensidade

    fielmente pela postura. Tambm a postura mais difcil de controlar do que a expresso facial,

    pelo que mais genuna. Por exemplo, uma expresso facial de tristeza com os ombros cados

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    : O vesturio, a higiene e os cuidados pessoais do informaes so

    personalidade, o estatuto social e o estado de esprito da pessoa, pois esto sob o seu controlo

    : Os especialistas do comportamento sabem que cada indivduo tem um espao

    pessoal, uma espcie de territrio sua volta que defende de intrusos. Este espao estende

    cerca de um metro para a frente e trinta centmetros para trs da pessoa. a distncia que duas

    pessoas mantm normalmente para conversar quando se encontram, tendo os introvertidos

    tendncia para manter uma distncia maior que os extrovertidos. Assim, quando uma

    proximidade maior permitida, transmite-se intimidade.

    : Quando duas pessoas desejam competir tendem a sentar

    quando desejam cooperar tendem a sentar-se lado a lado ou a 90. A pessoa sentada que se

    inclina para trs, endireitando as costas, demonstra uma atitude crtica ou rejeio ao que est a

    ouvir. Pelo contrrio inclinar-se para a frente pode revelar aumento do interesse, como ao

    transmitir uma confidncia ou para saber pormenores. O sentar-se beira da cadeira,

    especialmente se as mos estiverem apoiadas nos joelhos, muitas vezes significa vontade de se

    A postura est directamente relacionada com o tnus muscular. Uma

    postura rgida pode reflectir uma personalidade restringida por mecanismos neurticos. A

    postura curvada da depresso contrasta com as costas e ombros direitos do indivduo seguro de

    si. Aquele que alisa a roupa quando se senta demonstra esprito atento, talvez meticuloso.

    raes na postura enquanto o paciente est a falar podem revelar os sentimentos que esto

    por detrs de certos tpicos da conversao. Num dilogo o cruzar e descruzar das pernas

    ocorre frequentemente ao sabor da impacincia ou da descontraco.

    : Normalmente refora a comunicao verbal mas algumas vezes evidencia

    ideias ou sentimentos que o paciente pode no conseguir ou no desejar comunicar. Quando o

    paciente est a simpatizar com o mdico as linhas do rosto suavizam-se e h menos tens

    msculos em redor da boca e dos olhos. Franzir o sobrolho um sinal no verbal que provoca

    no outro uma retraco, enquanto que o sorriso incita o interlocutor. Os sentimentos so

    comunicados geralmente pelas expresses faciais mas a sua intensidade comunicada mais

    fielmente pela postura. Tambm a postura mais difcil de controlar do que a expresso facial,

    pelo que mais genuna. Por exemplo, uma expresso facial de tristeza com os ombros cados

    10

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    : O vesturio, a higiene e os cuidados pessoais do informaes sobre a

    personalidade, o estatuto social e o estado de esprito da pessoa, pois esto sob o seu controlo

    : Os especialistas do comportamento sabem que cada indivduo tem um espao

    ende de intrusos. Este espao estende-se

    cerca de um metro para a frente e trinta centmetros para trs da pessoa. a distncia que duas

    pessoas mantm normalmente para conversar quando se encontram, tendo os introvertidos

    cia maior que os extrovertidos. Assim, quando uma

    : Quando duas pessoas desejam competir tendem a sentar-se frente a frente,

    u a 90. A pessoa sentada que se

    inclina para trs, endireitando as costas, demonstra uma atitude crtica ou rejeio ao que est a

    se para a frente pode revelar aumento do interesse, como ao

    se beira da cadeira,

    especialmente se as mos estiverem apoiadas nos joelhos, muitas vezes significa vontade de se

    A postura est directamente relacionada com o tnus muscular. Uma

    flectir uma personalidade restringida por mecanismos neurticos. A

    postura curvada da depresso contrasta com as costas e ombros direitos do indivduo seguro de

    si. Aquele que alisa a roupa quando se senta demonstra esprito atento, talvez meticuloso.

    raes na postura enquanto o paciente est a falar podem revelar os sentimentos que esto

    por detrs de certos tpicos da conversao. Num dilogo o cruzar e descruzar das pernas

    : Normalmente refora a comunicao verbal mas algumas vezes evidencia

    ideias ou sentimentos que o paciente pode no conseguir ou no desejar comunicar. Quando o

    se e h menos tenso dos

    msculos em redor da boca e dos olhos. Franzir o sobrolho um sinal no verbal que provoca

    Os sentimentos so

    comunicada mais

    fielmente pela postura. Tambm a postura mais difcil de controlar do que a expresso facial,

    pelo que mais genuna. Por exemplo, uma expresso facial de tristeza com os ombros cados

  • e a cabea pendida ou afundada no pescoo indicar

    apenas um rosto triste.

    Contacto visual: Sabe

    tempo de conversao, desviando o olhar no tempo restante. Quando o contacto visual se

    mantm durante mais d

    ele est a dizer, podendo ser indelicado ou intimidante. Se o contacto visual se estabelece

    durante menos de 30% do tempo existe desinteresse ou rejeio pelo que est a ser dito. O

    indivduo tmido e o paciente deprimido tambm tm tendncia a desviar mais vezes o olhar.

    contacto visual e a expresso facial so os meios de suporte no verbal mais importantes na

    comunicao interpessoal. Fixar com regularidade os olhos daquele que fal

    est a prestar ateno, transmitindo o sinal no verbal pode continuar, estou a escut

    pessoas que mantm bom contacto visual so geralmente consideradas como atentas,

    interessadas, sinceras e dignas de confiana.

    Gestos: A quantidade de gestos varia entre diferentes raas e culturas. Mas muitos gestos

    podem ser esclarecedores de emoes passageiras. Por exemplo, passar os dedos pela face,

    tocar no nariz, coar a nuca ou as orelhas so gestos que traduzem incerteza, falta de co

    ou hesitao. Tambm o cobrir a boca com os dedos ou com a palma da mo indica ansiedade

    ou incerteza quanto ao que se est dizer. Em alguns casos pode mesmo indicar que a pessoa

    est a mentir. Por outro lado, levar a palma da mo ao peito ao apoia

    interpretado como sinal de boa f.

    parte de um contexto ou sequncia de actos.

    Contacto fsico: uma intruso no espao pessoal que no s socialmen

    desejvel, por dar incio interaco.

    hmida pela transpirao revela na maior parte das vezes ansiedade. O aperto de mo

    apropriado na nossa cultura firme e rpido. O aperto de mo m

    geralmente no apreciado, comunicando distncia ou falta de carcter. Tambm o aperto de

    mo que d apenas os dedos ou o que estende a mo sem pousar a caneta demonstram falta

    de considerao.

