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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Conteúdo

Introdução ......................................................................................................................................................... 5

Perfil Corporativo .............................................................................................................................................. 5

Escopo do Gerenciamento de Riscos ................................................................................................................ 5

Apetite a Riscos ................................................................................................................................................. 6

Mapa de Riscos .................................................................................................................................................. 7

Processo Corporativo de Gerenciamento de Riscos ......................................................................................... 8

Objetivos e Estratégias .................................................................................................................................. 8

Políticas de Gerenciamento de Riscos e Capital ............................................................................................ 9

Estrutura de Gerenciamento de Riscos e Capital .......................................................................................... 9

Governança de Gerenciamento de Riscos e Capital .................................................................................... 10

Risco de Crédito ............................................................................................................................................... 12

Risco de Crédito de Contraparte ................................................................................................................. 12

Concessão de Crédito .................................................................................................................................. 13

Mitigação do Risco de Crédito ..................................................................................................................... 14

Classificação de Risco de Crédito ................................................................................................................ 14

Processo de Gerenciamento do Risco de Crédito ....................................................................................... 15

Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 15

Comunicação Interna .................................................................................................................................. 16

Exposição ao Risco de Crédito ..................................................................................................................... 16

Por Tipo de Exposição, País e Região ....................................................................................................... 17

Por Setor Econômico ............................................................................................................................... 17

Operações com Característica de Concessão de Crédito ........................................................................ 19

Por Modalidade e Setor de Atividade ................................................................................................... 19

Por Modalidade e Região Geográfica ................................................................................................... 19

Por Prazo Remanescente do Contrato e Modalidade .......................................................................... 20

Por Faixa de Atraso e Setor de Atividade e Região Geográfica ............................................................ 20

Por Tomador ......................................................................................................................................... 21

Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ....................................................... 21

Cessões de Crédito e Operações com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) oriundos de processo de

Securitização ................................................................................................................................................ 21

Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros ................................................. 21

Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte ........................................................................................... 23

Instrumentos Mitigadores ........................................................................................................................... 24

Risco de Mercado ............................................................................................................................................ 24

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Processo de Gerenciamento do Risco de Mercado ..................................................................................... 25

Definição de Limites .................................................................................................................................... 25

Modelos de Mensuração do Risco de Mercado .......................................................................................... 26

Carteiras Trading e Regulatória ............................................................................................................... 26

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking ............................................................................................ 26

Apreçamento de Instrumentos Financeiros ................................................................................................ 27

Validação Independente de Modelos de Riscos .......................................................................................... 28

Qualitativos .............................................................................................................................................. 28

Quantitativos ........................................................................................................................................... 28

Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 29

Comunicação Interna .................................................................................................................................. 29

Hedge e utilização de Derivativos ............................................................................................................... 29

Derivativos Padronizados e de Uso Contínuo ......................................................................................... 30

Análise do Risco de Mercado ...................................................................................................................... 30

Evolução da Exposição ................................................................................................................................. 31

Exposição Financeira – Carteira Trading ................................................................................................. 31

VaR Modelo Interno – Carteira Trading .................................................................................................. 31

VaR Modelo Interno – Carteira Regulatória ............................................................................................ 32

VaR Modelo Interno – Backtesting .......................................................................................................... 33

Análise de Estresse – Carteira Trading .................................................................................................... 34

Derivativos ............................................................................................................................................... 35

Risco de Liquidez ............................................................................................................................................. 35

Processo de Gerenciamento do Risco de Liquidez ...................................................................................... 35

Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 36

Comunicação Interna .................................................................................................................................. 36

Risco Operacional ............................................................................................................................................ 37

Processo de Gerenciamento do Risco Operacional ..................................................................................... 37

Metodologia de Mensuração do Risco Operacional ................................................................................... 37

Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 38

Comunicação Interna .................................................................................................................................. 38

Gerenciamento de Continuidade de Negócios – GCN................................................................................. 38

Metodologia Corporativa ........................................................................................................................ 38

Processo de Gerenciamento de Continuidade de Negócios ................................................................... 39

Comunicação Interna .................................................................................................................................. 39

Risco Socioambiental ....................................................................................................................................... 39

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4

Processo de Gerenciamento do Risco Socioambiental ............................................................................... 40

Controle e Acompanhamento ..................................................................................................................... 40

Operações de Crédito .............................................................................................................................. 40

Cadeia de fornecimento .......................................................................................................................... 41

Acordo de Capital de Basileia – Basileia II ....................................................................................................... 41

Basileia II na Organização ............................................................................................................................ 42

Acordo de Capital de Basileia – Basileia III .................................................................................................. 42

Gerenciamento de Capital ............................................................................................................................... 43

Processo Corporativo de Gerenciamento de Capital .................................................................................. 43

Adequação do Patrimônio de Referência (PR) ............................................................................................ 44

Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR) ....................................................................................... 45

Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) ....................................................... 46

Acompanhamento dos Índices e Margem .................................................................................................. 47

Suficiência de Capital ............................................................................................................................... 47

Projeções do Capital ................................................................................................................................ 48

Simulação - Basileia III ................................................................................................................................. 48

Balanços Patrimoniais ................................................................................................................................. 49

Instituições participantes do Conglomerado Prudencial ............................................................................ 51

Instituições relevantes ................................................................................................................................. 53

Participações Societárias ............................................................................................................................. 54

Política contábil das participações societárias ........................................................................................ 54

Lista de Abreviaturas ....................................................................................................................................... 56

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Introdução

A Organização acredita que o gerenciamento de riscos é imprescindível para fomentar a

estabilidade das instituições financeiras a longo prazo e que a postura de transparência na

divulgação de informações referentes a esta atividade fortalece a Organização, contribuindo

para a solidez do sistema financeiro nacional e a sociedade em geral. Como consequência do

processo de aperfeiçoamento contínuo e melhores práticas no gerenciamento de riscos, a

Organização foi a primeira instituição financeira1 no país autorizada pelo Banco Central do

Brasil (Bacen) a utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado,

que já eram utilizados na sua gestão, para apuração do capital regulamentar.

O presente relatório busca proporcionar às partes interessadas o acesso às informações do

gerenciamento de riscos da Organização, apresentando de forma detalhada as suas práticas e

controles dos principais riscos aos quais está exposta, permitindo aos agentes de mercado,

inclusive, avaliarem a adequação do capital. Este relatório atende ainda as recomendações do

Comitê de Basileia de Supervisão Bancária e as determinações do Bacen requeridas através da

Circular nº 3.678.

A leitura deste documento deve ser feita com as demais informações divulgadas pela

Organização, tais como o Relatório de Análise Econômica e Financeira e Relatório de

Informações Suplementares, que apresentam outras informações sobre as atividades da

Organização. Para maiores detalhes acesse o nosso site de Relações com Investidores em

www.bradescori.com.br.

Perfil Corporativo

O Bradesco foi fundado em 1943 e hoje é uma das maiores instituições financeiras da América

Latina, contando com R$ 1,035 trilhão de ativos consolidados e 67,8 milhões de clientes, dos

quais 26,6 milhões são correntistas que acessam uma das maiores redes de atendimento do

país, presente em todos os municípios brasileiros.

Reconhecida internacionalmente pela solidez financeira e tradição de bons serviços prestados

aos clientes, a Organização tem como premissa de atuação a criação de valor para os diversos

públicos com os quais se relaciona, oferecendo produtos e serviços em todos os segmentos de

negócios em que atua.

A visão da Organização é ser reconhecida como a melhor e mais eficiente instituição financeira

do país e pela atuação em prol da inclusão bancária e do desenvolvimento sustentável. Para

tornar este objetivo possível, é imprescindível o efetivo acompanhamento e controle de riscos.

Escopo do Gerenciamento de Riscos

O escopo do gerenciamento de riscos da Organização alcança a mais ampla visão, permitindo

que os riscos inerentes ao Consolidado Econômico-Financeiro (inclui o escopo regulamentar do

Conglomerado Prudencial e demais empresas do Consolidado) sejam devidamente

identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, visando suportar o

desenvolvimento de suas atividades.

1 Conforme documento do BIS “Regulatory Consistency Assessment Programme (RCAP) – Assessment of Basel III regulations in Brazil” de dezembro de 2013.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

6

Apetite a Riscos

O apetite a riscos refere-se aos tipos e níveis de riscos que, de forma ampla, a Organização se

dispõe a admitir na realização dos seus objetivos e está refletido na filosofia de gerenciamento

de riscos corporativos, que por sua vez influencia a cultura e o modo de atuação da

Organização.

Este apetite é influenciado por diversos fatores, dentre eles, a estratégia corporativa, as metas

de solvência, os índices de liquidez, o controle de concentração de portfólios e a definição dos

tipos de riscos não aceitos na condução dos negócios.

Na Organização o apetite a riscos é definido e formalizado pelo Conselho de Administração,

que é subsidiado pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital (COGIRAC),

sendo controlado por diversos limites de riscos. O apetite a riscos está alinhado à estratégia

da Organização, demonstrando o engajamento da estrutura de governança na sua definição e

acompanhamento. O processo de acompanhamento dos riscos é corporativo, sendo

considerado desde o processo orçamentário da Organização.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

7

Mapa de Riscos

A Organização, diante da complexidade e variedade de produtos e serviços oferecidos aos seus

clientes em todos os segmentos de mercado, está exposta a diversos tipos de riscos, sejam

eles decorrentes de fatores internos ou externos. Portanto, é imprescindível a adoção de um

monitoramento constante de todos os riscos de forma a dar segurança e conforto a todas as

partes interessadas. Dentre os principais tipos de riscos, destacamos:

n

Risco de Crédito - representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não

cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos

termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da

deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações,

às vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores

relativos ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.

n

Risco de Crédito de Contraparte - representado pela possibilidade de perda em razão do

não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de

operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo a liquidação de

instrumentos financeiros derivativos ou pela deterioração da qualidade creditícia da

contraparte.

n

Risco de Concentração - representado pela possibilidade de perda em razão de exposições

significativas a uma contraparte, fator de risco, produto, setor econômico ou região

geográfica.

n

Risco de Mercado - representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de

preços e taxas de juros dos ativos financeiros da Organização, uma vez que suas carteiras

ativas e passivas podem apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores.

n

Risco de Liquidez - representado pela possibilidade da Organização não ser capaz de honrar

eficientemente suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas

significativas, bem como pela possibilidade de a Organização não conseguir negociar a preço

de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume

normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

n

Risco de Subscrição - oriundo de uma situação econômica adversa, que contraria tanto as

expectativas da sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de

subscrição, quanto as incertezas existentes na estimação de provisões.

n

Risco Operacional - representado pela possibilidade de perdas resultantes de falha,

deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos

externos. Essa definição inclui o risco legal associado às atividades desenvolvidas pela

Organização.

n

Risco de Estratégia - representado pela possibilidade de insucesso no alcance dos objetivos

estabelecidos decorrente de mudanças adversas no ambiente de negócios ou de utilização

de premissas inadequadas na tomada de decisão.

n

Risco Legal ou de Compliance - representado pela possibilidade da Organização não

conduzir seus negócios em conformidade com leis, normas, regulamentos e códigos de

conduta aplicáveis às suas atividades, podendo, consequentemente, causar danos à sua

imagem e prejuízos de ordem financeira decorrentes de demandas judiciais e de sanções

legais.

n

Risco de Imprevisibilidade Legal (Risco Regulatório) - representado por modificações

legais estabelecidas por autoridades governamentais que interfiram nas relações privadas e

modifiquem direitos e obrigações anterior e legalmente contratados.

n

Risco de Reputação - representado pela perda de credibilidade perante clientes,

contrapartes, órgãos governamentais e mercado de atuação ou comunidade, decorrentes

de ações, atos e atitudes indevidas e impróprias.

n

Risco Socioambiental - representado por potenciais danos que uma atividade econômica

pode causar à sociedade e ao meio ambiente. Os riscos socioambientais associados às

instituições financeiras são, em sua maioria, indiretos e advém das relações de negócios,

incluindo aquelas com a cadeia de fornecimento e com os clientes, por meio de atividades de

financiamento e investimento.

Riscos Não

Financeiros

Riscos

Financeiros

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8

Processo Corporativo de Gerenciamento de Riscos

Objetivos e Estratégias

A atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente

complexidade dos serviços e produtos e da globalização dos negócios da Organização. O

dinamismo dos mercados nos conduz a um constante aprimoramento desta atividade.

A Organização exerce o controle corporativo dos riscos de modo integrado e independente,

preservando e valorizando o ambiente de decisões colegiadas, desenvolvendo e

implementando metodologias, modelos e ferramentas de mensuração e controle. Promove

ainda a atualização dos funcionários em todos os níveis hierárquicos, desde as áreas de

negócios até o Conselho de Administração.

O processo de gerenciamento permite que os riscos sejam proativamente identificados,

mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, o que se faz necessário em face da

complexidade dos produtos financeiros e do perfil de atividades da Organização, sendo

constituído pelas seguintes etapas:

MITIGAÇÃO

MENSURAÇÃO

REPORTE

IDENTIFICAÇÃO

ACOMPANHAMENTO

Representa as medidas tomadas pela Organização para redução dos riscos por

meio da adoção de ações que minimizem o impacto no caso de ocorrência de

eventos adversos. Contempla, por exemplo, as atividades de controles

internos, a utilização de garantias reais, f iduciárias, hedges, seguro,

transferência de risco, dentre outras.

Consiste em quantif icar as perdas (esperadas e inesperadas) por meio do uso

de metodologias reconhecidas internacionalmente, seja sob condições

normais de mercado, seja em situações de estresse. Faz-se uso de

ferramental técnico compatível com a complexidade das operações, produtos

e serviços existentes.

Contempla todas as ações voltadas à divulgação de informações sobre riscos e

controles, efetuadas tempestivamente, permeando todas as esferas da

Organização, mercado e órgãos reguladores nacionais e internacionais.

Consiste em identif icar os riscos inerentes às atividades da Organização,

contemplando a avaliação e classif icação dos negócios, produtos e serviços

sob a ótica de riscos.

A Organização dispõe de diversas atividades com o intuito de garantir o

adequado comportamento dos riscos, respeitando as políticas e limites

definidos. Abrange também a verif icação da efetividade dos controles internos

e do correto desenho dos processos e suas atualizações.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

9

Políticas de Gerenciamento de Riscos e Capital

A Organização dispõe de políticas, normas e procedimentos para realizar o gerenciamento dos

riscos e do capital. Estes instrumentos estabelecem as diretrizes básicas de atuação expressas

pela Alta Administração em consonância com os padrões de integridade e valores éticos da

instituição e alcançam todas as atividades da Organização e empresas ligadas.

As políticas, normas e procedimentos asseguram que a Organização mantenha uma estrutura

de controle compatível com a natureza de suas operações, complexidade dos seus produtos e

serviços, atividades, processos, sistemas e a dimensão de sua exposição aos riscos.

As políticas de gerenciamento de riscos e de capital estão alinhadas aos objetivos estratégicos

da Organização, às melhores práticas nacionais e internacionais, em conformidade com leis e

regulamentos emanados por órgãos supervisores, sendo revisadas no mínimo anualmente pelo

Conselho de Administração e disponibilizadas a todos os funcionários e empresas ligadas por

meio da intranet corporativa.

Estrutura de Gerenciamento de Riscos e Capital

A estrutura da atividade de gerenciamento de riscos e capital é composta por comitês que

subsidiam o Conselho de Administração, a Presidência e a Diretoria Executiva da Organização

na tomada de decisões estratégicas.

A Organização dispõe de um comitê, denominado Comitê de Gestão Integrada de Riscos e

Alocação de Capital, que tem por atribuição assessorar o Conselho de Administração no

desempenho de suas atribuições na gestão e controle dos riscos e do capital.

n Governança Corporativa

n Gestão de Risco de Crédito

n Gestão de Risco de Mercado e Liquidez

n Gestão de Risco Operacional

n Gestão de Risco de Subscrição

n Gestão de Continuidade de Negócios

n Contratação e Gestão de Serviços Terceirizados

n Corporativa de Sustentabilidade

n Gerenciamento de Capital

n Controles Internos e Compliance

n Responsabilidade Socioambiental

Políticas de Gerenciamento de

Riscos e Capital

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Subsidiando esse comitê, existe o Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital, Comitê de

Controles Internos e Compliance e os Comitês Executivos de Gestão de Riscos de a) Crédito,

b) Mercado e Liquidez, c) Operacional, d) Grupo Bradesco Seguros e e) Implantação de

Basileia II, existindo ainda o Comitê Executivo de Produtos e Serviços e os Comitês Executivos

das áreas de negócios, que, dentre suas atribuições, sugerem os limites de exposição a seus

respectivos riscos e elaboram planos de mitigação a serem submetidos ao Comitê de Gestão

Integrada de Riscos e Alocação de Capital e ao Conselho de Administração.

