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DIREITO EMPRESARIAL 1 DIREITO EMPRESARIAL Graduação

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DIREITO EMPRESARIAL

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DIREITO EMPRESARIAL

Graduação

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DIREITO EMPRESARIAL

   U   N   I

   D   A   D   E

   5 CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOSDE CRÉDITO

Nesta unidade, analisaremos duas matérias de suma importância para o

Direito Empresarial, com aplicabilidade prática até mesmo para aqueles que

não exercem atividade econômica, pois ambas são utilizadas no dia-a-dia

do cidadão comum. Estudaremos, primeiramente, os contratos empresariaiscuja principal característica é a presença de empresário como uma das partes

contratantes, não importando ser contratante ou contratado. Nesta primeira

parte, aprenderemos quais os principais contratos empresariais existentes,

a quem se aplicam e quais as regras essenciais para sua validação jurídica.

De outro lado, abordaremos os títulos de créditos e documentos existentes

para facilitar o registro de relações de crédito entre pessoas. À primeira

vista, tal tema aparenta ser algo desconhecido dos alunos, mas ao citar

dois exemplos de títulos de crédito, a matéria torna-se familiar: cheque e

nota promissória. Conheceremos neste tópico os títulos de créditos mais

utilizados, suas normas e, ainda, os direitos e deveres do credor e do devedor.

A razão de se unir estas duas matérias em uma única unidade decorre do

fato de serem ambas as matérias ligadas à forma de se documentar relaçõesde crédito, além disso, não podemos deixar de citar a íntima relação existente

entre tais temas, visto que para ter maior segurança nas relações jurídicas

é comum que se utilizem em uma mesma negociação ambos os institutos

 jurídicos. Para melhor compreender, em caso de empréstimos bancários

(contrato empresarial), é comum se vincular título de crédito, geralmente,

nota promissória. Portanto, muita atenção nos capítulos abaixo, vez que lhe

serão úteis tanto em sua vida profissional como pessoal. Bom estudo!

OBJETIVOS DA UNIDADE

• Apresentar ao estudante as principais modalidades de contratos em-

presariais e títulos de créditos utilizados no cotidiano do empresariadobem como da população em geral.

• Desenvolver no aluno potencial para converter o aprendizado em açõespráticas, fornecendo-lhe conhecimento para analisar e criar os docu-mentos estudados, permitindo maior segurança jurídica em negóciosque firmar em seu próprio interesse, seja pessoal ou profissional.

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

• Conscientizar o leitor acerca da importância surgida a partir da assi-natura de qualquer dos documentos estudados, atribuindo-lhe a in-cumbência de orientar as pessoas com as quais convivem no que tan-

ge ao preenchimento e às conseqüências da assinatura desses títu-los.

PLANO DA UNIDADE

• Compra e venda mercantil.

• Contratos bancários.

• Outros contratos empresariais.

• Títulos de crédito – Letra de Câmbio, Nota Promissória, Cheque

e Duplicata.

CONTRATOS EMPRESARIAIS

A materialização das negociações firmadas no meio empresarial é feita

através de contratos que se denominam empresariais ou mercantis.

A validade destes contratos é condicionada à existência de um empresário

como sendo umas das partes. Sabe-se que todos os contratos possuem

contratante e contratado e, ao menos um deles, terá que ser sociedade

empresária ou empresário individual.

Passemos, então, à análise das espécies de contratos empresariais.

COMPRA E VENDA MERCANTIL

Esta modalidade contratual tem por finalidade regulamentar a

circulação de mercadorias, sendo que as partes envolvidas, COMPRADOR e

VENDEDOR , estabelecerão cláusulas relativas à quantidade e qualidade

dos produtos, preço e condições de pagamento, além, claro, das cláusulas

habituais de todo e qualquer contrato.

O Contrato de Compra e Venda Mercantil é essencial no exercício da

atividade atacadista e na relação comercial que mantém com seus clientes,

supermercados, mercearias, bares e restaurantes.

Dentre as regras previstas em lei, importante demonstrar as obrigações

de cada parte, a começar pelo vendedor.

A primeira, claro, refere-se à transferência das mercadorias adquiridaspelo comprador. Se omisso o contrato acerca do local da entrega dos

produtos, deverá o vendedor se responsabilizar e enviar os produtos. A

forma de entrega poderá ser via postal (correios) ou ainda através de veículo

próprio ou terceirizado.

O risco do transporte (extravio, roubo, furto, acidente, etc.) será do

vendedor, salvo se houver cláusula contratual em sentido contrário ou se o

transporte ficar a cargo do comprador.

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DIREITO EMPRESARIAL

Deixando de entregar a mercadoria ou o fazendo fora do prazo, poderá

o vendedor ser processado por perdas e danos pelo comprador.

Outra obrigação do vendedor se refere a sua responsabilização por

vícios, que são defeitos que impedem o produto de funcionar corretamente

ou no todo. O vício pode ser manifesto, quando facilmente visualizado ou

oculto, quando é descoberto através da realização de teste na mercadoria.

Segundo a legislação, o comprador deverá informar da existência de

vício manifesto no prazo de 30 dias e do oculto, em 180 dias, ambos a contar

da entrega do bem. Interessante que, uma vez identificados os vícios, às

partes restam duas alternativas: rescindir o contrato ou reduzir

proporcionalmente o preço. Estas duas hipóteses estão previstas na lei que

trata do assunto, mas como se sabe, em caso de defeito na mercadoria

entregue, geralmente, o vendedor faz sua substituição, resolvendo a

questão; no entanto, esta possibilidade se trata de costume comercial, não

previsto em lei.Por fim, deve ainda a vendedora responder pelos efeitos da evicção,

ou seja, quando, após realizada a venda, se descobre que o bem não

pertencia ao vendedor, isto é, sua propriedade estava sendo discutida.

Nestes casos, o verdadeiro proprietário da mercadoria acaba a retomando

e restará ao comprador ajuizar Ação de Indenização contra o vendedor que

lhe prometeu a venda de bens cuja propriedade era questionável.

Na outra ponta da relação contratual, atribui-se ao comprador a

obrigação de pagar o preço no prazo, forma e valor combinados.

Para alguns estudiosos do direito, é ainda seu dever averiguar se a

mercadoria possui algum vício. Entretanto, não nos parece se tratar de

obrigação, mas sim de precaução tal análise, pois não a realizando o contratonão sofrerá qualquer alteração.

CONTRATOS BANCÁRIOS

Consideram-se contratos bancários próprios (ou típicos) as negociaçõesem que um dos contratantes seja necessariamente uma instituição financeira,não importando se contratante ou contratada. A outra parte pode serqualquer pessoa, física ou jurídica.

