2011-19-12-Manual_RTQ-R_T2

Embed Size (px)

Citation preview

Manual de aplicao do RTQ-R (verso em desenvolvimento) EsteprojetofoidesenvolvidopeloLabEEE,nombitodoProgramaEletrobrs/Procel Edifica Eletrobrs/Procel: Fernando Pinto Dias Perrone Chefe do Departamento de Projetos de Eficincia Energtica Solange Nogueira Puente Santos Chefe da Diviso de Eficincia Energtica em Edificaes Equipe do Procel Edifica: Estefnia Neiva de Mello Frederico Guilherme Cardoso Souto Maior de Castro Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes LabEEE/UFSC Autores: Roberto Lamberts Coordenador Claudia Morishita Marcio Jos Sorgato Mariana Garnica Bottamedi Michele Fossati Rogrio de Souza Versage Veridiana Atansio Scalco 2 Sumrio APRESENTAO....................................................................................................................... 6 OBJETIVOS DO MANUAL ................................................................................................................ 6 ESTRUTURA DO MANUAL ............................................................................................................... 7 1DEFINIES, SMBOLOS E UNIDADES .................................................................................. 8 1.1ABERTURA ...................................................................................................................... 8 1.1.1DETALHAMENTO ......................................................................................................................... 8 1.1.2EXEMPLOS ................................................................................................................................. 8 1.1.3EXERCCIOS ................................................................................................................................ 8 1.2ABERTURA PARA ILUMINAO ........................................................................................ 9 1.2.1DETALHAMENTO ......................................................................................................................... 9 1.2.2EXEMPLOS ................................................................................................................................. 9 1.2.3EXERCCIO ............................................................................................................................... 10 1.3ABERTURA PARA VENTILAO ....................................................................................... 11 1.3.1DETALHAMENTO ....................................................................................................................... 11 1.3.2EXEMPLO ................................................................................................................................ 13 1.3.3EXERCCIOS .................................................................................. ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO. 1.4ABERTURA ZENITAL ....................................................................................................... 15 1.4.1DETALHAMENTO ....................................................................................................................... 15 1.4.2EXEMPLO ................................................................................................................................ 16 1.5ABSORTNCIA (ADIMENSIONAL) ........................................................................................ 16 1.5.1DETALHAMENTO ....................................................................................................................... 16 1.6AMBIENTE..................................................................................................................... 17 1.6.1DETALHAMENTO ....................................................................................................................... 17 1.6.2EXEMPLO ................................................................................................................................ 18 1.6.3EXERCCIOS .............................................................................................................................. 18 1.7AMBIENTE CONDICIONADO ARTIFICIALMENTE ............................................................... 20 1.8AMBIENTE DE PERMANNCIA PROLONGADA ................................................................. 20 1.9REA DA ABERTURA (AAB) (M) ...................................................................................... 20 1.9.1DETALHAMENTO ....................................................................................................................... 20 1.10REAS DE USO COMUM ............................................................................................... 20 1.10.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 21 1.10.2REAS COMUNS DE USO FREQUENTE .......................................................................................... 21 1.10.3REAS COMUNS DE USO EVENTUAL ............................................................................................ 21 1.11REA TIL (AU) (M2) ..................................................................................................... 21 1.11.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 21 1.12CAIXILHO .................................................................................................................... 21 1.13CAPACIDADE TRMICA (CT) [KJ/(M.K)] ......................................................................... 21 1.13.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 22 1.13.2EXERCCIOS ............................................................................................................................ 23 1.14CARTAS SOLARES ......................................................................................................... 24 1.14.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 24 1.15COBERTURA ................................................................................................................ 