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  D O S S I Ê T É C N I C O Processos de extração de óleos essenciais Sonia Maria Marques de Oliveira Vera Lucia Age Jose Instituto de Tecnologia do Paraná Setembro 2007 

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D O S S I Ê T É C N I C O

Processos de extração de óleos essenciais 

Sonia Maria Marques de Oliveira

Vera Lucia Age Jose 

Instituto de Tecnologia do Paraná 

Setembro

2007 

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DOSSIÊ TÉCNICO 

 

Sumário

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................21.1 Cadeia produtiva de óleos essenciais .......................................................................32 PROCESSO DE EXTRAÇÃO ...........................................................................................42.1 Enfloração (Enfleurage ) ..............................................................................................42.2 Extração por solvente .................................................................................................52.3 Destilação a vapor .......................................................................................................62.3.1 Turbodestilação ..........................................................................................................72.3.2 Hidrofusão ..................................................................................................................72.3.3 Produção artesanal da destilação a vapor ..................................................................7

2.3.4 Aparelho para destilação a vapor laboratorial.............................................................82.3.5 Processo industrial com a destilação a vapor .............................................................82.4 Prensagem a frio..........................................................................................................102.5 Extração por fluído supercrítico.................................................................................122.5.1 Vantagens da utilização da extração com fluído supercrítico......................................122.5.2 Propriedades físicas dos óleos essenciais extraídos pelo processo de extraçãocom fluído supercrítico.........................................................................................................132.5.3 Fluxograma da extração por fluído supercrítico ..........................................................142.5.4 Equipamentos para extração por fluído supercrítico ...................................................153 COMPONENTES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS .................................................................154 ENSAIOS E ANÁLISES....................................................................................................164.1 Análises específicas para óleos essenciais ..............................................................16

4.1.1 Ensaios físicos............................................................................................................164.1.2 Ensaios químicos........................................................................................................164.1.3 Ensaios físico-químicos ..............................................................................................164.2 Grau de pureza.............................................................................................................175 ACONDICIONAMENTO DO ÓLEO E VIDA ÚTIL.............................................................176 FIXADORES.....................................................................................................................177 NORMAS TÉCNICAS .......................................................................................................187.1 Normas técnicas nacionais.........................................................................................187.2 Normas técnicas internacionais .................................................................................198 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO ........................................................21Conclusões e recomendações .........................................................................................21

Referências ........................................................................................................................22Anexo 1 – Associações .....................................................................................................25Anexo 2 – Equipamentos para extração de óleos essenciais ........................................25

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DOSSIÊ TÉCNICO 

 

Título

Processos de extração de óleos essenciais

Assunto

Aditivos de uso industrial - óleos essenciais

Resumo

Extraídos de plantas aromáticas, os óleos essenciais são substâncias voláteis, altamenteconcentradas, utilizados na indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia. Este documentoaborda aspectos relativos às espécies vegetais produtoras de óleos essenciais,

propriedades dos compostos, processos de extração, tecnologias e equipamentosutilizados.

Palavras-chave

Acondicionamento; destilação a vapor; enfloração; ensaio físico; ensaio físico-químico;equipamento; extração a vapor; extração com solvente; extração de óleo; extraçãosupercrítica; fixador de fragrância, hidrodestilação; norma técnica; normalização; óleoessencial; prensagem a frio; processamento

Conteúdo

1 INTRODUÇÃO

Um dos importantes insumos utilizados na cosmetologia são os óleos vegetais subdivididosem dois grupos:

• Os óleos vegetais ou fixos - são óleos compostos basicamente por triglicerídios e nãoevaporam facilmente; são extraídos normalmente por prensagem mecânica e são maisutilizados na indústria farmacêutica e de cosméticos;

• Os óleos essenciais - são óleos compostos basicamente de mono e sesquitertenóides;são de fácil evaporação e, normalmente, têm essência (perfume) e são extraídos

através de arraste por vapor d’água. São mais utilizados na fabricação de perfumes, porserem mais fortes e mais concentrados.

A International Standard Organization (ISO) define óleos voláteis (conhecidos também comoóleos essenciais, óleos etéreos ou essências) como sendo os produtos obtidos de partes deplantas por meio da destilação por arraste de vapor d’água, bem como os produtos obtidospor prensagem dos pericarpos de frutos cítricos.

De forma geral, os óleos essenciais são misturas complexas de substâncias voláteis,lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas, obtidas de plantas que têm fortes componentesaromáticos. Estas substâncias aromáticas são obtidas de diferentes compostos químicosque ocorrem naturalmente na planta.

A designação de “óleo” é devido a algumas características físico-químicas como, porexemplo, a de serem geralmente líquidos de aparência oleosa à temperatura ambiente. Suaprincipal característica, contudo, consiste na volatilidade que o difere assim, dos óleos fixos,que são misturas de substâncias lipídicas obtidas normalmente de sementes (óleo de soja,

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de mamona, de girassol, etc).

Outra característica se dá graças ao aroma agradável e intenso da maioria dos óleosvoláteis, sendo por isso, também chamados de essências. São ainda solúveis em solventesorgânicos apolares, como o éter, recebendo, por isso o nome de óleos etéreos ou, em latim,Aetheroleum . Possuem uma solubilidade limitada em água, mas suficiente para aromatizaressas soluções que são chamadas de hidrolatos.

O preço e a qualidade do óleo são determinados, dependendo do método da extração e daquantidade dos materiais usados. Outros fatores que contribuem para a boa qualidade dosóleos essenciais são as condições climáticas, geográficas e de qualidade do solo.

O álcool, os hidrocarbonetos, os fenóis, os aldeídos e acetonas são alguns dos principaiscomponentes obtidos dos óleos essenciais.

Os óleos essenciais permitem várias funções para as plantas aromáticas incluindo:a) atrair ou repelir insetos;b) proteger do calor ou do frio;c) utilizar como agente antibactericida.

Entre todos os tipos de plantas no mundo, aproximadamente 700 plantas são consideradasaromática e, conseqüentemente, são muito significativas para a produção de óleosessenciais. Além da fonte limitada, a pouca quantidade de óleos essenciais que sãocontidos em cada planta aromática torna-a ainda mais valiosa. Hoje, os óleos essenciaissão usados principalmente na preparação das fragrâncias, como por exemplo, o perfume.

Embora alguns dos componentes químicos de óleos essenciais se assemelhem aos “óleos”,os óleos essenciais não são gordurosos e são leves no peso. Entretanto, o uso elevado deálcool na fabricação dos óleos essenciais proporciona uma alta volatilidade e uma taxa maisrápida da evaporação.

A fim de obter melhor qualidade e quantidade de óleos essenciais, o processo de extração éconsiderado uma etapa chave. Os fatores como tipos de plantas, a composição química doóleo e a posição do óleo dentro da planta (raiz, madeira, folha, flor, fruta e/ou semente) sãofatores a serem considerados antes da extração. Escolher um método apropriado daextração é também muito importante.