Por instituição financeira se deve entender a pessoa jurídica de direitopúblico ou privado, autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e emsendo estrangeira, deverá obter autorização especial concedida pelo

Presidente da República.O objeto contratual é a captação, intermediação ou aplicação de recursos

financeiros, seja em moeda nacional ou estrangeira.

Feita esta introdução, iniciemos o estudo dos contratos bancários típicos.

1º. Depósito bancário.

À primeira vista, muitos desconhecem esta modalidade, no entanto,sabendo-se tratar do que chamamos popularmente de Conta Corrente  fica

fácil compreendê-lo.

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

Por este contrato, o DEPOSITANTE (cliente) entrega valores monetáriosao banco que deverá restituí-lo no momento desejado.

Atualmente, como é sabido, o depositante (correntista) possui cartão

para sacar quantia de sua conta sempre que tiver interesse, mas, a dependerdo valor, o saque somente poderá ser feito no caixa. Os bancos possuemcritérios próprios quanto ao saque de valores significativos, sendo que,geralmente, retiradas superiores à R$100.000,00 (cem mil reais) dependemde aviso prévio a ser feito pelo correntista.

Para o encerramento deste contrato que é feito por prazo indeterminado,basta solicitação (verbal ou escrita) feita pelo depositante e devolução decartões e cheques relativos à conta corrente.

Pergunta interessante: se o correntista emitiu cheque e no mesmo dia

for ao banco encerrar a conta, sem que o mesmo tenha sido apresentado,obterá êxito?

Sim. O banco não pode impedi-lo. Deve informá-lo da existência de chequeainda não apresentado. Com o fechamento da conta, obviamente o chequenão será compensado e regressará ao credor com a informação de “contaencerrada”. Caberá ao credor ajuizar ação de execução para receber a quantiae se conseguir provar que o propósito do emitente do cheque ao encerrar aconta era não pagar o credor, processá-lo também por crime de estelionato,o famoso artigo 171 do Código Penal.

2º. Mútuo bancário.

Por este contrato, o banco (mutuante) empresta certa quantia dedinheiro ao mutuário  (cliente), que deverá restituí-la com acréscimosremuneratórios (juros) previamente combinados.

Esta espécie é bem conhecida dos brasileiros pelo nome deEMPRÉSTIMO. O início do contrato se dá com a entrega do dinheiro ao

mutuário e seu término é especificado em cláusula contratual.

Questão controversa se refere aos juros cobrados. A primeira regra a seexplicar é que NÃO há limite de sua cobrança estabelecida em lei, competindoao Conselho Monetário Nacional determiná-lo, porém este Conselho adotoucomo regra a “lei da oferta-procura”, ou seja, o banco não sofre qualquerrestrição quanto ao valor cobrado. Segundo o Conselho, à medida que osmutuários pesquisarem diversos bancos, conseguirão forçar a redução dos

 juros. Na prática, o que assistimos dista — e muito — desta pretensão.

Outra rega se refere à espécie de mutuário. Se pessoa física, atualmente,há julgados dizendo que se trata de consumidor (unidade IV) e por este

motivo deve se fazer aplicação de juros legais de 1% por mês. Para “fugir” desta situação, os bancos passaram a inserir no contrato, além dos juros, afamosa taxa de risco com percentuais elevados, já que não há para estalimitação.

O mutuário possui três principais obrigações:

a) pagar o valor emprestado, no prazo combinado;

b) pagar juros, encargos, taxa de risco, comissões, correção

monetária e outras taxas estabelecidas;

c) proceder às amortizações contratadas.

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DIREITO EMPRESARIAL

Por fim, o mutuário não poderá quitar o contrato de forma antecipada

requerendo redução dos juros, pois o banco faz seu cálculo de ganho nas

parcelas e prazo estabelecidos. Em se tratando de consumidor (pessoa física)

e sendo omisso o contrato, poderá, nesta hipótese, o mutuário quitarantecipadamente com redução proporcional de juros.

Mútuo bancário – subespécies

FINANCIAMENTO: este contrato é decorrente do empréstimo (mútuo

bancário). A principal característica que o torna peculiar é que a quantia de

dinheiro emprestada ao financiado deve ser utilizada na aquisição de bem

predeterminado, como ocorre com o financiamento da casa própria (imóvel

escolhido pelo cliente), o financiamento agrícola (aquisição de insumos,

sementes, etc.), ficando o próprio bem como garantia da quitação. Ademais,

segue todas as regras aplicáveis ao mútuo bancário.

ABERTURA DE CRÉDITO: trata-se aqui do tradicional Cheque Especial

(pessoa física) ou Conta Garantida (pessoa jurídica). Esta espécie contratualtem sua existência dependente de outro contrato bancário: o depósito

bancário (Conta Corrente, anteriormente estudado). O banco empresta certa

quantia ao cliente quando emitir cheque sem provisão de fundos, de forma

que o credor receberá o valor normalmente. Por ser espécie de mútuo

bancário não há limite na cobrança de juros, razão pela qual observamos

hoje em dia, acréscimos remuneratórios de 10%, em média.

Portanto, o mútuo bancário além de ser contrato próprio, possui ainda

as duas subespécies acima.

3º. Aplicação financeira

Popularmente conhecido como “Fundos de Investimento”, este contrato

tem como partes o DEPOSITANTE que autoriza o banco (DEPOSITÁRIO) aempregar, no todo ou em parte, o dinheiro mantido em conta de depósito

em certo investimento.

Compete à instituição financeira remunerar o Depositante de forma a

lhe garantir retribuição superior à caderneta de poupança, o que, nos

dias atuais, é tarefa bastante simples.

Por se tratar de contrato de investimento do risco, o Depositante deve

ser orientado que poderá ter perdas no investimento, sendo que só se pode

responsabilizar o banco se comprovada má administração da quantia,

ilegalidade no investimento e descumprimento do contrato.

4º. Desconto bancário

Através desta modalidade contratual, o DESCONTADOR (instituição

financeira) antecipa ao cliente (DESCONTÁRIO) o valor do crédito vencido

ou não, que este titulariza perante terceiros e o recebe em cessão.

Para os que não conhecem este contrato, veja o exemplo. O cliente, Sr.

Aristóteles é credor de nota promissória que vencerá em cinco meses, emitida

por Sr. Sócrates, no valor de R$5.000,00. Ocorre que Aristóteles necessita

do dinheiro com urgência e para recebê-lo firmará com o banco contrato de

desconto, ou seja, o cliente “vende” a nota promissória para o banco. Claro

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

que as instituições financeiras, antes de realizar tal contrato, averiguam a

situação patrimonial do emitente do título e também do Descontário.