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    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    e a cabea pendida ou afundada no pescoo indicaro uma tristeza mais profunda do que

    : Sabe-se que as pessoas olham umas para as outras durante 30 a 60% do

    tempo de conversao, desviando o olhar no tempo restante. Quando o contacto visual se

    mantm durante mais de 60% do tempo existe mais interesse no interlocutor do que naquilo que

    ele est a dizer, podendo ser indelicado ou intimidante. Se o contacto visual se estabelece

    durante menos de 30% do tempo existe desinteresse ou rejeio pelo que est a ser dito. O

    divduo tmido e o paciente deprimido tambm tm tendncia a desviar mais vezes o olhar.

    contacto visual e a expresso facial so os meios de suporte no verbal mais importantes na

    comunicao interpessoal. Fixar com regularidade os olhos daquele que fala mostra que se lhe

    est a prestar ateno, transmitindo o sinal no verbal pode continuar, estou a escut

    pessoas que mantm bom contacto visual so geralmente consideradas como atentas,

    interessadas, sinceras e dignas de confiana.

    antidade de gestos varia entre diferentes raas e culturas. Mas muitos gestos

    podem ser esclarecedores de emoes passageiras. Por exemplo, passar os dedos pela face,

    tocar no nariz, coar a nuca ou as orelhas so gestos que traduzem incerteza, falta de co

    ou hesitao. Tambm o cobrir a boca com os dedos ou com a palma da mo indica ansiedade

    ou incerteza quanto ao que se est dizer. Em alguns casos pode mesmo indicar que a pessoa

    est a mentir. Por outro lado, levar a palma da mo ao peito ao apoiar uma declarao

    interpretado como sinal de boa f. Os gestos no devem ser tomados isoladamente, mas como

    parte de um contexto ou sequncia de actos.

    : uma intruso no espao pessoal que no s socialmen

    desejvel, por dar incio interaco. Comunica sinceridade, interesse e segurana. J a mo

    hmida pela transpirao revela na maior parte das vezes ansiedade. O aperto de mo

    apropriado na nossa cultura firme e rpido. O aperto de mo mole, flcido e sem energia

    geralmente no apreciado, comunicando distncia ou falta de carcter. Tambm o aperto de

    mo que d apenas os dedos ou o que estende a mo sem pousar a caneta demonstram falta

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    Comunicao Assertiva

    o uma tristeza mais profunda do que

    se que as pessoas olham umas para as outras durante 30 a 60% do

    tempo de conversao, desviando o olhar no tempo restante. Quando o contacto visual se

    e 60% do tempo existe mais interesse no interlocutor do que naquilo que

    ele est a dizer, podendo ser indelicado ou intimidante. Se o contacto visual se estabelece

    durante menos de 30% do tempo existe desinteresse ou rejeio pelo que est a ser dito. O

    divduo tmido e o paciente deprimido tambm tm tendncia a desviar mais vezes o olhar. O

    contacto visual e a expresso facial so os meios de suporte no verbal mais importantes na

    a mostra que se lhe

    est a prestar ateno, transmitindo o sinal no verbal pode continuar, estou a escut-lo. As

    pessoas que mantm bom contacto visual so geralmente consideradas como atentas,

    antidade de gestos varia entre diferentes raas e culturas. Mas muitos gestos

    podem ser esclarecedores de emoes passageiras. Por exemplo, passar os dedos pela face,

    tocar no nariz, coar a nuca ou as orelhas so gestos que traduzem incerteza, falta de confiana

    ou hesitao. Tambm o cobrir a boca com os dedos ou com a palma da mo indica ansiedade

    ou incerteza quanto ao que se est dizer. Em alguns casos pode mesmo indicar que a pessoa

    r uma declarao

    Os gestos no devem ser tomados isoladamente, mas como

    : uma intruso no espao pessoal que no s socialmente aceite como

    Comunica sinceridade, interesse e segurana. J a mo

    hmida pela transpirao revela na maior parte das vezes ansiedade. O aperto de mo

    ole, flcido e sem energia

    geralmente no apreciado, comunicando distncia ou falta de carcter. Tambm o aperto de

    mo que d apenas os dedos ou o que estende a mo sem pousar a caneta demonstram falta

  • 1.2. Diferentes Perfis Comunica

    Todos os indivduos tm formas mais ou menos estveis de comunicar, podendo considerarexistem vrios estilos comunicacihabitualmente diz aos outros tudo o que pensa, num tom desuas palavras no seu interlocutor, ento o seu estilo comunicacional predominantemente agressivo.

    Se quando fala procura evitar conflitos a todo o custo, tem medo de importunar os outros, deixa que os outros abusem de si e dificilmente diz no, quando lhe pedem alguma coisa, porque quer agradar a todos, o seu estilo passivo.

    O seu estilo comunicacional predominantemente manipulador se fala por meias palavras e especialista em rumores e "diz interesses, apresenta-se sempre cheio de boas intenes, emprega frequentemente o "ns" e no o "eu".

    Se capaz de defender os seus direitos e interesses e de exprimir os seus sentimentos, pensamennecessidades de forma aberta, directa e honesta, est aberto ao compromisso e negociao, aceita que os outros pensem de forma diferente de si e no deixa que o pisem ento tem scomunicao assertivo.

    Embora todos ns apresentemos estes diferentes estilos de comunicao em diferentes situaes, o ideal que na nossa relao com outros predomine a assertividade. dizer aos outros o que pensamos numa linguagem clara e educada.

    O comportamento assertivo pode ser aprendido, por isso, no perca tempo, pois medida que for agindo de forma assertiva vai conquistando progressivamente o respeito dos outros e vai sentirconsigo prprio... na verdade, "limpar as palavras" pode ser o relacionamento interpessoal.

    1.2.1 Perfil Assertivo

    Assertividade acto de defender os direitos pessoais e exprimir pensamentos,convices de forma apropriada, directa e honestal, um estilo de comunicao que nos puma caracterstica inata ou um trao de uma aptido que pode ser aprendida, isto , que cada um pode desenvolver mediante um treinosistemtico e estruturado. A maior parte das pessexemplo, podemos comunicar assertivamente com um colega de faz-lo com familiares. No ser correcto assertiva, mas sim que h ou no tendncia para comunicar assertivamente em determinadas situaes.

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    1.2. Diferentes Perfis Comunicacionais

    Todos os indivduos tm formas mais ou menos estveis de comunicar, podendo considerarexistem vrios estilos comunicacionais: o agressivo, o passivo, o manipulador e o assertivo. habitualmente diz aos outros tudo o que pensa, num tom de voz alto, sem se preocupar como efeito das suas palavras no seu interlocutor, ento o seu estilo comunicacional predominantemente agressivo.

