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    ColniaImprio

    Repblica Velha

    Colnia e Imprio (1)

    A administrao colonial apresentava pouca organizao e diferenciao interna, sendo formada por umvasto conjunto de normas, atribuies, circunscries e misses extraordinrias.Eram ignorados princpios administrativos de organizao e diviso de trabalho, estruturaoorganizacional e hierarquia.Havia superposio de funes, ausncia de parmetros para definio das estruturas e subordinaesdiretas que subvertiam a hierarquia.

    Colnia e Imprio (2)

    A administrao colonial era organizada em quatro nveis: as instituies metropolitanas, a administraocentral, a administrao regional e a administrao local.

    Alm disso, em relao organizao territorial, o pas era dividido em capitanias, que constituam asprincipais unidades administrativas da colnia e influenciaram o desenho federativo posteriormenteadotado no Brasil.

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    Colnia e Imprio (3)

    A chamada administrao geral inclua o campo propriamente administrativo, mas tambm a funojudiciria. Os juzes exerciam funes judiciais e administrativas.A administrao geral s vezes se confundia com a administrao local.As cmaras exerciam funes legislativas, executivas e judicirias.

    Colnia e Imprio (4)

    As principais caractersticas da administrao colonial so a centralizao, a ausncia de diferenciaodas funes, o excesso de normas e o seu nvel de detalhamento, o formalismo excessivo e a ineficincia.Tais disfunes decorrem especialmente: da tentativa de trazer para a colnia as instituies existentes nametrpole; do grande vazio de autoridade no imenso territrio, compondo uma administrao pblicaautoritria e ineficaz.

    Colnia e Imprio (5)

    Pode-se afirmar que as bases do Estado nacional brasileiro foram fundamentadas a partir de doismomentos histricos, que provocaram a estruturao de um aparato institucional e burocrtico adequados necessidades de governo :A transferncia da corte para a colnia;A elevao do Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugal.

    Repblica Velha (1)

    A Proclamao da Repblica no alterou de forma significativa as estruturas socioeconmicas do pas.A produo e a riqueza continuaram associadas economia agrcola para exportao, baseada namonocultura e no latifndio.O principal plo econmico passou a ser a cafeicultura, levando mudana da concentrao do podernacional, das tradicionais elites cariocas e nordestinas para os cafeicultores paulistas.

    Repblica Velha (2)

    Assim, o Estado brasileiro de 1900 continuou oligrquico: a elite de senhores de terra (oligarquias) e depolticos patrimonialistas permaneceram controlando a economia e a poltica no pas.Havia, ainda, o predomnio de um estamento burocrtico semelhante ao que dominava Portugal, comorigem aristocrtica e relacionado aos ricos produtores rurais.

    Repblica Velha (3)

    Nesse contexto, estava em formao uma nova classe mdia, composto por polticos e burocrataspatrimonialistas.No dizer de Bresser Pereira: Formava-se, assim, um grupo que apropriava-se do excedente econmicopor meio do prprio Estado, e no por intermdio da atividade econmica.

    Repblica Velha (4)

    Alm de no haver alterao nas estruturas econmica e de poder, falharam as tentativas de mobilizar e

    organizar a populao.O regime oligrquico mantinha-se com eleies fraudulentas. O eleitorado correspondia a um pequenopercentual da populao e convivia-se com o voto de cabresto.

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    Houve um movimento de descentralizao poltica: o poder dos governadores e das oligarquias locaisaumentou, dando origem poltica dos governadores.

    Repblica Velha (5)

    A Constituio de 1891, inspirada na Constituio americana (1787), consagrou a Repblica, ofederalismoe o regime presidencialista.A separao de poderes ficou mais ntida:O Legislativo era formado pela Cmara dos Deputados e pelo Senado, com membros eleitos paramandado de durao certa.Ampliou-se a autonomia do Judicirio.Foi criado o Tribunal de Contas, para fiscalizar a realizao da despesa pblica.

    Repblica Velha (6)

    As provncias foram transformadas em estados, com presidentes ou governadores eleitos.Os estados receberam significativa autonomia e arrecadao de receitas.As assemblias estaduais detinham competncia legislar acerca de uma ampla diversidade de temas,caracterizando um federalismo competitivo.