24 1.16COEFICIENTE DE DESCARGA (CD) ................................................................................... 24 1.17COEFICIENTE DE FLUXO DE AR POR FRESTAS (CQ) ........................................................... 25 1.18COEFICIENTE DE PERFORMANCE (COP) (W/W) .............................................................. 25 1.19COEFICIENTE DE PRESSO SUPERFICIAL (CP) .................................................................. 25 1.20COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DO ENTORNO ................................................................ 25 1.21COLETOR SOLAR .......................................................................................................... 25 1.22CONSUMO RELATIVO PARA AQUECIMENTO (CA) (KWH/M) ............................................ 25 1.22.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 26 1.23CONSUMO RELATIVO PARA REFRIGERAO (CR) (KWH/M) ............................................ 26 1.23.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 26 1.24DEMANDA DO ELEVADOR EM STANDBY (W) ................................................................. 26 1.25DEMANDA EM VIAGEM (W) ......................................................................................... 26 1.26DEMANDA ESPECFICA EM VIAGEM [MWH/(KG.M)] ........................................................ 26 1.27DISPOSITIVO DE PROTEO SOLAR .............................................................................. 27 1.27.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 27 1.27.2EXEMPLO .............................................................................................................................. 27 1.28EDIFICAO MULTIFAMILIAR ....................................................................................... 27 1.28.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 27 1.28.2EXEMPLOS ............................................................................................................................. 28 1.29EDIFICAO RESIDENCIAL ............................................................................................ 28 1.30EDIFICAO UNIFAMILIAR ........................................................................................... 28 1.31EFICINCIA LUMINOSA () (LM/W) ................................................................................ 28 1.32ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAO DE ENERGIA (ENCE) ........................................ 29 1.32.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 29 1.33ENVOLTRIA (ENV) ...................................................................................................... 31 1.33.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 31 1.33.2EXEMPLOS ............................................................................................................................. 31 1.34EQNUM - EQUIVALENTE NUMRICO ..................................................................................... 32 1.35EQNUMAA - EQUIVALENTE NUMRICO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO DE GUA ............................ 32 1.36EQNUMB - EQUIVALENTE NUMRICO DAS BOMBAS CENTRFUGAS ............................................... 32 1.37EQNUMEL - EQUIVALENTE NUMRICO DOS ELEVADORES ........................................................... 32 1.38EQNUMENV - EQUIVALENTE NUMRICO DA ENVOLTRIA .......................................................... 33 1.39EQNUMENVAMB - EQUIVALENTE NUMRICO DA ENVOLTRIA DO AMBIENTE ................................. 33 1.40EQNUMEQ - EQUIVALENTE NUMRICO DOS EQUIPAMENTOS ...................................................... 33 1.41EQNUMILUM EQUIVALENTE NUMRICO DO SISTEMA DE ILUMINAO ARTIFICIAL .......................... 33 1.42EQNUMS EQUIVALENTE NUMRICO DA SAUNA .................................................................... 33 1.43FACHADA ...................................................................................................................... 34 1.43.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 34 1.43.2EXEMPLO .............................................................................................................................. 35 1.44FACHADA LESTE ........................................................................................................... 37 1.45FACHADA NORTE ......................................................................................................... 37 1.46FACHADA OESTE .......................................................................................................... 37 1.47FACHADA SUL .............................................................................................................. 37 1.48FRAO SOLAR ............................................................................................................ 37 1.49GRAUS HORA DE AQUECIMENTO ................................................................................. 37 1.50GRAUS HORA DE RESFRIAMENTO ................................................................................. 37 1.51INDICADOR DE GRAUS-HORA PARA RESFRIAMENTO (GHR) ............................................ 38 1.52ORGANISMO DE INSPEO ACREDITADO (OIA) ............................................................. 38 1.53PADRO DE OCUPAO (H) .......................................................................................... 38 1.54PADRO DE USO (H) ..................................................................................................... 38 1.55PAREDES EXTERNAS ..................................................................................................... 38 1.55.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 38 1.56PILOTIS ....................................................................................................................... 