16. Radiologia Oral

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    TCNICAS RADIOGRFICAS INTRA E

    EXTRA BUCAIS E INTERPRETAO

    RADIOGRFICA

    FBIO CORNIATI

    RADIOLOGISTA E IMAGINOLOGISTA

    CRO 78118

    ndice Tcnicas Radiogrficas Intrabucais ............................................................................................01 1.0 Consideraes Gerais ........................................................................................................ ...01

    1.1 Plano de Camper ............................................................................................... .....01

    1.2 ngulos de Incidncia do feixe de Raios-X ..............................................................01

    1.2.1 ngulos Verticais ..................................................................................01

    1.2.2 ngulos Horizontais..............................................................................01

    1.3 reas de Incidncia do feixe de Raios-X ..................................................................02

    1.3.1 Mandbula ............................................................................................02

    1.3.2 Maxila ...................................................................................................02

    1.4 Posicionamento dos Filmes .....................................................................................02

    1.5 Distncia Focal Tempo de Exposio ....................................................................03

    2.0 Tcnica Periapical da Bissetriz ............................................................................................ .03

    3.0 Tcnica Radiogrfica do Paralelismo ....................................................................................06

    3.1 Vantagens e Desvantagens .....................................................................................06

    4.0 Tcnica Radiogrfica Interproximal .....................................................................................09

    4.1 Tcnica Interproximal Regio de Molares ...............................................................10

    4.2 Tcnica Interproximal Regio de Pr-Molares ........................................................10

    4.3 Tcnica Interproximal para Dentes Anteriores (Tcnica de Lowet) ........................10

    5.0 Tcnica Radiogrfica Oclusal ................................................................................................11

    5.1 Procedimentos Tcnicos .........................................................................................12

    5.2 Tcnica Oclusal em Odontopediatria ......................................................................14

    Tcnicas Radiogrficas Extrabucais ...........................................................................................14

    6.0 Consideraes Gerais ........................................................................................................ ...15

    6.1 Fatores Relevantes no Estudo das Tcnicas Radiogrficas Extrabucais ..................15

    6.1.1 Distncia Focal .....................................................................................15

    6.1.2 Quilovoltagem (KVp) ............................................................................15

    6.1.3 Miliamperagem (mA) ...........................................................................15

    6.1.4 Tempo de Exposio (s) .......................................................................15

    6.1.5 Colimao .............................................................................................15

    6.1.6 Filtrao ...............................................................................................15

    6.1.7 Filmes Radiogrficos e Placas Itensificadoras ......................................15

    6.1.7.1 Classificao das Pacas Itensificadoras ...................................15

    6.2 Classificao das Tcnicas Extrabucais ....................................................................16

    6.2.1 Lateral da Mandbula (Exame do ngulo e Ramo) ...............................16

    6.2.2 Lateral da Mandbula (Exame do Corpo) .............................................17

    6.2.2.1 Modificao de Djian ...............................................................17

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    6.2.3 Lateral da Cabea ............................................................................ .....17

    6.2.4 Radiografia Cefalomtrica ....................................................................18

    6.2.5 Pstero-Anterior da Mandbula (PAM) ................................................18

    6.2.6 Pstero-Anterior dos Seios Frontais ....................................................19

    6.2.7 Pstero-Anterior do Seio Maxilar (PA) .................................................20

    6.2.8 Axial ......................................................................................................20

    6.3 Tcnicas Radiogrficas Extrabucais com Filmes Oclusais ........................................21

    6.3.1 Incidncia para Exame do Corpo e ngulo da Mandbula ....................21

    6.3.2 Incidncia para o Ramo da Mandbula .................................................21

    6.3.3 Incidncia da Regio Nasal ...................................................................22

    6.3.4 Incidncia para o Seio Maxilar .............................................................22

    6.3.5 Incidncia para perfil Anterior da Maxila e Mandbula ........................22

    6.3.6 Incidncia para Exame do Processo Condilar da Mandbula ...............22

    7.0 Mtodos de Localizao Radiogrfica ..................................................................................23

    7.1 Mtodo de Clark ......................................................................................................23

    7.1.1 Indicaes ............................................................................................24

    7.2 Mtodo de Mille-Winter .........................................................................................24

    7.2.1 Modificao de Donovan .....................................................................25

    7.3 Mtodo de Parma ...................................................................................................26

    7.4 Mtodo Estereoscpico ..........................................................................................26

    7.5 Tcnicas Radiogrficas Conjugadas .........................................................................27

    7.6 Tcnicas Radiogrficas com o Emprego de Substncias de Contraste ....................27

    7.7 Mtodo de Le Master ..............................................................................................27

    8.0 Radiografias Panormicas ................................................................................ ....................27

    8.1 Princpio Concntrico ..............................................................................................27

    8.2 Princpio Excntrico ............................................................................................. ....28

    8.3 Princpio Concntrico e Excntrico ..........................................................................30

    8.4 Elipsopantomografia ...............................................................................................31

    9.0 Tcnicas Radiogrficas para Estudo da Articulao Temporomandibular ...........................31

    9.1 Lateral Transfacial ...................................................................................................31

    9.2 Lateral Transcranial .................................................................................................32

    9.2.1 Tcnica Lateral Transcranial de Gillis ...................................................32

    9.2.2 Tcnica Lateral Transcranial de Grewcock ...........................................33

    9.2.3 Tcnica Lateral Transcranial de Lindblom ............................................33

    9.2.4 Tcnica Lateral Transcranial de Updegrave .........................................34

    9.3 ntero-Posterior ........................................................................... ..........................34

    9.4 Infero-Superior ........................................................................................................35

    10.0 Sialografia ............................................................................................ ..........................36

    10.1 Posio do Paciente para a Radiografia da Glndula Partida .........................36

    10.2 Posio do Paciente para a Radiografia da Glndula Submandibular ...............36

    TCNICAS RADIOGRFICAS INTRABUCAIS

    1.0 Consideraes Gerais

    Tomadas Radiogrficas nas quais o filme colocado no interior da cavidade bucal.

