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NOVOS FITADOS DE JORNALISMO UNIVERSIDADE DE COIMBRA QUEIMA DAS FITAS 2014 O ministro da educa- ção Nuno Crato rece- be hoje os recém-li- cenciados jornalistas no centro de emprego, para entrevistas in- frutíferas nos meios de comunicação. Uma fila interminável onde se encontra também o solidário Zé Povinho, desejoso por deixar de negar fiado aos por - tugueses. Apesar dos anúncios de vagas, o ministro da educação alerta “estamos a dar prioridade aos tachos. Os outros, o melhor é emigrar”.

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N O V O S F I TA D O S D E J O R N A L I S M O

U N I V E R S I D A D E D E C O I M B R AQ U E I M A D A S F I T A S 2 0 1 4

O ministro da educa-ção Nuno Crato rece-be hoje os recém-li-cenciados jornalistas no centro de emprego, para entrevistas in-frutíferas nos meios de comunicação. Uma fila interminável onde se encontra também o solidário Zé Povinho, desejoso por deixar de negar fiado aos por-tugueses. Apesar dos anúncios de vagas, o ministro da educação alerta “estamos a dar prioridade aos tachos.

Os outros, o melhor é emigrar”.

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“Capa negra usei, por Coimbra me apaixonei.”

Coimbra, nossa Coimbra, tens escritas nas pedras seculares histó-rias de outros tempos. Foste o marco da juventude de um país. Serás so-bretudo um marco na nossa juventude. Com o Mondego aos pés e a pra-ça cheia de estudantes. Com as infinitas Monumentais e o badalar da velha Cabra. A capa aos ombros ao passar no Arco de Almedina. O fado que as gui-tarras tocam durante as serenatas. A Queima das Fitas e a Festa das Latas.

Da alta até à baixa, não há nada que manche mais as tuas paredes se não esta saudade. Este amor que entristece por se conhecer o seu fim, por se saber que por muito eterna que sejas, em breve pertencerás a outros e o que nós em ti vivemos será vivido por eles. Não me interpretes mal, não há maior orgu-lho do que sentir que abraçamos uma herança de gerações perdidas no tem-po e que a passamos aos que vêm depois, tal como nos foi entregue a nós.

É respirar-te Coimbra! É o orgulho de vestir de negro e ver as tuas ruas varridas constantemente pelas nossas vestes. Iremos sempre emocionar-nos com o luar espelhado no Mondego. Por tudo o que nos deste, por todos os que nos deste, terás sempre lugar em nós. Cegos não seremos, porque te vimos, com os olhos e com o coração, e viveremos para sempre, porque sabemos que te amámos.

Saudações Académicas

A Comissão Central da Queima das Fitas 2014

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Coimbra,  25  de  abril  de  2014  

 

Queridos  e  queridas  estudantes,  

 

Escrevo-­‐vos   em   jeito  de   carta  porque   entendo   ser   o  discurso  mais  próximo  da  

conversa   viva   e   animada   que   pessoas   que   se   querem   bem   gostam   de   ter.  

Escolheram-­‐me  a  mim  para  deixar  um  testemunho,  em  nome  dos  professores  da  

secção  de  Jornalismo,  na  vossa  plaquete.  Recebi  esse  convite  como  um  desafio  e    

uma   honra,   mas   também   como   uma   grande   responsabilidade.   Sei   bem   a  

importância  simbólica  que  este  momento  tem  para  vós  e  também  adivinho  que,  

daqui   a   umas   décadas,   hão   de  mostrar   aos   vossos   filhos   e   netos   este   livrinho,  

como  marca  de  um  tempo  de  juventude,  de  crescimento,  de  aprendizagem  e    de  

felicidade.  Por  isso,  os  textos  que  nele  se  imprimem  serão  resistentes  ao  tempo  e  

permanecerão  guardados,   entre   caricaturas   e   fotografias,   nas  vossas  memórias  

mais  queridas.  

 

Gabriel   García   Márquez,   escritor   de   todos   os   tempos   e   génio   da   literatura  

universal,   disse   um   dia   que   o   jornalismo   é   uma   vocação.   Nasce-­‐se   jornalista  

como   se   nasce   poeta,   pintor   ou   artista.     Porque,   para   o  Nobel   colombiano,   ser  

jornalista  não  era  uma  profissão  como  as  outras:  era  uma  arte  e  uma  arte  nobre,  

ombreando  a  literatura.  

