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revistalettering.com.br Nº1 ANO 1 SET|OUT 2011

Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

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magazine focusing on business communication. revista de comunição e mercado do vale do paraíba.

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Nº1 ANO 1 SET|OUT 2011

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Você pode ler de trás para frente, tanto faz. Nada substitui o

prazer de ter nas mãos um material de excelente acabamento, de sentir a textura

do papel e, para alguns, inclusive, adorar o cheiro nas páginas. O impresso traz

importância ao conteúdo, impressiona pessoas, valoriza marcas e arranca elogios.

frente para trás, de

Se você lê

do fim para o começo,

a gente espera que

você tenha gostado.

Se você lê

do começo para o fim,

a gente deseja

uma boa leitura.

Não importa como você lê,

nada substitui a experiência

de um impresso.

www.resolucaografica.com.br

12 2125.1700

Não importa como você lê,

nada substitui a experiência

de um impresso.

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prazer de ter nas mãos um material de excelente acabamento, de sentir a textura

do papel e, para alguns, inclusive, adorar o cheiro nas páginas. O impresso traz

importância ao conteúdo, impressiona pessoas, valoriza marcas e arranca elogios.

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Você pode ler de trás para frente, tanto faz. Nada substitui o

prazer de ter nas mãos um material de excelente acabamento, de sentir a textura

do papel e, para alguns, inclusive, adorar o cheiro nas páginas. O impresso traz

importância ao conteúdo, impressiona pessoas, valoriza marcas e arranca elogios.

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Se você lê

do fim para o começo,

a gente espera que

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do começo para o fim,

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Não importa como você lê,

nada substitui a experiência

de um impresso.

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Não importa como você lê,

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Você pode ler de trás para frente, tanto faz. Nada substitui o

prazer de ter nas mãos um material de excelente acabamento, de sentir a textura

do papel e, para alguns, inclusive, adorar o cheiro nas páginas. O impresso traz

importância ao conteúdo, impressiona pessoas, valoriza marcas e arranca elogios.

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foto d

a capa fernando c

andelária

ilustração rodrigo a

breu

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Muita gente pode pensar que, sim, é fácil fazer comunicação. Mas acredite:

não é. Não a comunicação que fortalece a marca da sua empresa e que ajuda a

vender os seus produtos e serviços. Não a comunicação que faz a sua empresa

crescer.

Essa forma de comunicação é algo mais complexo e cheio de armadilhas

e, justamente por isso, deve ser feita por profissionais.

É dessa comunicação que trata a revista Lettering, que você, caro leitor,

tem em mãos.

Parte de uma iniciativa de profissionais do Vale do Paraíba que apostam no

poder de resultado da comunicação, a revista Lettering surge num momento

em que a região registra significativos avanços nos seus mais variados setores,

fazendo parte de uma onda criativa que tem, ao mesmo tempo, impulsionado

e sido consequência de um novo olhar sobre o mercado.

Trazendo à pauta assuntos que permitem um entendimento global sobre

o papel da comunicação para o desenvolvimento regional, com a opinião

de especialistas econômicos, de empresários e de executivos das principais

empresas, veículos e fornecedores da área, esta edição de lançamento da Let-

tering reúne, ainda, discussões sobre a importância da comunicação interna,

exemplos de campanhas de sucesso, o mérito das agências regionais e dicas

de profissionais que conhecem o mercado melhor que ninguém.

Tudo isso para que se entenda esse universo com mais propriedade, mas,

principalmente, para que se convença, de uma vez por todas, que o improviso

e o amadorismo nessa área devem fazer parte do passado, porque podem ser

decisivos para o futuro do seu negócio.

Na próximas páginas, você verá que muitos empresários já perceberam

isso.

E pode acreditar: comunicação é coisa para profissionais.

Portanto, viva a Lettering! Viva a comunicação e o seu poder de resultados!

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Quem gosta de interatividade põe o dedo aqui.

www.phocus.com.brA agência mais digital do Vale.

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colaboradores luzimar goulart gouvêa é professor. aretha carvalho é publicitária.kelma jucá é jornalista.danilo monteiro é fotógrafo e diretor de arte.thiago gustavo é fotógrafo e diretor de criação. denise costa é jornalista.rodrigo abreu é ilustrador e diretor de criação.fernando candelária é fotógrafo.

EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773

EDITORA-ADJUNTA CAMILA GOUVÊA MtB: 51.269

ARTE E DESIGN EDITORIAL KARINA R DIAS

CONSELHO EDITORIALAISLAN GRECA, CASSIO ROSAS, GUSTAVO GOBATTO, JOSUÉ BRAZIL E OSWALDO RODRIGUES.

IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA

TIRAGEM 10 MIL EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA

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revistalettering.com.br@Lettering_facebook.com/revistalettering

Editora Papel BrasilRua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11Centro - Taubaté-SP12010-120

é proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering.os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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10 ECONOMIA 18 SANTO DE CASA

30 CONTAS PÚBLICAS 44 MENSURAÇÃO

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ECONOMIA > >

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Neste exato momento, enquanto

você lê a edição de lançamento da re-

vista Lettering, alguém planeja montar

um negócio neste cadinho da Améri-

ca do Sul a que chamamos Brasil. Re-

centemente, o Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(Sebrae) divulgou que o país deve ga-

nhar 2,5 milhões de empreendedores

até 2015. O sucesso ou fracasso irá de-

pender do planejamento, do conheci-

mento de mercado e, dentre tantos

outros fatores, da conjuntura econô-

mica – macro e micro. Da época de

ouro do café, na segunda metade do

século 19, quando se tornou o susten-

táculo da economia do Império à sua

atual vocação para a indústria, o Vale

do Paraíba tem dado mostra de que

sabe se manter na vanguarda eco-

nômica do país. Os números do setor

industrial, encarado como a mola pro-

pulsora do desenvolvimento de países

avançados, falam por si.

“Se apenas 4,73% do pessoal ocu-

pado na indústria paulista se concen-

tra no Vale, o enfoque na vocação

regional permite compreender a re-

presentatividade de sua indústria: em

relação ao estado de São Paulo, 76,1%

do pessoal ocupado na fabricação de

aeronaves e 91,7% do pessoal ocupado

na fabricação de peças para aerona-

ves estão nesta região”, explica o pre-

sidente da Federação das Indústrias do

Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

A presença de empresas dos seg-

mentos aeroespacial, aeronáutico, si-

derúrgico e automobilístico determina

o perfil tecnológico da região que, por

sua vez, empresta robustez ao polo in-

dustrial, detentor de uma cadeia pro-

dutiva cuja remuneração é a terceira

melhor do estado – atrás de São Paulo

e de Campinas.

Para medir o impacto da produção

industrial no crescimento do país, a

conta é simples: cada R$ 1,00 investi-

do rende aos outros setores um acrés-

cimo de R$ 2,22. Ao que tudo indica,

seja pela Copa do Mundo de 2014, que

deve gerar investimentos em torno de

R$ 100 bilhões, seja pelas Olimpíadas

de 2016, que prometem mais R$ 30 bi-

lhões, o país deve se manter na esteira

do desenvolvimento. “Até 2027, o Bra-

sil receberá 97% do que investiu nos

eventos”, reforça Skaf.

Esse retorno deve ser materializa-

do na construção e na modernização

de estádios, na ampliação e na refor-

ma de aeroportos, em melhorias em

infraestrutura urbana, na readequação

viária e na construção de hotéis. Para o

Vale, ainda temos prevista a instalação

do Trem de Alta Velocidade (TAV), com

paradas em Aparecida e outra cidade

ainda não definida. O projeto interliga-

Energia que movimenta omercado regional

10 | 11

PARA ESPECIALISTAS, O VIRTUOSO CICLO DE PROSPERIDADE INDUSTRIAL DO VALE AINDA DEVE REPERCUTIR NO SETOR TERCIÁRIO NA PRóXIMA DÉCADA, EM ESCALA MACRO E MICRO

FERNANDO CANDELÁRIA

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rá, a 300 km/h, as cidades de São Pau-

lo, de Campinas e do Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério dos Transportes,

o investimento será de R$ 34,6 milhões.

O virtuoso ciclo da prosperida-

de industrial ainda deve repercutir

no setor terciário na próxima década,

em escala macro e micro. “Existe uma

grande expectativa de crescimento no

Vale, não somente em edificações e

loteamentos residenciais e comerciais.

Somente em Pindamonhangaba, no

ramo industrial, quatro grandes em-

presas devem gerar, juntas, investi-

mentos de R$ 1,5 bilhão. Além disso, a

construção de um novo shopping em

Taubaté e a possibilidade de mais dois

em Pinda aquecerão o setor comer-

cial”, antecipa o diretor da construtora

Pinese Vieira, Marcos Florindo Borges,

da Construtora Pinese Vieira.

DE OLhO NA CLASSE MÉDIA

Como resultado do programa “Mi-

nha Casa, Minha Vida” do governo fe-

deral, nesta segunda fase, o valor mé-

dio de moradias para famílias de baixa

renda aumentou de R$ 42 mil para R$

55 mil e a construção civil deve seguir

em alta. “Diversas unidades residen-

ciais estão em construção [na região]”,

completa Borges.

De fato, os números são positivos.

Cálculos do Instituto Brasileiro de Ge-

ografia e Estatística (IBGE) apontam

uma elevação do setor da construção

civil de 7,36% no ano de 2010 em re-

lação ao ano anterior. Como prova de

sua capacidade de absorver e gerar ri-

queza, São José dos Campos e Jacareí

são duas das cidades atendidas pelo

programa federal que passam a contar

com os maiores valores para financia-

mento de casa (R$ 63 mil) e de aparta-

mento (R$ 65 mil). O público-alvo é a

nova classe média.

Segundo estudos da Fundação Ge-

túlio Vargas (FGV), essa camada da po-

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pulação é composta hoje por mais de

100 milhões de brasileiros. A ascensão

da classe C se deu, em parte, ao au-

mento do emprego formal – somente

no ano passado foram 2,8 milhões de

novas carteiras assinadas.

“O Vale deve continuar crescendo

[seguindo a tendência nacional], mas

para isso existe a dependência da esta-

bilidade de diversos países que hoje se

deparam com constantes problemas.

Lembrando que a instabilidade mun-

dial afeta diretamente as exportações,

que é o forte do Brasil, em especial na

nossa região”, alerta o economista e

coordenador da Universidade do Vale

do Paraíba (Univap), Roque Mendes.

A EDuCAçãO COMO BASE

Outra vertente social influencia-

da pelo avanço econômico, além do

acesso facilitado à moradia, é a edu-

cação. “Faz parte da política nacional

de educação ampliar o número de bra-

sileiros com ensino superior. Nos últi-

mos quinze anos, houve um aumento

quantitativo de pessoas com formação

superior, inclusive com ensinos funda-

mental e médio”, avalia o economista

do Núcleo de Pesquisas Econômico-

-sociais (Nupes) da Universidade de

Taubaté (Unitau), Edson Trajano.