    1.1 Plano de Camper: o Plano que passa pelos pontos craniomtricos Prio e Espinha Nasal Anterior, sendo representado externamente pela linha que vai do trgus asa do nariz a qual dever estar paralela ao Plano Horizontal, isso na Maxila; Na Mandbula, a linha de referncia a que vai do trgus comissura labial, pararela ao Plano Horizontal.

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    1.2 ngulos de incidncia do feixe de Raios-X: Estes ngulos so determinados posicionando-se o feixe de Raios-X em relao Linha de Ocluso e ao Plano Sagital Mediano, obtendo assim os ngulos horizontais e verticais.

    1.2.1 ngulos Verticais: ngulos obtidos movimentando-se o cilindro dos aparelhos de Raios-X em relao linha de Ocluso. Estes sero positivos na Maxila e Negativos na Mandbula, sendo determinados pelo gonimetro existente no cabeote do aparelho de Raios-X, segue abaixo uma mdia dos ngulos Verticais, entretanto modificaes podero ser utilizadas.

    ngulos Verticais indicados na Maxila e Mandbula (Tcnica da Bissetriz).

    Maxila Mandbula

    Molares +20 a +30 -0 a -5

    Pr-Molares +30 a +40 -5 a -10

    Caninos +40 a +45 -10 a -15

    Incisivos +45 a +50 -15 a -20

    1.2.2 ngulos Horizontais: Esto relacionados com o Plano Sagital Mediano. O objetivo principal do seu uso determinar que o feixe central de Raios-X seja paralelo s faces interproximais dos dentes, evitando a superposio destas faces.

    ngulos Horizontais mdios indicados na tcnica radiogrfica periapical da Bissetriz

    Maxila Mandbula

    Incisivos 0 0

    Caninos 45 a 50 60 a 75

    Pr-Molares 70 a 80 70 a 80

    Molares 80 a 90 80 a 90

    1.3 reas de incidncia do feixe de Raios-X

    1.3.1 Mandbula

    - Regio de Molares: O feixe central de Raios-X ser orientado para incidir na regio correspondente interseco formada pela linha imaginria, traada a 1,0 cm para trs da comissura palpebral externa, perpendicular quela situada a 0,5 cm acima da borda livre da mandbula.

    - Regio de Pr-Molares: Feixe de Raios-X dever incidir na rea de interseco de uma linha imaginria determinada a partir do centro da pupila do paciente, este olhando para frente, perpendicular quela localizada a 0,5 cm acima da base da mandbula.

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    - Regio de Caninos: O feixe incidir na interseco de uma linha imaginria que, partindo da regio da asa do nariz, seja perpendicular quela situada a 0,5 cm acima da borda livre da Mandbula.

    - Regio de Incisivos: Incidncia do feixe na rea de interseco de uma linha imaginria partindo do pice nasal quela situada 0,5 cm da borda livre da Mandbula.

    1.3.2 Maxila

    Para a Maxila deveremos utilizar a mesma orientao descrita para os dentes da Mandbula dever ser observada, sendo que as reas de incidncia do feixe de Raios-X sero determinadas pela interseco das linhas imaginrias, anteriormente descritas, com aquela que vai do trgus asa do nariz a qual estar orientada paralelamente ao Plano Horizontal.

    1.4 Posicionamento dos Filmes: - Lado de exposio voltado para o feixe de Raios-X; - Para Molares e Pr-Molares, o longo eixo do filme dever ser paralelo ao Plano Horizontal, e perpendicular, quando se tratar de Caninos e Incisivos; - O picote dever ficar dirigido para a poro oclusal ou mesial dos dentes, indicativo de lado esquerdo ou direito; - O posicionamento do filme dever ultrapassar a face oclusal ou incisal dos dentes cerca de 4 a 5 mm; - Os filmes devero ser distribudos na cavidade bucal da seguinte maneira: 1. Regio de Molares Superiores e Inferiores; 2. Regio de Pr-Molares Superiores e Inferiores; 3. Regio de Caninos e Laterais para Superiores e Caninos para Inferiores; 4. Regio de Incisivos Centrais para Superiores e Incisivos Laterais e Centrais Inferiores. - Teremos 14 radiografias para o exame radiogrfico completo periapical.

    1.5 Distncia Focal Tempo de Exposio:

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    A distncia focal na tcnica da bissetriz de 20 cm, e dada encostando o cilindro na face

    do paciente. Em relao ao tempo de exposio dever ser obedecida a determinao do fabricante do

    filme que estar sendo utilizado.

    2.0 Tcnica Periapical da Bissetriz (CIESZYNSKI) A Regio dos Dentes Molares Superiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    B Regio dos Dentes Pr-Molares Superiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    C Regio dos Dentes Caninos e Laterais Superiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

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    D Regio dos Dentes Incisivos Centrais Superiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    E Regio dos Dentes Molares Inferiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    F Regio dos Dentes Pr-Molares Inferiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

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    G Regio dos Dentes Caninos Inferiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    H Regio dos Dentes Incisivos Inferiores 1. Posio da Cabea do Paciente; 2. Relaes Cilindro Aberto/Dentes/Filme; 3. Posio Dentes/Filme; 4. Posio do Filme/Dentes/Plano Bissetor.

