2006_2_tcc07

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    1/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    2/74

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESCCENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS

    MARIA PATRÍCIA BALDESSAR

    ESTUDO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE MANUTENÇÃOPREVENTIVA NOS TRANSFORMADORES DA REDE DE

    DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA – CELESC – JOINVILLE

    Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado à Universidade do Estadode Santa Catarina – UDESC – comorequisito para obtenção do título deBacharel em Engenharia de Produção eSistemas.

    Orientador: Dr. Régis Kovacs Scalice

    JOINVILLE, SC2006

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    3/74

    MARIA PATRÍCIA BALDESSAR

    ESTUDO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE MANUTENÇÃOPREVENTIVA NOS TRANSFORMADORES DA REDE DE

    DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA – CELESC – JOINVILLE

    Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito para obtenção do títulode Bacharel no curso de graduação em Engenharia de Produção e Sistemas daUniversidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

    Banca Examinadora:

    Orientador: ___________________________________________Régis Kovacs Scalice, Dr.Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

    Membros: ___________________________________________Ailton Barbosa, Msc.Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

    ___________________________________________Rogério Simões, Msc.Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

    Joinville, 30/11/2006

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    4/74

    Ao amigo Dilvo, que caminha porcampos onde os bons permanecemeternamente...

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    5/74

    AGRADECIMENTOS

    Este trabalho só foi possível devido a contribuição e o incentivo de algumas

    pessoas:

    Ao prof. Dr. Régis Kovacs Scalice pela disposição e interesse durante a

    orientação.

    Aos funcionários do Departamento de Manutenção da Distribuição da

    CELESC de Joinville.

    A Boaventura Debona Neto e ao eng. Caitano Baldessar pelo incentivo na

    realização deste.

    Aos meus pais Aderci e Antídio Baldessar, pelo apoio incondicional.

    Aos meus irmãos Fernanda e Júnior, que além de irmãos são grandes

    amigos, e ao meu cunhado Rodrigo que de amigo é hoje considerado um irmão.

    Aos amigos, presentes ou não, entre eles Marcel pela paciência de ouvirtodas as revisões deste, e Marciana por todas as dificuldades superadas.

    E agradeço especialmente a Eduarda Baldessar, pois sem sua presença,

    nada disso seria possível.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    6/74

    “Não basta ensinar ao homem umaespecialidade. Porque se tornará assimuma máquina utilizável, mas não umapersonalidade. É necessário que adquiraum sentimento, um senso prático daquiloque vale a pena ser empreendido, daquilo

    que é belo e moralmente correto.”Albert Einstein

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    7/74

    RESUMO

    Uma das grandes preocupações da CELESC é a falha no abastecimento de energiaelétrica de seus consumidores, sendo que esta pode resultar de diversos fatores quevão desde adversidades meteorológicas severas até o simples rompimento de umcondutor. Baseado nisto apresenta-se aqui um estudo, que visa propor estratégiaspara o aumento da vida útil e a melhoria do funcionamento dos transformadores darede elétrica, viabilizada por técnicas de manutenção e por ferramentas de melhoriaaplicáveis à mesma. Assim foram realizadas análises dos tipos e modos das falhasatravés das ferramentas FMEA e FTA, que evidenciaram a falta de um controle dascondições físicas e operacionais do transformador. Com esta pesquisa foi possívelconstatar também a falta de métodos específicos para a atividade de manutenção,que resulta em procedimentos mal estruturados e sem estimativas de eficiência.Finalizando o trabalho são propostas sugestões que visam fomentar a eficácia nasatividades de manutenção, como a padronização do sistema de vistoria, otreinamento de funcionários especializados e a criação de um roteiro específico paraestas atividades, evitando que informações importantes passem despercebidasdurante as inspeções. A excelência empresarial só é possível através doencadeamento de atividades bem realizadas, que no estudo em questão vai desde asegurança durante o trabalho do eletricista até a iluminação que permite a leituradeste texto.

    PALAVRAS-CHAVE: Falha. Manutenção. Estratégia

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    8/74

    LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Figura 1 – Relação de custos...............................................................................20

    Figura 2 – Manutenção Preventiva.......................................................................24

    Figura 3 – Manutenção Preditiva..........................................................................26

    Figura 4 – Curva típica de Falha..........................................................................28

    Figura 5 – Taxa de falha dependente do tempo de uso.......................................29

    Figura 6 – Formulário FMEA................................................................................34

    Figura 7 – Sintaxe utilizada na FTA.....................................................................39

    Figura 8 – Transformador.....................................................................................44

    Figura 9 – Fluxograma da manutenção................................................................50

    Figura 10 – Gráfico das causas de falhas............................................................54

    Figura 11 – Transformador avariado passivo de recuperação.............................55

    Figura 12 – Núcleo de um transformador queimado por sobrecarga...................55Figura 13 – Quantidade queimada no 1° semestre de 2005.................................57

    Figura 14 – FMEA dos componentes externos do transformador........................61

    Figura 15 – FTA simplificada da queima de um transformador............................63

    Figura 16 – Formulário sugestão para coleta de dados durante a vistoria...........65

    Figura 17 – Viabilidade da contratação da equipe ...............................................69

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    9/74

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 – Índices para a avaliação de riscos......................................................37

    Tabela 2 – Comparação entre FTA e FMEA.........................................................40

    Tabela 3 – Valores estimados para custos de reparo e equipe ...........................68

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    10/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    11/74

    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................12

    1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................131.2 OBJETIVO GERAL........................................................................................131.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................131.4 O PROBLEMA................................................................................................141.5 JUSTIFICATIVA.............................................................................................141.6 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO....................................................................15

    1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................16

    2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................17

    2.1 MANUTENÇÃO ESTRATÉGICA...................................................................172.2. MANUTENÇÃO.............................................................................................18

    2.2.1 Tipos de manutenção.............................................................................202.2.1.1 Manutenção corretiva não-planejada..................................................212.2.1.2 Manutenção corretiva planejada.........................................................212.2.1.3 Manutenção preventiva.......................................................................222.2.1.4 Manutenção preditiva..........................................................................252.2.1.5 Manutenção detectiva.........................................................................262.2.1.6 Engenharia de manutenção................................................................27

    2.3. FERRAMENTAS PARA AUMENTO DE CONFIABILIDADE.........................272.3.1 FMEA Análise do modo de falha e efeitos.............................................302.3.1.1 Formulário FMEA................................................................................322.3.1.2 Planejamento......................................................................................332.3.1.3 Análise de falhas em potencial...........................................................342.3.1.4 Avaliação de riscos.............................................................................362.3.2 FTA Análise da árvore de falha..............................................................37

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    12/74

    2.4 TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA MANUTENÇÃO................................402.5 TRANSFORMADOR......................................................................................41

    3. METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................45

    3.1 METODOLOGIA UTILIZADA..........................................................................463.2 ETAPAS DA PESQUISA................................................................................46

    3.2.1 Fase exploratória....................................................................................463.2.2 Formulação do problema.......................................................................463.2.3 Coleta de dados.....................................................................................473.2.4 Análise e interpretação de dados..........................................................47

    4. ESTUDO DE CASO: SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA CELESC................48

    4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA...........................................................................484.2 MANUTENÇÃO DA REDE ELÉTRICA..........................................................49

    4.2.1 Manutenção programada.......................................................................514.2.2 Manutenção corretiva de emergência....................................................52

    4.3 FALHA DO TRANSFORMADOR...................................................................534.3.1 Custo evitado.........................................................................................564.3.2 Quantidade avariada..............................................................................564.3.3 Conserto do transformador....................................................................574.3.4 Inspeção visual e verificações...............................................................58

    4.4 DIFICULDADES EXISTENTES NA MANUTENÇÃO DOTRANSFORMADOR..................................................................................59

    4.5 REALIZAÇÃO DA FMEA................................................................................60

    5. PROPOSTAS DE MELHORIA PARA AS ATIVIDADES MANUTENÇÃODOS TRANSFORMADORES DA REDE ELÉTRICA EM ESTUDO...................64

    5.1 PADRONIZAÇÃO DA INSPEÇÃO VISUAL DA MANUTENÇÃO...................645.2 CONTROLE DA VIDA ÚTIL DO TRANSFORMADOR...................................66

    5.3 EQUIPE ESPECIALIZADA............................................................................675.3.1 Conjunto “Kit” para manutenção............................................................68

    6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................70

    REFERÊNCIAS....................................................................................................72

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    13/74

    1. INTRODUÇÃO

    Atualmente verifica-se uma crescente industrialização e competição nos mais

    diversos setores do mercado. Isso faz com que as empresas procurem caminhar

    rumo a excelência empresarial, desenvolvendo métodos que garantam a qualidade,

    a confiabilidade e a competitividade necessárias para a permanência no mercado. A

    melhoria do sistema produtivo é a chave para alcançar a excelência, mas ela só será

    possível se estiver sustentada por perfeitas condições operacionais. Tomando-se

    como exemplo um sistema just in time , observa-se que este jamais funcionaria com

    quebras freqüentes de equipamentos. É nesta atual conjuntura que a manutenção

    adquire papel fundamental, não sendo mais uma atividade de urgência, feita às

    pressas para corrigir defeitos inesperados, mas sim a aquisição de uma cultura com

    política eficaz que impeça a quebra ou falha do equipamento.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    14/74

    13

    1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

    O presente trabalho é um estudo da aplicação da manutenção no setor da

    distribuição de energia elétrica da CELESC de Joinville. Através da análise dos

    procedimentos atuais e proposição de soluções, com base nas melhores práticas e

    nas possíveis condições.

