1a Versao Diagramada-Informatica Basica-09.04.12

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Profuncionarios

Citation preview

  • 7Informtica

    Bsica

    Joo Kerginaldo Firmino do Nascimento

    ProfuncionrioCurso Tcnico de

    Formao para Funcionrios da

    Educao

  • 1 Rede e-Tec Brasil

    Informtica Bsica

    Joo Kerginaldo Firmino do Nascimento

    Cuiab - MT2012

    UFMT

  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica.

    B823 Informtica Bsica/Joo Kerginaldo Firmino do Nascimento, 4.ed. atualizada e revisada Cuiab : Universidade Federal de Mato Grosso/Rede e-Tec Brasil, 2012.

    190 p. : il. (Curso tcnico de formao para os funcionrios da educao.Profun-cionrio; 7)

    ISBN 85-86290-58-0

    1. Educador. 2. Formao profissional. 3. Escola. I. Nascimento, Joo Kerginaldo Firmino do. II. Ttulo. III. Srie.

    2012 CDU 37.004

  • 3 Rede e-Tec Brasil

  • Presidncia da Repblica Federativa do Brasil

    Ministrio da Educao

    Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica

    Este caderno foi elaborado em parceria entre o Ministrio da Educao e a Universidade Federal de Mato Grosso para a Rede e-Tec Brasil.

    Equipe de Elaborao

    Universidade Federal de Mato Grosso UFMTCoordenao Institucional

    Carlos Rinaldi

    Equipe de ElaboraoCoordenao de Produo de Material Didtico Impresso

    Pedro Roberto Piloni

    Designer EducacionalClaudinet Coltri Junior

    DiagramaoMaurcio Mota

    Reviso de Lngua PortuguesaPatrcia Rahuan

    Projeto GrficoRede e-Tec Brasil/UFMT

  • 5 Rede e-Tec Brasil

    Prezado estudante,

    Bem-vindo Rede e-Tec Brasil!

    Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Rede e-Tec Brasil, instituda pelo Decreto n 7.589/2011, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na modalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria entre o Ministrio da Educao, por meio da Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica (Setec), as universidades e escolas tcnicas estaduais e federais.

    A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimento da formao de jovens moradores de regies distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.

    A Rede e-Tec Brasil leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensino e o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das redes pblicas municipais e estaduais.

    O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tcnico, seus servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, poltica e tica.

    Ns acreditamos em voc!Desejamos sucesso na sua formao profissional!

    Ministrio da EducaoMaro de 2012

    Nosso [email protected]

    Apresentao

  • 7 Rede e-Tec Brasil

    Prezado estudante,

    estamos iniciando uma nova disciplina do curso Profuncionrio. E neste Mdulo iremos abordar questes referentes ao uso de novas tecnologias voltadas ao nosso cotidiano. Os assuntos que trataremos aqui so de interesse de todos ns e em particular seu, que vivencia o uso dessas tecnologias na escola, em casa, enfim no seu dia a dia.

    Como voc deve saber, os assuntos aqui tratados so comuns para todos os outros cursos do Profuncionrio, uma vez que abrangem todas as reas do conhecimento. E, ao propormos tais assuntos, acreditamos que o faro refletir um pouco mais em suas atividades dirias, pois a informtica est em todos os momentos de nossa vida.

    Iremos conversar sobre questes que ligam esse assunto a diversos aspectos histricos, econmicos e sociais que normalmente no so abordados na informtica, destacando essa disciplina que j foi tratada como mero recurso auxiliar de treinamento de pessoas.

    Abordaremos assuntos como a nossa relao com a natureza mediada por recursos renovveis e no renovveis, o uso da informao como ferramenta de poder e ascenso social, bem como descobriremos que o acesso aos recursos tecnolgicos deve ser universal para que tenhamos mais espao para debates e, principalmente, como usar o computador para nossas atividades dirias.

    Acessar informaes na grande rede (internet), ter acesso aos conhecimentos do grande orculo (Google), redigir documentos com os recursos do Word e do BRoffice, enviar e receber mensagens em tempo real (on-line), alm de participar de redes sociais, so algumas das expectativas que temos em relao ao que estudaremos a partir de agora.

    Sejamos sempre felizes e mos obra!

    Mensagem do Autor

  • 9 Rede e-Tec Brasil

    Hoje, o computador faz parte da nossa realidade como mais uma tecnologia disponvel para nos auxiliar e vai tornando-se to usual quanto o controle remoto e o telefone celular. A informtica nos dias atuais nos ajuda no s no trabalho, mas tambm em casa e at mesmo no exerccio da cidadania. No trabalho, podemos, por exemplo, produzir e corrigir um texto com mais facilidade. Em casa, possvel, entre outras coisas, comunicarmo-nos por meio da internet. A informtica mostra-se cada vez mais til tambm no exerccio da cidadania. Um exemplo disso o voto por meio da urna eletrnica.

    E com o objetivo de mostrar a voc algumas ferramentas essenciais para o uso do computador, a fim de facilitar muitas das suas atividades do dia a dia, alm de possibilitar a ampliao de seus horizontes de conhecimento e de comunicao, que apresento este material de estudo do uso bsico da informtica.

    Neste mdulo de estudo, voc conhecer o que um sistema operacional que possibilita a visualizao do que o computador faz , um editor de texto que torna a escrita de textos uma tarefa mais fcil e criativa e um navegador ferramenta que permite uma viagem pela grande rede mundial de computadores chamada internet. Ento, mos obra.

    Objetivo

    Apresentar ao estudante, funcionrios de escola, noes elementares de tecnologia da informao e de ferramentas para uso de microcomputador, capacitando-o a manuse-lo alm de editar textos e utilizar os recursos da internet. Espera-se possibilitar ao educando elementos bsicos para saber utilizar o computador como ferramenta auxiliar no seu trabalho.

    Apresentao da Disciplina

  • 10Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Ementa

    Curso bsico de informtica. Descobertas e criaes do homem na sua relao com a natureza e o trabalho. Industrializao no Brasil. O que tecnologia. Tecnologia da informao. Internet e acesso tecnologia da informao no Brasil. Tecnologias e mercado de trabalho. O que informtica. A informtica na formao do trabalhador. Sistema operacional Windows XP. Editor de texto Word XP. Navegador Internet Explorer. Linux Ubuntu. Editor de texto BrOffice. Navegador Mozilla Firefox e, por fim, um Dicionrio por Associao para melhor entendermos o uso de muitos termos estrangeiros na informtica.

  • 11 Rede e-Tec Brasil

    Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.

    Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.

    Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto, ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema.

    Dicionrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizados no texto.

    Em outras palavras: apresenta uma expresso de forma mais simples.

    Pratique: so sugestes de: a) atividades para reforar a compreensodo texto da Disciplina e envolver o estudante em sua prtica; b) atividades para compor as 300 horas de Prtica Profissional Supervisionada (PPS), a critrio de planejamento conjunto entre estudante e tutor.

    Indicao de cones

    Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever/conversar/observar sobre pontos importantes e/ou questionamentos.

  • 13 Rede e-Tec Brasil

    Sumrio

    Unidade 1 - Descobertas e criaes do homem na sua

    relao com a natureza e o trabalho 16

    1.2 - A industrializao no Brasil 23

    1.3 - Tecnologia da informao 26

    1.4 - Internet e acesso tecnologia da

    informao no Brasil 30

    Unidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho 38

    2.2 - A informtica na formao do trabalhador 42

    Unidade 3 - Sistema Operacional Windows XP 46

    3.2 - Conhecendo o Windows XP 47

    Unidade 4 - Editor de Texto Word XP 70

    4.2 - Tela Inicial 71

    4.3 - Digitao 71

    Unidade 5 - Internet Explorer 99

    5.1 - O que Internet 100

    5.2 - Histrico 100

    5.3 - Conexo 102

    Unidade 6 - Linux 117

    6.1 - Histrico Linux 118

    6.2 - O que Ubuntu? 119

  • Unidade 7 - BrOffice 3 Writer 137

    7.1 - O BrOffice 138

    7.2 - O BrOffice Writer 139

    Unidade 8 - Navegador Mozilla Firefox 165

    8.1 - Navegador Mozilla Fire Fox 166

    Unidade 9 - Dicionrio por Associao de Ingls para

    Portugus 169

    9.1 - Dicionrio por Associao de Ingls para Portugus 170

    Palavras Finais 181

    Glossrio 182

    Referncias Bibliogrficas 189

  • 15 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    Unidade 01

    Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

  • 16Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Prezado estudante , com grande prazer que recebo voc para darmos incio nossa disciplina. Voc j conhece alguma coisa sobre informtica? Espero que nossas aulas o ajude a enriquecer seu conhecimento e sua prtica dentro deste mundo fantstico que cada vez mais pessoas esto adentrando. Para comearmos, vamos fazer uma viagem no tempo?

    1.1 Descobertas e criaes do homem na sua relao com a natureza e o trabalho

    Objetivo:

    Nesta Unidade iremos conversar sobre a interveno do ser humano na natureza e da natureza na nossa caracterizao ao longo dos tempos.

    Veremos a importncia de alguns fatos histricos e suas consequncias para nossa sociedade, discutiremos o nosso processo de industrializao e os recursos tecnolgicos envolvidos em nosso cotidiano, que culminaram no que temos

    hoje enquanto nao.

    O homem vem ao longo de toda a histria utilizando sua inteligncia,

    criatividade e curiosidade para descobrir, inventar, transformar e

    aperfeioar ferramentas, materiais e recursos a fim de melhorar sua

    vida, se proteger e garantir sua sobrevivncia. O ser humano, em

    suas relaes sociais, torna-se produtor de cultura e de trabalho com

    inteligncia para desenvolver a sua tecnologia a partir de realizaes

    cotidianas. Foi na pr-histria que apareceram os primeiros indcios de

    cultura humana, por meio da manufatura de instrumentos de pedra

    trabalhados de forma intencional pelo homem para obter suas armas

    de caa ou de defesa.

    Duas descobertas ocorridas na pr-histria foram fundamentais para

    o desenvolvimento do homem: o fogo e a roda. Com o domnio da

    utilizao do fogo, o homem se protegia contra predadores, cozinhava

    e trabalhava outros materiais como metais e madeira. Foi tambm o

    fogo que propiciou ao homem aproveitar melhor o meio ambiente

    e se locomover para outras regies do planeta. A roda, por sua vez,

  • 17 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    revolucionou os meios de transporte e possibilitou outros avanos

    tecnolgicos como os relgios, as mquinas a vapor, a locomotiva e o

    automvel.