Destaca-se nesta estrutura o Departamento de Controle Integrado de Riscos (DCIR), cuja

missão é promover e viabilizar o controle de riscos e a alocação de capital, através de práticas

robustas e da certificação da existência, da execução e da efetividade de controles que

assegurem níveis aceitáveis de riscos nos processos da Organização, de forma independente,

consistente, transparente e integrada. Este Departamento também tem por atribuição atender

as determinações do Bacen pertinentes às atividades de gerenciamento de riscos.

Governança de Gerenciamento de Riscos e Capital

A Governança Corporativa da Organização conta com a participação de todos os seus níveis

hierárquicos, tendo por finalidade otimizar o desempenho da companhia e proteger as partes

interessadas, bem como facilitar o acesso ao capital, agregar valor à Organização e contribuir

para sua sustentabilidade, envolvendo principalmente aspectos voltados à transparência,

equidade de tratamento e prestação de contas. Este arcabouço atende as diretrizes

estabelecidas pelo Conselho de Administração.

Nesse contexto, o gerenciamento de riscos e capital é realizado por meio de decisões

colegiadas, apoiando-se em comitês específicos. Este processo conta com a participação de

todas as camadas contempladas pelo escopo de Governança Corporativa, que compreende

desde a Alta Administração até as diversas áreas de negócios, operacionais, produtos e

serviços.

COMITÊ EXECUTIVO DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMITÊ DE GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS E ALOCAÇÃO DE

CAPITAL

PRESIDÊNCIA

ASSEMBLEIA GERAL DE ACIONISTAS

INSPETORIA GERAL

CONSELHO FISCAL

COMITÊ EXECUTIVO PARA IMPLANTAÇÃO DE BASILEIA II

COMITÊ DE AUDITORIA

DIRETORIA EXECUTIVA

DEPARTAMENTO DE CONTROLE INTEGRADO DE

RISCOS

RISCO DE CRÉDITORISCO INTEGRADORISCO DE MERCADO E

LIQUIDEZRISCO OPERACIONAL

COMITÊ EXECUTIVO DE GESTÃO DE RISCOS DO GRUPO BRADESCO

SEGUROS

RISCO SOCIOAMBIENTAL

COMITÊ DE CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE

COMITÊS EXECUTIVOS DE GESTÃO DE RISCOS: CRÉDITO, MERCADO E

LIQUIDEZ E OPERACIONAL

COMITÊ EXECUTIVO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO

COMITÊ EXECUTIVO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

COMITÊ EXECUTIVO DE DIVULGAÇÃO

MODELAGEM DE RISCOS

CONTROLES INTERNOS

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Conselho de Administração n

Aprova e revisa as estratégias de gerenciamento de riscos, políticas e estruturas de

gerenciamento dos riscos e do capital, incluindo o apetite e os limites de exposição

por tipos de riscos.

nValida e submete à aprovação do Conselho de Administração o apetite e limites de

exposição por tipos de riscos;

nValida e submete à aprovação do Conselho de Administração as políticas inerentes

ao gerenciamento dos riscos e do capital;

n Garante o cumprimento das políticas de gerenciamento de riscos;

nAcompanha o perfil de risco, performance , necessidade de capital e suficiência,

exposições versus limites e controle dos riscos.

n Revisa a integridade das demonstrações financeiras;

nRecomenda à Diretoria Executiva correção ou aprimoramento de políticas, práticas

e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições.

nAvalia a efetividade e conformidade do Sistema de Controles Internos da

Organização;

nCertifica a conformidade de procedimentos com as normas, regulamentos e leis

aplicáveis;

nSubmete ao Conselho de Administração os Relatórios Semestrais de Conformidade

dos Controles Internos de empresas da Organização.

n Certifica o processo de gerenciamento de riscos dos negócios;

nAssegura a conformidade com as políticas, normas, padrões, procedimentos e

regulamentações internas e externas;

n Recomenda aprimoramentos no ambiente de controle interno.

nProvê suporte à Alta Administração na avaliação da divulgação de transações e

informações relevantes relacionadas à Organização;

nAprecia os relatórios objetivando assegurar que sejam elaborados conforme

controles e procedimentos definidos para a sua preparação.

n Garantem o cumprimento das políticas de gestão de riscos;

n Asseguram a efetividade do processo de gerenciamento de riscos;

n

Aprovam definições, critérios e procedimentos a serem adotados, bem como

metodologias, modelos e ferramentas voltados ao gerenciamento e mensuração

do risco;

nAcompanham e avaliam as informações sobre o nível de exposições a riscos,

consolidado e por dependência;

nAcompanham movimentações e desenvolvimentos do mercado, avaliando

implicações e riscos.

nAprova metodologias, definições, critérios e ferramentas voltadas ao processo de

gerenciamento de capital;

n

Avalia e submete à validação do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação

de Capital a política, estrutura, papéis e responsabilidades, apetite a riscos, planos

de capital e avaliação de adequação do capital.

Comitê Executivo para Implantação

de Basileia IIn

Estabelece padrões corporativos para atendimento ao Acordo de Capital de Basileia,

sendo facilitador das demandas necessárias para adequação da Organização às

normas e para acompanhamento tempestivo de sua implantação.

Comitê Executivo de Produtos e

Serviçosn

Avalia se todos os riscos foram apontados e se são aceitáveis, deliberando sobre a

criação, alteração, suspensão ou descontinuidade de produtos e serviços.

Comitê Executivo de Divulgação

Comitê Executivo de Gerenciamento

de Capital

Comitê de Gestão Integrada de Riscos

e Alocação de Capital

Comitê de Auditoria

Comitê de Controles Internos e

Compliance

Inspetoria/Auditoria Interna

Comitês Executivos

Riscos de Mercado e Liquidez

Risco de Crédito

Risco Operacional

Riscos do Grupo Bradesco Seguros

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12

Risco de Crédito

O risco de crédito é representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não

cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos

termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da

deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às

vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores relativos

ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.

O gerenciamento de risco de crédito da Organização é um processo contínuo e evolutivo de

mapeamento, desenvolvimento, aferição e diagnóstico por meio de modelos, instrumentos e

procedimentos, exige alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas e

preserva a integridade e a independência dos processos.

A Organização controla cuidadosamente a exposição ao risco de crédito, que decorre

principalmente de operações de crédito, de títulos e valores mobiliários e instrumentos

financeiros derivativos. Há também o risco de crédito em obrigações financeiras relacionadas a

compromissos de crédito ou prestação de garantias financeiras.

Com o objetivo de não comprometer a qualidade da carteira são observados todos os aspectos

pertinentes ao processo de concessão de crédito, concentração, exigência de garantias,

prazos, dentre outros.

A Organização exerce continuamente o mapeamento de todas as atividades que podem gerar

exposição ao risco de crédito, com as respectivas classificações quanto à probabilidade e

magnitude, assim como a identificação dos seus gestores, mensuração e planos de mitigação.

Risco de Crédito de Contraparte

O risco de crédito de contraparte, ao qual a Organização está exposta, é representado pela

possibilidade de perda em razão do não cumprimento, por determinada contraparte, das

obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos

nDelibera sobre propostas de renegociação de dívidas vencidas ou com potencial

risco de perda;

nAprova normas, procedimentos, medidas e orientações de caráter corporativo,

relacionados ao assunto de Cobrança e Recuperação de Créditos;

n Define limites de alçadas para aprovação de renegociações de dívidas.

Comitê Executivo de Crédito n

Toma decisões colegiadas sobre consultas de limites ou operações que envolvam

risco de crédito, propostas pelas Dependências e Empresas da Organização

Bradesco.

nDefine estratégias de atuação da Tesouraria para a otimização dos resultados,

baseadas na análise dos cenários político-econômico, nacional e internacional;

n

Valida e submete à aprovação do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação

de Capital as propostas de limites de tolerância à exposição a riscos para

Tesouraria;

nAcompanha os resultados, comportamentos e riscos da Carteira de Negociação,

dos descasamentos de ativos e passivos e da mesa de clientes.

nAprova a metodologia de gestão do planejamento estratégico e do risco de

estratégia da Organização;

nAvalia posicionamentos acerca do risco de estratégia, bem como define ações para

sua mitigação.

Comitê Executivo de Tesouraria e

Gestão de Ativos e Passivos

Comitê Executivo de Cobrança e

Recuperação de Créditos

Comitê Executivo de Planejamento

Estratégico

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

13

financeiros, incluindo a liquidação de instrumentos financeiros derivativos ou pela deterioração

da qualidade creditícia da contraparte.

A Organização mantém total controle sobre a posição líquida (diferença entre contratos de

compra e venda) e potencial exposição futura das operações onde existe o risco de

contraparte. Toda exposição ao risco de contraparte faz parte dos limites gerais de crédito

concedidos aos clientes da Organização. Normalmente, as garantias relacionadas a este tipo de

operação são os depósitos de margem que são realizados pela contraparte na própria

Organização ou em outras instituições custodiantes, que também possuem seus riscos de

contraparte devidamente avaliados.

Concessão de Crédito

Sob a responsabilidade do Departamento de Crédito, o processo de concessão apoia-se na

Política de Crédito da Organização primando pela segurança, qualidade e liquidez na aplicação

dos ativos de crédito. Todo este processo é permeado pela governança de gerenciamento de

riscos da Organização e atende às determinações do Bacen.

Na constante busca por agilidade e rentabilidade nos negócios, a Organização utiliza

metodologias direcionadas e adequadas em cada segmento em que atua, orientando a

concessão de operações de crédito e a fixação de limites operacionais.

Na avaliação e classificação do risco total do cliente ou grupo econômico são considerados

aspectos quantitativos (indicadores econômicos e financeiros) e qualitativos (dados cadastrais

e comportamentais), ligados à capacidade dos clientes de honrarem os seus compromissos.

Todas as propostas de negócios respeitam as alçadas operacionais existentes na Organização,

contidas nas Normas e Procedimentos de Crédito. Nas agências, a delegação de poder para o

deferimento depende do seu porte, da exposição total do cliente junto à Organização, das

garantias oferecidas, do grau de restrição, bem como da sua classificação de risco de crédito

(score/rating). As propostas de negócio com riscos acima destas alçadas são submetidas para

análise técnica e deferimento do Departamento de Crédito.

O Comitê Executivo de Crédito, por sua vez, tem por objetivo a tomada de decisões, dentro de

sua alçada, sobre consultas de concessão de limites e operações propostas pelas áreas de

negócios, previamente analisadas e com parecer do Departamento de Crédito. De acordo com

o montante financeiro, as propostas de operações/limites deste Comitê poderão ser

submetidas ao Conselho de Administração para deliberação, a depender dos valores

envolvidos.

As propostas de crédito tramitam por um sistema automatizado e parametrizado, com o

propósito de fornecer subsídios imprescindíveis para a análise, concessão e o

acompanhamento dos créditos concedidos, minimizando assim, os riscos inerentes às

operações.

Para a concessão de créditos massificados de varejo, a Organização possui sistemas exclusivos

de Credit e Behavior Scoring, que proporcionam maior agilidade e confiabilidade, além da

padronização de procedimentos no processo de análise e deferimento dos créditos.

Os negócios são diversificados, pulverizados e destinados a indivíduos e empresas que

demonstrem capacidade de pagamento e idoneidade, procurando sempre ampará-los com

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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garantias condizentes com os riscos assumidos, considerando os montantes, as finalidades e

os prazos dos créditos concedidos.

Mitigação do Risco de Crédito

As perdas potenciais de crédito são mitigadas pela utilização de diversos tipos de garantias

reais, formalizadas por meio de instrumentos jurídicos como alienações fiduciárias, hipotecas,

pela utilização de garantias fidejussórias tais como avais e fianças de terceiros, ou ainda pela

utilização de instrumentos financeiros, como os derivativos de crédito. A avaliação da eficiência

desses instrumentos é realizada considerando o tempo para recuperação e realização do bem

dado em garantia, o seu valor de mercado, o risco de contraparte dos garantidores e a

segurança jurídica dos contratos. Os principais tipos de garantia real são: depósitos a prazo;

aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários; imóveis residenciais e comerciais; bens

móveis como veículos, aeronaves, máquinas e equipamentos; incluem-se ainda entre as

garantias reais títulos comerciais como duplicatas, cheques e faturas de cartão de crédito.

Entre os avais e fianças destacam-se as garantias bancárias e cartas de crédito.

Os derivativos de crédito são contratos bilaterais no qual uma das contrapartes compra

proteção contra um risco de crédito de um determinado instrumento financeiro e seu risco é

transferido para a contraparte vendedora da proteção. Normalmente, esta recebe uma

remuneração linear ao longo da vigência da operação. No caso de descumprimento do tomador

(default), a contraparte que comprou a proteção receberá um pagamento, cujo objetivo é

compensar a perda de valor no instrumento financeiro. Nesse caso, a contraparte vendedora

recebe o ativo subjacente em troca do referido pagamento.

Classificação de Risco de Crédito

A metodologia de avaliação de risco de crédito, além de fornecer subsídios ao estabelecimento

de parâmetros mínimos para concessão de crédito e gerenciamento de riscos, possibilita a

definição de Normas e Procedimentos de Crédito diferenciados em função das características e

do porte do cliente. Com isto, oferece embasamento tanto para a correta precificação das

operações, quanto para a definição de garantias adequadas a cada situação.

A metodologia aplicada segue também os requisitos estabelecidos pela Resolução n° 4.327 do

Conselho Monetário Nacional (CMN) e inclui as análises de risco socioambiental em projetos,

que buscam avaliar o cumprimento da legislação pertinente por parte dos clientes, bem como

atender aos “Princípios do Equador”, conjunto de regras que estabelecem critérios mínimos

socioambientais que devem ser atendidos para a concessão de crédito, criados em 2002 pelo

International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, do qual a

Organização é signatária.

Em consonância com o compromisso de constante aperfeiçoamento metodológico, a

classificação de risco de crédito dos grupos econômicos/clientes da Organização contempla

uma escala de dezessete níveis, dos quais treze representam as operações de curso normal,

proporcionando inclusive, maior aderência aos requisitos previstos no Acordo de Capital de

Basileia.

As classificações de risco para grupos econômicos (pessoas jurídicas) fundamentam-se em

procedimentos estatísticos e julgamentais parametrizados, informações quantitativas e

qualitativas. As classificações são efetuadas de modo corporativo e acompanhadas

periodicamente com o objetivo de preservar a qualidade da carteira de crédito.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

15

Para as pessoas físicas, em geral, as classificações de risco baseiam-se em variáveis

cadastrais, tais como renda, patrimônio, restrições e endividamento, além do histórico de

relacionamento com a Organização, valendo-se também de modelos estatísticos de avaliação

de crédito.

Ficam mantidos os critérios estabelecidos pela Resolução nº 2.682 do CMN para a constituição

das provisões cabíveis, conforme equivalência de ratings demonstrada no quadro a seguir:

Processo de Gerenciamento do Risco de Crédito

O processo de gerenciamento do risco de crédito é realizado de maneira corporativa. Este

processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura

eficiente, sendo que a mensuração e controle do risco de crédito são realizados de maneira

centralizada e independente.

A área de monitoramento de risco de crédito participa ativamente do processo de melhoria de

modelos de classificação de riscos de clientes, realizando o acompanhamento de grandes riscos

por meio do monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência, nível de

provisionamento frente às perdas esperadas e inesperadas.

Esta área atua continuamente na revisão dos processos internos, inclusive papéis e

responsabilidades, capacitação e demandas de tecnologia da informação, bem como na revisão

periódica do processo de avaliação de riscos visando à incorporação de novas práticas e

metodologias.

Controle e Acompanhamento

O risco de crédito da Organização tem seu controle e acompanhamento corporativo feito na

área de risco de crédito do DCIR. O Departamento assessora o Comitê Executivo de Gestão de

Risco de Crédito, onde são discutidas e formalizadas as metodologias para mensuração do

risco de crédito. Os temas de relevância debatidos neste Comitê são reportados ao Comitê de

Classificação InternaClassificação da Resolução

nº 2.682 do CMN

AA1

AA2

AA3

A1

A2

A3

B1

B2

B3

C1

C2

C3

D D

E E

F F

G G

H H

AA

A

B

C

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

16

Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, que está subordinado ao Conselho de

Administração.