1.1 Cadeia produtiva de óleos essenciais

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Figura 1 - Cadeia produtiva de óleos essenciaisFonte: SANTOS, A., 2006.

2 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO

Os métodos de extração variam conforme a localização do óleo volátil na planta e com aproposta de utilização do mesmo. O método da hidrodestilação que se divide em duastécnicas – arraste a vapor e coobação. As técnicas mais comuns são: enfloração(enflurage ), destilação por arraste de vapor d’água; prensagem; extração com solventesorgânicos (de forma contínua ou descontínua) e extração por dióxido de carbono (CO2)supercrítico.

A relativa instabilidade das moléculas que constituem os óleos voláteis torna difícil suaconservação. A deterioração dos óleos voláteis reduz seu valor comercial, além de constituirum fator de risco quando eles são destinados ao uso externo, já que podem causar alergiasou dermatites de contato.

2.1 Enfloração (Enfleurage )

A enfleurage é uma forma artesanal e, provavelmente, a técnica mais antiga utilizada paraobtenção de óleos essenciais das flores. Embora tenha sido muito usada para a produçãode fragrâncias de luxo na França do século XIX (daí o nome), a técnica, rara, trabalhosa ecara, quase não é mais praticada.

A enfleurage consiste em usar uma espécie de solvente vegetal para segurar o óleo. Ométodo é utilizado para extração de óleos essenciais de plantas extremamente delicadas ecom baixo teor de óleos essenciais, que se destiladas a vapor, podem provocar perdasquase completas de seus compostos aromáticos. Este é um processo lento e caro utilizadopara obter-se o óleo essencial de flores.

Atualmente, esse método é utilizado por algumas indústrias de perfumes, principalmente

para algumas plantas com baixo teor de óleo, mas com grande valor comercial. No caso deflores frescas, por exemplo, as pétalas são colocadas sobre uma placa de vidro comgordura, que vai absorver o óleo das flores, que são substituídas por flores novas todos osdias, até que a concentração certa seja obtida. Depois de alguns dias, a gordura é filtrada edestilada a baixa temperatura. O concentrado oleoso que resulta desse processo émisturado ao álcool e novamente destilado.

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No processo de enfleurage a frio, uma placa grande de vidro, chamada de chassi (base), émanchada com uma camada da gordura animal, geralmente da carne de porco. A matériabotânica, geralmente pétalas ou flores inteiras, é colocada na gordura e seu aromaespalhado na gordura no curso de 1-3 dias. O processo é repetido substituindo o materialbotânico, por outro mais fresco até que a gordura esteja saturada com fragrância. Osquadros de vidro são colocados entre molduras de madeira em camadas. As flores sãoremovidas manualmente e trocadas até que a graxa absorva sua fragrância (FIG. 2).

Figura 2 - Processo de enfleurage  Fonte: HOW PRODUCTS ARE MADE 

Para a indústria O Boticário na técnica enfleurage , as flores são colocadas em caixas etampadas com uma placa coberta de gordura. A gordura não toca as pétalas, mas retémtodo o seu perfume. Após algum tempo, a gordura é lavada em álcool. Em seguida, é feita apurificação do óleo essencial.

2.2 Extração por solventes

As plantas são imersas no solvente químico adequado (hexano, acetona, ou outrosderivados de petróleo) e a separação realiza-se quimicamente, pela destilação emtemperaturas específicas, que causam somente a condensação do óleo e não dossolventes. Isto resulta um produto chamado de “concreto ”. Em seguida, o “concreto” podeser dissolvido em álcool para remover o solvente. Quando o álcool evapora, o absolutoaparece. A extração por solvente apresenta algumas desvantagens como a permanência deresíduos do solvente no absoluto e causa efeitos colaterais, que depende do solventeempregado, o que deve ser observado na indicação de absolutos e concretos paraperfumaria e cosmética.

No processo de extração do “concreto” podem-se obter, além do óleo essencial, as ceras,as parafinas, as gorduras e os pigmentos. Já o absoluto, além de fazer uma limpeza dos

solventes anteriormente empregados, também purifica a mistura das ceras, parafinas esubstâncias gordurosas presentes, o que leva o produto final a ter uma consistência maislíquida. 

O teor de solvente no produto final pode variar de menos de 1% até 6%. Em teoresmenores ou até 1%, o produto pode ser considerado apto ao uso terapêutico, quandoindicados nesse sentido. No caso de produtos obtidos somente pelo uso do álcool, éaceitável seu emprego com finalidade terapêutica mesmo com teores superiores a 1%,como acontece com algumas resinas como a mirra e o benjoim.

A extração por solvente também pode alterar em muito a composição química do produtofinal, um exemplo é o do óleo de cravo da Índia (Eugenia caryophyllata ). No óleo extraídopor destilação a vapor obtém-se um óleo essencial com 70-90% de eugenol, sendo que 5-12% são de ß-cariofileno, um composto que não é encontrado no produto obtido porextração com solvente.

Os óleos essenciais obtidos por este processo raramente possuem valor comercial.

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2.3 Destilação a vapor

Este método é conhecido também como arraste por vapor d’água ou hidrodestilação, e éo método mais difundido para extração de óleos essenciais.

Normalmente, este método é indicado para se obter óleos essenciais de folhas e ervas, masnem sempre é indicado para extrair-se o óleo essencial de sementes, raízes, madeiras ealgumas flores.

A destilação é um processo no qual uma mistura é aquecida para separar as partes maisvoláteis das menos voláteis, condensando as frações do vapor resultante para produzir umasubstância refinada ou quase pura.

A destilação a vapor é feita em um alambique onde partes frescas da planta e algumasvezes até partes secas são colocadas. Saindo de uma caldeira, o vapor circula através daspartes da planta forçando a quebra das frágeis bolsas intercelulares que se abrem e liberamo óleo essencial. À medida que este processo acontece, as sensíveis moléculas de óleosessenciais evaporam junto com o vapor d'água viajando através de um tubo no alto dodestilador onde, logo em seguida, passam por um processo de resfriamento através do uso

de uma serpentina e se condensam com a água. Forma-se então, na parte superior destamesma água obtida, uma camada de óleo essencial que é separado através de decantação.Por serem mais leves, os óleos essenciais ficam concentrados sobre a camada de água,podendo ser facilmente separados (FIG. 3).

A água que sobra de todo o processo, depois de retirado o óleo, é chamada de água floral,destilado, hidrosol ou hidrolato. Ela retém muitas das propriedades terapêuticas da planta,mostrando-se útil tanto em preparados para a pele, como até mesmo de uso oral notratamento da saúde interna. Em muitos casos, os hidrosóis são preferidos aos óleosessenciais devido a serem mais suaves, principalmente em se tratando de crianças ouquando uma maior diluição dos óleos se faz necessária.