    Ainda na pr-histria, no perodo chamado Neoltico, o homem

    aprendeu a polir a pedra e, com isso, conseguiu produzir instrumentos

    mais eficientes e com melhor acabamento. Foi nesse perodo que

    ocorreu a Revoluo Agrcola. O homem foi abandonando a vida de

    caador e coletor e comeou a cultivar cereais e a domesticar animais,

    promovendo um grande desenvolvimento das foras produtivas e

    libertando-se da dependncia absoluta da natureza.

    Uma das grandes invenes do perodo Neoltico foi a cermica, que

    permitiu a melhoria da qualidade da alimentao do homem primitivo,

    uma vez que se tornou possvel armazenar alimentos ou cozinh-los

    misturados. Tambm nesse perodo teve incio a construo de casas

    de barro, junco ou madeira. No final do perodo Neoltico, o homem

    abandonou os instrumentos de osso e pedra e passou a utilizar os

    metais, iniciando a chamada Revoluo ou Idade dos Metais.

    No perodo final do Neoltico, ocorreram dois importantes descobrimentos

    industriais: a inveno do tear e a fundio de metais. Com essas

    descobertas, houve um grande desenvolvimento de todos os ramos

    de produo e da produtividade do trabalho humano, provocando o

    aumento da produo de excedentes e a separao entre o trabalho

    artesanal e o trabalho agrcola. Com o desenvolvimento da linguagem

    escrita e das cincias ligadas s tcnicas de produo, as camadas

    dominantes da sociedade diferenciaram a sua cultura da cultura dos

    outros setores da populao.

    O surgimento da escrita marca o fim da pr-histria. comumente

    aceito, segundo Thompson (1995), que o primeiro sistema completo

    de escrita foi desenvolvido por volta do ano 3000 antes de Cristo

    pelos sumerianos, no sul da Mesopotmia e, pouco tempo depois, um

    sistema um pouco diferente, provavelmente de maneira independente,

  • 18Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    foi desenvolvido pelos antigos egpcios. A evidncia histrica mostra

    que as primeiras formas de escrita sumeriana consistiam de pequenas

    placas de argila ou rtulos que eram presos a objetos e serviam como

    sinal para identificao da propriedade.

    Com o desenvolvimento da escrita, as tabuletas de argila foram

    gradualmente substitudas pelo papiro e pergaminho como meios

    tcnicos de transmisso. De acordo com Thompson (1995), as folhas

    de papiro surgiram no Egito pelo ano 2600 antes de Cristo, e eram

    feitas de uma planta cujas folhas eram transformadas em material de

    escrita ao serem amassadas com martelo de madeira e colocadas para

    secar. O papiro foi utilizado como o principal meio de transmisso at

    o desenvolvimento da tcnica de produo de papel, inventado na

    China por volta do ano 105 depois de Cristo.

    Por volta do ano 1100 depois de Cristo, ocorreram muitas inovaes

    na forma de utilizar os meios tradicionais de produo. No setor

    agrcola, por exemplo, foi fundamental o desenvolvimento de

    ferramentas como a charrua, o peitoral, o uso de ferraduras e a

    utilizao de moinhos dgua. Os avanos nas tcnicas de arquitetura

    foram aplicados na construo das catedrais. Esse perodo da Idade

    Mdia aliou a importao de tecnologias com um aumento radical no

    nmero de invenes.

    Uma sequncia de descobertas e invenes aconteceu na Idade

    Mdia, como a descoberta dos culos, no sculo XIII, da prensa

    mvel, no sculo XV, o aperfeioamento da tecnologia da plvora e a

    inveno dos relgios mecnicos. Outros avanos importantes foram

    em instrumentos como a bssola e o astrolbio, que, junto com as

    mudanas na confeco dos mapas e com a inveno das caravelas,

    tornaram possvel a expanso martimo-comercial Europeia do incio

    da Idade Moderna.

    A tecnologia das grandes navegaes permitiu, posteriormente,

    a descoberta de um nmero extraordinrio de novas espcies de

  • 19 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    animais e plantas, alm de novas formaes geolgicas e climticas.

    Os avanos na tica possibilitaram a fabricao de aparelhos como o

    microscpio e o telescpio. Uma herana importante do perodo foi

    tambm o nascimento e multiplicao das universidades, juntamente

    com o surgimento das primeiras sementes da metodologia cientfica

    contempornea.

    Nos sculos XVII e XVIII, o desenvolvimento das tcnicas de produo

    levou a um grande desenvolvimento das cincias naturais. Para se

    expandir a produo, era preciso conhecer as propriedades da matria,

    o que motivou o desenvolvimento de cincias como a fsica, a qumica

    e a mecnica. Houve nesse perodo um movimento de renovao

    intelectual conhecido por Iluminismo, iniciado na Inglaterra, no final

    do sculo XVII. O Iluminismo colocou a razo humana como guia do

    conhecimento e ao do homem. O conhecimento e o domnio da

    natureza eram condies bsicas da liberdade humana.

    A Revoluo Industrial transformou a sociedade europeia e mundial

    no sculo XVIII. Iniciada na Inglaterra, em 1760, a Revoluo Industrial

    caracterizou-se pela passagem da manufatura indstria mecnica.

    A introduo de mquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho

    e aumenta a produo global. Invenes como a mquina a vapor,

    a fiandeira mecnica e o tear mecnico causaram uma revoluo

    produtiva. As fbricas passaram a produzir em srie e surgiu a indstria

    pesada de ao e mquinas. A inveno dos navios e locomotivas a

    vapor acelera a circulao das mercadorias.

    A fotografia surgiu com os franceses Louis Daguerre e Joseph

    Nipce, em 1826. Em 1839, Daguerre revelou Academia Francesa

    de Cincias o processo que originava as fotografias. Essa tecnologia

    capaz de captar as imagens fez com que a perfeio das pinturas fosse

    substituda pela fotografia, redefinindo o papel e a expresso das artes

    plsticas da poca. J em 1895, surge em carter oficial o cinema,

    quando os irmos Louis Lumire e Auguste Lumire, dando movimento

    s imagens, apresentaram a primeira sesso de projeo em Paris. No

  • 20Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    incio o cinema era mudo. O som s chegou ao cinema no final da

    dcada de 1920.

    A segunda fase da Revoluo Industrial, no perodo de 1860 a 1900, foi

    caracterizada pela difuso dos princpios de industrializao na Frana,

    Alemanha, Itlia, Blgica, Holanda, Estados Unidos e Japo. Nessa

    fase, as principais mudanas no processo produtivo so a utilizao

    de novas formas de energia a eltrica e a derivada do petrleo

    , o aparecimento de novos produtos qumicos e a substituio do

    ferro pelo ao. Toda essa revoluo trouxe consequncias sociais e

    econmicas. O lucro passou a se concentrar na indstria, as condies

    de trabalho e os salrios eram desfavorveis aos operrios.

    Segundo Castells (1999), a eletricidade foi a fora central da segunda

    revoluo, apesar de outros avanos extraordinrios como o motor

    de combusto interna, o telgrafo, a telefonia, alm dos j citados

    produtos qumicos e ao. Isso porque somente com a gerao e

    distribuio de eletricidade, os outros campos puderam desenvolver

    suas aplicaes e ser conectados entre si. Um caso especial citado

    por Castells o telgrafo eltrico que, utilizado experimentalmente de

    1790 a 1799 e em pleno uso desde 1837, s conseguiu desenvolver-

    se em uma rede de comunicao mundial a partir da difuso da

    eletricidade.

    Outra grande inveno do homem, patenteada em 1876 nos Estados

    Unidos por Graham Bell, foi o telefone. Em 1973, a empresa Motorola

    apresentou um prottipo do primeiro celular porttil, mas somente

    em 1981 a Motorola e a American Radio Phone iniciaram os testes

    com um sistema prprio de rdio-fone. O uso comercial do telefone

    celular comeou em 1983, nos Estados Unidos, e a Motorola lana o

    primeiro celular porttil. Hoje, o uso tanto do telefone fixo quanto do

    celular se popularizou pelo mundo.

    Foi em 1888 que o fsico alemo Heinrich Hertz conseguiu produzir

    as primeiras ondas de rdio. Entretanto, a primeira transmisso de

  • 21 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    rdio, ocorrida em 1895, denominada naquela poca telegrafia sem

    fio, atribuda ao italiano Guglielmo Marconi, que funda, em julho de

    1897, a primeira companhia de rdio do mundo e, em 1899, a primeira

    fbrica de equipamento de rdio. Caractersticas como a abrangncia,

    a mobilidade, o baixo custo e a autonomia fazem do rdio at hoje um

    importante meio de comunicao.

    As transmisses por ondas de rdio possibilitaram mais tarde a

    transmisso de imagens e a inveno do televisor. Em 1842, Alexander

    Bain obteve a transmisso telegrfica de uma imagem por meio do

    fax. O surgimento da televiso deve-se a grandes cientistas, que

    foram descobrindo os elementos e componentes necessrios para

    a transmisso de imagens e a fabricao do televisor. A primeira

    transmisso oficial da televiso aconteceu em 1935, na Alemanha. A

    televiso passou a exercer grande influncia na sociedade com aspectos

    positivos e negativos, at os dias atuais.

    Na terceira fase da Revoluo Industrial, a partir de 1900, surgem os

    grandes complexos industriais e as empresas multinacionais. A produo

    caracterizada pela automao. As indstrias qumica e eletrnica

    desenvolvem-se. Os avanos da robtica e da engenharia gentica

    tambm so incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez

    menos de mo de obra e cada vez mais de alta tecnologia. Nos pases

    de economia mais desenvolvida surge o desemprego estrutural, e o

    mercado se globaliza apoiado na expanso dos meios de comunicao

    e de transporte.

    No final do sculo XIX, Thomas Alva Edison desenvolveu uma

    lmpada eltrica capaz de ser comercializada. Em trinta anos, as

    naes industrializadas geraram energia eltrica para iluminao e

    uso em outros sistemas. Invenes desse perodo, como o telefone,

    o rdio, o automvel a motor e o avio, revolucionaram o modo de

    vida e de trabalho de milhes de pessoas. As sociedades industriais se

    transformaram com rapidez devido ao aumento da mobilidade e da

    comunicao rpida.

