2011-12 11º ano Ficha de trabalho sobre a ciência

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    FICHA DE TRABALHO

    A cincia est longe de ser um instrumento de conhecimento perfeito. apenas o melhor de que

    dispomos.

    A maneira de pensar cientfica a um tempo imaginativa e disciplinada. Isto fundamental para o seu

    xito. A cincia convida-nos a aceitar os factos, mesmo quando estes no se conformam com as nossas

    ideias preconcebidas. Aconselha-nos a pr hipteses alternativas e a ver qual se adapta melhor aos

    factos. Incita-nos a um equilbrio delicado entre a abertura a novas ideias, por muito herticas que

    sejam, e o exame mais rigoroso e mais ctico de tudoideias novas e sabedoria estabelecida ().

    A cincia diferente de muitos outros empreendimentos humanos no, claro, no facto dos

    cientistas serem influenciados pela cultura onde foram criados, nem na circunstncia de umas vezes

    estarem certos e outras estarem errados (o que comum a toda a atividade humana), mas na sua

    paixo por construir hipteses que podem ser testadas, na sua busca de experincias definitivas que

    confirmem ou rejeitem ideias, no vigor do seu debate substantivo e na sua disponibilidade para

    abandonar ideias que se verificou serem incorretas. Mas, se no estivermos conscientes das nossas

    limitaes, se no procurarmos mais dados, se no nos dispusermos a efetuar experincias

    controladas, se no respeitarmos os indcios e as provas, a nossa busca da verdade ficarcomprometida.

    () Os cientistas tm em geral o cuidado de caracterizar o estatuto de veracidade das suas tentativas

    para perceberem o mundo que vo de conjeturas e hipteses, altamente hesitantes, at s leis da

    natureza, que so repetida e sistematicamente confirmadas atravs de muitas interrogaes sobre a

    maneira como o mundo funciona. Mas nem sequer as leis da natureza so absolutamente certas. Pode

    haver novas circunstncias nunca antes examinadas no interior de buracos negros, por exemplo, ou

    dentro do eletro, ou ainda prximo da velocidade da luz onde mesmo as leis da natureza, de que

    tanto nos envaidecemos, caiam por terra e, por muito vlidas que possam ser em circunstncias

    vulgares, necessitem de correo.

    Os seres humanos podem ansiar por certezas absolutas e aspirar a elas; podem pretender, como

    fazem os adeptos de certas religies, t-las atingido. Mas a histria da cincia de longe a pretenso

    de conhecimento mais bem sucedida acessvel ao homem ensina-nos que o mximo que podemos

    esperar so melhoramentos sucessivos na nossa compreenso, na aprendizagem a partir dos nossos

    erros (), mas com a limitao de sabermos que a absoluta certeza nos escapar sempre.

    Carl Sagan, Um mundo infestado de demnios, Ed. Gradiva, pp. 42,43 e 269.

    DEPARTAMENTO DE CINCIASSOCIAIS E HUMANAS

    Escola Secundria de Pinheiro e Rosa

    CURSOS: Cientfico-humansticosAno letivo: 2011/2012 Filosofia

    Subdepartamento Curricular de

    Filosofia, Psicologia e SociologiaTema: O conhecimento cientfico. 11 Ano

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    Grupo I

    A partir da anlise do texto, responda s seguintes questes:

    1. Quais so as principais caractersticas do conhecimento cientfico referidas no texto?

    2. Como se caracterizam as hipteses cientficas?3. Em que consistem as leis da natureza?4. Segundo o autor do texto: Nem sequer as leis da natureza so absolutamente certas.

    Explique porqu.

    5. De que modo deve ser entendida a verdade na cincia?Grupo II

    1.A partir da anlise do cartoon, esclarea como que a cincia se distingue de outras formas deexplicao (da religiosa, por exemplo).

    2.Considere o texto apresentado e responda s questes seguintes.Os conceitos fsicos so criaes livres do esprito humano e no so, como se poderia crer,

    unicamente determinados pelo mundo exterior. No nosso esforo para compreender a realidade, a

    nossa posio lembra a de um homem que procura adivinhar o mecanismo de um relgio fechado.

    Esse homem v o mostrador e os ponteiros em movimento, ouve o tiquetaque, mas no dispe de

    meios que lhe permitam abrir a caixa. Se um homem engenhoso, pode representar a imagem de um

    mecanismo responsvel por tudo o que observa, mas no poder nunca ter a certeza de que o

    mecanismo que imagina seja o nico capaz de explicar as suas observaes. No poder nunca

    comparar a imagem que forma do mecanismo interno com a realidade desse mecanismo e nem sequer

    pode imaginar a possibilidade ou a significao de tal comparao. Mas o investigador cr que,

    medida que o seu conhecimento cresce, a sua representao da realidade se torna mais e mais simples

    http://4.bp.blogspot.com/_wvyZH_f1Gik/SfT0nzu-qlI/AAAAAAAAAgw/2Sd8TnI9KyA/s1600-h/ciencia+versus+criacionismo.jpg
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    e explicativa de domnios cada vez mais extensos. Poder tambm acreditar na existncia de um limite

    ideal do conhecimento que o esprito humano pode alcanar. Poder chamar a esse limite ideal a

    verdade objetiva.

    Albert Einstein e Leopold Infeld, A evoluo das ideias em Fsica, Ed. Livros Brasil.

    2.1. Segundo os autores do texto, o que fazer cincia?2.2. A atividade dos cientistas e e atividade dos filsofos tero algo em comum ou sero inteiramentediferentes? Porqu?

    2.3. Qual a opinio dos autores do texto acerca da objetividade do conhecimento cientfico?Concorda? Porqu?

    Bom trabalho!

    A professora: Sara Raposo.