    Se quando fala procura evitar conflitos a todo o custo, tem medo de importunar os outros, deixa que os busem de si e dificilmente diz no, quando lhe pedem alguma coisa, porque quer agradar a

    O seu estilo comunicacional predominantemente manipulador se fala por meias palavras e especialista em rumores e "diz -que-disse", tira partido das leis e das regras adaptando

    se sempre cheio de boas intenes, emprega frequentemente o "ns" e no o "eu".

    Se capaz de defender os seus direitos e interesses e de exprimir os seus sentimentos, pensamennecessidades de forma aberta, directa e honesta, est aberto ao compromisso e negociao, aceita que os outros pensem de forma diferente de si e no deixa que o pisem ento tem sobretudo um estilo de

    mos estes diferentes estilos de comunicao em diferentes situaes, o ideal que na nossa relao com outros predomine a assertividade. Na verdade ser assertivo sobretudo dizer aos outros o que pensamos numa linguagem clara e educada.

    assertivo pode ser aprendido, por isso, no perca tempo, pois medida que for agindo de forma assertiva vai conquistando progressivamente o respeito dos outros e vai sentirconsigo prprio... na verdade, "limpar as palavras" pode ser o primeiro grande passo para melhorar o seu

    acto de defender os direitos pessoais e exprimir pensamentos,convices de forma apropriada, directa e honesta, de modo a no violar os direitos dos outros. , como tal, um estilo de comunicao que nos permite ser mais construtivos narelao com os outros. No

    stica inata ou um trao de personalidade que alguns de ns possuem e outroser aprendida, isto , que cada um pode desenvolver mediante um treino

    sistemtico e estruturado. A maior parte das pessoas no assertiva em todas as assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante dificuldade em

    familiares. No ser correcto dizer que uma pessoa simplesmente assertivh ou no tendncia para comunicar assertivamente em determinadas situaes.

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    Comunicao Assertiva

    Todos os indivduos tm formas mais ou menos estveis de comunicar, podendo considerar-se que onais: o agressivo, o passivo, o manipulador e o assertivo. Se

    voz alto, sem se preocupar como efeito das suas palavras no seu interlocutor, ento o seu estilo comunicacional predominantemente agressivo.

    Se quando fala procura evitar conflitos a todo o custo, tem medo de importunar os outros, deixa que os busem de si e dificilmente diz no, quando lhe pedem alguma coisa, porque quer agradar a

    O seu estilo comunicacional predominantemente manipulador se fala por meias palavras e tira partido das leis e das regras adaptando-as aos seus

    se sempre cheio de boas intenes, emprega frequentemente o "ns" e no o "eu".

    Se capaz de defender os seus direitos e interesses e de exprimir os seus sentimentos, pensamentos e necessidades de forma aberta, directa e honesta, est aberto ao compromisso e negociao, aceita que

    obretudo um estilo de

    mos estes diferentes estilos de comunicao em diferentes situaes, o ideal Na verdade ser assertivo sobretudo

    assertivo pode ser aprendido, por isso, no perca tempo, pois medida que for agindo de forma assertiva vai conquistando progressivamente o respeito dos outros e vai sentir-se mais satisfeito

    primeiro grande passo para melhorar o seu

    acto de defender os direitos pessoais e exprimir pensamentos, sentimentos e violar os direitos dos outros. , como

    ao com os outros. No personalidade que alguns de ns possuem e outros no.

    ser aprendida, isto , que cada um pode desenvolver mediante um treino oas no assertiva em todas as situaes. Por

    trabalho e ter bastante dificuldade em dizer que uma pessoa simplesmente assertiva ou no

    h ou no tendncia para comunicar assertivamente em determinadas situaes.

  • 1.2.2. Perfis de Comunicao No assertiva

    Por oposio definio que demos de assertassertiva um desrespeito pelos direitos dos outros ou pelos caso chamamos-lhe agressividade e no

    Procuremos defini-los de forma clara:

    passividade: o acto de violar os prprios direitos ao no expressar honestamente sentimentos, pensamentos e convices, dando como tal permisso aos outros para que tambm eles violem os nossos direitos;

    agressividade: a expresso de sentimentos, pensamentos e convices de um modo que viola

    os direitos dos outros, (com recurso a formas inadequadas de expresso, como a zanga, o tom de voz elevado, a ironia..defendemos os nossos mas no queremos saber os dos outros.

    manipulao: Consiste em dar a entender que satisfazemos os direitos e necessidades dos outros, mas apenasagressividade, estamos a desconsiderar os direitos dos outros, mas fazmoimplcita, de modo a no provocar qualquer desconfiana. No correcto dizer que uma pessoa passiva ou agressiva mas sim que age tendencialmente de uma dessas formas em determinadas situaes. Acrescenteagressivo ou manipulativo

    Segundo GILLEN (2001) existem quatro estilos de comportamentos comem: passivo, agressivo, assertivo e uma forma conjunta de passividade/agressividade que tambm conhecida por outros autores como manipulao. umas da outras:

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    e Comunicao No assertiva

    Por oposio definio que demos de assertividade, o que est em causa na os direitos dos outros ou pelos nossos prprios direitos. ade e no segundo passividade.

    los de forma clara:

    : o acto de violar os prprios direitos ao no expressar honestamente sentimentos, pensamentos e convices, dando como tal permisso aos outros para que tambm eles violem os nossos direitos;

    : a expresso de sentimentos, pensamentos e convices de um modo que

    os direitos dos outros, (com recurso a formas inadequadas de expresso, como a zanga, o tom de voz elevado, a ironia...). Poderemos dizer que uma defesa unilateral de direitos: defendemos os nossos mas no queremos saber os dos outros.

    : Consiste em dar a entender que satisfazemos os direitos e necessidades dos outros, mas apenas o fazemos para satisfao dos nossos. Aqui, como na agressividade, estamos a desconsiderar os direitos dos outros, mas fazmo-lo de forma discreta, implcita, de modo a no provocar qualquer desconfiana. No correcto dizer que uma pessoa

    siva ou agressiva mas sim que age tendencialmente de uma dessas formas em determinadas situaes. Acrescente-se: pode-nos ser muito til agirmos de modo passivo, agressivo ou manipulativo.

