34
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NUCLEO DE SAUDE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADES FISICAS EM UMA ACADEMIA DE GINASTICA DE PORTO VELHO Adriana do Nascimento Rodrigues Orientadora: Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho Monografia PORTO VELHO RO 2012

1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

  • Upload
    marcos

  • View
    226

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NUCLEO DE SAUDE

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADES FISICAS EM UMA ACADEMIA DE

GINASTICA DE PORTO VELHO

Adriana do Nascimento Rodrigues

Orientadora: Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho

Monografia

PORTO VELHO – RO

2012

Page 2: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

MOTIVAÇÃO DOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM ACADEMIA DE

GINASTICA DE PORTO VELHO

Autora: Adriana do Nascimento Rodrigues

Orientadora: Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho

Coorientadora: Pro.ª Dra. Ivete de Aquino

Monografia de graduação apresentada ao

curso de Educação Física do Núcleo de

Saúde da Universidade Federal de

Rondônia, para obtenção do titulo de

Licenciatura Plena em Educação Física.

Porto Velho – Rondônia

2012

Page 3: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

1 INTRODUÇÃO

Nas ultimas décadas, as pesquisas sobre os fatores motivacionais que levam

homens e mulheres à pratica de atividade física vem recebendo crescente destaque

na literatura. A questão central é a seguinte interrogação: Qual a motivação à pratica

de atividade física em academias de ginástica. A pedagogia do treinamento físico

amarra-se no compromisso de analisar, interpretar e compreender as diferentes

formas de treinamentos à luz de perspectivas pedagógicas (BENTO, 2006). Desta

forma, o Treinamento Físico vai ao encontro das necessidades do professor/personal

training, a fim de auxiliar a planejar e desenvolver de forma mais adequada o treino

físico e psicológico de seu aluno.

A motivação é muito importante na busca de objetivos, sendo fundamental

para que o praticante siga as instruções do professor/personal e pratique diariamente

o seu treino, tornando-a motivo central no campo da psicologia (RYAN e DECI,

2000a).

Sabe-se que não existe uma fórmula pronta nem mesmo um único método de

treino, mas as pessoas desenvolveram suas habilidades e capacidades físicas a partir

de seus principais fatores motivacionais. Na academia, na execução dos treinos estão

presentes fatores relacionados à Saúde, à Estética, à Sociabilidade, à

Competitividade, ao Estresse, ao Prazer, além de outros.

A contribuição pedagógica, apresentada a partir dos resultados referentes aos

interesses, facilitará para que a prática da atividade física possa melhorar as

expectativas de seus praticantes. O presente estudo caracteriza-se por uma pesquisa

descritivo-quantitativa e, consiste em investigar estes fatores, na perspectiva de

aprofundar o conhecimento sobre motivação e, por conseguinte, melhor planejar a

prática das atividades físicas no contexto das academias de ginásticas.

Desta forma, considerando a importância do estudo da motivação para a

Teoria e Metodologia do Treinamento Físico, temos como objetivo geral explorar os

níveis de seis dimensões motivacionais (Controle de estresse, Saúde, Sociabilidade,

Competitividade, Estética e Prazer) associadas à prática de atividades físicas que

melhor descrevem os praticantes de ginástica de academia da faixa etária de 18 a 65

anos de idade, do sexo masculino e feminino. Como objetivos específicos, o estudo

procurará descrever os níveis destas seis dimensões motivacionais segundo a

Page 4: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

variável: gênero, com o intuito de verificar se há diferenças no grau de motivação de

ambos os sexos.

A revisão de literatura divide-se em três capítulos. O primeiro apresenta a

teoria da motivação à pratica de atividade física. O segundo capítulo trata das

questões relacionadas a atividade física e a ultima refere-se a ginástica de academia.

A questão norteadora do estudo é: Quais os níveis motivacionais de

praticantes de ginástica de academia?

1.1 HIPÓTESE

A motivação (Controle de Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade,

Estética e Prazer) dos praticantes de ginástica de academia difere quando controlada

a variável sexo.

1.2 JUSTIFICATIVA

A partir de todos os benefícios proporcionados pela Atividade Física para a

população em geral é imprescindível que se verifique o motivo que leva á pratica de

atividade física em academias de ginásticas para que haja uma perfeita adequação

entre os anseios do usuário e os serviços oferecidos e prestados.

Page 5: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Este estudo auxiliará o profissional de Educação Física a lidar melhor com

essa população e poderá adequar seus programas de exercícios ao aspecto

motivacional mais inerente aos seus alunos de acordo com o sexo.

1.3 OBJETIVOS

1.4 OBJETIVO GERAL

Verificar os níveis motivacionais da prática de atividade física em uma

academia de Porto Velho.

1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Diagnosticar os níveis de motivação:

- no controle de estresse;

- na saúde;

- na sociabilidade;

- na competitividade;

- na estética;

- no prazer;

Comparar os níveis de motivação entre homens e mulheres.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Page 6: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

2.1 MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Ao longo da história do Homem, as razões do comportamento humano têm

provocado muita especulação filosófica e científica, em que se salienta a posição dos

indivíduos da Antiga Grécia, que sugeriam que as ações podiam ser simplesmente

atribuídas à procura do prazer e/ou evitar determinadas punições, que originariam dor

(FERNANDES, 2003).

Os motivos que determinam a prática desportiva têm constituído um dos temas

principais de investigação na área da Psicologia do Desporto, desde o início da

década de 1980 (FREDERICK & RYAN, 1993; 1995; HARWOOD & BIDDLE, 2002

APUD FERNANDES 2003).