A proliferação de escolas de nível

superior em todo o Brasil se deve, em

parte, pela redução do número de ho-

ras/aula e pela expansão do ensino a

distância. Com essas medidas básicas,

o Ministério da Educação e Cultura

(MEC) desburocratiza o nascimento de

centros e institutos, que mais tarde vão

diplomar brasileiros e ajudar a melho-

rar os índices da educação no cenário

internacional. Afinal, países com alta

escolaridade acabam por atrair natu-

ralmente mais investimentos e inser-

ção de capital estrangeiro.

Por um lado, o acesso aos bancos

da faculdade é um aspecto demo-

PAULO SKAF ENDOSSA VOCAÇÃO INDUSTRIAL COMO MOLA PARA O DESENVOLVIMENTO DO VALE

DIVULGAÇÃO

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Numa região que se desenvolveu

pela ação dos bandeirantes e, hoje, se

destaca pela sua vocação industrial-

-tecnológica, é possível perceber a

necessidade de todos falarem a mes-

ma língua, para evitar desvios e de-

sencontros neste caminho de suces-

so, aberto ao longo dos séculos.

E neste trabalho de abertura da

via do progresso, a comunicação

tem exercido papel decisivo, contri-

buindo com o mercado para a ocu-

pação dos espaços, dando os mol-

des do que, atualmente, chamamos

de desenvolvimento.

Manoel Carlos de Carvalho Ju-

nior, proprietário da Publicarte Pro-

paganda e Marketing, de Taubaté,

que atua no mercado desde 1997,

exemplifica a importância da atua-

ção e da expansão da comunicação.

“há mais de dez anos, investimos

em diversos segmentos da comuni-

cação, desde a realização de even-

tos empresariais, como marketing

de relacionamento, assessoria de

imprensa e treinamentos para equi-

pes dos nossos clientes, especial-

mente os de varejo e serviços, para

que eles possam atender e superar a

expectativa gerada pela propaganda

e demais ações de comunicação”.

A comunicação, em sua essên-

cia, tem e deve exercer o poder de

se fazer enxergar além. O cenário

apresentado no Vale apresenta uma

miscelânea cultural, que pode ser

desembaraçada pelo olhar da co-

municação. E, assim como Junior,

Claudio Giordani, diretor geral da

Band Vale, visualiza essas movimen-

tações do mercado. “A nossa região,

que tem vocação industrial, começa

a disputar mercado com o comércio

e com os serviços de maneira mais

equilibrada, criando um cenário mais

atrativo para a atividade publicitária”.

Se o equilíbrio tem conseguido se

instalar na economia regional, há de,

mais uma vez, se dar méritos ao poder

da informação, que tem colaborado na

formação social, aspecto crucial em

qualquer processo de ascensão. Neste

quesito, Giordani também faz ques-

tão de pontuar que a comunicação

tem o “seu dedinho” nesse processo.

“Quando investimos em programa-

ção regional de qualidade, jornalismo

ético e imparcial, estamos ajudando a

sociedade a conversar entre si, expan-

dir seus horizontes e a estimular o seu

desenvolvimento”, enaltece.

O empresário José Bonifácio de

Oliveira Sobrinho, o Boni, proprietário

da Rede Vanguarda, em Taubaté e São

José dos Campos, faz coro com Clau-

dio Giordani. “Em nosso caso, temos

um jornalismo comprometido com a

ORLANDO AGUIAR

DIVULGAÇÃO

E a comunicação com isso!?

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revistalettering.com.br 14 | 15

GIORDANI, DA BAND VALE (AO LADO) E BONI (ABAIXO), DA VANGUARDA, DEFENDEM QUE A PROGRAMAÇÃO REGIONAL AJUDA A AQUECER O MERCADO PUBLICITÁRIO

região, a inserção em 55 municípios e

uma participação de 56% na audiência.

Com esse quadro, o anunciante tem na

televisão o canal para falar diretamente

com o seu público. Logo, seus negócios

na região só tendem a prosperar”.

Sob este prisma, o de que a comu-

nicação é agente formador de uma

sociedade cada vez mais engajada,

capaz de fazer com que as inúmeras

tribos dialoguem entre si, surge o en-

tendimento de que a comunicação

não é apenas um braço desse progres-

so, mas um forte pilar, capaz de dar a

sustentação necessária ao mercado.

Nesta linha, Tadeu Gobbi, diretor

comercial do jornal O Vale, destaca

que não somente a comunicação, de

forma singular, tem este papel de ali-

cerce, como também a sua velocidade

tem interferido diretamente no com-

portamento social, o que faz da mídia

regional uma vitrine de toda essa en-

grenagem. “A imprensa regional é rele-

vante, pois, ao mesmo tempo em que

nos informa sobre o que está próximo,

também joga para o mundo, por meio

crático relevante para uma nação

que se diz líder na América Latina

e destaque no BRIC (Brasil, Rússia,

Índia, China) – grupo de países

cujo rápido crescimento econô-

mico se destaca no atual cenário,

e que juntos contribuem com 15%

do Produto Interno Bruto (PIB)

mundial.

Essas facilidades têm operado

verdadeiro milagre na autoestima

daqueles cujas famílias, pela pri-

meira vez, passam a ter um mem-

bro a frequentar uma faculdade.

“Quando se fala no aumento

da oferta de trabalhadores com

ensino superior, não há neces-

sariamente relação direta entre a

formação dessas pessoas com o

mercado de trabalho. As institui-

ções privadas de ensino superior

têm oferecido, em geral, cursos

conforme a sua rentabilidade e não

necessariamente aqueles de que o

mercado, por ventura, possa estar

realmente precisando”, analisa Ed-

son Trajano.

O fato é que regiões detendo-

ras de classes socioeconômicas

privilegiadas e promissoras como

o Vale do Paraíba, atraem, tal qual

abelhas para o mel, as faculdades

particulares que, pelo próprio sis-

tema capitalista, buscam a maximi-

zação dos lucros em espaços que

tenham disponibilidade de renda.

O resultado é que o tripé em

que se deve basear a educação de

qualidade, ensino-pesquisa-exten-

são, fica negligenciado, quando se

privilegia a formação mais técnica

em detrimento de uma formação

cidadã.

das diversas plataformas, informa-

ções sobre esse universo particular”.

De forma objetiva, Fernando Salerno,

diretor do jornal O Vale, explica esta

visão, enfocando a participação do

jornal impresso nesse processo. “Ne-

nhum outro meio tem a capacidade

de sacudir a atuação do governo tão

bem quanto o jornal impresso. E não

há dúvida que o governo acaba sendo

obrigado a repensar suas ações em

virtude da força desse jornalismo”.

Como se percebe, o campo é fér-

til, mas requer uma cultura cada vez

mais bem planejada. O proprietário

da agência Página Comunicação,

de São José dos Campos, Oswaldo

Rodrigues, é mais um dos que de-

fendem esta crença. “Com inicia-

tivas como a chegada da APP Vale,

estamos mais próximos das univer-

sidades. É um movimento de classe

muito positivo que passa a estreitar

a discussão entre o mercado e os

profissionais. Todo este movimento

é sinal de amadurecimento”, diz o

publicitário, que alerta ser preciso

assumir as responsabilidades desse

amadurecimento.

Muitas águas já rolaram. Mui-

to se falou sobre a comunicação

e que essa ou aquela mídia po-

deria desaparecer em detrimen-

to de uma nova. O fato é que a

comunicação vem se mostrando

um campo sólido que ampara o

desenvolvimento, com a singular

capacidade de se reinventar, pro-

pondo, inclusive, entre veículos

concorrentes, novas possibilida-

des de abordagem. Isso é moder-

nidade. Isso é progresso. É disso

que a comunicação vive.

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FERNANDO SALERNO, DO JORNAL O VALE, É ENFÁTICO SOBRE O PAPEL DO JORNAL IMPRESSO E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO SOCIAL

REALIDADE SOCIOECONôMICA

A configuração socioeconômica

do Vale explica o conglomerado de

escolas de ensino superior em cida-

des específicas. “A renda per capita do

Vale do Paraíba é maior do que a mé-

dia do Brasil e do estado de São Paulo.

Porém, há uma grande concentração

espacial da renda na região”, aponta

Edson Trajano, do Núcleo de Pesqui-

sas Socioeconomicas (Nupes) da Uni-

versidade de Taubaté (Unitau).

A grosso modo, o Vale do Pa-

raíba é dividido em seis microrre-

giões. A de São José dos Campos

engloba as cidades de Caçapava, a

de Igaratá, a de Jacareí, a de Pinda-

monhangaba, a de Santa Branca, a

de Taubaté e a de Tremembé, sendo

dona de uma renda per capita três

vezes maior que a média nacional.

Já as outras cinco microrregiões

possuem a renda per capita menor

que a média nacional.

Ainda que o governo tenha

adotado recentemente o aumen-

to na taxa de juros, para combater

a inflação e que deve se refletir na

redução do crescimento da ativida-

de econômica, o Vale deve crescer

acima da média nacional. “O TAV,

ou Trem-Bala, como é mais conhe-

cido, deve gerar empregos diretos e

indiretos e aumentar a renda da re-

gião. A exploração de petróleo e gás

natural no Litoral Norte do Estado

de São Paulo é outro fator positivo

para o Vale”, garante o economista

do Nupes.

Mais do que nunca, parece ser

papel do Vale mostrar que o Brasil

não é mais o país do futuro, mas do

presente. Avante!

THIAGO LEON

POR KELMA JUCÁ >> COLABOROU CAMILA GOUVÊA

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ANÚNCIOTRÍADAZ

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SANTO DE CASA > >

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Noah, Gaw e Amoukar não teriam

sofrido com os percalços por que pas-

saram na nobre tarefa de “encontrar”

fogo para sua tribo, se, além de gestos e

de grunhidos, dominassem uma forma

mais sofisticada de linguagem. A ver-

dade é que nem sempre sabemos nos

expressar como gostaríamos ou deve-

ríamos. Esse esforço, contudo, parece

ser tão antigo quanto a própria hu-

manidade, como bem mostra o filme

“A guerra do fogo”, de Jean-Jacques

Annaud. A película, uma obra-prima

de produção franco-canadense, ilustra

como, desde a pré-história, é impor-

tante se fazer entender. No século 21,

em volta com as recentes tecnologias

que nos descortinam, em ritmo acele-

rado, meios de comunicação – outrora

inimagináveis e hoje indispensáveis –,

e num cenário altamente competitivo,

torna-se imprescindível fazer chegar a

sua mensagem a seus diversos públi-

cos, inclusive os internos.

Se dominamos a escrita, a fala e,

inclusive, idiomas que não apenas

a nossa língua pátria, seria acertado

concluir que a troca de informações

entre pessoas num ambiente comum

não resguarda nenhum tipo de segre-

do. Certo? Errado! A comunicação, por

ser mesmo uma Ciência humana, tem

seus mistérios. Engana-se quem pen-

sa que comunicação interna é, pois,

assunto sem desafios ou armadilhas

a se desarmar numa semana de tra-

18 | 19

balho aparentemente pacata, pronta

para acabar na tarde luminosa de uma

sexta-feira.

Já existe um entendimento comum

no meio empresarial brasileiro de que

o cuidado com o público externo não

pode prescindir da devida atenção aos

colaboradores internos, constituído

pelo corpo de funcionários. O empre-

sário que tem essa visão, certamente,

já caminha a passos largos, frente a

seus concorrentes. E não importa o ta-

manho da empresa.