    1.2 OBJETIVO GERAL

    Formular estratégias de manutenção preventiva, que diminuam o número de

    falhas e elevem a vida útil dos transformadores da rede elétrica da CELESC –

    Joinville.

    1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar e analisar formas de manutenção estratégica, com maior ênfase a

    manutenção preventiva;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    15/74

    14

    • Descrever as atividades realizadas no Departamento de Manutenção da

    Distribuição da Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC – Joinville;

    • Propor melhorias no sistema de manutenção preventiva dos transformadores.

    1.4 O PROBLEMA

    Problema é uma questão não resolvida e que por isso gera discussão em

    qualquer domínio do conhecimento (GIL, 2002).

    O problema abordado neste trabalho é a inexistência de um programa de

    manutenção que diminua e/ ou previna as falhas dos transformadores da redeelétrica da cidade de Joinville, tendo em vista que estas falhas afetam diretamente a

    imagem e a prestação de serviços da CELESC e prejudicam a melhoria do sistema

    de distribuição.

    1.5 JUSTIFICATIVA

    A manutenção preventiva é quase inexistente para transformadores da rede

    elétrica da CELESC – Joinville. Esta só é realizada quando o equipamento

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    16/74

    15

    apresenta alguma anormalidade como vazamento e ruído excessivo ou quando há a

    falha total do mesmo. Considerando o alto custo dos reparos e da compra de

    equipamentos novos, um programa de manutenção preventiva aumentaria a vida útildo transformador, disponibilizando recursos da empresa e melhorando a qualidade

    dos serviços prestados.

    1.6 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO

    A empresa realiza manutenção em avarias já ocorridas ou que estão na

    eminência de ocorrer. Não há na empresa um sistema de controle da utilização dos

    equipamentos que possibilite uma previsão de falha, ou que determine um período

    para que seja realizada uma investigação do estado de conservação do

    transformador. Também não é possível realizar uma manutenção preventiva

    completa, onde há a necessidade de abertura do equipamento, devido a

    complexidade da operação, que necessita de condições especiais como controle de

    temperatura e umidade, além da grande quantidade de equipamentos distribuídos

    pela área da cidade.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    17/74

    16

    1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO

    Este trabalho tem em seu primeiro capítulo a introdução e apresentação do

    tema, juntamente com os objetivos e a delimitação do mesmo.

    O segundo capítulo contém a revisão bibliográfica. Esta parte traz os

    conceitos necessários à compreensão do tema, dos aspectos envolvidos na

    realização das atividades de manutenção e dos reflexos destas atividades nos

    recentes métodos de aprimoramento dos sistemas produtivos. Este traz também

    uma breve apresentação do equipamento em estudo.

    No terceiro capítulo é apresentada a metodologia utilizada no estudo e a

    descrição das atividades realizadas.

    No quarto capítulo é feita uma breve apresentação da empresa e das

    atividades da manutenção, também são abordados problemas e limitações

    existentes no Departamento de Manutenção da Distribuição da CELESC – Centrais

    Elétricas de Santa Catarina.

    O quinto capítulo traz as propostas de melhorias, resultado da análise

    realizada.

    Para finalizar os capítulos seguintes trazem respectivamente, as conclusõesdo trabalho e as referências estudadas para a elaboração do mesmo.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    18/74

    2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    2.1 MANUTENÇÃO ESTRATÉGICA

    Kardec e Nascif (1999) mencionam que a manutenção, para ser estratégica,

    precisa estar voltada para os resultados empresariais da organização e que a

    manutenção deve se tornar eficaz, ao invés de ser apenas eficiente. A estratégia

    atual é fazer com que o trabalho dos funcionários da manutenção se restrinja a

    programações, e não mais a reparos emergenciais, que o equipamento não pare

    durante um processo, que ele pare apenas nas programações, e nesse intervalo de

    tempo ele opere em perfeitas condições. Mirshawka (1991) defende ainda que a

    produtividade de 365 dias ao ano somente ocorrerá em máquinas onde a atividadedireta do homem da produção, no conceito atual, praticamente será nula. A

    produção não será mais dependente do operador. A alta produção igual à alta

    produtividade será fruto da competência de toda uma corrente do processo

    produtivo, que se inicia na idéia do produto e dos meios de fabricação e termina nas

    necessidades de parada para manutenção.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    19/74

    18

    Takahashi (1993) comenta que a inovação simplificou os processos de

    manufatura, aprimorou o projeto e a qualidade de produção e diminuiu o nível de

    especialização necessário às operações ainda executadas manualmente. O autorafirma ainda que com essa mesma inovação, as máquinas e equipamentos

    tornaram-se mais avançados, aumentando o número de peças, dificultando a

    eficiência das manutenções corretivas e a prevenção de avarias. Sendo assim, é

    imprescindível garantir não apenas que as peças sejam projetadas garantindo

    confiabilidade, mas também que os métodos de manutenção acompanhem essa

    evolução.

    A sistematização de todas as linhas de uma fábrica é um desafio para a

    indústria de processamento mecânico e montagem, entretanto os resultados desse

    tipo de sistematização são extraordinários, especialmente no que se refere à

    redução de custos. Assim as atividades de Manutenção são essenciais para manter

    essa sistematização (TOYODA apud TAKAHASHI, 1993).

    2.2. MANUTENÇÃO

    Manutenção é toda ação realizada em um equipamento, conjunto de peças,

    componentes, dispositivos, circuitos ou estruturas que se esteja controlando,

    mantendo ou restaurando, a fim de que o mesmo permaneça em operação ou

    retorne a função requerida, ou seja, o conjunto de condições de funcionamento para

    o qual o equipamento foi projetado, fabricado ou instalado. O equipamento deve

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    20/74

    19

    desempenhar sua função requerida com segurança e eficiência, considerando as

    condições operativas, econômicas e ambientais (BLACK, 1991).

    Para Moubray (2000), a manutenção deve assegurar que os ativos físicoscontinuem a realizar as atividades que os usuários desejam e necessitam. É a

    possibilidade de continuar ou manter em estado existente. Assim como Monks

    (1987) que define a manutenção como uma atividade desenvolvida para manter o

    equipamento ou outros bens em condições que irão melhor apoiar as metas

    organizacionais. As decisões de manutenção devem refletir a viabilidade do sistema

    a longo prazo.

    Tavares (1999) define manutenção como toda e qualquer ação necessária

    para que um item (equipamento, obra ou instalação) seja conservado ou restaurado,

    de modo a permanecer operando de acordo com as condições especificadas.

    Diminuindo as paradas de produção decorrentes de falha ou anormalidade de

    desempenho, que segundo Kardec e Nascif (1999), se faz necessária porque

    mantém os equipamentos em ótimo estado de conservação e evita os custos

    decorrentes de paradas da produção por falha nos equipamentos.

    Na figura 1, pode-se visualizar o custo total resultante de uma falha. Nela o

    custo de perda de produção cresce em função do tempo gasto no reparo, já o custo

    de manutenção diminui a medida que os reparos são realizados. Na figura pode-seainda perceber que numa falha não existe apenas o custo para fazer com que o

    equipamento volte ao funcionamento normal, mas que esta parada de produção

    gera um custo elevado e que aumenta consideravelmente o montante final.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    21/74

    20

    Figura 1 – Relação de custosFonte: Kardec e Nascif (1999, p.61)

    2.2.1 Tipos de Manutenção

    Algumas práticas básicas definem os tipos principais de manutenção que são:

    (KARDEC e NASCIF, 1999)

    • Manutenção Corretiva não-Planejada;

    • Manutenção Corretiva Planejada;

    • Manutenção Preventiva;

    • Manutenção Preditiva;

    • Manutenção Detectiva;

    • Engenharia de Manutenção.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    22/74

    21

    2.2.1.1 Manutenção Corretiva não Planejada

    Ao atuar em um equipamento que apresenta um defeito ou um desempenhodiferente do esperado, estamos fazendo manutenção corretiva. Assim, a

    manutenção corretiva não é necessariamente, a manutenção de emergência.

    Convém observar que existem duas condições específicas que levam à manutenção

    corretiva (KARDEC e NASCIF, 1999):

    • Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis

    operacionais;

    • Ocorrência da falha.