    3.0 Tcnica Radiogrfica do Paralelismo

    Tambm conhecida como Tcnica do Cone-Longo ou Cilindro Longo. Diferena entre as Tcnicas do Paralelismo e da Bissetriz:

    1. Emprego de suportes especiais para o filme radiogrfico proporcionando assim a obteno de uma imagem radiogrfica com menor grau de ampliao. 2. As reas de incidncia do feixe de Raios-X, assim como a determinao dos ngulos verticais e horizontais, so facilitadas pelo posicionamento do suporte porta-filmes. 3. A distncia focal na tcnica do paralelismo de 40 cm, enquanto que na tcnica da Bissetriz de 20 cm, o que proporciona melhores detalhes radiogrficos.

    3.1 Vantagens e Desvantagens

    Vantagens: 1. Maior simplicidade na execuo do exame radiogrfico, no havendo necessidade do posicionamento correto da cabea do paciente.

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    1. Menor grau de ampliao da imagem radiogrfica. 2. Exame radiogrfico padronizado, com a possibilidade de se obter radiografias iguais em pocas diferentes. 3. Determinao dos ngulos verticais e horizontais, pelo posicionamento do suporte porta-filmes.

    Desvantagens: 1. Maior possibilidade de movimentos do paciente devido a um maior tempo de exposio. 2. Proporciona mais desconforto do paciente. 3. Maior custo operacional, devido ao uso do suporte porta-filmes.

    Tcnica Periapical do Paralelismo

    A Regio dos Dentes Molares Superiores; 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    B - Regio dos Dentes Pr-Molares Superiores 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

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    C Regio dos Dentes Caninos e Incisivos Laterais Superiores; 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    D Regio dos Dentes Incisivos Centrais Superiores; 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    E Regio dos Dentes Molares Inferiores; 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

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    F Regio dos Dentes Pr-Molares Inferiores 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    G Regio dos Dentes Caninos Inferiores; 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    H Regio dos Dentes Incisivos Centrais e Laterais Inferiores 1. Posio do Filme Radiogrfico; 2. Relao Filme Radiogrfico e Dentes; 3. Relao Dentes Molares e Suporte Porta-Filmes.

    3.0 Tcnica Radiogrfica Interproximal

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    Tambm conhecida como bite wing, devido ao fato de utilizarmos um filme radiogrfico

    provido de uma asa de mordida. A sua indicao principal o exame das faces interproximais dos dentes posteriores e da

    crista ssea alveolar. Utilizamos os filmes radiogrficos convencionais 3X4 cm, com uma asa de mordida

    confeccionada em cartolina e fixada com fita adesiva.

    Distribumos os filmes radiogrficos em 4 regies distintas: regio dos dentes molares (superiores e inferiores) e regio de dentes pr-molares (superiores e inferiores).

    Na tcnica radiogrfica interproximal, a cabea do paciente dever ser posicionada de tal maneira que o Plano Sagital Mediano fique perpendicular ao Plano Horizontal e a linha de referncia trgus comissura labial esteja paralela ao Plano Horizontal.

    As reas de incidncia do feixe dos Raios-X obedecem a seguinte orientao: a. Regio de Molares: orientamos o feixe perpendicularmente face vestibular dos dentes segundos molares, com a angulao vertical de + 8, com a incidncia na linha de orientao trgus comissura labial. b. Regio de Pr-Molares: o feixe direcionado com ngulo vertical de + 8, perpendicularmente face distal dos segundos pr-molares.

    4.1 Tcnica Interproximal Regio de Molares (Superiores e Inferiores) 1. Posicionamento do filme Radiogrfico Interproximal; 2. Relao dentes e filme radiogrfico interproximal; 3. Relao Asa de Mordida e dentes.

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    4.2 Tcnica Interproximal Regio de Pr-Molares (Superiores e Inferiores) 1. Posicionamento do filme radiogrfico; 2. Relao dentes e filme radiogrfico interproximal; 3. Relao asa de mordida e dentes.

    4.3 Tcnica Radiogrfica interproximal para dentes anteriores (Tcnica de Lowet)

    Nesta Tcnica empregamos o filme radiogrfico convencional 3X4 cm em nmero de trs, ou seja, para as regies dos dentes caninos e incisivos laterais e centrais superiores e dentes incisivos laterais e centrais inferiores.

    Utilizamos um chassi porta-filmes, confeccionado com uma lmina de chumbo na espessura de 1 mm, que servir de orientao durante as tomadas radiogrficas, protegendo a poro do filme que ser destinada segunda tomada radiogrfica dos dentes inferiores.

    O posicionamento da cabea do paciente idntico quele realizado durante a prtica da

    Tcnica Radiogrfica Periapical da Bissetriz. As reas de incidncias do feixe de Raios-X sero determinadas altura da regio do colo dentrio (poro limtrofe a coroa dentria e a raiz).

    Para a regio dos dentes incisivos centrais superiores e caninos e incisivos laterais, empregamos uma angulao vertical de + 35, para as regies dos dentes inferiores (caninos e incisivos), o ngulo vertical de 15. Para o ngulo horizontal emprega-se 0 para a regio dos dentes incisivos centrais superiores e incisivos inferiores, j para a regio dos dentes caninos

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    (superiores e inferiores) e incisivos laterais superiores utiliza-se uma angulao varivel de 45 a 50.

    5.0 Tcnica Radiogrfica Oclusal

    O uso da Tcnica Oclusal se aplica no exame de pacientes edntulos, principalmente na pesquisa de razes residuais, dentes inclusos, dentes supranumerrios ou no estudo de grandes reas patolgicas ou anmalas.