Não   é   aqui   o   espaço   nem   o   tempo   para   desenvolver   esta   ideia,   pois,   embora  

contestada   por   alguns   e   polemizada   por   outros,   trata-­‐se   de   uma   ideia  

inspiradora  e  poética.  Bela,  como  todas  as  ideias  simples.  Carreia  uma  mensagem  

sobre   que   todos   os   estudantes   de   Jornalismo   deveriam   refletir:   a   de   que   o  

Jornalismo,   mais   do   que   um   ofício,   mais   do   que   uma   profissão,   é   a   honrada  

atividade  de  trabalhar  a  palavra  e  o  texto  para  o  bem  comum,  exigindo  de  quem  

o  pratica  empenho,  vocação,  dedicação  e  paixão.  Socorrendo-­‐me  novamente  de  

Gabo,  “ninguém  que  não  tenha  nascido  para  isso  e  esteja  disposto  a  viver  só  para  

isso   poderia   persistir   numa   profissão   tão   incompreensível   e   voraz,   cuja   obra  

termina  depois  de  cada  notícia,  como  se  fora  para  sempre,  mas  que  não  concede  

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um  instante  de  paz  enquanto  não  torna  a  começar  com  mais  ardor  do  que  nunca  

no  minuto  seguinte."  

Ora,   se,   no   tempo   em   que   García   Márquez   se   iniciou   no   jornalismo,   este   era  

aprendido   na   tarimba   das   redações   e   na   imersão   na   realidade,   hoje,   a  

complexidade  do  mundo,  a  revolução  digital,  o  império  da  imagem  e  a  velocidade  

da   informação  exigem  que  o  dom  do   jornalismo  –  permitam-­‐me  que  embarque  

nesta  ideia  –  seja  cultivado,  afeiçoado  e  trabalhado  com  estudo  crítico,  reflexão  e  

muito   conhecimento.   Como   todo   e   qualquer   dom,   também   este   precisa   de   ser  

burilado.   E   essa   foi,   espero,   a   nossa  missão   como   professores:   fornecer-­‐vos   as  

ferramentas   e   os   quadros   de   pensamento   que   vos   permitirão   amadurecer   a  

paixão  e  o  dom  com  que  nasceram,  esperando  que,  lá  fora,  longe  desta  colina  e  da  

velha  Torre,  possam  crescer  profissionalmente.  

Estou   certa   de   que,   daqui   a   uns   anos,   reconhecerão   o   valor   de   alguns   destes  

ensinamentos,  por  ora  apenas  sementes  germinais,  pois  será  com  base  neles  que  

conseguirão  tornar-­‐se  cidadãos  empenhados  e  jornalistas  interventivos.  

Termino  esta  carta,  desejando-­‐vos  a  todos  e  a  todas  uma  excelente  Queima  das  

Fitas  de  2014  e  muitas  felicidades  para  o  futuro  que  agora  começa!  

 

A  Professora  

Ana  Teresa  Peixinho  

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Aos nossos familiares, amigos, colegas e demais pessoas que nos acompanharam ao longo de todo este percurso, dedicamos estas pala-vras. Já lá vão vinte. É verdade, o nosso Jornalismo comemora vinte anos de existência na Faculdade de Letras da Universidade de Coim-bra. Nós, os novos fitados de Jornalismo, pisámos pela primeira vez os degraus da Sé Nova há quase três anos atrás, um amontoado de desco-nhecidos que juntos formavam um grupo a quem tudo parecia novo, até as pedras da calçada – e sei que se lembram do bater do sol no pescoço tão bem como eu.

Podíamos estar aqui a dizer que tudo o que ficou para trás é que era fácil e que o último ano é que custa, mas estaríamos a mentir. En-quanto caloiros, talvez a nossa maior preocupação fosse descobrir qual o caminho mais rápido para casa, decifrar o porquê de se entrar na FLUC pelo 4º piso ou simplesmente assimilar todas as tradições e curiosida-des que a nossa Coimbra nos tinha a dar. Talvez sim para uns, talvez não para outros. E sem dar conta, o “The No-Work Times” começava a tornar-se cada vez mais uma realidade, ao mesmo tempo que sentiamos a estranha sensação de envergar pela primeira vez a Capa e Batina. Aí já podíamos cantar orgulhosamente que “somos doutores!”.

O mesmo orgulho com que olhamos para trás e nos recordamos das reuniões, dos convívios, dos jantares e febradas, das dores no corpo bem marcadas que a semana de montagem do carro deixou, enfim, de tudo o que fez o número 18. E agora dirijo-me para vocês, para o meu ano, e digo-vos para esquecerem quem diz que tudo está a acabar e que a melhor altura da vossa vida já ficou para trás. Coimbra é nossa e nun-ca deixará de ser!

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Mais do que nunca, a Queima das Fitas de 2014 é a nossa Queima.

Por entre banhos de cerveja e fitas a abanarem, somos nós, o amigo Zé Povinho e o sempre presente Xavier! Se é verdade que o que se quer é que cada Carro de Jornalismo faça jus aos que desfilaram em anos ante-riores, não posso deixar de acreditar que com o “The No-Work Times” ficará um grande legado para os que se seguem.