    Manutenção corretiva caracteriza-se pela atuação em fato já ocorrido, seja

    este uma falha ou um desempenho menor do que o esperado. Não há tempo para

    preparação do serviço. Infelizmente, ainda é mais praticada do que deveria

    (KARDEC e NASCIF, 1999). Concordando com a definição anterior, Mirshawka

    (1991) define a manutenção corretiva como uma atitude de reação aos eventos mais

    ou menos aleatórios e que se aplica após a avaria. O autor ressalta ainda que ao

    aplicar somente a manutenção corretiva, os custos aumentam de forma brutal à

    medida que os equipamentos ou aparelhos envelhecem.

    2.2.1.2 Manutenção Corretiva Planejada

    A Manutenção Corretiva Planejada é a correção do desempenho menor do

    que o esperado ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela atuação em função

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    23/74

    22

    de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra. Um trabalho

    planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que um trabalho não

    planejado. E será sempre de melhor qualidade (KARDEC e NASCIF, 1999).A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de

    vários fatores (KARDEC e NASCIF, 1999):

    • Possibilidade de compartilhar a necessidade da intervenção com os

    interesses da produção;

    • Aspectos relacionados com a segurança. A falha não provoca qualquer

    situação de risco para o pessoal ou para a instalação;

    • Melhor planejamento de serviços;

    • Garantia de existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental;

    • Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a

    execução dos serviços e em quantidade suficiente, que podem, inclusive,

    ser buscados externamente à organização.

    2.2.1.3 Manutenção Preventiva

    Kardec e Nascif (1999) tratam a manutenção preventiva como uma atuação

    realizada que visa reduzir ou evitar, tanto a falha quanto a queda de desempenho,

    obedecendo a um plano estratégico previamente elaborado, e baseado em

    intervalos de tempo definidos. Ratificando a definição anterior, Mirshawka (1991)

    define manutenção preventiva como sendo a ação efetuada segundo critérios

    predeterminados, com a intenção de se reduzir a probabilidade de falha de um bem.

    Nela a intervenção é feita em intervalos fixos, baseada em uma expectativa de vida

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    24/74

    23

    mínima dos componentes. Estes intervalos são freqüentemente determinados pela

    estatística e pela teoria da Probabilidade.

    A manutenção preventiva será mais conveniente quanto maior for asimplicidade na reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais

    as falhas prejudicarem a produção e quanto maiores forem as implicações das

    falhas na segurança das pessoas e no sistema operacional (KARDEC e NASCIF,

    1999).

    Para Black (1991), a manutenção preventiva é uma tarefa que projeta e

    aumenta a confiabilidade do equipamento. Sua programação deve ser designada ao

    engenheiro de produção, mantendo um alto nível de flexibilidade em blocos de

    tempo ou nos finais de semana, para não interferir na produtividade da empresa. O

    autor comenta alguns inconvenientes que podem surgir caso não haja uma

    manutenção preventiva eficiente, tais como:

    • Perder tempo da produção devido a quebras de equipamento;

    • Redução da vida útil do equipamento;

    • Acidentes relacionados com segurança devido ao mau funcionamento do

    equipamento;

    • Variação da qualidade do produto.

    Conforme Black (1991), um programa cuidadosamente projetado e

    propriamente integrado requer uma atitude administrativa positiva, que irá

    estabelecer um programa de sucesso com benefícios a longo prazo, tais como:

    • O operador terá maior conhecimento de seu equipamento, sua operação e

    funcionamento, tendo maior responsabilidade pelo mesmo;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    25/74

    24

    • Os processos estarão controlados por registros de máquinas e ferramentas

    da Manutenção Preventiva, melhorando sua qualidade;

    • A qualidade, flexibilidade, segurança, confiabilidade e capabilidade deprodução são melhoradas;

    • Equipamento confiável permite a redução do estoque.

    Em contra partida ao longo da vida útil do equipamento não pode ser

    descartada a ocorrência de falha entre duas intervenções preventivas, o que implica

    em uma ação corretiva (KARDEC e NASCIF, 1999 p.40).

    A figura 2 ilustra esta falha, onde após uma manutenção preventiva, realizada

    em períodos previamente calculados, o equipamento atinge a performance

    esperada, mas com o passar do tempo esta performance começa a diminuir, sendo

    necessária outra intervenção. Entretanto durante este período de queda de

    desempenho, pode ocorrer uma falha total do equipamento, sendo necessário uma

    manutenção corretiva, resultando em altos custos de parada de produção devido ao

    tempo de reparo ser muito maior.

    Figura 2 – Manutenção PreventivaFonte: Kardec e Nascif (1999, p.40)

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    26/74

    25

    2.2.1.4 Manutenção Preditiva

    A manutenção preditiva visa realizar manutenção somente quando asinstalações precisarem dela. Essa manutenção pode incluir monitoramentos

    contínuos que serviriam de base para uma eventual programação (SLACK;

    CHAMBERS; JOHNSTON, 2002). Neste tipo de manutenção, há a necessidade do

    comprometimento dos operadores, que serão os responsáveis pelo monitoramento

    do desempenho do equipamento, e é baseado nas informações do operador que

    será dado o sinal para a necessidade de uma intervenção. Assim, Kardec e Nascif

    (1999) afirmam que a manutenção preditiva é feita pelo acompanhamento das

    funções do equipamento, sendo esta a primeira grande quebra de paradigma na

    manutenção. Com esse acompanhamento é possível predizer as condições dos

    equipamentos e assim decidir o período correto para a realização de uma

    manutenção corretiva planejada.

    A figura 3 representa o funcionamento da manutenção preditiva. Este tipo de

    manutenção oferece ótimos resultados em sistemas produtivos, pois intervém o

    mínimo possível na planta. Nela pode-se perceber que as intervenções são feitas

    conforme o acompanhamento do desempenho do equipamento, este

    acompanhamento é feito pelo próprio operado da máquina, que após perceber que odesempenho está num nível baixo já agenda uma intervenção para que seu

    desempenho volte a performance esperada.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    27/74

    26

    Figura 3 – Manutenção PreditivaFonte: Kardec e Nascif (1999, p. 43)

    2.2.1.5 Manutenção Detectiva

    Esse conceito surgiu com as inovações produtivas realizadas pelos japoneses. Sua idéia está baseada no principio de que os erros humanos são

    inevitáveis até certo grau, e que antes da falha, dispositivos alertem uma operação

    incorreta. Esses dispositivos incorporados ao sistema são chamadosPoka-yoke , que

    podem ser sensores, interruptores, gabaritos, contadores digitais, listas de

    verificação, etc (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).

    Segundo Kardec e Nascif (1999), a manutenção detectiva é a atuação feita

    com sistemas de proteção para detectar falhas ocultas ou não perceptíveis.

    Sistemas projetados para atuar automaticamente na iminência de desvios que

    possam comprometer as máquinas ou a produção.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    28/74

    27

    2.2.1.6 Engenharia de Manutenção.

    Kardec e Nascif (1999) definem engenharia de manutenção como umprocesso de mudança cultural, onde é preciso deixar de ficar consertando

    continuamente, tentar alterar situações de mau desempenho e melhorar padrões e

    sistemática. Nesta técnica desenvolvem-se métodos de manutenção baseados em

    técnicas usadas em empresas de Primeiro Mundo, visando aumentar a

    competitividade. Contrariando Kardec e Nascif (1999), Black (1991) defende que

    copiar técnicas de outras empresas não é uma boa estratégia. Este menciona que a

    empresa deve fazer pesquisas e desenvolver tecnologia de manufatura,

    considerando desde o projeto até a seleção do equipamento a ser comprado.

    2.3 FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE

    Segundo Kardec e Nascif (1999), a manutenção deve ter sempre três

    palavras andando juntas, confiabilidade, manutenibilidade e disponibilidade. Os

    autores as definem como:

    • Confiabilidade: a possibilidade de um item desempenhar bem suas funções

    requeridas, por um intervalo de tempo estabelecido;

    • Disponibilidade: o tempo em que o equipamento está disponível para operar

    em perfeitas condições de produzir;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    29/74

    28

    • Manutenibilidade: a característica que um equipamento tem de permitir sua

    manutenção com maior ou menor facilidade.

    De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002), raramente as falhas são

    resultados de aleatoriedade. A origem das falhas é primeiramente devido a algum

    tipo de erro humano, como por exemplo, um projeto ruim, uma manutenção

    inadequada, um erro na gestão de um programa de fornecimento, uma operação

    inadequada, instruções de uso imprecisas, entre outros. Isso significa que até certo

    ponto as falhas podem ser controladas, e que as organizações podem aprender com

    elas e conseqüentemente modificar seus comportamentos.

    A falha pode ser definida como a interrupção da função requerida de um item

    ou incapacidade de satisfazer a um padrão de desempenho definido (KARDEC e

    NASCIF, 1999). A figura 4 mostra a representação típica de curvas de falha,

    relacionando a probabilidade da falha com a idade do equipamento, assim durante a

    vida útil do equipamento, este vai sofrendo desgaste até atingir um nível crítico,

    onde a probabilidade de falha é muito alta e necessita de técnicas de controle, que

    visam impedir que esta falha ocorra.