Por esse serviço, o banco cobra encargos contratuais e juros, livremente

estabelecidos entre as partes. A esta altura, muitos leitores devem estar

associando este contrato ao contrato de Factoring, mas há entre eles uma

grande diferença.

Ao descontar o título, no nosso exemplo, a nota promissória, no dia do

vencimento, o Banco tentará receber do emitente o valor nele contido e, em

caso de não-pagamento, o Banco poderá processar tanto o emitente do

título (Sócrates) como o próprio Descontário (Aristóteles). Quer dizer, ao

efetuar contrato de desconto bancário, o cliente poderá ter que pagar ao

descontador o valor integral do título acrescido de juros, correção monetária,

custas processuais e honorários de sucumbência! Já no contrato de Factoring

este risco não existe, razão pela qual muitos o preferem, ainda que suas

taxas sejam mais altas que as do desconto.5º. Crédito documentário

Neste contrato, o banco (EMISSOR) faz papel de intermediário. Seu cliente,

chamado de ORDENANTE, lhe solicita que pague determinado beneficiário

de crédito, advindo de relação comercial mantida entre o ordenante e o

beneficiário, que deverá procurar o banco para receber o montante mediante

a apresentação de documentos previamente estabelecidos.

Por esta prestação de serviços, o banco cobra juros e encargos

contratuais.

Popularmente este contrato recebe o nome de Carta de Crédito e tem

grande utilidade em negociações internacionais. Veja a ilustração: certa

empresa brasileira importa maquinário fabricado na Alemanha. Para efetuaro pagamento, procura banco existente em ambos os países e firma Contrato

de Crédito Documentário, através do qual o banco receberá o dinheiro aqui

no Brasil e remunerará a credora, lá na Alemanha, após apresentar os

documentos exigidos em contrato de compra e venda, tais como, comprovante

de embarque, de quitação fiscal, entre outros.

6º. Vendor

Por esta modalidade contratual, o banco financiará as aquisições

realizadas por clientes de seu próprio cliente.

Quando cito este conceito em sala, a expressão dos alunos é de que

não entenderam nada! Mas é simples compreender através de exemplo.

Certa atacadista faz venda de R$20.000,00 para seu cliente, que não

dispõe desta quantia, mas precisa das mercadorias por está se aproximando

período de boas vendas. Para não perder o cliente (nem a venda), a

atacadista procura um banco e com ele firma o contrato chamado Vendor, ou

seja, o banco pagará os R$20.000,00 para a atacadista e financiará a mesma

quantia para o cliente da atacadista. Veja que o banco ganha duas vezes,

através de um único contrato.

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DIREITO EMPRESARIAL

Em Uberlândia-MG, onde estão instaladas as maiores atacadistas do

Brasil, uma delas constituiu o próprio banco para tal fim e, com isso, passou

a vender e faturar mais, pois as vendas aumentaram e o banco ganha com

a prestação de serviços, com a cobrança de juros e encargos contratuais.

Observe que este contrato depende de outros contratos:

a) banco X cliente: depósito bancário, pois o cliente terá que possuir

conta corrente no banco para ter acesso ao pagamento;

b) banco X terceiro (cliente do cliente): mútuo bancário (empréstimo).

Estes são os contratos bancários típicos, ou também chamados de

próprios, em virtude de sua realização somente ser autorizada à instituições

financeiras.

OUTROS CONTRATOS EMPRESARIAIS

1º. Arrendamento mercantil (leasing)

A palavra arrendamento pode ser entendida como aluguel. Chamam-se

Arrendador e Arrendatário as partes do contrato, cujo objeto é o

arrendamento de bem comprado pelo arrendador, segundo critérios

definidos pelo arrendatário, com opção de compra do bem OU sua

devolução ao término do contrato.

A legislação criou duas espécies:

1. Leasing financeiro: inexistência de valor residual (VR) expressivo ou seja,

o valor das prestações considera o custo do bem + investimento esperado

pelo arrendador;

2. Leasing econômico: o total das prestações a serem pagas pelo arrendatárioé inferior a 75% do valor do bem.

Em cada modalidade há prazo determinado para o contrato, sendo que

no Leasing financeiro deverá durar no mínimo de 2 anos para bens cuja vida

útil seja de até 5 anos e mínimo de 3 anos, para acima de 5 anos; já no

Leasing operacional o prazo mínimo é de 90 dias.

Ao término do contrato, terá o arrendatário que escolher entre uma

das três opções:

1. compra do bem;

2. prorrogação do contrato;

3. devolução do bem.

Possui o arrendador as seguintes obrigações:

1. adquirir o bem de outrem para transferir a posse ao arrendatário;

2. dever de receber o bem de volta ou vendê-lo pelo preço ajustado;

3. dever de prorrogar o contrato.

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

Por sua vez, cabe ao arrendatário:

1. pagar as prestações combinadas;

2. zelar pela conservação do bem;

3. devolvê-lo, caso não opte pelo compra.

Este contrato se extingue pelo decurso do prazo, por vontade das partes

ou falência de qualquer delas.

Bem, em breves linhas, estes são os principais contratos empresariais

utilizados com maior freqüência.

Esta unidade, diferentemente das demais, possui duas partes distintas

como especificado em seu início. Terminado o estudo dos contratos mercantis,

passaremos a abordagem dos títulos de créditos.

 TÍTULOS DE CRÉDITO

Nesta segunda parte da presente unidade, compete-nos conhecer a

legislação aplicável aos títulos de crédito, matéria de extrema importância

no cotidiano do brasileiro e que, em diversos casos, em virtude principalmente

do DESCONHECIMENTO do assunto e da MÁ-FE dos devedores, acabam por

gerar processos judiciais, avolumando o Poder Judiciário com questões que

poderiam ser facilmente evitadas.

O nosso propósito principal não é apenas ensinar a você o conteúdo

programado, mas lhe orientar no sentido de aplicar o aprendizado às

situações vivenciadas a cada dia. No caso dos títulos de créditos, reiteramos

esta afirmação, pois são documentos utilizados por praticamente toda a

sociedade brasileira.E uma simples pergunta deixa evidente o nosso despreparo acerca do

tema: quando você recebe um cheque como forma de pagamento, quantos

dias tem para depositá-lo em sua conta? Devo salientar que leciono esta

matéria há mais de sete anos e sempre que inicio o estudo do cheque, faço

esta pergunta e até hoje nenhum aluno a respondeu corretamente.

Destaque-se que muitos alunos são bancários...