    Dentre as vrias indicaes do exame radiogrfico oclusal, podemos aplic-lo no estudo de fraturas dos maxilares, na pesquisa de sialolitos nos condutos de Wharton (glndulas salivares submandibulares), nas mensuraes ortodnticas para a determinao e controle do tamanho dos maxilares, ou ainda, no estudo das fendas palatinas.

    O posicionamento da cabea do paciente na tcnica oclusal : o Plano Sagital Mediano dever ser perpendicular ao Plano Horizontal. Em relao s linhas de orientao, devero estar dispostas da seguinte maneira:

    a. Exame da Maxila: Linha de orientao trgus asa do nariz paralela ao Plano Horizontal; b. Exame da Mandbula: Linha de orientao trgus comissura labial a 45 com o Plano Horizontal.

    O filme utilizado nesta tcnica possue 5,7 X 7,5 cm, sua fixao feita pelos dentes do paciente quando estes os possuem ou pelos dedos polegares na Maxila e indicadores na Mandbula, quando o paciente for edntulo.

    Posicionamento do filme oclusal, em relao ao Plano Sagital Mediano, nos exames radiogrficos oclusais totais da Maxila e Mandbula.

    Classificao dos exames oclusais, ngulos verticais e horizontais e reas de incidncia

    Maxila Diviso ngulo Vertical ngulo Horizontal

    reas de incidncia

    Total + 65 0 Glabela

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    Dentes Incisivos

    + 65 0 pice do Nariz

    Dentes Caninos + 65 45 Forame Infra-Orbital

    Dentes Pr-Molares e Molares

    + 65 90 Forame Infra-Orbital

    Assoalho do seio Maxilar

    + 80 0 Forame Infra-Orbital

    Regio do

    Tber

    + 45

    45

    3 cm atrs da comissura palpebral externa

    Mandbula Diviso ngulo Vertical ngulo Horizontal

    reas de Incidncia

    Total

    -90

    0

    Poro Mediana do assoalho

    Bucal

    Parcial

    -90

    0

    Lado da mandbula

    interessada no exame

    Regio de Snfise

    - 55 0 Snfise da mandbula

    5.1 Procedimentos Tcnicos

    1. Regio Total da Maxila

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Maxila.

    2. Regio dos Dentes Incisivos Superiores

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Maxila.

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    3. Regio dos Dentes Caninos, Pr Molares e Molares Superiores, Assoalho do Seio Maxilar e Regio do Tber.

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Maxila.

    4. Regio Total da Mandbula

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Mandbula.

    5. Regio Parcial da Mandbula

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Mandbula.

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    6. Regio da Snfise Mandibula

    Relacionamento do filme oclusal com o Plano Sagital Mediano e Dentes da Mandbula.

    5.2 Tcnica Oclusal em Odontopediatria

    Utilizamos 4 filmes periapicais convencionais (3X4 cm) e 1 filme oclusal para realizarmos um exame radiogrfico completo em pacientes com dentio decdua. A Tcnica consiste em dobrarmos o filme periapical para examinarmos a regio de molares decduos, sua fixao feita pela ocluso, na poro dobrada como uma asa de mordida. A rea de incidncia a mesma utilizada na Tcnica da Bissetriz.

    Para a regio dos dentes molares decduos superiores usamos uma angulao vertical de + 30, para os inferiores cerca de 15. Com relao ao ngulo horizontal, empregam-se 90.

    No exame radiogrfico da regio dos dentes decduos anteriores, empregamos um filme oclusal, dobrado ao meio, a fixao do filme oclusal feita pelo prprio paciente, em ocluso. Executamos 2 tomadas radiogrficas: uma para os dentes anteriores da Maxila, empregando-se uma angulao vertical de + 65, e outra para a regio da Mandbula, com uma angulao vertical de 35.

    TCNICAS RADIOGRFICAS EXTRABUCAIS 6.0 Consideraes Gerais:

    Exame realizado quando necessitamos de uma explorao radiolgica mais ampla, que

    inclua regies anatmicas maiores.

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    6.1 Fatores Relevantes no Estudo das Tcnicas Radiogrficas Extrabucais

    6.1.1 Distncia Focal A distncia rea-focal e objeto podem variar de 60 a 90 cm, dependendo da tcnica utilizada.

    6.1.2 Quilovoltagem (KVp)

    A quilovoltagem est relacionada a espessura da regio a ser radiografada, e conseqentemente, o poder de penetrao dos Raios-X controlado pelo KVp.

    Para aumentarmos o poder de penetrao de Raios-X elevamos o KVp. Nas Tcnicas Radiogrficas Extrabucais o KVp de 65, ou acima, o que proporciona uma escala Mdia de contraste.

    6.1.3 Miliamperagem (mA)

    o fator responsvel pela escala de densidades de uma radiografia e condiciona o tempo de exposio do filme radiogrfico ao do feixe de Raios-X. A mA nas Tcnicas Extrabucais pode variar de 10 a 20 mA.

    6.1.4 Tempo de Exposio (s)

    Est relacionado espessura e densidade das regies radiografadas. Quanto maior o tempo maior a quantidade de Raios-X, nas Tcnicas Radiogrficas Extrabucais pode variar de 0,1 a 3 s.

    6.1.5 Colimao

    Sempre procuramos trabalhar com feixes de Raios-X de menor dimetro possvel, evitando, assim, exposio desnecessria ao paciente. A colimao ideal aquela obtida com o uso de cilindros abertos, revestidos por uma lmina de chumbo, na espessura mnima de 1 mm.