    Figura 4 – Curva Típica de Falha;Fonte: Kardec e Nascif (1999, p.131);

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    30/74

    29

    Já na figura 5 está representada a taxa de falha em função do tempo de uso

    do equipamento, e os tipos possíveis de falha:

    Figura 5 – Taxa de falha dependente do tempo de uso (“curva da banheira”);Fonte: Villemeur, 1992, p. 24.

    Essa curva acima apresenta três etapas ou períodos distintos, que

    compreende o chamado período de vida da entidade (VILLEMEUR, 1992):• Período de Falha Precoce: é o período no qual a taxa de falha decresce

    rapidamente em comparação com os períodos subseqüentes, sendo seu

    início estabelecido em um instante preciso, ou seja, quando a entidade deixa

    a fábrica ou é entregue;

    • Período de Taxa de Falha Constante: é o período durante o qual as taxas

    ocorrem a uma razão aproximadamente constante. Esse período é também

    conhecido por vida útil da entidade, e uma falha ocorrida aqui é usualmente

    catastrófica;

    • Período de Falha por Desgaste: é o período no qual a taxa de falha cresce

    rapidamente em comparação com os períodos precedentes.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    31/74

    30

    Na tentativa de evitar que falhas potenciais aconteçam foram desenvolvidas

    ferramentas para aumentar a confiabilidade. Neste contexto surgiram os métodos

    FMEA e FTA (HELMAN e ANDREY, 1995).

    2.3.1 FMEA – Análise do Modo de Falha e Efeitos

    A técnica da Análise do Modo de Falha e Efeitos (FMEA –Failure Mode and

    Effects Analysis ) foi utilizada pela primeira vez pela indústria aeronáutica na década

    de 1960 na análise da segurança de aeronaves e, desde então, seu uso se expandiu

    para os mais diversos setores industriais (VILLEMEUR, 1992).

    Segundo Capaldo, Guerrero e Rozenfeld (2003) a FMEA é uma ferramenta

    que através de estudos de potenciais defeitos e ações de melhoria, busca evitar que

    ocorram falhas no projeto do produto ou do processo. O objetivo básico desta

    técnica é detectar problemas, antes que se produza uma peça defeituosa,

    aumentando significativamente a confiabilidade do processo.

    O objetivo da FMEA é identificar as características do produto ou serviço que

    são críticas para vários tipos de falhas. É um meio de identificar as falhas antes que

    aconteçam, por meio de um procedimento de verificação, bloqueando-as (SLACK;

    CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).

    Segundo Helman & Andrey (1995) este método possibilita melhorias nos

    sistemas, mediante a detecção de pontos problemáticos, relacionando as falhas nos

    elementos do sub-sistema com suas conseqüências no sistema como um todo, e

    são aplicáveis nas seguintes situações:

    • Na melhoria de um produto já existente ou processo já em operação, a partirda identificação das causas das falhas ocorridas e seu posterior bloqueio;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    32/74

    31

    • Na detecção e bloqueio de causas de falhas potenciais (antes que

    aconteçam) em produtos ou processos já em operação;

    • Na detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais (antes queaconteçam) em produtos ou processos, ainda na fase de projeto.

    Segundo Villemeur (1992), a FMEA é um método de análise indutivo utilizado

    para:

    • Estimar os efeitos de cada modo de falha dos componentes de um sistema

    nas várias funções desse sistema;

    • Identificar os modos de falha que afetam significativamente a disponibilidade,

    a confiabilidade, a manutenibilidade e a segurança do sistema.

    Continuando, Villemeur (1992) apresenta quatro principais passos para se

    executar uma FMEA:

    • Definição do sistema, suas funções e componentes;

    • Identificação dos modos de falha do componente e suas causas;

    • Estudo dos efeitos dos modos de falha;

    • Conclusões e recomendações.

    Desse modo, ao passar pelos três primeiros estágios, o analista está apto a

    traçar conclusões e propor recomendações, tais como, alarmes, testes periódicos e

    redundância, assegurando que todos os modos de falha e seus efeitos na operação

    do sistema tenham sido levados em conta durante o seu projeto (VILLEMEUR,

    1992).

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    33/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    34/74

    33

    Deve-se ter em mente que a análise FMEA é muito mais do que apenas

    preencher um formulário, o seu verdadeiro valor está na discussão e reflexão dos

    membros do grupo sobre as falhas potenciais do produto/ processo e as ações demelhoria propostas pelo grupo. Para aplicar-se a análise FMEA em um determinado

    produto/ processo, forma-se um grupo de trabalho que irá definir a função ou

    característica daquele produto/ processo, relacionando todos os tipos de falhas que

    possam ocorrer, descrevendo, para cada tipo de falha suas possíveis causas e

    efeitos, relacionando as medidas de detecção e prevenção de falhas que estão

    sendo, ou já foram tomadas, e, para cada causa de falha, atribuindo índices para

    avaliar os riscos e, por meio destes riscos, discutir medidas de melhoria (CAPALDO,

    GUERRERO e ROZENFELD, 2003).

    2.3.1.2 Planejamento

    Esta fase é realizada pelo responsável pela aplicação da metodologia e

    compreende (HELMAN e ANDREY,1995):

    • Descrição dos objetivos e abrangência da análise: em que identifica-se

    qual(ais) produto(s)/processo(s) será(ão) analisado(s);

    • Formação dos grupos de trabalho: onde definem-se os integrantes do grupo,

    que deve ser preferencialmente pequeno (entre 4 a 6 pessoas) e

    multidisciplinar (contando com pessoas de diversas áreas como qualidade,

    desenvolvimento e produção);

    • Planejamento das reuniões: as reuniões devem ser agendadas com

    antecedência e com o consentimento de todos os participantes para evitarparalisações;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    35/74

    34

    • Preparação da documentação.

    2.3.1.3 Análise de Falhas em Potencial

    Esta fase é realizada pelo grupo de trabalho que discute e preenche o

    formulário (figura 6) conforme as definições de cada campo (HELMAN e ANDREY,

    1995):

    Figura 6 – Formulário FMEA Fonte: Helman e Andrey (1995, p.30)

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    36/74

    35

    • Campo 1 – Identificação da FMEA. Nesta área registra-se o item analisado,

    sendo ele um produto ou processo. Esta distinção é muito importante para

    nortear e conduzir a análise;• Campo 2 – Para informações básicas que posteriormente facilitarão a

    identificação da FMEA realizada;

    • Campo 3 – Itens considerados e nomeados;

    • Campo 4 – Nome do componente ou etapa do processo. Utiliza-se a

    nomenclatura interna da empresa;

    • Campo 5 – Função do componente ou processo, descrita de forma sucinta;

    • Campo 6 – Modo da falha. Eventos que levam a diminuição parcial ou total da

    função do produto;

    • Campo 7 – Efeito da falha. Formas como o modo de falha afetam o

    desempenho do sistema (do ponto de vista do cliente);

    • Campo 8 – Causa da falha. Eventos que geram o aparecimento da falha;

    • Campo 9 – Controles atuais. Medidas de controle existentes implementadas

    durante a elaboração do projeto ou no acompanhamento do processo;

    • Campo 10 – Índice de ocorrência. Estimativa das probabilidades combinadas

    de ocorrência de uma causa de falha;

    • Campo 11 – Índice de gravidade. Avalia a gravidade do efeito da falha sobre

    o cliente;

    • Campo 12 – Índice de detecção. Determina a probabilidade de a falha ser

    detectada antes que o produto chegue ao cliente, analisando o modo de falha

    e efeito;

    Campo 13 – Índice de risco. Registra o produto dos três índices anteriores;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    37/74

    36

    • Campo 14 – Ações Preventivas Recomendadas. Ações que devem ser

    conduzidas para o bloqueio da causa da falha, ou diminuição da sua

    gravidade ou ocorrência;• Campo 15 – Ações Preventivas adotadas. Medidas efetivamente adotadas e

    aplicadas;

    2.3.1.4 Avaliação dos Riscos

    Nesta fase são definidos, pelo grupo, os índices de ocorrência (O), gravidade

    (G) e detecção (D) para cada causa de falha, de acordo com critérios previamente

    definidos. Depois são calculados os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio

    da multiplicação dos outros três índices, como mostrado na tabela 1 (KARDEC e

    NASCIF, 1999):• Índice de Ocorrência – é a estimativa da probabilidade desta falha vir a

    ocorrer;

    • Índice de Gravidade – reflete a gravidade do efeito da falha sobre o

    conjunto, incluindo o cliente, assumindo que esta falha ocorra;

    • Índice de Detecção – avalia a probabilidade de a falha ser detectada

    antes que o produto apresente falha;

    • Índice de Risco – registra o produto dos três índices anteriores, ou

    seja:

    Índice de Risco = Gravidade x Ocorrência x Detecção

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    38/74

    37

    Tabela 1 – Índices FMEA para a avaliação dos riscosFonte: adaptado de Kardec & Nascif, 1999;

    Classificação PesoImprovável 1

    Muito pequena 2 a 3Pequena 4 a 6

    Média 7 a 8

    Freqüência deOcorrência

    (F)Alta 9 a 10

    Apenas perceptível 1Pouca importância 2 a 3

    Moderadamente grave 4 a 6Grave 7 a 8

    Gravidade daFalha(G)

    Extremamente grave 9 a 10Alta 1

    Moderada 2 a 5Pequena 6 a 8Muito pequena 9

    Detecção daFalha(D)

    Improvável 10Baixo 1 a 50Médio 50 a 100Alto 100 a 200

    Índice de Risco

    Muito alto 200 a 1.000

    Quanto maior for o índice de risco maior será a necessidade de medidas de

    bloqueio da possível falha. Este índice também é útil para a priorização de

    atividades de manutenção, facilitando a programação da manutenção preventiva

    (CAPALDO, GUERRERO e ROZENFELD, 2003).