Além do comitê, a área promove reuniões mensais com todos os executivos e diretores de

produtos e segmentos, com o objetivo de posicioná-los quanto à evolução da carteira de

crédito, inadimplência, adequação das provisões para créditos de liquidação duvidosa,

recuperações de crédito, perdas bruta e líquida, limites e concentrações de carteiras, dentre

outros. Essas informações também são reportadas mensalmente ao Comitê de Auditoria.

A área acompanha ainda todo e qualquer evento, interno ou externo, que possa trazer impacto

significativo ao risco de crédito da Organização, tais como: fusões, falências, quebra de safra,

além de monitorar os setores de atividade econômica onde a empresa tem as exposições mais

representativas.

Tanto o processo de governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de

Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de

Administração, que são revisados ao menos uma vez por ano.

Comunicação Interna

O risco de crédito é monitorado diariamente visando manter os níveis de risco em

conformidade com os limites estabelecidos pela Organização. Relatórios gerenciais de controle

de risco são disponibilizados para todas as alçadas, desde as agências até a Alta

Administração.

Com o objetivo principal de sinalizar situações de risco que possam impactar na liquidez dos

créditos concedidos aos clientes, a área de monitoramento de risco de crédito fornece

diariamente informações por meio de um sistema corporativo às agências, segmentos de

negócios e áreas de concessão de crédito e recuperação de crédito. Este sistema apresenta

informações dinâmicas da carteira de crédito e cadastrais, além de proporcionar a comparação

entre as informações anteriores e as atuais, destacando pontos que deverão ser analisados de

maneira mais profunda pelos gestores.

A Organização também dispõe de um sistema corporativo de indicadores de risco de crédito,

onde são disponibilizadas para as áreas de concessão de crédito, recuperação de crédito,

diretorias de segmento, gerências regionais e agências as informações de ativo por segmento,

produto, região, classificação de risco, inadimplência, perda esperada e inesperada, dentre

outras. Este sistema possibilita a visualização das informações desde um nível macro até o

nível mais detalhado, permitindo chegar à visão de uma operação de crédito específica.

A visualização e entrega das informações é feita por meio de relatórios, sendo possível a

realização de pesquisas em diversos níveis, tais como segmentos de negócios, diretorias,

gerências, regiões, produtos, funcionários e clientes, e sob vários aspectos (ativo,

inadimplência, provisão, write-off (prejuízo), graus de restrição, participação de garantias

reais, qualidade da carteira por tipo de rating, entre outros).

Exposição ao Risco de Crédito

A exposição total de ativos para fins de apuração da necessidade de capital, sob a ótica do

Conglomerado Prudencial, atingiu R$ 1,3 trilhão em março de 2015. Deste montante, as

operações de caixa, disponibilidades em bancos centrais e operações com títulos públicos

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

17

federais totalizaram R$ 276,6 bilhões (21,63% do total), apresentando baixíssimo risco de

crédito.

As operações com característica de risco de crédito, compostas principalmente por

empréstimos e títulos descontados, financiamentos, avais e fianças prestados, operações de

debêntures, notas promissórias e CDI, atingiram R$ 513,4 bilhões (40,16% do total) e os

demais ativos financeiros compostos por operações compromissadas, derivativos, cotas de

fundos de investimentos, operações a liquidar de câmbio, tesouraria internacional, dentre

outras, resultaram R$ 488,6 bilhões (38,21% do total).

As exposições de ativos com risco de crédito estão detalhadas nos quadros, conforme segue:

Por Tipo de Exposição, País e Região

(1) Outros Ativos referem-se a Créditos Tributários, Adiantamentos Concedidos, dentre outros.

Por Setor Econômico

A seguir demonstramos a evolução das principais exposições ao risco de crédito, por setor

econômico:

mar/15 %

Por Tipo de Exposição

Operações de Crédito - Não Varejo 149.808 11,7

Operações de Crédito - Varejo 168.562 13,2

Garantias Prestadas 74.702 5,8

Compromissos de Crédito 83.764 6,6

Operação com TVM 660.926 51,7

Outros Ativos1 140.843 11,0

Por País

Mercado Externo 45.857 3,6

Mercado Interno 948.836 74,2

Demais Exposições 283.913 22,2

Por Região

Sudeste 825.331 87,0

Sul 48.264 5,1

Norte 12.226 1,3

Nordeste 40.052 4,2

Centro Oeste 22.964 2,4

Total de Exposição 1.278.606 -

Média do Trimestre 1.249.343 -

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

18

Setor Econômico mar/15 %

Indústria 103.934 8,1

Alimentícia e bebidas 20.119 1,6

Artefatos de couro 878 0,1

Artigos de borracha e plásticos 3.187 0,2

Autopeças e acessórios 2.710 0,2

Demais indústrias 4.700 0,4

Edição, impressão e reprodução 1.492 0,1

Eletroeletrônica 1.502 0,1

Extração de minerais metálicos e não metálicos 6.841 0,5

Materiais não metálicos 6.337 0,5

Móveis e produtos de madeira 2.219 0,2

Papel e celulose 5.033 0,4

Química 7.303 0,6

Refino de petróleo e produção de álcool 10.604 0,8

Siderúrgica, metalúrgica e mecânica 16.189 1,3

Têxtil e confecções 3.397 0,3

Veículos leves e pesados 11.422 0,9

Comércio 57.931 4,5

Artigos de uso pessoal e doméstico 3.058 0,2

Atacadista de mercadorias em geral 1.369 0,1

Combustíveis 2.096 0,2

Demais comércios 5.774 0,5

Intermediário do comércio 1.031 0,1

Produtos agropecuários 2.502 0,2

Produtos alimentícios, bebidas e fumo 6.001 0,5

Produtos em lojas especializadas 10.205 0,8

Reparação, peças e acessórios para veículos automotores 3.000 0,2

Resíduos e sucatas 5.650 0,4

Varejista não especializado 9.340 0,7

Veículos automotores 4.103 0,3

Vestuário e calçados 3.804 0,3

Serviços 602.712 47,1

Alojamento e alimentação 3.428 0,3

Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas 7.058 0,6

Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 19.983 1,6

Construção civil 41.587 3,3

Demais serviços 420.756 32,9

Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial 19.358 1,5

Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 13.295 1,0

Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social 42.534 3,3

Telecomunicações 8.304 0,6

Transportes e armazenagens 26.409 2,1

Intermediários financeiros 39.588 3,1

Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal 3.785 0,3

Pessoa física 186.744 14,6

Demais Exposições 283.913 22,2

Total de Exposição 1.278.606 100,0

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

19

Operações com Característica de Concessão de Crédito

Nos próximos quatro quadros e gráfico apresentamos informações pertinentes à carteira de

crédito (conceito definido pelo Bacen), incluindo exposição dos limites de cartão de crédito na

pessoa física.

Por Modalidade e Setor de Atividade

Obs.: Na Pessoa Física, inclui o saldo de limites na modalidade Cartão de Crédito.

Por Modalidade e Região Geográfica

Obs.: Na Pessoa Física, inclui o saldo de limites na modalidade Cartão de Crédito.

R$ milhões

Estadual Federal Agricultura Comércio IndústriaIntermediários

FinanceirosServiços

Pessoa

Física

Crédito Rural - - 1.344 1.786 2.328 214 779 10.121 16.572

Repasses BNDES/Finame - - 845 4.768 10.155 0,04 17.824 7.324 40.915

Importação e Exportação - 3.042 697 4.291 26.780 67 4.567 - 39.445

Capital de Giro, Desconto de

Títulos e Conta Garantida- 12 453 23.254 14.961 1.177 42.224 - 82.080

Outros 17 4.443 275 8.256 4.943 2.498 29.560 137.922 187.914

Total 17 7.497 3.614 42.355 59.167 3.957 94.953 155.367 366.927

Total

mar/15

Setor Público Setor Privado

R$ milhões

Sudeste Sul Norte Nordeste Centro Oeste

Pessoa Física 109.012 13.205 5.342 15.695 10.933 1.179 155.367 154.903

Crédito Rural 4.064 2.443 431 353 2.830 - 10.121 10.228

Financiamento Imobiliário 12.182 2.042 511 2.195 1.301 - 18.230 17.903

Crédito Pessoal (inclui Consignado) 32.094 2.575 2.404 8.187 2.115 0,04 47.375 46.836

CDC/Leasing de Veículos 20.773 1.055 368 1.041 715 - 23.952 24.289

Cartão de Crédito 32.751 1.925 852 2.360 1.211 388 39.487 39.509

Repasses BNDES/Finame 2.213 2.191 351 501 2.068 - 7.324 7.376

Outros 4.936 973 426 1.060 692 792 8.877 8.762

Pessoa Jurídica 115.385 26.737 4.557 13.301 9.441 42.139 211.560 208.778

Crédito Rural 3.364 2.683 6 202 196 - 6.451 6.513

Repasses BNDES/Finame 19.487 8.395 964 2.427 2.319 - 33.592 33.963

Importação e Exportação 13.888 2.866 58 382 268 21.982 39.445 37.595

Capital de Giro, Desconto de Títulos e Conta Garantida 40.837 8.562 2.181 6.008 4.335 20.157 82.080 81.199

Outros 37.809 4.231 1.347 4.281 2.323 - 49.992 49.508

Total 224.397 39.943 9.899 28.996 20.374 43.318 366.927 363.681

Mercado Interno Mercado

Externo Total

mar/15

Média do

Trimeste

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

20

Por Prazo Remanescente do Contrato e Modalidade

Obs.: Na Pessoa Física, inclui o saldo de limites na modalidade Cartão de Crédito.

Por Faixa de Atraso e Setor de Atividade e Região Geográfica

R$ milhões

Até 6 mesesAcima de 6 meses

até 1 ano

Acima de 1 ano

até 5 anosAcima de 5 anos

Pessoa Física 42.937 18.024 60.952 33.455 155.367

Crédito Rural 4.397 2.781 2.810 133 10.121

Financiamento Imobiliário 61 18 531 17.620 18.230

Crédito Pessoal (inclui Consignado) 3.609 2.842 28.190 12.735 47.375

CDC/Leasing de Veículos 616 1.761 21.477 98 23.952

Cartão de Crédito 28.171 10.074 1.242 0,3 39.487

Repasses BNDES/Finame 127 141 4.349 2.706 7.324

Outros 5.955 407 2.354 162 8.877

Pessoa Jurídica 54.534 21.512 102.285 33.229 211.560

Crédito Rural 2.627 1.373 1.791 660 6.451

Repasses BNDES/Finame 1.368 2.327 20.293 9.603 33.592

Importação e Exportação 12.582 6.751 15.028 5.083 39.445

Capital de Giro, Desconto de Títulos e Conta Garantida 30.877 9.255 37.526 4.422 82.080

Outros 7.078 1.805 27.647 13.462 49.992

Total 97.471 39.536 163.236 66.684 366.927

mar/15

Contratos com Prazos a Decorrer

Total

R$ milhões

Atraso entre

15 e 60 dias

Atraso entre

61 e 90 dias

Atraso entre

91 e 180 dias

Atraso entre

181 e 360 dias

Atraso acima

de 360 diasTotal

Setor Público - - - - - -

Estadual - - - - - -

Federal - - - - - -

Setor Privado 11.060 3.139 5.623 6.725 283 26.830

Agricultura 50 10 35 99 1 196

Comércio 1.209 400 836 1.171 44 3.660

Indústria 758 534 768 676 111 2.847

Intermediários Financeiros 2 1 2 6 21 32

Serviços 2.514 615 984 1.022 59 5.193

Pessoa Física 6.527 1.580 2.998 3.752 47 14.903

Total Geral 11.060 3.139 5.623 6.725 283 26.830

% Total 41,2 11,7 21,0 25,1 1,1 100,0

Mercado Interno 10.964 3.111 5.314 6.527 222 26.138

Sudeste 7.033 2.172 3.397 4.233 176 17.010

Sul 1.363 340 681 782 17 3.183

Norte 498 130 252 325 4 1.208

Nordeste 1.095 279 579 788 15 2.757

Centro Oeste 974 191 406 399 10 1.980

Mercado Externo 96 28 309 198 61 692

Total Geral 11.060 3.139 5.623 6.725 283 26.830

Setor

mar/15

Região

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

21

Por Tomador

Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

Apresentamos a movimentação das provisões para créditos de liquidação duvidosa no

trimestre, incluindo o fluxo das operações baixadas para prejuízo da carteira de crédito

(conceito definido pelo Bacen):

Cessões de Crédito e Operações com Títulos e Valores Mobiliários

(TVM) oriundos de processo de Securitização

A cessão de crédito é um acordo bilateral pelo qual uma instituição financeira transfere à outra

seus direitos de recebimento. A Organização utiliza estas operações na busca de oportunidades

no mercado financeiro. Os instrumentos mais utilizados são as cessões de crédito de operações

de financiamentos imobiliários, realizados com securitizadoras e as cessões de crédito para

Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que geram uma alternativa de

captação de recursos junto a investidores.

Operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros

A seguir apresentamos as informações relativas às operações de aquisição, venda ou

transferência de ativos financeiros e de securitização:

17,3 17,4 17,7 18,0

21,2

13,6 13,8 14,0 14,3

17,2

9,2 9,5 9,9 10,1

11,6

6,4 6,7 6,9 6,9 7,7

1,9 1,9 1,9 2,0 2,1

mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15

100 maiores 50 maiores 20 maiores 10 maiores maior devedor

Em 31 de março de 2015 - R$ milhões

Estadual Federal Agricultura Comércio IndústriaIntermediários

FinanceirosServiços Pessoa Física

Saldo Inicial - Provisão em dez/2014 203 3.391 3.416 46 4.546 11.062 22.666

Constituição Líquida - - 24 582 577 1 1.054 1.595 3.833

Baixas para Prejuízo - - (31) (608) (617) (0,03) (666) (1.620) (3.542)

Saldo Final - Provisão em mar/2015 - - 197 3.364 3.376 48 4.935 11.037 22.956

Setor Público Setor Privado

TOTAL

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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(1) Cessões de acordo com os requisitos estabelecidos na Resolução nº 2.238 do CMN.

(2) Com retenção de risco: Operações em que o vendedor ou cedente retém todos ou substancialmente os riscos e transfere os

benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação (Resolução nº 3.533 do CMN).

(3) Sem retenção de risco: operações em que o vendedor ou cedente transfere todos ou substancialmente os riscos e benefícios de

propriedade do ativo financeiro objeto da operação (Resolução nº 3.533 do CMN).

A seguir apresentamos as informações relativas às operações próprias cedidas às Sociedades

de Propósito Específico com retenção substancial dos riscos e benefícios:

R$ milhões

mar/15

1.410

Exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios -

Por tipo de cessionário9.271

FIDC -

Securitizadoras -

Instituições Financeiras -

Sociedade de Propósito Específico 6.578

Outros1 2.693

Operações cedidas com coobrigação registradas em contas de compensação

jan/15 a

mar/15

out/14 a

dez/14

jul/14 a

set/14

abr/14 a

jun/14

20 22 104 33

Exposições cedidas nos últimos 12 meses que tenham sido honradas

ou recompradas

Exposições adquiridas - com retenção de risco2 mar/15

Por Tipo de exposição 6.761

Capital de Giro 1.524

CDC Veículos -

Crédito Consignado 2.100

Cartão de Crédito 111

Crédito Imobiliário -

Finame 924

Leasing 2

Recebíveis Diversos 2.100

Por Tipo de cedente 6.761

4.550

2.211

Exposições adquiridas - sem retenção de risco3 mar/15

Por Tipo de exposição 2.593

Capital de Giro -

CDC Veículos 2.422

Crédito Consignado 80

Cartão de Crédito 69

Crédito Imobiliário 14

Finame -

Leasing -

Recebíveis Diversos 8

Por Tipo de cedente 2.593

Instituições Financeiras 2.502

Empresas 91

Instituições Financeiras

Empresas

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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(1) Atendimento aos requisitos da Resolução nº 2.238 do CMN.

A seguir demonstramos o total das exposições de securitização compostas por investimentos

em títulos e valores mobiliários:

(1) Securitização tradicional é o processo em que o fluxo de recebimentos associado a um conjunto de ativos subjacentes é utilizado

para a remuneração de títulos de securitização.

(2) Títulos ou valores mobiliários oriundos de processo de securitização (CRI e FIDC).