Figura 3 - Destilação a vapor.Fonte: adaptado de DISTILLATION 

Destilação por arraste de vapor é útil para:

• Destilar substâncias que se decompõem nas proximidades de seus pontos de ebulição e

que são insolúveis em água;• Aumentar a seletividade da separação quando algumas substâncias insolúveis em água

são voláteis com o vapor e outras não;• Separar ou purificar substâncias contaminadas com impurezas resinosas.• Podem ser apontadas diversas vantagens à destilação a vapor de óleos aromáticos,

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perfumes, essências e licores aromatizados quando utilizada na indústria alimentar,bioquímica e química.

2.3.1 Turbodestilação

Vários métodos de extração modernizados têm se tornado alternativas para a destilação avapor. A turbodestilação é adequada para partes de difícil extração de óleo essencial daplanta, como é o caso de cascas, raízes e sementes. Neste processo, as plantas emergem

na água e o vapor é posto a circular em meio a esta mistura de planta e água. Através desteprocesso, a mesma água é continuamente reciclada através do material da planta.

2.3.2 Hidrofusão

Na hidrofusão, o vapor sob pressão atmosférica normal é disperso do topo da câmaradiretamente sobre o material da planta. Dessa forma, o vapor satura o material de formamais homogênea e em menor tempo do que na destilação a vapor. Esse processo tambémé menos severo do que a destilação a vapor, produzindo óleos essenciais com odores maissemelhantes à planta original.

2.3.3 Produção artesanal da destilação a vaporNo caso das produções de pequena escala, emprega-se o aparelho de Clevenger. O óleoessencial obtido, após separar-se da água, deve ser seco com sulfato de sódio anidro(Na2SO4). Preferencialmente, esse método tem sido utilizado na extração de óleos deplantas frescas. A Farmacopéia Brasileira (edição IV) preconiza o uso de um aparelho tipoClevenger, com algumas modificações.

Um modelo mais simples do aparelho de Clevenger é apresentado por GUCHTAIN,conforme descrito a seguir (FIG. 4).

Figura 4 - Aparelho de ClevengerFonte: ROZWALKA, 2003.

A – frasco de destilação, consistindo de um balão de fundo redondo com capacidade quevai de 100 a 300 mililitros com boca esmerilhada com afunilamento;B – coluna ascendente;C – condensador ou “dedo-frio”;D – tubo graduado o qual apresenta uma torneira na extremidade inferior;E – tubo de retorno, a junta esmerilhada da coluna ascendente B se ajustará na boca

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esmerilhada do balão de destilação (A);F – o sistema de aquecimento se chama “manta de aquecimento”, que fica na parte inferiordo aparelho de destilação, é elétrico e possui termostato para manter a temperaturaconstante, consiste numa peça com seu inferior côncavo revestido de amianto onde seencaixa o frasco de destilação, até a parte mediana.

2.3.4 Aparelho para destilação a vapor laboratorial

Realizar experimentos em uma escala reduzida (laboratório e piloto) é uma tática quepermite estimar com eficiência o processo a um nível industrial. Os instrumentos utilizadospara a destilação a vapor laboratorial são apresentados na Figura 5.

A água e o material vegetal, que se encontram no balão, são aquecidos pela manta deaquecimento e o vapor resultante desse processo é bombeado sob pressão para um outrorecipiente, chamado de cabeça de destilação. O calor do vapor faz com que as paredes dascélulas se abram. Dessa forma, o óleo que está entre as células evapora junto com a águae vai para o condensador Liebig . Através do vapor d’água, as glândulas se rompem,liberando o óleo etéreo. O vapor, resfriado por um condensador Liebig , é colhido em umrecipiente coletor. Durante a destilação a vapor, surgem os hidrolatos (água aromatizada),separados do óleo essencial. Os componentes sensíveis à temperatura separam-se atravésde uma destilação simples e evaporam a baixas temperaturas quando submetidos ao vapordentro da câmara de vapores. Este fato permite a separação dos óleos essenciais (quetendem a ser menos solúveis na água em ebulição) das matérias quimicamente complexas.O destilado resultante irá conter uma mistura de vapor de água e óleos essenciais quevoltam a sua forma líquida no recipiente de condensação, sendo separados através dautilização de um essenciador tipo “leiteira”. Os óleos essenciais assim como a água, achamada água floral ou hidrolatos é colhida. O processo de destilação é o mesmo que seutiliza no método de destilação simples, diferindo apenas o fato de a destilação se realizaratravés do vapor.

Figura 5 - Aparelho para destilação a vapor laboratorialFonte: DESTILAÇÃO...

2.3.5 Processo industrial com a destilação a vaporÉ importante citar alguns aspectos básicos para uma planta industrial. O projeto deequipamentos de processo é um fator importante na funcionalidade de uma plantaindustrial, é onde se pode visualizar o requerimento de materiais, acessórios, serviçospúblicos e pessoais, necessários para o melhor aproveitamento de recursos. O projeto,

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portanto, requer conhecimento dos processos industriais, dos materiais envolvidos e osmétodos de fabricação. 

Em relação à extração de óleos essenciais por arraste a vapor, é necessário intercalar osexperimentos realizados em nível de laboratório e de uma planta piloto; isto permiteconhecer e determinar as variáveis do processo que se deve controlar em uma extração, eque, por sua vez, devem ser acessíveis para o projeto dos equipamentos, de tal forma queeles sejam os mais adequados a este processo, buscando o menor custo de fabricação e a

melhor qualidade de produto.

A Figura 6 mostra um equipamento de destilação por arraste a vapor:

Figura 6 - Equipamento tradicional de destilação a vapor d’água.Fonte: BANDONI, 2003.

Um dos primeiros fatores a se considerar para a construção de uma planta de destilaçãoserá sua localização e o tamanho das instalações. Em relação à localização, deveráconsiderar que o movimento de biomassa a se destilar influi particularmente no processo,por se desprezar grandes volumes de materiais em pouco tempo. Por este motivo, asinstalações devem ser construídas o mais perto possível das fontes do material vegetal.Esta alternativa nem sempre é a melhor, pois é necessário levar em conta o fornecimentodos insumos imprescindíveis como o combustível e a água.

A necessidade de uma linha de gás e de lenha e, especialmente, a obtenção de água de

qualidade e quantidade necessárias podem ser fatores decisivos para fixar o lugar doempreendimento. Finalmente, e não menos importante, deve-se analisar a infra-estruturaexistente ao acesso e caminhos para os centros de comercialização. Em função daconstrução da planta também se justifica escolher um terreno com uma certa elevação, parafacilitar a carga e descarga dos extratores.

Para definir o tamanho da construção deve-se enfatizar alternativas. É necessário lembrar,sobre a necessidade de processar o mais rápido possível todo o material vegetal disponívelem uma colheita, e os custos de construção.

O primeiro passo é escolher o tipo de destilador e para isso se avalia a densidade aparente

do material vegetal a ser destilado.No segundo passo, é necessário analisar uma série de construções e instalaçõesacessórias ao destilador, como uma sala de caldeira, depósitos de materiais, do materialvegetal a se processar, processado e do produto terminado, depósitos de água, torre deesfriamento, balanças, acesso para descarga do material vegetal, aparelhos para a carga e

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descarga dos extratores, sistemas de segurança contra incêndio, laboratórios ou oficinas,etc.

