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Prof a . Patrícia Moreira Lima FT 5 Aula 3 3-CONDUÇÃO DE CALOR PERMANENTE 10/04/2013

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  • Profa. Patrcia Moreira Lima

    FT 5 Aula 3

    3-CONDUO DE CALOR

    PERMANENTE

    10/04/2013

  • 2

    Compreender o conceito de resistncia trmica e suas limitaes, e desenvolver redes de resistncia trmica para problemas prticos de

    conduo

    Resolver problemas de conduo permanente envolvendo geometrias retangulares, cilndricas e esfricas.

    Desenvolver uma compreenso intuitiva de resistncia de contato e as circunstncias que ela pode ser significativa

    Identificar aplicaes em que o isolamento pode realmente aumentar a TC.

    Analisar superfcies aletadas e avaliar como elas aumentam TC

    Objetivos

  • 3

    3.1- PAREDES PLANAS

    Regime Permanente

    sendo

    Em regime permanente a taxa de TC atravs

    da parede deve ser constante

  • 4

    Regime Permanente:

    dT/dx constante : T varia linearmente

    atravs da parede

  • 5

    Conceito de resistncia trmica

    A equao para conduo de calor atravs de uma parede pode ser reorganizada como:

    Resistncia de conduo da parede resistncia trmica da parede contra a

    conduo: Depende da geometria e das

    propriedades trmicas do meio

    Taxa de TC corrente eltrica

    Resistncia trmica resistncia eltrica

    Diferena de temperatura diferena de tenso

  • 6

    Lei de Newton do resfriamento

    Resistncia de conveco:

    Resistncia trmica da superfcie

    contra a conveco

    Quando h muito grande (h ), a resistncia de conveco torna-se nula e Ts T.

    Essa superfcie no oferece resistncia a conveco, assim ela ela no

    torna mais lento TC.

    Esta situao abordada na prtica em superfcies onde ocorre ebulio e

    condensao.

  • 7

    Considerando os efeitos da radiao

    Resistncia de radiao: resistncia

    trmica da superfcie contra a radiao.

    Coeficiente de TC por radiao

    Coeficiente de TC combinado

    Conveco e radiao simultaneamente

    Quando

  • 8

    Rede de resistncia trmica

    Taxa de conveco de

    calor para a parede Taxa de conduo de

    atravs da parede

    Taxa de conveco de calor

    da parede = =

  • 9

    A queda da temperatura

    U- Coeficiente global

    de TC

    Um vez determinado o valor de Q a

    temperatura da superfcie T1 pode ser

    determinada. A queda de temperatura atravs de

    uma camada proporcional sua

    resistncia

  • 10

    Paredes planas multicamadas

    A rede de resistncia

    trmica para a TC

    atravs de duas

    camadas de parede

    submetidas conveco

    em ambos os lados

  • 11

  • 12

    Exemplo 3.1: Perda de calor atravs de janela de

    painel duplo

    Considere uma janela de painel duplo de

    0,8 m de altura e 1,5 m de largura

    composta de duas placas de vidro (k= 0,78

    W/m.K) de 4 mm de espessura, separadas

    por um espao se ar estagnado (k= 0,026

    W/m.K) de 10 mm de largura. Determine a

    taxa de transferncia de calor permanente

    atravs desta janela e a temperatura da

    superfcie interna em um dia em que a

    sala seja mantida a 20 oC, enquanto a

    temperatura no exterior - 10 oC .

    Considere os coeficientes de TC por

    conveco sobre as superfcies interna e

    externa como h1= 10 W/m2. oC e h2= 40

    W/m2 .oC, que incluem os efeitos da

    radiao.

  • 13

    3.2- RESISTNCIA TRMICA DE CONTATO

    Distribuio de temperatura e linhas de fluxo de calor ao longo de duas placas

    slidas pressionadas uma contra outra para o caso de contato perfeito e imperfeito

  • 14

    Quando duas superfcies so pressionadas uma contra a

    outra os picos formam um bom

    contato material mas os vales

    formam vazios preenchidos

    com ar.