    A Reforma de 1936 (1)No Brasil, o modelo de administrao burocrtica comea a ser implantado de forma relevante a partir dosanos 30, durante o governo de Vargas.A reforma administrativa surge no contexto de acelerao da industrializao brasileira, com participaofundamental do Estado na realizao de investimentos macios no setor produtivo de bens e servios.

    A Reforma de 1936 (2)A implantao de uma administrao pblica burocrtica reflexo do crescimento de um capitalismomoderno no pas.A reforma foi formulada por Maurcio Nabuco e Luiz Simes Lopes, com o objetivo de conduz ir aadministrao pblica a um processo de racionalizao, com a criao de carreiras burocrticas e atentativa de adoo do concurso pblico como forma de ingresso de servidores.

    A Reforma de 1936 (3)Para a modernizao administrativa, foi criado o Departamento Administrativo do Servio Pblico - DASP.H forte influncia da Administrao Cientfica, com a busca da racionalizao mediante simplificao,padronizao e aquisio racional de materiais, reviso de estruturas e aplicao de mtodos na definiode procedimentos.Neste perodo, foi instituda a funo oramentria como atividade formal e vinculada ao planejamento.

    A Reforma de 1936 (4)Em relao administrao dos recursos humanos, o DASP representou a tentativa de estabelecer umaburocracia conforme o modelo weberiano, baseada na meritocracia.

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    Foram valorizados instrumentos como o concurso pblico e o treinamento profissional (embora no setenha conseguido adotar, a rigor, uma poltica de recursos humanos altura das necessidades do Estado).

    A Reforma de 1936 (5)Observaes:Mesmo aps a reforma, o Patrimonialismo conseguiu manter sua fora no quadro poltico e administrativobrasileiro.O tradicional coronelismo seria substitudo pelos ainda atuais clientelismo e fisiologismo.

    Questo de Prova - Cespe

    01. O Estado oligrquico, no Brasil, identificado com a Repblica Velha, e caracteriza-se pelaassociao entre as instituies polticas tradicionais e as entidades da sociedade civilmobilizadas em torno dos segmentos mais pobres e desprotegidos da populao, por meio de

    fortes redes de proteo social.

    Governo JK (1)A administrao burocrtica implantada a partir de 1930 sofreu sucessivas tentativas de reforma, comdiferentes graus de xito.As experincias variaram entre a nfase na extino e criao de rgos, de um lado, e a constituio deestruturas paralelas que visavam compensar a rigidez e a ineficincia burocrtica.

    Governo JK (2)No Governo JK foram criadas comisses especiais:Comisso de Estudos e Projetos Administrativos, para a realizao de estudos para simplificao dosprocessos administrativos e reformas ministeriais.Comisso de Simplificao Burocrtica, que visava elaborao de projetos direcionados para reformas

    globais e descentralizao de servios.Governo Joo GoulartO governo Goulart criou a Comisso Amaral Peixoto, que deu incio a novos estudos para a realizao dareforma administrativa.Seu principal objetivo era promover uma ampla descentralizao administrativa at o nvel do guich,alm de ampla delegao de competncia.Entretanto, aps o golpe de 1964, as propostas da Comisso no chegam a ser transformadas em lei.

    Resumo do perodo (1)Nesse perodo, cresce a distncia entre a administrao direta, submetida excessiva rigidez burocrtica,e a administrao descentralizada, com mais autonomia gerencial.

    Na Administrao Indireta contratava-se sem concursos, atraindo profissionais especializados eremunerando-os de acordo com o mercado. Com isso, eram criadas ilhas de excelncia no setorpblico, cercadas por uma Administrao Direta em situao precria.

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    Resumo do perodo (2)Houve avanos isolados durante os governos de Getlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jnio Quadros eJoo Goulart, mas mantiveram-se as prticas clientelistas e o baixo investimento na profissionalizao da

    burocracia.Para superar os obstculos realizao dos objetivos dos diversos governos, optava-se pela criao denovas estruturas paralelas administrao direta, ao invs de proceder-se esperada reformulao daburocracia pblica.