    Segundo GILLEN (2001) existem quatro estilos de comportamentos comunicacionais que se traduzem em: passivo, agressivo, assertivo e uma forma conjunta de passividade/agressividade que tambm conhecida por outros autores como manipulao. No quadro da pgina seguinte possvel diferenciar

    13

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    Comunicao Assertiva

    ividade, o que est em causa na comunicao no nossos prprios direitos. No primeiro

    : o acto de violar os prprios direitos ao no expressar honestamente sentimentos, pensamentos e convices, dando como tal permisso aos outros para que

    : a expresso de sentimentos, pensamentos e convices de um modo que

    os direitos dos outros, (com recurso a formas inadequadas de expresso, como a zanga, o tom .). Poderemos dizer que uma defesa unilateral de direitos:

    : Consiste em dar a entender que satisfazemos os direitos e necessidades o fazemos para satisfao dos nossos. Aqui, como na

    lo de forma discreta, implcita, de modo a no provocar qualquer desconfiana. No correcto dizer que uma pessoa

    siva ou agressiva mas sim que age tendencialmente de uma dessas formas em nos ser muito til agirmos de modo passivo,

    unicacionais que se traduzem em: passivo, agressivo, assertivo e uma forma conjunta de passividade/agressividade que tambm

    possvel diferenciar

  • Tipo de Comportamento

    Passivo Ansioso por evitar o confronto, mesmo s custas de si prprio espera que as pessoas compreendam o que ele/ela deseja; muito preocupado com a opinio dos outros a seu respeito.

    Agressivo Ansioso por vencer, mesmo s custas dos outros; mais preocupado com os prprios desejos do que com os dos outros.

    Passivo/ Agressivo (ou Manipulador) a p r e s e n t a comportamento misto, com elementos de agressividade e passividade. Ansioso em acertar contas sem correr riscos de c o n f r o n t o.

    Assertivo Ansioso por defender seus direitos mas, ao mesmo tempo, capaz de aceitar que as outras pessoas tambm tenham os seus.

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    Expresso Corporal Aco

    Ansioso por evitar o confronto,

    espera que as pessoas compreendam o que ele/ela deseja; muito preocupado com a opinio

    Mnimo contacto visual. Quieto, voz hesitante. Fala confusa. Atitude defensiva, postura encolhida. Mexendo as mos, inquieto.

    Culpa-se de tudo.Odeia o assunto; evita a abordagem directa. Justificao excessiva; solicita aprovao. Cede facilmente.Gera simpatia; faz com que as pessoas se sintam culpadas em pedir-lhe as coisas.

    Ansioso por vencer, mesmo s custas dos outros; mais preocupado com os prprios desejos do que

    Mximo contacto visual. Voz alta; seco. Postura evasiva. Aperta os dedos e aponta. Imediatamente pe a culpa nos outros.

    Critica as pessoas, e no o seu comportamento.Interrompe com frequncia.Autoritrio. Usa de sarcasmo, crticas, escrnio para ganhar a questo.Solicitaes parecem

    r e s e n t a comportamento misto, com elementos de agressividade e passividade. Ansioso em acertar contas sem

    C o m p o r t a m e n t o frequentemente encontrado em pessoas que se querem afirmar sem terem poder para tanto.

    Mnimo contacto visual, mas olha para frente mais que para o cho.Lacnico, suspira de impacincia.Exasperado, usa expresses como no acredito no que estou a ouvir.Postura fechada.D respostas indirectas, faz aluses sarcsticas, tem senso de humor irritante. Faz acertos de contas indirectamente.

    Ansioso por defender seus direitos mas, ao mesmo tempo, capaz de aceitar que as outras pessoas

    Contacto visual suficiente para dar a entender que ele/ela est a ser sincero (a). Tom de voz moderado, neutro. Postura comedida e segura. Expresso corporal condizente com as suas palavras.

    Ouve bastante, procura entender.Trata as pessoas com respeito.Aceita acordos; solues.Aceita declarar ou explicar intenes. Vai directo ao assunto, sem ser spero. Insiste na busca do seu objectivo.

    14

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    Comunicao Assertiva

    Aco

    se de tudo. Odeia o assunto; evita a abordagem

    Justificao excessiva; solicita

    Cede facilmente. Gera simpatia; faz com que as

    sintam culpadas em lhe as coisas.

    Critica as pessoas, e no o seu comportamento. Interrompe com frequncia.

    Usa de sarcasmo, crticas, escrnio para ganhar a questo. Solicitaes parecem-lhe ordens.

    Mnimo contacto visual, mas olha para frente mais que para o cho. Lacnico, suspira de impacincia. Exasperado, usa expresses como no acredito no que estou a ouvir. Postura fechada. D respostas indirectas, faz aluses

    m senso de humor

    Faz acertos de contas

    Ouve bastante, procura entender. Trata as pessoas com respeito. Aceita acordos; solues. Aceita declarar ou explicar suas

    Vai directo ao assunto, sem ser

    Insiste na busca do seu objectivo.

  • PPAASSSSIIVVOO MMAANNIIPPUULLAADDOORR AAGGRREESSSSIIVVOO AASSSSEERRTTIIVVOO

    OLHOS Evasivos, fugidios Fugidios ou dominadores,

    conforme a situao

    Penetrantes, fixos, dominadores Bom contacto

    POSTURA

    Prostrada, cabea baixa, ombros

    cados, corpo dobrado sobre si

    prprio

    Prostrada ou imponente, segundo

    as fraquezas do outro

    Rgida, tensa, imponente, cabea

    elevada, corpo direito

    Distendido, manifesta os seus

    sentimentos aos outros

    GESTOS

    Ansioso: muitos ou poucos gestos;

    mos que se torcem, atitude de

    recolha.

    Gestos afirmativos, passivos ou

    agressivos, segundo as fraquezas

    do interlocutor

    Hostis, ameaadores, bruscos Denotando segurana: distendidos

    mas firmes, sempre apropriados ao

    contedo verbal.

    EXPRESSO FACIAL

    Muito sorridente ou muito sria;

    procura anular os seus prprios

    sentimentos.

    Zela pelos seus fins; s exprime o

    que sabe que impressiona.

    Arrogante, dominador,

    condescendente, ar de desprezo

    Caloroso, sorridente ou triste, mas

    reflectindo sempre os seus

    sentimentos.