    6.1.6 Filtrao

    A filtrao do feixe de Raios-X conseguida utilizando-se o alumnio, na espessura de 2 mm, podendo chegar a 2,5 mm em algumas tcnicas.

    6.1.7 Filmes Radiogrficos e Placas Intensificadoras

    Os Filmes utilizados so os chamados screen, para os quais h necessidade da utilizao do chassi e placas intensificadoras.

    A formao da imagem dar-se- aproveitando-se a propriedade dos Raios-X a fluorescncia, que obtida pela incidncia do feixe de Raios-X nas placas intensificadoras, que produzindo luz, iro sensibilizar o filme radiogrfico intercalado no chassi-porta filmes entre as placas intensificadoras, as quais so constitudas de sais especiais: tungstato de clcio, platinocianeto de brio ou de terras raras.

    6.1.7.1 Classificao das Placas Intensificadoras: a. Rpidas Imagem Radiogrfica de Alta Intensificao; b. Lentas melhoram a definio da imagem radiogrfica; c. Mdias as mais utilizadas, dando equilbrio entre a velocidade e a definio da imagem radiogrfica obtida.

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    Os tamanhos dos filmes radiogrficos variam de 13 X 18 cm, 18 X 24 cm e 24 X 30 cm.

    6.2 Classificao das Tcnicas Radiogrficas Extrabucais

    1. Laterais a. Da Mandbula, para exame do ngulo e ramo; b. Da Mandbula, para exame do corpo; c. Da Cabea Tecidos Moles e Tecidos Duros; d. Cefalomtricas Telerradiografias.

    2. Pstero-Anteriores (PA) a. PA da Mandbula; b. PA do Seio Maxilar; c. PA do Seio Frontal.

    3. Axiais Para base do Crnio.

    6.2.1 Lateral da Mandbula (Para Exame do ngulo e Ramo)

    1. Posio do paciente: Plano Sagital Mediano paralelo ao chassi e inclinado a 60 em relao ao plano horizontal.

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Regio do ngulo da mandbula do lado oposto ao examinado.

    3. Direo do feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 0, ngulo Horizontal = 90. 4. Posio do Chassi porta-filmes: Inclinado a 60 em relao ao plano horizontal. 5. Fatores de Exposio:

    a. Distncia Focal: 50 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 0,3 s.

    6.2.2 Lateral da Mandbula (Para Exame do Corpo)

    Todas as manobras tcnicas e posicionamentos descritos para o exame lateral da mandbula, para exame do ngulo e ramo, se aplicam tambm para esta tcnica, sendo que a

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    nica modificao a posio da cabea do paciente, que dever aproximar o pice nasal ao chassi porta-filmes.

    6.2.2.1 Modificao de Djian

    Tambm conhecida como incidncia de Alexander ou desfile do Maxilar, muito empregada para exames de pacientes politraumatizados, onde a inclinao da cabea de difcil execuo.

    O posicionamento do paciente feito colocando-o com o Plano Sagital Mediano paralelo ao plano do chassi porta-filmes e perpendicular ao plano horizontal. O feixe de Raios-X direcionado regio do ngulo da Mandbula, do lado oposto ao examinado, com uma angulao vertical de -30. Todos os outros procedimentos tcnicos so idnticos queles realizados na Tomada Radiogrfica Extrabucal Lateral da Mandbula.

    6.2.3 Lateral da Cabea

    1. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano paralelo ao plano do chassi porta-filmes e perpendicular ao plano horizontal, e plano de Frankfort paralelo ao plano horizontal.

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Na regio do trgus do lado oposto quele examinado.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 0; ngulo Horizontal = 90. 4. Posio do chassi Porta-Filmes: Perpendicular ao Plano Horizontal. 5. Fatores de Exposio:

    a. Distncia Focal: 60 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 1,0 s.

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    6.2.4 Radiografia Cefalomtrica

    Para a execuo da tcnica h a necessidade do emprego de um equipamento provido de um cefalostato, que tem por finalidade manter o paciente na posio correta desejada, mesmo em diferentes pocas. Tambm conhecidas como telerradiografias sua aplicao maior na ortodontia e cirurgia ortogntica.

    1. Posio do Paciente: Posicionamento no cefalostato, mantendo-se o plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal, e o plano de Frankfurt paralelo a esse mesmo plano.

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Na regio do trgus do lado oposto da cabea quele examinado.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 0; ngulo Horizontal = 90. 4. Posio do chassi Porta-Filmes: Perpendicular ao Plano Horizontal, colocado no

    cefalostato.

    5. Fatores de Exposio: d. Distncia Focal: 1,50 m; e. Aparelho de Raios-X: 90 KVp, 15 mA; f. Tempo de Exposio: 1,0 s.

    6.2.5 Pstero-Anterior da Mandbula (PAM)

    1. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal, mantendo a regio frontal e do pice nasal apoiada no chassi porta-filmes (posio occipito fronto nasal).

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: 2 cm abaixo da protuberncia occipital externa.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 0; ngulo Horizontal = 0.

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    4. Posio do chassi Porta-Filmes: Perpendicular ao Plano Horizontal, colocado frente da cabea do paciente.

    5. Fatores de Exposio: a. Distncia Focal: 80 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 1,0 s.

    6.2.6 Pstero-Anterior dos Seios Frontais

    1. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal, mantendo a regio frontal e do pice nasal apoiada no chassi porta-filmes (posio occipito fronto nasal).

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: 3 cm acima da protuberncia occipital externa.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = + 20; ngulo Horizontal = 0. 4. Posio do chassi Porta-Filmes: Perpendicular ao Plano Horizontal, colocado frente

    da cabea do paciente.

