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Novas adequações avícolas exigidas pelo MAPA Boletim Técnico Publicação dos Integrados Pioneiro Edição nº 01 | Maio/Junho/Julho Tiragem: 1.000 exemplares | Produção e Arte: Comunicação Pioneiro Frangos Pioneiro Ind, e Com. De Alimentos Ltda. Rod Parigot de Souza, PR 092, Km 302.8, 86455-000, Joaquim Távora/PR Contato: 43 3559 8000 | www.grupopioneiro.com.br A IN 56 e IN 59 são instruções normativas que o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu para o procedimento de registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimento avícolas e que está em vigor desde de sua data de publicação. INSTRUÇÃO NORMATIVA Instrução Normativa 56 de 4 de Dezembro de 2007 e Instrução Normativa 59 de 2 de Dezembro de 2009. De acordo com o texto da IN 56, artigo 4º inciso II, as granjas devem ser submetidas a manejo produtivo comum e devem ser isolados de outras atividades de produção avícola por barreiras físicas naturais ou artificiais, composto por um ou mais núcleos de produção. A IN 59 no artigo 14 define que os galpões deverão ser construídos com materiais que permitam limpeza e desinfecção e que os mesmos sejam providos de proteção ao ambiente externo, com instalação de telas com malha de medida não superior a 1 (uma) polegada ou 2,54 cm (dois centímetros e cinquenta e quatro milímetros), à prova da entrada de pássaros, animais domésticos e silvestres. Com prazo de até 6 de dezembro de 2012 para instalação. O § 1º afirma ainda que deve-se instalar uma cerca de isolamento de no mínimo 1 m (um metro) de altura em volta do galpão ou do núcleo, com um afastamento mínimo de 5 m (cinco metros), eficaz para evitar a passagem de animais domésticos, não sendo permitido o trânsito e a presença de animais de outras espécies em seu interior. No § 6º reafirma a proibição de trânsito e presença de animais de outras espécies próximos aos galpões ou núcleos de aves. No IN 56, artigo 21, afirma que as granjas deverão adotar as seguintes ações: - Realizar controle e registro do trânsito de veículos e do acesso de pessoas ao estabelecimento, incluindo a colocação de sinais de aviso para evitar a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo (Inciso I). - Os galpões devem estar protegido por cercas de segurança e vias de acesso distintas de veículos e pessoas, contemplando uma entrada para material limpo e desinfectado a ser utilizado na produção e outra para a retirada de descartes e demais refugos de produção (Inciso II). - Desinfecção de veículos, na entrada e na saída do estabelecimento avícola (instalação de arco de desinfecção) (Inciso III). - Os funcionários do estabelecimento avícola deverão utilizar roupas e calçados limpos (Inciso IV). - Destinar de forma adequado as aves mortas (compostagem), esterco (fertilizante) e embalagem (retorno à empresa), de acordo com a legislação ambiental vigente (Inciso V). - Elaborar e executar de programa de limpeza e desinfecção a ser realizado nos galpões após a saída de cada lote de aves (Inciso VI). - Manter registros do programa de controle de pragas, a fim de manter os galpões e os locais para armazenagem de alimentos ou ovos livres de insetos e roedores, animais silvestres ou domésticos (Inciso VII). - Realizar análise físico-química e bacteriológica da água anualmente. (Inciso VIII) - Manter por período não inferior a 2 (dois) anos à disposição do serviço oficial o registro das: a) atividades de trânsito de aves (cópias das GTAs); b) ações sanitárias executadas; c) protocolos de vacinações e medicações utilizadas; e d) datas das visitas e recomendações do Responsável Técnico e do médico veterinário oficial (Inciso IX). Cerca de Isolamento Cerca de Isolamento Tela de Proteção do Galpão Tela de Proteção do Galpão Arco de Desinfecção Arco de Desinfecção

1ª ed. Boletim Técnico

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Boletim informativo exclusivo dos Integrados Pioneiro. Joaquim Távora/PR

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Page 1: 1ª ed. Boletim Técnico

Novas adequações avícolas exigidas pelo MAPA

Boletim

Técnico

Publicação dos Integrados PioneiroEdição nº 01 | Maio/Junho/JulhoTiragem: 1.000 exemplares | Produção e Arte: Comunicação Pioneiro

Frangos Pioneiro Ind, e Com. De Alimentos Ltda.Rod Parigot de Souza, PR 092, Km 302.8, 86455-000, Joaquim Távora/PR

Contato: 43 3559 8000 | www.grupopioneiro.com.br

A IN 56 e IN 59 são instruções normativas

que o Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (MAPA) estabeleceu para o

procedimento de registro, fiscalização e

controle sanitário dos estabelecimento

avícolas e que está em vigor desde de sua

data de publicação.