    VOZ Baixa, muito doce, diminui o

    impacto do contedo verbal

    Muito baixa ou muito forte, segundo

    o impacto que pretende

    Estridente, forte, sarcstica, tom

    condescendente

    Bastante forte e apropriada

    mensagem verbal

  • 2. Comunicao Assertiva

    2.1. Particularidades e Vantagens do Perfil Assertivo

    A palavra assertividade vem de assero, afirmar. Diferente de acertar, afirmar no tem relao com o

    certo ou errado e sim com a exposio positiva do que se deseja transmitir. Uma pessoa assertiva

    capaz de expressar o mais directamente possvel o que pensa, o que deseja, escolhendo um conjunto de

    atitudes adequadas para cada situao, de acordo com o local e o momento. A assertividade permite

    uma comunicao directa por meio de um comportamento que habilita o indivduo a agir no seu interesse,

    defender-se sem ansiedade excessiva, expressar os seus sentimentos de forma honesta e adequada,

    fazendo valer os seus direitos sem negar os dos outros. Portanto, a assertividade pode ser entendida

    como uma forma comportamental de comunicar que significa afirmar o que eu quero, sinto e penso,

    dando simultaneamente espao de afirmao ao outro.

    Frequentemente adoptamos diferentes formas de comunicao que variam de acordo com o local, a

    situao e os interlocutores, porm uma forma relativamente constante e caracterstica se torna o nosso

    estilo predominante de comportamento comunicacional.

    A assertividade um treino sistemtico, em que o indivduo tem de reaprender a autenticidade atravs de

    uma prtica gradual e regular. Ser verdadeiro no consiste em "dizer tudo o que me vem cabea", mas

    sim em exprimir-me eficazmente, tendo como objectivo a evoluo satisfatria e realista da situao.

    necessrio, ento, saber que tipo de comportamento provoca esta reaco; evitar a mmica e a entoao

    contrria s palavras; tentar descrever as prprias reaces, em vez de avaliar as aces dos outros;

    exprimir-me de forma positiva em vez de desvalorizar, julgar, criticar, ridicularizar ou fazer interpretaes,

    facilitando a expresso dos sentimentos dos outros.

    O comportamento assertivo resulta na fuso de quatro factores:

    bom contacto visual

    tom de voz neutro

    ateno linguagem e

    postura aberta

  • Ser assertivo aumenta o respeito por ns prprio

    aumenta a autoconfiana no r

    para aquilo que fazemos. Far com que

    Permitir que, ao defendermos os nossos direitos, consigamos q

    respeitadas e as nossas necessidades satisfeitas. um

    poder ser extremamente recompensante, uma vez que

    pessoas e maior satisfao na

    possvel que se goste mais de uma pessoa quando ela age assertivamente.

    Os direitos assertivos so um conjunto

    prprios, agir e expressarmo-

    sexo, idade ou estatuto social.

    abstractos, e que devero ser particularizados

    No obrigatrio concordarmos com todos eles, a listagem constitui ap

    de ns construir o seu guia de aco

    obrigatoriamente que aceitar que no so

    as pessoas com quem interagimos.

    que lhes inerente, a de defender os nossos direitos cons

    Eles so:

    Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que

    desempenho ou o meu status social.

    Eu tenho o direito de manter os meus prprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos

    outros

    Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opinies.

    Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e pedir o que quero.

    Eu tenho o direito de dizer NO e no me sentir culpado por isso.

    Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a algum.

    Eu tenho o direito de me sentir bem comigo prprio sem sentir necessidade de me justificar

    perante os outros.

    Eu tenho o direito de mudar de opinio.

    Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou tomar uma deciso.

    Eu tenho o direito de dizer Eu no estou a perceber e pedir que me esclaream ou ajudem.

    Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado.

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Ser assertivo aumenta o respeito por ns prprios, reduz a noo de insegurana

    aumenta a autoconfiana no relacionamento com os outros, diminuindo a necessidade de aprovao

    quilo que fazemos. Far com que os outros aumentem o seu respeito e admirao

    defendermos os nossos direitos, consigamos que as nossas preferncias sejam

    respeitadas e as nossas necessidades satisfeitas. um estilo de relacionamento interpessoal que

    recompensante, uma vez que proporciona maior proximidade entre as

    ssoas e maior satisfao na comunicao das nossas emoes. Ou, dito simplesmente,

    goste mais de uma pessoa quando ela age assertivamente.

    o um conjunto de direitos que permitem a cada um de ns sermos ns

    -nos como ns prprios, perante os outros, sem

    sexo, idade ou estatuto social. importante considerar que os direitos vm definidos

    ue devero ser particularizados de acordo com as nossas situaes individuais.

    No obrigatrio concordarmos com todos eles, a listagem constitui apenas um auxiliar para cada um

    ia de aco na comunicao assertiva. Mas ao faz

    te que aceitar que no so direitos exclusivamente nossos mas sim aplicveis a todas

    uem interagimos. No podemos defender direitos sem aceitar a

    inerente, a de defender os nossos direitos considerando sempre os direitos dos

    Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que

    desempenho ou o meu status social.

    tenho o direito de manter os meus prprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos

    Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opinies.

    Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e pedir o que quero.

    to de dizer NO e no me sentir culpado por isso.

    Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a algum.

    Eu tenho o direito de me sentir bem comigo prprio sem sentir necessidade de me justificar

    ito de mudar de opinio.

    Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou tomar uma deciso.

    Eu tenho o direito de dizer Eu no estou a perceber e pedir que me esclaream ou ajudem.

    Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado.

    17

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    , reduz a noo de insegurana e vulnerabilidade,

    diminuindo a necessidade de aprovao

    os outros aumentem o seu respeito e admirao por ns.

    ue as nossas preferncias sejam

    estilo de relacionamento interpessoal que

    porciona maior proximidade entre as

    Ou, dito simplesmente,

    de direitos que permitem a cada um de ns sermos ns

    nos como ns prprios, perante os outros, sem distines de cor,

    direitos vm definidos em termos

    s nossas situaes individuais.

    auxiliar para cada um

    assertiva. Mas ao faz-lo teremos

    direitos exclusivamente nossos mas sim aplicveis a todas

    No podemos defender direitos sem aceitar a responsabilidade

    iderando sempre os direitos dos outros.

    Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que

    tenho o direito de manter os meus prprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos

    Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e pedir o que quero.

    Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a algum.

    Eu tenho o direito de me sentir bem comigo prprio sem sentir necessidade de me justificar

    Eu tenho o direito de dizer Eu no estou a perceber e pedir que me esclaream ou ajudem.

  • Eu tenho o direito de fixar os meus prprios objectivos de vida e lutar para que as minhas

    expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

    2.2. Empatia

    2.2.1. Escuta Activa

    A escuta activa aplicada encoraja

    d a quem atende a certeza de estar a compreender o que ele est a dizer.

    Estudos afirmam que ouvimos metade do que dito, prestamos ateno a metade do que ouvimos e

    lembramo-nos apenas de metade do que prest

    que queremos ouvir e ver o que queremos ver.

    muitas vezes completamente diferente daquela que o emissor desejava transmitir.

    As melhores ocasies para recorrer escuta activa so quando no estamos certos

    o emissor ou quando transmitida uma mensagem fortemente emocional (uma reclamao, por

    exemplo).