Para a responsável pela Comunica-

ção Interna e Cultura Organizacional

da Fábrica da LG Electronics de Tau-

baté, Cecília Guimarães, o tamanho

da empresa é o que menos importa,

quando se pensa na empresa como

um todo. “Não há diferenças na elabo-

ração dos planos de comunicação para

uma empresa grande ou para uma pe-

quena, pois o profissional responsável

pela comunicação interna deverá, da

mesma forma, diagnosticar a situação

da comunicação, planejar as ações e

definir os melhores canais, levando-se

em conta a cultura organizacional da

empresa. Esta, sim, difere de uma em-

presa para outra, mas isto independe

do seu porte”, define.

Mas, mesmo com uma cultura or-

ganizacional delineada, todo cuidado

é pouco. Para o jornalista, professor

da Escola de Comunicações e Artes da

Universidade de São Paulo (ECA-USP) e

estudioso de Comunicação, Wilson da

Costa Bueno, chama atenção o trata-

mento de empresas que, equivocada-

mente, acabam por reduzir o público

interno à condição de cliente. “O maior

desafio da comunicação interna é es-

tabelecer uma relação democrática e

dialógica entre a direção e os públicos

internos e dos públicos internos entre

si”, explica Bueno, autor de livros sobre

o tema.

Naturalmente, não existe um ma-

nual de instruções que dê conta de ex-

plicar qual a melhor escolha de canais,

veículos ou modalidades de comuni-

cação para uma interação adequada

entre os diversos setores de uma dada

empresa. Se a empresa for de grande

porte, então, com filiais espalhadas ge-

ograficamente, o desafio é maior, mas

nem por isso impossível.

O ExEMPLO MORA AO LADO

uma das maiores empresas aeroes-

paciais do mundo, a Embraer (Empre-

sa Brasileira de Aeronáutica), com sede

em São José dos Campos, se mostra

experiente no assunto. “Garantir uma

unidade comunicacional, ao mesmo

tempo em que se respeita a cultura de

cada região em que se está inserida é

uma de nossas preocupações”, afirma

a analista de marketing e comunica-

ção empresarial, Luana Mendes.

Para atender à demanda de mais

de 17 mil funcionários do Brasil e do

A comunicaçãointerna sob medidaO EMPRESÁRIO QUE SABE DA IMPORTâNCIA DE SE COMUNICAR BEM COM OS SEUS FUNCIONÁRIOS CERTAMENTE JÁ ESTÁ à FRENTE DE SEUS CONCORRENTES

FERNANDO CANDELÁRIA

Page 20: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

exterior, a Embraer investe esforços

em diferentes frentes de comunicação.

A revista Embraer Notícias é uma de-

las, com versões impressa e on-line,

em português e em inglês. “O projeto

mostra o lado humano do mundo cor-

porativo ao colocar em evidência os co-

laboradores e não a instituição”, destaca

Teresa Cepinho, também integrante da

equipe de marketing da Embraer.

Aqui é válido o lembrete de que o

funcionário é uma fonte competente

para divulgar, por meio do famigera-

do marketing boca à boca, a empresa

onde trabalha. Para o bem e para o mal.

Afinal, se ele se sente prestigiado é na-

tural que replique as suas emoções no

ambiente externo, ou seja, entre fami-

liares, amigos e vizinhos. A questão é

que alguns empresários se esquecem

de que funcionário insatisfeito pode,

por exemplo, produzir um efeito con-

traproducente na melhor e mais cara

das campanhas publicitárias. Tem

mais peso a palavra emocionada de

alguém que conhece por dentro a ins-

tituição ou a fala bonita de um garoto-

-propaganda bem pago para fazer seu

papel de “vendedor”? Principalmente,

quando a empresa é de pequeno ou

de médio porte.

Em outras palavras, a comunica-

ção interna não pode ser encarada

pela diretoria como a salvaguarda para

problemas de má administração ou

inabilidade de gerência. O professor

Wilson Bueno, porém, diagnostica: “Em

geral, as organizações não permitem a

livre expressão dos funcionários e, com

raras exceções, buscam eliminar diver-

gências que seriam, em tese, saudáveis”.

Felizmente, o Vale do Paraíba é

reduto de cases de sucesso neste ex-

pediente que se traduz como o livre

trâmite de informações entre os de-

partamentos de uma empresa, nos

seus diferentes níveis hierárquicos. “A

comunicação interna é o canal para

manter os empregados informados so-

bre tudo o que acontece na empresa e

que tem influência ou impacto no seu

dia a dia de trabalho”, elucida Luana.

Assim como a Embraer, cujo es-

forço é concentrado para fortalecer a

cultura organizacional do lugar, a em-

presa Imagem – líder do mercado de

Sistemas de Informações Geográficas

–, situada em São José dos Campos,

também empenha esforços para al-

cançar este objetivo.

E quando o público é misto?

Com um grupo de 1.300 alunos,

que vão desde a Educação Infantil até

o Pré-vestibular, o colégio Progressão

– com sedes em Taubaté e em Pinda-

monhangaba – tem o exato perfil de

empresa com público misto.

Se, por uma ótica, os alunos são os

clientes e, portanto, um de seus pú-

blicos externos, por outra visão, estes

mesmos indivíduos convivem dentro

de seu espaço, absorvem informações

da cultura do colégio e participam da

relação interna disponível no ambiente,

tornando-se, também, parte do público

interno que, além do aluno, compreen-

de, ainda, os colaboradores.

Com a preocupação de atender a

este público diferenciado, o colégio

começa a se preocupar em sanar suas

necessidades, estabelecendo uma co-

municação mais próxima e efetiva.

“Estávamos acostumados a fazer

ações para captação de novos clientes,

agora chegou a hora de ‘mostrar’ para o

nosso cliente o que a escola lhe oferece

e o motivo pelo qual deve permanecer

conosco”, fala o gerente de marketing

do colégio Progressão, Gerson Montei-

ro.

Na escola, a interação com o pú-

blico jovem pede rapidez e o ambiente

próprio das redes sociais, sem descui-

dar das diferenças culturais entre as

duas cidades onde possui instalações.

O principal veículo de comunicação é o

site da escola, que está em processo de

reformulação e conta com a publica-

ção diária de notícias ligadas ao univer-

so escolar, tanto eventos internos como

informações sobre educação. “Os tex-

tos são curtos e objetivos, sempre an-

corados por fotos – os pais adoram ver

os filhos”, anima-se Monteiro.

PARA CECíLIA GUIMARÃES, DA LG, NÃO É O PORTE DA EMPRESA QUE DEFINE O SEU

PLANO DE COMUNICAÇÃO, MAS A SUA CULTURA

FERNANDO CANDELÁRIA

Page 21: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br 20 | 21

Ainda que com desafios distintos

dos da Embraer, até mesmo o porte

da empresa – a Imagem conta com

300 colaboradores –, a coordenadora

de comunicação da empresa, Mariana

Lima, destaca que a base para se es-

tabelecer um fluxo de comunicação

interna eficiente está no comprometi-

mento integral da alta direção. “Temos

o apoio e o comprometimento integral

do diretor-presidente nas ações que

realizamos”, pontua.

Obviamente que, ao se levar em

conta o perfil de público interno, a

cultura e o porte da empresa, cada

firma, dentro de seu planejamento e

do resultado que espera, aplica ações

singulares. Assim como uma mãe co-

nhece as particularidades de cada um

de seus filhos, a personalização deve

ser aplicada no ambiente corporativo.

No caso da Imagem, Mariana enu-

mera as ações que surtem o efeito

esperado em seu ambiente “Atuamos

basicamente com um mural, que é

disponibilizado em todas as unidades

da empresa, incluindo filiais e um blog

corporativo. Além disso, realizamos

estratégias pontuais de teasers, am-

bientação e pequenos eventos a fim

de promover experiências marcantes e

integrar as equipes”.

A coordenadora destaca uma ação

que, sob sua análise, tem sido bastan-

te positiva. “É o “Café com Prosa”, no

qual reunimos um de nossos direto-

res para um café da manhã informal

com um grupo de dez colaboradores

da empresa. Os colaboradores veem

uma ótima oportunidade de se apro-

ximar da diretoria, esclarecer dúvidas

e curiosidades. Por outro lado, o pró-

prio diretor passa a conhecer melhor a

equipe e a percepção dos colaborado-

res com relação à organização”.

Para alcançar resultados positivos,

a equipe que cuida da comunicação

interna de uma empresa não precisa

reinventar a roda. E tampouco redes-

cobrir o fogo. Pelo contrário, o primei-

ro passo, reza o bom senso, é ter ci-

ência do que o outro precisa ou o que

ele compreende da organização em

que trabalha. O significado embutido

numa famosa frase de David Ogilvy

ajuda a elucidar a questão: “Comuni-

cação não é o que você diz, mas o que

o outro entende”.

GERSON MONTEIRO, DO COLÉGIO PROGRESSÃO, DEFENDE QUE RECEBER CLIENTES É TÃO IMPORTANTE QUANTO MANTÊ-LOS

ARETHA CARVALHO

POR KELMA JUCÁ

Page 22: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011
Page 23: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

Que atire a primeira pedra o empre-

sário que nunca pensou em contratar

um estagiário ao invés de um profissio-

nal de comunicação? Natural. Afinal de

contas, nesta relação todos saem ga-

nhando (se o empresário tiver a sorte de

escolher alguém com talento e compro-

metido com a sua profissão).

Certo ou não, o fato é que, desde

2008, o estagiário não pode mais ser

encarado como mão de obra bara-

ta. Todo e qualquer estágio deve ser

supervisionado por um profissional

competente e cumprir carga horária

máxima de seis horas diárias, pela Lei

11.788/2008 – mais conhecida como

Lei de Estágio e assinada pelo então

presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Normalmente, as empresas pe-

dem estagiários a partir do segundo

ano de faculdade, e as universidades

também começam a assinar os está-

gios nesse período. O primeiro ano de

graduação é um momento em que o es-

Profissão: estagiário

tudante está se familiarizando com a fu-

tura profissão, quando ainda não existe

maturidade acadêmica suficiente para

assumir a responsabilidade de um está-

gio”, explica o coacher Rogério Romano.

O primeiro período da faculdade é

útil, portanto, para se dedicar aos es-

tudos e às disciplinas teóricas, o que

não significa que o calouro não possa

integrar grupos de pesquisa da uni-

versidade e participar de atividades

complementares, como oficinas, por

exemplo. Experimentar as diversas

possibilidades que o campus oferece

e mergulhar nos estudos deve ser lei

nesta fase. Feito isso, no ano seguinte,

o universitário deve estar pronto para

encarar os desafios que a experiência

de mercado lhe irá reservar. Esta, aliás,

é uma das principais funções do está-

gio: preparar o futuro profissional.

Neste mundo globalizado, o mer-

cado competitivo não dispõe de tem-

po para aguardar que o profissional se

prepare. O meio corporativo, seja qual

segmento for, aguarda por alguém

pronto. Não há tempo para esperar

que um recém-formado esteja apto

para trabalhar na sua área de atuação.