INSTRUÇÃO NORMATIVA

Instrução Normativa 56 de 4 de Dezembro de 2007 e Instrução Normativa 59 de 2 de Dezembro de 2009.

De acordo com o texto da IN 56, artigo 4º

inciso II, as granjas devem ser submetidas a

manejo produtivo comum e devem ser

isolados de outras atividades de produção

avícola por barreiras físicas naturais ou

artificiais, composto por um ou mais

núcleos de produção.

A IN 59 no artigo 14 define que os galpões

deverão ser construídos com materiais que

permitam limpeza e desinfecção e que os

mesmos sejam providos de proteção ao

ambiente externo, com instalação de telas

com malha de medida não superior a 1

(uma) polegada ou 2,54 cm (dois

centímetros e cinquenta e quatro

milímetros), à prova da entrada de pássaros,

animais domésticos e silvestres. Com prazo

de até 6 de dezembro de 2012 para

instalação.

O § 1º afirma ainda que deve-se instalar uma

cerca de isolamento de no mínimo 1 m (um

metro) de altura em volta do galpão ou do

núcleo, com um afastamento mínimo de 5 m

(cinco metros), eficaz para evitar a

passagem de animais domésticos, não

sendo permitido o trânsito e a presença de

animais de outras espécies em seu interior.

No § 6º reafirma a proibição de trânsito e

presença de animais de outras espécies

próximos aos galpões ou núcleos de aves.

No IN 56, artigo 21, afirma que as granjas

deverão adotar as seguintes ações:

- Realizar controle e registro do trânsito de

veículos e do acesso de pessoas ao

estabelecimento, incluindo a colocação de

sinais de aviso para evitar a entrada de

pessoas alheias ao processo produtivo

(Inciso I).

- Os galpões devem estar protegido por

cercas de segurança e vias de acesso

d i s t i n t a s d e v e í c u l o s e p e s s o a s ,

contemplando uma entrada para material

limpo e desinfectado a ser utilizado na

produção e outra para a retirada de

descartes e demais refugos de produção

(Inciso II).

- Desinfecção de veículos, na entrada e na

sa ída do estabelec imento av ícola

(instalação de arco de desinfecção) (Inciso

III).

- Os funcionários do estabelecimento

avícola deverão utilizar roupas e calçados

limpos (Inciso IV).

- Destinar de forma adequado as aves

m o r t a s ( c o m p o s t a g e m ) , e s t e r c o

(fertilizante) e embalagem (retorno à

empresa), de acordo com a legislação

ambiental vigente (Inciso V).

- Elaborar e executar de programa de

limpeza e desinfecção a ser realizado nos

galpões após a saída de cada lote de aves

(Inciso VI).

- Manter registros do programa de controle

de pragas, a fim de manter os galpões e os

locais para armazenagem de alimentos ou

ovos livres de insetos e roedores, animais

silvestres ou domésticos (Inciso VII).

- Real izar anál ise f ís ico-química e

bacteriológica da água anualmente. (Inciso

VIII)

- Manter por período não inferior a 2 (dois)

anos à disposição do serviço oficial o

registro das:

a) atividades de trânsito de aves (cópias das

GTAs);

b) ações sanitárias executadas;

c) protocolos de vacinações e medicações

utilizadas; e

d) datas das visitas e recomendações do

Responsável Técnico e do médico

veterinário oficial (Inciso IX).

Cerca de IsolamentoCerca de Isolamento

Tela de Proteção do GalpãoTela de Proteção do Galpão

Arco de DesinfecçãoArco de Desinfecção

Page 2: 1ª ed. Boletim Técnico

Manejo de InvernoCom início em 20 de junho e com o término em 22 de setembro, o

inverno é um período muito promissor para a avicultura de corte,

principalmente quando nos referimos ao ganho de peso dos lotes.

Controlar a temperatura para as aves nas fases finais é fácil, isso é um

benefício inerente ao inverno. Porém nesta época do ano exige-se do

integrado, do granjeiro e da equipe técnica um conhecimento e foco

muito mais apurado no manejo inicial dos lotes.

Área de Pinteiro

Alojamento até 3ª dia disponibilizar área para acomodar 55 a 60

pintos/m². Reduzir a densidade em 10 pintos/m² a cada 3 dias de

idade. Sugestão:

1 a 3 dias...................................................................................... 55 a 60 pintos/m²

4 a 6 dias...................................................................................... 45 a 50 pintos/m²

7 a 9 dias...................................................................................... 35 a 40 pintos/m²

10 a 12 dias................................................................................. 25 a 30 pintos/m²

13 a 15 dias................................................................................. 15 a 20 pintos/m²

16 a 19 dias.................................................................................... Densidade final

Bebedouros

Pendular: mínimo 1 para 100 pintainhos. Regulagem da água: 0,5 cm

da borda superior.