39 1.57PONTUAO TOTAL (PT) .............................................................................................. 39 1.58POROSIDADE ............................................................................................................... 39 1.59POTENCIAL DE VENTILAO ......................................................................................... 39 1.60PROFUNIDADE DO AMBIENTE (P) (M) ........................................................................... 39 1.60.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 39 1.60.2EXEMPLO .............................................................................................................................. 40 1.61PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE) ......................................................... 40 1.62RESISTNCIA TRMICA TOTAL (RT) [M.K)/W] ................................................................ 40 1.62.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 40 1.63TEMPERATURA OPERATIVA (TO) (C) ............................................................................. 41 1.63.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 41 1.64TRANSMITNCIA RADIAO SOLAR .......................................................................... 41 1.65TRANSMITNCIA TRMICA [W/(M.K)] ......................................................................... 41 1.65.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 41 1.65.2EXERCCIO ............................................................................................................................. 42 1.66TRANSMITNCIA TRMICA DA COBERTURA (UCOB) [W/(M2.K)] ........................................ 43 1.66.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 43 1.67TRANSMITNCIA TRMICA DAS PAREDES (UPAR) [W/(M.K)] ........................................... 43 1.67.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 43 1.67.2EXEMPLO .............................................................................................................................. 44 1.68UNIDADE HABITACIONAL AUTNOMA (UH) ................................................................. 44 1.69VENTILAO CRUZADA ................................................................................................ 45 1.69.1EXEMPLO .............................................................................................................................. 45 1.70ZONA BIOCLIMTICA ................................................................................................... 45 1.70.1DETALHAMENTO ..................................................................................................................... 46 2INTRODUO................................................................................................................... 47 2.1OBJETIVO ........................................................................................................................ 47 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 47 2.2PR-REQUISITO GERAL ........................................................................................................ 48 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 48 2.3PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ............................................................... 48 DETALHAMENTO ....................................................................................... ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO. 2.3.1UNIDADES HABITACIONAIS AUTNOMAS ...................................................................................... 51 2.3.2EDIFICAES UNIFAMILIARES ...................................................................................................... 53 2.3.3EDIFICAES MULTIFAMILIARES ................................................................................................... 53 DETALHAMENTO ....................................................................................... ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO. 2.3.4REAS DE USO COMUM ............................................................................................................. 54 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 56 3UNIDADES HABITACIONAIS AUTNOMAS......................................................................... 57 3.1ENVOLTRIA ................................................................................................................. 57 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 57 3.1.1PR-REQUISITOS DA ENVOLTRIA ................................................................................................ 57 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 57 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 58 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 65 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 67 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 68 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 70 3.1.2PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA DA ENVOLTRIA: MTODO PRESCRITIVO .............. 72 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 72 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 74 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 77 DETALHAMENTO ................................................................................................................................... 84 3.1.3PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA DA ENVOLTRIA: MTODO DE SIMULAO .......... 94 3.2SISTEMA DE AQUECIMENTO DE GUA .................................................................................... 103 3.2.1PR-REQUISITOS DO SISTEMA DE AQUECIMENTO DE GUA ............................................................. 103 3.2.2PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ................................................................... 