Para Cratty; Pintrich & Schunk apud Fernandes (2003), o termo motivação

tem origem na palavra movere (do latim), que é algo que nos faz mexer, ir a algum

sítio (mover) ou incentiva-nos a realizar uma tarefa.

Uma das dificuldades na definição da motivação, é que este conceito não é

diretamente observável, sendo apenas verificado através de determinantes

comportamentais que o indivíduo demonstra, possuindo assim um elevado grau de

subjectividade (Perreault & Vallerand apud Fernandes 2003).

Em suma, a motivação pode ser descrita como um processo interno que

regula e orienta um dado comportamento. Este processo é frequentemente afetado

por fatores pessoais e contextuais que estão associados com a adesão a uma

atividade e as recompensas/punições provenientes desse envolvimento.

Vallerand, Tuson, Brière e Blais (1995), referem mesmo que a motivação está

no centro dos problemas mais interessantes e estudados na área das Ciências da

Atividade Física e Desporto, quer seja no resultado de contextos sociais (competição,

comportamentos do atleta, treinador,...), quer seja, como influência de variáveis

comportamentais (persistência, aprendizagem, performance,...).

A motivação intrínseca e extrínseca são dois construtos sobejamente

conhecidos e importantes para qualquer relação com o comportamento motivado. Os

indivíduos responsáveis pela promoção da atividade física e do desporto, crêem que a

motivação intrínseca é o aspecto chave para a manutenção de boas performances e

do envolvimento desportivo. (FERNANDES E RAPOSO 2005).

Page 7: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Contudo, Biddle, Soos e Chatzisarantis (1999) e Deci e Ryan (1985),

consideram que esta dicotomia intrínseca-extrínseca é muito simplista para a

compreensão da motivação, pelo que segundo uma perspectiva auto-determinista,

afirmam que a motivação pode ser categorizada de uma forma global e considerando

um continuum da forma mais auto-determinada para a menos auto-determinada, em

motivação intrínseca, motivação extrínseca

e a motivação.

Assim, a motivação intrínseca define-se operacionalmente em duas formas:

(i) participação voluntária numa atividade, em “aparente” ausência de recompensas ou

pressões externas; ou, (ii) participação numa actividade, pelo interesse, satisfação e

prazer que obtêm desse envolvimento (VALLERAND, DECI & RYAN, 1987). Este tipo

de comportamentos motivados tem por base o divertimento, prazer e satisfação, como

acontece em atividades recreativas ou de tempos livres, usualmente correspondendo

a atividades desafiantes (NTOUMANIS, 2001). O prazer advém unicamente da

atividade, em vez de recompensas extrínsecas como o dinheiro, prêmios ou

reconhecimento, ocorrendo esta participação livre de pressões e restrições (BIDDLE

ET AL., 2001).

Quando intrinsecamente motivado, o sujeito ingressa na atividade por

vontade própria, diga-se, pelo prazer e satisfação do processo de conhecê-la, explorá-

la, aprofundá-la. (BALBINOTTI & CAPAZZOLE, 2008).

Feijó apud Lins & Corbucci (2007), define motivação como um processo que

permite a mobilização de necessidades preexistentes, que se relacionam a

comportamentos capazes de satisfazê-las.

Lira (2000) comenta essas duas dimensões da motivação: intrínseca e

extrínseca. “O primeiro refere-se ao interesse, ao desejo e ao prazer de participar que

atuam no espírito dos indivíduos para levá-los à ação. O segundo refere-se ao uso de

incentivos ou por valores de ordem social, relacional, afirmação, hierarquia, diferença”.

A motivação é o sinal que se deve ter, por que ela é que determina a direção,

a intensidade e a persistência do comportamento, portanto ela que leva ao inicio e a

continuação nas práticas da atividade física (MURCIA & COLL, 2006).

As três necessidades que influenciam na motivação, para incrementá- la, são

a percepção da competência, a autonomia e a relação social, que criará um estado de

motivação intrínseca, ao mesmo tempo em que será associada à frustração da

mesma, com uma menor motivação intrínseca e uma maior motivação extrínseca

(RYAN e DECI, 2000).

Page 8: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Segundo Cardoso, M.; Gaya, A (1998), A motivação nada mais é do que

estímulos que levam um indivíduo a querer e agir para alcançar determinados

objetivos. A motivação depende, entre outros, da personalidade dos indivíduos, de

aspirações pessoais, de incentivos de natureza econômica e social, variando com a

idade, com o gênero e com fenômenos étnicos, culturais e sociais (CARRON, 1980;

CRATTY, 1984; BIDDLE, 1993 apud CARDOSO; GAYA, 1998).

Page 9: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

2.2 ATIVIDADE FÍSICA

A vida moderna tende a ser pouco saudável, uma vez que provoca estresse e

estafa, agravada por uma alimentação inadequada e pela não regularidade na prática

de exercícios físicos. Com todos esses fatores mencionados, a qualidade de vida da

população fica bastante abalada, tanto em nível físico quanto psicológico. Atualmente,

cada vez mais pessoas no mundo são completamente sedentárias, sendo, justamente,

estas as que mais teriam a ganhar com a prática regular de atividade física, seja como

forma de prevenir doenças, promover saúde ou sentir-se melhor (TAHARA et al,

2003).

Segundo Santos & Knijnik (2006) a atividade física tem sido apresentada

diariamente nos meios de comunicação como uma grande solução para muitos dos

males de saúde que atingem as diversas camadas da população.