    Resumo do perodo (3)Afinal, as diversas tentativas de reforma, incluindo as comisses criadas e suas formulaes, trouxeramavanos conceituais que influenciariam as melhorias futuras na administrao pblica.Alis, boa parte das inovaes introduzidas pela reforma de 1967 j constavam das propostas da COSB,da CEPA e, especialmente, da Comisso Amaral Peixoto.

    A Reforma de 1967 (1)A reforma de 1967, feita pelo Decreto-Lei 200, foi uma tentativa de resolver as limitaes trazidas pelarigidez burocrtica.Bresser a considera como o primeiro momento da administrao gerencial no Brasil.

    Pautou-se pelo fortalecimento da Administrao Indireta, com a transferncia de atividades paraautarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    A Reforma de 1967 (2)Buscava-se obter maior flexibilidade e dinamismo operacional, por meio da descentralizao funcional.Foram institudos diversos princpios administrativos: racionalidade administrativa, planejamento eoramento, processos de desconcentrao e descentralizao, tentativa de reunir competncia einformao no processo decisrio, sistematizao, coordenao e controle.

    A Reforma de 1967 (3)As reformas do Decreto-Lei 200/67 no trouxeram mudanas no mbito da administrao burocrticacentral.

    Havia a coexistncia de ncleos de eficincia e competncia na administrao indireta e formasineficientes na administrao direta.

    A Reforma de 1967 (4)O ncleo burocrtico foi enfraquecido atravs de uma estratgia oportunista do regime militar, que nodesenvolveu carreiras de administradores pblicos de alto nvel.Optou-se por contratar os escales superiores da administrao atravs das empresas estatais.

    A Reforma de 1967 (5)Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administrao pblica teve incio, com acriao da SEMOR - Secretaria da Modernizao.Reuniu-se um grupo de administradores pblicos, muitos com ps-graduao no exterior, que buscouimplantar novas tcnicas de gesto, especialmente de recursos humanos, na administrao pblicafederal.

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    Questo de Prova - Cespe

    02. Dadas as inadequaes do modelo burocrtico implantado a partir da dcada de 30 do sculo

    passado, sucessivas tentativas de reforma foram implantadas, destacando-se o Decreto-Lei n.200/1967 como marco definitivo na tentativa de superao da rigidez burocrtica.Decreto 200/1967

    Art. 4 A ADMINISTRAO FEDERAL COMPREENDE:

    I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios integrados na estrutura administrativa daPresidncia da Repblica e dos Ministrios.

    II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas depersonalidade jurdica prpria:

    a) Autarquias;b) Emprsas Pblicas;c) Sociedades de Economia Mista.d) fundaes pblicas. (Includo pela Lei n 7.596, de 1987)

    Pargrafo nico. As entidades compreendidas na Administrao Indireta vinculam-se ao Ministrio em cujarea de competncia estiver enquadrada sua principal atividade.

    Art. 6 As atividades da Administrao Federal obedecero aos seguintes PRINCPIOS FUNDAMENTAIS:

    I - Planejamento.

    II - Coordenao.

    III - Descentralizao.

    IV - Delegao de Competncia.

    V - Contrle.

    Art. 7 A ao governamental obedecer a PLANEJAMENTO que vise a promover o desenvolvimentoeconmico-social do Pas e a segurana nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados,na forma do Ttulo III, e compreender a elaborao e atualizao dos seguintes INSTRUMENTOS

    BSICOS:a) plano geral de govrno;b) programas gerais, setoriais e regionais, de durao plurianual;c) oramento-programa anual;d) programao financeira de desemblso.

    Art. 14. O trabalho administrativo ser RACIONALIZADO mediante simplificao de processos esupresso de contrles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentementesuperior ao risco.

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    REVISO DAS NORMAS DE PESSOAL / PRINCPIOS:

    Art. 94. O Poder Executivo promover a reviso da legislao e das normas regulamentares relativas ao

    pessoal do Servio Pblico Civil, com o objetivo de ajust-las aos seguintes princpios:(...)