104 3.3BONIFICAES ................................................................................................................. 130 3.3.1VENTILAO NATURAL (AT 0,40 PONTOS) ................................................................................. 132 3.3.2ILUMINAO NATURAL (AT 0,30 PONTOS) ................................................................................ 135 3.3.3USO RACIONAL DE GUA (AT 0,20 PONTOS) .............................................................................. 137 3.3.4CONDICIONAMENTO ARTIFICIAL DE AR (AT 0,20 PONTOS) ............................................................ 139 3.3.5ILUMINAO ARTIFICIAL (AT 0,10 PONTOS) ............................................................................... 141 3.3.6VENTILADORES DE TETO (0,10 PONTOS) ..................................................................................... 141 3.3.7REFRIGERADORES (0,10 PONTOS) ............................................................................................. 142 3.3.8MEDIO INDIVIDUALIZADA (0,10 PONTOS) ............................................................................... 142 4EDIFICAES UNIFAMILIARES .......................................................................................... 144 4.1PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ............................................................... 144 5EDIFICAES MULTIFAMILIARES ...................................................................................... 145 5.1PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ............................................................... 145 6REAS DE USO COMUM .................................................................................................. 147 6.1REAS COMUNS DE USO FREQUENTE ..................................................................................... 147 6.1.1PR-REQUISITOS ..................................................................................................................... 147 6.1.2PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ................................................................... 148 6.2REAS COMUNS DE USO EVENTUAL ....................................................................................... 155 6.2.1ENVOLTRIA DE REAS COMUNS DE USO EVENTUAL ..................................................................... 155 6.2.2PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA EFICINCIA ................................................................... 156 6.3BONIFICAES ................................................................................................................. 163 6.3.1USO RACIONAL DE GUA (AT 0,60 PONTOS) .............................................................................. 163 6.3.2ILUMINAO NATURAL EM REAS COMUNS DE USO FREQUENTE (AT 0,20 PONTOS) ......................... 164 6.3.3VENTILAO NATURAL EM REAS COMUNS DE USO FREQUENTE (AT 0,20 PONTOS) .......................... 164 6 Apresentao Objetivos do manual EstemanualvisadetalharostpicosdoRegulamentoTcnicodaQualidade(RTQ-R) para o Nvel de Eficincia Energtica de Edificaes Residenciais, de forma a esclarecer possveis dvidas sobre os mtodos de clculo e aplicao de seu contedo. Para tal, os conceitos e definies apresentados no RTQ-R so explicados e exemplificados. Espera-seque,aofinaldaleitura,oleitorestejaaptoaclassificaredificaesresidenciaisde acordocomosrequisitosdoregulamentoeasubmeterapropriadamenteoprojetoou edificao etiqueagem. Cabesalientarquenenhumaregulamentaoporsigaranteumaedificaode qualidade.Maioresnveisdeeficinciapodemseralcanadosatravsdeestratgiasde projetoeporiniciativasecooperaodosdiversosagentesenvolvidosnaconstruo (arquitetos, engenheiros civis, eletricistas, mecnicos, empreendedores, etc). Igualmente, toimportantesefrequentementeesquecidos,osusuriostmparticipaodecisivano usoeficientedasedificaeseficientesatravs dosseushbitos, quepodem reduzirde forma significativa o consumo de energia, aumentando assim a eficincia das edificaes e reduzindo desperdcios. Todos os envolvidos na concepo e utilizao das edificaes eseussistemaspodemcontribuirparacriaremanteredificaesenergeticamente eficientes. Oregulamentodeveserconsideradocomoumdesafioparaprocurareefetivamente alcanarnveismaiselevadosdeeficinciaenergticanasedificaes.Aobtenode umaetiquetadeeficincianodefinitivaepodesercontinuamentemelhoradacom inovaestecnolgicasaolongodosanos,criandoumhbitodoaprimoramento constante em eficincia energtica, da concepo ao uso da edificao. A Figura A.1.1 representa os cinco nveis de eficincia possves de serem obtidos com a aplicaodoRTQ-Remostracomoestafilosofiadecontnuoaprimoramentoest embutidanoregulamento.ORTQ-Rnodefinelimitesuperiorparaonvel A,umavez quedesempenhosmaiselevadosdeeficinciaenergticapodemsempreser conseguidos. Figura A.1.1. Nveis de eficincia ABCED Nestesentido,aprocurademaioresnveisdeeficinciaincluiocomissionamento.O comissionamento consiste em planejar e executar os projetos de forma a garantir que os mesmosapresentemefetivamenteodesempenhoesperado,corrigindodefeitosou ajustando equipamento se for necessrio at alcanar os objetivos propostos. Finalmente, para atingir e manter nveis mais elevados de eficincia muito importante a participaodosusurios.Umaedificaoeficientecomusuriosineficientespode tornar-seumaedificaoineficiente.Damesmaforma,edificaesineficientespodem aumentardeformaconsidervelasuaeficinciasehouverumempenhodosseus usurios nesse sentido. Estrutura do manual Ocontedodestemanualfoiorganizadoparaapresentarosconceitosedefinies utilizados no RTQ-R e segue a mesma estrutura do regulamento.Cada um dos itens abordados transcreve integralmente o texto do RTQ-R, com exceo das equaes para determinao da eficincia da envoltria pelo mtodo prescritivo, que foramsuprimidasficandoapenasumexemploparaumaZonaBioclimtica.Otextodo RTQ-RestrepresentadonesteManualpelotextocomrecuo,emitlicoecomletra menorqueorestantedoManual.ApsotextodoRTQ-R,hesclarescimentosdas intenesdaredaoedemaisinformaes.Dependendodocaso,detalhamentos, quadros,figuras,exemploseexercciossoutilizadoscomorecursosdidticoscoma inteno de esclarecer pontos de possvel dificuldade de compreenso. 