  • 22Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    O trem foi o principal meio de transporte do sculo XIX. A utilizao

    do automvel como meio de transporte data do incio do sculo XX.

    Sua produo em maior escala iniciou-se na Alemanha, em 1902,

    e nos Estados Unidos, em 1903. Segundo a maioria dos autores, a

    inveno do automvel deve-se a Joseph Nicolas Cugnot, engenheiro

    militar francs que por volta de 1770 construiu um modelo de trs

    rodas movido a vapor, com velocidade de aproximadamente cinco

    quilmetros por hora. O automvel a motor foi desenvolvido por

    alemes em 1886.

    J a utilizao do avio no transporte de passageiros data de 1919.

    At hoje se discute quem foi o verdadeiro pioneiro da aviao. A maior

    polmica gira em torno do brasileiro Alberto Santos Dumont e dos

    irmos americanos Wilbur e Orville Wright. Em 20 de setembro de

    1898, Santos Dumont realizou o primeiro voo em balo mecanicamente

    dirigido e, em 1906, na Frana, bateu o recorde de voo com o 14-Bis,

    de motor a exploso, voando 220 metros em 21 segundos. O primeiro

    voo dos irmos Wright ocorreu no dia 17 de dezembro de 1903, em

    Kitty Hawk, Estados Unidos, com a utilizao de um planador.

    A disputa entre pases tambm contribuiu para alguns desenvolvimentos

    tecnolgicos da humanidade. Um exemplo disso foi a corrida espacial,

    marcada pela rivalidade entre soviticos e americanos, no final dos

    anos 50. Em 1957, os soviticos lanaram o primeiro satlite artificial,

    o Sputnik; e, em 1961, o primeiro homem no espao, Youri Gagarine.

    Os Estados Unidos conseguem, em 1969, enviar o homem lua.

    Foram tambm os americanos que propuseram, em 1964, aos pases

    ocidentais o lanamento dos fundamentos de uma rede internacional

    de comunicaes por satlite, o Intelsat.

    No final da dcada de 1950, a tecnologia de gravao de fitas

    magnticas, originalmente desenvolvida para gravao de som,

    uma dcada antes, foi adaptada para possibilitar a gravao de

    imagens, originando o videocassete. Mas, foi na dcada de 1970 que

  • 23 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    o videocassete comeou a ser produzido comercialmente para uso

    domstico. Crescendo de forma espantosa no final dos anos 70 e incio

    de 80, o uso domstico do videocassete, segundo Thompson(1995),

    modificou significativamente os canais de difuso para produtos

    audiovisuais e a quantidade de controle dos usurios sobre esses canais.

    Na nossa histria mais recente, vivemos a substituio progressiva do

    videocassete pelo DVD player (aparelho de reproduo do disco de vdeo

    digital), a partir de 1997. A tecnologia da gravao e leitura de sons,

    dados e imagens por meios ticos, presente nos CDs (compact disc),

    produzidos em escala comercial a partir de 1982, e mais recentemente

    nos DVDs (disco de vdeo digital), j est incorporada nossa realidade.

    No udio, os CDs substituram os discos de vinil, representando no s

    um avano tecnolgico, mas tambm uma mudana para a indstria

    fonogrfica.

    1.2 A industrializao no Brasil

    Objetivo:

    Aqui disponibilizarei voc alguns fatos que nos levaram a implantar e criar medidas nacionais para o processo de industrializao do Brasil, alm de sua importncia para o fortalecimento de nossa autonomia econmica e poltica.

    A origem da industrializao no Brasil est

    relacionada economia cafeeira. A partir de

    1910, os cafeicultores comearam a aplicar

    seus lucros no setor industrial, temendo a

    recorrncia da crise do caf. Mas, segundo

    Piletti(1988), foi sem dvida a Primeira

    Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e

    1918, que deu um grande impulso indstria brasileira. As principais

    causas do surto industrial brasileiro da poca foram a substituio das

    importaes e a exportao de carne congelada durante a guerra.

  • 24Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Segundo Luiz Koshiba e Denise Pereira (1987), a Segunda Guerra

    Mundial, no perodo de 1939 a 1945, trouxe efeitos favorveis

    indstria nacional com o crescimento da exportao de produtos

    manufaturados. De acordo com os autores, as realizaes efetivamente

    inovadoras da industrializao brasileira tomaram forma somente na

    era Vargas. Em 1939, foi elaborado no governo Vargas um plano

    quinquenal de metas para a indstria.

    De acordo com Piletti (1988), uma das mais importantes realizaes

    econmicas para o Brasil foi a indstria de base, que teve incio em

    1946, quando comeou a funcionar a Companhia Siderrgica Nacional

    de Volta Redonda e a serem produzidas no Brasil barras de ferro,

    folhas de flandres e chapas de ao, necessrias para o funcionamento

    de outras indstrias, como a de ferramentas, parafusos, motores,

    utenslios de cozinha, automveis, avies, navios, e outras.

    Como consequncia da indstria de base, vrios outros setores

    industriais tambm se expandiram, entre os quais as fbricas de

    rdios, televisores, geladeiras e de eletrodomsticos em geral, alm

    das indstrias de ladrilhos, louas, vidros, papel, conservas e outras. A

    indstria de base exigiu a construo de novas e mais potentes usinas

    hidreltricas para suprir a demanda de energia eltrica da grande

    indstria.

    O nacionalismo da era Vargas foi substitudo pelo desenvolvimentismo

    do governo Juscelino Kubitschek, de 1956 a 1961. Atraindo o

    capital estrangeiro e estimulando o capital nacional, Juscelino

    implantou a indstria de bens de consumo durveis, principalmente

    eletrodomsticos e veculos. No incio dos anos 60, o setor industrial

    superou a mdia do crescimento dos demais setores da economia

    brasileira.

    No perodo de 1968 a 1973, ocorreu o chamado milagre econmico,

    com a acelerao do crescimento, investimentos em infraestrutura e

  • 25 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    nos diversos segmentos da indstria e na agroindstria de alimentos. Na

    dcada de 80, conhecida como a dcada perdida, a alta internacional

    dos juros fez com que a economia brasileira entrasse em dificuldades

    e o Brasil enfrentasse uma longa recesso que levou estagnao da

    atividade industrial do pas.

    Nos anos 90, o Brasil d incio a uma abertura econmica para a

    importao de mercadorias. Essa fase da industrializao brasileira,

    iniciada no governo Collor com continuidade at o governo Fernando

    Henrique Cardoso, marca o avano do neoliberalismo no pas que

    prega a desregulamentao da economia e consiste na reduo da

    participao do Estado nas atividades econmicas. Nesse contexto,

    houve a privatizao de quase todas as empresas estatais brasileiras.

    Conforme Jos Henrique do Carmo , a partir do incio dos anos

    90, a indstria no Brasil se depara com a crescente liberalizao da

    economia nacional, num contexto de internacionalizao da produo

    em nvel mundial, a chamada globalizao processo de integrao

    econmica e social entre os pases e as pessoas do mundo todo ,

    levando a uma alterao radical nos nveis de concorrncia.

    No dia 26 de maro de 1991, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai

    assinam o Tratado de Assuno, dando incio ao Mercosul Mercado

    Comum do Sul, com o objetivo de criar um mercado comum entre

    os pases membros do bloco econmico. A consolidao do Mercosul

    permitiu o incio de uma srie de negociaes na rea externa, no

    apenas com seus parceiros regionais, mas tambm com outras regies

    e pases do mundo.

    Em 2004, o governo Lula criou a Agncia Brasileira de Desenvolvimento

    Industrial (ABDI), pela Lei 11.080, de 30 de dezembro, com a funo

    de promover a execuo de polticas de desenvolvimento industrial,

    especialmente as que contribuam para a gerao de empregos, em

    consonncia com as polticas de comrcio exterior e de cincia e

    tecnologia. A lei foi regulamentada pelo Decreto 5.352, de 24 de

    Para saber mais, visite os stios:

    http://www.brasilescola.com/h i s t o r i a b / i n d u s t r i a l i z a c a o -brasileira.htm

    http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm

    http://www.estacio.br/cpa/docs/2-2manutencao-industrial.pdf

  • 26Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    janeiro de 2005. De acordo com o Mapa Estratgico da Indstria

    2007/2015:

    A indstria no tem escolha. A nica opo possvel ser uma

    indstria de classe mundial. A indstria brasileira compete em

    mercados globais e participa, de forma crescente, em cadeias

    de produo integradas. Isso impe dois desafios: ela tem que

    estar preparada para responder aos desafios da globalizao

    e s mudanas de organizao da produo. O Pas tem que

    elaborar um programa coerente voltado para a criao de um

    ambiente econmico e institucional de classe mundial.

    1.3 Tecnologia da informao

    Objetivo:

    Vamos perceber aqui que tecnologia da informao um conjunto de equipamentos, saberes, programas, rotinas e aes voltadas a um fim especfico (ou no). Isso sem falar sobre sua importncia e ao direta em nossas vidas.

    Vamos tratar agora de uma revoluo tecnolgica

    que invadiu todas as esferas da atividade

    humana e vem trazendo significativas mudanas

    para a economia, a sociedade e a cultura em

    todo o mundo. Estou falando da tecnologia da

    informao, que, segundo Resende e Abreu

    (2000), pode ser conceituada como o conjunto

    de recursos tecnolgicos e computacionais

    para gerao e uso da informao. Com ela

    RESUMO

    Vimos aqui que nossa origem industrial se deu com a economia cafeeira, que a segunda guerra mundial, apesar de ser nefasta, trouxe alguns benefcios a nossa indstria de manufatura, alm de comentarmos sobre nossos governantes e suas relaes nesse processo.

  • 27 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    voc vai conhecer e aprender a utilizar o microcomputador, uma das

    ferramentas da tecnologia da informao.

    Antes de prosseguir, vamos compreender o que tecnologia.

    O termo revoluo tecnolgica pode ser conceituado como as

    invenes, descobertas ou criaes do homem que afetam, de forma

    profunda, ampla e generalizada, os conhecimentos, os costumes e as

    prticas cotidianas do seu meio. As grandes revolues tecnolgicas

    manifestaram-se de acordo com as necessidades e anseios do homem

    em determinadas pocas.