    No que consiste ento a escuta activa? Quais as atitudes e aces a tomar para

    Gostar de escutar quando algum est a falar.

    Incentivar os outros para que falem.

    Ouvir mesmo que no simpatize com a pessoa.

    Escutar com a mesma ateno quer seja homem, mulher, criana ou velho.

    Escutar com a mesma ateno quer seja

    Deixar tudo o que se est a fazer enquanto algum fala.

    Olhar para a pessoa que fala.

    Concentra-se no que ouve, ignorando todas as distraces em seu redor.

    Sorrir ou mostrar que est a compreender o que ouve.

    Reflectir sobre o que a outra pessoa est a dizer.

    Tratar de compreender o que dizem.

    Tentar descortinar porque o dizem.

    No interromper quem fala.

    Quando algum que est a falar hesita em dizer algo, encoraj

    Abster-se de julgar as ideias at q

    Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso que o interlocutor pretendeu comunicar.

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    to de fixar os meus prprios objectivos de vida e lutar para que as minhas

    expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

    A escuta activa aplicada encoraja o interlocutor a explicitar as suas necessidades, ao mesmo tempo que

    d a quem atende a certeza de estar a compreender o que ele est a dizer.

    Estudos afirmam que ouvimos metade do que dito, prestamos ateno a metade do que ouvimos e

    nos apenas de metade do que prestmos ateno. De facto, temos a tendncia para ouvir o

    que queremos ouvir e ver o que queremos ver. Devido a este facto, a mensagem recebida por ns

    muitas vezes completamente diferente daquela que o emissor desejava transmitir.

    a recorrer escuta activa so quando no estamos certos de ter compreendido

    o emissor ou quando transmitida uma mensagem fortemente emocional (uma reclamao, por

    No que consiste ento a escuta activa? Quais as atitudes e aces a tomar para escutar activamente?

    Gostar de escutar quando algum est a falar.

    Incentivar os outros para que falem.

    Ouvir mesmo que no simpatize com a pessoa.

    Escutar com a mesma ateno quer seja homem, mulher, criana ou velho.

    Escutar com a mesma ateno quer seja amigo, conhecido ou desconhecido.

    Deixar tudo o que se est a fazer enquanto algum fala.

    Olhar para a pessoa que fala.

    se no que ouve, ignorando todas as distraces em seu redor.

    Sorrir ou mostrar que est a compreender o que ouve.

    obre o que a outra pessoa est a dizer.

    Tratar de compreender o que dizem.

    Tentar descortinar porque o dizem.

    No interromper quem fala.

    Quando algum que est a falar hesita em dizer algo, encoraj-lo para que prossiga.

    se de julgar as ideias at que o interlocutor as termine de expor.

    Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso que o interlocutor pretendeu comunicar.

    18

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    to de fixar os meus prprios objectivos de vida e lutar para que as minhas

    expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

    tar as suas necessidades, ao mesmo tempo que

    Estudos afirmam que ouvimos metade do que dito, prestamos ateno a metade do que ouvimos e

    mos ateno. De facto, temos a tendncia para ouvir o

    Devido a este facto, a mensagem recebida por ns

    de ter compreendido

    o emissor ou quando transmitida uma mensagem fortemente emocional (uma reclamao, por

    escutar activamente?

    amigo, conhecido ou desconhecido.

    lo para que prossiga.

    Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso que o interlocutor pretendeu comunicar.

  • Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado pela sua maneira de falar, voz,

    vocabulrio, gestos e aparnci

    Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito.

    Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir

    Pedir, se necessrio, que o interlocutor explique em que contexto est a utilizar determinada (s)

    palavra (s).

    2.2.2. Comportamentos No Verbais Assertivos

    Contacto visual. O olhar deve estar direccionado para o interlocutor enquanto este fala. Recomendase que mantenha o contacto visual pelo menos durante 50% da conversao. .Mas ateno, um olhar demasiado fixo pod

    Afecto. O tom deve ser firme e convincente, mas nunca hostil. Deve ser adaptado situao do momento.

    Voz. O volume deve ser audvel, nem demasiado elevado nem baixo. A articulao das palavras deve ser clara, sem hesita

    Pausas. Deve fazer-se uma pausa maior para dar entender ao interlocutor que a sua vez de falar.

    Gestos. Podem fazer-se gestos com a cabea , a cara, os braos e as mos que enfatizem o discurso. Deve ter em ateno qumensagem. Devem evitarcomo uma ameaa, e em geral qualquer outro que possa transmitir hostilidade.

    Postura corporal. O corpo deve estar direitinterlocutor.

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado pela sua maneira de falar, voz,

    vocabulrio, gestos e aparncia fsica.

    Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito.

    Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir-se melhor.

    Pedir, se necessrio, que o interlocutor explique em que contexto est a utilizar determinada (s)

    os No Verbais Assertivos/ Paralinguagem

    O olhar deve estar direccionado para o interlocutor enquanto este fala. Recomendase que mantenha o contacto visual pelo menos durante 50% da conversao. .Mas ateno, um olhar demasiado fixo pode ser interpretado como hostil.

    O tom deve ser firme e convincente, mas nunca hostil. Deve ser adaptado situao do

    O volume deve ser audvel, nem demasiado elevado nem baixo. A articulao das palavras deve ser clara, sem hesitaes. O ritmo deve ser tranquilo.

    se uma pausa maior para dar entender ao interlocutor que a sua vez de falar.

    se gestos com a cabea , a cara, os braos e as mos que enfatizem o discurso. Deve ter em ateno que estes gestos devem ser naturais,, sem forar a mensagem. Devem evitar-se gestos como apontar o dedo indicador que pode ser entendido como uma ameaa, e em geral qualquer outro que possa transmitir hostilidade.

    O corpo deve estar direito mas relaxado. A cabea erguida, olhando para o

    19

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado pela sua maneira de falar, voz,

    Pedir, se necessrio, que o interlocutor explique em que contexto est a utilizar determinada (s)

    O olhar deve estar direccionado para o interlocutor enquanto este fala. Recomenda-se que mantenha o contacto visual pelo menos durante 50% da conversao. .Mas ateno,

    O tom deve ser firme e convincente, mas nunca hostil. Deve ser adaptado situao do

    O volume deve ser audvel, nem demasiado elevado nem baixo. A articulao das palavras deve

    se uma pausa maior para dar entender ao interlocutor que a sua vez de falar.

    se gestos com a cabea , a cara, os braos e as mos que enfatizem o e estes gestos devem ser naturais,, sem forar a

    se gestos como apontar o dedo indicador que pode ser entendido como uma ameaa, e em geral qualquer outro que possa transmitir hostilidade.

    o mas relaxado. A cabea erguida, olhando para o

  • 2.2.3. Comportamentos Verbais Assertivos

    Expresso que indique compreenso pelo outro

    acordo. Neste ponto temos que fazer

    do interlocutor. Se necessrio, devem

    formular uma frase sntese que seja objectiva e sem formular juzos de valor

    que um cliente lhe faz

    que me tratem deste assunto. Ando a pagar para no trabalharem

    ser: Entendo que provavelmente esteja aborrecido e que necessite disto com urgncia...