    2.3.2 FTA – Análise da árvore de falha

    A Análise da árvore de falha (FTA -Fault Tree Analysis ) é um método

    sistemático e padronizado, capaz de fornecer bases objetivas para funções diversas,

    tais como análise de modos comuns de falhas em sistemas, justificação de

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    39/74

    38

    alterações em sistemas, e demonstração de atendimentos a requisitos

    regulamentares e /ou contratuais (HELMAN e ANDREY,1995).

    A FTA é uma técnica dedutiva que partindo de um evento (evento topo)identifica-se as causas necessárias para sua ocorrência. A diagramação lógica é

    feita utilizando operadores “e” e “ou”. A FTA pode ser executada em quatro etapas

    (CALIL, 2006):

    • Definição do sistema;

    • Construção da árvore de falhas;

    • Avaliação qualitativa;

    • Avaliação quantitativa (quando aplicável).

    A FTA é uma técnica similar ao FMEA, com exceção de que, ao invés de

    trabalhar das partes para o todo no sistema, ela trabalha do todo para as partes, de

    modo a identificar o modo de falha de cada parte, que individualmente ou em

    combinação com outras, possam resultar em uma falha do sistema (O’CONNOR,

    1983).

    A figura 7 expõe a sintaxe utilizada na FTA, onde a análise parte de uma falha

    ou problema particular do sistema, motivo do estudo, chamado “evento de topo”, e

    continua com a elaboração da seqüência ou combinação de fatos capazes deconduzir a tal evento. O evento de topo é um estado do sistema considerado

    anormal e pode ser obtido como conseqüência fatos normais e/ ou anormais do

    mesmo. Assim a análise é conduzida por este encadeamento até atingir situações

    básicas cuja análise não se considera necessária aprofundar. Estes eventos são

    denominados limites de resolução da árvore.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    40/74

    39

    Uma vez obtido o conjunto de eventos que constituem o limite de árvore e

    identificadas as denominadas causas básicas, deverá ser elaborado um plano de

    ação visando o bloqueio das mesmas.

    Figura 7 – sintaxe utilizada na FTA,Fonte: CALIL 2006

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    41/74

    40

    Tabela 2 – Comparação entre FTA e FMEAFonte: adaptado de Helman e Andrey 1995;

    FTA FMEA

    OBJETIVO

    - Identificação das causasprimárias das falhas;

    - Elaboração de umarelação lógica entre falha

    primária e falha final;-Análise da confiabilidade

    do sistema;

    - Identificação das falhascríticas em cada

    componente, suas causase conseqüências;

    - Hierarquizar as falhas;- Análise da confiabilidade

    do sistema;

    PROCEDIMENTO

    - Identificação da falha queé detectada pelo cliente;- Relacionar essa falha

    com falhas intermediáriaspor meio de símbolos

    lógicos;

    - Análise das falhas empotencial de todos os

    elementos do sistema, eprevisão das

    conseqüências;- Relação de açõescorretivas a serem

    tomadas

    CARACTERÍSTICABÁSICA

    - Melhor método paraanálise individual de uma

    falha específica;- Enfoque é dado a falha

    final do sistema;

    - Pode ser utilizado naanálise de falhas

    simultâneas ou co-relacionadas;

    -Todos os componentes dosistema são passíveis de

    análise

    2.4 TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA MANUTENÇÃO

    Segundo Alvarez (1996), a terceirização pode ser entendida como a prática

    de contratar outras empresas para assumir processos e funções que não são

    essenciais para o andamento do negócio, isto é, a aquisição externa de

    determinadas atividades ou processos de outra empresa prestadora de serviços. É

    um processo de gestão pelo qual algumas atividades são repassadas para terceiros,

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    42/74

    41

    com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa

    concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua.

    No princípio a terceirização era empregada apenas com o intuito de reduçãode custos. Mas com o passar do tempo, os objetivos da terceirização mudaram de

    foco, e as organizações passaram a buscar mais do que a simples redução de

    custos. Nos últimos anos a terceirização passou a ser uns dos conceitos mais

    importantes da administração, pois permite às organizações focarem em suas

    competências centrais, para fornecer um nível diferenciado de serviço ao cliente e

    obter vantagens da maior flexibilidade operacional (ALVAREZ, 1996).

    Para Kardec e Nascif (1999), terceirização é uma ferramenta estratégica que

    pode trazer resultados positivos ou negativos. Os autores enfatizam que deve haver

    uma relação de parceria entre as partes envolvidas, e para conseguir isto a melhor

    forma é a utilização de um contrato por resultados, onde a contratada tem a

    responsabilidade técnica dos resultados da manutenção.

    2.5 TRANSFORMADOR

    É uma máquina elétrica usada em corrente alternada. Transforma um valor de

    tensão em outro. O transformador mais utilizado é o monofásico. No transformador

    monofásico existe um núcleo de ferro em torno do qual estão montadas duas

    bobinas, uma para receber a tensão (o primário) e outra para fornecer a tensão (osecundário) (MANUAL WEG, 2003). No caso em estudo de 13,2 KV para 220V.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    43/74

    42

    O transformador consta de duas bobinas independentes, enroladas sobre um

    núcleo de ferro laminado. O enrolamento que recebe a potência de entrada a ser

    transformada chama-se bobina primária e o outro enrolamento que fornece apotência transformada chama-se bobina secundária. A corrente alternada na

    primária origina um fluxo magnético no núcleo. Este fluxo atravessa a secundária

    originando nela uma corrente elétrica alternada induzida, em virtude da indutância

    mútua dos dois circuitos. A função do núcleo de ferro é concentrar o campo

    magnético, para uma dada corrente, e orientar o campo de modo que quase todo o

    fluxo magnético que passa por uma bobina passe também pela outra, diminuindo-se

    as perdas de energia na transformação da tensão (MANUAL WEG, 2003).

    Na figura 8 pode-se observar a estrutura de um transformador, sendo

    explicados a seguir os itens selecionados para a análise (MANUAL ENGELMA,

    1998):

    • Buchas:

    São os dispositivos que permitem a passagem dos condutores dos

    enrolamentos ao meio externo e isolam eletricamente a passagem dos terminais do

    núcleo através do tanque. Estão ligadas aos cabos de alta tensão pelos terminais e

    são constituídas basicamente por: Corpo isolante de porcelana vitrificada; condutor

    passante de cobre ou latão; terminal de cobre ou latão e vedação de borracha epapelão;

    • Tanque

    Destinado a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente do líquido

    isolante. Subdivide-se em lateral, fundo e tampa. Por ele passam todas as ligações

    entre o meio interno e externo do transformador;

    • Radiadores:

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    44/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    45/74

    44

    Figura 8 – Transformador de forçaFonte: Manual Weg, 2003

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    46/74

    3. METODOLOGIA DA PESQUISA

    Segundo Gil (2002) é usual a classificação de pesquisas com base em seus

    objetivos gerais, como forma de possibilitar uma aproximação conceitual. Mas

    também é necessário traçar um modelo conceitual e operativo da pesquisa, como

    forma de confrontar a visão teórica com os dados da realidade.

    Dessa forma, quanto aos objetivos, tem-se a classificação:

    • Pesquisa exploratória: visa a familiaridade com o problema com vistas a

    torná-lo explícito ou à construção de hipóteses;

    • Pesquisa descritiva: descrição das características de determinada população

    ou fenômeno;

    • Pesquisa explicativa: identificação de fatores que determinem ou contribuam

    para a ocorrência dos fenômenos.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    47/74

    46

    3.1 METODOLOGIA UTILIZADA

    Este trabalho está de acordo com a classificação de uma pesquisa

    exploratória, partindo de um problema, buscando informações sobre o assunto e

    baseado nestas informações apresentar alternativas para solucioná-lo. Para o

    desenvolvimento da pesquisa foi utilizado o procedimento pesquisa-ação.

    3.2 ETAPAS DA PESQUISA

    3.2.1 Fase exploratória

    Durante a fase exploratória foram colhidas informações diretamente com os

    técnicos responsáveis pela manutenção da rede elétrica, além da pesquisa em

    documentos relacionados às atividades realizadas pelos mesmos.