1DEFINIES, SMBOLOS E UNIDADES1.1ABERTURA Todasasreasdaenvoltriadoedifcio,abertasoucomfechamentotranslcidoou transparente(quepermitamaentrada daluze/ouar)incluindo,porexemplo,janelas,painis plsticos, portas de vidro (com mais da metade da rea de vidro), paredes de blocos de vidro e aberturas zenitais. A rea da abertura exclui os caixilhos. 1.1.1 Detalhamento aberturatodaequalquerpartedafachadaquesejaabertaouquepossuamaterial transparente ou translcido, permitindo a passagem de luz, ventilao e/ou radiao solar direta ou indireta para o interior da edificao. Suas arestas podem estar em contato com materiais opacos ou tambm transparentes ou translcidos. Sacadas e varandas no so consideradasaberturas.Umvototalmentefechadocomummaterialopaco,sema presenadeparcelaabertaoumaterialtransparenteoutranslcido,tambmno considerado abertura.1.1.2 Exemplos1.1.3 Exerccios Exerccio 1 Umambienteapresentaumafachadade20memquemetadedareafechadapor vidro com a altura do p direito e o restante da fachada composta de tijolos de vidro. ABERTURA Janelas; Cobogs; Paredes envidraadas; Paredes de tijolo de vidro; Vosfechadoscomplacasde policarbonato ou acrlico; Janelasfechadascomvidroecom venezianas. NO ABERTURA Vos descobertos; Prticos; Varandas; Sacadas; Vos fechados com material opaco. Qual a rea de abertura nas fachadas de tal ambiente?Resposta: 20m. Todos os materiais da fachada so transparentes ou translcidos. Exerccio 2 Se,nocasoanterior,metadedaparededevidroquefechaovofossedeixadasem fechamento, isso aumentaria ou reduziria a rea de aberturas da fachada? Resposta: A rea de abertura continua a mesma, 20 m. 1.2ABERTURA PARA ILUMINAO Parcela de rea do vo que permite a passagem de luz. 1.2.1 Detalhamento Aberturaparailuminaocompreendetodaequalquerpartedaaberturaquepermitaa passagem de luz e/ou radiao solar direta ou indireta para o interior da edificao. Suas arestaspodemestaremcontatocommateriaisopacosoutambmtransparentesou translcidos. Estadefiniodistinguemateriaistransparentesetranslcidosdosopacos(queno deixam passar a luz/radiao solar), pelos seus desempenhos trmicos diferenciados. 1.2.2 Exemplos ABERTURA PARA ILUMINAO Janelas de vidro; Paredes envidraadas; Paredes de tijolo de vidro; Vos fechados com placas de policarbonato ou acrlico; NO ABERTURA PARA ILUMINAO rea da abertura ocupada por materiais opacos, como vistas e caixilhos; Aberturas com venezianas fixas. Posio 1: veneziana fechadaPosio 2: veneziana e vidro abertos Figura 1.1Em uma esquadria com trs folhas de correr (uma folha de vidro, uma folha de veneziana sem entrada de ar e uma folha de veneziana perfurada), a rea de abertura para iluminao representada pela rea branca da Posio 2. Posio 1: vidros fechados Posio 2: vidro aberto Figura 1.2Em uma esquadria com duas folhas de correr, a rea de abertura para iluminao representada pelas reas branca e azul da Posio 2.1.2.3 Exerccio Exerccio 1 Calcular a rea de abertura para iluminao da janela a seguir: Figura 1.3Exemplo de janela para clculo da rea de abertura para iluminao.Resposta:Clculo da rea de abertura Aa = 1,2 x 1,8Aa = 2,16 m Clculo da rea de abertura para iluminao Ai = (0,34 * 0,39) *12 Ai = 1,59 m 1.3ABERTURA PARA VENTILAO Parcela de rea do vo que permite a passagem de ar. 1.3.1 Detalhamento Aberturaparaventilaocompreendetodaequalquerpartedaaberturaquepermitaa passagemdeventilaodiretaouindiretaparaointeriordaedificao.aparcelada aberturaquenopossuinenhumtipodefechamento,sejaopacooutranslcido.Suas arestaspodemestaremcontatocommateriaisopacosoutambmtransparentesou translcidos.1.3.2 Exemplos NaFigura1.1areadeaberturaparaventilaoaigualreadeaberturapara iluminao.JnaFigura1.2,apenasareaefetivadeventilao,representadapela rea em branco da Posio 2, corresponde rea de abertura para ventilao. Oclculodareadeaberturaparaventilaoemjanelasdotipobasculante,maxiair, venezianas,entreoutrosdeveserrealizadoconsiderandoareaperpendicularde abertura entre os elementos que permitem a ventilao, conforme exemplos a seguir. Figura 1.4Janela tipo basculante cuja inclinao mxima das folhas de 25

NajanelacomfechamentodotipovenezinaaprasentadanaFigura1.5areade ventilao a ser considerada ser a rea demarcada em azul, que dever ser clculada levando em considerao a rea perpendicular exitente entre as abas, apresentada em mais detalhe na Figura 1.. Figura 1.5 Exemplo de rea de ventilao de uma veneziana Figura 1.6 Detalhe da rea de ventilao de uma veneziana Observao:AErro!Fontedereferncianoencontrada.apresentaumtipode abertura de ventilao que deve ser desconsiderado. Figura 1.7 Abertura de ventilao desconsiderada em venezianas 1.3.3 Exerccios Exerccio 1 Calcular a rea de abertura para ventilao da janela apresentada na Figura 1.8. A janela temduasfolhasdecorrerhorizontaiseduasbasculantescujainclinaomximade 45. Destaca-se em azul as reas de abertura para ventilao da janela. Figura 1.8 Exemplo de janela para clculo de abertura de ventilao Resposta:Clulo da rea de abertura:Aa = 1,20 * 1,10 Aa = 1,32 m Clculo da rea de ventilao janela de correr: Avent1 = 0,54 x 0,81 A vent1 = 0,4374 m Clculo da rea de ventilao janela de correr: A vent2 = 4 x (0,51 x 0,0381) A vent2 = 0,077724 m Clulo da rea de ventilao: Avent total = Avent1 + Avent2 Avent = 0,52 m Exerccio 2 Calcular a rea de abertura para ventilao do cobog representado a seguir: Figura 1.9 Exemplo de cobog Clculo da rea de abertura Aa = 0,58 * 0,58Aa = 0,34 m Clculo da rea de abertura para ventilao Ai = (0,08 * 0,08) * 25 Ai = 0,16 m 1.4ABERTURA ZENITAL Aberturanacoberturaparailuminaonatural.Refere-seexclusivamenteaaberturasem superfciescominclinaoinferiora60emrelaoaoplanohorizontal.Suareadeveser calculada a partir da projeo horizontal da abertura. 