Portanto, mãos à obra! Leia atentamente cada parágrafo a seguir e

encontrará esta e tantas outras respostas que o tornarão apto a evitar

discussões e polêmicas quando da aplicabilidade dos títulos de crédito.

Comecemos por entender o termo TÍTULO DE CRÉDITO.

A palavra título pode ser compreendida por documento, base em que seconsta a síntese de algo que fora negociado; enquanto crédito se refere

tanto ao valor que alguém possui em virtude de negócio jurídico realizado

bem como confiança. Assim, temos que título de crédito, de forma fácil de ser

compreendida, nada mais é que documento representativo da vontade de

duas ou mais pessoas, demonstrando confiança mútua, para formalizar a

existência de relação de crédito mantida entre si.

No Brasil, atualmente em uso, podemos citar como títulos de crédito a

nota promissória, o cheque, a duplicata e, menos usual, a letra de câmbio.

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DIREITO EMPRESARIAL

A legislação aplicável aos títulos de créditos está contida na Lei

Uniforme (Decreto 57.663/66) e nas leis que criaram cada título e serão

citadas no estudo individualizado.

Todos estes documentos possuem — obrigatoriamente — três

características que os distinguem dos demais documentos.

1ª. Relações Creditícias: em títulos de créditos somente se podem

documentar situações decorrentes de relação de crédito-débito. Nada além

disso! Quer-se dizer que, em qualquer título de crédito, não se fazem constar

obrigações, como, por exemplo, a entrega de certo bem em tal dia ou a

realização de prestação de serviços. Estes dois casos devem ser

documentados através de CONTRATOS, não de títulos de créditos. É possível

se fazer um contrato de prestação de serviços e a ele se associar um título

de crédito.

  2ª. Executibilidade: por determinação da legislação vigente, os títulos

de crédito são títulos executivos extrajudiciais, significando que para o credorreceber o crédito contido neste documento, o processo que utilizará será

mais RÁPIDO e EFICAZ. Ao apresentar cheque ao banco e este retornando

por qualquer motivo (falta de provisão, sustação, conta encerrada, etc.) o

credor ajuizará Ação de Execução. Nesta espécie de processo judicial, NÃO

se discute a razão da devolução do cheque ou o motivo de sua emissão;

analisa-se apenas o valor, vencimento e se cita o devedor para pagar.

Contudo, se a dívida fosse decorrente de contrato, por exemplo, o credor se

utilizaria de Ação de Cobrança, permitindo ao devedor apresentar defesa,

alegar não cumprimento do contrato para, somente após analisado o fato,

em caso de vitória, o credor receber seu crédito, executando a sentença

dada no processo. No caso dos títulos de crédito, executa-se o PRÓPRIO

título.

3ª. Negociabilidade: por esta característica, os títulos de crédito, ao longo

da história, ganharam lugar de destaque entre os documentos com validade

 jurídica. A razão é simples: o pagamento é facilitado com a utilização de

títulos de crédito. Se Fernando deve para Danilo, que deve para Alexandre,

basta Danilo repassar cheque ao seu credor para satisfazer a relação de

débito e crédito envolvendo três pessoas, ou seja, com um único documento,

duas dívidas foram sanadas!

Identificados os três aspectos distintivos dos títulos de créditos,

passemos à análise dos seus PRINCÍPIOS. Atenção: compreendendo os três

princípios a seguir, o leitor possuirá elementos para responder às principais

dúvidas acerca do tema.

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

Pelo Principio da cartularidade  se impede o uso indevido do título,

tornando legítimo reivindicar crédito apenas ao PORTADOR do documento

original, comprovando a posse legítima do documento.

Imagine que Danilo aceitou nota promissória como forma de documentar

o crédito que passou a possuir ao vender certo bem a Fernando, com data

de vencimento em 20 de maio de 2008. Por precaução, Danilo fez cópia

(xerox) e a autenticou em cartório (para se autenticar, o documento original

deve ser levado ao cartório). Suponha que, ao chegar o dia do vencimento,

Danilo não encontre o título de crédito original e procure Fernando — o

devedor —, portando a cópia autenticada. Fernando, que adquiriu o bem de

Danilo e conhece a dívida e o dia do pagamento, deverá pagar a dívida ou

poderá se negar, exigindo a apresentação da nota promissória original?

Segundo o citado princípio, o devedor somente deve pagar ao credor

que portar o título de crédito original, sendo inválida cópia autenticada.

Aparentemente, tal princípio se mostra incoerente, mas fora criadoexatamente para proteger tanto o credor como o devedor. Usando ainda o

exemplo anterior, caso Fernando pague Danilo e fique com a cópia

autenticada como prova de quitação, pode ocorrer de, horas mais tarde, ser

procurado por Alexandre, que se apresenta, portanto a nota promissória

devidamente endossada (transferida) por Danilo! E pior: se Fernando não

pagar Alexandre, este poderá processá-lo, pois é portador legítimo do título

original! Fernando será obrigado, pelo Poder Judiciário, a pagar Alexandre.

O vilão da estória se chama Danilo, que entregou a nota promissória a

Alexandre, quitando sua dívida e enganou Fernando dizendo que havia

perdido o título original. Fernando poderá processá-lo por estelionato e entrar

com Ação de Regresso contra Danilo para ressarcir o prejuízo que teve com

o processo movido por Alexandre.Portanto, aprenda: se você é devedor de título de crédito, ao ser

procurado pelo credor, exija a apresentação do documento original! Quitada

a dívida, o próximo passo é destruí-lo (rasgar, triturar, queimar). Caso o

credor não apresente o original, exija boletim de ocorrência relatando o

motivo da ausência do original, declaração de próprio punho do credor,

assumindo não ter transferido ou entregue o título à outra pessoa, além de

fazê-lo assinar recibo. No entanto, saliente-se que estas providências não

impedem que surja credor com o documento original exigindo o pagamento,

apenas facilitam ação de cobrança e provas para incriminar o golpista, afinal

há uma máxima no direito: quem paga mal, paga duas vezes!

Outro princípio, chamado de Literalidade condiciona a validade do título

de crédito aos dados nele contidos, ou seja, somente podem ser exigidosos dados lançados no documento, como, por exemplo, valores, datas,

pessoas que se obrigam, etc. Para facilitar: se certa pessoa deve R$5.000,00

à outra e pede para constar na nota promissória a quantia de R$ 3.000,00

alegando que a inserção do valor real lhe trará problemas tributários, e que

outra pessoa seja avalista do título, em caso de inadimplência, ainda que

haja testemunha no momento do feitio do documento, em ação de execução,

somente se poderá cobrar R$3.000,00, ou seja, o valor LITERALMENTE contido

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DIREITO EMPRESARIAL

e, ainda, serão processados o devedor e o avalista, já que a assinatura de

ambos está presente no documento.