    Uma montagem experimental tpica

    para determinao da resistncia

    trmica de contato

    Uma interface oferece alguma resistncia a TC e essa

    resistncia por unidade de

    rea chamada de resistncia

    trmica de conato, Rc.

    Essas lacunas de ar funcionam como um

    isolamento devido a baixa

    condutividade trmica do ar

  • 15

    hc condutncia trmica

    de contato

    O valor da resistncia

    trmica de contato

    depende:

    da rugosidade superficial

    Das propriedades do material,

    Da temperatura e presso na interface

    Do tipo de fluido aprisionado na

    interface

    a resistncia diminui com a diminuio da

    rugosidade da

    superfcie com o

    aumento de presso

    Valores entre 0,000005 e 0,0005 m2oC/W

  • 16

    A resistncia trmica de contato pode ser

    minimizada

    Substituindo o ar com um melhor gas condutor na interface como hlio e

    hidrognio

    Aplicando uma folha metlica como estanho, prata, cobre

  • 17

    A condutncia trmica de contato mais elevada portanto a resistncia

    trmica de contato menor) para metais macios em superfcies lisas a alta

    presso.

  • 18

    Exemplo 3.2: Espessura equivalente para

    resistncia de contato

    A condutncia trmica de contato

    na interface de duas placas de

    alumnio (k= 237 W/m.K) de um

    centmetro de espessura de

    11.000 W/m2.K. Determine a

    espessura da placa de alumnio

    cuja resistncia trmica igual a

    resistncia trmica da interface

    entre as placas.

  • 19

    3.3- REDE DE RESISTNCIA TRMICA

    GENERALIZADA

    Rede de resistncia trmica para

    duas camadas paralelas

  • 20

    Duas hipteses comumente utilizadas

    na resoluo de problemas

    multidimensionais tratando-os

    como unidimensionais utilizando a

    rede de resistncia trmica

    (1)Qualquer parede plana normal ao

    eixo x is isotrmica

    (2) Qualquer plano paralelo ao eixo x

    adiabtico

  • 21

    Exemplo 3.3: Perda de calor atravs de uma parede

    composta

    Uma parede de 3 m de altura e 5 m

    consiste de tijolos (k= 0,72 W/m. oC)

    horizontais de 16 cm x 22 cm de seo

    transversal, separados por camadas de

    gesso (k= 0,22 W/m. oC) de 3 cm

    espessura. Existem ainda gessos de 2 cm

    espessura de cada lado do tijolo e uma

    camada de 3 cm espessura de espuma

    rgida (k= 0,026 W/m. oC) na face interna

    da parede. As temperaturas internas e

    externas so 20 oC, e - 10 oC ,

    respectivamente ,e os coeficientes de TC

    por conveco dos lados interno e externo

    so h1= 10 W/m2. oC e h2= 25 W/m

    2 .oC.

    Assumindo TC unidimensional e ignorando

    radiao, determinar a taxa TC atravs da

    parede.

  • 22

    3.4- CONDUO DE CALOR EM CILINDROS E

    ESFERAS

    A transferncia de calor pode ser modelada como permanente e

    unidimensional

    A temperatura do tubo depende de uma s direo(direo

    radial) e pode ser expresso

    como T = T(r).

    A situao aproximada na prtica para longos tubos e para

    esferas

  • 23

    Um longo tubo cilndrico (ou uma

    camada esfrica) com temperaturas

    especificadas nas superfcies

    internas e externa T1 e T2.

    Resistncia de conduo da camada cilndrica:

  • 24

    Uma camada esfrica) com temperaturas

    especificadas nas superfcies internas e

    externa T1 e T2.

    Para esfera: A= 4r2

    Resistncia de conduo da camada esfrica:

  • 25

    A taxa de TC permanente:

    Para uma camada esfrica:

    Para uma camada cilndrica:

    Rede de resistncia trmica

    para uma camada cilndrica

    ou esfrica submetida

    conveco de ambos os

    lados interno e externo.