    5. Fatores de Exposio: a. Distncia Focal: 80 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 2,0 s.

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    6.2.7 Pstero-Anterior do Seio Maxilar (PA), Pstero Anterior de Waters-Waldron, Occipitonasal, Occipitomentoniana ou Vrtice.

    1. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal, mantendo a regio do mento apoiada no chassi porta-filmes e a regio do pice nasal afastada cerca de 1,5 a 3,0 cm.

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Na rea determinada pela passagem de uma linha imaginria tangente a orbita.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 0; ngulo Horizontal = 0. 4. Posio do chassi Porta-Filmes: Perpendicular ao Plano Horizontal, colocado frente

    da cabea do paciente.

    5. Fatores de Exposio: a. Distncia Focal: 80 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 3,0 s.

    6.2.8 Axial, Incidncia Basal, De Base do Crnio, Incidncia raiz-Base, Spero-Inferior, Vrtice-Submento ou Incidncia de Hirtz.

    1. Posio do Paciente: Sentado, com a cabea em hiperextenso, e a regio submentoniana apoiada sobre o chassi porta-filmes, e plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal.

    2. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Na altura do vrtice do crnio, formando um ngulo de 65 com o plano do chassi porta-filmes.

    3. Direo do Feixe de Raios-X: ngulo Vertical = 65 a 80; ngulo horizontal = 0. 4. Posio do chassi Porta-Filmes: Paralelo ao Plano Horizontal. 5. Fatores de Exposio:

    a. Distncia Focal: 60 a 75 cm; b. Aparelho de Raios-X: 65 KVp, 10 mA; c. Tempo de Exposio: 3,0 a 4,0 s.

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    6.3 Tcnicas Radiogrficas Extrabucais com Filmes Oclusais

    PANELLA & cols. Sugerem o uso de um suporte porta-filmes, que orienta o posicionamento dos filmes oclusais na realizao desta tcnica.

    6.3.1 Incidncia para Exame do corpo e ngulo da Mandbula

    a. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal. b. Posio do Suporte/Filme: O longo eixo do suporte/filme deve ficar paralelo regio do

    corpo e ngulo, usando o suporte em que o longo eixo do filme fique paralelo regio.

    c. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: ngulo da hemimandbula do lado oposto. d. Distncia Foco-Filme: 30 cm em mdia, variando de acordo com a conformao

    anatmica do paciente.

    e. ngulo vertical 30 e Horizontal 80. f. Tempo de Exposio: 4 a 5 s. g. Indicaes: Localizao do terceiro molar nas suas mais variadas posies, leses

    patolgicas, fraturas, etc.

    6.3.2 Incidncia para o Ramo da Mandbula

    a. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal. b. Posio do Suporte/Filme: O longo eixo do suporte/filme deve ficar paralelo ao ramo da

    mandbula, usando o suporte em que o longo eixo do filme fique na posio vertical.

    c. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: ngulo da mandbula do lado oposto. d. Distncia Foco-Filme: 30 cm em mdia, variando de acordo com a conformao

    anatmica do paciente.

    e. ngulo vertical 30 e Horizontal 80. f. Tempo de Exposio: 4 a 5 s.

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    g. Indicaes: Inclusos, posteriores ao 3 Molar Inferior, localizao de agulhas fraturadas na regio pterigomandibular, leses patolgicas, fraturas, etc.

    6.3.3 Incidncia da Regio Nasal

    a. Posio do Paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal. b. Posio do Suporte/Filme: O longo eixo do suporte/filme deve ficar paralelo nasal,

    usando o suporte em que o longo eixo do filme fique na posio vertical.

    c. rea de Incidncia do feixe de Raios-X: Perpendicular a regio nasal, oposto radiografada.

    d. Distncia Foco-Filme: 30 cm em mdia, variando de acordo com a conformao anatmica do paciente.

    e. ngulo vertical 0 e Horizontal 90. f. Tempo de Exposio: 4 a 5 s.

    6.3.4 Incidncia para Seio Maxilar, em Norma lateral, visualizao no sentido ntero-Posterior

    a. Posio do Paciente: O Plano Sagital Mediano deve ficar perpendicular ao Plano Horizontal e o plano oclusal paralelo ao plano horizontal; O filme deve ser colocado no suporte no sentido horizontal e mantido junto face, posicionado sobre a hemimaxila interessada, com a borda inferior paralela ao plano oclusal.

    b. Angulao vertical e horizontal: Para a regio do seio maxilar, o feixe de Raios-X deve incidir perpendicular em ambos os sentidos, vertical e horizontal.

    c. Indicao: Para localizar corpos estranhos no interior do seio maxilar.

    6.3.5 Incidncia para perfil anterior da maxila e mandbula

    a. Posio do Paciente: A direo do feixe de Raios-X deve ser dirigida atravs do tero mdio da maxila ou mandbula e o filme colocado perpendicularmente, no sentido vertical e horizontal.

    b. Tempo de Exposio: 4 a 5 s. c. Indicao: Para visualizar a parte anterior da maxila ou da mandbula, em perfil.

    6.3.6 Incidncia para exame do processo Condilar da Mandbula

    a. Posio do paciente: Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal e plano oclusal paralelo ao plano horizontal.

    b. Posio do Suporte/Filme: Colocados perpendicularmente ao plano horizontal, encostados na face do paciente, na altura da regio temporomandibular.

    c. rea de incidncia do feixe de Raios-X: Regio temporomandibular do lado oposto ao examinado, com angulao vertical de 8 e de 10 de angulao horizontal, de frente para trs, (Tcnica de McQueen).

    d. Distncia Focal: 30 cm. e. Tempo de Exposio: 4 a 5 s. f. Indicaes: Exame do processo condilar da mandbula.