1.4.1 Detalhamento Aberturaparailuminaozenitalcompreendetodaequalquerpartedafachadacom inclinaoinferiora60emrelaoaoplanohorizontalcujomaterialtransparenteou translcido,permitindoapassagemdeluze/ouradiaosolardiretaouindiretaparao interiordaedificao.Suasarestaspodemestaremcontatocommateriaisopacosou tambm transparentes ou translcidos. 1.4.2 Exemplo 1.5ABSORTNCIA (adimensional) Quociente da taxa de radiao solar absorvida por uma superfcie pela taxa de radiao solar incidentesobreestamesmasuperfcie.Aabsortnciautilizadaapenasparaelementos opacos,comousemrevestimentoexternodevidro(exclui-seaabsortnciadasparcelas envidraadas das aberturas).1.5.1 Detalhamento Absortnciasolarumapropriedadedomaterialreferenteparceladaradiao absorvidapelomesmo,geralmenterelacionadacor.ANBR15220-2apresentano Anexo B uma lista de absortncias para algumas cores e materiais, descritas a seguir. Tabela 1.1 Absortncia (o) para radiao solar (ondas curtas) Tipo de Superfcieo Chapa de alumnio (nova e brilhante)0,05 Chapa de alumnio (oxidada)0,15 Chapa de ao galvanizada (nova e brilhante)0,25 Caiao nova0,12 / 0,15 Concreto aparente0,65 / 0,80 Telha de barro0,75 / 0,80 Tijolo aparente0,65 / 0,80 Detalhamento abertura zenital Figura 1.10 Projeo horizontal de aberturas zenitais.Reboco claro0,30 / 0,50 Revestimento asfltico0,85 / 0,98 Vidro incolor0,06 / 0,25 Vidro colorido0,40 / 0,80 Vidro metalizado0,35 / 0,80 Pintura: Branca Amarela Verde clara Alumnio Verde escura Vermelha Preta 0,20 0,30 0,40 0,40 0,70 0,74 0,97 1.6AMBIENTE Espaointernodeumaedificao,fechadoporsuperfciesslidas,taiscomoparedesou divisrias piso-teto, teto, piso e dispositivos operveis tais como janelas e portas. 1.6.1 Detalhamento Um ambiente um espao interno da edificao delimitado por divisrias ou paredes. Por diviso,noseentendesomenteparedesdealvenariaouconcreto.Qualquertipode divisriaquecrieespaosinternosquesoclassificadoscomoambientespeloRTQ-R sendonecessrio,noentanto,quetaisdivisriasvedemoespaodopisoatoteto. Cozinhasesalascontguasdivididasporbancadassoconsideradascomoumnico ambiente.Varandasesacadasquepossuamfechamentotambmsoconsideradas comoumambiente. Ambientescommezaninosoconsideradosumnicoambiente. A Figura1.11exemplifica esteconceito,j queolquidoderramadoemcadaambienteir preencher cada espao que possuir fechamento do piso at o teto. 1.6.2 Exemplos Figura 1.11Caracterizao de ambiente Figura 1.12Divisrias que no vedam por completo o espao entre o piso e o teto no criam ambientes internos. Portanto, na figura considera-se a existncia de apenas um ambiente de permanncia prolongada (sala+cozinha) 1.6.3 Exerccios Exerccio 1 Emumapartamento,areadasacadafechadacomvidroeretiram-seasportas-janelaentreasalaeasacada.Oambientesalacontinuacomasmesmas caractersticas? Figura 1.13 Sacada fechada com vidro Resposta: No. Por no haver divisria entre o piso e o teto que separe por completo o limiteentreosdoisambientes,asacadaeasalapassamasercontguossendo, portanto, considerados como um nico ambiente. Exerccio 2 De acordo com a figura a seguir, quantos ambientes so contabilizados? Figura 1.14 Exemplo de ambiente integrado Resposta:Um.Ambientessemfechamentospiso-teto,soconsideradosumnico ambiente. Jnocasodeexistirumadivisriadevidroentreareade jardimeasala, seriam considerados dois ambientes diferentes. Observao: Deve-se verificar se a abertura zenital do ambiente corresponde a mais de 2%dareadecoberturadomesmo.Casoassimseja,aclassificaodonvelde eficincia desta edificao deve ser submetida ao mtodo de simulao computacional e no ao mtodo prescritivo. 1.7AMBIENTE CONDICIONADO ARTIFICIALMENTE Ambientefechado(incluindofechamentoporcortinasdear)atendidoporsistemade condicionamento de ar. 1.8AMBIENTE DE PERMANNCIA PROLONGADA Ambientesdeocupaocontnuaporumoumaisindivduos,incluindosaladeestar,salade jantar,salantima,dormitrios,escritrio,saladeTVouambientesdeusossimilaresaos citados. No so considerados ambientes de permanncia prolongada: cozinha, lavanderia ou readeservio,banheiro,circulao,varandaabertaoufechadacomvidro,solarium, garagem,dentreoutrosquesejamdeocupaotransitria.Osambienteslistadosnesta definio no excluem outros no listados. Observao:varandasfechadas comvidro,cozinhasououtros ambientes quenopossuam separaoatravsdeparedeoudivisriaatoforrocomambientesdepermanncia prolongada so considerados extenso dos ambientes contguos a eles. 1.9REA DA ABERTURA (AAb) (m) rea da abertura livre de obstruo por elementos fixos de sombreamento que sejam paralelos ao plano de abertura. 1.9.1 Detalhamento Areadaabertura(AAb)utilizadanaequaodeclassificaodaenvoltria. caracterizada pelo vo existente na parede antes de ser colocada a esquadria. Exemplos de clculo da rea de abertura podem ser consultados nos itens 1.2.3 e 1.3.3. 1.10REAS DE USO COMUM Ambientesdeusocoletivodeedificaesmultifamiliaresoudecondomniosdeedificaes residenciais. 1.10.1 Detalhamento Compreendetodasasreasdeusocoletivoporpartedoscondminos,sejamdeuso frequenteoudeusoeventual. Ambientesdestinadosareastcnicaseoutrosqueno sejamfrequentadospormoradorestaiscomocisternas,casadebombas,barriletes, depsitos e similares no so considerados nesta definio. 1.10.2 reas comuns de uso frequente Soconsideradasreascomunsdeusofrequente:circulaes,halls,garagens,escadas, antecmaras,elevadores,corredores,estacionamentodevisitantes,acessosexternosou ambientesdeusossimilaresaoscitados.Osambienteslistadosnestadefinionoexcluem outros no listados. 1.10.3 reas comuns de uso eventual Soconsideradasreascomunsdeusoeventual:salesdefesta,piscina,brinquedoteca, banheiros coletivos, bicicletrio, quadra poliesportiva, sala de cinema, sala de estudo, sala de ginstica, playground, churrasqueira, sauna e demais espaos coletivos destinados ao lazer e descansodosmoradores.Osambienteslistadosnestadefinionoexcluemoutrosno listados. 1.11REA TIL (AU) (m2) rea disponvel para ocupao, medida entre os limites internos das paredes que delimitam o ambiente, excluindo garagens. 1.11.1 Detalhamento Correspondeatodareadoambientepossveldeserocupada,desconsiderandoas reas de parede e vazios. medida internamente no ambiente. 1.12CAIXILHO Moldura opaca onde so fixados os vidros de janelas, portas e painis. 1.13CAPACIDADE TRMICA (CT) [kJ/(m.K)] Quantidade de calor necessria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema.1.13.1 Detalhamento A NBR 15220-2 apresenta o detalhamento completo do mtodo de clculo da capacidade trmicadosmateriaiseincluiexemplosdeclculo.Recomenda-sequeestaseja consultada para maiores esclarescimentos. Acapacidadetrmica(CT)decomponentesformadosporcamadashomogneas perpendiculares ao fluxo de calor obtida por meio da Equao 1.1.