  • 26

    Cilindros e esferas multicamadas

  • 27

    A razo T/R atravs de qualquer camada igual a Q

    que permanece constante para

    conduo unidimensional

    Uma vez que o valor de Q seja

    conhecido podemos determinar

    qualquer temperatura intermediria Tj

  • 28

    Exemplo 3.4: Perda de calor atravs de um tubo de

    vapor isolado

    O vapor a T1 = 320 oC) escoa em um

    tubo de ferro fundido (k= 80 W/m. oC)

    cujos dimetros interno e externo so

    D1= 5 cm e D2 = 5,5 cm respectivamente.

    O tubo tem isolamento de l de vidro (k=

    0,05 W/m. oC) de 3 cm de espessura. O

    calor perdido para o meio a T2 = 5 oC

    por conveco natural e por radiao,

    com um coeficiente de transferncia de

    calor combinado h2= 18 W/m2. oC . Sendo

    o coeficiente de transferncia de calor no

    interior do tubo h1= 60 W/m2 .oC

    determinar a taxa de perda de calor a

    partir do vapor por unidade de

    comprimento do tubo. Determinar

    tambm a queda de temperatura da

    tubulao e do isolamento.

  • 29

    3.5- RAIO CRTICO DE ISOLAMENTO

    A adio de isolamento a uma parede

    sempre diminui a TC, pois a rea de TC

    constante, aumentando o isolamento

    sempre aumenta a resistncia trmica

    da parede sem aumentar a resistncia

    de conveco

    Em um cilindro ou uma casca esfrica o

    isolamento aumenta a resistncia de

    conduo da camada, mas diminui a

    resistncia de conveco da superfcie

    devido ao aumento da superfcie

    externa para conveco.

    A TC a partir do tubo a partir do tubo

    pode aumentar ou diminuir, dependendo

    do efeito dominante.

  • 30

    Variao da taxa de TC com o

    raio externo do isolamento r2

    O valor de r2 em Q atinge um mximo determinado a partir da exigncia

    de que dQ/d r2 =0. Fazendo a diferenciao e resolvendo para r2, obtemos:

    O raio crtico de isolamento de um cilndrico:

    O raio crtico de isolamento de uma esfera:

    Podemos isolar tubo de vapor livremente

    sem nos preocupar com a possibilidade de

    aumentar a TC ao isolar tubos

    O maior valor do raio crtico que

    esperamos encontrar

  • 31

    Exemplo 3.5: Perda de calor a partir de um fio

    eltrico isolado

    Um fio eltrico de 3 mm de dimetro e 5

    m de comprimento est recoberto com

    uma cobertura plstica de 2 mm

    espessura (k= 0,15 W/m. oC). Medies

    eltricas indicam que uma corrente de 10

    A passa atravs do fio e h uma queda

    de tenso de 8 V ao longo do fio. Se o fio

    isolado est exposto ao meio a T = 30oC

    com um coeficiente de transferncia de

    calor h= 12 W/m2. oC . Determinar a

    temperatura na interface entre o fio e a

    cobertura em funcionamento

    permanente. Determinar tambm se, ao

    duplicar a espessura da cobertura

    plstica essa T da interface ir aumentar

    ou diminuir.

  • 32

    3.6- TC A PARTIR DE SUPERFCIES ALETADAS

    Lei de Newton: A taxa de TC a partir de uma superfcie

    a uma Temperatura TS para o meio a T

    Quando Ts e T so fixadas, existem duas

    formas de aumentar a taxa de TC.

    Aumentar o coeficiente de transferncia de calor por conveco h. Pode exigir a

    instalao de uma bomba ou ventilador,

    ou substituio do equipamento

    existente com um de maior dimenso,

    mas esta abordagem pode no ser

    prtica

    Aumentar a rea da superfcie As anexando superfcies estendidas

    chamadas de aletas feitas de materiais

    altamente condutores.

  • 33

    Aletas

    Aumento da rea superficial

  • 34

    Aletas

    A escolha do material da aleta pode ter um grande efeito da TC.

    Idealmente o material da aleta deveria ter uma condutividade

    elevada para minimizar variaes de

    T desde sua base at sua

    extremidade.

    No limite de condutividade trmica infinita, toda a aleta estaria a

    mesma temperatura da superfcie

    de sua base, fornecendo a mxima

    taxa de TC.