(3) Classe do título ou valor mobiliário, no que se refere à subordinação dessa às demais, para efeito de resgate: sem subordinação.

Com relação às exposições cedidas sem transferência nem retenção substancial dos riscos e benefícios, a Organização não possui

exposições com estas características nas datas-bases demonstradas no presente relatório.

(4) Tipo de ativo subjacente que lastreia a emissão: fluxo de recebíveis dos clientes, aluguéis, contratos de compra e venda entre as

partes, contratos de financiamento de apartamentos, casas e lotes.

Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte

Apresentamos a seguir o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de

contraparte a serem liquidados em câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a

câmara atue como contraparte central e os valores relativos a contratos em que não haja

atuação das câmaras de compensação como contraparte central, segregados em contratos

sem garantia e contratos com garantia:

Apresentamos a seguir o valor positivo bruto das garantias reais (colaterais) recebidas em

operações sujeitas ao risco de crédito:

A seguir demonstramos a exposição global líquida a risco de crédito de contraparte:

R$ milhões

mar/15

9.271

Crédito Imobiliário 6.578

Crédito Rural1 2.693

Exposições securitizadas - Tipo de ativo subjacente

R$ milhões

Tipo de securitização mar/15

Securitização Tradicional1 7.598

Tipo de título de securitização2 7.598

FIDC - Sem subordinação3 1.050

● Recebíveis Diversos4 1.050

CRI - Sem subordinação3 6.548

● Credito Imobiliário4 6.548

Contratos em que a Câmara: mar/15

Atue como contraparte central 213.563

Não atue como contraparte central - com garantia 402.477

Não atue como contraparte central - sem garantia 23.674

R$ milhões

mar/15

Valores de garantias 433.501

R$ milhões

mar/15

Exposição Global Líquida 6.468

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

24

A seguir o valor nocional de derivativos de crédito mantidos na carteira:

Apresentamos a seguir o valor positivo bruto das garantias reais (colaterais) recebidas em

operações sujeitas ao risco de crédito de contraparte:

Instrumentos Mitigadores

Para fins de apuração da necessidade de capital de risco de crédito, apresentamos abaixo o

valor total mitigado pelos instrumentos definidos nos artigos 36° a 39° da Circular nº 3.644 do

Bacen, segmentado por tipo de mitigador e por FPR:

Risco de Mercado

O risco de mercado é representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de

preços e taxas de juros dos instrumentos financeiros da Organização, uma vez que suas

operações ativas e passivas podem apresentar descasamentos de prazos, moedas e

indexadores.

Este risco é cuidadosamente identificado, mensurado, mitigado, controlado e reportado. O

perfil de exposição a risco de mercado da Organização está alinhado às diretrizes estabelecidas

pelo processo de governança, com limites monitorados tempestivamente de maneira

independente.

Todas as operações que expõem a Organização a risco de mercado são mapeadas,

mensuradas e classificadas quanto à probabilidade e magnitude, sendo todo o processo

aprovado pela estrutura de governança.

O processo de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas as camadas

hierárquicas da Organização, que abrange desde as áreas de negócios até o Conselho de

Administração.

Em consonância com as melhores práticas de Governança Corporativa, tendo por objetivo

preservar e fortalecer a administração do risco de mercado na Organização, bem como atender

mar/15

Risco Transferido

Credit Default Swap (CDS) 1.343

Risco Recebido

Credit Default Swap (CDS) 16

Total 1.359

R$ milhões

mar/15

Valor positivo bruto das garantias reais 402.477

R$ milhões

Tipo de MitigadorFator de Ponderação de

Risco do Mitigadormar/15

Depósito à vista, depósitos a prazo, depósitos de poupança,

em ouro ou em títulos públicos federais0% 404.002

Garantia Instituições Financeiras 50% 29.399

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

25

aos dispositivos da Resolução nº 3.464 do CMN, o Conselho de Administração aprovou a

Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez, cuja revisão é realizada no mínimo

anualmente pelos Comitês competentes e pelo próprio Conselho de Administração, fornecendo

as principais diretrizes de atuação para aceitação, controle e gerenciamento dos riscos de

mercado e liquidez. Além desta política, a Organização dispõe de normas específicas para

regulamentar o processo de gerenciamento de risco de mercado, conforme segue:

Classificação das Operações;

Reclassificação das Operações;

Negociação de Títulos Públicos ou Privados;

Utilização de Derivativos;

Hedge.

Processo de Gerenciamento do Risco de Mercado

O processo de gerenciamento do risco de mercado é realizado de maneira corporativa. Este

processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura

eficiente, sendo que a mensuração e controle do risco de mercado são realizados de maneira

centralizada e independente. Este processo permitiu à Organização ser a primeira instituição

financeira no país autorizada pelo Bacen a utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos

internos de risco de mercado para a apuração da necessidade do capital regulamentar. O

processo de gerenciamento, aprovado pelo Conselho de Administração, é também revisado no

mínimo anualmente pelos Comitês e pelo próprio Conselho de Administração.

Definição de Limites

As propostas de limites de risco de mercado são validadas em Comitês específicos,

referendadas pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, e submetidas à

aprovação do Conselho de Administração, conforme as características dos negócios, que são

segregados nas seguintes carteiras:

Carteira Trading: composta por todas as operações realizadas com instrumentos financeiros,

inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros

instrumentos da própria carteira, e que não estejam sujeitas à limitação da sua

negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à

revenda, obtenção de benefícios a partir de variação de preços efetivos ou esperados, ou

realização de arbitragem.

A Carteira Trading é monitorada pelos limites de:

Value at Risk (VaR);

Estresse;

Resultado;

Exposição Financeira / Concentração.

Carteira Banking: composta por operações não classificadas na Carteira Trading, provenientes

dos demais negócios da Organização e seus respectivos hedges.

Para a Carteira Banking é monitorado o limite de:

Risco de Taxa de Juros.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Modelos de Mensuração do Risco de Mercado

A mensuração e o controle do risco de mercado são feitos por meio de metodologias de

Estresse, VaR, Economic Value of Equity (EVE) e Análise de Sensibilidade, além de limites de

Gestão de Resultados e de Exposição Financeira. O uso de diversas metodologias para a

mensuração e avaliação dos riscos é importante, pois elas são sempre complementares e seu

uso combinado permite a captura de diversos cenários e situações.

Carteiras Trading e Regulatória

Os riscos da Carteira Trading são controlados por Estresse e VaR. No caso do Estresse, que

tem o objetivo de quantificar o impacto negativo de choques e eventos econômicos que sejam

desfavoráveis financeiramente às posições da Organização, a análise utiliza cenários de

estresse elaborados pela área de Risco de Mercado e pela área Econômica da Organização a

partir de dados históricos e prospectivos para os fatores de risco em que as Carteiras possuem

posição.

Para a apuração do VaR é adotada a metodologia Delta-Normal, com nível de confiança de

99%, sendo que o horizonte aplicado leva em consideração o número de dias necessários para

se desfazer das exposições existentes. A metodologia é aplicada às Carteiras Trading e

Regulatória (posições da Carteira Trading mais exposição em moeda estrangeira e

commodities da Carteira Banking) e adicionalmente incorpora os riscos Gama e Vega das

operações com opções. Para apuração das volatilidades e correlações é adotada uma janela

mínima de 252 dias úteis.

Para fins regulatórios, a necessidade de capital referente às ações da Carteira Banking é

realizada por meio da avaliação do risco de crédito, conforme determinação do Bacen, ou seja,

não estão contempladas no cálculo de risco de Mercado.

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking

A mensuração e o controle do risco de taxa de juros da Carteira Banking são feitos a partir da

metodologia EVE, que mede o impacto econômico sobre as posições, de acordo com os

cenários elaborados pela área Econômica da Organização, que buscam determinar movimentos

positivos e negativos que possam ocorrer nas curvas de taxas de juros sobre nossas aplicações

e captações.

A metodologia EVE consiste em re-apreçar a carteira sujeita à variação de taxas de juros

levando-se em consideração aumentos ou decréscimos nas taxas utilizadas para a apuração do

valor presente e o prazo total dos ativos e passivos. Assim, apura-se o valor econômico da

carteira tanto com as taxas de juros de mercado na data da análise como com os cenários

projetados para o horizonte de um ano. A diferença entre os valores obtidos para a carteira

será o EVE, ou seja, o risco de taxa de juros atribuído à Carteira Banking.

Para a mensuração do risco de taxa de juros da Carteira Banking não é utilizada a premissa de

liquidação antecipada de empréstimos, pois essa situação não é representativa diante do

volume total de operações. Para os depósitos à vista e de poupança, que não possuem

vencimento definido, são realizados tratamentos para verificação dos seus comportamentos

históricos, bem como a possibilidade de manutenção dos mesmos. Dessa forma, após todas as

deduções que incidem sobre os depósitos à vista e de poupança, por exemplo, o compulsório

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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mantido junto ao Bacen, o saldo remanescente (recursos livres) é considerado de acordo com

os fluxos de vencimentos das operações ativas prefixadas.

Apreçamento de Instrumentos Financeiros

Com o intuito de adotar as melhores práticas de mercado relacionadas à apuração do valor de

mercado dos instrumentos financeiros, o Comitê Executivo de Gestão de Riscos de Mercado e

Liquidez (CEGRIMEL) instituiu a Comissão de Marcação a Mercado (CMM), que é responsável

pela aprovação ou encaminhamento ao CEGRIMEL dos modelos de marcação a mercado. A

CMM é formada por representantes das áreas de negócios, back-offices e riscos, cabendo à

área de riscos a coordenação da Comissão e a submissão dos assuntos avaliados ao CEGRIMEL

para reporte ou aprovação, conforme o caso.

Sempre que possível adotam-se preços e cotações das Bolsas de Valores, Mercadorias e

Futuros e Mercados Secundários. Na impossibilidade de encontrar tais referências de mercado,

são utilizados preços disponibilizados por outras fontes (por exemplo: Bloomberg, Reuters e

Corretoras). Como última opção, são adotados modelos proprietários para apreçamento dos

instrumentos, que também seguem o mesmo procedimento de aprovação da CMM e são

submetidos aos processos de validação e avaliação da Organização.

Os critérios de marcação a mercado são revisados periodicamente, conforme processo de

governança, podendo sofrer modificações em decorrência de alterações nas condições de

mercado, da criação de novas classes de instrumentos, do estabelecimento de novas fontes de

dados ou do desenvolvimento de modelos considerados mais adequados.

Os instrumentos financeiros para serem incluídos na Carteira Trading devem ser aprovados no

Comitê Executivo de Tesouraria e Gestão de Ativos e Passivos ou de Produtos e Serviços e ter

os seus critérios de apreçamento definidos pela CMM.

A Organização adota os seguintes princípios para o processo de marcação a mercado:

Comprometimento: a Organização empenha-se em garantir que os preços utilizados

reflitam o valor de mercado das operações. Na ausência de fonte de informações, o

Bradesco pratica os melhores esforços para estimar o valor de mercado dos instrumentos

financeiros;

Frequência: os critérios de marcação a mercado formalizados são aplicados diariamente;

Formalismo: a CMM é responsável por assegurar a qualidade metodológica e a

formalização dos critérios de marcação a mercado;

Consistência: o processo de coleta e aplicação dos preços é realizado de maneira

consistente, garantindo sua uniformidade na Organização;

Transparência: assegurar que a metodologia seja acessível às áreas de Auditoria Interna

e Externa, Validação Independente de Modelos e Órgãos Reguladores.

Em dezembro de 2014, o CMN publicou a Resolução nº 4.389, que altera a Resolução nº 4.277

de 2013. Estas resoluções estabelecem procedimentos mínimos a serem observados no

processo de apreçamento de instrumentos financeiros avaliados pelo valor de mercado e

diretrizes para aplicação de ajustes prudenciais para tais instrumentos, os quais deverão ser

aplicados a partir de 30 de junho de 2015. Conforme procedimentos destacados nos

parágrafos anteriores, o Bradesco já está alinhado às diretrizes dessas resoluções, sendo que

eventuais ajustes prudenciais serão promovidos, caso haja necessidade.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

28

Validação Independente de Modelos de Riscos

O Bradesco utiliza modelos para gerir e mensurar riscos e capital, desenvolvidos a partir de

teorias estatísticas, econômicas, financeiras, matemáticas ou conhecimento de especialistas,

que apoiam e facilitam a estruturação de assuntos críticos e propiciam padronização e

agilidade das decisões.

Para identificar, mitigar e controlar os riscos dos modelos, representados por potenciais

consequências adversas oriundas de decisões baseadas em modelos incorretos ou obsoletos,

há o processo de validação independente, cujo principal objetivo é verificar se os modelos

funcionam conforme os objetivos previstos, assim como se seus resultados estão adequados

para os usos aos quais se destinam. Essa validação ocorre mediante a aplicação de um

rigoroso programa de provas, que abordam aspectos de adequação dos processos, governança

e construção dos modelos e suas premissas, sendo os resultados reportados aos gestores, à

Auditoria Interna, aos Comitês de Controles Internos e Compliance e de Gestão Integrada de

Riscos e Alocação de Capital.

Para tanto, são executadas atividades que permitam desenvolver e constantemente aprimorar

os testes contidos no programa de provas. Os testes dos programas de provas são específicos

para cada tipo de modelo e são classificados em seis dimensões, agrupados em qualitativos e

quantitativos.

Qualitativos

Âmbito do Modelo: escopo de aplicação do modelo, que engloba o objetivo ao qual se

destina o tipo de risco tratado, empresas expostas a este tipo de risco, carteiras,

produtos, segmentos, canais, etc.;

Aplicabilidade do Modelo: engloba a definição, razoabilidade na utilização dos fatores do

modelo, o fluxo e a tempestividade das informações para a tomada de decisões;

Ambiente Tecnológico e Consistência dos Dados: estrutura de sistemas e controles

envolvidos nos cálculos executados pelo modelo e o processo no qual o modelo encontra-

se inserido. Engloba também a consistência dos dados, considerando as funcionalidades

de controles de versão e de acesso, backup, rastreabilidade, alterações de parâmetros,

qualidade dos dados, contingência de sistemas e controles automatizados.

Quantitativos

Sistema de Mensuração: procedimento de mensuração do risco, englobando a definição,

aplicação e validação interna do método, composto por metodologia, premissas,

parâmetros, rotina de cálculo, dados de entrada e resultados;

Teste de Estresse: procedimento de mensuração para quantificar as variações nos

valores estimados pelo modelo ao utilizar cenários extremos, históricos e prospectivos

plausíveis para as variáveis que o afetam;

Backtesting: procedimento estatístico utilizado para avaliar a aderência do modelo

através da comparação dos valores estimados pelo modelo e os valores observados ao

longo de um período previamente definido. Engloba aspectos metodológicos, de

formalização e utilização para o aprimoramento do modelo.

A responsabilidade e a execução do processo de validação independente, que trata da análise

e avaliação dos modelos, é da Área de Validação Independente de Modelos – AVIM, a qual

utiliza estruturas já implantadas e sedimentadas na Organização com o objetivo de se evitar a

sobreposição de funções.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Controle e Acompanhamento

O risco de mercado é controlado e acompanhado por área independente, o DCIR, que

diariamente calcula o risco das posições em aberto, consolida os resultados e realiza os

reportes determinados pelo processo de governança existente.

Além dos reportes diários, as posições são semanalmente discutidas no Comitê Executivo de

Tesouraria e Gestão de Ativos e Passivos, onde os resultados e os riscos são avaliados e as

estratégias são debatidas. Tanto o processo de governança como os limites existentes são

validados pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para

aprovação do Conselho de Administração, sendo os mesmos revisados ao menos uma vez por

ano.

No caso de rompimento de qualquer limite controlado pelo DCIR, a diretoria da área de

negócio responsável pela posição é informada do consumo do limite e tempestivamente o

Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital é convocado para a tomada de

decisão. Na situação em que o Comitê decida pelo aumento do limite e/ou manutenção das

posições, o Conselho de Administração é convocado para aprovação do novo limite ou revisão

da estratégia de posição.

Comunicação Interna

A área de risco de mercado disponibiliza relatórios gerenciais diários de controle das posições

às áreas de negócio e à Alta Administração, além de reporte semanal e apresentações

periódicas ao Conselho de Administração.

Os reportes são complementados com um sistema de alertas, que determina os destinatários

dos relatórios de risco de acordo com o percentual de utilização dos limites estabelecidos, e

assim, quanto maior o consumo do limite de risco, mais membros da Alta Administração

recebem os relatórios.