Ainda conforme Santos & Knijnik (2006) a prática de atividade física regular já

faz parte da história da humanidade. Na civilização ocidental, podemos ter registros

mais sólidos a partir da Segunda Guerra Mundial (1938-1945), com a massificação da

atividade física. Ao longo dos anos seguintes foram se aprimorando as pesquisas na

área de saúde em todo mundo, ocorreram avanços na medicina, as sociedades

progrediram aumentando assim a expectativa de vida geral da população.

Figueira apud Santos & Knijnik (2006) mostra que a parceria com a mídia é

muito importante para a redução do estilo de vida sedentário, pois é um meio muito

rápido e possível formador de opinião (principalmente a mídia televisiva). Porém

atualmente os enfoques principais da mídia são os esportes de competição e o culto

ao corpo atlético, deixando de lado o que seria aplicável à população, fugindo da

realidade da massa, não ocasionando o impacto desejado para motivar a adoção de

um estilo de vida ativo e saudável.

Malysse apud Santos & Knijnik (2006) diz que a mídia brasileira nos convida a

pensar no corpo como arte, este deve ser desenhado e esculpido de acordo com o

modelo que estiver na moda, instaurando uma luta constante contra o corpo real. Em

contraposição, Saba (2001) acredita que a mídia coloca o corpo sadio e belo como um

objeto de desejo, inserindo um estilo de vida mais saudável.

Page 10: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Por exemplo, quando uma pessoa se identifica com a importância da prática

de atividade física voltada para saúde, ela terá maior vontade de fazer exercício físico,

mas a prática continuará sendo instrumental (para melhoria da saúde) e não para o

prazer e a satisfação que ela produz (RYAN e DECI, 2000).

......

Page 11: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

2.3 ACADEMIAS DE GINÁSTICA

Akademía é um termo grego que se transformou em academia no latim. Sua

origem se deve ao filósofo Platão (427-347 a.C.), que escolheu como local para fundar

sua escola de filosofia, um bosque que levava o nome do legendário herói grego

Akadèmos; por essa causa, a escola recebeu o nome de Academia, onde se ensinava

filosofia, matemática e ginástica (TOSCANO, 2001).

Page 12: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Na Grécia Antiga uma escola deveria ser construída sobre dois pilares: o da

música, para trabalhar a concentração e o equilíbrio, a qual molda o caráter,

aperfeiçoa o espírito e cria um requinte de sentimento; e o da Educação Física, pois se

considerava que um corpo saudável era tão importante quanto uma mente sadia.

Assim, o ideal seria que nos primeiros 10 anos de vida a educação fosse mais voltada

para a educação do corpo (afinal, o mais relevante era viver para a saúde e não em

função da doença) e, nesse período, também seria possível ensinar cálculos, noções

de distância, velocidade, espaço e tempo de forma conjunta durante a prática de

exercícios físicos. E foi por essa razão que se denominou academia, em português, os

locais em que exercícios físicos são promovidos (PEDROSO, 2009).

Atualmente os conceitos de academia de ginástica são bastante diversos.

Para os descritores em Ciências da Saúde (DeCS), “academias de ginástica são as

Instalações que têm programas que pretendem promover e manter um estado de bem-

estar físico para ótimo desempenho e saúde”.

Já Rojas (2003) conceitua as academias de ginástica como centros de

condicionamento físico que oportunizam o ambiente e orientação para a prática de

programas de exercícios físicos.

Toscano (2001) enfatiza que as academias de ginástica são os centros de

atividades físicas onde se presta um serviço de avaliação, prescrição e orientação de

exercícios físicos, sob supervisão direta de profissionais de educação física.

Nas palavras de Saba (2001), nos tempos atuais o significado mais simples e

mais amplo que tomou para si a expressão academia de ginástica foi o que a define

como lugar ou escola onde se ministra a instrução física. O mesmo autor ressalta

ainda que academia de ginástica é o termo que se tornou mais conhecido dos centros

de prática de exercício físico no Brasil.

Ainda segundo Saba (2001), as academias tornaram-se uma opção para a

população urbana, que adere ao exercício físico, com o intuito de obter melhorias em

seu bem-estar geral.

Segundo Antunes (2009):

Page 13: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

...As academias, conhecidas como ginásios de esportes, existem

desde o século passado quando o alemão, professor Attila, montou

em 1867, em Bruxelas, uma instituição destinada ao ensino da

cultura física com aparelhos. Novos estabelecimentos, onde se

praticava atividades físicas em salas fechadas foram surgindo

progressivamente na França e, posteriormente, nos Estados Unidos

onde marcaram época, principalmente com a atividade de

halterofilismo. As academias foram se espalhando por todos os

continentes e são hoje uma presença marcante na sociedade...

(ANTUNES, 2009, p.1)

De acordo com Capinussú e Costa (1989) no Brasil, a primeira academia foi

montada em Belém, por um japonês conhecido por Conde Maeda Koma, um exímio

praticante de jiu-jitsu que se dedicou ao ensino desta arte marcial a partir de 1914, ao

montar uma academia em sua própria casa.

O período das décadas de 1920 e 1930 foi nitidamente marcado por

profissionais adaptados ou improvisados às praticas físicas, vindos do exterior com

alguma especialização ou experiência que passaram a atuar no Brasil como

inovadores nas duas cidades principais do país e em algumas capitais estaduais.

Como a disponibilidade de profissionais formados em nível superior somente ganhou

impulso importante na década de 1940, estes interventores leigos aparentemente

responderam à demanda social por exercícios físicos ainda em fase de construção

coletiva pela cultura brasileira (CAPINUSSÚ, 2006).

Somente a partir da década de 60 que o modismo denominado academia

começou a marcar época, surgindo nas várias capitais brasileiras e cidades do interior,

os estabelecimentos apareceram de forma indiscriminada e desordenada destinados

ao ensino do halterofilismo, na modalidade culturismo; da ginástica em suas mais

variadas manifestações, do balé, da dança e das artes marciais.