    3.2.2 Formulação do problema

    Baseado nas informações colhidas na fase exploratória foi possível definir que

    a maioria das falhas dos transformadores da rede de distribuição elétrica da cidade

    de Joinvile é resultado de má conservação.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    48/74

    47

    3.2.3 Coleta de dados

    Durante o período de coleta de dados foram realizadas diversas entrevistas

    individuais com os técnicos responsáveis pela manutenção da distribuição,

    buscando conhecer as diferentes visões do problema. Simultaneamente foi realizada

    a revisão bibliográfica do assunto e pesquisas no histórico da empresa.

    3.2.4 Análise e interpretação de dados

    Os dados coletados foram utilizados na elaboração de uma FMEA,

    envolvendo os componentes externos do transformador, visto que o processo de

    manutenção dos transformadores é realizado por inspeções visuais. No texto foram

    apresentados os métodos FMEA e FTA. A escolha do método FMEA foi devido asua sistemática, pois parte de cada item do sistema, e assim seguindo uma lógica,

    chega a falha, processo inverso ao FTA. Não cabe neste trabalho a análise do

    projeto destes componentes, já que este é de responsabilidade das empresas

    fabricantes.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    49/74

    4. ESTUDO DE CASO: SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA CELESC

    4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA

    A Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC, foi criada em dezembro de

    1955 pelo decreto estadual nº 22, assinado pelo governador Irineu Bornhausen. Até

    a metade do século, as necessidades energéticas do estado eram supridas por

    pequenos e médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela

    iniciativa privada. Ainda na primeira década do século, por exemplo, Blumenau já

    dispunha de um rudimentar sistema de iluminação pública. Lá, a Usina Hidrelétrica

    Salto Weissbach, datada de 1916, significou uma evolução dos pequenos geradores

    mantidos pelo espírito empreendedor dos imigrantes desde a virada do século. AUsina Salto foi definitiva para a extraordinária expressão industrial de todo o Médio

    Vale do Itajaí. Em Joinville, a Usina Hidrelétrica Piraí entrou em funcionamento em

    1908 e, em 1913, foi a vez da São Lourenço, em Mafra. Para o suprimento da

    Capital, o governador Gustavo Richard ordenou a construção da Usina Hidrelétrica

    Maroim, em São José. Esta usina está desativada e encontra-se em processo de

    recuperação arquitetônica. Este modelo, no entanto, começou a mostrar-se incapaz

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    50/74

    49

    de responder ao incremento da demanda, pressionada pelo surto

    desenvolvimentista que tomou conta do país no governo de Juscelino Kubitschek.

    Preocupado em oferecer condições infra-estruturais aos investimentos, o governo doestado decide, então, pela criação da estatal (CELESC, 2006).

    Como resultado imediato, o início das operações da CELESC viabilizou a

    entrada de Santa Catarina no Sistema Elétrico Interligado Sul-Sudeste, medida que

    garantiu o fornecimento de eletricidade adequado ao parque industrial catarinense. A

    princípio, a CELESC funcionou mais como um órgão de planejamento do sistema

    elétrico estadual. Depois, assumiu o papel de holding até começar a incorporar,

    gradativamente, o patrimônio das velhas empresas regionais. Foi assim que

    começou seu ciclo de expansão, sendo que a região sul, já na década de 70, foi a

    última a ser atendida. Lá, ainda se concentra o maior número de cooperativas de

    eletrificação em Santa Catarina (CELESC, 2006).

    4.2 MANUTENÇÃO DA REDE ELÉTRICA

    Na CELESC existe um departamento exclusivo responsável pela manutenção

    da rede elétrica, o Departamento da Manutenção da Distribuição – DMD, este é

    formado por técnicos que avaliam, programam e realizam atividades de manutenção.

    Para melhor realizar as atividades de manutenção na cidade de Joinville o

    departamento de manutenção da distribuição divide a cidade em 51 áreas(alimentadores), o que torna possível a formulação de um roteiro de inspeção. Além

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    51/74

    50

    desta divisão a CELESC possui um programa de base de dados cartográfica

    digitalizada (GENESIS), onde é possível identificar e localizar a área da cidade que

    necessita ser vistoriada.A manutenção realizada na rede elétrica da cidade é feita de duas formas, a

    manutenção programada e a manutenção de emergência, exemplificado no

    fluxograma da figura 9 e descritas a seguir.

    Figura 9 – Fluxograma da manutençãoFonte: Elaboração própria

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    52/74

    51

    O fluxograma acima foi formulado para este trabalho e representa a atividade

    de manutenção realizada na CELESC de Joinville, que parte da decisão de realizar

    uma manutenção de emergência ou programá-la, baseado na severidade da

    ocorrência. Assim quando a manutenção é de emergência a equipe já é deslocada

    para o almoxarifado, onde retira o material necessário à realização dos reparos e se

    dirige ao ponto problemático. Só após isto é que o material é contabilizado no

    sistema através do Boletim de Requisição de Materiais – BRM. Já na Manutenção

    programada, primeiro é checada a existência do material no almoxarifado, caso nãohaja, a programação é feita para a data de chegada do material. O BRM é emitido e

    os funcionários retiram o material e realizam os reparos programados. Abaixo tais

    atividades são explicadas detalhadamente:

    4.2.1 Manutenção Programada

    Para evitar que ocorram interrupções (por falha de equipamentos ou peças da

    rede elétrica) no abastecimento de energia da cidade de Joinville, a empresa realiza

    inspeções visuais da rede, estas são realizadas pelos técnicos da própria CELESC.

    Nesta sistemática, o Departamento de Manutenção da Distribuição – DMD repassa

    aos técnicos os croquis das áreas a serem vistoriadas. Com o croqui em mãos o

    técnico visita a área determinada e visualmente analisa os componentes da rede,

    anotando no croqui os reparos que deverão ser realizados. Após esta vistoria, o

    técnico devolve o croqui ao DMD que baseado na gravidade do problema determina

    uma data para efetuar a manutenção e os materiais necessários a execução dosserviços. Após isso são emitidas ordens de serviços – OS e Boletins de Requisição

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    53/74

    52

    de Materiais – BRM que são retiradas pelos funcionários das empreiteiras no próprio

    DMD. Com o BRM em mãos os funcionários da empreiteira retiram os materiais

    necessários para a execução dos reparos no almoxarifado mantido pela CELESC, eseguem para o ponto de serviço, onde realizam as atividades determinadas na OS.

    Os reparos de manutenção programada na cidade de Joinville são realizados

    por duas empreiteiras, cada uma delas é responsável por áreas determinadas. Para

    a realização destes reparos a CELESC disponibiliza em seu almoxarifado todo o

    material necessário para que a empreiteira realize a manutenção.

    4.2.2 Manutenção Corretiva de Emergência

    A manutenção corretiva de emergência é feita quando fatos imprevistos

    ocorrem ou estão na iminência de ocorrer e interromper o fluxo de energia. Dentre

    estes fatos podemos citar adversidades meteorológicas, acidentes automobilísticos,

    furto de condutores ou equipamentos da rede, mau uso do sistema elétrico entre

    outros. A manutenção de emergência decorre da solicitação do cliente, que entra em

    contato com a empresa através docall center . Nesta ligação o cliente se identifica e

    passa informações sobre a situação no local. Imediatamente essas informações são

    passadas ao DMD que através do programa GENESIS identifica o local e o

    equipamento da rede que fornece energia ao solicitante, assim é retirado um croqui

    da área, que é repassado ao técnico da empresa juntamente com a OS da

    chamada. Nas manutenções de emergência os reparos são realizados pelos

    próprios técnicos da CELESC.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    54/74

    53

    4.3 FALHA DO TRANSFORMADOR

    A falha técnica e avaria de transformadores na empresa sempre representou

    uma preocupação, pois por qualquer dos aspectos envolvidos a situação é

    indesejável, tanto nos custos decorrentes da transmissão de energia interrompida,

    gastos diretos e indiretos envolvidos, quanto na preservação da imagem da

    empresa.

    A principal causa da queima dos transformadores da rede elétrica de Joinville

    é a sobrecarga do sistema, responsável por aproximadamente 60% das falhas. Ela

    se dá quando o transformador opera no limite máximo devido a uma grande

    quantidade de consumidores ligados num equipamento. Esta demanda excessiva

    acelera a degradação do líquido isolante diminuindo sua rigidez dielétrica e como

    conseqüência gerando a sobrecarga do transformador.

    Outro fator importante que responde por cerca de 25% das avarias é a

    presença de umidade e contaminantes sólidos e gasosos em seu interior o que

    resulta na deterioração do sistema isolante (óleo). O restante das falhas são geradas

    por problemas nas buchas, terminais, tanque e dispositivos de aterramento, além de

    fatores alheios ao sistema como ninho de pássaros, contato com vegetação e etc. Adistribuição de falhas é representada na figura 10.

    Todas estas falhas podem ser atacadas por um programa de manutenção.