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    7.0 Mtodos de Localizao Radiogrfica

    7.1 Mtodo de Clark

    Conhecido como mtodo do Princpio da Paralaxe, Deslocamento Horizontal do Tubo ou do Deslizamento.

    Princpio da Paralaxe: - Ao examinarmos dois objetos semelhantes que se encontram em linha reta, sobrepostos,

    o objeto mais prximo at certo ponto encobrir o mais distante; - Ao examinarmos estes dois objetos sobrepostos em linha reta, se o observador deslocar-

    se para a direita ou para a esquerda notar que um dos referidos objetos deslocar-se- em direo contrria quela realizada pelo observador, e o outro acompanhar a direo do desvio executado.

    Ou seja:

    A. O objeto que estiver mais prximo do observador deslocar-se- em sentido contrrio ao deslocamento desse observador;

    B. O objeto mais distante do observador deslocar-se- no mesmo sentido.

    Clark utilizou-se de duas radiografias periapicais da mesma regio, modificando apenas a angulao horizontal.

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    7.1.1 Indicaes: 1. Localizao radiogrfica dos dentes no irrompidos; 2. Nas dissociaes dos condutos radiculares; 3. Na localizao de anomalias e processos patolgicos no contexto das estruturas

    anatmicas examinadas; 4. Fraturas de dentes e corpos estranhos

    Esquema de Localizao do dente canino superior, no irrompido, pelo mtodo de Clark.

    7.2 Mtodo de Miller-Winter

    Tambm conhecida como Tcnica do ngulo Reto ou da Dupla Incidncia. Mtodo utilizado para localizar os dentes no irrompidos da regio dos molares inferiores.

    A Tcnica consiste no princpio da dupla incidncia: tomamos uma radiografia intrabucal periapical da regio dos dentes molares inferiores, para localizarmos o dente no irrompido, no sentido altura e largura. Para a determinao do dente no sentido vestbulo-lingual executa-se uma

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    radiografia oclusal direta, empregando-se um filme periapical convencional (3X4 cm), que mantido em posio, pelo paciente, com o fechamento levemente da boca.

    7.2.1 Modificao de Donovan

    Utilizada para terceiros molares onde a colocao do filme oclusal ser dificultada, assim sua colocao ser no ramo ascendente da mandbula, abrangendo a rea do trigonorretromolar, e com o auxlio do dedo indicador, o paciente mantm a borda do filme apoiada na superfcie do segundo molar inferior ou do rebordo alveolar, quando este estiver ausente. Ao dirigirmos o feixe de Raios-X central perpendicularmente ao filme, na tomada oclusal, deveremos inclinar a cabea do paciente, o mais possvel para o lado oposto quele que est sendo examinado, assim =, este estar dirigido ao ngulo mandibular, e pice nasal do paciente. Em relao ao tempo de exposio deveremos utilizar o dobro do tempo utilizado no exame periapical.

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    7.3 Mtodo de Parma

    Utilizado para diminuir as dificuldades encontradas, durante o exame radiogrfico intrabucal periapical, da regio dos molares inferiores, assim teremos uma modificao no posicionamento do filme, inclinando-o com o seu maior eixo, formando um ngulo com a linha de ocluso. Para maior comodidade do paciente, o filme poder sofrer dobras na poro superior e inferior, para uma melhor adaptao no assoalho bucal.

    7.4 Mtodo Estereoscpico

    A tcnica estereoscpica consiste em obtermos duas radiografias, com os filmes

    radiogrficos colocados na mesma posio. Consiste no emprego de uma angulao vertical convencional, para a regio que se est examinando, angulao esta que ser idntica nas duas tomadas radiogrficas. Em relao angulao horizontal faremos um desvio de 5 a 8 graus, direita e esquerda em relao a angulao horizontal comumente empregada. As radiografias devero ser identificadas com as letras D e E, correspondendo aos desvios realizados; quando do exame pelo profissional as mesmas devero ser colocados no aparelho estereoscpico ou montadas, para exame direto, obedecendo ao posicionamento quando da execuo das mesmas.

    No mtodo estereoscpico da viso direta, pode ser desenvolvido praticando-se a convergncia ou divergncia das imagens.

    Os crculos indicados superiormente facilitam a adaptao visual no sentido de se conseguir a fuso das imagens pelo mtodo da viso direta. Neste caso, a fuso pela divergncia, resultando uma imagem de um cone no qual o crculo maior est prximo do observador. J nos

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    crculos inferiores observamos uma situao inversa e a imagem do cone obtida por convergncia.

    7.5 Tcnicas Radiogrficas Conjugadas

    Em determinadas situaes a combinao de exames radiogrficos intra e extrabucais, em diferentes planos. Assim poderemos conjugar tcnicas radiogrficas oclusais, panormicas e laterais. 7.6 Tcnicas Radiogrficas com o Emprego de Substncias de Contraste

    Quando nos deparamos com grandes leses csticas do complexo maxilomandibular, uma localizao radiogrfica torna-se necessria, principalmente quando h suspeita de comprometimento anatmico. Assim aps a retirada do lquido cstico, introduzimos uma mesma quantidade de substncia de contraste, geralmente o Lipiodol.

    Para evidenciarmos a presena de bolsas periodontais, trajetos fistulosos e leses de tecidos moles podemos utilizar cones de guta-percha, que nos fornecero imagens radiogrficas radiopacas. 7.7 Mtodo de Le Master

    Utilizada na tcnica radiogrfica periapical da bissetriz na regio dos dentes molares superiores, onde ocorre com grande freqncia a superposio da imagem radiogrfica do processo zigomtico da maxila com aquela correspondente regio apical destes dentes, com isso teremos perda de detalhes. Constitu-se na colocao de um rolete de algodo, fixado ao filme radiogrfico, o que melhora as condies de paralelismo entre o longo eixo do filme e o dente. Conseqentemente diminumos a angulao vertical empregada na tcnica da bissetriz.