Por último, há o denominado Princípio da autonomia cuja característica

principal é a desvinculação do cumprimento da obrigação primária em relação

ao título de crédito. Entenda-se: todo título de crédito surge em decorrência

de relação de crédito existente entre as partes (obrigação primária), como,

por exemplo, compra e venda, prestação de serviços, etc. Para documentar

o crédito destas operações, as pessoas se utilizam dos títulos de crédito,

em virtude das características que possuem (início do capítulo).

Dessa forma e segundo o princípio anteriormente narrado, chegando

o dia do vencimento, o título de crédito deve ser executado

INDEPENDENTEMENTE do cumprimento da obrigação que o gerou.

Veja este exemplo: a sociedade empresária “Universitarius Bar Ltda” 

contratou prestadora de serviços para divulgar, através de outdoor , os preços

promocionais de seus produtos. A propaganda deveria ser realizada nasduas primeiras semanas de retorno às aulas, via de outdoors próximos a

faculdades e universidades. A Universitarius Bar Ltda pagaria pela prestação

de serviços (obrigação primária) a quantia de R$3.000,00 (três mil reais),

sendo R$ 1.000,00 (mil reais ) à vista e o restante, através de duas notas

promissórias, com 30 e 60 dias, no valor de R$1.000,00 cada. Ocorre que a

empresa de propaganda (credora) não cumpriu sua obrigação, não

preparando nenhum outdoor   no prazo combinado. Vencida a primeira

promissória (30 dias), mesmo sem a entrega de qualquer outdoor , a empresa

procura a Universitarius Bar Ltda para receber o valor nela existente e esta

se nega a efetuar o pagamento, sendo surpreendida dias depois, com a

negativação de seu nome em Cartório de Protestos. Aqueles que trabalham

ou são proprietários de empreendimentos comerciais sabem as principaisconseqüências desta negativação, sendo uma delas, a perda da credibilidade

ante seus fornecedores. E foi exatamente o que ocorreu e o bar não

conseguiu mais comprar a prazo, perdendo o capital de giro. Vencida a

segunda promissória, foi novamente protestada e, em seguida, processada

pela empresa de propaganda.

Pergunta-se: a credora terá direito a receber o valor contido nas duas

notas promissórias, mesmo sem cumprir sua obrigação? Terá!! Absurdo??

Não! Primeiro pelo fato de que o princípio da autonomia separa o pagamento

do débito do cumprimento da obrigação. Isto lhe fará pensar que o princípio

está incorreto; entretanto, tal regra foi criada para proteger terceiros de

boa-fé, ou seja, supondo que a prestadora de serviços de propaganda tivesse

transferido as notas promissórias, através de endosso (vide a seguir), aqualquer pessoa que sequer tinha conhecimento do contrato realizado, não

poderia este terceiro ser prejudicado. Em segundo lugar, por haver “remédio” 

 jurídico para o caso, como, por exemplo, Ação Cautelar de Sustação de

Protestos, que devidamente instruída, fará cessar os efeitos do protesto,

 “limpando” o nome do devedor.

Portanto, ao assinar qualquer título de crédito, você terá que pagá-lo

mesmo que o serviço não seja prestado ou o produto não lhe for entregue

ou vier com defeito.

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

O exemplo narrado decorre de fato real, com alteração do nome dodevedor para Universitarius Bar Ltda (nome fictício). Este deveria ter ajuizadoação para obrigar o credor a cumprir seu dever, além de lhe exigir perdas e

danos pela não veiculação da propaganda no momento adequado.

Clas s i f ica ção d os t ít u lo s d e crédi t os .

Antes de se adentrar ao estudo de cada título de crédito, necessáriose faz distingui-los quanto aos critérios de classificação.

A primeira diferença está na quantidade de participantes que dãoorigem ao título de crédito, dividindo-os em PROMESSA DE PAGAMENTO ouORDEM DE PAGAMENTO.

Na promessa de pagamento, como o próprio nome diz, certa pessoa

promete pagar à outra determinada quantia em dia específico. Basta apresença de dois participantes para a validação do documento: devedor ecredor. Dos títulos que serão estudados, apenas a nota promissória se

enquadra nesta classificação.

Já na ordem de pagamento são necessários três intervenientes. Vocêestá acostumado a ouvir que cheque é ordem de pagamento à vista. Pergunta:quantos intervenientes (participantes) há no cheque? Dois: emitente e credor?Não. Há TRÊS partes: Emitente que dá ordem ao sacado (banco) para pagaro credor. Neste critério, se enquadram, além do cheque, a duplicata e a letra

de câmbio.

Outro critério distingue os títulos de crédito em AO PORTADOR,

NOMINATIVO À ORDEM e NOMINATIVO NÃO À ORDEM.

O primeiro permite que o título seja transferido através da simples entrega, já que não especifica quem é o credor. Usando o cheque como exemplo, ocorre

quando não preenchemos a terceira linha do cheque, ou seja, quem o possuirde boa-fé será seu credor.

Já os nominativos à ordem, lança-se o nome do credor, podendo sertransferido através do endosso. No cheque, chamamos de cheque nominal.

Finalmente, por nominativos não à ordem, além de se especificar o nomedo credor, risca-se a expressão “ou à sua ordem” existente no título. Noscheques está escrita ao término da terceira linha.

Existem outras classificações dos títulos de créditos que não serãoabordadas, pois importam aos estudantes de direito.

Feita esta análise, vejamos as regras aplicáveis a todos os títulos.

I – ENDOSSO: permite a transferência de título nominativo à ordem, ou

seja, em que consta o nome do credor. A pessoa que endossa necessariamenteé o credor original do título e se denomina endossante, enquanto aquele querecebe, chama-se endossatário, passando a ser o novo credor.

se eu, professor Gustavo, emito cheque nominal, constando você comocredor, poderá transferi-lo através do endosso, bastando sua simples

assinatura no verso (atrás) do cheque. Agora vem a novidade: ao fazer isto,você se tornou CO-DEVEDOR, ou seja, ao “passar” o cheque para terceiro,caso não seja compensado, o terceiro poderá lhe processar e nem precisaprocessar o emitente! Sua simples assinatura no verso poderá lhe custar

caro...

IMPORTANTE

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DIREITO EMPRESARIAL

Esta assinatura no verso é chamada de ENDOSSO EM BRANCO, pois o

endossante não identifica credor. Desta forma, com o endosso em branco, o

título se torna ao portador. Por sua vez, o ENDOSSO EM PRETO se identifica

o endossante.