    Desde a sobrecarga, pois quando o transformador opera nestas condições, sua

    temperatura se mantém constantemente elevada, e seu nível de ruído é alterado,

    sendo assim, o técnico da manutenção pode perceber tal anormalidade e programar

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    55/74

    54

    um redimensionamento do circuito, evitando a queima. O líquido isolante apresenta

    coloração escura quando contaminado.

    CAUSAS DE FALHAS

    sobrecarga ; 60%

    deterioração dolíquido isolante ;

    25%

    peças avariadas ;15%

    Figura 10 – gráfico das causas de falhasFonte: CELESC, 2006

    Quando um transformador da empresa pára de funcionar ou apresentaalguma anormalidade grave como vazamento, faíscas ou barulho excessivo, é

    imediatamente substituído por outro. Para isto a CELESC mantém em seu

    almoxarifado um número suficiente de transformadores sobressalentes.

    O transformador retirado é enviado para uma empresa terceirizada de

    recuperação, que analisa o possível conserto do equipamento. A figura 11 mostra

    um transformador retirado da rede por problemas de vazamento, e seu conserto foi

    possível.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    56/74

    55

    Figura 11 – Transformador avariado passivo de recuperação;

    Caso o contrário o transformador é sucateado e vendido para a empresa de

    recuperação. A figura 12 mostra o núcleo de um transformador sucateado por

    sobrecarga, onde seu núcleo de cobre foi queimou.

    Figura 12 – Núcleo do transformador queimado por sobrecarga.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    57/74

    56

    4.3.1 Custo Evitado

    Ao evitar-se a queima de um transformador, os seguintes custos deixam deexistir:

    • Não deslocamento da equipe para atendimento e tentativa de religamento: R$

    85,60 (Oitenta e cinco reais e sessenta centavos);

    • Não deslocamento da equipe para substituição do equipamento queimado no

    mesmo ponto: R$ 130,50 (Cento e trinta reais e cinqüenta centavos);

    • Não conserto do equipamento queimado: R$ 757,50 (Setecentos e cinqüenta

    e sete reais e cinqüenta centavos);

    • Não administração dos eventos: R$ 21,40 (Vinte e um reais e quarenta

    centavos);

    • A não interrupção do fornecimento de energia: faturamento de R$ 12,80

    (Doze reais e oitenta centavos).

    Com estes dados é possível constatar que cada transformador queimado na

    rede elétrica da cidade de Joinville gera um custo de aproximadamente R$ 1.008,00

    (Um mil e oito reais), sem mencionar o impacto na imagem da empresa.

    4.3.2 Quantidade Avariada

    Durante o período compreendido entre 01/01/2005 e 30/06/2005 foram

    registradas 108 queimas de transformadores da rede de distribuição de energia

    elétrica na cidade de Joinville, conforme o gráfico abaixo.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    58/74

    57

    Queima 1°semestre de 2005

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    jan fev mar abr mai jun

    mensal

    acumulado

    Figura 13 – Quantidade queimada no 1° semestre de 2005Fonte:CELESC, 2006

    O custo de aquisição de um lote de 34 transformadores novos é de R$

    95.844,18 (Noventa e cinco mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e dezoito

    centavos).

    Baseado nas informações acima o custo envolvido com os transformadores

    na empresa entre os meses de janeiro e junho de 2005 foi superior a R$ 359.520,00

    (Trezentos e cinqüenta e nove mil e quinhentos e vinte reais), resultando numa

    média mensal de R$ 59.920,00 (cinqüenta e nove mil e novecentos e vinte reais).

    Este valor não considera o sucateamento dos transformadores.

    Não foi possível obter o custo total envolvido na manutenção da rede elétrica

    da cidade de Joinville, assim não é possível estimar a contribuição dos

    transformadores.

    4.3.3 Conserto do transformador

    Um transformador só é retirado da rede elétrica quando ocorre um problema

    de funcionamento, que interrompe o fluxo de energia do circuito que o mesmoabastece, e os técnicos não conseguem restabelecer seu funcionamento.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    59/74

    58

    Após retirado da rede o transformador é levado para uma área de deposito

    da empresa, e ali permanece até que complete um lote suficiente para ser enviado a

    empresa terceirizada responsável pela manutenção. Na empresa terceirizada otransformador é desmontado e é feita uma vistoria para determinar se o conserto é

    viável. Quando viável o transformador passa por uma manutenção corretiva e

    retorna ao depósito da CELESC, onde permanece até que haja a necessidade de

    outra substituição. Caso contrário o transformador é sucateado e vendido para a

    própria empresa que realiza a manutenção no equipamento.

    4.3.4 Inspeção Visual e Verificações

    Uma inspeção visual, como o próprio nome exprime, é um exame visual do

    estado de conservação dos equipamentos e instalações. Toda a Manutenção

    programada realizada pela CELESC é baseada em inspeções visuais, no caso dos

    transformadores a inspeção foca os seguintes itens:

    • Buchas: verificar se há algum vazamento, existência de trincas e sujeira em

    excesso nas porcelanas e as condições de aterramento das derivações;

    • Tanque e Radiadores: nestas partes verifica-se a existência de vibração no

    tanque ou nas aletas dos radiadores; se há fissuras, descamações da pintura,

    pontos de oxidação ou vazamento por toda sua extensão.

    • Óleo isolante: estes devem apresentar cor clara e não podem conter

    partículas suspensas;

    • Conexões externas: devem estar perfeitamente fixadas e não apresentarem

    oxidação.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    60/74

    59

    • Condições Gerais: durante a inspeção o conjunto todo deve ser analisados,

    fatores que vão desde seu alinhamento até seu nível de ruído, ou até mesmo

    a presença de agentes externos como vegetação muito próxima ou ninho depássaros.

    4.4 DIFICULDADES EXISTENTES NA MANUTENÇÃO DO TRANSFORMADOR

    Uma das principais dificuldades percebidas, até mesmo para a realização

    deste trabalho, foi a inexistência de um manual ou roteiro contendo as instruções e

    procedimentos a seguir durante a inspeção de um transformador. Isso permite que

    fatores importantes passem despercebidos durante a vistoria, além de tornar

    dificultar, ou até mesmo inviabilizar o trabalho de funcionários inexperientes.

    Não há um controle de tempo de utilização dos equipamentos contendo a

    data de instalação e data de retirada, também não há um histórico de falhas,

    simplesmente quando ocorre uma falha o transformador avariado é substituído por

    outro e enviando para a empresa que realiza a manutenção corretiva. Assim não é

    possível estimar o período de funcionamento deste equipamento.

    Também não existe uma estimativa determinando o período ou uma

    seqüência para realizar as vistorias nas áreas da cidade. Isso faz com que algumas

    áreas da permaneçam sem manutenção por intervalos de tempo muito grandes.

    A empresa que realiza a manutenção dos transformadores não envia um

    relatório descrevendo as atividades realizadas em cada equipamento, e as possíveiscausas da falha. Isso inviabiliza a criação de um histórico de falhas que possibilitaria

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    61/74

    60

    um estudo aprofundado das causas.

    Outro problema observado é a dificuldade da realização das vistorias, pois os

    técnicos responsáveis pelas vistorias são os mesmos responsáveis pelos reparos deemergência. Assim as inspeções visuais programadas são adiadas quando ocorrem

    solicitações de manutenção de emergência.

    4.5 REALIZAÇÃO DA FMEA

    A FMEA do transformador foi elaborada conforme as orientações contidas na

    revisão bibliográfica, e será apresentada a seguir:

    • Primeiramente foi necessário estabelecer o que realmente seria analisado,

    considerando o valor dos equipamentos, o transformador foi escolhido, mas

    como a CELESC realiza apenas inspeções visuais, somente os componentes

    externos compõem a FMEA;

    • Não houve a formação de um grupo específico para a realização da FMEA, e

    sim entrevistas com os técnicos responsáveis pelas inspeções, a fim de obter

    as informações necessárias para preencher o formulário. As entrevistas foram

    realizadas conforme a disponibilidade dos funcionários.

    • Os componentes escolhidos para compor a FMEA foram: buchas, tanque,

    radiador, óleo isolante e conexões externas.

    • Os índices foram estimados com a ajuda dos técnicos.

    A figura 14 mostra a FMEA realizada para as peças externas do

    transformador, elaborado juntamente com os técnicos do DMD, através de

    entrevistas, onde foram estimados os índices que podem ser encontrados na tabela1.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    62/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    63/74

    62

    o óleo isolante do transformador, chegando a índices de risco de 288 e 350, que

    como apresentado na revisão bibliográfica representam riscos muito altos.

    Observando mais a fundo a FMEA pode-se constatar que os dois índices sãogerados pela mesma causa, fissuras no tanque. Durante a pesquisa foi constatado

    que as fissuras no tanque geralmente resultam de uma má conservação do

    equipamento, apontando para a necessidade de uma manutenção preventiva.

    A metodologia da FMEA indica que os maiores índices devem receber

    atenção especial e suas causas devem ser combatidas com urgência. Sendo assim

    é muito claro constatar a necessidade de um plano de manutenção, que acompanhe

    a vida útil do transformador adiando e até mesmo impedindo sua deterioração.