    Art. 145. A Administrao Federal ser objeto de uma REFORMA de profundidade para ajust-la sdisposies da presente lei e, especialmente, s diretrizes e princpios fundamentais enunciados no TtuloII (...)

    Desburocratizao e DesestatizaoDois programas marcaram o fim dos anos 70 e incio dos anos 80:Programa Nacional de DesburocratizaoPrograma Nacional de DesestatizaoDe iniciativa do Poder Executivo, os dois programas foram concebidos para atender a objetivoscomplementares: a) o aumento da eficincia e eficcia na administrao pblica; b) o fortalecimento dosistema de livre empresa.

    PrND (1)O Programa Nacional de Desburocratizao PrND foi uma nova tentativa de reformar a burocracia eorient-la na direo da administrao pblica gerencial.Objetivos do PrND: revitalizao e agilizao das organizaes do Estado, descentralizao daautoridade, melhoria e simplificao dos processos administrativos e promoo da eficincia.

    PrND (2)As aes do PrND voltaram-se inicialmente para o combate burocratizao dos procedimentos.Esperava-se tornar mais gil o sistema administrativo, trazendo benefcios para funcionrios e clientes.Ao contrrio de outros programas, o PrND privilegiava o cidado, usurio do servio pblico. Lustosadestaca o ineditismo do PrND: (...) nenhum outro programa antes era dotado de carter social e poltico.Mas, ele tambm inclua entre seus objetivos o enxugamento da mquina estatal (...).

    Nova RepblicaO governo civil herdou um aparato administrativo marcado por deficincias. Apesar da inteno de mexerna rigidez burocrtica, o Decreto-Lei n 200/67 deixou problemas relevantes:O ingresso de funcionrios sem concurso pblico permitiu a reproduo de velhas prticaspatrimonialistas.O completo descaso em relao administrao direta, enfraquecendo o ncleo estratgico do Estado.

    O governo Sarney instituiu uma comisso com objetivos ambiciosos, com a inteno inicial de redefinir opapel do Estado, reestruturar o funcionamento da administrao pblica, reformular as estruturas do PoderExecutivo federal e de seus rgos e entidades, racionalizar os procedimentos administrativos, e estipular

    objetivos e metas para as reas prioritrias.

    Entretanto, as mudanas almejadas no foram alcanadas.

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    A reforma ambiciosa foi substituda pelo mero processo de racionalizao dos meios.Alm disso, o governo no foi capaz de reativar as antigas ilhas de eficincia do setor pblico, comoplanejamento, arrecadao, comunicaes e poltica agrcola, desorganizadas ao fim do regime militar.

    Retrocesso Burocrtico de 1988 (1)As mudanas em direo a uma administrao pblica gerencial foram paralisadas na transiodemocrtica de 1985.A Constituio de 1988 representou uma grande vitria democrtica, mas foi acompanhada do loteamentodos cargos pblicos da administrao indireta e das delegacias dos ministrios nos Estados, entre ospolticos aliados aos partidos vitoriosos.Assim, um novo populismo patrimonialista era estabelecido no pas.

    Retrocesso Burocrtico de 1988 (2)Na Constituio de 1988, ocorreu ento um retrocesso burocrtico expressivo:Foi estabelecido um forte engessamento do aparelho estatal, atribuindo-se, para os servios noexclusivos do Estado e para as prprias empresas estatais praticamente as mesmas regras rgidasrequeridas para o ncleo estratgico do Estado.

    Retrocesso Burocrtico de 1988 (3)

    Resultados: burocracia e patrimonialismo!Perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturao dos rgos pblicos.Obrigatoriedade de regime jurdico nico para os servidores civis da Unio, dos Estados-membros e dosMunicpios.A administrao indireta perdeu a sua flexibilidade operacional.

    Retrocesso Burocrtico de 1988 (4)Resultados: burocracia e patrimonialismo!Abandono da busca por uma administrao pblica gerencial.Reafirmao dos ideais da administrao burocrtica.Instituio de uma srie de privilgios, imprprios para a administrao pblica burocrtica, demonstrandoa fora do patrimonialismo arraigado.