Hedge e utilização de Derivativos

Com o objetivo de padronizar a utilização de instrumentos financeiros destinados para hedge

das operações e uso de derivativos pelo Departamento de Tesouraria, a Organização elaborou

normas específicas que foram aprovadas pelos Comitês competentes.

As operações de hedge executadas pelo Departamento de Tesouraria do Bradesco devem,

necessariamente, cancelar ou mitigar os riscos de descasamentos de quantidades, prazos,

moedas ou indexadores das posições dos livros da Tesouraria, sendo utilizados, para tanto, os

ativos e derivativos autorizados para negociação em cada um dos seus livros, com o objetivo

de:

Controlar e enquadrar as operações, respeitando-se os limites de exposição e de riscos

vigentes;

Alterar, modificar ou reverter posições em função de mudanças de mercado e de

estratégias operacionais; e

Reduzir ou mitigar exposições de operações em mercados inoperantes, em condições de

estresse ou de baixa liquidez.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Para os derivativos classificados na categoria “hedge accounting” existe o acompanhamento da

sua efetividade, bem como suas implicações contábeis.

Derivativos Padronizados e de Uso Contínuo

O Departamento de Tesouraria do Bradesco pode utilizar derivativos padronizados (negociados

em bolsa) e os de uso contínuo (negociados em balcão) com a finalidade de obtenção de

resultados e também com a finalidade de construção de hedges. Classificam-se como

derivativos de uso contínuo aqueles habituais de mercado negociados em balcão, tais como

swaps vanilla (taxas de juros, moedas, CDS, entre outros), operações a termo (moedas, por

exemplo), opções vanilla (moeda, Índice Bovespa), entre outros. Já os derivativos não

padronizados que não estão classificados como de uso contínuo ou as operações estruturadas

tem o seu uso condicionado à autorização do Comitê competente.

Análise do Risco de Mercado

A volatilidade internacional permaneceu elevada durante o primeiro trimestre do ano, em

especial no mercado de câmbio. De fato, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar

em relação a uma cesta de moedas, subiu 9,0%, atingindo o nível máximo de 100,33 pontos

em março e o mínimo de 90,28 em janeiro. A persistência do movimento de queda nos preços

das commodities se somou à frustração com o desempenho da economia chinesa, impactando

diretamente (e negativamente) as economias emergentes. Ao mesmo tempo, consolidou-se a

expectativa de proximidade do início da normalização monetária nos EUA, o que sustentou a

tendência de apreciação do dólar em relação às demais moedas. Além disso, os riscos de que a

inflação persistentemente baixa na Área do Euro frustre a retomada do bloco levou o Banco

Central Europeu (BCE) a ampliar seu programa de compra de ativos, incluindo títulos

soberanos dos países membros do bloco europeu.

A volatilidade internacional também foi influenciada negativamente pelo risco político renovado

na Europa, com a ameaça de default da Grécia. Ainda assim, o desempenho da atividade

econômica do bloco surpreendeu positivamente no primeiro trimestre e a sua retomada,

mesmo que gradual, deve ser beneficiada à frente pelos estímulos monetários adotados pelo

BCE, pela desvalorização do Euro e pela queda dos preços do petróleo. Por outro lado, a China

exibiu desaceleração mais intensa do que se esperava, compatível com uma taxa de

crescimento do PIB inferior à meta de 7,0% estabelecida pelo governo do país. Tal

comportamento, por sua vez, impõe desafios relevantes à condução da política econômica

local, além de intensificar o movimento de queda dos preços das commodities.

Nos EUA, apesar do crescimento da economia ter exibido alguma acomodação nos três

primeiros meses do ano, a trajetória de recuperação persiste de forma sustentada. Houve

continuidade do fortalecimento do mercado de trabalho, com queda adicional da taxa de

desemprego, a despeito de uma desaceleração da criação de vagas.

O cenário internacional adverso, em especial aos países emergentes, se somou à necessidade

de ajustes na política econômica e nas contas externas brasileiras e à piora do balanço de

riscos ao crescimento do PIB neste ano. De um lado, a redução dos saldos primários nos

últimos anos levou ao aumento do endividamento líquido do setor público, que passou de

33,6% do PIB no final de 2013, para 36,8% em 2014. De outro, e a despeito da desaceleração

exibida pela atividade econômica doméstica, o déficit em conta corrente manteve tendência

persistente de elevação, passando de US$ 81,4 bilhões para US$ 91,3 bilhões no mesmo

período. Como resultado, tornou-se necessário um ajuste da política fiscal e da taxa de

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

31

câmbio, de forma a reduzir o déficit nas transações correntes. Esse processo de ajuste explica

a oscilação do Real em intensidade maior que a média dos demais emergentes, ao passar de

R$/US$ 2,66 no final de dezembro para R$/US$ 3,21 no encerramento de março. Em linha

com o movimento da moeda, o CDS de cinco anos também subiu, de 202 para 282 pontos no

mesmo período.

A volatilidade observada no mercado de câmbio se repetiu nos contratos de taxas de juros. As

percepções em relação à atividade econômica foram afetadas negativamente pelo risco de

racionamento de água e energia, pela necessidade de um ajuste fiscal mais intenso do que o

esperado anteriormente, e pela queda acentuada dos investimentos em infraestrutura e na

cadeia de petróleo e gás. Na direção contrária, o realinhamento de preços administrados –

como parte do redirecionamento da política econômica – e a depreciação do Real pressionaram

a inflação, medida pelo IPCA, que oscilou de 6,41% nos doze meses encerrados em dezembro

para 8,13% em março. Com isso, o Bacen estendeu o ciclo de alta da taxa SELIC iniciado em

outubro, levando-a para 12,75% ao final de março. A taxa prefixada de 360 dias oscilou de

12,96% para 13,52% entre os dias 31 de dezembro e 31 de março, enquanto a taxa do DI

com vencimento em janeiro de 2017 passou de 12,90% para 13,38% no mesmo período.

Evolução da Exposição

Nesta seção apresentamos a evolução da exposição financeira, o VaR calculado pelo modelo

interno e o seu backtesting e a Análise de Estresse.

Exposição Financeira – Carteira Trading

VaR Modelo Interno – Carteira Trading

O VaR para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais, no final do 1° trimestre de 2015,

da Carteira Trading foi de R$ 18,2 milhões, tendo o fator de risco prefixado como a maior

participação no risco da Carteira.

Ativo Passivo

Prefixado 51.353 1.925

IPCA / IGP-M 3.881 3.873

Cupom Cambial 4.015 3.862

Moedas Estrangeiras 16.419 16.263

Renda Variável 178 -

Soberanos/Eurobonds /Treasury 13.340 7.951

Outros 284 17

Total Final do Trimestre 89.469 33.891

R$ milhões

Fatores de Riscosmar/15

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Obs.: VaR para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais.

VaR Modelo Interno – Carteira Regulatória

A Organização Bradesco foi a primeira instituição financeira autorizada pelo Bacen a utilizar,

desde janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na

sua gestão, na apuração da necessidade do capital regulamentar2 para todos os fatores de

risco e empresas da Organização. Esse capital é calculado com base na Carteira Regulatória,

que engloba a Carteira Trading mais a Exposição Cambial e em Commodities da Carteira

Banking, através do modelo VaR Delta-Normal (complementado pelos riscos Gama e Vega das

operações com opções). Cabe destacar que o valor em risco é extrapolado para o horizonte

regulatório3 (mínimo de 10 dias) pelo método da raiz do tempo. Os valores de VaR e VaR

Estressado demonstrados a seguir são para o horizonte de 10 dias e estão líquidos de efeitos

fiscais.

Obs.: VaR para o horizonte de 10 dias e líquidos de efeitos fiscais.

Para efeito da apuração da necessidade de capital regulamentar segundo o modelo interno

deve-se levar em consideração as regras descritas nas Circulares nº 3.646 e 3.674 do Bacen,

como o uso do VaR e do VaR Estressado sem efeitos fiscais, da média dos últimos 60 dias e do

multiplicador.

2 Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o máximo entre o modelo interno e 80% do modelo padrão, conforme Circulares 3.646 e 3.674 do Bacen. 3 É adotado o máximo entre o período de manutenção (holding period) da carteira e 10 dias, que é o horizonte regulatório mínimo exigido pelo Bacen.

Fatores de Riscos mar/15

Prefixado 17,3

IPCA / IGP-M 1,8

Cupom Cambial 2,1

Moedas Estrangeiras 3,8

Renda Variável -

Soberanos/Eurobonds /Treasury 3,9

Outros 1,6

Efeito correlação/diversificação (12,3)

VaR no final do trimestre 18,2

VaR médio no trimestre 23,8

VaR mínimo no trimestre 16,9

VaR máximo no trimestre 36,5

R$ milhões

VaR VaR Estressado

Taxa de Juros 59,1 158,1

Taxa de Câmbio 42,1 57,0

Preço de Mercadoria (Commodities) 2,6 6,4

Preço de Ações 4,7 -

Efeito correlação/diversificação (18,6) (24,3)

VaR no final do trimestre 90,0 197,2

VaR médio no trimestre 100,0 216,0

VaR mínimo no trimestre 60,5 168,3

VaR máximo no trimestre 155,8 295,6

R$ milhões

Fatores de Riscosmar/15

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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VaR Modelo Interno – Backtesting

O principal objetivo é monitorar, validar e avaliar a aderência do modelo de VaR, sendo que o

número de rompimentos ocorridos deve ser compatível com o número de rompimentos aceitos

pelos testes estatísticos realizados para o nível de confiança estabelecido. Outro objetivo é

aprimorar os modelos utilizados pela Organização, através das análises realizadas para

diferentes períodos de observação e níveis de confiança do VaR, tanto para o VaR Total como

por fator de risco.

A metodologia aplicada e os modelos estatísticos existentes são avaliados continuamente

utilizando-se técnicas de backtesting, que consistem na comparação do VaR com período de

manutenção de 1 dia e o resultado hipotético, obtido com as mesmas posições utilizadas no

cálculo do VaR, e o resultado efetivo, aqui considerando também a movimentação do dia para

o qual o VaR foi estimado.

Os resultados diários correspondentes aos últimos 250 dias úteis, tanto hipotéticos quanto

efetivos, superaram o respectivo VaR com o nível de confiança de 99% em sete vezes.

Os rompimentos ocorreram principalmente pelo aumento das volatilidades nos mercados local

e externo, conforme mencionado acima no texto sobre “Análise do Risco de Mercado”. De

acordo com o documento publicado pelo Basel Committee on Banking Supervision4, os

rompimentos seriam classificados como “Má-sorte ou os mercados se moveram de forma não

prevista pelo modelo”, ou seja, a volatilidade foi significativamente maior do que o esperado e

em algumas situações as correlações foram diferentes daquelas assumidas pelo modelo.

Os dois gráficos a seguir demonstram o VaR da Carteira Regulatória para 1 dia e os resultados

hipotético e efetivo apurados diariamente.

4 Supervisory Framework for the use “Backtesting” in Conjunction with the Internal Models Approach to Market Risk

Capital Requirements de janeiro de 1996.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Gráfico I – VaR versus Resultado Hipotético

Obs.: os pontos localizados abaixo da linha representam os rompimentos do modelo estatístico de VaR utilizado.

Gráfico II – VaR versus Resultado Efetivo

Obs.: os pontos localizados abaixo da linha representam os rompimentos do modelo estatístico de VaR utilizado.

Análise de Estresse – Carteira Trading

A Organização avalia, também diariamente, os possíveis impactos nas posições em cenários de

estresse para um horizonte de 20 dias úteis, com limite estabelecido no processo de

governança. Dessa forma, considerando o efeito de diversificação entre os fatores de risco e os

valores líquidos de efeitos fiscais, a possibilidade de perda média estimada em situação de

estresse seria de R$ 258 milhões no 1° trimestre de 2015, sendo que a perda máxima

estimada seria de R$ 434 milhões.

-150

-50

50

150

0 100

Re

torn

o

Risco

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Obs.: Valores líquidos de efeitos fiscais.

Derivativos

Os quadros a seguir apresentam a exposição em derivativos da Organização, segregada por

fator de risco (taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e commodities), mercado (balcão

e bolsa) e local de operação (Brasil ou Exterior):

Risco de Liquidez

O risco de liquidez é representado pela possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar

eficientemente suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas

significativas, bem como pela possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de

mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente

transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

O conhecimento e o acompanhamento deste risco são cruciais, sobretudo para que a

Organização possa liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro.

Processo de Gerenciamento do Risco de Liquidez

O processo de gerenciamento do risco de liquidez é realizado de maneira corporativa. Este

processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura

eficiente, sendo que a mensuração e o controle do risco de liquidez são realizados de maneira

centralizada e independente, contemplando o acompanhamento diário da composição dos

recursos disponíveis, o cumprimento do nível mínimo de liquidez e o plano de contingência

para situações de estresse.

A Organização dispõe de uma Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez aprovada

pelo Conselho de Administração, que tem como um de seus objetivos assegurar a existência

de normas, critérios e procedimentos que garantam à Organização o estabelecimento de

Reserva Mínima de Liquidez (RML), bem como a existência de estratégia e de planos de ação

mar/15

No final do trimestre 196

Médio no trimestre 258

Mínimo no trimestre 186

Máximo no trimestre 434

R$ milhões

Em 31 de março de 2015 - R$ milhões

Comprado Vendido Comprado Vendido

Balcão 24.063 22.767 19.679 16.640

Bolsa 85.530 37.464 5.479 4.748

Balcão 11.443 13.999 6.352 12.599

Bolsa 14.448 26.563 258 299

Balcão 76 - - -

Bolsa - 199 1 1

Balcão 15 130 - -

Bolsa - - 125 41

ExteriorBrasilFator de Risco Mercado

Taxa de Juros

Taxa de Câmbio

Preço de Ações

Preços de Mercadorias

(Commodities )

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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para situações de crise de liquidez. A política e os controles estabelecidos atendem plenamente

ao disposto pela Resolução nº 4.090 do CMN.

Nos critérios e procedimentos aprovados, é determinada a reserva mínima de liquidez a ser

mantida diariamente e os tipos de ativos elegíveis para composição dos recursos disponíveis.

Além disso, são estabelecidos os instrumentos para gestão da liquidez em cenário normal e em

cenário de crise e as estratégias de atuação a serem seguidas em cada caso.

Controle e Acompanhamento

A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Departamento de Tesouraria, com base nas

posições disponibilizadas pela área de back-office, que tem por responsabilidade fornecer as

informações necessárias para gestão e acompanhamento do cumprimento dos limites

estabelecidos. Já o DCIR é responsável pela metodologia de mensuração da reserva mínima de

liquidez, controle dos limites estabelecidos por tipo de moeda e empresa (inclusive para as não

financeiras), revisão de políticas, normas, critérios e procedimentos e realização de estudos

para as novas recomendações.

O risco de liquidez é acompanhado nas reuniões do Comitê Executivo de Tesouraria e Gestão

de Ativos e Passivos, que acompanha as reservas de liquidez, com descasamentos de prazos e

moedas. Adicionalmente, o acompanhamento também é feito pelo Comitê Executivo de Gestão

de Riscos de Mercado e Liquidez, pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de

Capital e pelo Conselho de Administração.

Comunicação Interna

No processo de gerenciamento de risco de liquidez são distribuídos diariamente relatórios às

áreas envolvidas na gestão e no controle, bem como à Alta Administração. Faz parte deste

processo diversos instrumentos de análises que são utilizados no monitoramento da liquidez,

tais como:

Distribuição diária dos instrumentos de controle da liquidez;

Atualização automática intra-day dos relatórios de liquidez para a adequada gestão do

Departamento de Tesouraria;

Elaboração de relatórios com as movimentações passadas e futuras, com base em

cenários;

Verificação diária do cumprimento do nível mínimo de liquidez;

Relatórios semanais para a Alta Administração com o comportamento e as expectativas

referentes à situação da liquidez.

O processo de gerenciamento de risco de liquidez conta com um sistema de alertas, que

determina o nível adequado de reporte dos relatórios de risco de acordo com o percentual de

utilização dos limites estabelecidos. Desta forma, quanto menor a reserva de liquidez em

relação ao nível mínimo necessário para situações de estresse, maiores níveis da Alta

Administração recebem os relatórios.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Risco Operacional

O risco operacional é representado pela possibilidade de perdas resultantes de falha,

deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.

Essa definição inclui o risco legal associado às atividades desenvolvidas pela Organização.