“O universitário tem de ter em sem-

pre mente que estágio não somente

para ganhar dinheiro, mas para ganhar

aprendizado. Aqueles que entendem

isso são os melhores estagiários e, por

consequência, os melhores profissio-

nais”, destaca Romano.

Foi pensando assim que Fernanda

Maria Ribeiro, formada em publicida-

de e propaganda em 2010 pela univap

(Universidade do Vale do Paraíba), bus-

cou uma colocação no mercado ainda

na graduação e por esforço próprio

acabou sendo efetivada pela empresa.

“Quanto mais experiência e contato

com o mercado, maior é a chance de

se encontrar o que mais se gosta de

fazer e as portas se abrirem mais facil-

mente”, reflete, com a propriedade de

22 | 23

DESDE QUE FUNDAMENTADA PELA LEI, A ATIVIDADE PODE SER A PORTA DE ENTRADA PARA UMA CARREIRA DE SUCESSO

Page 24: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

quem concluiu a faculdade já contra-

tada como executiva de contas da TV

Band Vale.

Prova de que estagiários têm o seu

valor são as multinacionais que, em

geral, dispõem de programas de trai-

nees, cujo objetivo é formar futuros

líderes que compartilhem a filosofia da

empresa, alinhados à cultura e à polí-

tica do lugar. São estes jovens execu-

tivos, recém-formados ou graduados

com até dois anos de formação, os

gestores que mais tarde sentarão nas

cadeiras de couro da diretoria e deci-

dirão os rumos da organização.

Alguns cursos de graduação não

exigem o estágio como etapa obriga-

tória para a obtenção do diploma. Para

o mercado, porém, ele é obrigatório na

medida em que o aluno põe em práti-

ca o que aprende na teoria da sala de

aula, contextualizando o ensinamento.

Naturalmente, não existe uma forma

única capaz de moldar a carreira do

designer de embalagens ao do analis-

ta de TI (Tecnologia da Informação).

Cada um, dentro da sua realidade e

da sua especificidade, deve buscar

os meios para melhor desenvolver-se

profissionalmente, lembrando que a

oportunidade chega para quem está

preparado.

CONECTE-SE

Outra vantagem de quem faz está-

gio é a rede de relacionamentos que

é construída. Afinal, networking é um

instrumento essencial para aqueles

que desejam uma carreira de sucesso.

Valem aqui os contatos de professores,

de colegas de escola, de amigos, de

chefes, de ex-chefes etc.

Em tempo: não basta ser bom,

o mundo precisa saber que você é

bom. Esta máxima, tão antiga quanto

o sonho de ostentar um diploma na

parede, pode ter adicionado um ingre-

diente formidável: cuide de suas redes

sociais na internet.

A habilidade de se relacionar pes-

soalmente com os outros, também

denominada inteligência interpesso-

al, deve ser estendida ao meio virtu-

al, espaço repleto de possibilidades e

um prato cheio para recrutadores. No

twitter, no facebook e cia., nada de pa-

lavras de baixo calão, ofensas e men-

sagens preconceituosas. Não há como

descolar a imagem de encrenqueiro

da vida real nas mídias sociais, que,

hoje, também servem de critério na

hora de escolher alguém para compor

a equipe de uma empresa.

FERNANDA RIBEIRO, DA BAND VALE, SEMPRE

PROCUROU ABSORVER DO MERCADO TUDO O QUE

PODERIA SER USADO EM SUA ATUAL PROFISSÃO

DICAS PARA SE DAR BEM NO ESTáGIO

1. Tenha claro o que você

quer e onde pode chegar;

2. Conheça e dedique-se

aos estudos, que são a base do

seu sucesso;

3. Procure atuar em uma

área de que você gosta, pois

as pessoas que fazem o que

gostam são naturalmente me-

lhores que os demais;

4. Seja humilde para enten-

der que está iniciando. Gran-

des tenistas começaram como

pegadores de bolinhas;

5. Saiba fazer a leitura do

ambiente, pois as oportunida-

des aparecem e desaparecem

rapidamente, e elas só apare-

cem para quem está prepara-

do.

Fonte: Coacher Rogério Romano

EDGAR PACHECO

POR KELMA JUCÁ >> COLABOROU CAMILA GOUVÊA

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revistalettering.com.br 24 | 25

anuncio_kms.indd 1 23/08/2011 17:05:03

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Page 27: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

Dos tempos de Gutenberg, ainda

com o uso dos tipos, até o século 21,

o setor gráfico percorreu um longo

caminho para alcançar o que se pode

chamar, hoje, de maturidade, entre os

‘produtos’ utilizados no campo da pu-

blicidade e propaganda.

Sem falar nos avanços tecnológi-

cos de lá pra cá, a indústria gráfica pas-

sou por alguns impactos. Dentre eles,

destaca-se o do período logo após o

Plano Real, em virtude do aumento de

consumo, decorrente da tão almeja-

da estabilidade econômica, segundo

aponta o BNDES.

À época, as empresas deste seg-

mento estavam desatualizadas tec-

nologicamente e, por isso, a indústria

brasileira acabou perdendo mercado

para outros países. Imbuído na rever-

são do quadro, o setor passou, então,

por um processo de modernização,

facilitado pela maior flexibilidade das

importações, chegando a investir en-

A boa e velha(mas sempre atual)

mídia gráfica

26 | 27

EMBORA OS MEIOS DIGITAIS ANUNCIEM A “MORTE” DO PAPEL, O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA GRÁFICA MOSTRA O CONTRÁRIO: NUMA COMUNICAÇÃO EFICIENTE, OS MEIOS DEVEM SER COMPLEMENTARES

DIVULGAÇÃO

Page 28: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

tre os anos de 1995 e 1996 cerca de

US$1,5 bilhão.

No que se refere à sua permanên-

cia de mercado, mesmo diante das

tendências da moda, os blogs, perfis

em redes sociais e demais recursos di-

gitais não são unânimes no campo de

divulgação e propaganda. Os materiais

gráficos, com sua maturidade de mer-

cado, continuam sendo necessários

dentro de um planejamento estratégi-

co de comunicação.

Acompanhando os avanços so-

ciais e tecnológicos, a indústria gráfica

vem investindo em maquinários cada

vez mais sofisticados com o intuito de

atender atuais necessidades, ofere-

cendo um produto com resultados já

conhecidos, mas com uma roupagem

cada vez mais moderna.

O empresário José helio do Nas-

cimento Junior está nesse mercado

do Vale do Paraíba há 15 anos. Com

sua empresa, a Resolução Indústria

Gráfica, Helio é convicto ao afirmar

que, além de permanecer no merca-

do – que por sinal é promissor – , os

materiais gráficos têm finalidade pró-

pria dentro de um contexto de comu-

nicação. “Apesar das mídias digitais, o

material gráfico sempre terá o espaço

dele. A meu ver, tanto o material grá-

fico quanto as mídias sociais são ele-

mentos que se complementam entre

si. A funcionalidade de cada um de-

pende da ação e do que se pretende”,

explica o empresário, que exemplifica:

“Num feirão de carros, por exemplo,

um folheto pode ser distribuído rapi-

damente da noite para o dia, garantin-

do o sucesso do evento. Neste caso, a

mídia gráfica é mais rápida que a di-

gital, que não conseguiria alcançar o

público de massa, num curto espaço

de tempo”.

Assim como Helio, o publicitário

Jonas Maduro, proprietário da Tria-

daz Propaganda e Marketing, também

acredita na manutenção dos materiais

gráficos e no seu papel complementar

a outros materiais. “Acredito que ne-

nhum meio substitui o outro, eles se

“NUM FEIRÃO DE CARROS, POR EXEMPLO, UM FOLHETO PODE SER A SOLUÇÃO MAIS

RÁPIDA PARA GARANTIR O SUCESSO DO EVENTO;

MAIS RÁPIDO QUE UTILIZAR MíDIAS DIGITAIS”, DIZ HELIO NASCIMENTO, DA

RESOLUÇÃO GRÁFICA

DIVULGAÇÃO

Page 29: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

de uma maneira geral e eventos, são

as que mais investem”, avalia.

Como dizem alguns ditados, “a

propaganda é a alma do negócio”, ou

ainda “quem não é visto não é lembra-

do”. Baseado nestas máximas, helio

acredita que o investimento em pro-

paganda é requisito básico para um

negócio bem-sucedido.

“A vantagem de se investir em pro-

paganda, de forma geral, é ter uma

empresa com chances reais de cres-

cimento, pois uma empresa que não

investe em comunicação estará fadada

a ter como clientes apenas quem pas-

sa na frente do seu estabelecimento”,

alerta o empresário.

Embora não se possa contar com a

interatividade de uma rede social como

o twitter, por exemplo, o material grá-

fico conta com o apelo da imagem,

da qualidade plástica e estética, ven-

dendo, já no primeiro contato com o

cliente, cargas emocionais implícitas,

como a qualidade e o bom gosto. Isso

sem levar em conta o contato físico,

algo muito valorizado nas relações

humanas.

Assim, dos folders aos catálogos,

do simples folheto às embalagens so-

fisticadas, o material gráfico atinge

percepções que vão além da simples

propaganda: concretizam no anúncio

o valor de um novo produto, mais pal-

pável, mais real, tátil e, portanto, con-

sumível, características ausentes em

divulgações que ficam lá do outro lado

da tela do computador.

28 | 29

complementam. A funcionalidade do

material gráfico não irá acabar, mas

sua forma e conteúdo serão adapta-

dos, apresentando sempre um link

com a mídia eletrônica, em formatos

diferenciados como versões para

paddles e mídias sociais”.

Para Jonas, a utilização do material

gráfico é fundamental para todos os

tipos de clientes – desde o corporati-

vo, passando pelo varejista e prestador

de serviços, até o terceiro setor – des-

de que sua utilização seja decidida de

acordo com o objetivo do planejamen-

to e público a serem atingidos.

“Alguns públicos são atingidos so-

mente por meio de materiais gráficos.

Em uma grande empresa, na qual seja

necessário fazer uma campanha de mu-

dança de cultura, por exemplo, o mate-

rial gráfico é essencial para um planeja-

mento eficaz ao buscar a comunicação

com o público ‘da linha’, que não possui

acesso à Internet ou a outros meios”,

exemplifica o publicitário.

QUEM INVESTE

Se a visão de quem atua no ramo

pode aparentar apenas otimismo, a

do anunciante reforça a percepção da

funcionalidade do material impresso.

A gerente de marketing da rede de su-

permercado VillaReal, Morgana Pontes,

avalia o uso do material gráfico como

um instrumento direto de relação com

o cliente. “Sempre investimos em ma-

teriais gráficos para aumentar o poder

da divulgação das nossas empresas. É

uma maneira eficiente de conquistar

novos clientes e fidelizar os antigos,

divulgando os diferenciais dos nossos

produtos e serviços”.