Um fato importante é ter a boca do extrator no nível do piso para facilitar a operação decarga, o emprego de um plano inclinado que leve o material dos caminhões ou veículos dedescarga para a boca do extrator ajudará na agilidade do trabalho.

Para facilitar na descarga do material usado uma vez que se concluiu a destilação, e

sempre recomendado que não se trabalhe com cestas dentro do extrator. O importante éfazer um fundo falso que se eleve, o que ajudará na retirada do material utilizado.

Quanto aos insumos citados: água e combustível, merecem estudos separados. Ocombustível comumente utilizado é a lenha, frações de petróleo ou o gás. A escolhadependerá fundamentalmente da disponibilidade dos mesmos e do seu custo circunstancial,além do que também convém avaliar o poder calorífico das alternativas, e decidir se elafunciona como gerador de calor. O uso da lenha permite utilizar o descarte do materialutilizado na mesma destilação, devidamente secado, o que elimina o problema decontaminação.

Quanto à água, não somente deve-se estudar a sua disponibilidade quantitativa, como suaqualidade. Deve se cuidar para que a água não contenha sais alcalinos e de magnésio ousilicatos, pois pode prejudicar o condensador, provocando o deposito de resíduos em seuinterior. É importante fazer um tratamento prévio da água antes de utilizá-la. Também éimportante conhecer a temperatura da água, no caso de que seja usada para acondensação da essência. A água de esfriamento do condensador pode ser recuperada ereciclada, mas para isto é necessário dispor de uma torre de resfriamento.

Figura 7 - Esquema de um conjunto destilador para óleos essenciaisFonte: VITTI; BRITO, 2003.

2.4 Prensagem a frio

A extração de óleos essenciais por prensagem a frio (pressão hidráulica) ou esclarificação éum método de extração mecânica. Ele é usado para obter óleo essencial de frutos cítricos.

Neste processo, as frutas são prensadas e delas é extraído tanto o óleo essencial quanto osuco. Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual separa-se oóleo essencial puro. Existe também a extração de óleos de cítricos por destilação a vapor, oque é feito para eliminar as furanocumarias que mancham a pele. Porém, é considerado oóleo retirado por prensagem a frio de qualidade superior para uso terapêutico.

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Este método não é somente utilizado para extração de óleos essenciais de cítricos, mas demaneira semelhante é utilizado para extração do óleo extravirgem de amêndoas, castanhas,nozes, germe de trigo, oliva, semente de uva e também de algumas sementes das quais seextrai normalmente o óleo essencial por destilação, como é o caso do cominho negro. NaFigura 8, apresenta-se as etapas para a extração de óleos vegetais pelo processo mecânicocontínuo.

Figura 8 - Sistema básico para extração de óleosFonte: ECIRTEC

• Limpeza da matéria-prima: que consiste em retirar cascas, gravetos, folhas, sementespodres e outras impurezas que possam prejudicar a qualidade do óleo e, principalmente,pedras e pedaços de metal que possam danificar o equipamento. Este é um procedimentomuito importante que irá garantir a qualidade do óleo extraído. Quanto maior for seu grau depureza, maior será seu valor de mercado.

• Cozimento: é opcional, dependendo da finalidade do óleo e do tipo de matéria-prima. Estaetapa influencia no rendimento da extração.

• Prensagem: a matéria-prima pode ser introduzida manualmente ou por meio dealimentador mecânico (rosca dosadora). A introdução do material na quantidade correta, de

forma contínua e constante é fator importante no rendimento do processo. Os produtos daprensagem são o óleo bruto e a torta.

• Filtração do óleo bruto: serve para separar partículas de torta em suspensão no óleobruto. Ë feita pelo filtro prensa que deve ser adquirido junto com a prensa. Os produtos dafiltração são óleo refinado e resíduo da filtração.

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2.5 Extração por fluído supercrítico

Nos últimos anos, a extração com fluído supercrítico conquistou posições expressivas emdiversos setores das indústrias químicas, petroquímicas, farmacêuticas, de alimentos e depolímeros, entre outras, a tal ponto que o fluído supercrítico passou a ser chamado de "osolvente do novo milênio".

Este método permite recuperar de modo bastante eficiente, não somente os aromas deóleos essenciais, como vários outros tipos, sendo atualmente um dos principais métodos deescolha para extração industrial de óleos essenciais. Nenhum traço de solvente permaneceno produto obtido, tornando-o mais puro do que aqueles obtidos por outros métodos.

Neste processo de extração, o CO2 é primeiramente liquefeito e, em seguida, aquecido auma temperatura superior a 31°C. Nessa temperatura , o CO2 atinge um quarto estado, noqual a sua viscosidade é parecida com um gás, mas sua capacidade de dissolução éelevada como a de um líquido. Uma vez efetuada a extração, faz-se o CO2 retornar aoestado gasoso resultando na sua total eliminação (SILVA, 2006).

Quando uma substância é elevada acima de seu ponto crítico de temperatura e pressão, ela

passa para uma condição chamada de: o estado fluido supercrítico (MAUL, 2000).No estado supercrítico, as propriedades físico-químicas de um fluído assumem valoresintermediários àqueles dos estados líquido e gasoso. Propriedades relacionadas àcapacidade de solubilização, como a densidade de um fluído supercrítico aproxima-sedaquelas típicas de um líquido, enquanto que propriedades relacionadas ao transporte dematéria, como a difusividade e a viscosidade, alcançam valores típicos de um gás. Sabe-seque os líquidos são excelentes solventes, mas de difusão lenta e alta viscosidade. Osgases, por sua vez, são péssimos solventes, mas se difundem com extrema facilidade e sãopouco viscosos. Os solventes supercríticos, combinando características desejáveis tanto delíquidos quanto de gases, são ótimos solventes com alta difusividade e baixa viscosidade.Como conseqüência, a extração com fluido supercrítico, torna-se um processo rápido e

eficiente.

Figura 9 - Extração de óleo por DSCFonte: LANÇAS citado por SANTOS, 2006.