    Outra questão que foi possível perceber é a relação entre as falhas, ou seja, o

    processo de deterioração do transformador se dá como um efeito “dominó”,

    exemplificado na FTA simplificada da figura 15 e descrita a seguir:

    Quando não há manutenção da pintura do transformador, poderá ocorrer

    oxidação de alguns pontos, devido a intempéries, e estes pontos ficarão frágeis com

    possível surgimento de fissuras. Na eventualidade desta ocorrência, o óleo será

    contaminado levando a degradação dos componentes internos, diminuindo assim a

    rigidez dielétrica e como conseqüência gerando a sobrecarga do transformador.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    64/74

    63

    Figura 15 – FTA simplificada da queima do transformador,Fonte: Elaboração própria.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    65/74

    5. PROPOSTA DE MELHORIAS PARA AS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DOS

    TRANSFORMADORES DA REDE ELÉTRICA EM ESTUDO

    5.1 PADRONIZAÇÃO DA INSPEÇÃO VISUAL DA MANUTENÇÃO

    Recomenda-se o desenvolvimento de um manual contendo todas as

    atividades que deverão ser realizadas durante a inspeção do equipamento, e a

    elaboração de uma lista de verificação“check list” que deverá ser preenchida pelo

    técnico responsável durante a vistoria. A lista de verificações deve conter:

    • campo para a data da vistoria;

    • campo para o número do equipamento vistoriado;

    • campo para a área da cidade onde se encontra o equipamento;• campo para a identificação do técnico responsável pela vistoria;

    • uma tabela para ser assinalada com possíveis anormalidades do

    equipamento;

    • campo de anotações gerais, onde o responsável possa registrar qualquer

    outra informação que possa contribuir na identificação e na estratégia a ser

    tomada na correção da falha.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    66/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    67/74

    66

    5.2 CONTROLE DA VIDA ÚTIL DO EQUIPAMENTO

    Recomenda-se a criação de um banco de dados com a data de instalação e a

    data de retirada de cada equipamento, além da localização e das condições em que

    o equipamento se encontra, neste banco de dados também poderia ser registrada a

    causa da falha. Com estas informações seria possível analisar o tempo médio de

    vida dos equipamentos, bem como a realização de estudos aprofundados das falhas

    e de relacionar as falhas com as áreas da cidade onde elas ocorreram.

    Com a proposta acima citada poderia ser desenvolvido um roteiro de

    inspeções levando em consideração as áreas mais afetadas e as principais

    ocorrências. Estes roteiros determinariam as datas em que as áreas da cidade

    deveriam ser vistoriadas, evitando que os equipamentos da rede fiquem sem

    acompanhamento por longos períodos.

    Este banco de dados estaria a disposição de todos os envolvidos na

    manutenção dos transformadores, facilitando as atividades dos mesmos.

    Outra sugestão é um programa de controle de demanda, calculando e

    dimensionando o número de consumidores para cada transformador.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    68/74

    67

    5.3 EQUIPE ESPECIALIZADA

    Disponibilizar quatro funcionários treinados e especializados em manutenção,que ficariam responsáveis por cumprir os roteiro de vistoria, assim os técnicos da

    manutenção não ficariam sobrecarregados e as áreas seriam vistoriadas nos

    períodos corretos.

    Para a contratação e manutenção destes funcionários, a empresa estima um

    custo mensal de R$ 11.500,00 (nove mil e quinhentos reais) incluindo salário,

    encargos, veículo e impostos.

    Esta equipe teria um conhecimento mais aprofundado do transformador,

    evitando falsos diagnósticos. Também poderiam ser desenvolvidos procedimentos

    para a correção de avarias possíveis de serem solucionadas em campo, sem que

    fosse necessária a retirada do transformador, como por exemplo:

    • Pontos de oxidação ou descamação da pintura;

    • Conexões mal fixadas;

    • Limpeza de buchas;

    • Retirada de objetos não pertencentes ao sistema;

    • Fissuras ou trincas no tanque.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    69/74

    68

    5.3.1 Conjunto“Kit” para manutenção

    Com o objetivo de oferecer condições mais seguras às equipes demanutenção, a empresa deve oferecer umkit padronizado de materiais para uso

    durante as atividades. Este kit deve conter itens de reparo de pintura, de limpeza,

    além de ferramentas específicas, tais como:

    • Termômetro;

    • Lixas e tintas para correção de pontos oxidados;

    • Escovas, para a limpeza de buchas;

    • Material para avaliar o estado do óleo.

    Para a elaboração deste Kit estima-se um valor de R$ 80,00 (Oitenta reais).

    Para demonstrar a viabilidade desta proposta, tomou-se como base os dados da

    figura 13, onde constam os números dos transformadores queimados no 1°

    semestre de 2005, e os valores de equipamentos novos e consertados contidos no

    texto. Assim para as avarias deste período têm-se os custos caso o transformador

    seja sucateado e haja a necessidade de substituí-lo por um novo, e caso possível o

    conserto do mesmo. Há também os custos mensais da equipe mais oKit e do

    conserto mais a equipe.

    Tabela 3 – Valores estimados para custos de reparo e equipe;Fonte: Elaboração própria.

    Quantidade Novos Conserto Equipe + Kit Equipe + conserto

    jan 32 R$ 90.176,00 R$ 24.096,00 R$ 11.580,00 R$ 35.676,00fev 14 R$ 39.452,00 R$ 10.542,00 R$ 11.580,00 R$ 22.122,00mar 16 R$ 45.088,00 R$ 12.048,00 R$ 11.580,00 R$ 23.628,00abr 21 R$ 59.178,00 R$ 15.813,00 R$ 11.580,00 R$ 27.393,00mai 13 R$ 36.634,00 R$ 9.789,00 R$ 11.580,00 R$ 21.369,00jun 12 R$ 33.816,00 R$ 9.036,00 R$ 11.580,00 R$ 20.616,00

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    70/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    71/74

    6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Com a realização deste trabalho foi possível compreender a complexidade e a

    importância de um sistema eficaz de manutenção, considerando diversos fatores

    que vão desde a produtividade até a segurança das pessoas envolvidas nas

    operações.

    Através da realização da FMEA constatou-se que a maioria das causas de

    falhas nos transformadores da rede de distribuição de energia da cidade de Joinville

    é resultado da falta de controle do envelhecimento dos mesmos, e apontam para a

    necessidade da aplicação de um plano de manutenção preventiva.

    Baseado nos resultados desta pesquisa foi possível propor a implantação de

    um plano de manutenção preventiva, contendo sugestões como:

    • A padronização das vistorias, evitando que informações importantes

    passem despercebidas;

    • A criação de um manual com informações e procedimentos para a

    realização das atividades de manutenção;

    • A elaboração de um formulário para registrar as condições físicas de

    cada transformador vistoriado;

    • A criação de um banco de dados contendo as informações colhidas

    durante as vistorias, e possibilitando pesquisas para a melhor utilização

    dos transformadores;

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    72/74

    71

    • A formação de uma equipe destinada a manutenção dos

    transformadores.

    Consideração a importância das atividades de manutenção, são escassas as

    bibliografias que abordam o tema, dificultando a realização de pesquisas e de busca

    por melhorias.

    Assim confirma-se a idéia de Kardec e Nascif (1999), obra que serviu de base

    para a elaboração deste trabalho, onde os autores afirmam que a manutenção

    preventiva é mais conveniente quanto maior for a simplicidade na reposição; quanto

    mais altos forem os custos de falha; quanto mais as falhas prejudicarem a produção

    e quanto maiores forem as implicações das falhas na segurança das pessoas e no

    sistema operacional.

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    73/74

  • 8/20/2019 2006_2_tcc07

    74/74

    73

    MANUAL WEG: Características e especificações de transformadores de distribuição deforça weg. Jaraguá do Sul: Weg, 2003.

    MANUAL ENGELMA: Manutenção de transformador de força. São Paulo: Engelma,1998.

    MIRSHAWKA, V. Manutenção Prediriva: caminho para zero defeitos. São Paulo:Makron, McGraw-Hill, 1991.

    MONCHY, F. A função Manutenção . Ed. Ebras / Durban, 1989.

    MOUBRAY, J. RCM II: manutenção centrada em confiabilidade . Grã Bretanha:Biddles Ltda. 2000. Edição Brasileira.

    MONKS, Joseph. Administração da produção . São Paulo: Mc Graw-Hill LTDA, 1987.

    O’CONNOR, P. D. T. Practical reliability engineering. Norwich: John Wiley & Sons,1983.

    SLACK, N; CHAMBERS, S; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo:Atlas, 2002.

    TAVARES, L. Administração moderna da manutenção . Rio de Janeiro: Novo Polo,1999.

    TAKAHASHI, Y; OSADA, T. TPM/MPT: manutenção produtiva total. São Paulo: InstitutoIMAM, 1993.

    VILLEMEUR, A. Reliability, availability, maintainability and safety assessment: methods and techniques Chippenham: John Wiley & Sons 1992