Os supermercados estão, segundo

a análise de helio Nascimento, entre

os segmentos que mais investem em

materiais gráficos. “Na área promo-

cional, as empresas de varejo, como

construtoras, supermercados, lojas de

departamento, restaurantes, serviços

PARA JONAS MADURO, DA TRíADAZ, A INDICAÇÃO PARA O INVESTIMENTO EM MATERIAIS GRÁFICOS INCLUI O MERCADO CORPORATIVO, O SETOR DE VAREJO E O TERCEIRO SETOR

ACI UNITAU

POR CAMILA GOUVÊA

Page 30: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

CONTAS PÚBLICAS > >

Page 31: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

O que era um fator de complicação

para agências de publicidade ganhou,

há pouco mais de um ano, um dispo-

sitivo para auxiliá-las na conquista de

contas públicas de publicidade. As li-

citações, sempre tão almejadas pelas

agências, não só pelos valores mo-

netários, mas pela visibilidade e por

endossar a credibilidade das agências,

tornavam-se verdadeiros ‘tendões de

Aquiles’, na medida em que se entrava

num certame sem regras bem defini-

das e específicas.

As regras do jogo mudaram, por

meio da lei 12,232/10, sancionada pelo

então Presidente da República, Luiz

Inácio Lula da Silva, e valem para todas

as esferas do poder público – Munici-

pais, Estaduais e Federal. Agora, com

este novo dispositivo legal, a contrata-

ção de agências de propaganda pres-

tadoras de serviços de publicidade

ganha novos critérios.

A lei é inédita com relação a um se-

tor específico e é complementada por

outras duas leis, a Lei nº 4.680, de ju-

nho de 1965, sobre o exercício da pro-

fissão de publicitário e de agenciador

de propaganda, e a lei nº 8.666, de ju-

nho de 1993, que institui normas para

licitações e contratos da administra-

ção pública. “Procurou-se, assim, es-

pecificar melhor atributos e condições

peculiares da licitação de um material

que é sensível ao tempo e que não

pode ser confundido com outros tipos

de licitações que, por vezes, não de-

pendem de tempo, habilidade e sen-

sibilidade”, afirma Fabricio de Oliveira

Grellet, diretor jurídico da Associação

dos Profissionais de Publicidade do

Vale do Paraíba (APP/Vale).

As mudanças ocasionadas pela

nova lei atingiram diretamente o tra-

balho das agências de todo o país e da

região que precisaram ficar atentas ao

novo padrão exigido. Para Paulo Vítor

Bevilacqua, da Página Comunicação,

de São José dos Campos, no proces-

so de adaptação à nova lei é comum

o aparecimento de algumas dificulda-

des. “Toda mudança gera resistência,

estranheza até”, afirma.

Mas, ao que tudo indica, as mu-

danças propostas com a legislação

vieram para resolver impasses e tor-

nar o processo mais profissionalizado.

Prova disso é a exigência do certifi-

Licitação,o dispositivo legal e o exercício da publicidade

30 | 31

VISIBILIDADE E CREDIBILIDADE JUNTO AO MERCADO ESTÃO ENTRE FATORES QUE DESPERTAM O INTERESSE DAS AGÊNCIAS EM CONQUISTAR ESSE TIPO DE CLIENTE

FERNANDO CANDELÁRIA

Page 32: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

ANÚNCIOATMOSFERA 360

Seja qual for o tamanho do evento da sua empresa, seja qual for a ideia ou o tema, a Atmosfera realiza. Eventos organizados de forma envolvente e diferenciada elevam a comunicação de produtos e serviços a um outro nível. Permitem que relações mais próximas e duradouras sejam construídas entre marcas e consumidores. Permitem que a “viagem” tenha o melhor de todos os destinos: a realização do cliente.

Eventos | Comunicação Corporativa | Comunicação de Varejo | Eventos Proprietários | Moda

SJCampos | 12 3937.6488 Av. 9 de Julho, 95 - sala 21 Vila Adyana

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Page 33: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

cado de qualificação técnica de fun-

cionamento expedido pelo Conselho

Executivo das Normas-Padrão (CENP)

– órgão sem fins lucrativos, gerido por

23 representantes nacionais de agên-

cias de propaganda, de anunciantes,

de veículos de comunicação e do go-

verno federal – ou por uma entidade

legalmente reconhecida como fiscali-

zadora e certificadora das condições

técnicas de agência de propaganda.

Agora, nas licitações específicas

para serviços de publicidade, há a ne-

cessidade de adoção de um dos dois

tipos de licitação: a de melhor técnica

ou de técnica e preço. A primeira, de

melhor técnica, tem o intuito de bus-

car a agência que esteja mais bem pre-

parada e que preencha os requisitos

necessários para a prestação dos ser-

viços solicitados. Já a segunda opção,

busca conciliar o conhecimento técni-

co da agência com o melhor valor de

forma concomitante.

O novo formato eliminou a moda-

lidade de licitação por menor preço ou

pregão, validando, assim, a seriedade e

qualidade de serviços prestados pelas

empresas. “Essa mudança garante que

o julgamento para a escolha da agên-

cia seja feita por critérios técnicos ou

mesclando técnica e preço. Agora não

se pode mais fazer leilão e contratar

agências sem qualidade e sem estru-

tura técnica”, ressalta Bevilacqua.

Outra novidade que veio reforçar

a importância técnica do serviço a ser

oferecido está na criação de uma co-

missão técnica, com, no mínimo, três

componentes formados em comuni-

cação. Afinal, como em qualquer área,

somente pessoas qualificadas e enten-

didas em determinado assunto podem

fazer uma avaliação isenta e objetiva, fo-

cando na qualidade técnica e nos resul-

tados esperados pelo serviço oferecido.

Para Mário Celso Ruybal, da Regio-

nal Marketing, de São José dos Campos,

essa é uma das vantagens da nova lei.

“As propostas são padronizadas quanto

a sua formatação e apresentação; os cri-

térios de avaliação ficaram mais claros e

a proposta técnica será sempre julgada

por uma comissão que tem, obrigato-

riamente, conhecimentos técnicos para

tal. Coisa que, no passado, nem sempre

acontecia”, explica.

Nos procedimentos licitatórios,

32 | 33

os documentos de habilitação serão

apresentados apenas pelos licitantes

classificados durante o julgamento fi-

nal das propostas. “Outra vantagem (da

lei) é que apenas a empresa melhor qua-

lificada apresenta o envelope de docu-

mentação, poupando as demais de des-

penderem um grande tempo e esforço

para reunir a documentação que nem

sempre é fácil de obter”, conta Ruybal.

O ponto de partida para o proces-

so está no briefing, entregue às agên-

cias para a elaboração das propostas,

e a proposta técnica será composta de

um plano de comunicação publicitária

e de um conjunto de informações re-

ferentes aos proponentes.

No caso do plano de comunicação,

serão entregues duas vias, uma com

identificação e outra sem. O plano de

comunicação publicitária deve con-

ter o raciocínio básico – texto com o

diagnóstico das necessidades de co-

municação do órgão ou entidade –, a

estratégia de comunicação publicitá-

ria – para indicar e defender as linhas

gerais da proposta e alcançar metas e

objetivos –, a ideia criativa – em peças

publicitárias para resolver os desafios e

PAULO VITOR BEVILACQUA, DA PÁGINA COMUNICAÇÃO,

CONFIA QUE O NOVO DISPOSITIVO FAÇA VALER A QUALIDADE E A ESTRUTURA

TÉCNICA DE AGÊNCIAS

DIVULGAÇÃO

Page 34: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

metas explicitados –, e a estratégia de

mídia e não mídia – em forma de tex-

tos, tabelas e gráficos que identificarão

as peças, suas quantidades, inserções

e custos.

Já a proposta de preço deve conter

quesitos representativos das formas de

remuneração vigentes no mercado e

serão apresentadas em apenas um in-

vólucro. Para as propostas técnicas, será

necessária a entrega em três envelopes,

um como via não identificada, uma para

a via identificada e o outro para as de-

mais informações integrantes. O invólu-

cro não identificado será padronizado e

fornecido previamente pelo órgão. Tan-

to a via identificada, como a não identi-

ficada possuem o mesmo peso perante

o processo de licitação.

Para equilibrar as pontuações atri-

buídas, a subcomissão técnica vai reava-

liar a pontuação sempre que a diferença

entre a maior e a menor pontuação for

superior a 20%. “A principal vantagem é

que, com a nova lei, as regras ficaram

mais nítidas”, afirma Ruybal.

Após um ano de lei, muitos dos lici-

tantes já estão adaptados às mudanças

e já possuem uma visão formada sobre

o assunto. “Não é uma lei perfeita, mas é

um avanço significativo”, explica Ruybal.

VALORES CRESCERAM

Segundo o levantamento realizado

pela Federação Nacional das Agências

de Propaganda (Fenapro), o valor das

licitações realizadas no país cresceu

desde que a lei entrou em vigor. A

pesquisa analisou licitações realizadas

pelo Governo Federal, Governo Esta-

dual, Prefeituras, Câmaras Municipais,

Assembleias Legislativas, Universida-

des, Conselhos Regionais e o Sistema

S – constituído pelo Senai, pelo Senac

e pelo Sesc. Em 318 licitações, o valor

somou R$ 1,025 bilhão.

O primeiro quadrimestre de 2011

já superou em 90% o valor arrecada-

do nos dois últimos quadrimestres de

2010, arrecadando cerca de R$ 673

milhões em 138 processos licitatórios.

Apesar disso, o número de licitações é

menor nos quatro primeiros meses de

2011.

Em um ano, as Prefeituras realiza-

ram a maior quantidade de licitações

públicas, totalizando 228, com valor

total de R$ 266,2 milhões. Em contra-

ponto, o Governo Federal movimen-

tou mais de R$ 492 milhões em ape-

nas cinco licitações, três realizadas em

2010 e duas, em 2011.

Entre os três estados que mais li-

citaram estão Minas Gerais, Espírito

Santo e São Paulo, totalizando mais

de R$ 120 milhões. Com 22 licitações,

os governos estaduais realizaram, em

2010, 11 licitações, somando R$ 97,13

milhões e, no primeiro quadrimestre

de 2011, realizaram o mesmo número

de licitações com R$ 72,7 milhões.

O avanço no ritmo de licitações

também aumentou nas Câmaras Mu-

nicipais que, em todo o país, realiza-

ram 33 licitações, sendo 10 em 2010

e 23 em 2011. Para Arturo Câmara, da

Federação Nacional das Agências de

Propaganda (Fenapro), as Prefeituras

deverão começar a se preparar para as

eleições municipais de 2012, elevando

as verbas de propaganda ainda neste

ano para garantir maior disponibilida-

de de recursos para o próximo ano.

DESVANTAGENS

Para Ruybal, a nova lei não trouxe

desvantagens para as empresas par-

EMBORA MAIS COMPLEXO, PARA MARIO CELSO RUYBAL, DA REGIONAL, O PROCESSO TORNOU-SE MAIS JUSTO, UMA VEZ QUE SE EXIGE UMA COMISSÃO ESPECIAL PARA JULGAMENTO DAS PROPOSTAS TÉCNICAS

DIVULGAÇÃO

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revistalettering.com.br 34 | 35

Rua Potiguaras, 103Vale dos Pinheiros São José dos Campos - SP(12) 3942.6560www.outracena.com.br

Sabe o que acontece quando a Outracena produz o seu filme?