Nipple Vazão

1ª Semana: 40 ml/minuto

2ª Semana: 50 ml/minuto

3ª Semana: 70 ml/minuto

4ª Semana: 100 ml/minuto

5ª Semana: 120 ml/minuto

6ª Semana: 140 ml/minuto

7ª Semana: 160 ml/minuto

Comedouros

Mínimo de 01 para 80

pintinhos. Os comedouros

infantis devem ser usados

até o 12º ao 14º dia do lote.

Renovação de ar

A renovação de ar deve ser

feita constantemente na

fase inicial através de

ventilação mínima em

a v i á r i o s d e p r e s s ã o

n e g a t i v a , u t i l i z a n d o

intervalos de tempo de 5

minutos. Em um tempo

15 ppm 35 ppm 50 ppm 80 ppm

800 ppm 1500 ppm 2600 ppm 3500 ppm

68% 78% 88% 97%

20°C 24°C 28°C 31°C

Efeitos: Ventilação mínima| Qualidade de ar

Amônia

Co2

Umidade

Temperatura

0 minutos 5 minutos 10 minutos 15 minutos

O preparo do galpão para o alojamento, como parte do programa de

manejo, propicia a base para que o plantel de frangos de corte seja

eficiente e lucrativo. As seguintes verificações deverão ser feitas:

1) Verificação do Equipamento

Após confirmar que a capacidade dos equipamentos corresponde ao

número de pintos a serem alojados, deve-se instalar os equipamentos

para recria e confirmar se todos estão funcionando corretamente.

Também verificar se todos os sistemas de fornecimento de água,

ração, aquecimento e ventilação estão ajustados adequadamente.

2) Verificação dos Aquecedores

Verificar se todos os aquecedores estão instalados na altura

recomendada, e se estão funcionando até a capacidade máxima. Os

aquecedores deverão ser testados e, caso necessário, consertados em

tempo hábil, ANTES de iniciar o pré-aquecimento do galpão.

3) Verificação da Temperatura do Piso

O tempo de pré-aquecimento varia de uma granja para outra e

depende de: a) condições climáticas; b) isolamento térmico do galpão;

c) capacidade de aquecimento.

Os pintinhos não possuem capacidade de regulação da temperatura

corporal nos primeiros 5 dias de vida, e o seu sistema de

termorregulação só estará totalmente desenvolvido após os 14 dias.

Os pintinhos dependem totalmente do controle da temperatura

correta da cama. Se a temperatura da cama e do ar ambiente estiverem

muito baixas, a temperatura corporal interna dos pintinhos irá cair,

levando à aglomeração dos mesmos, diminuindo a ingestão de ração

e água, e consequentemente terá um crescimento menor e

suscetibilidade à enfermidades.

No alojamento, a temperatura do piso deverá ser de no mínimo 32°C

Fonte: Manual de Manejo COBB, 2009.

maior que esse, os níveis de amônia, gás

carbônio chegam ao limite suportado

pela ave. Em aviários de pressão positiva

(ventiladores) esse manejo deve ser

feito através de manejo de cortina

buscando seguir o mesmo raciocínio do

bloco de tempo de 5 minutos.

Um bom manejo inicial é muito importante para o desempenho de

um lote em qualquer época do ano, mas essa importância se faz muito

maior no inverno. Cuidados essenciais como os citados, evitam

refugagem das aves, desenvolvimento de síndrome ascítica,

mortalidade, além de facilitar o desenvolvimento do sistema

imunológico dos animais preparando-os para desafios futuros.

São trabalhos que exigem dedicação, conhecimento, informação e

sensibilidade no caso da observação das reações do lote frente a

temperatura, umidade, correntes de ar, fome e sede. No entanto, os

trabalhos mais simples são de suma importância para que o conjunto

funcione corretamente, desde um bom estoque de lenha para não ser

pego desprevenido com as baixas temperaturas até a uma

manutenção bem feita nos equipamentos, principalmente

aquecedores. Essas são estratégias básicas e fundamentais para se

alcançar ótimos resultados no inverno e desfrutar de um período

promissor em resultados zootécnicos e financeiros.

DICAS

Preparo do Galpão

Pontos de Controle

Equipamentos para Pinteiro Inicial

Fim do 1º dia até o 3º dia

3º dia ao 7º dia

Primeiras horas