De acordo com Moraes (2006) até o início dos anos 70, academia era

freqüentada por homens e a atividade oferecida era quase sempre a musculação,

nome que surgiu para quebrar o preconceito que existia contra o halterofilismo e ao

mesmo tempo atrair as mulheres para essa atividade.

Em 1971 a professora Jack Sorensen muda os conceitos da ginástica ao criar

a dança aeróbica cujo conteúdo era montado com exercícios simples ao som de

músicas enfatizando a continuidade. Até então, a ginástica localizada, era a atividade

física mais praticada nas academias depois da musculação. Ao mesmo tempo, ao ar

Page 14: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

livre crescia a febre das corridas incentivadas por Cooper e seus métodos

revolucionários de avaliação de condicionamento físico.

O surgimento e crescimento das academias de ginástica no Brasil

acompanharam o movimento mundial, surgido nos anos 70 e 80, em torno da prática

regular de exercícios físicos para a melhoria e manutenção de uma vida saudável.

Como decorrência desses fatos, a demanda por esse tipo de serviço cresceu

extraordinariamente e as academias começaram a proliferar por todos os cantos do

país.

O termo "fitness" ganhava pulso forte traduzido como aptidão, o "mexa-se"

não tendo a idéia de competição, mas aumentar de forma mais saudável e proveitosa

o nível de qualidade e longevidade da vida do cidadão comum. Época das grandes

academias com a preocupação maior em oferecer um espaço amplo, com as últimas

novidades em atividade física, atenção à estrutura física, visual, etc.

Nessa mesma ocasião nasceu como uma nova moda nas academias do Rio

de Janeiro que logo se espalha pelo país a ginástica aeróbica, responsável pela

invasão das mulheres nas academias. Por ser uma prática advinda do Método Cooper,

aliava-se aos propósitos de melhoria da performance e da saúde por meio dos

exercícios de saltitamento (alto impacto) e de deslocamentos (baixo impacto).

Com a Ginástica Aeróbica como mola propulsora da atividade física em

academias, logo, despertava-se o interesse pelos programas aeróbicos por parte dos

profissionais de Educação Física e, devido a grandes resultados, o investimento

nestes verdadeiros clubes de atividade física orientada passou a ser visto pelos

empresários com bons olhos, especialmente nas áreas de ginástica e musculação

(PEDROSO, 2009).

A partir da década de 90, começaram a ocorrer várias mudanças nos hábitos

de vida das pessoas, como má alimentação, novos meios de transporte, sedentarismo,

obesidade, aumento de doenças crônicas, entre outros, o que fez surgir uma nova

roupagem da ginástica no Brasil.

Incentivados pelos que procuram melhor qualidade de vida e saúde e por

aqueles que almejam padrões estéticos valorizados pela sociedade acontece o

momento de ascensão das academias no Brasil e o mundo da ginástica assistiu ao

crescimento de um mercado, conhecido como o mercado de fitness. Neste período as

academias de ginástica e as ofertas de trabalho para o professor de Educação Física

Page 15: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

na área do fitness também cresceram de forma vertiginosa, absorvendo, muitos

desses profissionais.

Segundo Novaes e Vianna (2003), houve ainda nesse período o declínio da

ginástica aeróbica, as indústrias responsáveis pelo fitness logo criaram uma nova

proposta metodológica, a fim de garantir a venda de seus produtos nesse promissor

mercado de consumo internacional.

Surge então o step training, exercício de subidas e descidas sobre uma

plataforma, que segundo sua precursora Gim Miller, mais do que alcançar um

fortalecimento muscular localizado, ele poderia ser adaptado ao método da ginástica

aeróbica, e aplicado nas academias (Novaes e Vianna, 2003).

Logo em seguida foi trazida para o Brasil a empresa Les Mills representada

pelo sistema Body Systems com a sistematização das aulas de ginástica e

revolucionando o mercado do fitnes. A Les Mills oferecia em seu programa oito

subprodutos o BodyAttack, BodyBalance, BodyCombat, BodyJam, BodyPump,

BodyStep, Bodyvive e RPM. Além disso, o PowerJump e o PowerPool que são

práticas gímnicas desenvolvidas pela Body Systems, cada qual visando atender um

público específico (SILVEIRA e NEVES, 2009).

Hoje as academias oferecem um quadro amplo de atividades, que vão além

da ginástica nos mais diversos estilos, como também a musculação, dança, artes

marciais, capoeira, natação, e hidroginástica. Em função dessa crescente demanda as

academias tem tornado-se um mercado promissor onde os empresários estão

investindo cada vez mais.

Agora no século XXI, é notória a tendência que tem se tornado o mercado da

atividade física. Devido à forma como se desponta a valorização da beleza, nota-se, o

aumento gradativo de pessoas que procuram as academias em busca de saúde,

qualidade de vida, bem-estar, além da procura incansável pelo corpo ideal.

De acordo com Bergallo (2004, pag 1),

...Aqui no Brasil não dispomos, ainda, de dados estatísticos

precisos. O mercado agora começa a se organizar e, há apenas

quatro anos foi formada a ACAD - Associação Brasileira das

Academias. Pelos levantamentos preliminares realizados com

representantes em vários estados, estimamos existirem 7.000

academias em todo o país, empregando 120.000 pessoas (são

Page 16: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

atualmente 40.000 profissionais de educação física registrados nos

recém-constituídos Conselhos Regionais de Educação Física).