    Na viso de Castells, a tecnologia expressa, em grande parte, a

    habilidade de uma sociedade para impulsionar seu domnio tecnolgico

    por intermdio das instituies sociais, inclusive o Estado. respeito

    do contexto histrico no qual se originou a tecnologia da informao

    Castells afirma:

    O processo histrico em que esse desenvolvimento de foras

    produtivas ocorre, assinala as caractersticas da tecnologia e seus

    entrelaamentos com as relaes sociais. No diferente no caso

    da revoluo tecnolgica atual. Ela originou-se e difundiu-se, no

    por acaso, em um perodo histrico da reestruturao global do

    capitalismo, para o qual foi uma ferramenta bsica. Portanto, a

    nova sociedade emergente desse processo de transformao

    capitalista e tambm informacional, embora apresente variao

    histrica considervel nos diferentes pases, conforme sua histria,

    cultura, instituies e relao especfica com o capitalismo global

    e a tecnologia informacional.(Castells, 1999)

    Entre as tecnologias da informao est o conjunto convergente de

    tecnologias em microeletrnica, computao (hardware componentes

    fsicos do computador ou de seus perifricos e software programas

    de computador), telecomunicaes/radiodifuso, e optoeletrnica

    (transmisso por fibra tica e laser). Segundo Castells, ao redor do ncleo

    Tecnologia, do grego technologa (tratado sobre uma arte), um termo utilizado para o conjunto de conhecimentos, embasados principalmente em princpios cientficos, que possibilitam uma evoluo na capacidade das atividades humanas.

  • 28Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    de tecnologias da informao houve grandes avanos tecnolgicos,

    nas duas ltimas dcadas do sculo XX, no que se refere a materiais

    avanados, fontes de energia, aplicaes na medicina, tcnicas de

    produo e tecnologia de transportes, entre outros. Castells assinala

    que, pela primeira vez na histria, a mente humana uma fora direta

    de produo:

    Assim, computadores, sistemas de comunicao, decodificao

    e programao gentica so todos amplificadores e extenses da

    mente humana. O que pensamos e como pensamos expresso

    em bens, servios, produo material e intelectual, sejam

    alimentos, moradia, sistemas de transporte e comunicao,

    msseis, sade, educao ou imagens. (Castells, 1999)

    As primeiras descobertas tecnolgicas em eletrnica, de acordo

    com Castells, aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial e

    no perodo seguinte, com o primeiro computador programvel e o

    transistor, fonte da microeletrnica, que, para Castells, a essncia

    da revoluo da tecnologia da informao no sculo XX, que veio

    se difundir amplamente na dcada de 1970. O passo decisivo da

    microeletrnica foi dado, segundo Castells, em 1957, com o circuito

    integrado inventado por Jack Kilby em parceria com Bob Noyce.

    O avano gigantesco na difuso da microeletrnica em todas as

    mquinas ocorreu, conforme Castells, em 1971, quando Ted Hoff,

    engenheiro da Intel, inventou o microprocessador, que o computador

    em um nico chip. A miniaturizao, a maior especializao e a queda

    dos preos dos chips de capacidade cada vez maior possibilitaram,

    como conta Castells, sua utilizao em mquinas que usamos em

    nossa rotina diria, como o forno de micro-ondas e at os automveis.

    Os computadores foram, segundo Castells, concebidos na Segunda

    Guerra Mundial, mas nasceram somente em 1946 na Filadlfia, tendo

    a verdadeira experincia da capacidade das calculadoras ocorrido

    na Pensilvnia com o patrocnio do exrcito norte-americano, onde

    Mauchly e Eckert desenvolveram o primeiro computador para uso

  • 29 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    geral. O microcomputador foi inventado em 1975, mas foi somente

    na dcada de 1980 que o computador comeou a ser amplamente

    difundido com o desenvolvimento e uso dos microcomputadores ou

    computadores pessoais, cada vez menores e mais poderosos.

    Uma condio fundamental para a difuso dos microcomputadores

    foi, de acordo com Castells, o desenvolvimento de software para

    computadores pessoais, em meados dos anos 70, com Bill Gates e

    Paul Allen, os fundadores da Microsoft, atual gigante em software,

    que transformou seu predomnio em software de sistemas operacionais

    no predomnio em software para o mercado de microcomputadores

    com um todo. O Macintosh da Apple, lanado em 1984, foi o primeiro

    passo rumo aos computadores de fcil utilizao, pois introduziu a

    tecnologia baseada em cones e interfaces com o usurio, desenvolvida

    inicialmente pelo Centro de Pesquisas Palo Alto, da Xerox.

    Sobre o impressionante aumento da capacidade dos microcomputadores

    nos ltimos vinte anos do sculo XX, Castells ressalta que:

    Essa versatilidade extraordinria e a possibilidade de aumentar

    a memria e os recursos de processamento, ao compartilhar a

    capacidade computacional de uma rede eletrnica, mudaram

    decisivamente a era dos computadores nos anos 90, ao transformar

    o processamento e armazenamento de dados centralizados em

    um sistema compartilhado e interativo de computadores em

    rede. No foi apenas todo o sistema de tecnologia que mudou,

    mas tambm suas interaes sociais e organizacionais. (Castells,

    1999)

    A convergncia de todas as tecnologias eletrnicas no campo da

    comunicao interativa resultou na criao da Internet a rede

    mundial de computadores que, segundo Castells, talvez seja o mais

    revolucionrio meio tecnolgico da Era da Informao. A Internet teve

    origem no trabalho de uma das mais inovadoras instituies de pesquisa

    do mundo, conforme Castells: a Agncia de Projetos de Pesquisa

  • 30Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Avanada (ARPA) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da

    Amrica. A primeira rede de computadores entrou em funcionamento

    em 1 de setembro de 1969

    1.4 Internet e acesso tecnologia da informao no Brasil

    Objetivo:

    Conhecer o processo de implantao e difuso da internet no Brasil e os recursos de tecnologia da informao e comunicao envolvidos no assunto.

    A Internet no Brasil comeou no meio acadmico, quando em 1988

    Oscar Sala, professor da Universidade de So Paulo e conselheiro da

    Fundao de Amparo Pesquisa no Estado

    de So Paulo (Fapesp), desenvolveu a ideia

    de estabelecer contato com instituies

    de outros pases para compartilhar dados

    por meio de uma rede de computadores.

    Mas, somente em 1991, a Internet foi

    liberada para outras instituies no Brasil,

    tendo seu uso comercial sido liberado no

    pas em 1995.

    Hoje em dia, podemos fazer vrias coisas a partir de um computador

    conectado Internet, como nos comunicar, fazer compras,

    pagamentos, movimentaes bancrias e pesquisas, por exemplo.

    Mas, apesar de todo o avano disponvel na rea da tecnologia da

    informao, uma grande parcela do povo brasileiro ainda no tem

    RESUMO

    Aqui vimos que, com os recursos tecnolgicos disponveis, somos cada vez mas globais e que dado a isso temos um formato social que possui padres bastantes especficos de uma sociedade informacional.

  • 31 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    acesso a computador e Internet. O Mapa da Excluso Digital, um estudo

    divulgado pela Fundao Getlio Vargas em abril de 2003, mostra que,

    em 2001, 12,46% da populao brasileira tinham computador em casa

    e somente 8,31% tinham acesso Internet.

    Em 2001, o Brasil ficou em 43 lugar no ndice de Avano Tecnolgico do

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) entre 72

    pases analisados. O ndice foi estabelecido com o objetivo de verificar

    o nvel de criao e difuso de tecnologias nos pases, considerando

    a capacitao da populao para o uso dos avanos tecnolgicos.

    Pode-se afirmar, ento, que para um pas ser considerado avanado

    tecnologicamente no basta produzir tecnologia. preciso permitir e

    dar condies para a populao ter acesso s tecnologias e saber us-

    las. Mais na frente veremos o salto qualitativo e quantitativo que o

    Brasil deu nos ltimos anos para sanar alguns desses problemas.

    Embora o Brasil necessite ainda avanar muito na difuso tecnolgica

    e na preparao de sua populao para o uso das tecnologias, o pas

    possui dois dos principais plos tecnolgicos mundiais, de acordo

    com o relatrio do Pnud: So Paulo e Campinas. Mas, para que haja

    um avano na incluso digital no Brasil necessrio abaixar custos,

    desenvolver infraestrutura, possibilitar e facilitar a capacitao e definir

    polticas pblicas eficientes para o setor de tecnologia da informao.

    E, nesse ponto, no podemos esquecer da importncia da educao.

    Conforme destaca Paulo Lemos:

    Uma das pr-condies fundamentais de acesso informao e ao

    conhecimento continua a mesma, com ou sem novas tecnologias:

    a educao. O que a nova economia do conhecimento faz

    sobressaltar a importncia que o passaporte educacional tem

    para os que pleiteiam integrar-se a ela. o desenvolvimento

    das capacidades cognitivas dos indivduos, em grande medida

    trabalhadas pela educao, que permite um melhor uso da

    tecnologia, esteja ela em casa, na empresa ou em algum espao

    pblico.

  • 32Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Segundo Dahlman e Frischtak(2005) o Brasil ainda tem como desafio

    executar as seguintes aes prioritrias em polticas de educao e de

    treinamento:

    Aumentar a escolaridade mdia da fora de trabalho.

    Universalizar a educao bsica e melhorar a qualidade da educao em todos os nveis.

    Aumentar as taxas de matrculas na educao superior, para fazer uso efetivo do conhecimento disponvel, bem como para criar novo conhecimento.

    Fortalecer a capacidade de pesquisa das universidades e sua interao com empresas e instituies de pesquisa.

    Desenvolver oportunidades de aprendizagem vitalcia para facilitar uma contnua recapacitao das pessoas.

    Alguns dados mais atuais:

    Nmero de usurios

    Segundo o F/Nazca, somos 81,3 milhes de internautas tupiniquins

    (a partir de 12 anos). J para o Ibope/Nielsen, somos 78 milhes (a

    partir de 16 anos - setembro/2011). De acordo com a Fecomrcio-RJ/

    Ipsos, o percentual de brasileiros conectados internet aumentou de

    27% para 48%, entre 2007 e 2011. O principal local de acesso a

    lan house (31%), seguido da prpria casa (27%) e da casa de parente

    de amigos, com 25% (abril/2010). O Brasil o 5 pas com o maior

    nmero de conexes Internet.