Equipamentos de última geração, estúdio próprio,

diretores e profissionais altamente criativos e orçamentos flexíveis.

A produtora de vídeos Outracena tem tudo para

que sua ideia saia do papel e se transforme

em uma superprodução.

Page 36: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

ticipantes, mas, sim, para os órgãos

licitantes. “O processo licitatório ficou

um pouco mais complexo, exigindo a

composição de uma comissão especial

para julgar as propostas técnicas. Minha

impressão é que o processo deve ficar

um pouco mais demorado”, afirma.

Já para Bevilacqua, o que é consi-

derado como desvantagens pode ser

apenas falta de adaptação. “O que hoje

pode parecer uma desvantagem tal-

vez com o tempo se mostre diferente.

A proibição da contratação, por parte

das agências de propaganda, de servi-

ços antes permitidos, como o planeja-

mento e organização de eventos fes-

tivos, assessoria de imprensa e outros

serviços de comunicação ditos alheios

à publicidade propriamente dita é um

dos exemplos”, acredita.

O QUE GEROU DúVIDAS

Desde quando entrou em vigor, a

lei 12.232 gerou muitas dúvidas. Para

Grellet, no processo de mudança é co-

mum o surgimento de certos questio-

namentos. “Toda mudança ou altera-

ção legal gera dúvidas, mas há as que

persistem”, afirma.

Com a nova lei, o parágrafo segun-

do do artigo 2º está entre o campeão

de dúvidas. Segundo a lei, serviço de

publicidade é o conjunto de ativida-

des realizadas integradamente que te-

nham por objetivo o estudo, o planeja-

mento, a conceituação, a concepção,

a criação, a execução interna, a inter-

mediação e a supervisão da execução

externa e demais meios de divulgação

com o objetivo de promover a venda

de bens ou serviços de qualquer na-

tureza, difundir ideias ou informar o

público em geral.

No entanto, no parágrafo segun-

do é vedada a inclusão de quaisquer

outras atividades, em especial as de

assessoria de imprensa, comunicação

e relações públicas ou as que tenham

por finalidade a realização de eventos

festivos de qualquer natureza, pois

estas serão contratadas por meio de

procedimentos licitatórios próprios,

respeitando o disposto legal.

“Não dá para entender como se

começa uma nova campanha sem fa-

zer a divulgação dela. Por vezes, isso é

salutar e complementar à atividade de

inserir uma nova campanha no merca-

do. Mas essa divulgação da campanha

pode ser considerada assessoria de

NABHAN, DA FENAPRO, ENCARA A LEI COMO UM GANHO, MAS ALERTA PARA A NECESSIDADE DE CONHECÊ-LA DE FORMA MAIS APROFUNDADA

imprensa?”, questiona Grellet.

Neste caso, Grellet acredita que o

texto deveria sofrer alteração para que

facilitasse a compreensão tanto por

pessoas especializadas, quanto por

pessoas sem quaisquer conhecimen-

tos técnicos. “Nessa parte, (o texto le-

gal) foi infeliz, pois deveria ser retirada

tal previsão ou, então, ser mais espe-

cífica para que não pudesse ser objeto

de questionamentos”, ressalta Grellet.

Ricardo Nabhan, presidente da Fe-

napro, entende que as dúvidas con-

tinuam e necessitam de atenção. “A

aprovação da Lei 12.232/2010 promo-

veu um avanço principalmente quali-

tativo nos processos licitatórios do se-

tor público. Ainda assim, constatamos

que muitos municípios e órgãos ainda

desconhecem as diretrizes da nova lei,

o que requer um trabalho intensivo de

esclarecimento”, afirma.

Na opinião de Ruybal, a lei ainda

está em processo de adaptação. “Tenho

observado uma série de cancelamen-

tos de editais porque as comissões de

licitações ainda não estão familiariza-

das com os novos procedimentos, mas

isso é apenas um período de adapta-

ção, já que a lei é bem recente”, conta.

DIVULGAÇÃO

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revistalettering.com.br 36 | 37

Page 38: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

A primeira hot shop do Vale do Paraíba apresenta o primeiro anúncio em realidade aumentada da região.

Acesse o sitewww.molotovpropaganda.com.br/ra e coloque a imagem do quadrado na frente da sua webcam. Prepare-se.A revolução começou.

Foto

: Fáb

io M

acha

do

twitter.com/agenciamolotov

facebook.com/molotovpropaganda(12) 3624.7167 | molotovpropaganda.com.br

P R O P A G A N D A | B R A N D I N G

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revistalettering.com.br 38 | 39

A primeira hot shop do Vale do Paraíba apresenta o primeiro anúncio em realidade aumentada da região.

Acesse o sitewww.molotovpropaganda.com.br/ra e coloque a imagem do quadrado na frente da sua webcam. Prepare-se.A revolução começou.

Foto

: Fáb

io M

acha

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facebook.com/molotovpropaganda(12) 3624.7167 | molotovpropaganda.com.br

P R O P A G A N D A | B R A N D I N G

NOVAS REGRAS

1. Obrigatoriedade do cer-

tificado de qualificação técnica

de funcionamento expedido pelo

CENP

2. Plano de comunicação:

entrega de duas vias, uma com e

outra sem identificação.

3. Proposta de preços:

Deve conter quesitos representa-

tivos das formas de remuneração

vigente no mercado e serão apre-

sentadas em apenas um envelope.

4. Proposta técnica: en-

trega de três envelopes -> 1 com

uma via não identificada; 1 para

a via identificada e outro para as

demais informações integrantes.

5. Reavaliação por subco-

missão técnica sempre que a di-

principais agências do vale com contas públicas

ferença entre a maior e a menor

pontuação for superior a 20%.

6. Criação de comissão

técnica: as propostas técnicas

serão analisadas e julgadas por

uma comissão com, pelo menos,

três membros formados em co-

municação, publicidade ou ma-

rketing ou que atuem em uma

dessas áreas. Atenção: um ter-

ço deles não pode ter nenhum

vínculo direto ou indireto com

a entidade responsável pela lici-

tação e eles são escolhidos por

meio de um sorteio, em sessão

pública, no qual concorrem duas

vezes mais candidatos que o nú-

mero de membros que assumi-

rão as vagas existentes.

Cenas de filme para a Prefeitura Muni-

cipal de São José dos Campos

Cenas de filme para a Secretaria do

Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

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PARA OS NOVOS LICITANTES

Participar de uma licitação, seja ela

por técnica ou por técnica e preço, é

sempre um grande desafio para as agên-

cias, principalmente para as mais novas

na área. Entre as necessidades básicas,

está entender bem a nova lei e também

a lei de licitações de 1993, a 8.666.

“Esta continua vigorando naquilo que

complementa a outra (a 12.232), tais como

os princípios da isonomia, da legalidade,

da impessoalidade, da igualdade, da pu-

blicidade etc.”, afirma Bevilacqua.

Outra importante dica é se prepa-

rar para participar da concorrência e

verificar tudo o que é necessário para

não correr o risco de uma desqualifi-

cação logo de cara. “Não basta retirar

o edital e formatar uma proposta. Con-

corrências do setor público exigem

uma preparação da empresa em todas

as suas áreas”, explica Ruybal.

“É preciso ter um conhecimento

global de todos os institutos que estão

envolvidos em uma licitação de serviços

de publicidades, pois os detalhes do pro-

cedimento, tal como preceituados prin-

cipalmente na lei de licitações (8.666),

não foram abolidos”, alerta Grellet.

E participar das licitações inclui

também errar algumas vezes até en-

tender todo o processo de licitação.

“Não tem outro jeito se não participar,

aprender e participar de novo”, ressalta

Bevilacqua.

A inclusão da proposta sem quais-

quer identificações também requer

muita atenção. “Gera uma tensão enor-

me. Já participamos de vários processos

em que empresas, por terem esquecido

ou deixado passar alguma dica foram

identificadas e, portanto, desclassifica-

das”, ressalta Bevilacqua.

A preparação para participar de um

processo licitatório é fundamental. “É

interessante que as agências estejam

precavidas, ou façam questionamen-

tos prévios, internamente, para veri-

ficar e perceber possíveis inadequa-

ções. Ou mesmo ter consciência das

dúvidas quanto ao procedimento lici-

tatório, para poder diligenciar, junta-

mente com um advogado, aos órgãos

responsáveis pelas licitações e pelas

futuras contratações, para sanar pro-

blemas e poder ter “plena capacidade”

de se submeter ao processo de licita-

ção”, explica Grellet.

ENTRE AS NECESSIDADES BÁSICAS PARA PARTICIPAR DE UM PROCESSO LICITATóRIO, ESTÁ A DE ENTENDER A NOVA E A ANTIGA LEI

DOCuMENTAçãO É FuNDAMENTAL

Entre as disposições gerais da

lei 12.232/10 está a necessidade de

as agências de propaganda terem o

certificado de qualificação técnica

de funcionamento emitido por en-

tidades nacionais legalmente reco-

nhecidas como fiscalizadora e cer-

tificadora, como o CENP.

Atualmente, são quase 2.500

agências certificadas pelo CENP em

todo o país, quase mil delas estão no

estado de São Paulo e 37, no Vale.

Para solicitar o certificado junto

ao Cenp é preciso o envio de um e-

-mail para [email protected]

com os seguintes documentos:

- Formulário próprio, que pode

ser obtido pelo site www.cenp.com.

br, preenchido e assinado pelo res-

ponsável pela agência;

- Cópia simples do contrato social

vigente da empresa consolidado ou

cópia de documento hábil de consti-

tuição da empresa, devidamente re-

gistrado no órgão competente;

- Para agência full service,

comprovante do pagamento da

contribuição sindical patronal ou

comprovante de filiação a uma das

entidades fundadoras representati-

vas da categoria – ABAP ou Sinapro

da base territorial, filiado à Fenapro;

- Para agência especializada,

será exigida apenas a declaração

(pode ser obtida pelo site) preenchi-

da e assinada pelo seu responsável,

em papel timbrado da empresa, re-

conhecendo as entidades fundado-

ras que representam as agências de

Publicidade, como a ABAP ou a Fe-

napro, para serem suas representan-

tes nos órgãos dirigentes do CENP;

- Comprovante de depósito

bancário identificado pelo CNPJ da

agência referente à taxa do pedido

de certificação.

POR DENISE COSTA >> COLABOROU CAMILA GOUVÊA

Page 41: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

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revistalettering.com.br 42 | 43

O Vale do Paraíba é uma re-

gião muito próspera, com con-

sumidores que prezam pela qua-

lidade, tanto de produtos, como

de uma boa comunicação visu-

al, auditiva e sensorial. Uma boa

estratégia de marketing aplicada

a estes três canais certamente

pode sensibilizar e aproximar,

por exemplo, o consumidor da

Oscar Calçados ao nosso con-

ceito e universo de produtos e

serviços.

Nós, da Oscar Calçados, fa-

zemos questão de investir em

mídia no Vale do Paraíba, pois

acreditamos que é importante

estar sempre próximo de nosso

cliente, afinal, na nossa rede, ele

é o rei!

Atualmente, a Oscar Calça-

dos investe também em seus

próprios canais de comunicação,

como o site e as redes sociais Os-

car Calçados, pois sabemos que

lá também está nosso cliente Os-

car Calçados.