Em Porto Velho, de acordo com o Conselho Regional de Educação Física de

Rondônia (CREF8), nos últimos 10 anos o número de academia dobrou em toda a

cidade, atualmente existem 25 academias credenciadas no referido Conselho. A

maioria delas oferece aos clientes as mais variadas atividades, dentre elas aulas de

ginástica localizada e aeróbica.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa pode ser caracterizada quanto à finalidade, em descritiva, porque

expõe no estudo as características de determinada população ou fenômeno,

estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza (GIL, 1991; VERGARA,

2000).

Segundo Silva & Menezes (2000), a pesquisa estabelece relações entre

variáveis, envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e

observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento.

Seguindo a mesma linha, Mattar (1999) ressalta a inter-relação com o

problema de pesquisa, ao afirmar que a utilização desse tipo de pesquisa deverá

ocorrer quando o propósito de estudo for descrever as características de grupos,

estimar a proporção de elementos que tenham determinadas características ou

comportamentos, dentro de uma população específica, descobrir ou verificar a

existência de relação entre variáveis.

Rodrigues (2007) afirma que a pesquisa descritiva é aquela em que fatos são

observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem interferência

do pesquisador que se vale do uso de técnicas padronizadas de coleta de dados

(questionário e observação sistemática).

A pesquisa descritiva pode ser quantitativa, traduz em números as opiniões e

informações para serem classificadas e analisadas, utilizando técnicas estatísticas

(VERGARA, 2000).

Page 17: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

A pesquisa do presente estudo, portanto, é descritiva por tentar descrever as

características da motivação dos praticantes de ginástica de academia, mediante

aplicação de questionário, na fase da pesquisa de campo.

A fase posterior do estudo foi de caráter quantitativo onde as informações

coletadas dos praticantes de ginástica de academia. O objetivo desta pesquisa é medir

relações entre variáveis por associação e obter informações sobre determinada

população.

3.1 POPULAÇÃO ESTUDADA

Para a coleta de dados foi escolhida uma academia, localizada na região

leste da cidade de Porto Velho/RO. A academia apresenta varias modalidades

esportivas, tais como ginástica localizada, musculação, spinning, jump, dança e

natação, dentre outras.

A população que compõem esta pesquisa são de 33 praticantes de ginástica

de academia do sexo masculino e 38 do feminino, totalizando 71, com idade entre 18

à 65 anos de idade.

3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário construído

e validado por Balbinotti e Barbosa (2006) denominado Inventário Motivacional á

Prática Regular de Atividade Física- IMPRAF-54 (Anexo 2).

Este é um inventário que avalia 6 das possíveis dimensões associadas à

motivação para a realização de atividades físicas regulares. Trata-se de 54 itens

agrupados seis a seis, observando a seguinte seqüência: o primeiro item do primeiro

bloco de seis apresenta uma questão relativa à dimensão motivacional Controle de

Estresse (CE) (ex.: liberar tensões mentais), a segunda Saúde (Sa) (ex.: manter a

forma física), a terceira Sociabilidade (So) (ex.: estar com amigos), a quarta

Page 18: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Competitividade (Co) (ex.: vencer competições), a quinta Estética (Es) (ex.: manter

bom aspecto) e a sexta Prazer (Pr) (ex.: meu próprio prazer). Esse mesmo modelo se

repete no segundo bloco de seis questões, até completar 9 blocos (perfazendo um

total de 54 questões). O bloco de número 9 é composto de seis questões repetidas

(escala de verificação). Seu objetivo é verificar o grau de concordância acordada a

primeira e a segunda resposta ao mesmo item.

As respostas foram dadas de acordo com uma escala do tipo Likert,

bidirecional graduada que vai de 1 a 5 pontos, distribuídos da seguinte forma: 1- Isto

me motiva pouquíssimo; 2- Isto me motiva pouco; 3- Mais ou menos – não sei dizer -

tenho dúvida; 4- Isto me motiva muito; 5- Isto me motiva muitíssimo. Cada dimensão é

analisada e o resultado total também é obtido, pois todas as dimensões têm o mesmo

número de questões. A confiabilidade (fidedignidade) e a validade de construto deste

inventário foram testadas e demonstradas nos estudo de Barbosa (2006), Balbinott &

Barbosa (2006).

Para coleta das informações acerca do sexo foi aplicado um questionário

sócio demográfico (sexo e idade).

Todos os participantes estavam cientes dos objetivos da investigação e

assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aceitando participar do

estudo (Anexo 1).

3.3 PROCEDIMENTOS PARA ANALISE DE DADOS

Para analisar os dados, as questões do inventário foram organizadas nas seis

categorias de análise, separando-se as pontuações das respostas por dimensão. Os

dados foram digitados em Planilha de Excel e posteriormente extraídos os escores

brutos por dimensão. A análise do resultado de cada dimensão foi efetuada

controlando a variável sexo. Apresentaremos logo abaixo os resultados da estatística

descritiva e das comparações dos resultados.

Page 19: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

4 RESULTADOS E DISCURSÃO

A fim de responder adequadamente, a resposta central deste estudo,

apresentamos a analise da estatística de tendência central (média mediana e moda),

conforme consta nas tabelas abaixo.

A tabela abaixo mostra a analise dos dados gerais, de acordo com as

dimensões. No resultado da Moda no quesito Saúde 36,4, no quesito Estética com

resultado 36,1 e no Prazer 36,5 e , ou seja, valores muito próximos.