    Internautas ativos

    46,3 milhes de usurios acessam regularmente a Internet; 38% das

    pessoas acessam web diariamente; 10% de quatro a seis vezes

    por semana; 21% de duas a trs vezes por semana; 18% uma vez

    por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros entram na

    internet semanalmente.

    Segundo Alexandre Sanches Magalhes, gerente de anlise do Ibope//

    NetRatings, o ritmo de crescimento da internet brasileira intenso.

  • 33 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar

    a manter esse mesmo compasso forte de aumento no nmero de

    usurios residenciais.

    Tempo mdio de navegao

    Desde que esta mtrica foi criada, o Brasil sempre obteve excelentes

    marcas, estando constantemente na liderana mundial. Em julho de

    2009, o tempo foi de 48 horas e 26 minutos, considerando apenas a

    navegao em sites. O tempo sobe para 71h30min se considerar o uso

    de aplicativos on-line (MSN, Emule, Torrent, Skype etc). A ltima marca

    aferida foi de 69 horas por pessoa em julho de 2011.

    Comrcio eletrnico

    Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhes em compras on-line. Em 2009,

    mesmo com crise, foram gastos R$ 10,6 bilhes. 2010 fechou com

    R$ 14,8 bilhes, atingindo 1/3 de todas as vendas de varejo feitas no

    Brasil. Ainda assim, apenas 20% dos internautas brasileiros fazem

    compras na internet; aqueles que ainda no compram, no o fazem

    por no considerar a operao segura (69%) ou porque no confiam

    na qualidade do produto (26%).

    Publicidade on-line

    A internet se tornou o terceiro veculo de maior alcance no Brasil, atrs

    apenas de rdio e TV.; 87% dos internautas utilizam a rede para pesquisar

    produtos e servios. Antes de comprar, 90% dos consumidores ouvem

    sugestes de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opinies

  • 34Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    expressas on-line.

    Venda de Computadores

    So 60 milhes de computadores em uso, segundo a FGV, devendo

    chegar a 100 milhes em 2012. ;95% das empresas brasileiras possuem

    computador. A difuso da Internet est diretamente associada ao

    crescimento do nmero de computadores, que tm suas vendas

    impulsionadas pelos seguintes fatores: aumento do poder aquisitivo,

    crescimento do emprego formal e do acesso ao crdito, avano da

    tecnologia, baixa do dlar e iseno de PIS e Cofins sobre a venda de

    computadores e seus componentes.

    Banda larga

    Atingimos 10,04 milhes de conexes em junho de 2008: um ano e

    meio antes do previsto, j que essa era a projeo para 2010. Quanto

    ao volume de dados, o incremento foi de 56 vezes de 2002 at 2007.

    E a projeo de um aumento de 8 vezes at 2012; o nmero de

    conexes mveis cresceu de 233 mil para 1,31 milho em um ano;

    Sistemas gratuitos de banda larga sem fio (Wi-Fi) funcionam nas orlas

    de Copacabana, Leme, Ipanema e Leblon, nos Morros Santa Marta e

    Cidade de Deus e em Duque de Caxias. Esto nos planos: So Joo

    de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguau, Nilpolis, Rocinha,

    Pavo-Pavozinho, Cantagalo e 58km da Avenida Brasil, todos no Rio

    de Janeiro.

    16,9% dos internautas brasileiros tem uma velocidade de banda larga

    de 128 a 512 Kbps; 47,8% tem 512 Kbps a 2 Mbps; 21,3% usa 2

    Mbps a 8 Mbps; 8,7% tem velocidade superior a 8 Mbps.

    (Fonte: http://tobeguarany.com/internet_no_brasil.php)

  • 35 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    Faa uma pesquisa e escreva um texto sobre:

    1 Consequncias positivas e negativas de algumas das invenes do

    ser humano.

    2 As mudanas que a tecnologia da informao vem trazendo para a

    sociedade mundial.

    3 Usos positivos e negativos da Internet.

    RESUMO

    Como vimos, o Brasil vem evoluindo bastante no aspecto tecnolgico e permitindo cada vez mais a democratizao desse recurso, haja vista os dados apresentados.

  • 37 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho

    Unidade 02

    Tecnologias e mercado de trabalho

  • 38Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    2.1 Tecnologias e mercado de trabalho

    Objetivo:

    Nesta unidade, voc ter um panorama histrico da influncia das descobertas e evolues tecnolgicas na relao do homem com o trabalho. Ter tambm a oportunidade de refletir sobre o impacto das novas tecnologias no mercado de trabalho e sobre a importncia da informtica na formao do trabalhador da era da tecnologia da informao.

    A relao homem e trabalho vem sofrendo mudanas ao longo da

    histria. Segundo Bell(1977), nas sociedades pr-industriais a fora

    de trabalho era absorvida sobretudo pelas atividades extrativistas,

    minerao, pesca, silvicultura, agricultura. Nas sociedades industriais

    a energia e as mquinas transformaram a natureza do trabalho. J na

    sociedade ps-industrial, com nfase no setor de servios, exige-se dos

    profissionais educao, conhecimento e outros tipos de habilidades,

    que passam a ser cada vez mais facilitadores na busca de emprego.

    No livro Histria Geral, Pedro e Cceres(1987) fazem uma comparao

    mais detalhada de como era o trabalho antes e depois da Revoluo

    Industrial. Segundo os autores, na sociedade pr-industrial, o

    trabalhador tinha sua oficina; os trabalhadores eram proprietrios dos

    meios de produo; no havia uma diviso acentuada de trabalho,

    pois o arteso fazia um produto do comeo ao fim; no era necessrio

    grandes quantidades de capital para se produzir algo; o trabalhador

    podia criar o produto da forma que quisesse; e o lucro era gerado na

  • 39 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho

    compra e venda de mercadorias, ou seja, no comrcio.

    Com a Revoluo Industrial, iniciada na Inglaterra, em 1760, surge

    a fbrica, segundo Pedro e Cceres (1987), para abrigar mquinas e

    grande nmero de operrios; os proprietrios dos meios de produo

    so os industriais e no os trabalhadores; a diviso do trabalho se

    acentua, uma vez que cada trabalhador faz somente uma parte do

    produto e no conhece o produto final; surge a necessidade de grandes

    quantidades de capital para se investir em mquinas; o trabalhador

    perde seu poder de criatividade, visto que faz somente parte de um

    produto; e o lucro gerado na produo de mercadorias, ou seja, na

    indstria.

    A partir de 1970, quando comea o perodo chamado ps-industrial,

    a revoluo tecnolgica na informtica, na microeletrnica e na

    biotecnologia, alm do surgimento de novos tipos de materiais e

    de outros setores de produo, trouxeram novas modalidades de

    organizao ao trabalho humano. Com a informatizao presente

    na maioria das atividades humanas, o trabalhador precisa possuir

    habilidades e conhecimentos mltiplos, mais autonomia e participao.

    Na avaliao de Castells:

    A evoluo do mercado de trabalho durante o chamado perodo

    ps-industrial (1970 a 1990) mostra, ao mesmo tempo, um

    padro geral de deslocamento do emprego industrial e dois

    caminhos diferentes em relao atividade industrial: o primeiro

    significa uma rpida diminuio do emprego na indstria aliada

    a uma grande expanso do emprego em servios relacionados

    produo (em percentual) e em servios sociais (em volume),

    enquanto outras atividades de servios ainda so mantidas como

    fontes de emprego. O segundo caminho liga mais diretamente os

    servios industriais e os relacionados produo, aumenta com

    mais cautela o nvel de emprego em servios sociais e mantm os

    servios de distribuio.(Castells, 1999)

  • 40Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    De acordo com Castells (1999), surge no ps-industrialismo a sociedade

    informacional, que tem como principais fontes de produtividade o

    conhecimento e a informao, por intermdio do desenvolvimento

    e da difuso de tecnologias da informao e pelo atendimento dos

    pr-requisitos para sua utilizao (principalmente recursos humanos

    e infra-estrutura de comunicaes). O autor pontua os seguintes

    aspectos como sendo caractersticos das sociedades informacionais:

    eliminao gradual do emprego rural;

    declnio estvel do emprego industrial tradicional;

    aumento dos servios relacionados produo e dos servios sociais, com nfase sobre o servios relacionados produo na primeira categoria e sobre servios de sade no segundo grupo;

    crescente diversificao das atividades do setor de servios como fontes de emprego;

    rpida elevao do emprego para administradores, profissionais especializados e tcnicos;

    a formao de um proletariado de escritrio, composto de funcionrios administrativos e de vendas;

    relativa estabilidade de uma parcela substancial do emprego no comrcio varejista;

    crescimento simultneo dos nveis superior e inferior da estrutura ocupacional;

    a valorizao relativa da estrutura ocupacional ao longo do tempo, com uma crescente participao das profisses que requerem qualificaes mais especializadas e nvel avanado de instruo em proporo maior que o aumento das categorias inferiores.

    Segundo Castells (1999), o amadurecimento da revoluo das

    tecnologias da informao na dcada de 1990 modificou o processo

    de trabalho, introduzindo novas formas de diviso de trabalho, tanto

    no aspecto tcnico como no social. Um dos fatores que acelerou

    a transformao do processo de trabalho na dcada de 90 foi, de

    acordo com o autor, a utilizao em larga escala da tecnologia da

    computao, das tecnologias de rede, da Internet, e suas aplicaes.

    Caminho. Localizao de um arquivo dentro de um sistema de arquivos. O caminho indica qual o nome de arquivo precedido pela unidade de disco, pasta e subpastas em que o arquivo est armazenado. Se o arquivo est em outro computador ou em uma rede, o caminho tambm inclui o nome do computador.

  • 41 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho

    Isso porque, progredindo rapidamente, tornaram-se cada vez melhores

    e mais baratas.

    Ento, a nova tecnologia da informao est redefinindo os

    processos de trabalho e os trabalhadores e, portanto, o emprego

    e a estrutura ocupacional. Embora um nmero substancial de

    empregos esteja melhorando de nvel em relao a qualificaes

    e, s vezes, a salrios e condies de trabalho nos setores

    mais dinmicos, muitos empregos esto sendo eliminados

    gradualmente pela automao da indstria e de servios. So,

    geralmente, trabalhos no-especializados o suficiente para

    escapar da automao, mas so suficientemente caros para valer

    o investimento em tecnologia para substitu-los.(Castells, 1999)

    A difuso da tecnologia da informao, embora elimine alguns

    empregos tradicionais na indstria, cria novos empregos ligados

    indstria de alta tecnologia. A relao quantitativa entre as perdas

    e os ganhos dessa nova tendncia varia, segundo Castells (1999),

    entre empresas, indstrias, setores, regies e pases em funo da

    competitividade, estratgias empresariais, polticas governamentais,

    ambientes institucionais e posio relativa na economia global.