Equao 1.1. capacidade trmica de componentes formados por camadas homogneas Onde: CT a capacidade trmica de componentes, (kJ/m.K); i a condutividade trmica da matria da camada i, [W/(m.K)]; Ri a resistncia trmica da camada i, [(m2.K)/W]; ei a espessura da camada i, (m); ci o calor especfico do material da camada i, [kJ/(kg.K)]; i a densidade de massa aparente do material da camada i, (kg/m). Para componentes com camadas homogneas e no homogneas, utiliza-se a Equao 1.2.

Equao 1.2. capacidade trmica de componentes formados por camadas heterogneas Onde: CTa,CTb,...,CTn,soascapacidadestrmicasdocomponenteparacadaseo(a,b, , n), determinadas pela Equao 1.1, [kJ/(m.K)]; Aa, Ab, ..., An so as reas de cada seo, (m). 1.13.2 Exerccios OexerccioaseguirfazpartedoexerccioC1doanexoCdaNBR15220-2,ondeso encontrados outros exemplos de clculo. Exerccio C.1 - NBR15220-2, anexo C: Calcular a capacidade trmica de uma parede de tijolos macios rebocados em ambas as faces, conforme a Figura 1.15. Figura 1.15 Parede de tijolos macios rebocados em ambas as faces Dados: Dimenses do tijolo: 5 cm x 9 cm x 19 cm; cermica: 1600 kg/m; cermica: 0,90 w/(m.k);ccermica: 0,92 kJ/(kg.k); argamassa = reboco: 2000 kg/m; argamassa = reboco: 1,15 w/(m.k); cargamassa = creboco: 1,00 kJ/(kg.K). Clculo de todas as sees da parede: Seo A (reboco + argamassa +reboco)

Seo B (reboco + tijolo +reboco)

Clculo da capacidade trmica da parede

1.14CARTAS SOLARES Instrumentos para representao da geometria da insolao. 1.14.1 Detalhamento Ascartassolarescompreendemumarepresentaodatrajetriasolarnaabbada celeste para diferentes dias e pocas do ano de acordo com a latitude do local, podendo ser representadas todas as posies do sol ao longo do ano. Conhecendo a posio do edifcioeaposiodosolpossveldeterminarondeequandoaedificaorecebe insolao, bem como projetar suas sombras em funo do horrio e data. As instrues para utilizao da carta solar so detalhadas no anexo I do RTQ-R. 1.15COBERTURA Parcela da rea de fechamentos opacos superiores da edificao, com inclinao inferior a 60 em relao ao plano horizontal. 1.16COEFICIENTE DE DESCARGA (CD) Coeficiente relacionado com as resistncias de fluxo de ar encontradas nas aberturas de portas ejanelas.umafunoentreadiferenadetemperaturadoar,avelocidadeedireodo ventoe,principalmente,ageometriadaabertura.umcoeficienteadimensionalrelacionado comataxadefluxodearmdiaquepassapelasaberturasecorrespondediferenade presso atravs delas. 1.17COEFICIENTE DE FLUXO DE AR POR FRESTAS (CQ) Coeficiente relacionado infiltrao, que corresponde ao fluxo de ar que vem do exterior para o interiordaedificaoatravsdefrestaseoutrasaberturasnointencionais.Equivaleao coeficiente de descarga de fluxo de ar relativo ao tamanho da abertura. 1.18COEFICIENTE DE PERFORMANCE (COP) (W/W) Definidoparaascondiesderesfriamentoouaquecimento,segundoaASHRAE90.1.Para resfriamento:razoentreocalorremovidodoambienteeaenergiaconsumida,paraum sistemacompletoderefrigeraoouumaporoespecficadestesistemasobcondies operacionaisprojetadas.Paraaquecimento:razoentreocalorfornecidoaoambienteea energia consumida, para um sistema completo de aquecimento por bomba de calor, incluindo o compressore,seaplicvel,osistemaauxiliardeaquecimento,sobcondiesoperacionais projetadas. 1.19COEFICIENTE DE PRESSO SUPERFICIAL (CP) Nmeroadimensionalqueindicaasrelaesentreaspressesemdiferentespontosdas superfcies externas de um slido. Cada ponto da edificao que sofre presso do vento possui seus prprios valores de CP para cada direo de vento. Os valores de CP dependem da forma daedificao,dadireodoventoedainflunciadeobstruescomoedificaesvizinhas, vegetao e caractersticas locais do terreno. 1.20COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DO ENTORNOValoradimensionalrelacionadocomoperfildeobstruodosarredoresdaedificao.Este valorutilizadoparacorrigirosdadosdevelocidadedeventoadquiridosemumaestao meteorolgica. 1.21COLETOR SOLAR Dispositivoqueabsorvearadiaosolarincidente,transferindo-aparaumfluidodetrabalho sob a forma de energia trmica. 1.22CONSUMO RELATIVO PARA AQUECIMENTO (CA) (kWh/m) Consumoanualdeenergia(emkWh)pormetroquadradonecessrioparaaquecimentodo ambienteduranteoperodode21hs8h,todososdiasdoano,commanutenoda temperatura em 22oC. 1.22.1 Detalhamento Oconsumorelativoparaaquecimentoumindicadorutilizadoparaaavaliaodo desempenho da envoltria e no reflete o consumo real do ambiente. 1.23CONSUMO RELATIVO PARA REFRIGERAO (CR) (kWh/m) Consumoanualdeenergia(emkWh)pormetroquadradonecessriopararefrigeraodo ambienteduranteoperodode21hs8h,todososdiasdoano,commanutenoda temperatura em 24oC. 1.23.1 Detalhamento Oconsumorelativopararefrigeraoumindicadorutilizadoparaaavaliaodo desempenho da envoltria e no reflete o consumo real do ambiente. 1.24DEMANDA DO ELEVADOR EM STANDBY (W) Demanda total de energia do elevador no modo standby, ou seja, em espera, disponvel para servio. A demanda em standby determinada cinco minutos depois que a ltima viagem tiver terminadoeincluitodososcomponentesrelevantesemprontidoparaoperaoe manuteno do elevador em standby. 1.25DEMANDA EM VIAGEM (W) Demandatotaldeenergiadoelevadorduranteasviagens,comcicloecargadefinidos.A demanda em viagem determinada por uma viagem de referncia com uma carga nominal e cobrindoumciclodeviagemcompleto.Ociclocomeacomaportadacabineabertano primeiropavimento.Aportafechaeoelevadorviajaatoltimopavimentoondeasportas abremefechamumavez.Acabineviajadevoltaaopontodeorigemeociclodemedio termina quando as portas da cabine se abrem. 