Tabela 1 - análise geral:

Dimensão motivacional Média Moda Mediana

Controle Estresse - CE 26,6 33,6 28,2

Saúde - SA 34,9 36,4 36,0

Sociabilidade - SO 20,7 19,0 21,0

Competitividade - CO 11,6 10,5 11,0

Estética - ES 32,6 36,1 34,8

Prazer - PR 33,9 36,5 35,7

A tabela 2 demonstra a analise dos dados do grupo masculino, de acordo

com as dimensões abaixo. Observa-se na tabela Média 35,0 no resultado da Sáude e

na Moda houve praticamente um empate entre a dimensão Saúde e Prazer, com os

Page 20: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

valores respectivamente de 36,5 e 36,1. Na Mediana o destaque foi para a dimensão

Saúde com 36,1.

Tabela 2 - sexo Masculino:

Dimensão motivacional Média Moda Mediana

Controle Estresse - CE 27,0 34,1 29,4

Saúde - SA 35,0 36,5 36,1

Sociabilidade - SO 18,1 19,4 18,7

Competitividade - CO 11,8 9,7 11,0

Estética - ES 31,2 34,3 32,7

Prazer - PR 33,1 36,1 35,0

A tabela abaixo mostra a analise dos dados das mulheres, de acordo com as

dimensões. O destaque do resultado foi para a média da dimensão Estética que

resultou em média 32,3, bem com na Moda com resultado 41 no quesito Saúde e

valores muito próximos na Sociabilidade e Estética com resultados respectivamente de

36,0 e 36,7. Já na Mediana sobressalta o valor 35,9 na Estética.

Tabela 3 - sexo Feminino:

Dimensão motivacional Média Moda Mediana

Controle Estresse - CE 26,2 33,0 27,2

Page 21: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Saúde - SA 20,9 41,1 4,0

Sociabilidade - SO 16,4 36,0 29,0

Competitividade - CO 12,1 12,5 14,3

Estética - ES 32,3 36,7 35,9

Prazer - PR 20,8 36,8 36,2

Dessa analise extraiu-se o percentual da respostas freqüentes por motivação

e finalmente os resultados obtidos foram demonstrados através gráficos classificados

por resultado geral e gênero.

No gráfico 1, logo abaixo, os resultados mostram que em geral, tanto homens

quanto mulheres são muitíssimos motivados a prática de regular de atividade física

pelo quesito Saúde, seguido da dimensão prazer e estética. No que diz respeito ao

item competitividade ambos são poucos motivados.

Page 22: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Percebe-se no gráfico 2, considerando a variável sexo masculino, que a

campeão foi a dimensão saúde, que obteve apenas duas respostas, ou seja, 82% das

respostas dadas foram: muitíssimo motivado e 18% muito motivado. O quesito prazer

vem logo em seguida com 67% dos homens muitíssimos motivados e muito motivado

com 24%. No quesito Sociabilidade 42% das respostas foram poucos motivados e

39% pouquíssimos motivados e 36,4% não souberam dizer ou tinham dúvidas.

Já ao analisarmos o grafico 3, observa-se que a dimensão motivacional vitoriosa foi

prazer, bem como houve um nivelamento nas dimensões saúde e estética com 79%

por cento das mulheres muitíssimas motivadas. Na dimensão competitividade 50%

das mulheres são pouco motivadas a prática de atividade física e 37% são

pouquíssimas motivadas.

Page 23: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

......

Page 24: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este estudo, tornou-se possível verificar e avaliar os fatores

motivacionais de 71 praticantes de ginástica de uma academia de Porto Velho, do

sexo masculino e feminino, com idades variando de 18 à 65 anos de idade. Os

resultados indicam que a motivação dos praticantes de ginástica de academia de

ambos os sexos, são motivados principalmente pelas dimensões Saúde, Prazer e

Estética.

O quesito Saúde foi o campeão quando analisada a variável sexo masculino

com 82% dos homens muitíssimos motivados, seguido de prazer com respostas

muitíssimo motivado num percentual de 67%. O mesmo não se pode dizer das

mulheres que prevaleceu a dimensão Prazer com 84% das repostas em muitíssima

motivada, seguidas de saúde e estética que ficaram com resultados nivelados com

79% muitíssima motivadas.

No grupo masculino, a dimensão estética obteve respostas “muitíssimo

motivado” num percentual de 48,5% das respostas dos homens, porém as mulheres

são mais muitíssimas motivadas a prática de atividade física quando analisada a

dimensão estética, com 79%. O que faz ressaltar a importância da aparência entre

mulheres devido à influência externa ou motivação extrínseca (jornais, revistas,

televisão, entre outros) que “ditam” de alguma forma o padrão de beleza comum na

sociedade em geral. Outra diferença interessante observa-se na dimensão

Sociabilidade quando comparado grupo masculino e feminino, haja vista que o

resultado das repostas femininas ditam que 21% das respostas se enquadram em

muitíssimo motivado e 29% muito motivado enquanto que os homens apresentam 6%

por cento muitíssimo motivado e 15,2 muito motivado.

Quando analisada a amostra total, o quesito saúde sobressai com um

resultado de 80% muitíssimo motivado e 20% muito motivado. Conclui-se que um

modo geral, homens e mulheres tem percepção de que a saúde é um bem que deve

ser preservado e conquistado através de comportamentos hábitos saudáveis ao longo

tempo e essas pessoas parecem estar cada vez mais consciente disso.

Nota-se que os homens aderiram nominalmente mais a prática regular de

atividade física quando os motivos estão relacionados à saúde. Por outro lado, as

Page 25: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

mulheres estão motivadas não só pela saúde, como também pela satisfação em

praticar atividade física, ou seja, está associada ao um hobby ou lazer.