Utilizamos também ferra-

mentas de Relações Pùblicas e

investimos em mídia espontâ-

nea, por meio da assessoria de

imprensa, como também em es-

tratégias em mídias eletrônicas

- e-commerce, internet, redes

sociais, rádio e televisão – e nos

meios impressos, em anúncios

em jornais e revistas para estar

sempre conectados a toda a fa-

mília!

Aliás, conexão é a palavra de

ordem: para estar em sintonia

com nossos clientes, utilizamos

diferentes canais de comunica-

ção como uma mina de ouro e o

Oscar Fashion Days é certamente

uma realização da Oscar Calça-

dos que pretende potencializar

toda a nossa conexão e comuni-

cação direta com os clientes de

toda a rede.

É por este motivo que a ins-

piração desta 11ª edição do Os-

car Fashion Days tem o título

“Conecte-se” – uma forma de

vivenciar nossa essência, apro-

veitando de fato todas as formas

de expressão.

E você já está conectado à

Oscar Calçados?

Por que eu invisto em comunicação

“É IMPORTANTE ESTAR SEMPRE PRóXIMO DE NOSSO CLIENTE”

Por Oscar ConstantinoProPrietário da rede oscar calçados

Page 44: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

Diante da globalização que possi-

bilita o maior acesso do consumidor à

empresa, que, por sua vez, consegue

identificar o perfil de seu concorren-

te, independentemente do posicio-

namento geográfico, e do crescente

desenvolvimento do Vale do Paraíba,

a revista Lettering nasce com a pro-

posta de oferecer ao empresário da

região a visão mercadológica do pa-

pel da comunicação e dos resultados

que se podem obter por meio dela.

Porém, seria muito limitado dizer

que a Lettering surge neste cenário,

em que tudo acontece, somente para

contar a seu público que, sim, a comu-

nicação é importante!

Mais do que isso, a publicação tem,

E aí?! Vamos medir os investimentos em mídia?

DANILO MONTEIRO

MENSURAÇÃO > >

Page 45: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

entre seus objetivos – de informar, di-

recionar, mostrar as tendências – tra-

zer ao público empresarial, e também

aos que trabalham diretamente com

comunicação, índices que possam

nortear as ações e os investimentos na

área focados sempre nos resultados.

“A ideia é trazer indicadores para

oferecer um panorama estatístico e

representativo da mídia no Vale, pro-

movendo o entendimento macro dos

investimentos no setor. Iniciativas

como a do projetos Inter-meios, fei-

to em parceria com a revista Meio &

Mensagem, dão conta disso há mais

de 20 anos. Na nossa região, a ação é

pioneira e vem sanar uma necessidade

urgente deste mercado, que só tende

a crescer”, explica a editora da revista

Lettering, Letícia Maria.

Respaldado pela APP Vale (Associa-

ção dos Profissionais de Propaganda,

capítulo Vale do Paraíba), o trabalho

de levantamento de dados buscará o

apoio dos veículos de comunicação e

de agências da região, com metodolo-

gia desenvolvida pela publicitária Mô-

nica, da Métrica Instituto de Pesquisa,

de São José dos Campos. Segundo ela,

este trabalho é de extrema importân-

cia para a região, pois permitirá um

diagnóstico preciso sobre a evolução

do segmento publicitário, no que se

refere a investimentos em mídia. “A

ideia é fazer com que a mensuração

seja periódica, o que permitirá realizar

uma análise da evolução do mercado,

traçar tendências e relacionar o cená-44 | 45

rio da atividade publicitária com fato-

res macroeconômicos”, explicou.

Assim, o Vale ganhará um instru-

mento capaz de balizar e entender o

contexto publicitário regional, refletin-

do diretamente nas tomadas de deci-

são na área de comunicação e no fluxo

de negócios, de modo geral.

Gisele Toledo, diretora do depar-

tamento comercial da TV Band Vale,

concorda com os apontamentos de

Mônica e observa que esta aferição

dos investimentos na área se faz ne-

cessária e se tornará um forte indica-

dor também para as ações do empre-

sariado regional.

Preocupada com essa questão, ela

se dedica ao desenvolvimento de um

trabalho no mestrado em Gestão do

Desenvolvimento Regional, pela uni-

versidade de Taubaté, que visa enten-

der os impactos vivenciados pela re-

gião após a chegada das TVs regionais.

Segundo ela, os objetivos de seu

trabalho estão justamente ligados à

identificação das mudanças na ativi-

dade publicitária depois da chegada

das emissoras regionais, sob à ótica

dos profissionais da área e dos anun-

ciantes. É também identificar as contri-

buições trazidas pela chegada dessas

emissoras à indústria da comunicação

e levantar os dados do volume de ver-

ba publicitária investido em televisão

nos últimos anos no mercado do Vale

do Paraíba. “O meu trabalho de mes-

trado está atrelado à história do mer-

cado publicitário e sua relação com o

UM DOS OBJETIVOS DA REVISTA LETTERING É OFERECER INDICADORES DA MíDIA REGIONAL. E ISSO Só VAI SER POSSíVEL COM A AJUDA DE TODOS: AGÊNCIAS, VEíCULOS, FORNECEDORES

GISELE TOLEDO, DA BAND VALE, PESQUISA O MERCADO PUBLICITÁRIO DO VALE APóS A CHEGADA DAS TVS REGIONAIS

NíDIA MARTINS

Page 46: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

Somos uma empresa especializada em oferecer soluções customizadas em comunicação para as variadas necessidades dos clientes. Hoje nossa base é formada basicamente por agências de publicidade que nos contratam para oferecer soluções diferenciadas em:

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Page 47: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

desenvolvimento regional a partir da

implantação das Televisões Abertas

Regionais com concessões públicas

em São José dos Campos e Taubaté,

no caso, TV Band Vale, Vanguarda São

José dos Campos e Vanguarda Tauba-

té”, esclarece.

A televisão, de forma geral, é a

mídia que recebe maior investimen-

to, como endossa o coordenador do

curso de Publicidade e Propaganda da

Universidade de Taubaté, Josué Bra-

zil. “A TV aberta ainda é a mídia mais

forte do Brasil porque oferece ampla

cobertura do território brasileiro, al-

cança amplos índices de audiência e

também porque sua mensagem atrai a

atenção das pessoas e permanece em

suas memórias. A TV aberta entrega

retorno aos seus anunciantes”, explica

o professor, que leciona a disciplina

Mídias, na Unitau.

Transformando em números, a TV

aberta representa, atualmente, a fatia

mais recheada do “bolo de investi-

mentos” em publicidade no país, com

uma participação de 64,1%, como de-

monstram os relatórios de abril deste

ano, do projeto Inter-Meios.

Muitos especialistas em mídia, en-

tretanto, consideram que esses núme-

ros refletem uma maior colaboração

das emissoras de TV para o levanta-

mento desse tipo de informação, o que

ocorreria de forma inversa em levanta-

mentos junto a jornais impressos.

De qualquer forma, os números,

tornam-se cada vez mais decisivos

para os esforços de comunicação que

envolvem investimentos mídia. Ações

aleatórias já não cabem mais num

mercado pautado pela relação inves-

timento versus lucro. hoje, na era da

informação, é essencial que se tenham

parâmetros que possam balizar o sha-

re de mercado, apontando o compor-

tamento das mídias e, por outro lado,

direcionando as empresas às melho-

res alternativas de investimento, num 46 | 47

NO BRASIL, A TV ABERTA ABOCANHA 64,1% DO BOLO

PUBLICITÁRIO, MAS É O SETOR QUE MAIS COLABORA

COM OS LEVANTAMENTOS REALIZADOS

FOTOS: DANILO MONTEIRO

Page 48: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

momento em que opções não faltam,

mas a decisão da melhor mídia, com

certeza, reflete no objetivo que se quer

alcançar.

Além do mais, como nuvens no

céu, que, ao olharmos em curtos espa-

ços de tempo, já estão modificadas, o

mercado também apresenta transfor-

mações em curtos períodos. Exemplo

disso é a inserção da Internet neste

competitivo segmento de investimen-

to. “O crescimento da Internet é irre-

versível. Isso ainda não se traduz nos

valores investidos, mas os números já

apontam que a rede mundial de com-

putadores vem sendo a mídia que, per-

centualmente, mais cresce em fatura-

mento publicitário. Em vários países a

TV perdeu verbas para as chamadas

mídias digitais. À medida que o acesso

à banda larga for crescendo no Brasil,

teremos uma fatia maior dos investi-

mentos destinados à Internet”, prevê

Josué Brazil.

Mensurar a distribuição da verba

publicitária, os seus espaçamentos

geográficos e os seus resultados pro-

porciona um ambiente de maior cre-

dibilidade às duas pontas do processo.

É como “saber onde se está pisando”.

É esta a contribuição que a Lettering

pretende dar ao mercado regional,

demonstrando aos empresários que o

investimento em comunicação, longe

de ser um custo, é um ótimo negócio.

INVESTIMENTO REGIONALIzADO:

uMA TENDêNCIA PROMISSORA

Se há quem diga que a propagan-

da exerce fascínio sobre as pessoas,

influenciando o seu dia a dia, a pro-

paganda regionalizada pode ser vista

como a porta mais próxima que liga o

empresário ao consumidor. “Num ce-

nário regional, o consumidor, muitas

vezes, não somente conhece a marca/

produto que está sendo comunica-

do, mas também o seu proprietário”,

exemplifica Gisele Toledo.

Essa tese também é defendida por

Josué Brazil, que completa. “Já existem

anunciantes nacionais que investem

regionalmente por terem a percep-

ção de que um trabalho regionaliza-

do transforma a marca em algo mais

próximo do público”. O professor ain-

da aponta dados otimistas em relação

ao volume de investimento regional.

“Boa parte dos anunciantes regionais

já possui essa visão. Talvez ainda não

seja a maioria, mas esse número vem

crescendo ano a ano”, relata.

No caso do Vale do Paraíba, é cer-

to afirmar que a vinda de indústrias de

grande porte dá um forte impacto a

toda cadeia produtiva e estimula os se-

tores de comércio e serviço – campos

de grande propensão para a atividade

publicitária. Somado a esse cenário

sugestivo, Gisele atribui ao acesso de

informação e à maturidade político-

-administrativo-econômico das cida-

des da região a atratividade de inves-

timentos em diversos setores. “Todo

esse movimento empresarial resulta

diretamente na indústria da comuni-

cação e estimula todas as mídias”.

Se o Vale é um berço tecnológico e

se encontra em momento de constan-

te desenvolvimento, o lugar é aqui e o

momento é agora para que empresas

e profissionais de comunicação selem

uma relação de sucesso. Os números

já começaram a ser organizados.

.Comunicação de verdade.

Cada palavra escrita,

cada imagem tratada,

cada centavo investido. Tudo passa pelo crivo ético da nossa

equipe, sempre comprometida

com a criação de campanhas vendedoras e vencedoras.