Processo de Gerenciamento do Risco Operacional

O processo de gerenciamento do risco operacional é realizado de maneira corporativa. Este

processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura

eficiente, sendo que a mensuração e o controle do risco operacional são realizados de maneira

centralizada e independente. Para isso, são realizados os seguintes procedimentos:

Identificação, avaliação e monitoramento dos riscos operacionais inerentes às atividades

da Organização, bem como de novos produtos/serviços e sua adequação aos

procedimentos e controles;

Mapeamento e tratamento dos registros de perdas operacionais para composição da base

de dados internos;

Mensuração, controle e reporte da evolução das perdas operacionais com a avaliação da

efetividade das ações mitigatórias junto às áreas de negócios/dependências;

Avaliação e cálculo da necessidade de capital para risco operacional;

Elaboração de relatórios sobre risco operacional para as áreas relacionadas ao processo

de gerenciamento, inclusive aos Comitês e à Alta Administração.

Estes procedimentos são suportados por diversos controles internos, sendo certificados de

forma independente quanto à sua efetividade e execução, visando a assegurar níveis

aceitáveis de riscos nos processos da Organização.

Metodologia de Mensuração do Risco Operacional

Em atendimento ao disposto na Circular nº 3.640 do Bacen, a Organização adotou a

Metodologia Padronizada Alternativa para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco

referente ao Risco Operacional (RWAopad).

Além disso, a Organização utiliza os dados internos de perdas operacionais, os quais são

elementos para apuração do risco operacional baseado em modelo interno (AMA - Advanced

Measurement Approach). Neste contexto, a Organização classifica os eventos de risco

operacional em:

A Organização é membro do consórcio mundial de base de dados de perdas operacionais

denominado Operational Riskdata Exchange (ORX) e faz uso destas informações para análise

de cenários e comparações dos eventos de perdas operacionais frente aos grandes bancos

globais.

Fraudes Internas Eventos Externos

Fraudes Externas Tecnologia da Informação

Recursos Humanos Processos

Relações Comerciais Regulatório

Eventos de Perdas

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Controle e Acompanhamento

O risco operacional é controlado e acompanhado primariamente por área independente, o

DCIR, sendo apoiada por diversas áreas que fazem parte do processo de gerenciamento deste

risco.

O DCIR coordena a Comissão de Controles Internos e Risco Operacional (CIRO). Esta

Comissão, que reporta ao Comitê Executivo de Risco Operacional (CERO) tem como objetivo

analisar o comportamento das perdas operacionais das áreas de negócios/dependências, a

eficiência e eficácia dos processos e controles adotados e avaliar dados externos de perdas

operacionais incorporando/ajustando, eventualmente, processos e controles.

O CERO por sua vez, é assessorado pelo DCIR, sendo que os assuntos de relevância são

reportados ao Comitê de Auditoria e ao Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de

Capital, que está subordinado ao Conselho de Administração.

O processo de governança é aprovado pelo Conselho de Administração sendo revisado ao

menos uma vez por ano.

Comunicação Interna

Os assuntos relacionados aos eventos de perdas operacionais, bem como os controles e ações

adotadas para a sua mitigação, são apresentados e discutidos periodicamente juntos às áreas

envolvidas no processo de gerenciamento do risco operacional, inclusive com o envolvimento

da Alta Administração.

Gerenciamento de Continuidade de Negócios – GCN

A Organização se empenha para adotar as melhores práticas de mercado em todas as suas

atividades estando entre elas a Continuidade de Negócios. Sempre alinhada com as políticas

internas, regulamentações do Bacen e recomendações do Comitê de Basileia de Supervisão

Bancária, o objetivo é proporcionar à Organização um plano de trabalho para que, em caso de

interrupção, as atividades críticas possam ser retomadas em condições pré-definidas de prazo,

nível de atendimento e local de trabalho, com impacto mínimo para nossos clientes.

Com o propósito de se ter uma única política e padronização do processo e ferramentas, as

atividades corporativas de Gerenciamento de Continuidade de Negócios estão sob a

responsabilidade do DCIR, área de Gerenciamento de Continuidade de Negócios (GCN).

Metodologia Corporativa

A metodologia de trabalho foi desenvolvida internamente, baseada nas melhores práticas

divulgadas pelos principais órgãos internacionais do setor: DRI International (EUA) e BCI -

Business Continuity Institute (Inglaterra), e também normativos e frameworks nacionais, como

por exemplo, a norma NBR 15999 e, mais recentemente a ISO 220301.

A metodologia Bradesco para execução de um projeto de Plano de Continuidade de Negócio

(PCN) e implantação do processo de gerenciamento de continuidade de negócios contempla

ações que estão estruturadas em seis fases:

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Fase 1: Apresentação – Conscientização;

Fase 2: Planejamento – Definições de escopo, proposta de trabalho e responsáveis;

Fase 3: Dimensionamento e Desenvolvimento – Aplicação do relatório de análise de impacto

nos negócios, análise de vulnerabilidades e tomada de decisão;

Fase 4: Implantação – Preparo do plano e execução de testes programados de continuidade;

Fase 5: Manutenção – Manutenção do plano já implantado;

Fase 6: Testes não Programados – Preparo e execução de testes não programados.

Todas as fases acima descritas são desenvolvidas por meio de um conjunto de atividades,

ferramentas, entregáveis e marcos que definem o encerramento de cada uma delas, que

contam sempre com o suporte e conhecimento da área de GCN.

Processo de Gerenciamento de Continuidade de Negócios

O processo de gerenciamento de continuidade de negócios consiste no acompanhamento de

todas as atividades que envolvem os projetos de PCN da Organização, desde a elaboração das

políticas, definição das metodologias e ferramentas corporativas, até a avaliação da adequação

dos planos de cada dependência da Organização, mediante a execução de testes programados

e não programados.

Esses testes de avaliação de cada PCN são realizados pelo menos uma vez ao ano,

predefinidos por meio de um calendário anual, e são conduzidos pelo responsável PCN da

dependência com assessoria do responsável técnico em GCN do DCIR. Durante a execução dos

testes são coletadas evidências e ao final é preenchido um relatório de validação. Havendo

necessidade de melhoria e/ou correção, é requerido um plano de ação com uma data limite

para implantação da atualização do PCN.

O relatório é validado pela Dependência em conjunto com o DCIR e fica disponível para

avaliação do Agente de Controles Internos da dependência e também à disposição das

auditorias internas e externas, conforme o caso.

Comunicação Interna

As ações de comunicação são realizadas através de treinamento on-line, acessível a todas as

Dependências por meio da intranet corporativa, e palestras presenciais de conscientização que

precedem a realização dos testes anuais. A participação é acompanhada anualmente por meio

de avaliações qualitativas obtidas de amostras aleatórias, com intuito de aferir o conhecimento

retido e identificar oportunidades de melhoria.

Risco Socioambiental

O risco socioambiental é definido pela Resolução nº 4.327 do CMN como a possibilidade de

ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais. Os riscos socioambientais

associados às instituições financeiras são, em sua maioria, indiretos e advém das relações de

negócios, incluindo aquelas com a cadeia de fornecimento e com os clientes, por meio de

atividades de financiamento e investimento.

Na busca contínua pelo aperfeiçoamento das estruturas organizacionais, em 2014 o Bradesco

centralizou o controle do risco socioambiental no DCIR.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

40

Processo de Gerenciamento do Risco Socioambiental

Em suas atividades, a Organização busca incorporar e aprimorar constantemente critérios para

gerenciar riscos socioambientais e contribuir no relacionamento com seus clientes e

fornecedores. Nesse sentido, aderiu a compromissos voluntários e públicos, além de ter

desenvolvido critérios e procedimentos internos com o objetivo de aperfeiçoar a gestão destes

riscos e atender as partes interessadas.

Dos compromissos assumidos, destaca-se a adesão, em 2004, aos Princípios do Equador, um

referencial da indústria financeira para determinar, avaliar e gerenciar riscos sociais e

ambientais em financiamentos a projetos, que adota os Padrões de Desempenho de

Sustentabilidade Ambiental e Social estabelecidos pela International Finance Corporation (IFC)

e as Diretrizes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do Grupo Banco Mundial.

Em 2010, o Bradesco Asset Management (BRAM) aderiu aos Princípios para o Investimento

Responsável (PRI - Principles for Responsible Investment), que incentiva a inclusão de

aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa nas políticas e decisões de

investimentos.

Controle e Acompanhamento

Operações de Crédito

A Organização acompanha o processo de análise, aprovação, contratação e posterior

monitoramento das operações que se enquadram nos Princípios do Equador.

Em 2013, foi lançada uma nova versão do compromisso, que passou a ser implementada a

partir de 2014. Entre as principais mudanças dos Princípios do Equador III está a ampliação do

escopo de aplicação, que passou a incluir Financiamentos Corporativos a Projetos e

Empréstimos-Ponte. Seguem as categorias de aplicação:

Serviços de Assessoria a Project Finance em que o custo de capital do Projeto é igual ou

superior a US$ 10 milhões;

Financiamentos na modalidade Project Finance em que o custo de capital do Projeto é

igual ou superior a US$ 10 milhões.

Financiamentos Corporativos a Projeto em que:

a) a maior parte do empréstimo destina-se a um único Projeto, sobre o qual o

cliente tem Controle Operacional Efetivo;

b) o valor total do financiamento é igual ou superior a US$ 100 milhões;

c) o compromisso individual do Bradesco numa situação de sindicato é de pelo

menos US$ 50 milhões; e

d) o prazo do financiamento é igual ou superior a dois anos.

Empréstimos-Ponte com duração inferior a dois anos, a serem refinanciados por Project

Finance ou Financiamento Corporativo a Projeto.

Além de atender aos Princípios do Equador nos casos acima citados, a Organização também

segue um conjunto próprio de critérios e procedimentos com viés socioambiental nas análises

de crédito de operações destinadas a projetos que apresentem potencial risco socioambiental.

Fazem parte das análises, a verificação da existência de áreas contaminadas e de áreas

embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis

(IBAMA), licenças, certificações, relatórios de arqueologia, relatórios de impacto ambiental e

outros estudos ambientais, além de visitas técnicas, quando necessárias. Para uma melhor

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

41

contextualização dos potenciais impactos dos projetos também são utilizadas imagens de

satélite que indicam a localização dos biomas brasileiros, unidades de conservação, terras

indígenas, cavernas, atividades minerárias, biodiversidade, cidades e diversas outras

informações que contribuem para uma análise detalhada do local onde será desenvolvido o

projeto a ser financiado. Desta forma, as análises auxiliam na identificação de potenciais riscos

socioambientais a serem trabalhados junto aos clientes.

A tomada de decisão pelo Comitê Executivo de Crédito leva em consideração os riscos

socioambientais, além dos demais aspectos econômico-financeiros e, uma vez aprovada a

concessão de crédito, a contratação da operação é realizada mediante negociação e inserção

de obrigações socioambientais nos contratos de financiamento. A partir de então, os projetos

que apresentam potenciais riscos socioambientais são monitorados, visando o cumprimento

das referidas obrigações.

Já o Comitê de Sustentabilidade é responsável pela validação da política de responsabilidade

socioambiental. Este Comitê atua junto à Alta Administração para definir as estratégias que

envolvem a sustentabilidade organizacional sendo subordinado ao Conselho de Administração.

Cadeia de fornecimento

O Bradesco possui o Programa de Avaliação e Monitoramento Socioambiental de Fornecedores

que visa à mitigação dos riscos socioambientais na sua cadeia de suprimentos. Neste

programa, os fornecedores são avaliados num processo contínuo e permanente, tendo em

vista: a legislação ambiental, trabalhista e de saúde e segurança do trabalho vigente, normas

internacionais e diretrizes internas adotadas pela Organização.

Acordo de Capital de Basileia – Basileia II

O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária divulgou, em 1988, o Acordo de Capital de

Basileia - Basileia I, instituindo o requisito de capital mínimo em relação ao risco de crédito.

Apesar da aplicação desse acordo não ser obrigatória, diversos países (inclusive o Brasil)

observando os aspectos prudenciais, aderiram a ele espontaneamente. Posteriormente, em

1996, o Comitê de Basileia de Supervisão Bancária acrescentou o risco de mercado como mais

um fator de risco a ser considerado na apuração da necessidade de capital.

Diante da evolução do cenário bancário mundial e da aceleração do ritmo de integração dos

diversos mercados financeiros, por meio de complexos e sofisticados instrumentos, surgiu à

necessidade de aprimoramento nas regras de exigência de capital. Em 2004, o Comitê de

Basileia de Supervisão Bancária publicou o Acordo de Capital de Basileia - Basileia II, que tem

como principal característica a introdução do conceito e importância de se utilizar as melhores

práticas de gestão de riscos nas organizações, com a recomendação de um arcabouço formado

de processos, estruturas e metodologias necessárias à gestão efetiva dos riscos aos quais uma

organização está sujeita. Este acordo baseia-se em uma estrutura conhecida como “os três

pilares”:

Pilar I – Capital Regulatório: propõe melhorias e aperfeiçoamentos nas regras para

mensuração dos riscos, permitindo a utilização de modelos internos (abordagem avançada)

para apurá-los, além da introdução da exigência de capital para cobertura do risco operacional.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

42

Pilar II – Supervisão: estabelece os princípios de supervisão bancária, os critérios para o

tratamento dos riscos não cobertos pelo Pilar I e definições e procedimentos de gerenciamento

por parte da administração.

Pilar III – Disciplina de Mercado: recomenda aos bancos a divulgação de um conjunto mínimo

de informações, aumentando a transparência das instituições, de modo que o mercado possa

realizar uma avaliação melhor fundamentada nos riscos incorridos.

Basileia II na Organização

Pelo conhecimento prático da importância do gerenciamento de risco para atingir seus

objetivos, desde o início a Organização acreditou que a implantação do Acordo de Capital de

Basileia, juntamente à implementação das melhores práticas de mercado, resultaria em

significativo aprimoramento nos processos de gerenciamento de riscos. Por isso, desde 2003, a

partir dos documentos consultivos divulgados pelo Comitê de Basileia de Supervisão Bancária e

dos exercícios de impactos quantitativos (QIS – Quantitative Impact Study) para implantação

deste acordo, a Organização preparou, de maneira integrada, a sua adequação aos requisitos

propostos por tais documentos.

Em 2004, com a publicação do documento definitivo sobre o Acordo de Capital de Basileia -

International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards (o qual foi revisado

em 2005), foi estabelecido um plano de implementação interno. Sob a coordenação do DCIR, o

plano envolve diversas áreas da Organização e tem acompanhamento de uma estrutura de

PMO (Project Management Office), sob a responsabilidade do Departamento de Organização e

Métodos.

Todos os trabalhos seguem orientações de um Comitê Executivo específico, designado pelo

Conselho de Administração, demonstrando o total comprometimento de nossa administração

com a implantação do Acordo de Capital de Basileia.

Conforme previsto no Acordo de Capital, é permitida às instituições financeiras a utilização de

modelos internos para apuração dos riscos. Assim, primando pelo aperfeiçoamento contínuo e

melhores práticas do processo de gerenciamento de riscos, a Organização foi a primeira

instituição financeira no país autorizada pelo Bacen a utilizar, desde janeiro de 2013, seus

modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na sua gestão, para apuração do

capital regulamentar.

Acordo de Capital de Basileia – Basileia III

Em junho de 2011, o Comitê de Basileia publicou o documento “Basel III: A global regulatory

framework for more resilient banks and banking systems - revised”, conhecido como Basileia

III, em resposta regulatória internacional à crise financeira e bancária de 2008. O Acordo

busca aumentar a qualidade e quantidade do capital das instituições financeiras, a fim de

tornar o sistema financeiro mais resiliente e reduzir riscos e custos. Este acordo trata-se de um

movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial aplicável às instituições

financeiras, tendo a definição do capital regulatório e o montante de capital alocado como

elementos primordiais. O novo acordo é bastante abrangente e propõe, entre outras medidas:

Definição de capital mais rigorosa, visando fundamentalmente ampliar a capacidade de

absorver perdas;

Harmonização internacional da definição do capital;

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

43

Ampliação da transparência quanto à composição do capital;

Criação de duas modalidades de capital suplementar (buffers), que incentivam as

instituições financeiras a acumularem reservas adicionais de capital em períodos de

rápida expansão do ciclo econômico para serem utilizadas em momentos de estresse;

Ampliação do escopo dos riscos capturados pela estrutura de capital;

Introdução do Índice de Alavancagem, a ser aplicado como medida complementar ao

requerimento mínimo de capital;

Adoção de requerimentos mínimos quantitativos para risco de liquidez; e

Criação de modalidades de capital adicionais aplicados em bancos sistemicamente

importantes.