Conclui-se que esses resultados podem ser particularmente úteis para

psicólogos do esporte, personal training e outros profissionais interessados em

assuntos relacionados a atividade física. Então, as dimensões como Controle de

Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer(avaliadas no

IMPRAF-54), parecem ser uma fonte importante de informação para esses

profissionais, permitindo que eles entendam melhor como esses elementos se

integram na dinâmica geral de funcionamento daqueles que se beneficiam. Ou seja,

medidas de motivação são particularmente interessantes quando utilizadas dentro de

um contexto maior, ou melhor, quando esses profissionais se interessam em ajudar as

pessoas na preparação de uma vida mais saudável.

Page 26: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

6 REFERÊNCIAS

ANTUNES, A. Academias de Ginástica e Musculação. 2009. Disponível em

<http://www.webartigos.com >. Acesso em Outubro de 2010.

BALBINOTTI, M. AL. A; CAPAZZOLE, C, J. Motivação a prática regular de atividade

física: um estudo de exploratório com praticantes em academia de ginástica.

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 63-80,

jan/mar., 2008. Disponível em:

<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbefe/v22n1/v22n1a6.pdf>. Acesso em: 05 jun.

2011.

Page 27: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

BARBOSA, M. L. L. Propriedades métricas do Inventário de motivação á pratica

regular de atividade física (IMPRAF-126). Porto Alegre, 2006. Dissertação (Mestrado

em Ciências do Movimento Humano), Universidade do Rio Grande do Sul.

BALBINOTTI, M. A. A.; BARBOSA, M. L. L.. Inventário de Motivação à Pratica

Regular de Atividade Física (IMPRAF-54). Laboratório de Psicologia do Esporte.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 2006.

BERGALLO, Carlos Heitor. Uma breve panorâmica sobre a Indústria do Fitness.

Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:

<http://www.acadbrasil.com.br/artigos/artigos_mercado_01.htm> Acesso em Outubro

de 2011.

CAPINUSSÚ, J. M. Academias de ginástica e condicionamento físico: origens. In:

DA COSTA, Lamartine (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF,

2006. Disponível em <http://www.atlasesportebrasil.org.br >. Acesso em Outubro de

2010.

CAPINUSSÚ, J. M.; COTSA L. P. Administração e marketing nas academias de

ginástica. São Paulo: Ibrasa, 1989.

DECI, E.L.; RYAN, R.M. Motivação intrínseca e auto-determinação do

comportamento humano. New York: Plenum, 1985.

FERNANDES, H. M. G. Motivação no contexto da educação física estudo

centrado no valor preditivo das intenções de prática desportiva, em função da

motivação intrínseca. Vila Real, 2003. 136 fls. Monografia (Graduação em Educação

Física e Desporto) - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Page 28: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

FERNANDES, H. M. G; Raposo, V. J. Continuum de auto-determinação: validade

para a sua aplicação no contexto desportivo. Natal, 2005. Estudo de Psicologia.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

LINS, R. G.; CORBUCCI. P. R. A importância da motivação na prática de Atividade

física para idosos. Revista Estação Cientifica Online, Juiz de Fora, n. 4, abr./mai.,

2007.

LIRA, L. C. Um estudo sobre causas da evasão em programas de atividades físicas

da

Unati/UERJ. In: Seminário Internacional Sobre Atividades Físicas Para A Terceira Idade,

Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2000.

MORAES, L. C. Histórico das da rmanência de praticantes em programas

aquáticos baseada na Teoria da Autodeterminação. Fitness & Performance

Journal, Rio de Janeiro, v. 5, nº 1, p. 5 - 9, jan/fev., 2006.

MURCIA, J.A.M.; COLL, D.G.C.. A permanência de praticantes em programas

aquáticos baseada na Teoria da Autodeterminação. Fitness & Performance

Journal, Rio de Janeiro, v. 5, nº 1, p. 5 - 9, jan/fev., 2006.

NOVAES, J. C.; VIANNA J. M. Personal training e condicionamento físico em

academia. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

PEDROSO, R. O termo academia de ginástica: origem e história. Diadema, 2009.

<http://wwwrogerio.pedroso.blog.uol.com.br/arch2009-05-24_2009-05-30.html >.

Acesso em: de outubro de 2010.

Page 29: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

RYAN, R.M.; DECI, E.L. Motivações intrínsecas e extrínsecas: definições

clássicas e novas direções. Contemporâneo. Psicologia da Educação, New York,

v.25, n.1, p.54-67, 2000.

RODRIGUES, W. C. Metodologia Científica. FAETEC/IST. Paracambi, 2007

<http://wwwprojetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia%20da%20Pesquisa%203a%20e

dicao.pdf. Acesso em novembro de 2010.

ROJAS, P. N. C. Aderência aos Programas de Exercícios Físicos em Academias

de Ginástica na Cidade de Curitiba – PR. Florianópolis, 2003. 203 f. Dissertação

(Mestrado em Educação Física), Universidade Federal de Santa Catarina.

SABA, F. Aderência: À prática de exercício físico em academias. São Paulo:

Manole, 2001.

SANTOS, S. C. ; KNIJNIK; J. D. Motivos de adesão à prática de atividade física na

vida Adulta intermediária1. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São

Paulo, n. 1, p. 23-34, Ano 5, 2006 .

SILVEIRA, V. T.; NEVES, F. W. Corpo e mercado: a eficiência do sistema body

systems de ginástica. In: I Seminário Nacional Sociologia & Política - UFPR 2009.

http://www.humanas.ufpr.br/evento/SociologiaPolitica/GTs-ONLINE/GT1/EixoIV/corpo-

e-mercado-VivianeTeixeiraSilveira.pdf. Acesso em outubro de 2010

TAHARA, A. K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K. A. Aderência e manutenção da

prática de exercícios em academias. Rev. Bras. Companhia e Movimento. Brasília v.