2.5.1 Vantagens da utilização da extração com fluido supercrítico

Os processos de extração supercrítica se destacam no ciclo evolutivo, enfatizando-se asseguintes características atuais:

a) utilização de uma tecnologia limpa, que não deixa resíduos, o trabalho com solventes nãotóxicos, a não alteração das propriedades das matérias-primas e a extração de produtos dealta qualidade;

b) permitir o processamento de materiais a baixas temperaturas, o que é especialmente

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adequado quando compostos termos-sensíveis estão presentes. Dessa forma, evita-se adegradação desses compostos, que é um problema duplamente prejudicial: os produtosdegradados comprometem a qualidade do produto final e geram rejeitos industriaisindesejáveis que precisam ser tratados antes de eliminados;

c) possibilidade da fácil recuperação do solvente supercrítico após o processo de extração,apenas pelo ajuste de pressão e/ou temperatura, sendo o mesmo continuamente reciclado.Isto elimina uma das etapas mais dispendiosas dos processos de extração convencionais

que é a separação entre produto extraído e solvente orgânico;

d) da separação entre solutos e solventes supercríticos tem-se a obtenção de produtos comalto grau de pureza, já que o processo não deixa resíduos de solvente no produto final;

e) a extração por fluído supercrítico é geralmente mais rápida que a extração líquida equando usa o bióxido de carbono como solvente, muito mais ecológica;

f) a diminuição dos gastos com energia térmica, quando comparados aos de certosprocessos convencionais energeticamente intensivos, como, por exemplo, a destilação. Nomomento atual, otimizar a utilização de energia no Brasil passou a ser uma prioridade;

g) rapidez no processamento dos materiais, devido à baixa viscosidade, alta difusividade egrande poder de solubilização do solvente supercrítico, e eficiência de separação, com altaseletividade entre os produtos extraídos, tornando-a um processo competitivo frente aoutras tecnologias anteriores;

h) a extração com fluídos supercríticos permitem contornar problemas ocorridos nosprocessos tradicionais, como a presença de resíduos de solventes em produtos acabados; anecessidade de etapas de purificação em extrações que utilizam solventes pouco seletivose a degradação de substâncias, causadas por condições drásticas de operação, com autilização de elevadas temperaturas em processos de destilação.

Diante destas vantagens, as indústrias químicas, de alimentos, farmacêuticas e de aromasvêm demonstrando interesse na utilização desta nova tecnologia em processos quepriorizam a qualidade máxima dos produtos obtidos. 

Muitas das extrações por CO2 possuem um fresco, claro e característico aroma de óleosdestilados a vapor, e eles cheiram de forma muito similar à planta viva. Estudos jádemonstraram que os óleos essenciais extraídos por este método mantêm em completaintegridade seus compostos ativos.

2.5.2 Propriedades físicas dos óleos essenciais extraídos pelo processo de extração comfluído supercrítico

Considera-se este método como sendo o que permite se obter os óleos essenciais demelhor qualidade possível e de maior potência terapêutica. As propriedades físicas dealguns fluidos comuns são apresentados na Tabela 1.

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Tabela 1 - Propriedades físicas de alguns fluidos comuns ordenados pela temperatura crítica emordem crescente.

Fonte: MAUL, 2000.

2.5.3 Fluxograma da extração por fluído supercrítico

A extração supercrítica de produtos naturais, especialmente a extração de óleos essenciais,é uma das aplicações mais discutidas na literatura. Soma-se a este fato que boa parte dosprocessos industriais de extração supercrítica em funcionamento relacionam-se a extraçãode produtos naturais empregando dióxido de carbono como fluido supercrítico. Para melhorcompreensão do processo de extração por fluído supercrítico apresenta-se na Figura 10 ofluxograma para sua extração.

Figura 10 - Fluxograma de extração supercrítica

Fonte: MAUL, 2000.

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2.5.4 Equipamentos para extração por fluído supercrítico

Figura 11 - Esquema representativo do equipamento utilizado para extração supercrítica do óleoessencial de alecrim

Fonte: COELHO; OLIVEIRA; PINTO, 1997.

3 COMPONENTES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS

Quadro 1 - Componente dos óleos essenciais de maior consumo internacional

Óleo essencial Família - Espécie Nome popular- Anetol Pimpinella anisum  Anis

- Ascaridol Cchenopodium 

ambrosioides 

Erva-de-santa-maria

- Barbatol Coleus barbatus  Boldo-do-reino

- Benzaldeído Prunus sp  Pessegueiro

- Borneol Salvia officinalis  Sálvia

- Camazuleno Achillea millefoliumm 

Matricaria chamomilla 

Pronto-alívio

Camomila

- Cânfora Cinnamomum camphora 

Artemisia camphorata 

Ecanforeira

Cânfora-de-jardim

- Cariofileno Lippia Alba  Erva-cidreira-

brasileira

- Carquejol Baccharis trimera  Carqueja

- Citral Cymbopogon citrates  Capim-limão

- Citronelal Melissa officinalis  Erva-cidreira

- Eucaliptol Eucalyptus spp  Eucalipto

- Eugenol Syzygium aromaticum  Cravo-da-índia

- Funchol Foeniculum vulgare  Funcho

Continua

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Continuação

Óleo essencial Família - Espécie  Nome popular

- Geraniol Rosa spp  Rosa

- Linalol Ocimum basilicum  Alfavaca

- Mentol Mentha spp  Hortelã

- Mirceno Pinus spp  Pinus- Pineno Rosmarinus officinalis  Alecrim

- Pulegona Mentha pulegium 

Cunila microcephala 

Poejo

Poejo

- Safrol Ocotea odorata  Canela-sassafrás

- Salicilato de metilha Polygala sp e Smilax sp  Salsaparrilha

- Terpineo Origanum majorana  Manjerona

- Timol Thymus vulgaris  Tomilho

- Tujona Artemisia absinthium  LosnaFonte: adaptado de Bach (1998) citado por DUARTE, 2001.

4 ENSAIOS E ANÁLISES

Os testes, ensaios ou análises podem ser de caráter físico, químico ou físico-químico. AEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa - Agroindústria de Alimentos,apresenta uma relação de análises específicas para óleos essenciais, conforme seapresenta a seguir.

4.1 Análises específicas para óleos essenciais

4.1.1 Ensaios físicos

•  Análise de óleos essenciais e aromas por cromatografia gasosa de alta resoluçãoacoplada à espectrometria de massas.

•  Análise de óleos essenciais e aromas por cromatografia gasosa de alta resolução.•  Determinação de resíduo de evaporação em óleos essenciais.•  Extração de óleos essenciais por headspace estático acoplado a cromatógrafo gasoso.•  Extração sólido-líquido de óleos-resinas.•  Extração sólido-líquido de óleos-resinas em escala piloto.•  Determinação do índice de refração de óleos essenciais.

4.1.2 Ensaios químicos

•  Determinação da atividade antioxidante de óleos essenciais e seus isolados.•  Determinação da densidade de óleos essenciais.•  Determinação da rotação óptica de óleos essenciais.•  Determinação de álcoois totais em óleos essenciais.•  Determinação de componentes carbonílicos em óleos essenciais.•  Determinação de matéria-corante extraída (capsantina) em pimentas (Capsicum ) por

espectrofotometria.•  Determinação de piperina em pimenta-do-reino por espectrofotometria.•  Determinação do índice de acidez em óleos essenciais.•

  Determinação do índice de peróxido em óleos essenciais.4.1.3 Ensaios físico-químicos

•  Determinação de umidade por destilação com líquido imiscível em plantas aromáticas econdimentares.

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•  Extração de aromas por destilação e extração simultâneas (SDE), microextração emfase sólida (SPME) e extração líquido-líquido.