    A difuso da tecnologia da informao na economia no causa

    desemprego de forma direta. Pelo contrrio, dadas as condies

    institucionais e organizacionais certas, parece que, a longo prazo,

    gera mais empregos. A transformao da administrao e do

    trabalho melhora o nvel da estrutura ocupacional e aumenta o

    nmero dos empregos de baixa qualificao. Castells (1999),

    Entretanto, o autor adverte para o fato de que o processo de transio

    histrica para uma sociedade informacional e uma economia globalizada

    caracterizado pela deteriorao das condies de trabalho e de vida

    para um nmero significativo de trabalhadores, seja com o desemprego,

    o subemprego, a queda dos salrios reais, a segmentao da fora de

    trabalho ou o emprego informal, por exemplo.

  • 42Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    2.2 A informtica na formao do trabalhador

    Objetivo:

    A importncia da formao dos trabalhadores com vistas a um novo formato de emprego e exigncias de conhecimento em informtica.

    Uma questo que no pode ser ignorada

    na anlise do mercado de trabalho atual a

    importncia da qualificao profissional. A baixa

    qualidade do ensino e a falta de fornecimento

    de qualificaes para os novos empregos da

    sociedade informacional podem rebaixar pessoas ou exclu-las do

    mercado de trabalho. Nesse ponto, a informtica que pode ser

    conceituada como o ramo da tecnologia que trata do processamento

    de informaes ou dados por meio do computador tornou-se

    fundamental e mudou o perfil dos empregos na nossa sociedade.

    O uso do computador facilita a nossa vida no s enquanto

    profissionais, mas tambm enquanto pessoas e cidados. Quem no

    tem conhecimentos fundamentais na rea de informtica enfrenta hoje

    dificuldades tanto para se inserir, progredir ou se manter no mercado

    de trabalho, como para realizar tarefas mais simples como retirar

    extrato bancrio em um caixa eletrnico ou fazer uma pesquisa pela

    RESUMO

    vimos ento: o processo histrico de mudana entre o homem e o trabalho; o trabalho pr-industrial nas oficinas; o trabalho ps-industrial nas fbricas; a diviso do trabalho. No perodo ps-industrial o surgimento da sociedade informacional; amadurecimento das tecnologias da informao; a transformao do processo de trabalho com a extino de uns e criao de outros. Novo paradigma emprego x salrio x trabalho.

  • 43 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho

    Internet. Portanto, saber lidar com o computador se tornou essencial

    na nossa vida moderna.

    A partir desta unidade de estudo, voc ter condies de ingressar ou

    prosseguir no mundo da informtica e aproveitar todos os benefcios

    que ela pode trazer para sua vida. Para estimular voc mais ainda

    a comear o estudo, cito a seguir cinco motivos para se estudar

    informtica, publicados em reportagem do jornal Correio Braziliense,

    publicada em 20 de outubro de 2002:

    Conhecimentos em informtica so essenciais para obteno

    de melhores empregos. Cerca de 80% dos candidatos a

    estgio que ignoram informtica no conseguem colocao,

    segundo estimativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

    A utilizao da Internet ajuda a desburocratizar a vida. Cerca

    de 72% dos servios do governo federal so oferecidos

    na rede mundial de computadores. O mais conhecido o

    recebimento de declarao de Imposto de Renda.

    A Internet a maior biblioteca do mundo. Em poucos

    minutos, possvel reunir informaes suficientes para a

    realizao de um bom trabalho escolar e dados importantes

    para a execuo de tarefas profissionais.

    A comunicao por e-mail permite a transferncia de uma

    quantidade enorme de conhecimento de um ponto a outro

    do planeta. Conversas pela rede mundial de computadores

    so mais baratas que por meio de telefone.

    As ferramentas contidas em um simples microcomputador

    permitem a organizao da vida em diversos nveis.

    possvel elaborar desde um simples oramento domstico

    a um complexo demonstrativo financeiro de uma grande

    empresa.

  • 44Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Faa uma pesquisa e escreva um texto sobre:

    1 Consequncias positivas e negativas de algumas das invenes do

    ser humano.

    2 As mudanas que a tecnologia da informao vem trazendo para a

    sociedade mundial.

    3 Usos positivos e negativos da Internet.

    Antes de passarmos para a prxima unidade, quero destacar

    algumas questes importantes para estimular voc e ajud-

    lo a seguir no estudo deste Mdulo. A primeira delas que

    valorizar a utilizao do computador e aprender a trabalhar

    com ele pode modificar positivamente seu trabalho e suas

    atividades dirias.

    Todos ns sempre temos algo a aprender. E em cada

    aprendizado temos a chance de crescer como pessoas

    e conquistar espao profissionalmente. No caminho do

    aprendizado, precisamos muitas vezes da ajuda de outras

    pessoas. Por isso, no tenha vergonha ou receio de pedir

    auxlio quando precisar.

    No desanime diante das dificuldades que possa encontrar

    durante o curso. Os desafios existem para serem vencidos. O

    computador existe para nos ajudar, desde que tenhamos os

    conhecimentos necessrios para utiliz-lo. Sendo assim, siga

    em frente! Explore o computador e se beneficie desta incrvel

    mquina.

  • 45 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Unidade 03

    Sistema Operacional Windows XP

  • 46Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Objetivos:

    Nesta unidade, voc ter noes bsicas de Windows XP, um sistema operacional utilizado na maioria dos computadores. Voc aprender, por exemplo, a ligar e desligar um computador e nele salvar e organizar arquivos, criar pastas, entre outras coisas.

    3.1 Introduo

    Antes de falarmos do Windows XP, preciso que voc conhea melhor

    essa mquina da qual falei na Unidade I: o computador:

    foto: www.atera.com.br

    CPU - uma sigla em ingls que significa Unidade Central de

    Processamento. nela que esto instaladas as partes principais para o

    funcionamento do computador.

    Monitor - por meio dele voc pode ler textos, ver imagens, acompanhar

    o que o sistema operacional faz e visualizar pginas na Internet.

    Microfone - como um microfone comum, por meio dele que voc

    Arquivo. A exemplo do que acontece na vida real, uma rea destinada a armazenamento de documentos tanto do Word quanto do KWord, que so programas editores de texto.

    Caixa de som Teclado

    Mouse

    CPU

    Microfone

    Monitor

  • 47 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    pode gravar sua voz ou de outras pessoas no computador.

    Teclado - serve para digitar textos e executar comandos como dar

    espao entre uma palavra e outra ou entre uma linha e outra do texto,

    entre outros.

    Mouse - com ele que voc seleciona o que desejar na tela do

    computador.

    Caixa de som - por ela voc pode ouvir sons e msicas, seja do prprio

    computador, de pginas da Internet, de CD ou de mensagens recebidas.

    3.2 Conhecendo o Windows XP

    Agora que voc j conhece o computador, vamos falar a respeito do

    sistema operacional Windows XP, responsvel por fazer com que ns,

    seres humanos, consigamos ver o que o computador faz e fazer com

    que o computador, que uma mquina, entenda o que ns queremos

    dele. Para ajudar na familiarizao com o sistema, mostrarei uma

    fotografia das telas sobre as quais conversaremos

    Voc ver a seguir, passo a passo, como utilizar o Windows XP a partir

    de qualquer computador que esteja disponvel.

    Para voc comear a trabalhar com o Windows XP faa o seguinte:

    1. Ligue o computador.

    2. Aps alguns segundos, o Windows XP estar completamente

    carregado e pronto para ser utilizado e voc ver uma tela parecida

    com esta:

    O Windows foi desenvolvido pelo norte-americano Bill Gates, fundador da Microsoft, uma das maiores empresas de programas de computadores do mundo. Se voc tiver interesse em conhecer mais sobre o incio da carreira de Bill Gates, assista ao filme Piratas do Vale do Silcio. importante saber que antes desse sistema operacional existiram outras verses, como o Windows 98 e o Windows 2000. Fica a dica para voc, caso queira, fazer uma boa pesquisa a respeito dos seus antecessores e se aprofundar mais. Voc topa esse desafio?

  • 48Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    3. Logo aps aparecer a tela acima, voc dever posicionar o mouse

    sobre o nome que aparecer e pressionar o boto esquerdo (clicando).

    Assim, voc j estar no ambiente Windows.

    3.2.1 rea de trabalho (Desktop)

    Depois que voc clicar no nome do usurio, aparecer uma tela

    parecida com a figura abaixo e nela a rea de trabalho, na qual

    encontramos os seguintes itens:

    cones

    Barra de tarefas

    Boto iniciar

    Veremos agora o que so cones, barra de tarefas e boto iniciar e

    para que servem.

    3.2.2 cones

    cones so figuras que representam recursos do computador. Um

    cone pode representar texto, msica, programa, fotos etc. Voc pode

    adicionar cones na rea de trabalho, assim como pode excluir. Alguns

    cones so padro do Windows: Meu Computador, Meus Documentos,

    Meus locais de Rede, Internet Explorer.

    rea de Trabalho Toda a tela que representa a rea em que se trabalha no Windows. cones, janelas e a barra de tarefas so exibidos na rea de Trabalho do Windows, que pode ser personalizada de modo que se adapte s suas preferncias e exigncias de trabalho.

    Barra de tarefas. Barra retangular geralmente localizada na parte inferior da rea de Trabalho do Windows. A barra de tarefas inclui o boto Iniciar bem como os botes para todos os programas e documentos que estejam abertos. Sua localizao, seu tamanho e sua visibilidade podem ser modificados para se ajustar s suas preferncias.

  • 49 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Escolha um cone da rea de trabalho do seu computador e d um

    clique duplo com o boto esquerdo do mouse para ver como funciona.

    A tela referente ao cone se abrir para voc.

    3.2.3 Barra de tarefas

    A barra de tarefas mostra quais as janelas esto abertas no momento,

    mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela,

    permitindo, assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com

    rapidez e facilidade.