Há três formas de se lançar o endosso:

a) simples assinatura no verso do título de crédito: endosso em branco;

b) simples assinatura no verso ou no anverso (frente), acrescida das

expressões “por endosso” ou “pague-se”: endosso em branco;

c) simples assinatura no verso ou no anverso (frente), acrescida das

expressões “por endosso” ou “pague-se” mais o nome do endossário:

endosso em preto.

Ante o exposto, não se esqueça: o endosso transfere o crédito e torna

o endossante co-devedor do título de crédito!

II – AVAL: visa garantir o pagamento do título de crédito. Para trazer

maior segurança ao documento, o devedor indica alguém que possua

patrimônio para ser avalista, que se torna tão devedor quanto o seu

avalizado. Há duas espécies:

a) aval em branco: não identifica o avalizado;

b) aval em preto - identifica o avalizado.

O avalista poderá prestar o aval através de qualquer das seguintes

formas:

a) simples assinatura no anverso (frente): aval em branco;

b) simples assinatura no anverso ou verso, acrescida da expressão “por

aval”: aval em branco;

c) simples assinatura no anverso ou verso acrescida da expressão “por

aval” mais o nome do avalizado: aval em preto.

Pode ocorrer de que haja mais de um avalista para o mesmo avalizado,

situação que se denomina aval simultâneo; além disso, há a hipótese de se

trazer um avalista para outro avalista, chamado aval sucessivo.

Passemos, então, à análise de cada título.

I - Letra de câmbio

A letra de câmbio é uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo,

cuja criação se dá através de um ato chamado saque. Por se tratar de ordem

de pagamento, deve haver, no mínimo, três participantes para se constituiro título. Sua utilização decorre de duas ou mais relações jurídicas e, por

assim ser, com apenas um documento, se regulariza o crédito de duas

pessoas. Veja:

• Danilo (credor) vende uma bicicleta a Fernando (devedor).

• Fernando (agora credor) vende um computador a Dolores (deve-dora).

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

Supondo que o valor dos bens e o dia do pagamento sejam os mesmos,

há uma forma simples de resolver a questão. Ao invés de Dolores pagar

Fernando e posteriormente este pagar Danilo, basta Fernando ORDENARDolores a pagar Danilo diretamente.

Considerando as informações acima e tomando por valor a quantia de

R$5.000,00, o dia do vencimento 30 de maio de 2008 e data da criação do

título (saque) 29 de março de 2008, poderíamos elaborar a seguinte letra

de câmbio, cujo formato se assemelha à nota promissória, porém possui,

por costume e modismo, formato quadrado:

Eis a letra de câmbio! Preenchida com os dados citados e que após ser

assinada pelo devedor principal (Fernando) será entregue ao credor final

(Danilo).

Para melhor compreender, lembre-se que a pessoa que irá assinar (sacar)

a letra de câmbio chama-se Fernando (1) e está ordenando (2) Dolores (3)a pagar Danilo (4). Agora, reflita: quem ficará com a letra até o dia do

vencimento? Lembre-se da estória que originou o título:

• Danilo (credor) vende uma bicicleta a Fernando (devedor).

• Fernando (agora credor) vende um computador a Dolores (deve-dora).

Portará o documento o credor final, a pessoa que somente possui

crédito, qual seja, Danilo, vez que Fernando é devedor e credor e Dolores é

somente devedora.

Segundo esta legislação, estas três partes intervenientes possuem

denominações específicas, a saber:

a) sacador: pessoa que faz o saque, criando a letra de câmbio, dando a

ordem de pagamento. É quem assina o documento. Em nosso exemplo,

Fernando Rodrigues é o sacador;

b) sacado: representa a parte a quem a ordem é dada, ou seja, é quem

deve efetuar o pagamento, ou seja, na letra anterior, Dolores;

c) tomador (ou beneficiário): a pessoa que receberá o pagamento e que

portará o título.

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DIREITO EMPRESARIAL

A validação da letra de câmbio depende da existência dos seguintes

requisitos:

a) a expressão “letra de câmbio” no corpo do texto;

b) ordem incondicional de pagar quantia certa: ao preencher a letra de

câmbio, não se pode condicionar o pagamento a qualquer evento. Por

exemplo: “... pagará a quantia de cinco mil reais caso o Corínthians retorne

à Série “A” do campeonato brasileiro. Ainda que não reste dúvida que o

Timão retornará à primeira divisão, não se pode trazer tal condição para o

pagamento da letra;

c) o nome de quem deve pagar (sacado);

d) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (tomador);

e) a assinatura de quem emite a letra de câmbio (sacador);

f) data e lugar de emissão (ou saque) da letra de câmbio.

Atualmente, a letra de câmbio é pouco utilizada se comparada com o

cheque, a duplicata e a promissória e há razão para isso. O tomador terá

muito trabalho para receber seu crédito. Em nosso exemplo, Danilo está

com a letra em mãos, mas antes do dia do vencimento, deverá procurar a

sacada, Dolores, para obter seu consentimento. Este ato é chamado de

aceite e ocorre com a assinatura da devedora principal na frente do título

(ou em seu verso, acompanhada da expressão “por aceite”). A questão é

que o aceite é FACULTATIVO, ou seja, se Dolores não quiser pagar,

simplesmente não assina a letra. Neste caso, Danilo terá que procurar

Fernando, que passará a ser devedor principal. Se houvesse aceite, Dolores

seria devedora principal e Fernando, co-devedor. Assim, de toda forma, Danilo

terá que procurar Dolores para obter o aceite (ou a recusa) e posteriormentese deslocar, no dia do vencimento, até o devedor principal. Trabalhoso, não?!

Nota promissória

A mesma legislação (Decreto n. 2.044 de 31/12/1908) que definiu a letrade câmbio tratou de criar a nota promissória cuja característica principal é apresença de, no mínimo, dois intervenientes: o devedor, que promete pagarquantia certa em momento determinado e o credor, que portará o título atéo dia do vencimento, oportunidade que procurará o emitente para cumprirsua promessa.

Tal qual na letra de câmbio o credor é chamado de tomador ou

beneficiário, diferindo o devedor que neste título se chama subscritor.

Vê-se, portanto, que este documento é bem mais simples que a letrade câmbio, até mesmo pelo fato de regulamentar, inicialmente, apenas umanegociação.

Para visualizar a nota promissória, vamos utilizar o mesmo exemplo daletra de câmbio:

• Danilo (credor) vende uma bicicleta a Fernando (devedor).

• Fernando (agora credor) vende um computador a Dolores (deve-dora).