•  Extração de óleos essenciais por arraste a vapor.•  Extração de óleos essenciais por arraste a vapor em escala piloto.•  Fracionamento de óleos essenciais por destilação a vácuo.

4.2 Grau de pureza

Um óleo essencial puro é aquele que é extraído de um único tipo de planta. Alguns tipos deadulterantes são:

- solventes sem odor;- co-destilação com outros tipos de plantas;- frações de outros óleos essenciais;- óleos sintéticos idênticos ao natural;- fragrâncias sintéticas e seus isômeros.

Um óleo essencial não deve se adulterado. Qualidade da planta, colheita e técnicas deprodução possuem muita relação com a qualidade.

A análise para a verificação do grau de pureza de um óleo essencial é a CromatografiaGasosa com detecção por Espectrometria de massa (GC-MS).

5 ACONDICIONAMENTO DO ÓLEO E VIDA ÚTIL

Os óleos essenciais são voláteis e como tal necessitam ser manipulado com cuidado. Osóleos essenciais podem ser prejudiciais se forem ingeridos e devem ser mantidos fora doalcance das crianças. A deterioração de um óleo essencial reduz seu valor comercial, umfenômeno.

Para garantir a qualidade do produto, os óleos essenciais devem ser:

• guardados em frascos de vidros escuros (âmbar tipo I ou de borosilicato), empequeno volume, completamente cheios e hermeticamente fechados;

• protegidos da exposição ao calor ou aos metais pesados. Devem ser estocados embaixas temperaturas, quando armazenados por longo tempo, (podendo solidificar,mas voltarão ao estado líquido quando em temperatura ambiente);

• guardados em local fresco (18°C) para uso diário.

A deterioração pode ser percebida se o líquido estiver muito mais escuro ou mais viscosodo que o normal. Com cuidados adequados os óleos essenciais têm um prazo de validadede 6 meses a 2 anos. Os óleos cítricos devem ser usados até um ano a partir de sua data

de fabricação. Quando diluídos em óleos carreadores, sua validade é de alguns meses. Osrecipientes plásticos apresentam problemas de permeabilidade e adsorção doscomponentes dos óleos essenciais.

6 FIXADORES

Quanto à fixação dos aromas obtidos a partir do óleo essencial, podem ser empregados osfixadores utilizados na indústria de perfumes, sob a forma de resina, bálsamo, etc.

Os fixadores são usados em proporções que oscilam entre 0,1 e 0,5% e necessitamapresentar algumas características básicas como serem perfeitamente solúveis em álcool enos princípios aromáticos, serem empregados em concentração adequada, não terem odor

ou contraste ou que prejudique os princípios aromáticos e serem incolores ou poucocoloridos.

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7 NORMAS TÉCNICAS

7.1 Normas técnicas nacionais

Código Título PublicaçãoSituação

AtualMB 843 Óleos essenciais - Determinação do teor de safrol 01/01/1976 Em vigor

NBR 5780 Amostragem de óleos essenciais 30/03/1984 Em vigorNBR 5781 Preparo de amostras de óleos essenciais 01/06/1984 Em vigor

NBR 5782 Óleos essenciais - Determinação do ponto e da faixade fusão 01/12/1984 Em vigor

NBR 5783 Óleos essenciais - Determinação da rotação óptica erotação óptica específica 01/05/1987 Em vigor

NBR 5784 Óleos essenciais - Determinação da massa específicae densidade relativa 01/05/1985 Em vigor

NBR 5785 Óleos essenciais - Determinação do índice derefração 01/08/1985 Em vigor

NBR 5786 Óleos essenciais - Determinação do índice de acidez 01/12/1986 Em vigor

NBR 5787Óleos essenciais - Determinação do índice de ésterese do teor de ésteres 01/01/1975 Em vigor

NBR 5788Óleos essenciais - Determinação do teor de álcooistotais e livres pela determinação do índice de ésteresapós acetilação

01/05/1985 Em vigor

NBR 5789Óleos essenciais - Determinação do teor emconstituintes carbonílicos pelo método do cloridrato dehidroxilamina

01/01/1975 Em vigor

NBR 5790Óleos essenciais - Determinação do teor emconstituintes carbonílicos pelo método dahidroxilamina livre

01/01/1975 Em vigor

NBR 5791 Óleos essenciais - Determinação da solubilidade emetanol 01/11/1989 Em vigor

NBR 5792 Óleos essenciais - Rotulagem e marcação dosrecipientes ou frascos 01/01/1975 Em vigor

NBR 9678 Óleos essenciais - Determinação do índice deperóxido 01/12/1986 Em vigor

NBR 10418 Óleo essencial de limão siciliano 01/08/1988 Em vigorNBR 10419 Óleo essencial de laranja 01/08/1988 Em vigorNBR 10420 Óleo essencial de tangerina cravo 01/08/1988 Em vigorNBR 10421 Óleo essencial de mandarina 01/08/1988 Em vigor

NBR 11587 Óleo essencial de pomelo 01/03/1990 Em vigorNBR 11600 Óleo essencial de limão Taiti 01/12/1990 Em vigor

NBR 11916 Óleos essenciais - Determinação do teor de óleovolátil 01/11/1991 Em vigor

NBR 11917 Óleos essenciais - Determinação do teor de fenóis 01/12/1991 Em vigor

NBR 11918 Óleos essenciais - Determinação do ponto decongelamento

01/11/1991 Em vigor

NBR 12565 Óleos essenciais - Determinação do teor de álcooistotais (em linalol)

30/04/1992 Em vigor

Estas normas podem ser adquiridas com a Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT (http://www.abnt.org.br/ ) nos seguintes endereços:

• BELO HORIZONTERua da Bahia, 1148 - Grupo 1015CEP: 30160-906 - Belo Horizonte - MG

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Fone: (31) 3226-4396 Fax: (31) 3273-4344e-mail: [email protected] 

• BRASÍLIASCS - Q.1 - Ed. Central, sala 401CEP: 70304-900 – Brasília - DFFone: (61) 3223-5590 Fax: (61) 3223-5710e-mail: [email protected] 

• CURITIBARua Lamenha Lins, 1124CEP: 80250-020 – Curitiba - PRFone: (41) 3323-5286 Fax:: (41) 3322-8355e-mail: [email protected] 

• PORTO ALEGRERua Siqueira Campos, 1184 - conj. 906CEP: 90010-001 - Porto Alegre - RSFone: (51) 3224-2601 Fax: (51) 3227-4155

e-mail: [email protected] • RIO DE JANEIROAvenida Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP: 20031-901 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 3974-2300 Fax (21) 3974-2346e-mail: [email protected] 

• SÃO PAULORua Minas Gerais, 190 - HigienópolisCEP: 01244-010 - São Paulo - SPFone: (11) 3017-3600

e-mail: [email protected] 

7.2 Normas técnicas internacionais

Para ser aceito no mercado internacional, o óleo essencial deverá atender às seguintesnormas ISO:

CÓDIGO TÍTULO DATA

 