  • 35

    Aletas: Aplicaes

    Dispositivo para resfriar o cabeote de motores de veculos, cortadores de grama, ou para resfriar transformadores de

    potncia eltrica.

    Tubos aletados para promover a troca de calor entre o ar e fluido de trabalho em um aparelho de ar condicionado.

  • 36

    Aletas com seco uniforme

    Para determinar a distribuio de T em uma aleta com rea de

    seo transversal uniforme, deve-se assumir que:

    A condutividade trmica varia muito pouco com a T (pode ser considerada constante).

    Os gradientes transversais de T no interior da aleta so pequenos a ponto de se poder considerar que a T em

    qualquer seo transversal da haste uniforme. T (x) apenas.

  • 37

    Aletas

    At o momento consideramos que a TC por conveco ou radiao nas fronteiras de um corpo slido ocorreria na mesma

    direo da TC de calor no seu interior.

  • 38

    Aletas

    Nas superfcies estendidas a direo da TC de calor nas fronteiras perpendicular direo principal de TC interior do

    slido.

  • 39

    Taxa de conduo

    de calor para o

    elemento em x

    = Taxa de conduo

    de calor do

    elemento em x+x

    + Taxa de

    conveco de

    calor do elemento

  • 40

    Elemento de volume da aleta na

    localizao x tendo comprimento x,

    rea transversal Ac, e permetro p.

  • 41

    Aletas

    Ac e K constantes a equao pode ser representada em termos de

    excesso de temperatura,

    onde

  • 42

    o Condio de contorno 1: na

    base:

    Essa uma equao diferencial de segunda ordem

    linear e homognea, cuja soluo tema a forma:

    Para avaliar C1 e C2 necessrio especificar as condies de contorno na

    aleta na direo x.

    x= 0, T= Tb

  • 43

    o Condio de contorno 2: na base: depende da condio da

    extremidade da aleta

    A aleta muito longa e a temperatura na extremidade

    se aproxima da T do fluido

    A extremidade da aleta isolada

    A ponta perde calor por conveco.

    A T na extremidade da aleta fixa.

  • 44

    1- Aleta infinitamente comprida(Tponta aleta = T)

    Condio de contorno na ponta da aleta

    x= , T= T

  • 45

    2- Perda de calor desprezvel a partir da ponta da aleta

    (ponta da aleta adiabtica, Qponta aleta = 0)

    Condio de contorno na ponta da aleta

    x= L, dTdx= 0

  • 46

    3- Temperatura especificada na ponta da aleta(Tponta aleta = TL)

    Condio de contorno na ponta

    x= L, T= TL

  • 47

    4- Conveco a partir da ponta da aleta

    A condio na ponta da aleta pode ser obtida por um balano de energia na

    ponta.

    Condio de contorno na ponta

    Lk

    h

    dx

    Ld

    )(

  • 48

  • 49

  • 50

  • 51

  • 52

  • 53

    Eficincia de aletas de perfis retangulares, triangulares e

    parablicos

  • 54

    Eficincia de aletas circulares de espessura constante t.

  • 55

    Exemplo 3.6: Efeito das aletas na transferncia

    de calor em tubos de vapor.

    Vapor dagua em um sistema de aquecimento fui atravs de tubos cujo dimetro externo D1 = 3 cm e cujas paredes so mantidas a uma

    temperatura de 120 oC. Aletas circulares de uma liga de alumnio (k= 180

    w/m.K) de dimetro externo D2 = 6 cm e espessura t = 2 mm so fixadas

    ao tubo, o espao entre as aletas de 3 mm, e portanto h 200 aletas por

    metro de comprimento do tubo. O calor transferido para o ar a T= 25 oC,

    com um coeficiente combinado h = 60 W/m2.C.

    Determinar o aumento da

    transferncia de calor a partir

    do tubo por metro de

    comprimento, como resultado

    da adio de aletas.

  • 56

    Sob condies permanente a TC a

    partir das superfcies expostas da

    aleta igual conduo de calor da

    aleta da base.

    A taxa de TC a partir da aleta tambm poderia

    ser determinada considerando a TC a partir de

    um elemento de volume diferencial da aleta e

    integrando-a ao longo de toda sua superfcie.