    Retrocesso Burocrtico de 1988 (5)Resultados: burocracia e patrimonialismo!A estabilidade rgida para todos os servidores civis.Generalizao do regime estatutrio na administrao direta e nas fundaes e autarquias.Aposentadoria com proventos integrais sem correlao com o tempo de servio ou com a contribuio doservidor.

    Questo de Prova - Cespe

    03. A Constituio de 1988 promoveu um avano significativo na gesto pblica, concedendo mais

    flexibilidade ao aparelho estatal.

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    Collor

    As distores provocadas pela nova Constituio logo trouxeram consequncias para o pas.

    No governo Collor, a resposta a elas foi equivocada e agravou os problemas existentes. A preocupaoera destruir, e no construir.

    Itamar

    O governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salrios dos servidores, violentamentereduzidos no governo anterior.O discurso de reforma administrativa assume uma nova dimenso a partir de 1994.A campanha presidencial introduz a perspectiva da mudana organizacional e cultural da administraopblica no sentido de uma administrao gerencial.

    Questes de Prova

    01. A partir da segunda metade do sculo XX, comea a verificar-se a eroso do modelo deAdministrao Pbica Burocrtica, seja em funo da expanso das funes econmicas e sociaisdo Estado, seja em face do desenvolvimento tecnolgico e do fenmeno da globalizao. Surge,ento, o modelo da Administrao Pblica Gerencial, cujas caractersticas so:

    (A) concentrao dos processos decisrios, aumento dos controles de processos e nfase no cidado.(B) descentralizao dos processos decisrios, horizontalizao organizacional, contratualizao,competio administrada, controle de resultados, nfase no cidado(C) inverso do conceito clssico de hierarquia, com reduo dos nveis inferiores e aumento dosintermedirios, dando a estes mais poder decisrio, com nfase no controle dos processos internos.

    (D) acentuao da verticalizao das estruturas organizacionais, com aumento dos nveis hierrquicossuperiores, onde se concentra o poder decisrio, nfase nos controles interno e externo da atuao dosescales inferiores.(E) descentralizao dos processos decisrios, horizontalizao das estruturas organizacionais, abandonodos mecanismos de controle de processos e adoo de mecanismos de controle de resultados, com focono cidado.

    02. Sobre as experincias de reformas administrativas em nosso pas, correto afirmar:

    a) a implantao do DASP e a expedio do Decreto-Lei n. 200/67 so exemplos de processosdemocrticos de reformismo baseados no debate, na negociao e em um modelo decisrio menosconcentrador.

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    b) ainda que o formalismo e a rigidez burocrtica sejam atacados como males, alguns alicerces do modeloweberiano podem constituir uma alavanca para a modernizao, como meritocracia e distino entrepblico e privado.

    c) o modelo gerencial foi implantado no Brasil com amplo sucesso, representando o fim do patrimonialismoe da burocracia.d) j nos anos 1980, o Programa Nacional de Desburocratizao propunha uma engenharia institucionalcapaz de estabelecer um espao pblico no-estatal, com a incorporao das Organizaes Sociais.e) desde os anos 1990, a agenda da gesto pblica tem sido continuamente enriquecida, sendo hoje maisimportante que as agendas fiscal ou econmica.

    03. A correta anlise da modernizao da Administrao Pblica brasileira, havida nas ltimasdcadas, permite chegar s seguintes concluses, exceto:

    a) a despeito de tudo, a administrao pblica ainda carrega tradies seculares de caractersticas

    semifeudais e age como um instrumento de manuteno do poder.b) no obstante as qualidades das medidas em prol da profissionalizao do servio pblico, previstas naConstituio de 1988, parte dessa legislao resultou, na verdade, em aumento do corporativismo estatal.c) uma das aes mais significativas na gesto pblica foi a incorporao do governo eletrnico.d) constituiu-se uma coalizo em torno do Plano Purianual - PPA e da ideia de planejamento, com aretomada e o reforo de sua verso centralizadora e tecnocrtica adotada no regime militar.e) os programas de renda mnima acoplados a instrumentos criadores de capacidade cidad, poltica dasmais interessantes na rea social, tiveram origem nos governos subnacionais e no na Unio.