Em março de 2013, com complemento em outubro de 2013, o CMN estabeleceu as regras de

definição e requerimento de capital regulamentar para Basileia III no Brasil, através das

seguintes resoluções:

Resoluções nº 4.192 e 4.278, que dispõem sobre a metodologia de apuração do capital

de instituições financeiras Patrimônio de Referência (PR);

Resoluções nº 4.193 e 4.281, que tratam da apuração dos requerimentos mínimos de

capital a serem mantidos sob a forma de PR, de Nível I e de Capital Principal. Também

institui o Adicional de Capital Principal e estabelece as medidas a serem adotadas no

caso de este não ser cumprido;

Resolução nº 4.194, que estabelece a faculdade de cooperativas de crédito apurarem os

requerimentos de capital de forma simplificada; e

Resolução nº 4.280, que trata da nova base de apuração consolidada do PR e dos

requerimentos mínimos de capital para instituições integrantes do Conglomerado

Prudencial.

Adicionalmente, foi criado pelo Bacen um conjunto de circulares que determinam os

procedimentos de apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) para Risco

de Crédito, de Mercado e Operacional (abordagem padrão e interna).

As novas regras de Basileia III tiveram início em outubro de 2013 com implementação gradual

até 2019.

Gerenciamento de Capital

Processo Corporativo de Gerenciamento de Capital

O processo de gerenciamento de capital é realizado de forma a proporcionar condições para o

alcance de objetivos estratégicos da Organização, considerando o ambiente de negócios. Este

processo é compatível com a natureza das operações, complexidade dos produtos e serviços e

com a dimensão da exposição a riscos da Organização.

A Organização exerce a gestão do capital, envolvendo as áreas de controle, e áreas de

negócios, conforme diretrizes da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração. Alinhado

às diretrizes estratégicas, é elaborado o plano de capital e identificadas ações de contingência

a serem consideradas em cenário de estresse, que visam manter adequado nível de capital

para fazer face aos riscos incorridos pela Organização e suficientes para manter limites e

margens gerenciais aprovados pelo Conselho de Administração.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

44

A estrutura de governança do gerenciamento de capital e do processo interno de avaliação da

adequação de capital (ICAAP) é composta por Comitês e tem o Conselho de Administração

como órgão máximo. Nesta estrutura, destaca-se o Departamento de Planejamento,

Orçamento e Controle (DPOC), cuja missão é suportar a elaboração e execução da estratégia

corporativa, gerir o modelo de performance financeira e acompanhar a eficiência e eficácia da

Organização. O DPOC subsidia a Alta Administração com análises e projeções da necessidade

de capital, identificando ameaças e oportunidades que contribuem com o planejamento da

suficiência, otimização do uso e da alocação eficiente do capital, sendo o Departamento

responsável por atender as determinações do Bacen pertinentes às atividades de

gerenciamento de capital.

Adequação do Patrimônio de Referência (PR)

Este processo é acompanhado diariamente e visa assegurar que a Organização mantenha uma

sólida base de capital para apoiar o desenvolvimento das atividades e fazer face aos riscos

incorridos, seja em situações normais ou em condições extremas de mercado, além de atender

os requerimentos regulatórios.

Sob a ótica do Bacen, as instituições financeiras devem manter, permanentemente, capital

(Patrimônio de Referência) e adicional de capital principal compatível com os riscos de suas

atividades, representado pelo Ativo Ponderado pelo Risco (RWA), que é calculado

considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMITÊ DE GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS E ALOCAÇÃO DE CAPITAL

PRESIDÊNCIA

ASSEMBLEIA GERAL DE ACIONISTAS

INSPETORIA GERAL

CONSELHO FISCAL

COMITÊ DE AUDITORIA

DIRETORIA EXECUTIVA

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO

E CONTROLE

COMITÊ DE CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE

COMITÊ EXECUTIVO DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

45

RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito;

RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do

requerimento de capital mediante abordagem padronizada, que se dá mediante a soma das

seguintes parcelas:

RWAJUR: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxa de juros;

RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;

RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias

(commodities); e

RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos

sujeitos à variação cambial;

RWAMINT: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do

requerimento de capital mediante modelo interno;

RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional.

Além disso, a Organização deve manter também PR suficiente para fazer face ao risco de taxa

de juros das operações não incluídas na carteira de negociação (risco da taxa de juros da

carteira Banking), o qual é calculado por meio da metodologia de EVE.

Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR)

A seguir, apresentamos o detalhamento das informações relativas ao PR da Organização, sob a

ótica do Conglomerado Prudencial.

(1) De acordo com a Resolução nº 4.192 do CMN.

O PR da Organização aumentou em função do crescimento do patrimônio líquido. Para maiores

informações sobre o PR e detalhamento das dívidas subordinadas consultar “Anexo 1

Composição do Patrimônio de Referência (PR) e informações sobre a adequação do PR” e

“Anexo 2 - Principais Características dos Instrumentos do Patrimônio de Referência (PR)”,

disponível no site www.bradescori.com.br.

mar/15

Patrimônio de Referência - Nível I 74.095

Capital Principal 74.095

Patrimônio Líquido 83.937

Minoritários 4

Redução dos Ativos Diferidos -

Redução dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos -

Ajustes Prudencias1 (9.846)

Patrimônio de Referência - Nível II 19.513

Soma dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos -

Dívidas Subordinadas1 19.513

Dedução dos Instrumentos de Captação -

Total do Patrimônio de Referência (PR) 93.608

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

46

Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)

Apresentamos a seguir a evolução dos ativos ponderados pelo risco (RWA) do Conglomerado

Prudencial, abordagem regulamentar:

(1) Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o máximo entre o modelo interno e 80% do

modelo padrão, conforme Circulares 3.646 e 3.674 do Bacen.

A Organização encerrou o 1º trimestre de 2015 com um RWA de R$ 614,6 bilhões.

O RWA para risco de crédito foi de R$ 557 bilhões, o que representou 90,6% do RWA total,

sendo que desse percentual 45,3% representam a necessidade de capital regulamentar em

operações de crédito (varejo e não varejo). Neste trimestre o RWA de risco de mercado ficou

RWA mar/15

Risco de Crédito 557.015

FPR de 0% -

FPR de 2% 235

FPR de 20% 2.430

FPR de 35% 5.245

FPR de 50% 8.605

FPR de 75% 124.354

FPR de 85% 98.870

FPR de 100% 278.950

FPR de 250% 27.786

FPR de 300% 10.301

FPR de 909,09% 239

Risco de Mercado1 18.442

Taxa de Juros Prefixada em Real 8.428

Taxa de Juros de Cupom de Moeda Estrangeira 8.188

Taxa de Juros de Cupom de Índice de Preços 1.691

Taxas de Cupom de Juros -

Preço de Ações 757

Preço de Mercadorias (commodities ) 219

Exposição em Ouro, Moedas Estrangeiras e Câmbio 6.251

Risco Operacional 39.117

Finanças Corporativa 1.068

Negociação e Vendas 1.733

Varejo 6.340

Comercial 18.996

Pagamentos e Liquidações 7.391

Serviços de Agente Financeiro 2.256

Administração de Ativos 1.237

Corretagem de Varejo 97

Montante RWA 614.574

Patrimônio de Referência Exigido (PRE) 67.603

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 3.501

R$ milhões

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

47

em R$ 18,4 bilhões, representando 3% do RWA total. Para a necessidade de capital

regulamentar prevaleceu o modelo de cálculo interno em comparação com 80% do modelo

padrão, cujo valor de RWA foi de R$ 17,6 bilhões, conforme determina a Circular nº 3.674 do

Bacen. Em relação ao risco operacional, o RWA foi de R$ 39,1 bilhões, valor equivalente a

6,4% do RWA total, sendo que 48,6% referem-se à linha de negócio comercial. O capital

necessário para fazer face ao risco de taxa de juros da carteira Banking foi de R$ 3,5 bilhões.

Acompanhamento dos Índices e Margem

O Índice de Basileia é um indicador internacional definido pelo Comitê de Basileia de

Supervisão Bancária, que recomenda a relação mínima de 8% entre o capital e os ativos

ponderados pelos riscos. No Brasil, em março de 2015 a relação mínima exigida era de 11%

para PR, 6% para Nível I do PR e 4,5% para Capital Principal conforme regulamentação

vigente (Resoluções nº 4.192 e 4.193 do CMN).

(1) Menor Margem calculada entre o PR Total, Nível I e Capital Principal e deduzido o PRE para cada visão.

Suficiência de Capital

O gerenciamento do capital está alinhado ao planejamento estratégico e considera uma visão

prospectiva, antecipando possíveis mudanças nas condições do ambiente econômico e

comercial em que atuamos.

A metodologia de gerenciamento de capital da Organização visa assegurar permanentemente

uma composição sólida de capital para apoiar o desenvolvimento das suas atividades e

garantir a adequada cobertura dos riscos incorridos. Um importante componente dessa

metodologia é a margem gerencial de capital (buffer gerencial), que é adicionada aos

requerimentos mínimos regulatórios (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital

Principal).

A definição do buffer gerencial está alinhada às práticas líderes de mercado e aos

requerimentos regulatórios, observando diversos aspectos, tais como impactos adicionais

gerados por cenários de estresse, riscos qualitativos e riscos não capturados pelo modelo

regulatório. O buffer gerencial é aprovado pelo Conselho de Administração como parte do

apetite a riscos da Organização, e atualmente corresponde aproximadamente a 27% do capital

mínimo regulatório (11%).

A suficiência de capital regulamentar da Organização é demonstrada mediante a apuração do

Índice de Basileia que neste período foi de 15,23%, sendo que para os índices considerando o

Capital Nível I e Capital Principal os valores foram de 12,06%. Em termos de margem, o

R$ milhões

mar/15

Patrimônio de Referência (PR) 93.608

Patrimônio de Referência - Nível I 74.095

Capital Principal 74.095

Patrimônio de Referência Exigído (PRE) 67.603

Margem1 26.004

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 3.501

Índice de Basileia 15,23%

Índice de Nível I 12,06%

Índice de Capital Principal 12,06%

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

48

montante atingido foi de R$ 26 bilhões, o que possibilita um incremento de até R$ 273 bilhões

em operações de crédito (Varejo).

É Importante destacar que desde janeiro de 2015, de acordo com a Resolução n° 4.192 do

CMN que trata da metodologia para apuração dos índices de Capital Principal, Nível I e

Patrimônio de Referência, o escopo regulamentar passou a ser o Conglomerado Prudencial, os

ajustes prudenciais subiram de 20% para 40% e o uso das dívidas subordinadas elegíveis a

capital emitidas nas regras anteriores à Basileia III caiu de 80% para 70% do estoque dessas

dívidas.

Projeções do Capital

A área de gerenciamento de capital e ICAAP é responsável por realizar simulações e projeções

do capital da Organização, considerando de forma prospectiva as variações e tendências que

estão alinhadas com as diretrizes estratégicas, o ambiente de negócios e os impactos

decorrentes das regulamentações. Os resultados obtidos nas projeções são submetidos à

avaliação da Alta Administração, conforme governança estabelecida.

As projeções apresentam variações positivas nos índices dos Capitais de Nível I e Principal. O

aumento é justificado, basicamente, pelo maior valor da incorporação dos lucros líquidos em

relação ao aumento nos ajustes prudenciais dado pela majoração dos fatores estabelecidos no

Art. 11 da Resolução n° 4.192 do CMN.

Os índices de Patrimônio de Referência projetados para os próximos três anos apresentam-se

acima dos requerimentos mínimos regulamentares e gerenciais, apresentando adequado grau

de segurança para suportar os riscos materiais incorridos.

Simulação - Basileia III

A partir das regras de Basileia III publicadas pelo Bacen em março e outubro de 2013, as

quais estão relacionadas à definição de capital e ampliação de escopo de riscos e que estão

sendo implementadas gradualmente até 2019, apresentamos a simulação baseada em

premissas estratégicas para o Conglomerado Prudencial, considerando o atendimento pleno

das regras na data-base março de 2015, ou seja, antecipando todos os impactos previstos ao

longo do cronograma de implantação, conforme a Resolução nº 4.192 do CMN.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

49

Basileia III – Estudo de Impacto

Balanços Patrimoniais

Apresentamos a seguir o comparativo entre o balanço do Conglomerado Prudencial e o balanço

publicado nas demonstrações contábeis completas:

12,1% 12,0%

3,2% 1,5%

15,2%13,5%

mar - 15 mar - 15

Nível II do PR

Nível I do PR

Basileia III Basileia III Integral

R$ milhões

Balanço Patrimonial Consolidado

ATIVO Prudencial Publicação

Circulante e realizável a longo prazo 810.811 1.015.434

Disponibilidades 13.567 13.683

Aplicações interfinanceiras de liquidez 195.741 195.745

Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 152.074 344.430

Relações interfinanceiras 48.354 48.284

Relações interdependências 180 180

Operações de crédito 298.438 298.579

Operações de arrendamento mercantil (168) 3.777

Outros créditos 99.618 105.780

Outros valores e bens 3.007 4.976

Permanente 55.519 19.380

Investimentos 35.421 1.636

Imobilizado de uso 2.935 4.952

Imobilizado de arrendamento 7.395 -

Diferido (a) 187 -

Intangível     9.581 12.792

    Adquiridos a partir de 1º de Outubro de 2013 (b) 4.581 133

    Ágio baseado em expectativa de rentabilidade futura (c) 1.162 6.297

    Outros ativos intangíveis 3.838 6.362

Total 866.330 1.034.814

mar/15

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

50

Obs.: As letras entre parênteses fazem referência aos dados apresentados no Anexo 1.

R$ milhões

PASSIVO Prudencial Publicação

Circulante e exigível a longo prazo 781.007 949.066

Depósitos 212.774 211.703

Captações no mercado aberto 288.061 303.740

Recursos de emissão de títulos 93.268 88.247

Relações interfinanceiras 1.190 1.120

Relações interdependências 3.127 3.127

Obrigações por empréstimos 19.743 19.764

Obrigações por repasses do país - instituições oficiais 40.934 40.934

Obrigações por repasses do exterior 1.672 1.672

Instrumentos financeiros derivativos 5.910 5.711

Provisões técnicas de seguros previdência e capitalização - 157.295

Outras obrigações 114.328 115.753

Provisão para imposto de renda diferido (d) 2.260 3.298

Dívidas Subordinadas (e) 38.013 38.013

Diversas 74.055 74.442

Resultados de exercícios futuros 288 312

Participação minoritária nas controladas autorizadas pelo Bacen (f) 13 13

Participação minoritária nas controladas não autorizadas pelo Bacen (g) 1.085 1.486

Patrimônio líquido 83.937 83.937

Capital (h) 43.100 43.100

Reserva de Capital (i) 11 11

Reservas de Lucros (j) 41.936 41.936

Ajuste de Avaliação Patrimonial (k) (812) (812)

Ações em Tesouraria (l) (298) (298)

Patrimônio líquido administrado pela controladora 85.035 85.436

Total 866.330 1.034.814

R$ milhões

Contas de compensação Prudencial

Participação superiores a 10% do Cap. Social de Entidades Controladas não Sujeitas à Autorização do

Bacen (m)14.864

Investimentos em Instrumentos de Captação Elegíveis a Capital Principal da Investida (n) 132

Créditos tributários de diferença temporária (o) 9.765

Créditos tributários de prejuízo fiscal acumulado (p) 5.723

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Instituições participantes do Conglomerado Prudencial

Para o escopo da publicação, além das instituições pertencentes ao Conglomerado Prudencial,

também participam da consolidação as demais empresas a seguir:

Banco Bradesco S.A. Bradesco Fic Fi Multimercado Cristal Ii

Ágora Corretora De Títulos E Valores Mobiliários S.A. Bradesco Fic Fi Multimercado Cristal Iv

Alvorada Cia. Securitizadora De Créditos Financeiros Bradesco Fic Fundo Invest Referenciado Di Carnauba

Banco Alvorada S.A. Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil

Banco Boavista Interatlântico S.A. Bradesco Private Fic Fi Rf Irf-M Ativo

Banco Bradescard S.A. Bradesco S.A. Corretora De Títulos E Valores Mobiliários

Banco Bradesco Argentina S.A. Bradesco Securities Hong Kong Ltda.