    Expresso do problema. De seguida de

    o exemplo anterior, podia dizer o seguinte:

    resolvido numa margem to curta de tempo e que insinue que perdemos tempo sem traba

    Desacordo verbal. Aconselha

    "no estou disposto a faz

    aceitar esse prazo...".

    Pedido de mudana de conduta.

    oferecer ao receptor uma informao

    exemplo poderamos apresentar a seguinte soluo:

    para tratar deste tipo de assuntos com a antecedncia mnima de uma semana para que

    possamos ter tudo pronto atempadamente

    Proposta de Soluo. Suponhamos que no exemplo anterior o cliente insiste que na sua empresa os

    assuntos no so tratados atempadamente po

    ponto seria importante oferecer uma soluo alternativa que o fizesse mudar essa opinio

    delas poderia ser: "creio que se nos pedir para tratar do assunto com a antecedncia que lhe

    referi, nos dar o tempo

    em voltar c mais vezes para tratar do mesmo assunto

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    . Comportamentos Verbais Assertivos/ Semntica/ Sintaxe

    indique compreenso pelo outro. Compreender o outro no significa estar de

    Neste ponto temos que fazer um esforo para entender os motivos e ponto de vista

    Se necessrio, devem-se pedir informaes mais claras para depois poder

    formular uma frase sntese que seja objectiva e sem formular juzos de valor

    que um cliente lhe faz uma exigncia em tom hostil: Amanh passo por c novamente quero

    que me tratem deste assunto. Ando a pagar para no trabalharem. A sua resposta poder

    Entendo que provavelmente esteja aborrecido e que necessite disto com urgncia...

    De seguida deve expor o problema de forma clara e concisa.

    podia dizer o seguinte: "porm, incomoda-me exija que

    resolvido numa margem to curta de tempo e que insinue que perdemos tempo sem traba

    Aconselha-se a utilizar uma frmula breve com "no estou de acordo com

    no estou disposto a faz-lo...". Para o exemplo que estamos a seguir bastaria:

    Pedido de mudana de conduta. Este ponto essencial em termos de comunicao as

    ptor uma informao de como espera que ele se comporte no futuro

    exemplo poderamos apresentar a seguinte soluo: "peo-lhe que de agora em diante nos pea

    tar deste tipo de assuntos com a antecedncia mnima de uma semana para que

    possamos ter tudo pronto atempadamente

    Suponhamos que no exemplo anterior o cliente insiste que na sua empresa os

    assuntos no so tratados atempadamente porque perdem muito tempo sem trabalhar

    ponto seria importante oferecer uma soluo alternativa que o fizesse mudar essa opinio

    creio que se nos pedir para tratar do assunto com a antecedncia que lhe

    suficiente para termos tudo pronto e o senhor no ter que se incomodar

    em voltar c mais vezes para tratar do mesmo assunto"

    20

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    nder o outro no significa estar de

    um esforo para entender os motivos e ponto de vista

    se pedir informaes mais claras para depois poder

    formular uma frase sntese que seja objectiva e sem formular juzos de valor. Suponhamos

    Amanh passo por c novamente quero

    . A sua resposta poder

    Entendo que provavelmente esteja aborrecido e que necessite disto com urgncia..."

    e expor o problema de forma clara e concisa. Continuando

    exija que exija o assunto

    resolvido numa margem to curta de tempo e que insinue que perdemos tempo sem trabalhar

    no estou de acordo com...", ou

    o exemplo que estamos a seguir bastaria: "no posso

    encial em termos de comunicao assertiva. Deve

    de como espera que ele se comporte no futuro. No nosso

    lhe que de agora em diante nos pea

    tar deste tipo de assuntos com a antecedncia mnima de uma semana para que

    Suponhamos que no exemplo anterior o cliente insiste que na sua empresa os

    rque perdem muito tempo sem trabalhar. Neste

    ponto seria importante oferecer uma soluo alternativa que o fizesse mudar essa opinio. Uma

    creio que se nos pedir para tratar do assunto com a antecedncia que lhe

    suficiente para termos tudo pronto e o senhor no ter que se incomodar

  • 3. Barreiras Comunicao

    3.1. Barreiras Gerais do Processo de Comunicao

    As interaces sociais, ao nvel das relaes fac

    variveis de carcter manifesto ou latente, que lhes determinam, ou pelo menos influenciam, a conduo

    dos processos comunicacionais. Os padres de interaco resultantes das relaes entre os indivd

    so consequncia, por um lado, da aleatoriedade humana e, por outro, da previsibilidade que a vida em

    sociedade possibilita.

    Comunicar torna-se, assim, uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e recebidas, nos processos

    interaccionais. Mas no s. O tempo, o espao, o meio fsico envolvente, o clima relacional, o corpo, os

    factores histricos da vida pessoal e social de cada indivduo em presena, as expectativas e os sistemas

    de conhecimento que moldam a estrutura cognitiva de cada actor social condi

    jogo relacional dos seres humanos.

    Conhecer alguns dos factores que podem constituir barreiras compreenso, ao sentir e ao agir dos

    actores sociais que pretendem interagir o propsito que nos orienta.

    estrutura de variveis interaccionais que, nos processos de comunicao humana, tanto podem facilitar

    como barrar ou constituir fontes de rudo s relaes face

    3.1.1. Factores Pessoais

    Factores pessoais. Compreendem um conjunto de aspectos que

    profundidade de conhecimento que o

    ou, o nvel de conhecimento que os outros intervenientes lhe atribuem ou reconhecem ter sobre o

    assunto a tratar. Este aspecto pode conduzir maior ou menor credibilidade a atribuir ao emissor e

    trazer-lhe um estatuto que pode marcar o desempenho do seu papel enquanto comunicador.

    Outro aspecto a considerar nos factores pessoais diz respeito aparncia do sujeito enunciador

    discurso. No h nesta matria aspectos morais a considerar, no que se refere a padres de referncia.

    Podemos, no entanto, dizer que no andino, para a maioria das pessoas, a aparncia do outro.