11, n. 4, p. 7-12, out./dez., 2003.

TOSCANO, J. J. O. Academia de ginástica: um serviço de saúde latente. Revista

Brasileira Ciências e Movimento. - Brasília v. 9, n. 1, p. 40-42, janeiro 2001.

Page 30: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

VALLERAND, R. J.; DECI, E. L.; RYAN, R. M. Intrinsic motivation in sport. Exercise

and sport science reviews, [S.l.], v. 15, p. 387-425, 1987. Disponível em:

ttp://journals.lww.com/acsm-essr/Citation/1987/00150/12>. Acesso em: 20 set. 2011.

Page 31: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

ANEXOS

Page 32: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Declaro que fui esclarecido de forma detalhada sobre a pesquisa, que tem

como título “Motivação à pratica regular de Atividade Físicas: Um estudo com

praticantes de Ginástica de Academia”, bem como da importância de sua realização.

Esta pesquisa tem por objetivo geral explorar os níveis de 6 dimensões motivacionais

associadas á pratica regular de atividades físicas (Controle de estresse, Saúde,

Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer).

Os responsáveis por esta pesquisa, Adriana do Nascimento e Luan Ferreira,

acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia, matriculados no curso de

Educação Física, 7º período, garantem aos participantes:

Não há nenhum risco aos participantes da pesquisa, já que os mesmo serão

submetidos apenas a um questionário de perguntas.

É garantido ao entrevistado, se for da sua vontade, deixar a pesquisa a

qualquer momento. Para tal, foi fornecido o telefone de contato.

Prestar esclarecimentos aos participantes antes e depois da pesquisa.

A identidade dos participantes não será revelada e as informações que forem

prestadas poderão ser utilizadas somente para fins científicos.

_______________________________________________________________

Nome e assinatura do participante da pesquisa

Pesquisadores: Adriana do Nascimento e Luan Ferreira – contato: tel.: 8426-7151

e 9294-3607

Page 33: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

ANEXO 2 – INVETÁRIO DE MOTIVAÇÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA:

IMPRAF-54

Page 34: 1683 Motivacao a Pratica de Atividades Fisicas Em Uma Academia de Ginastica de Porto Velho

Nome: Idade:

vezes

meses anos

Escala:

1- Isto me motiva pouquíssimo 4- Isto me motiva muito

2- Isto me motiva pouco 5- Isto me motiva muitíssimo

3- Mais ou menos - não sei dizer - tenho dúvida

Responda, nos parenteses apropriados, as seguintes afirmações iniciadas com:

Realizo atividades fisicas para...

01. ( ) diminuir a irritação 07. ( ) ter sensação de repouso

02. ( ) adquirir saude 08. ( ) melhorar a saude

03. ( ) encontrar amigos 09. ( ) estar com outras pessoas

04. ( ) ser campeão no esporte 10. ( ) competir com os outros

05. ( ) ficar com o corpo bonito 11. ( ) ficar com o corpo definido

06. ( ) atingir meus ideiais 12. ( ) alcançar meus objetivos

13. ( ) ficar mais tranquilo 19. ( ) diminuir a ansiedadeo

14. ( ) manter a saude 20. ( ) ficar livre de doenças

15. ( ) reunir com os amigos 21. ( ) estar com os amigos

16. ( ) ganhar premios 22. ( ) ser o mehor no esporte

17. ( ) ter um corpo definido 23. ( ) manter o corpo em forma

18. ( ) realizar-me 24. ( ) obter safistação

25. ( ) diminuir a angustia pessoal 31. ( ) ficar sossegado

26. ( ) viver mais 32. ( ) ter índices saudáveis de apt. física

27 ( ) fazer novos amigos 33. ( ) conversar com outras pessoas

28. ( ) ganhar dos adversários 34. ( ) concorrer com os outros

29. ( ) sentir-me bonito 35. ( ) tornar-me atraente

30. ( ) atingir meus objetivos 36. ( ) meu próprio prazer

37. ( ) descançar 43. ( ) tirar o estresse mental

38. ( ) não ficar doente 44. ( ) crescer com saúde

39 ( ) brincar com meus amigos 45. ( ) fazer parte de um grupo de amigos

40. ( ) vencer competições 46. ( ) ter retorno financeiro

41. ( ) manter-me em forma 47. ( ) manter um bom aspecto físico

42. ( ) ter a sensação de bem estar 48. ( ) me sentir bem

49. ( ) ter sensação de repouso

50. ( ) viver mais

51 ( ) reunir com os amigos

52. ( ) ser o melhor no esporte

53. ( ) ficar com o corpo definido

54. ( ) realizar-me

Estado Civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) outros.

Treinamento c/ personal? ( ) Sim ( ) Não Frequência de prática (vezes por semana):

Tempo de prática:

Sexo: ( ) Fem. ( ) Masc.

Modalidade praticada:

Curso/Profissão:

1 2

INVENTÁRIO DE MOTIVAÇÃO Á PRATICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA: IMPRAF-54

Este inventário visa conhecer melhor as motivações que o levam a realizar (ou o mantém realizando)

atividades físicas. As afirmações (ou itens) descritas abaixo podem ou não representar suas próprias

motivações. Indique, de acordo com a escala abaixo, o quanto cada afirmação representa sua propria

motivação para realizar uma atividade física. Note que, quanto maior o valor associado a cada

afirmação, mais motivadora ela é para voce. Responda todas as questões de forma sincera, não deixando

nenhuma resposta em branco.

9

3 4

5 6

7 8