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

A documentação das dívidas acima poderá ser feita em duas notas

promissórias, tendo Dolores como subscritora (devedora) e Fernando como

credor e na outra, Fernando sendo o devedor e Danilo, o tomador.

O Decreto nº. 2.044 ao criar ambos os títulos permitiu aos interessados

adequarem suas negociações, concretizando-as em documento que melhor

se adapte à sua realidade, ou seja, no caso acima, se Danilo, Fernando e

Dolores se conheçam ou haja entre eles mútua confiança, as duas dívidas

podem ser lançadas em um único título, qual seja, letra de câmbio, porém,

não havendo uma ou as duas questões citadas, melhor cada qual firmar seu

próprio documento, utilizando-se da nota promissória.

Todavia, posso lhes afirmar que há possibilidade de se elaborar uma

única nota promissória para solucionar as duas relações jurídicas e,

considerando ser este título mais fácil de se elaborar e não havendo

necessidade de aceite, torna-se mais prático fazê-lo.

Quando digo isso em sala, alguns alunos dizem que basta ter a notapromissória Dolores como emitente (devedora) e Danilo como credor. De

fato, não está errado, mas poderá trazer problemas a Fernando, pois, se

necesssário for, terá dificuldades em comprovar que quitou sua dívida com

Danilo, que fora paga por Dolores, com quem Fernando possuía crédito.

Nesta nota promissória o nome de Fernando não aparece em lugar algum.

Veja, a seguir, a melhor forma de constituí-la:

Observe o verbo pagar. Na letra de câmbio, utiliza-se PAGARÁ por ser

ORDEM de pagamento, enquanto na nota promissória, PAGAREI, em virtude

de ser PROMESSA de pagamento.

Da forma elaborada, falta regulamentar o crédito de Danilo, pois

somente consta que Dolores pagará Fernando. Para resolver, basta que

Fernando assine no verso do título, endossando-o a Danilo e com apenas

uma nota promissória se resolve as duas obrigações.

Finalmente, importante esclarecer que, tal qual a letra de câmbio, a

nota promissória pode ser elaborada em folha de caderno ou em computador

e posteriormente impressa, ou seja, não há a obrigação de se utilizar as

feitas por tipografias, vendidas em papelarias e livrarias, desde que em seu

conteúdo estejam presentes os seguintes requisitos:

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DIREITO EMPRESARIAL

a) a expressão “nota promissória” no corpo do texto;

b) promessa incondicional de pagar quantia determinada;

c) nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (credor -

tomador);

d) indicação da data de emissão da nota promissória;

e) assinatura do emitente (subscritor - devedor).

O leitor atento deve ter percebido que a DATA DO VENCIMENTO não constacomo requisito obrigatório em ambos os títulos estudados. Realmente alegislação o trata como facultativo, sendo que na sua ausência o título épagável à vista.

Cheque

Adotado no Brasil através da Lei 7.357, de 02 de setembro de 1985,

conquistou a preferência dos usuários, principalmente pela facilidade de sereceber o crédito. Tanto a letra de câmbio como a nota promissória obrigam

o credor a se deslocar até o devedor, portando o título para receber o crédito.No caso do cheque, como se sabe, basta depositá-lo na agência bancáriaou em caixa eletrônico (e torcer para ter saldo!) e pronto.

O conceito de cheque é bem conhecido: ordem de pagamento à vista.Isto quer dizer que há três participantes e sua utilização deve ser para

pagamentos à vista. Veremos adiante que o cheque PRÉ-DATADO não éprevisto em lei, passando a ser aceito pelos tribunais como um costume,sendo interpretado, basicamente, como um contrato e não título de crédito.

Denomina-se EMITENTE o devedor do cheque; SACADO quem efetua

o pagamento (banco) e TOMADOR o seu credor. A ordem de pagamento é

dada pelo emitente para o sacado, que remunerará o tomador em caso deexistência de saldo positivo na conta do emitente ou, não o havendo,utilizando-se seu limite especial, caso existente.

Sua validação decorre dos seguintes requisitos:

a) a palavra cheque no corpo do texto;b) ordem incondicional de pagar a quantia determinada;c) nome do banco (sacado);d) data e lugar do saque;

e) assinatura do emitente;

f) nome do credor, para cheques com valor superior a R$100,00 (cem

reais).

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

Nesse modelo, os elementos obrigatórios podem ser facilmente

observados, lembrando que a formatação de todos os cheques,

independentemente do banco, é exatamente a mesma.

Depois de emitido, o cheque deve ser apresentado ao banco no prazo

máximo de trinta dias se da mesma praça ou sessenta, se de praça diferente.

Considera-se mesma PRAÇA quando o lugar da emissão é o mesmo da

agência bancária. No cheque anterior, a agência é de Barretos-SP, assim,

se o titular emiti-lo nesta cidade, será da mesma praça, agora, se estiver em

viagem, digamos à Niterói, no Rio de Janeiro, será de praça diferente.

Desta forma, ao receber pagamento em cheque, saiba, a partir deste

momento, que você tem 30 ou 60 dias no máximo para depositá-lo em sua

conta. Caso não o faça neste prazo, o banco compensará normalmente o

cheque, porém, supondo que, dentro do prazo de 30 (mesma praça),

houvesse saldo na conta do emitente e, ao depositar fora do prazo, o banco

utilize-se do limite especial, cobrando juros do emitente, este poderá requererem juízo o ressarcimento destes juros e todas as conseqüências advindas.

Ainda sobre prazo, deve ser ressaltado que os bancos pagam cheque

até seis meses a contar do término do prazo de apresentação, a que damos

o nome de prescrição.

Outro ponto que merece abordagem se refere à SUSTAÇÃO, ou seja,

a contra-ordem feita pelo emitente ao banco. Segundo a legislação, pode-

se sustar sempre que houver desapossamento indevido, ou seja, o emitente

não mais possui certa(s) folha(s) do talonário, como, por exemplo, em caso

de extravio, furto, roubo, entre outras.

Foi-lhes dito que o cheque é ordem de pagamento à vista e, portanto,

sua emissão com data futura não é prevista em lei, vez que para pagamentosfuturos deve ser utilizado, preferencialmente, a nota promissória.

Entretanto, o brasileiro adotou a prática de pré-datar o cheque, ou

seja, emiti-lo hoje, mas solicitar ao credor que somente o deposite em data

futura. À esta “modalidade” chamamos cheque pré-datado, mas, no mundo

 jurídico, é corretamente denominado cheque PÓS-DATADO, já que a

apresentação ao banco ocorrerá em data futura (pós).