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    3. Barreiras Comunicao

    3.1. Barreiras Gerais do Processo de Comunicao

    As interaces sociais, ao nvel das relaes face-a-face, esto sujeitas influncia de um conjunto de

    variveis de carcter manifesto ou latente, que lhes determinam, ou pelo menos influenciam, a conduo

    dos processos comunicacionais. Os padres de interaco resultantes das relaes entre os indivd

    so consequncia, por um lado, da aleatoriedade humana e, por outro, da previsibilidade que a vida em

    se, assim, uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e recebidas, nos processos

    tempo, o espao, o meio fsico envolvente, o clima relacional, o corpo, os

    factores histricos da vida pessoal e social de cada indivduo em presena, as expectativas e os sistemas

    de conhecimento que moldam a estrutura cognitiva de cada actor social condicionam e determinam o

    jogo relacional dos seres humanos.

    Conhecer alguns dos factores que podem constituir barreiras compreenso, ao sentir e ao agir dos

    actores sociais que pretendem interagir o propsito que nos orienta. Assim, podemos equacionar um

    estrutura de variveis interaccionais que, nos processos de comunicao humana, tanto podem facilitar

    como barrar ou constituir fontes de rudo s relaes face-a-face.

    Factores pessoais. Compreendem um conjunto de aspectos que passamos a referir. O nvel de

    profundidade de conhecimento que o indivduo tem e revela na decorrncia do processo conversacional,

    ou, o nvel de conhecimento que os outros intervenientes lhe atribuem ou reconhecem ter sobre o

    to pode conduzir maior ou menor credibilidade a atribuir ao emissor e

    lhe um estatuto que pode marcar o desempenho do seu papel enquanto comunicador.

    Outro aspecto a considerar nos factores pessoais diz respeito aparncia do sujeito enunciador

    discurso. No h nesta matria aspectos morais a considerar, no que se refere a padres de referncia.

    Podemos, no entanto, dizer que no andino, para a maioria das pessoas, a aparncia do outro.

    21

    Manual do Formando

    Comunicao Assertiva

    face, esto sujeitas influncia de um conjunto de

    variveis de carcter manifesto ou latente, que lhes determinam, ou pelo menos influenciam, a conduo

    dos processos comunicacionais. Os padres de interaco resultantes das relaes entre os indivduos

    so consequncia, por um lado, da aleatoriedade humana e, por outro, da previsibilidade que a vida em

    se, assim, uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e recebidas, nos processos

    tempo, o espao, o meio fsico envolvente, o clima relacional, o corpo, os

    factores histricos da vida pessoal e social de cada indivduo em presena, as expectativas e os sistemas

    cionam e determinam o

    Conhecer alguns dos factores que podem constituir barreiras compreenso, ao sentir e ao agir dos

    Assim, podemos equacionar uma

    estrutura de variveis interaccionais que, nos processos de comunicao humana, tanto podem facilitar

    passamos a referir. O nvel de

    indivduo tem e revela na decorrncia do processo conversacional,

    ou, o nvel de conhecimento que os outros intervenientes lhe atribuem ou reconhecem ter sobre o

    to pode conduzir maior ou menor credibilidade a atribuir ao emissor e

    lhe um estatuto que pode marcar o desempenho do seu papel enquanto comunicador.

    Outro aspecto a considerar nos factores pessoais diz respeito aparncia do sujeito enunciador do

    discurso. No h nesta matria aspectos morais a considerar, no que se refere a padres de referncia.

    Podemos, no entanto, dizer que no andino, para a maioria das pessoas, a aparncia do outro. O

  • estar cuidado ou no, o parecer este ou aquele tipo

    noutro grupo marca a relao, mais que no seja pelas expectativas que provoca, sobretudo, nas

    primeiras impresses.

    Outro aspecto dos factores pessoais a postura corporal. Naturalmente que, nesta matria,

    posturas prprias, eminentemente individuais. Mas o que interessa aqui ressaltar so, sobretudo, as

    posturas corporais que, apesar de pessoais, fazem parte de um lxico social, s quais possvel atribuir

    significados tambm sociais. o caso de

    no seja excessivamente rgida ou excessivamente descontrada. Determinados grupos tm expectativas,

    por vezes muito elevadas, relativamente s formas que o corpo deve adoptar.

    risco de no ser identificado com o grupo em causa, ou ser conside

    Tambm o movimento corporal se insere nos factores pessoais que podem constituir barreiras

    comunicao. Sobretudo em grupos fechados, ou em comunidad

    sobre o movimento corporal dos indivduos exercida de forma expectante. Os cdigos, por vezes

    rgidos, de determinados meios sociais coagem os indivduos moderao ou exuberncia a que o

    corpo deve obedecer nos seus movimentos. Certos movimentos do corpo, ou de zonas do corpo, podem

    ser interpretados como insinuaes de ordem sexual em determinados meios, enquanto que noutros os

    mesmos movimentos podem ser considerados como indicadores de agilidade ou de grac

    importante a reter a ideia de que a forma como o corpo ocupa o espao tem um significado social e

    cultural que, em determinados contextos, o seu valor pode facilitar ou constituir factor de obstruo s

    relaes entre os indivduos.

    O contacto visual tambm ele um factor pessoal que, apesar de tudo, pode obstruir a interaco e

    provocar momentos de embarao ou, at, de pnico.

    oportunidade, a intensidade, o status de quem olha ou de quem olhado i

    interpretativo, que cada cultura se encarrega de transmitir aos seus membros, pelo processo de

    socializao. Os indivduos sabem, por intuio, os parmetros que condicionam o contacto visual;

    aprenderam e interiorizaram, no decorrer do tem

    processo do olhar implica em sociedade.

    A expresso facial mais um factor pessoal com repercusses no campo interaccional. Os cdigos

    sociais e culturais tambm aqui se fazem sentir. As expectativas e as pr

    indivduos fazem uns dos outros passam pelas mensagens emitidas pela expresso facial. A expresso

    facial , talvez, um dos meios de comunicao mais importante nas relaes face

    confirmao de expectativas, quer para afirmao de determinados estados de esprito, sejam eles

    espontneos ou engendrados. A importncia dada socialmente expresso facial pode determinar, por

    vezes, a vida de um cidado. Em determinados contextos, pode ser fatal ou fundamental um

    Manual do Formando

    UFCD 350 Comunicao Interpessoal Comunicao As

    estar cuidado ou no, o parecer este ou aquele tipo profissional, o estar ou no enquadrado num ou

    noutro grupo marca a relao, mais que no seja pelas expectativas que provoca, sobretudo, nas

    Outro aspecto dos factores pessoais a postura corporal. Naturalmente qu