    7.8 Lateral Transcranial

    Esquema mostrando as variaes das angulaes vertical e horizontal para a tomada das radiografias da articulao temporomandibular pelas tcnicas laterais transcraniais.

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    7.8.1 Tcnica Lateral Transcranial de Gillis

    O paciente precisa estar com o Plano de Camper paralelo ao plano horizontal e os raios centrais do feixe de radiao tenham sua incidncia num ponto localizado polegada (1,27 cm) frente e 2 polegadas (5,08 cm) acima do meato acstico externo e dirigido no sentido da articulao temporomandibular ao lado oposto.

    7.8.2 Tcnica Lateral Transcranial de Grewcock

    O plano de orientao utilizado o Frankfurt paralelo ao plano horizontal e o ponto de entrada do feixe central da radiao deve estar situado a 1 polegada (2,54 cm) acima do meato acstico externo. O feixe central de radiao deve ser dirigido para a articulao temporomandibular do lado oposto.

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    7.8.3 Tcnica Lateral Transcranial de Lindblom

    Tem como orientao o plano de Camper para posicionamento da cabea do paciente. O ponto preconizado para a incidncia do feixe central da radiao 2 cm atrs e 6 cm acima do meato acstico externo e dirigido para a articulao temporomandibular do lado oposto.

    A relao entre a posio da cabea do paciente e o filme na obteno de radiografias da articulao temporomandibular mostra resultados aproximados. Ou seja, podemos deixar o plano sagital mediano do paciente paralelo ao filme e aplicarmos uma angulao predeterminada na incidncia da radiao, ou, ainda, realizarmos a incidncia perpendicular ao filme, mas tendo a cabea do paciente uma inclinao que permita a entrada da radiao em determinado ponto e sua sada justamente na regio da articulao temporomandibular a ser radiografada.

    OBS.: Os fatores indicados para as tcnicas radiogrficas laterais transcraniais 9.2.1, 9.2.2 e 9.2.3, podem ser: 65 KVp, 10mA, tempo de exposio de 0,6 s, distncia rea focal/filme com 20 cm.

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    7.8.4 Tcnica Lateral Trancranial de Updegrave

    Com esta tcnica faz-se necessrio um suporte para o apoio da cabea do paciente e uma haste especial para a orientao do cabeote do aparelho de Raios-X. Esse suporte tambm denominado de suporte 15. A tomada por esta tcnica deve-se posicionar a cabea do paciente no suporte e a colocao correta do cabeote do aparelho de Raios-X, conforme orientao da haste, sem se importar com o ponto de entrada do feixe central da radiao do lado oposto como alvo. Os mesmos fatores das incidncias laterais transcraniais podem ser utilizados nesta tcnica.

    7.9 ntero-Posterior (Tcnica de Zimmer ou Incidncia Transorbital)

    Essa tcnica tem como propsito de se ter uma viso ntero-posterior de todo o complexo da articulao temporomandibular, boa tcnica para a visualizao da cabea da mandbula e com o paciente de boca aberta. Um inconveniente a incidncia direta dos Raios-X na ris e cristalino do olho, juntamente com tireide e gnadas.

    A tcnica transorbital preconiza uma angulao vertical de 30 com o plano oclusal, e uma angulao horizontal de 20 com o plano sagital mediano, tendo os raios centrais do feixe de radiao uma incidncia perpendicular ao filme.

    Os fatores quando da utilizao do ecran ultra-rpido a uma distncia rea focal/filme de 60 cm, pode-se fazer uso de 65 KVp, 15 mA, tempo de exposio de 0,8s.

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    Esquema mostrando a incidncia perpendicular dos raios centrais do feixe de radiao no filme. A angulao vertical de 30 e a horizontal de 20 em relao ao plano de ocluso e

    sagital mediano, respectivamente.

    7.10 Infero-Superior

    Essa tomada nos mostra os desgastes patolgicos ou defeitos de formao do plo medial e/ou externo, alm da angulao horizontal das cabeas da mandbula.

    Para a execuo desta tcnica, devemos deixar a cabea do paciente de maneira tal que os bordos posteriores do ramo da mandbula permaneam paralelos ao plano horizontal e perpendiculares ao filme. Os raios centrais do feixe de radiao devem ser dirigidos para o centro do assoalho da boca, de modo que fiquem paralelos aos bordos posteriores do ramo da mandbula.

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    Neste tipo de radiografia podemos, ainda, conseguir a projeo uni ou bi lateral das cabeas da mandbula, desde que se modifique o exposto no pargrafo anterior e se faa a incidncia acompanhando o bordo posterior do ramo da mandbula, do lado da cabea da mandbula a ser radiografado. Na realizao desta tcnica devemos utilizar, um tempo de exposio de 3 s, a uma distncia rea focal/filme de 75 cm, 75 KVp e 15 mA.

    19.0 Bibliografia Atlas de Anatomia Humana Sobotta Volume 1 Vigsima Edio;

    Oral Radiology Principles and Interpretation White/Pharoah 2000, quinta edio;

    Panoramic Radiology Allan G. Farman Seminars on Maxillofacial Imaging and Interpretation;

    Radiologia Odontolgica Aguinaldo de Freitas, Jos Ed Rosa, Iclo Faria de Souza 2004, sexta

    edio.