    A barra de tarefas muito til no dia a dia. Imagine que voc esteja

    criando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede

    para voc imprimir uma determinada planilha que est em seu micro.

    Voc no precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo que

    est trabalhando, abra a planilha e mande imprimir. Enquanto imprime,

    voc no precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa; deixe

    a impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um

    clique no boto correspondente na barra de tarefas, e volte a trabalhar.

    A barra de tarefas, na viso da Microsoft, uma das maiores ferramentas

    de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver

    como ela se comporta.

    3.2.4 Logon e Logoff (entrando e saindo no ambiente Windows)

    Voc abrir uma janela onde poder optar por

    trocar usurio ou fazer logoff. Veja a funo de

    cada um e como fazer:

    Trocar usurio: Clicando nesta opo, os

    programas que o usurio atual est usando no

    sero fechados, e uma janela com os nomes

    dos usurios do computador ser exibida para

  • 50Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    que a troca de usurio seja feita. Use esta opo na seguinte situao:

    outro usurio vai usar o computador, mas depois voc ir continuar

    a us-lo. Ento o Windows no fechar seus arquivos e programas,

    e quando voc voltar ao seu usurio, a rea de trabalho estar

    exatamente como voc deixou.

    Fazer logoff: este caso tambm para a troca de usurio. A grande

    diferena que, ao efetuar o logoff, todos os programas do usurio

    atual sero fechados, e s depois aparece a janela para escolha do

    usurio.

    3.2.5 Como se desliga o Windows XP

    Clicando-se em Iniciar e, em seguida, em Desligar o computador,

    teremos uma janela onde possvel escolher entre trs opes:

    Em espera: clicando neste boto, o Windows salvar o estado da

    rea de trabalho no disco rgido e depois desligar o computador.

    Desta forma, quando ele for ligado novamente, a rea de trabalho

    se apresentar exatamente como voc deixou, com os programas e

    arquivos que voc estava usando abertos.

    Desativar: desliga o Windows, fechando todos os programas abertos

    para que voc possa desligar o computador com segurana.

    Reiniciar: encerra o Windows e o reinicia.

  • 51 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    3.2.6 Acessrios do Windows

    O Windows XP inclui muitos programas e acessrios teis. So

    ferramentas para edio de texto, criao de imagens, jogos, ferramentas

    para melhorar a performance do computador, calculadora etc.

    Se fssemos analisar cada acessrio que temos, encontraramos vrias

    aplicaes, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine que

    voc est montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem

    com um determinado programa do computador. Neste manual, com

    certeza voc acrescentaria a imagem das janelas do programa.

    Para copiar as janelas e retirar s a parte desejada, utilizamos o Paint,

    que um programa para trabalhar com imagens. As pessoas que

    trabalham com criao de pginas para a Internet utilizam o acessrio

    Bloco de Notas, que um editor de texto muito simples. Assim, vimos

    duas aplicaes para dois acessrios diferentes.

    A pasta Acessrios acessvel dando-se um clique no boto Iniciar

    na barra de tarefas, escolhendo a opo Todos os programas e, no

    submenu que aparece, Acessrios.

    Acessrios. Programas bsicos includos no Windows que o ajudam no seu trabalho dirio no computador, como o WordPad e o Paint, por exemplo. Os acessrios tambm incluem utilitrios que o ajudam a usar mais facilmente os recursos de telecomunicao, fax e multimdia do seu computador. As ferramentas de sistema so acessrios que o ajudam a gerenciar os recursos do seu computador. Os jogos tambm so includos como parte dos acessrios do Windows.

  • 52Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Vamos praticar um pouco? Afinal, fazendo que se aprende, no mesmo?

    1 Como prtica, abra a Calculadora que fica em Acessrios e

    faa algumas operaes matemticas relativas as suas atividades na

    sua escola

    2 Depois, abra outras opes de Acessrios e explore sua utilidade

    e funes, sempre visando sua atividade laboral.

    3.2.7 Janelas

    Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um

    aplicativo do Windows: o Bloco de Notas. Para abri-lo, clique no

    boto Iniciar / Todos os Programas / Acessrios / Bloco de Notas.

    Barra de ttulo: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Ttulo)

    e o nome do aplicativo (Bloco de Notas) que est sendo executado

    na janela. Atravs desta barra, conseguimos mover a janela quando

    a mesma no est maximizada. Para isso, clique na barra de ttulo,

    mantenha o clique, arraste e solte o mouse. Assim, voc estar

    movendo a janela para a posio desejada.

    Na barra de ttulo encontramos os botes de controle da janela. Estes

    so:

    Aplicativo. Conjunto detalhado de instrues de computador que se pode usar para realizar tarefas relacionadas, tais como redigir uma carta com um programa editor de texto, calcular uma coluna de nmeros com um programa de planilha e fazer o backup de arquivos com um programa utilitrio de sistema.

  • 53 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Minimizar: este boto oculta a janela da rea de trabalho e mantm

    o boto referente janela na barra de tarefas. Para visualizar a janela

    novamente, clique em seu boto na barra de tarefas.

    Maximizar: este boto aumenta o tamanho da janela at que ela

    ocupe toda a rea de trabalho. Para que a janela volte ao tamanho

    original, o boto na barra de ttulo, que era o maximizar, alternou para

    o boto Restaurar. Clique neste boto e a janela ser restaurada ao

    tamanho original.

    Fechar: este boto fecha o aplicativo que est sendo executado e sua

    janela. Esta mesma opo poder ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair.

    Se o arquivo que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela

    no foi salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitir uma tela

    de alerta perguntando se voc quer ou no salvar o arquivo, ou cancelar

    a operao de sair do aplicativo.

    Barra de menu: contm o conjunto completo de operaes possveis de

    serem realizadas em uma janela.

    Barra de ferramentas: contm botes de atalho das principais opes

    da barra de menu. Podem existir mais de uma barra de ferramentas ou

    nenhuma em uma s janela.

    Bordas: marcam os limites de uma janela. Uma janela pode ser

    dimensionada atravs de suas bordas, bastando passar o mouse sobre

    elas, clicar, segurar e arrastar (drag-and-drop) para o sentido desejado.

    Tambm possvel modificar o tamanho de uma janela atravs dos

    vrtices da mesma.

    rea de Trabalho: local em uma janela onde podemos realizar as

    tarefas pertinentes a ela. Por exemplo, apenas na rea de Trabalho do

    MS-Word poderemos digitar e formatar textos.

    Barra de Status: serve para exibir o estado atual de uma janela,

    exibindo as mais diferentes informaes como, por exemplo, espao

    Barra de status. Barra na parte inferior de uma janela de programa que indica o estado do programa, como o nmero da pgina, o modo atual, o tamanho do objeto etc. Em geral, pode-se ativar ou inibir a exibio da barra de status.

  • 54Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    livre de memria em disco, nmero de objetos, quantidade de pginas,

    etc.

    3.2.8 O Painel de Controle

    Tem por finalidade controlar todas as opes que alterem componentes

    bsicos ou tcnicos do Windows, tais como Data/Hora, Mouse, Teclado,

    Opes Regionais e de Idioma, entre outras. A janela do Painel de

    Controle pode se apresentar como mostrada abaixo:

    Devemos ter muito cuidado ao alterar determinadas opes existentes

    no Painel de controle, pois isso pode afetar a funcionalidade do

    Windows. A seguir, daremos alguns exemplos de atalhos a opes

    mais comuns do Painel de controle:

    Vamos praticar mais um pouco?

    V at a secretaria de sua escola e veja qual o cone usado para o

    cadastro dos aluno no censo escolar do Mec.

    Comente com a ou o Chefe da secretaria sua descoberta.

  • 55 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Alterando a data/hora do

    computador

    D um duplo clique no cone

    Data e hora ou no relgio

    que aparece na bandeja do

    sistema da barra de tarefas.

    Faa agora o ajuste de seu

    computador para o horrio

    de vero do ano de 2012 e

    depois volte ao normal.

    Na janela de Propriedades

    de Data e hora, realizar as

    alteraes desejadas, selecionando as opes com o mouse e utilizando

    o teclado, caso seja necessrio.

    Alterando as propriedades de vdeo

    1 - Clicar no cone Vdeo ou com o boto

    direito do mouse na rea de trabalho do

    Windows.

    2 - No menu suspenso, escolher

    Propriedades.

    3 - Na janela de Propriedades de Vdeo,

    selecionar, nas guias disponveis, as

    opes desejadas. Muito cuidado! As

    propriedades de vdeo, se alteradas

    indevidamente, podem fazer com que a

    imagem que aparece no monitor fique

    distorcida ou simplesmente suma.

    3.2.9 Como salvar arquivos

    Salvar um arquivo grav-lo no disco rgido, disquete, CD ou pendrive

  • 56Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    para que no seja perdido com a falta de energia (lembrando que,

    quando criamos um arquivo, ele est armazenado ma memria RAM

    que s funciona com o computador ligado por isso a necessidade

    de salv-lo). Desta forma, poderemos utiliz-lo posteriormente. A

    primeira vez que vamos salvar um arquivo temos que dar um nome

    para o mesmo e escolher uma pasta (um local no disco). Depois que o

    arquivo j tem um nome, o comando salvar s atualiza as alteraes.

    Quando criamos arquivos no editor de texto ou em uma planilha

    eletrnica, estes arquivos esto sendo guardados temporariamente

    na memria RAM. Para transferi-los para o disco rgido, devemos

    salv-los. Para isso, execute os seguintes passos quando for salvar um

    arquivo pela primeira vez:

    1. Voc est com o Bloco de Notas aberto. Ento, digite a frase meu

    primeiro texto. Agora, vamos gravar este pequeno texto que voc

    digitou.

    2. Clique no menu Arquivo / Salvar. A seguinte tela ser mostrada:

  • 57 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    A janela Salvar Como no Windows XP traz uma barra de navegao

    de pastas esquerda da janela (observe a figura acima). Esta barra

    fornece atalhos para locais em seu computador ou na rede como: a

    pasta Histrico (ou Documentos Recentes), que mostra as ltimas

    pastas e arquivos que foram acessados; a rea de Trabalho (Desktop);

    a pasta Meus Documentos; Meu computador, que permite acessar

    as unidades disponveis em seu micro, como disco rgido, disquete e

    unidade de CD; e, por ltimo, a pasta Meus locais de Rede. Quando

    voc clicar em um local, ele aparecer em Salvar em e os arquivos e

    pastas no local selecionado sero listados direita. Se, por exemplo,

    voc deseja salvar o arquivo na pasta Meus Documentos, no ser

    necessrio localizar esta pasta na caixa Salvar em. Basta clicar no cone

    Meus Documentos na barra de navegao de pastas e esta j estar

    selecionada.