    04. Acerca dos modelos de gesto patrimonialista, burocrtica e gerencial, no contexto brasileiro, correto afirmar:

    a) cada um deles constituiu-se, a seu tempo, em movimento administrativo autnomo, imune a injunespolticas, econmicas e culturais.b) com a burocracia, o patrimonialismo inicia sua derrocada, sendo finalmente extinto com a implantaodo gerencialismo.c) o carter neoliberal da burocracia uma das principais causas de sua falncia.d) fruto de nossa opo tardia pela forma republicana de governo, o patrimonialismo um fenmenoadministrativo sem paralelo em outros pases.e) com o gerencialismo, a ordem administrativa se reestrutura, porm sem abolir o patrimonialismo e aburocracia que, a seu modo e com nova roupagem, continuam existindo.

    05. Weber estudou as organizaes que surgiram aps a revoluo industrial e a formao doEstado, identificando caractersticas que eram comuns e tipos de autoridade. Indique a opo queapresenta corretamente caractersticas do tipo ideal de burocracia de Weber.

    a) Excesso de regulamentos e valorizao da hierarquia.b) Competncia tcnica e dominao tradicional.c) Dominao legal e carismtica.d) Impessoalidade e profissionalismo.e) Flexibilidade e racionalidade legal.

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    06. Indique a opo que apresenta respectivamente o objetivo central do modelo burocrtico degesto e suas principais caractersticas.

    a) Qualidadeprofissionalismo, transparncia e especializao.b) Produtividadehierarquia, descentralizao e padronizao.c) Eficinciapadronizao, descentralizao e autonomia.d) Coordenaoespecializao, hierarquia e centralizao.e) Controleimpessoalidade, hierarquia e formalismo.

    07. A anlise da evoluo da administrao pblica brasileira, a partir dos anos 1930, permiteconcluir acertadamente que:

    a) com o Estado Novo e a criao do DASP, a admisso ao servio pblico passou a ser feitaexclusivamente por meio de concurso pblico, sendo descontinuadas as prticas do clientelismo e da

    indicao por apadrinhamento.b) a reforma trazida pelo DL 200/67 propugnou pela descentralizao funcional do aparelho do Estadomediante delegao de autoridade aos rgos da administrao indireta para a consecuo de muitas dasfunes do governo.c) a partir de meados do sculo XX, com o desenvolvimentismo, deu-se a ampliao da administraodireta, gestora das polticas implementadas pela administrao indireta.d) a partir dos anos 1980, dadas a falncia do estado do bem-estar, a crise fiscal e a redemocratizao, asreformas passaram a seguir uma estratgia nica e homognea.e) os 50 Anos em 5 e a construo de Braslia, no perodo JK, representaram a pedra fundamental doque viria a ser a adoo do gerencialismo no servio pblico.

    08. Acerca do modelo de administrao pblica gerencial, correto afirmar que:

    a) admite o nepotismo como forma alternativa de captao de recursos humanos.b) sua principal diferena em relao administrao burocrtica reside na forma de controle, que deixade se basear nos processos para se concentrar nos resultados.c) nega todos os princpios da administrao pblica patrimonialista e da administrao pblicaburocrtica.d) sua preocupao com a racionalidade econmica e com o cumprimento da lei deixam em segundoplano a satisfao das demandas por qualidade por parte dos cidados.e) caracteriza-se pela profissionalizao, ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade eformalismo.

    09. Todos os enunciados a seguir so caractersticas da administrao gerencial, exceto:

    a) suas decises e aes so orientadas para os resultados.b) tem como foco as demandas dos clientes-usurios dos servios pblicos.c) pressupe uma instituio orientada basicamente para processos e tarefas.d) suas aes so baseadas no planejamento permanente e executadas de forma descentralizada etransparente.e) pressupe uma instituio com seus corpos diretivo e funcional comprometidos com a missoinstitucional.

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    GABARITO

    01. ERRADO02. CERTO03. ERRADO-------------------01. E02. B03. D04. E05. D06. E07. B08. B

    09. C