Sentes que um tempo acabou…mas que outro está a começar!

Saudações Académicas,The No-Work Times

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Novos Fitados do Curso de Jornalismo

Ana Carolina Mosa CaetanoAna Luísa Lemos Teixeira

Ana Margarida Uva Santos Barreira de Sousa Ana Patrícia Casimiro de Abreu

Ana Patrícia da SilvaAna Rafaela Pereira VilãoAna Rita da Silva Cardoso

Ana Rita Freitas CruzAndré Martinho Moura Pereira

Andreia Filipa Dias FerroBarbara Anjos Pereira SantosBárbara Maria Josué Duarte

Beatriz Maria da Silva RodriguesCarina Daniela da Costa Dinis

Carla Alexandra Neves de OliveiraCarlos Alfredo dos Santos Pires

Catarina Alexandra Pereira PedroCatarina Torres Alves

Cátia Sofia da Silva CastelhanoCátia Vanessa Figueiredo Portela

Celine da Cunha BragaCláudia Carvalho Silva

Emanuel Jorge Sebastião PereiraFlávia Andreia Cid Gonçalves Correia Nunes

Inês da Fonseca Matias MarquesInês de Abreu Tafula

Inês Fernandes da Silva AraújoInês Filipa Garcia Borges

Jessica de Jesus FariaJoana Filipa Guimarães da Silva

Joana Isabel de Figueiredo CapinhaJoão Pedro Sampaio DuarteMara Lisandra Freitas Dias

Marcelino Jorge Martins CostaMargarida de Fidalgo e Madeira Gomes Pais

Maria Eduarda Pereira de Azevedo MotaMaria Rita Santos Casimiro Loio

Mariana Filipa dos Santos MendesMarta Sofia Salgado de Matos

Miguel André Vilaça dos Santos Patrão SilvaRicardo António Mendes Granada

Sara Isabel Ventura FernandesVera Mónica da Silva Pimenta

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Ana Carolina Mosa Caetano

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Ana Luísa Lemos Teixeira

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Ana Margarida Uva Santos Barreira de Sousa

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Ana Patrícia Casimiro de Abreu

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Ana Patrícia da Silva

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Ana Rafaela Pereira Vilão

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Ana Rita da Silva Cardoso

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Ana Rita Freitas Cruz

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André Martinho Moura Pereira

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Andreia Filipa Dias Ferro

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Barbara Anjos Pereira Santos

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Bárbara Maria Josué Duarte

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Beatriz Maria da Silva Rodrigues

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Carina Daniela da Costa Dinis

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Carla Alexandra Neves de Oliveira

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Carlos Alfredo dos Santos Pires

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Catarina Alexandra Pereira Pedro

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Catarina Torres Alves

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Cátia Sofia da Silva Castelhano

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Cátia Vanessa Figueiredo Portela

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Celine da Cunha Braga

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Cláudia Carvalho Silva

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Emanuel Jorge Sebastião Pereira

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Flávia Andreia Cid Gonçalves Correia Nunes

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Inês da Fonseca Matias Marques

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Inês de Abreu Tafula

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Inês Fernandes da Silva Araújo

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Inês Filipa Garcia Borges

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Jessica de Jesus Faria

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Joana Filipa Guimarães da Silva

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Joana Isabel de Figueiredo Capinha

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João Pedro Sampaio Duarte

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Mara Lisandra Freitas Dias

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Marcelino Jorge Martins Costa

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Margarida de Fidalgo e Madeira Gomes Pais

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Maria Eduarda Pereira de Azevedo Mota

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Maria Rita Santos Casimiro Loio

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Mariana Filipa dos Santos Mendes

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Marta Sofia Salgado de Matos

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Miguel André Vilaça dos Santos Patrão Silva

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Ricardo António Mendes Granada

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Sara Isabel Ventura Fernandes

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Vera Mónica da Silva Pimenta

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AGRADECIMENTOSAdega Avelino Restaurante

Abílio Rodrigues Peixoto e Filhos S.A.Ana Paula Fortunato dos Santos Lopes

António Manuel de Jesus MotaAugusto Vasconcellos

Aurora LopesCafé DiasCasa Paula

Célia VasconcellosClínica Médica Dr. José Belmiro

Cristina BragaFarmácia Central Pereira

Farmácia da Estação GuardaFernando Ferreira

Helena SilvaIsabel GarciaLeo Cunha

MarcobrindeMaria da Conceição Veiga

Miriam MayorMurillo Filho

Padaria Cafetaria “Padrão”, Lda.Ponto Conforto

Supermercado “Rechear & Poupar”, Lda.Mara Dias

Jessica Faria

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