    3. Como a primeira vez que est salvando o arquivo, ser aberta a

    tela do Salvar Como para voc definir o local e o nome do arquivo no

    disco rgido.

    4. Na caixa Salvar em escolha a unidade de disco na qual deseja gravar

    seu arquivo (C: ou Disco Flexvel). No nosso caso, vamos escolher (C:).

    5. Escolha uma pasta dando um clique duplo sobre ela. No nosso caso,

    Meus Documentos.

    6. Na Caixa Nome do Arquivo, digite um nome para o arquivo. Este

    nome no poder conter os caracteres: *, /, \,?. Pode haver um espao

    de um arquivo.

    7. Clique no boto Salvar.

    3.2.10 Meu Computador

    No Windows XP, tudo o que voc tem dentro do computador

    programas, documentos, arquivos de dados e unidades de disco, por

    exemplo torna-se acessvel em um s local chamado Meu computador.

    Quando voc inicia o Windows XP, o Meu computador aparece como

    um cone no menu Iniciar. Veja a figura na prxima pgina.

  • 58Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    O Meu computador a porta de entrada para

    o usurio navegar pelas unidades de disco

    (rgido, flexveis e CD-ROM). Nas empresas

    existem, normalmente, vrios departamentos

    como, por exemplo, administrao, compras,

    estoque e outros. Para que os arquivos de cada

    departamento no se misturem, utilizamos

    o Meu computador para dividir o disco em

    pastas que organizam os arquivos de cada um

    dos departamentos. Em casa, se mais de uma

    pessoa utiliza o computador, tambm podemos

    criar pastas para organizar os arquivos que

    cada um possui.

    3.2.11 Exibir o contedo de uma pasta

    Para voc ter uma ideia prtica de como exibir

    o contedo de uma pasta (estas so utilizadas

    para organizar o disco rgido, como se fossem

    gavetas de um armrio), vamos, por exemplo, visualizar o contedo de

    pasta Windows. Siga os seguintes passos:

    1. D um clique sobre a pasta correspondente ao disco rgido (C:). Ser

    aberta uma janela com ttulo correspondente ao rtulo da unidade de

    disco rgido C:. Nesta janela aparecem as pastas correspondentes s

    gavetas existentes no disco rgido C:, bem como os cones referentes

    aos arquivos gravados na raiz (pasta principal) da unidade C:.

    2. D um clique sobre a pasta Windows. Ela ser aberta como uma

    janela cujo ttulo Windows, mostrando todas as pastas (gavetas) e

    cones de arquivos existentes na pasta Windows.

    3.2.12 Como voc deve fazer para criar pastas

    Como j mencionado anteriormente, as pastas servem para organizar

    o disco rgido. Para conseguirmos esta organizao, necessrio criar

    mais pastas e at mesmo subpastas destas.

    Navegar. Acessar stios (sites) na Internet para pesquisa ou lazer.

    Pasta. Local em que se armazenam documentos, arquivos de programa e outras pastas em seus discos. Antigamente chamado diretrio.

  • 59 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Para criar uma pasta siga estes passos:

    1. Abra a pasta ou unidade de disco que dever conter a nova pasta que

    ser criada.

    2. clique no menu Arquivo / Novo / Pasta.

    3. Aparecer na tela uma Nova Pasta selecionada para que voc digite

    um nome.

    4. Digite o nome e tecle Enter. Pronto! A pasta est criada.

    3.2.13 Windows Explorer

    O Windows Explorer tem a mesma funo do Meu Computador:

    organizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por

    exemplo, cpia, excluso e mudana no local dos arquivos. Enquanto o

    Meu Computador traz como padro a janela sem diviso, voc observar

    que o Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas, tanto

    no primeiro como no segundo, esta configurao pode ser mudada.

    Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa,

    copiar arquivos para disquete, apagar arquivos indesejveis e muito mais.

    Veja mais detalhes na prxima pgina.

  • 60Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    No Windows Explorer, voc pode ver a hierarquia das pastas em seu

    computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta

    selecionada. Ele especialmente til para copiar e mover arquivos.

    Ele composto de uma janela dividida em dois painis: o painel da

    esquerda uma rvore de pastas hierarquizada que mostra todas as

    unidades de disco, a Lixeira, a rea de Trabalho ou Desktop (tambm

    tratada como uma pasta); o painel da direita exibe o contedo do

    item selecionado esquerda e funciona de maneira idntica s janelas

    do Meu Computador (no Meu Computador, como padro ele traz a

    janela sem diviso, mas possvel dividi-la tambm clicando no cone

    Pastas na barra de ferramentas) Para abrir o Windows Explorer, clique

    no boto Iniciar, v opo Todos os Programas/Acessrios e clique

    sobre Windows Explorer ou clique sobre o boto iniciar com o boto

    direito do mouse e selecione a opo Explorar.

    Preste ateno na figura anterior. Todas as pastas com um sinal de +

    (mais) indicam que contm outras pastas. As pastas que contm um

    sinal de (menos) indicam que j foram expandidas (ou j estamos

    visualizando as subpastas).

  • 61 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    Voc j viu que, apesar de a janela no

    aparecer dividida, voc pode dividi-la

    clicando no cone que fica na barra de

    ferramentas.

    Uma outra formatao que serve tanto

    para o Meu Computador quanto para

    o Windows Explorer a escolha de

    exibir ou no, do lado esquerdo da

    janela, um painel que mostra as tarefas

    mais comuns para as pastas e links que

    mostram outras partes do computador.

    Clicando no menu Ferramentas e depois

    clicando em Opes de pasta, a janela

    ao lado apresentada:

    3.2.14 Lixeira do Windows

    A Lixeira uma pasta especial do Windows que pode ser encontrada

    na rea de trabalho, como j mencionado, mas pode ser acessada

    atravs do Windows Explorer. Se voc estiver trabalhando com janelas

    maximizadas, no conseguir ver a lixeira. Use o boto direito do mouse

    para clicar em uma rea vazia da barra de tarefas. Em seguida, clique

    em Minimizar todas as Janelas. Para verificar o contedo da lixeira, d

    um clique sobre o cone e

    surgir a imagem ao lado:

    Ateno para o fato de

    que, se a janela da lixeira

    estiver com a aparncia

    diferente da figura

    acima, provavelmente

    ser colocado na lixeira.

    Para isso, vamos criar um

    arquivo de texto vazio

    com o bloco de notas e

  • 62Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    salv-lo em Meus documentos. Aps isto, abra a pasta e selecione

    o arquivo recm-criado; e ento pressione a tecla Delete. Surgir

    uma caixa de dilogo com a figura a seguir. Clique em Sim e, ento,

    o arquivo ser enviado para a Lixeira.

    3.2.14.1 Como fazer para esvaziar a Lixeira

    Ao Esvaziar a Lixeira, voc est excluindo definitivamente os arquivos

    do seu disco rgido. Estes no sero mais recuperados pelo Windows.

    Ento, esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que no

    precisa mais dos arquivos ali encontrados. Para esvaziar a lixeira, siga

    os seguintes passos:

    1. Abra a Lixeira.

    2. No menu Arquivo, clique em Esvaziar Lixeira.

    Voc pode tambm esvaziar a Lixeira sem

    precisar abri-la. Para tanto, basta clicar com

    o boto direito do mouse sobre o cone da

    Lixeira e selecionar no menu de contexto

    Esvaziar Lixeira.

  • 63 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    3.2.15 Paint

    O Paint um acessrio do Windows que permite o tratamento de

    imagens e a criao de vrios tipos de desenhos para nossos trabalhos.

    Atravs deste acessrio, podemos criar logomarcas, papel de parede,

    copiar imagens, capturar telas do Windows e us-las em documentos

    de textos.

    Uma grande vantagem do Paint para as pessoas que esto iniciando no

    Windows que com ele possvel aperfeioar-se nas funes bsicas

    de outros programas, tais como: abrir, salvar, novo, desfazer, alm de

    desenvolver a coordenao motora no uso do mouse.

    Para abrir o Paint, siga at os Acessrios do Windows. A seguinte

    janela ser apresentada:

    Nesta Janela, temos os seguintes elementos:

    Caixa de ferramentas

    Nesta Caixa, selecionamos as ferramentas que iremos utilizar para

    criar nossas imagens. Podemos optar por: Lpis, Pincel, Spray,

    Linhas, Curvas, Quadrados, Elipses e etc.

  • 64Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica

    Caixa de cores

    Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a

    cor do fundo em nossos desenhos.

    Vejamos agora as ferramentas mais utilizadas para criao de

    imagens:

    Lpis: apenas mantenha pressionado o boto do mouse sobre a

    rea em branco e arraste para desenhar.

    Pincel: tem a mesma funo do lpis, mas com alguns recursos

    a mais, com os quais podemos alterar a forma do pincel e o

    tamanho do mesmo. Para isso, basta selecionar na caixa que

    aparece em baixo da caixa de ferramentas.

    Spray: com esta ferramenta, pintamos como se estivssemos

    com um spray de verdade, podendo ainda aumentar o tamanho

    da rea de alcance dele, assim como o tamanho do pincel.

    Preencher com cor ou Balde de tinta: Serve para pintar os

    objetos, tais como crculos e quadrados. Use apenas se a sua

    figura estiver fechada, sem aberturas, conforme exemplo abaixo:

    Ferramenta Texto: utilizada para inserir textos no Paint. Ao

    selecionar esta ferramenta e clicarmos na rea de desenho,

    devemos desenhar uma caixa para que o texto seja inserido

    dentro da mesma. Junto com a ferramenta texto surge tambm

    a caixa de formatao de texto.

    Voc pode salvar o seu desenho, para que possa abrir mais tarde

    ou mesmo imprimir. Para tanto, clique em Arquivo / Salvar. Basta

  • 65 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP

    inserir um nome para o desenho e clicar no boto Salvar. Aps

    salvar seu desenho, voc pode ainda coloc-lo como plano de

    fundo (papel de parede). Clique em Arquivo / Definir como

    plano de fundo.