A importância do seu estudo consiste basicamente no momento da

compensação a ser feita pelo banco. Supondo o preenchimento de cheque

com data de 10"04"08 e pós-datado para 20"07"08, caso seja apresentado

ao banco em qualquer data anterior à 20"07"08 haverá o procedimento

normal de compensação, pois para o banco esta modalidade não existe.

O depósito antecipado do cheque pelo credor não acarreta nenhuma

conseqüência para o banco pagador; no entanto, havendo prejuízo para o

emitente, este poderá processar o credor pelos danos causados. No caso

acima, o emitente reservará quantia para compensar o cheque em meados

do dia 20"07"08 e, portanto, pode ser que a compensação antes de tal dia

poderá trazer-lhe descontrole financeiro, como, por exemplo, falta de crédito

para pagamento de contas com débito automático.

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DIREITO EMPRESARIAL

Os tribunais têm entendido que a apresentação antecipada de cheque

pós-datado é como o descumprimento de contrato, pois emitente e tomador

negociaram o dia para depósito do cheque.

Ultimando o estudo do cheque, passemos a conhecer as suas

modalidades, previstas em lei.

a) CRUZADO: basta se fazer duas linhas paralelas no cheque, como no

exemplo abaixo. Sua finalidade é impedir o saque no caixa, já que deverá

ser depositado em conta bancária. Da forma como está abaixo é chamado

de cruzamento em branco. Se entre as linhas se constar o nome de certo

banco, é tratado como cruzamento em preto e somente poderá ser

depositado em conta bancária do banco especificado. As seguradoras,

geralmente, preenchem entre as linhas o nome do beneficiário do seguro.

Esta hipótese é PROIBIDA por lei, porém, como não traz prejuízo a ninguém

e traz segurança para a seguradora, esta prática tem sido constantemente

adotada.

b) ADMINISTRATIVO: nesta hipótese o emitente é o banco, de tal forma adar total segurança ao credor. Cheques de valores consideráveis, utilizados

em grandes negociações, pagamentos de acionistas, etc., geralmente são

emitidos neste formato.

c) VISADO: neste caso o banco reserva na conta do emitente o valor

contido no cheque durante o prazo da apresentação. Assim, em sendo

cheque da mesma praça, possuindo o emitente saldo em sua conta de

R$10.000,00 e emitindo cheque visado no valor de R$6.000,00, durante trinta

dias, o emitente terá à sua disposição R$4.000,00. Para o credor, ao

apresentar o cheque dentro do prazo não correrá risco algum, pois

certamente a quantia estará à sua disposição.

Bem, o estudo do cheque sob a ótica jurídica é bem mais complexo,sendo apresentado aos leitores deste material as noções básicas da emissão,

prazo de apresentação e modalidades. Aos interessados em aprofundar o

conhecimento, sugerimos a leitura da bibliografia indicada.

Duplicata

O ponto marcante da duplicata, criada pela Lei 5.474, de 18/07/1968, é

que sua emissão somente pode ocorrer em dois casos específicos: contrato

de compra e venda mercantil  com prazo não inferior a 30 (trinta) dias,

contado da data da entrega ou despacho das mercadorias ou contrato de

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UNIDADE 5 - CONTRATOS EMPRESARIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO

prestação de serviços. Dessa forma, a realização de negócios entre

particulares não poderá ser documentada através deste título de crédito.

Juntamente à duplicata, emite-se a fatura, documento que especifica as

mercadorias vendidas ou o serviço prestado e seus valores. Para cada fatura

emitida deverá haver documento fiscal correspondente, ou seja, a nota fiscal.

Por esse motivo, para facilitar e até mesmo reduzir custos, os empresários

se utilizam da “nota fiscal-fatura”, documento único que reúne dados

comerciais e fiscais da venda ou prestação de serviços.

Tal qual o cheque e a letra de câmbio, a duplicata é ordem de pagamento,

envolvendo, portanto, três intervenientes, a saber:

a) SACADOR: a pessoa que vende a mercadoria ou presta o serviço, que

emitirá a fatura.

b) SACADO: adquirente do produto ou tomador do serviço que escolheu

este título como forma de documentar seu débito e que o pagará no prazo eforma estabelecidos. É quem cumpre a ordem de pagamento.

c) TOMADOR: o credor do contrato. Aqui surge a característica peculiar da

duplicata, pois o tomador é o sacador! Imagine contrato de compra e venda

mercantil realizado entre atacadista (vendedor) e mercearia (comprador). A

duplicata será emitida pelo sacador (atacadista), enviada à mercearia,

 juntamente com a nota-fiscal-fatura, para que esta pague no dia previsto

pela aquisição das mercadorias que lhe foram entregues. O credor da venda

é a atacadista, emitente e credora ao mesmo tempo.

A eficácia da duplicata está condicionada aos seguintes requisitos:

a) a denominação “duplicata” no corpo de seu texto, a data de sua emissão

e o número de ordem;b) o número da fatura;

c) a data do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;

d) o nome e domicílio do vendedor”prestador de serviço (sacador) e do

comprador “tomador do serviço (sacado);

e) a importância a pagar, em algarismos e por extenso;

f) o lugar do pagamento;

g) a cláusula à ordem;

h) a declaração da concordância a ser assinada pelo sacado;

i) a assinatura do emitente.

O requisito “h” nada mais é que o aceite, concordância do devedor

com o conteúdo do título de crédito, já estudado na letra de câmbio, com

uma grande diferença: na duplicata, o aceite é obrigatório, podendo haver a

recusa nas três hipóteses a seguir:

a) avaria ou não recebimento de mercadorias;

b) vícios na quantidade ou qualidade das mercadorias;

c) divergência entre preços e prazos combinados.

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DIREITO EMPRESARIAL

Não ocorrendo nenhuma destas hipóteses, o comprador deverá pagar a

duplicata no prazo e forma combinados.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo,

presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar

o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo

de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas

no caderno e depois as envie através do nosso ambiente

virtual de aprendizagem (AVA) ou pelo correio (em formulário

próprio). Interaja conosco!

Nesta unidade, abordamos dois assuntos extremamente importantes

para o Direito Empresarial, vez que ligados à formalização das negociações

mantidas por empresários entre si e com terceiros.De um lado, foram-lhe apresentados os principais contratos utilizados

pelo empresário em seu cotidiano e de outro, conhecemos o significado dos

títulos de crédito, as regras de sua validade e a maneira correta de preenchê-

los.

Resta-nos, portanto, caminharmos para o fim da disciplina Direito

Empresarial, estudando o “fim” das sociedades empresárias em situação

ruinosa, de crise econômica, financeira e patrimonial.