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POR CAMILA GOUVÊA

Page 49: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br

ANÚNCIOREGIONAL

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Page 50: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

ANÚNCIOPÁGINA

Page 51: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

revistalettering.com.br 50 | 51

Com a proposta de manter a fidelidade de sua linha editorial e a qualidade do conteúdo ofereci-do ao seu público leitor, a revista Lettering já nasce com a respon-sabilidade de contar com nomes de peso em seu Conselho Editorial. Para isso, escolheu a dedo o corpo de profissionais que a avaliarão e a nortearão, e, por consequência, contribuirão para que chegue ao seu grande objetivo: mostrar ao empresariado regional a importân-cia da Comunicação para o desen-volvimento regional.

Fazem parte do primeiro Con-selho Cássio Rosas (presidente da APP Vale Associação de Profissio-nais de Propaganda, capítulo Vale do Paraíba), Aislan Greca (Grupo Comunicação do Vale), Gustavo Gobatto, (CCVP - Clube de Cria-

UM CONSELHO DE PESO PARA LETTERING

GENTE NOVA NA ARRIBA!Com um time de primeira, a

agência Arriba!, de São José dos Campos, reforçou ainda mais a sua equipe com a contratação de Lucas Rodrigues (ao centro).

Para Daniele Botelho, a chegada de Lucas veio incrementar a qua-lidade criativa da agência. “Além disso, como profissional sênior, ele servirá de referência para os criati-vos mais novos”. Com a contratação de Lucas, Gustavo Gobatto conta que poderá dedicar-se mais à aber-tura de novos negócios.

DIVULGAÇÃO

BRUNA DRUMMOND

O Vale tem sido palco de ações de marketing de guerrilha que têm dado o que falar por aí. uma das mais comentadas nas redes sociais e que despertou a curiosidade dos internautas por cerca de duas semanas no mês de agosto foi uma brincadeira da Outracena Produtora de Vídeo, de São José dos Campos.

A ação consistia na abor-dagem de pessoas em locais públicos por dois personagens vestidos de preto, com lâmpadas de meio metro acesas sobre as cabeças.

Assinada pela Molotov Propa-ganda, de Taubaté, a campanha teve participação decisiva da Cruz & Ferreira, de Jacareí, na gestão das redes sociais, e as-sessoria de imprensa da Roatá Comunicação Inteligente.

UM VIRAL DE UMA GRANDE IDEIA

APP VALE MOVIMENTA COMUNICAÇÃO REGIONAL

Além dos já tradicionais ‘Goles do Galo’, a APP Vale tem mostrado que está mesmo a fim de promover o famoso networking, Somen-te em agosto, dois outros eventos mereceram desta-que: a Caravana APP Vale, realizada no último dia 17, e o Churrasco APP.

No formato de mesa redonda, a Caravana esta-cionou no Departamento de Comunicação Social da uni-tau e permitiu que alunos e profissionais de publicidade e propaganda discutissem sobre o mercado regional. O churrasco, realizado no dia 21, no Clube de Campo San-ta Rita, em São José, além de reunir os profissionais para um bate-papo, anunciou a realização de um festival de publicidade (ainda sem nome definido) para o mês de outubro.

ção do Vale do Paraíba), Oswaldo Rodrigues (Sinapro-SP - Sindicato de Agências de Propaganda do Estado de São Paulo) e Josué Brazil (professor da universidade de Tau-baté), como representante da área acadêmica.

Para a editora da revista, Letícia Maria, o perfil do conselho mostra o compromisso da revista com as expectativas do mercado, em seus diferentes aspectos. “Esse grupo seleto de profissionais conceitua-dos foi escolhido justamente por seu senso crítico e, principalmente, pela vontade de ver a comunicação prosperar em nossa região. Com esses elementos, tenho a certeza de que serão pontuais em seus posicionamentos, que só virão para somar com a qualidade de nossa revista”, destacou Letícia.

Page 52: Lettering 1ª ed. SET|OUT 2011

Planejamento Criativo, Criação Estratégica, Marketing Viral, Comunicação 360º. Para a PáginaCom., o que defi ne o caminho para a propaganda efi ciente não são terminologias, mas sim o que as inspira. Ou seja: conteúdo.

Cada marca, cada segmento de mercado, cada público,Cada marca, cada segmento de mercado, cada público,são todos formados por uma combinação de características são todos formados por uma combinação de características

e emocionar sempre. O que torna a Propaganda, e emocionar sempre. O que torna a Propaganda, Promoção, Design, Marketing Direto, Comunicação Promoção, Design, Marketing Direto, Comunicação Empresarial, Comunicação Digital, Relações Públicas Empresarial, Comunicação Digital, Relações Públicas e Eventos instrumentos integrados de uma relação e Eventos instrumentos integrados de uma relação cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre pessoas e marcas.pessoas e marcas.

Este é o diferencial de uma agência que respiraEste é o diferencial de uma agência que respirae se inspira em conteúdo. Para fazer propaganda e se inspira em conteúdo. Para fazer propaganda inteligente, interessante e, claro, de resultados.inteligente, interessante e, claro, de resultados.

Ou em outras palavras:propaganda que acerte na veia.propaganda que acerte na veia.

São Paulo: (11) 3032.1121São José dos Campos: (12) 3941.1477www.paginacom.com.br

Uma agência de conteúdo.Planejamento Criativo, Criação Estratégica, Marketing Planejamento Criativo, Criação Estratégica, Marketing Viral, Comunicação 360º. Para a PáginaCom., o que Viral, Comunicação 360º. Para a PáginaCom., o que defi ne o caminho para a propaganda efi ciente não são defi ne o caminho para a propaganda efi ciente não são terminologias, mas sim o que as inspira. Ou seja: conteúdo.terminologias, mas sim o que as inspira. Ou seja: conteúdo.

Cada marca, cada segmento de mercado, cada público,Cada marca, cada segmento de mercado, cada público,são todos formados por uma combinação de características próprias em constante transformação.

E é isso que faz da PáginaCom. uma agência intensa.A estudiosa de uma ciência sem fórmula, que, pornão ser previsível, é capaz de surpreender, marcare emocionar sempre. O que torna a Propaganda, Promoção, Design, Marketing Direto, Comunicação Empresarial, Comunicação Digital, Relações Públicas e Eventos instrumentos integrados de uma relação cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre pessoas e marcas.

Este é o diferencial de uma agência que respiraEste é o diferencial de uma agência que respirae se inspira em conteúdo. Para fazer propaganda e se inspira em conteúdo. Para fazer propaganda inteligente, interessante e, claro, de resultados.inteligente, interessante e, claro, de resultados.

Uma agência de conteúdo.Uma agência de conteúdo.

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e emocionar sempre. O que torna a Propaganda, e emocionar sempre. O que torna a Propaganda, Promoção, Design, Marketing Direto, Comunicação Promoção, Design, Marketing Direto, Comunicação Empresarial, Comunicação Digital, Relações Públicas Empresarial, Comunicação Digital, Relações Públicas e Eventos instrumentos integrados de uma relação e Eventos instrumentos integrados de uma relação cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre cíclica, construída e aprimorada a cada dia entre pessoas e marcas.pessoas e marcas.

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Cá estou eu na frente do compu-

tador com a responsabilidade de es-

crever um artigo, não o primeiro artigo

para a revista Lettering sob a chancela

do profissional de comunicação Cás-

sio Rosas, mas como presidente da

APP Vale, falando, nada mais nada me-

nos, do que os fatos, tendência e perti-

nências do Mercado de Comunicação

do Vale do Paraíba. Pesado, não?

Como tudo que acontece em nos-

sas vidas, e costumo dizer que ne-

nhuma delas é por acaso, essa é uma

dessas coisas, desses privilégios. Para

mim, é uma honra poder falar sobre

isso e começo dizendo que o nasci-

mento de uma revista especializada

em comunicação e no mercado que

atua de forma tão séria, tanto no con-

ceito quanto no conteúdo, já demons-

tra o quanto o nosso mercado de co-

municação vem se desenvolvendo em

todos os aspectos.

Passamos por um momento ím-

par na história da comunicação em

todos os setores e por vários aspec-

tos. Primeiro, e de forma macro pela

revolução na comunicação, a base

permanece, mas os meios mudaram

drasticamente.

Depois, vendo este mercado que

se desenvolve ano a ano, em números

dos mais diversos padrões, faturamen-

to, investimentos, profissionais, cursos,

agências, fornecedores, veículos de

comunicação, universidades. um mer-

- Tudo até aqui é só o começo, te-

remos tantos acontecimentos, mudan-

ças e investimentos que muita coisa

irá mudar;

- Quem não estiver preparado irá

assistir de perto a oportunidade pas-

sar e não vai poder sequer pensar em

agarrá-la.

E com tudo isso acontecendo e

para validar um pouco do que vimos

até aqui, temos uma Associação de

Profissionais de Propaganda do Vale

do Paraíba, a APP Vale, que, embora

tenha acabado de nascer, vem com o

lastro de uma instituição com mais de

73 anos, a APP Brasil, que sempre de-

fendeu, de forma ética e digna, os in-

teresses de todos os envolvidos neste

mercado e aqui não poderia ser dife-

rente. A APP Vale nasce com todo esse

movimento, com a mudança para aju-

dar, buscar, fazer e fortalecer o nosso

mercado de comunicação.

Com tanta mudança e com tantos

fatos identifica-se a carência e é aqui

que entra a revista Lettering, que nas-

ce com tudo isso junto e com alguns

ingredientes a mais: a inovação, o di-

ferente, o ousado alinhado ao sério, a

competência e com resultados. Como

entusiasta, estudioso e admirador da

evolução, só posso desejar sucesso e

longa vida à Lettering!

A estrada é longa! E tudo é comu-

nicação.

Vamos em frente.!

O nosso mercado regional de comunicação

cado que, além de crescer, também

amadurece, se profissionaliza e mostra

que no Vale tem tanta qualidade téc-

nica ou, em alguns casos, até maior

do que nas capitais. um mercado que

hoje começa a ter orgulho do que pro-

duz, briga pelo que é certo e pelo que

acredita e que aos poucos começa a

mudar uma cultura que por anos era

curta, simples e objetiva: comunica-

ção é gasto, e não investimento.

E isso não aconteceu da noite para

o dia: foi algo que, ao longo dos anos,

pela luta dos profissionais de comuni-

cação sérios, que acreditam em nosso

mercado, assim como os anunciantes

empreendedores que acreditam e,

mais do que isso, sabem da impor-

tância do investimento local, fazendo

a economia girar e com isso fazer as

coisas “acontecerem” é que estamos

vivendo o tal momento ímpar.

E, para somar a tudo isso, temos

o momento único pelo qual o Brasil

passa interna e externamente. Não se-

ria demais afirmar que este Brasil está

cada vez mais próximo de nós. Se não

fosse isso, não teríamos a presença

que temos nos principais grupos e ór-

gãos mundiais. Se não fosse isso, não

teríamos Copa do Mundo em 2014 e

Olímpiadas em 2016. E por conta dos

dois maiores eventos esportivos do

mundo e por estarmos no principal

eixo onde tudo irá acontecer, é fácil

poder afirmar duas coisas:

Por Cássio RosasPresidente – aPP Vale

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Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, depois de visitar um albergue.

“O astral dos moradores de rua está muito bom, acho que é porque o frio deu uma trégua hoje.”

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