Banco Bradesco Bbi S.A. Bradesco Securities Uk Limited

Banco Bradesco Berj S.A. Bradesco Securities, Inc.

Banco Bradesco Cartões S.A. Bram Bradesco Asset Management S.A. D.T.V.M.

Banco Bradesco Europa S.A. Cia. Brasileiras De Soluções E Serviços - Alelo

Banco Bradesco Financiamentos S.A. Cia. Securitizadora De Crédito Financiamento Rubi

Banco Cbss S.A. Cidade Capital Markets Limited

Bec Distribuidora De Títulos E Valores Mobiliários Ltda. Cielo Inc. (Usa)

Bem Distribuidora De Títulos E Valores Mobiliários Ltda. Cielo S.A.

Bmc Asset Management - Distribuidora De Títulos E Valores Mobiliários Ltda. Crediare S.A. Crédito, Financiamento E Investimento

Brad Fi Mult Cred Priv Inv Exterior Andromeda Everest Leasing S.A. Arrendamento Mercantil

Bradescard México, Sociedad De Responsabilidad Limitada F Ii - Fundo De Investimento Rf Cred Privado

Bradesco - Agência Grand Cayman Fip Multisetorial Plus

Bradesco - Agência New York Fundo Inv Em Participacoes Multisetorial Plus Ii

Bradesco Administradora De Consórcios Ltda. Merchant E-Solutions

Bradesco F.I. Referenciado Di Performance Promosec Cia. Securitizadora De Creditos Financeiros

Bradesco F.I.C. F.I. Referenciado Di Galáxia Strong Fundo De Inv. Renda Em Cotas Fim

Bradesco Fi Mult Cred Priv Inv Exterior Pioneiro Tibre Distribuidora De Títulos E Valores Mobiliários Ltda.

Bradesco Fi Multimercado Cred Privado Apolo Token Gestão De Contas De Pagamento S.A.

Bradesco Fi Referenciado Di Uniao

Empresas Consolidadas

2bcapital S.A. Fidelity Processadora E Serviços S.A.

Ágora Educacional Ltda. Ganant Corretora De Seguros Ltda.

Aicare Holdings Ltda.Guilher Comércio, Importação, Exportação E Distribuição De

Medicamentos E Tecnologia Para Saúde Ltda.

Alpha Serviços De Rede De Auto Atendimento S.A. Ibi Corretora De Seguros Ltda.

Alvorada Administradora De Cartões Ltda. Ibi Promotora De Vendas Ltda.

Alvorada Serviços E Negócios Ltda. Imagra Imobiliária E Agrícola Ltda.

Amapari Holdings S.A. It Partners Ltd.

Andorra Holdings S.A. Itaúna Holdings Ltda.

Apore Holdings S.A. Japira Holdings S.A.

Aquarius Holdings Ltda. Kartra Participações Ltda.

Aranau Holdings S.A. Leader S.A. Administradora De Cartões De Crédito

Baíra Holding Ltda. Lecce Holdings S.A.

Baneb Corretora De Seguros S.A. Livelo S.A.

Bankpar Brasil Ltda. Lyon Holdings Ltda.

Bankpar Consultoria E Serviços Ltda. M4 Produtos E Serviços S.A.

Barinas Holdings S.A. Malibu Holdings Ltda.

Bcn Consultoria, Administração De Bens, Serviços E Publicidade Ltda. Manacás Holdings Ltda.

Belak Participações Ltda. Marselha Holdings Ltda.

Bf Promotora De Vendas Ltda. Miramar Holdings S.A.

Bpar Corretagem De Seguros Ltda. Mpo Processadora De Pagamentos Móveis S.A.

Bradescard Elo Participações S.A. Multidisplay Com E Serviços Tecnologicos S.A.

Bradesco North America Llc-Delaware-Usa Nova Marília Administração De Bens Móveis E Imóveis Ltda.

Bradesco Overseas Funchal - Consulting Services, Sociedade Unipessoal Lda. Nova Paiol Participações S.A.

Bradesco Overseas Salzburg Service Gmbh Paggo Soluções E Meios De Pagamento S.A.

Bradesco Service Co. Ltd. Prevsaúde Comercial De Produtos E De Benefícios De Farmácia Ltda.

Bradescor Corretora De Seguros Ltda. Pts Viagens E Turismo Ltda.

Demais Empresas Consolidadas - Publicação

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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A abrangência regulamentar para avalição de suficiência de capital desde janeiro de 2015 é o

Conglomerado Prudencial, conforme regulamentações do Bacen. Vale destacar, porém, que as

demais empresas integrantes do Consolidado Econômico-Financeiro, apresentadas na tabela

anterior, também fazem parte do processo de gerenciamento de riscos da Organização. Para

essas empresas são avaliados todos os riscos inerentes as suas atividades, com destaque para

as empresas que fazem parte do Grupo Bradesco Seguros, as quais também seguem padrões

regulamentares de capital, seja pelas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep)

ou Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dependendo do ramo de atuação de cada

uma.

No Grupo Bradesco Seguros, além dos riscos de mercado, crédito, operacional, liquidez, entre

outros, se destaca o risco de subscrição, que é o principal risco que uma sociedade seguradora

está exposta. Este risco é oriundo de uma situação econômica adversa, que contraria as

expectativas da sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição

no que se refere às incertezas existentes, tanto na definição das premissas atuariais quanto na

constituição das provisões técnicas e cálculo de prêmios e contribuições. Em síntese, é o risco

de que a frequência ou a severidade de sinistros ou benefícios ocorridos sejam maiores do que

aqueles estimados pela sociedade seguradora.

O gerenciamento do risco de subscrição é realizado pelo Departamento de Estudos Atuariais e

Gestão de Riscos, estrutura pertencente ao Grupo Bradesco Seguros, a qual é parte integrante

da estrutura de gerenciamento de riscos da Organização. Esta área tem como uma de suas

principais atribuições o desenvolvimento de modelo interno para o cálculo do capital econômico

baseado no risco de subscrição. Este processo de gerenciamento está em conformidade com as

políticas, normas e procedimentos da Organização e busca diversificar as operações de seguros

visando primar pelo balanceamento da carteira e se sustenta no agrupamento de riscos com

características similares, de forma a reduzir o impacto de riscos isolados.

Bradesplan Participações Ltda. Quixaba Empreendimentos E Participações Ltda.

Bradport - Sgps Sociedade Unipessoal, Lda Quixaba Investimentos S.A.

Bram Us Llc Rfs Human Management, Sociedad De Responsabilidad Limitada

Brasília Cayman Investments Ii Limited Rubi Holdings Ltda.

Brasília Cayman Investments Iii Limited Scopus Industrial S.A.

Braspag -Tecnologia Em Pagamento Ltda. Scopus Soluções Em Ti S.A.

Bsp Empreendimentos Imobiliários D102 Ltda. Serel Participações Em Imóveis S.A.

Bsp Empreendimentos Imobiliários R2 Ltda. Servinet Serviços Ltda.

Bvp Promotora De Vendas Ltda. Settle Consultoria, Assessoria E Sistemas Ltda.

Caetê Holding Ltda. Shopfácil Soluções Em Comércio Eletrônico S.A.

Carson Holdings Ltda. Stelo S.A.

Celta Holding S.A. Stvd Holding S.A.

Columbus Holdings S.A. Taiba Holdings Ltda.

Companhia Brasileira De Gestão De Serviços Tandil Holdings Ltda.

Companhia Leader De Promoção De Vendas Tapajós Holdings Ltda.

Cpm Holdings Limited Tempo Serviços Ltda.

Elba Holding Ltda. Tibre Holding Ltda.

Elo Holding Financeira S.A. Trenton Holdings Ltda

Elo Participações S.A. Treviglio Holdings Ltda.

Elo Serviços S.A. União Participações Ltda.

Elvas Holdings Ltda. Varese Holdings Ltda.

Embauba Holdings S.A. Veneza Empreendimentos E Participações S.A.

Farly Participações Ltda. Viareggio Holdings Ltda.

Ferrara Participações Ltda.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Instituições relevantes

Destacamos a seguir as principais sociedades, com participação direta e indireta, incluídas nas

demonstrações contábeis:

R$ milhões

Ramo Financeiro - País

Banco Alvorada S.A. 18.068 17.410 Bancária

Banco Bradesco Financiamentos S.A. 69.045 9.705 Bancária

Banco Bradesco BBI S.A. 7.106 6.521 Banco de Investimentos

Banco Boavista Interatlântico S.A. 2.556 2.300 Bancária

Banco CBSS S.A. 586 147 Bancária

Banco Bradesco Cartões S.A. 77.832 42.691 Cartões

Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. 2.812 2.505 Administradora de Consórcios

Banco Bradesco BERJ S.A. 78.418 52.569 Bancária

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil 81.160 2.988 Arrendamento

Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários 1.578 670 Corretora

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. D.T.V.M. 327 304 Administradora de Ativos

Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. 906 434 Corretora

Banco Bradescard S.A. 6.510 2.490 Cartões

Cielo S.A. 6.633 1.524 Prestação de Serviços

Cia. Brasileiras de Soluções E Serviços - Alelo 1.876 566 Prestação de Serviços

Tempo Serviços Ltda. 2.700 2.287 Prestação de Serviços

Ramo Financeiro - Exterior

Banco Bradesco Argentina S.A. 206 181 Bancária

Banco Bradesco Europa S.A. 12.478 1.365 Bancária

Bradesco - Agência Grand Cayman Branch 118.739 39.866 Bancária

Bradesco - Agência New York Branch 58.027 1.407 Bancária

Bradesco Securities, Inc. 91 91 Corretora

Bradesco Secutities, Uk 27 24 Corretora

Ramo Segurador, de Previdência e de Capitalização

Bradesco Argentina de Seguros S.A. 4 2 Seguradora

Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros 8.473 2.189 Seguradora

Bradesco Capitalização S.A. 7.872 711 Capitalização

Bradesco Saúde S.A. 12.509 3.847 Seguradora/Dental

Odontoprev S.A. 16 10 Saúde Dental

Bradesco Seguros S.A. 18.650 14.864 Seguradora

Bradesco Vida e Previdência S.A. 146.229 6.331 Previdência/Seguradora

Atlântica Companhia de Seguros 1.262 589 Seguradora

Outras Atividades

Andorra Holdings S.A. 326 326 Holding

Bradseg Participações S.A 23.125 21.434 Holding

Bradescor Corretora de Seguros Ltda. 79 38 Corretora de Seguros

Bradesplan Participações Ltda. 10.024 9.363 Holding

BSP Empreendimentos Imobiliários S.A. 1.371 1.267 Imobiliária

Cia. Securitizadora de Crédito Financiamento Rubi 1.473 1.460 Aquisição de Créditos

Columbus Holdings S.A. 6.325 6.303 Holding

Nova Paiol Participações S.A. 1.419 1.416 Holding

União Participações Ltda. 1.903 1.583 Holding

mar/15

Descrição de AtividadeTotal do Ativo

Total do

Patrimônio Líquido

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Participações Societárias

Política contábil das participações societárias

As participações societárias são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial ou pelo

método de custo. As participações societárias no exterior são registradas pelo valor original em

moeda estrangeira, convertido para reais, pela taxa de conversão da data da aquisição do

investimento. A atualização cambial é efetuada pela variação da taxa de venda PTAX divulgada

pelo Bacen para as respectivas moedas estrangeiras dos países onde os investimentos estão

estabelecidos.

A escolha do método a ser utilizado está de acordo com a legislação pertinente, a saber:

• Método de equivalência patrimonial: O cálculo do investimento avaliado pelo método de

equivalência patrimonial é realizado mensalmente, com base no balanço patrimonial ou no

balancete de verificação levantado na mesma data ou até, no máximo, dois meses antes,

efetuando-se, nessa hipótese, os ajustes necessários para considerar os efeitos de fatos

extraordinários e/ou relevantes no período. Os balanços patrimoniais ou balancetes de

verificação dos investimentos no exterior são adaptados aos critérios contábeis vigentes no

Brasil e convertidos para reais (pela cotação de fechamento), sendo seus efeitos reconhecidos

no resultado do período.

• Método de custo: São avaliados pelo custo os investimentos em títulos patrimoniais de

outras sociedades, quando classificados no subgrupo Investimento do Ativo Não Circulante,

desde que tais sociedades não sejam consideradas coligadas ou controladas (inclusive

controladas em conjunto). Por esse método, os investimentos são registrados pelo custo de

aquisição, deduzido de provisão para perdas.

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Apresentamos a seguir, a lista das participações societárias do Conglomerado Prudencial:

(1) As empresas apresentadas são de capital fechado, não negociadas em bolsa; não possuem preço cotado no mercado, bem como,

sem a ocorrência de ganho/perda na venda/liquidação, não realizado, reconhecidos ou não reconhecidos.

(2) O capital requerido para participações societárias no 1º trimestre de 2015 foi de R$ 4,7 bilhões, de acordo com a Resolução nº

4.192 do CMN e Circular nº 3.644 do Bacen.

R$ milhões

Bradseg Participações Ltda. 20.589 Holding

Rubi Holdings Ltda. 9.806 Holding

Serel Participações em Imóveis S.A. 374 Holding

Bradescard Elo Participações S.A. 797 Holding

Embaúba Holdings Ltda. 893 Holding

Bradport SGPS Sociedade Unipessoal Lda. 8 Holding

Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. 174 Serviços

Tibre Holdings Ltda. 463 Holding

Caetê Holding Ltda. 84 Holding

Finasa Promotora de Vendas Ltda. 339 Serviços

Ganant Corretora de Seguros 305 Corretora de Seguros

Miramar Holdings S.A. 236 Holding

Neon Holdings S.A. 233 Holding

Imagra Imobiliária e Agrícola Ltda. 207 Imobiliária

Brasília Cayman Investiments II Limited 255 Holding

Bes Investimento do Brasil S.A. – Banco de Investimento 131 Banco de Investimentos

Camara Interbancária de Tecnologia/Tecnologia Bancária S.A. 37 Serviços

Tapajós Holdings 49 Holding

STVD Holdings S.A. 38 Holding

Bradescor Corretora de Seguros Ltda. 38 Corretora de Seguros

Marselha Holdings Ltda. 41 Holding

Empresa Brasileira de Soldas Elétricas S.A. 35 Outras atividades

Manacás Holdings Ltda. 33 Holding

Aquarius Holdings S.A. 14 Holding

Leader S.A. Administradora de Cartões 9 Cartões

Nova Paiol Participações S.A. 15 Holding

Tempo Serviços Ltda. 11 Prestação de Serviços

Baneb Corretora de Seguros S.A. 5 Corretora de Seguros

Bradesco North America LLC Delaware - USA 6 Serviços

Shopfácil Soluções em Comércio Eletrônico S.A. 3 Serviços

Ágora Educacional Ltda. 2 Serviços

Settle Consultoria Assessoria e Sistemas Ltda. 1 Serviços

Trenton Holdings Ltda. 135 Holding

Participação Societária1,2 Valor Contábil Natureza da Atividade

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1T15 GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Lista de Abreviaturas

A

ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar

AMA - Advanced Measuarement Approch (Abordagem Avançada do Modelo)

B

Bacen - Banco Central do Brasil

BIS - Bank for International Settlements (Banco para Compensações Internacionais)

BCE - Banco Central Europeu

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

C

CDI - Certificado de Depósito Interbancário

CDC - Crédito Direto ao Consumidor

CDS - Credit Default Swap

CMN - Conselho Monetário Nacional

CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários

D

DCIR - Departamento de Controle Integrado de Riscos

DI - Depósito Interbancário

DPV - Disponível para venda

E

EVE - Economic Value Equity

F

FED - Federal Reserve

FIDC - Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios

Finame - Financiamento de máquinas e equipamentos

FPR - Fator de Ponderação de Risco

I

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

ICAAP - Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital

IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado

IFC - International Finance Corporation

IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor

O

ORX - Operational Riskdata eXchange Association (consórcio mundial de base de dados de perdas operacionais)

P

PIB - Produto Interno Bruto

PRI - Principles for Responsible Investment (Princípios para o Investimento Responsável)

PTAX - Taxa média de câmbio de referência publicada pelo Bacen

R

RML - Reserva Mínima de Liquidez

RWA - Risk Weighted Assets (Ativos ponderados pelo risco)

S

SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia

SUSEP - Superintendência de Seguros Privados

T

TVM - Títulos e Valores Mobiliários

V

VaR - Value at Risk

VIX - Contrato derivativo baseado na volatilidade do futuro do índice S&P 500