ISO 212 Essential oils -- Sampling  2007

ISO 279Essential oils -- Determination of relative density at 20 degrees C - Reference method 

1998

 

ISO 280 Essential oils -- Determination of refractive index  1998ISO 356 Essential oils -- Preparation of test samples  1996ISO 592 Essential oils -- Determination of optical rotation  1998

 

ISO 709 Essential oils -- Determination of ester value  2001ISO 855 Oil of lemon, Italy, obtained by expression  1981ISO 875 Essential oils -- Evaluation of miscibility in ethanol  1999

 

ISO 1041 Essential oils -- Determination of freezing point  1973

ISO 1241Essential oils -- Determination of ester values, before and after acetylation, and evaluation of the contents of free and total alcohols 

1996

 

ISO 1242 Essential oils -- Determination of acid value  1999

ISO 1271Essential oils - Determination of carbonyl value - Free hydroxylamine method. 1983

ISO 1272 Essential oils -- Determination of content of phenols  2000

ISO 1279Essential oils -- Determination of carbonyl value -- Potentiometric methods using hydroxylammonium chloride 

1996

Continua

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Continuação

 

CÓDIGO TÍTULO DATA

ISO 1342 Oil of rosemary (Rosmarinus officinalis L.) ISO 3033-1:2005Oil 

 

of spearmint -- Part 1: Native type (Mentha spicata L.)2000

ISO 1955Citrus fruits and derived products -- Determination of essential oils content (Reference method)

1982

ISO 3033 Oil of spearmint (Mentha spicata Linnaeus). 1988

ISO 3033-2 Oil of spearmint -- Part 2: Chinese type (80 % and 60 %)(Mentha viridis L. var. crispa Benth.), redistilled oil 

2005

ISO 3033-3Oil of spearmint -- Part 3: Indian type (Mentha spicata L.),

 

redistilled oil 2005

ISO 3033-4Oil of spearmint -- Part 4: Scotch variety (Mentha x gracilis Sole)

2005

ISO 3044 Oil of eucalyptus citriodora Hook  1997ISO 3045 Oil of bay [Pimenta racemosa (Mill.) J.W. Moore]  2004

ISO 3053Oil of grapefruit (Citrus x paradisi Macfad.), obtained by expression 

2004

ISO 3054 Oil of lavandin Abrial (Lavandula angustifolia Miller x Lavandula 

 

latifolia Medikus), French type 2001

ISO 3061 Oil of black pepper  1979

 

ISO 3063Oil of ylang-ylang (Cananga odorata (Lam.) Hook. f. et 

 

Thomson forma genuina)2004

ISO 3064 Oil of petitgrain, Paraguayan type (Citrus aurantium L. ssp.aurantium, syn. Citrus aurantium L. ssp. amara var. pumilia)

2000

ISO 3065 Oil of Australian Eucalyptus, 80 to 85 % cineole content  1974

ISO 3140Oil of sweet orange (Citrus sinensis (L.) Osbeck), obtained by mechanical treatment 

2005

ISO 3141 Oil of clove leaves [Syzygium aro  1997ISO 3218 Essential oils -- Principles of nomenclature  1976

ISO 3794Essential oils (containing tertiary alcohols) -- Estimation of free 

 

alcohols content by determination of ester value after acetylation 

1976

ISO 4715 Essential oils -- Quantitative evaluation of residue on evaporation 

1978

ISO 4720 Essential oils -- Nomenclature  2002

 

ISO 4729 Oil of pimento leaf [Pimenta dioica (Linnaeus) Merril]  1984

ISO 7353Oil of rosewood - Determination of -terpineol content - Gas 

 

chromatographic method on packed columns 1985

ISO 7355Oil of sassafras and nutmeg - Determination of safrole and cis- and trans-isosafrole content - Gas chromatographic method on packed columns 

1985

ISO 7356Oil of thujone-containing artemisia and oil of sage (Salvia officinalis Linnaeus) - Determination of - and -thujone content - Gas chromatographic method on packed columns.

1985

ISO 7357Oil of calamus - Determinations of cis- -asarone content - Gas chromatographic method on packed columns 

1985

ISO 7359Essential oils - Analysis by gas chromatography on packed columns - General method. RC: International Organisation for Standardization 

1985

ISO 7609Essential oils - Analysis by gas chromatography on capillary columns - General method.

1985

ISO 7611

Oils of lemon and petitgrain citronnier, and oil of lime 

mechanical process - Determination of citral (neral + geranial)

 

content - Gas chromatographic method on capillary columns. 1985

ISO 7660Essential oils - Determination of ester value of oils containing difficult-to-saponify esters 

1983

Continua

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Continuação

 

CÓDIGO TÍTULO DATA

ISO 8432Essential oils - Analysis by high performance liquid chromatography - General method. RC: International Organisation for Standardization,

1987

ISO 8896 Oil of caraway (Carum carvi Linnaeus). 1987

ISO 8900 Oil of bergamot petitgrain [Citrus aurantium (linnaeus) ssp.

 

bergamia (Wight et Arnott) Engler].1987

ISO 11021Essential oils - Determination of water content -- Karl Fischer method 

1999

ISO 11024-1Essential oils - General guidance on chromatographic profiles - Part 1: Preparation of chromatographic profiles for presentation 

 

in standards 1998

ISO 11024-2Essential oils - General guidance on chromatographic profiles - Part 2: Utilization of chromatographic profiles of samples of essential oils 

1998

ISO 14714Essential oils and aromatic extracts - Determination of residual 

benzene content 

1998

ISO 22972 Essential oils - Analysis by gas chromatography on chiral 

 

capillary columns - General method 2004

ISO/TR 210Essential oils - General rules for packaging, conditioning and storage 

1999

ISO/TR 211Essential oils - General rules for labelling and marking of containers 

1999

ISO/TR11018

Essential oils - General guidance on the determination of flashpoint 

1997

ISO/TR21092 Essential oils - Characterization  2004

Fonte: INTERNATIONAL ORGANIZATION OF STANDARDIZATION

8 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

INTERNATIONAL FRAGRANCE ASSOCIATION. Manual de boas práticas de fabricaçãopara a indústria de fragrâncias. Disponível em: <http://www.abifra.org.br/manual/ >.Acesso em: 25 jun. 2007.

 

Conclusões e recomendações 

A expansão da demanda dos óleos essenciais é resultante de quatro fatores:1ª - a expansão do consumo mundial de cosméticos naturais;

2ª - a incorporação dos princípios da aromaterapia, na indústria de higiene pessoal elimpeza;3ª - a necessidade de substituição de matéria-prima atualmente importada pela indústria dehigiene pessoal brasileira;4ª - a recente tendência internacional de expansão dos investimentos do setor para a Ásia eAmérica Latina.

Extração de óleo essencial é uma operação aparentemente mais simples do que se pensa,mas requer domínio da técnica para a sua execução, de modo a se obter o máximo deeficiência do sistema e alto rendimento do produto requerido, além do conhecimento dascaracterísticas químicas, físicas e bioquímicas da biomassa vegetal.

As aplicações e usos das técnicas e métodos de extração de óleos essenciais são opçõesque cada pesquisador adapta as suas necessidades. Entretanto, o método de extração porhidrodestilação ainda é o mais utilizado e viável economicamente, tanto em escalalaboratorial quanto em escala comercial.

As plantas que crescem naturalmente em regiões sem poluição ou que são cultivadas

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organicamente fornecem óleos de melhor qualidade. Os produtos não orgânicos não sãorecomendados, pois muitos pesticidas sintéticos não são solúveis nas substânciasaromáticas da planta e podem ficar concentrados no óleo. A composição química doscomponentes dos óleos essenciais é determinada por dois fatores: um artificial (o processode destilação a vapor) e outro intrínseco à planta (a biossíntese das moléculasconstituintes).

As análises de mercado indicam que os óleos essenciais têm uma demanda cativa,

projetando uma prospecção altamente positiva para este mercado.

 

Referências

ANALYSIS of essential oils for purity and quality. Disponível em:<http://www.evbaromatherapy.com/importance.html>. Acesso em: 05 maio 2006.

ARGENTIÉRE, R. Novíssimo receituário industrial. 4 ed. São Paulo: Ícone, 1992. 411 p.

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2007.AROMALANDIA. Óleos essenciais. Disponível em:<http://www.aromalandia1.hpg.ig.com.br/oleos_essenciais.htm>. Acesso em: 21 ago. 2007.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Instituto de Química. Departamento de QuímicaOrgânica. Agronex. Rede de Extração de Produtos Agro-alimentares com FluídoSupercrítico. Fluído supercrítico. Disponível em: <http://www.agronex.ufba.br/fluido.html>.Acesso em: 22 jun. 2007.

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Anexos

Anexo 1 - Associações

• Associação nacional

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ÓLEOS ESSENCIAIS, PRODUTOSQUÍMICOS AROMÁTICOS, FRAGRÂNCIAS, AROMAS E AFINS - ABRIFA. Disponível em:<http://www.abifra.org.br/ >. Acesso em: 25 jun. 2007.

• Associações internacionais

EUROPEAN FLAVOUR AND FRAGRANCE ASSOCIATION - EFFA. Disponível em:<http://www.effa.be/ >. Acesso em: 25 jun. 2007.

FLAVOR AND EXTRACT MANUFACTURERS ASSOCIATION - FEMA. Disponível em:<http://www.femaflavor.org/ >. Acesso em: 25 jun. 2007.

INTERNATIONAL FRAGRANCE ASSOCIATION - IFRA. Disponível em:<http://www.ifraorg.org/ >. Acesso em: 25 jun. 2007.

INTERNATIONAL ORGANIZATION OF THE FLAVOUR INDUSTRY - IOFI. Disponível em:<http://www.iofi.org/ >. Acesso em: 25 jun. 2007.

Anexo 2 – Equipamentos para extração de óleos essenciais

A escolha e definição dos equipamentos dependerão da quantidade de produto a serprocessada (kg/dia ou kg/mês). Abaixo será fornecida uma relação de fabricantes demáquinas e equipamentos para extração de óleos essenciais.

Para o dimensionamento da quantidade de matéria-prima, equipamentos e instalações;recomenda-se o desenvolvimento de um projeto prévio, conduzido por especialistas no

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assunto. A partir do proposto, pode-se adquirir os equipamentos nas empresas abaixorelacionadas.

1) Alambique: onde as partes frescas da planta e algumas vezes as partes secas sãocolocadas.

2) Caldeira: que produz o vapor que irá circular através das partes da planta forçando aquebra das moléculas e conseqüente liberação do óleo essencial.

3) Tubo: localizado na parte superior do alambique. Neste tubo, o evaporado gerado peloalambique é recolhido e no final, através de resfriamento externo do tubo, ocorre acondensação deste vapor (que contém água e óleo essencial).

4) Serpentina: responsável pelo resfriamento externo do tubo; pode usar água gelada ououtro fluido refrigerante.

5) Decantador: local onde ocorre a separação da água e do óleo essencial gerados pelodestilado.

6) Extrator de óleo essencial, todo em aço inoxidável, composto de:• Dorna para aquecimento;• Condensador (espiral ou tubular);• Frasco separador (frasco florentino).

No Brasil estes equipamentos não são produzidos em série, mas fabricados sobencomenda em caldeirarias.

• Caldeira para gerar vapor para a extração;• Tanque para armazenagem de óleo essencial (10 a 100 litros);• Balanças, gruas, carrinhos e outros acessórios para deslocamento e levantamento

de material sólido.

Modelos de equipamentos existentes no mercado para extração por prensagem contínua:

Figura 12 – Extratoras de óleosFonte: SCOTT TECH BRASIL

Modelos de equipamentos existentes no mercado para extração por arraste de vapor, comuma ou mais dornas:

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Figura 13 - Extração por arraste de vapor dornade 15 litros

Fonte: ECIRTEC 

Figura 14 - Extração por arraste de vapor dornade 500 litros

Fonte: ECIRTEC 

Figura 15 - Destilador inoxidável para óleosessenciais

Fonte: MARCONI Figura 16 - Destilador para óleos essenciais emvidro borossilicatoFonte: MARCONI

Figura 17 - Destilador para óleos essenciais tipo ClevengerFonte: MARCONI

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• Potenciais fornecedores de equipamentos

ECIRTEC EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS LTDA.Rua Maurita Vaz Malmonge, 2-235, Distr. Industrial IICEP: 17039-770 – Bauru – SPFone: (14) 3231-2256 /3281-1515Site: http://www.ecirtec.com.br/  

MARCONI EQUIPAMENTOS PARA LABORATÓRIO LTDA.Rua Rafael Ducatti, 260 Algodoal Caixa Postal 1291CEP: 13405-970 – Piracicaba – SPFone: (19) 3412-1010e-mail: [email protected] site: http://www.marconi.com.br/  

SCOTT TECH BRASILRua Antonio Sterzeck, 285CEP: 13280-000 – Vinhedo – SPFone: (19) 3826-1613

e-mail: [email protected] site: http://www.scottech.com.br/maquinario.html 

• Serviço de destilação por contrato

Caso o custo do equipamento seja muito alto, pode-se inicialmente fazer a extraçãoutilizando-se um serviço móvel (caminhão equipado com destiladores) que se desloca atéas fazendas e extrai o óleo. São dois extratores, instalados no mesmo caminhão, comcapacidade de 3 e 4 metros cúbicos, respectivamente. A vantagem, neste caso, é que não énecessário investimento para a construção do equipamento. O endereço da empresaencontra-se abaixo indicado:

Serviço de Destilação por Contrato:Garden CityFone: (11) 3159-2470Ibiúna -SP Site: www.gardencity.com.br

 

Nome do técnico responsável 

Sonia Maria Marques de OliveiraVera Lucia Age Jose

Nome da Instituição do SBRT responsável

Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR

Data de finalização

11 set. 2007