1.26DEMANDA ESPECFICA EM VIAGEM [mWh/(kg.m)] Demandadeenergiadoelevadoremviagemcomciclodeviagemespecfico,divididopela carga nominal, em quilogramas e pela distncia viajada, em metros. 1.27DISPOSITIVO DE PROTEO SOLAR Elementosexternosqueproporcionamsombreamentonasaberturasdosambientesde permanncia prolongada, tais como venezianas, persianas, brises e cobogs. 1.27.1 Detalhamento Osdispositivosdeproteosolarpodemserverticaisouhorizontais,contnuosou vazados,desdequesejamexternos.Sacadaseplanosdoprprioedifciopodem funcionar como dispositivos de proteo solar, devendo ser calculados de acordo com o anexo I do RTQ-R. 1.27.2 Exemplo 1.28EDIFICAO MULTIFAMILIAR Edificao quepossuimais deuma unidadehabitacionalautnoma(UH)emummesmolote, emrelaodecondomnio,podendoconfiguraredifciodeapartamentos,sobradoou grupamentodeedificaes.(Observao:casasgeminadasouemfita,quandosituadasno mesmolote,enquadram-senestaclassificao).Estoexcludosdestacategoriahotis, motis, pousadas, apart-hotis e similares. 1.28.1 Detalhamento Adefiniodeloteparafinsdestemanualaqueledefinidooficialelegalmentepela (a)(b) Figura 1.11 (a) Sombreamento das sacadas sobre as aberturas; (b) Sombreamento de elemento vazado sobre a abertura, onde deve-se utilizar fator de correo FC = h/v prefeituradomunicpio,nosendoconsideradoscomolotesaquelesresultantesde parcelamentosdecondomniosparticulares.Hotiseoutrosmeiosdehospedagemno so consideradas edificaes multifamiliares e so avaliados pelo RTQ-C. 1.28.2 Exemplos Figura 1.12 Exemplo de grupamento de edificaes, classificado como edificao multifamiliar para efeito de classificao do RTQ-R 1.29EDIFICAO RESIDENCIAL Edificaoutilizadaparafinshabitacionais,quecontenhaespaosdestinadosaorepouso, alimentao,serviosdomsticosehigiene,nopodendohaverpredominnciadeatividades como comrcio, escolas, associaes ou instituies de diversos tipos, prestao de servios, diverso, preparao e venda de alimentos, escritrios e servios de hospedagem, sejam eles hotis, motis, pousadas,apart-hotis ou similares.No caso de edificaes de uso misto, que possuemocupaodiversificadaenglobandomaisdeumuso,estesdevemseravaliados separadamente. 1.30EDIFICAO UNIFAMILIAR Edificao que possui uma nica unidade habitacional autnoma (UH) no lote. 1.31EFICINCIA LUMINOSA () (lm/W) Quociente entre fluxo luminoso emitido, em lumens, pela potncia consumida, em Watts.1.32ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAO DE ENERGIA (ENCE) EtiquetaconcedidaaprodutoseedificaescomeficinciaavaliadaatravsdoPrograma Brasileiro de Etiquetagem (PBE). 1.32.1 Detalhamento TrstipodeENCEsopossveisdeseremobtidascomaaplicaodoRTQ-R:ENCE dasUnidadesHabitacionaisAutnomas,ENCEdaEdificaoMultifamiliareENCEdas reas de Uso Comum, sendo elas indepententes entre si. Emedificaesmultifamiliaresnovas,obrigatriaaavaliaodetodas asUHs. J em edificaes existentes possvel avaliar UHs isoladamente, permitindo que o proprietrio soliciteaetiquetadoapartamentoemquemoreindependentementedosoutros moradores quererem ou no solicitar para os seus apartamentos. Entretanto, para a obteno da ENCE da Edificao Multifamiliar obrigatoriamente todas as UHs devem ser avaliadas.AENCEpodesersolicitadaemdoismomentos:naetapadeprojetoequandoa edificaoestiverconstruda(apsexpedidooAlvardeConclusooufeitaaligao definitivacomaconcessionriaparafornecimentodeenergiaeltricaedistribuidorade gs combustvel). Todas as edificaes que forem avaliadas na etapa de projeto devem, obrigatoriamente, ser avaliadas quando a edificaes estiver concluda, a fim de verificar se foi construda conforme projetada.A metodologia para a avaliao da conformidade dos requisitos e solicitao das ENCEs estpresentenosRequisitosdeAvaliaodaConformidadeparaoNveldeEficincia Energtica de Edificaes Residenciais (RAC-R). (a)(b) (c) Figura 1.13Exemplos dos trs tipos de ENCE: (a) ENCE de Projeto da Unidade Habitacional Autnoma para as Zonas Bioclimticas 1 a 4. (b) ENCE de Projeto da Edificao Multifamiliar. (c) ENCE de Projeto das reas de Uso comum 1.33ENVOLTRIA (Env) Conjunto de planos que separam o ambiente interno do ambiente externo, tais como fachadas, empenas, cobertura, aberturas, assim como quaisquer elementos que os compem. No esto includos pisos, estejam eles ou no em contato com o solo. 1.33.1 Detalhamento Aenvoltriapodeserentendidacomoapeledaedificao,isto,oconjuntode elementosdaedificaoqueestoemcontatocomomeioexteriorecompemos fechamentos dos ambientes internos em relao ao ambiente externo. Meio externo, para a definio de envoltria, exclui a parcela construda do subsolo da edificao, referindo-se exclusivamente s partes construdas acima do solo. Em geral, pisos e paredes em contato com o solo, no caso de ambientes localizados no subsolo(garagensedepsitos,porexemplo),soconsideradosenvoltria.Entretanto, estas reas no entram na definio de envoltria do RTQ-R, uma vez que no esto em contato com o meio exterior. Esta definio independe de material ou funo na edificao. Qualquer tipo de elemento acima do solo, que pertena edificao e que permanea em contato prolongado com o exterior, pertence envoltria. 1.33.2 Exemplos Figura 1.14Partes da edificao que compem a envoltria. No RTQ-R o piso no considerado parte da envoltria 1.34EqNum - Equivalente numrico Nmero representativo da eficincia ou do desempenho de um sistema. 1.35EqNumAA - Equivalente numrico do sistema de aquecimento de gua Nmero representativo da eficincia do sistema de aquecimento de gua. 1.36EqNumB - Equivalente numrico das bombas centrfugas Nmero representativo da eficincia das bombas centrfugas. 1.37EqNumEl - Equivalente numrico dos elevadores Nmero representativo da eficincia energtica dos elevadores. Figura 1.15Edificao com algumas paredes em contato com o solo, estas no fazendo parte da envoltria. As paredes do subsolo que esto em contato com o ar so consideradas como parte da envoltria 1.38EqNumEnv - Equivalente numrico da envoltria Nmerorepresentativododesempenhotrmicodaenvoltriadaunidadehabitacional autnoma.Podeserdesempenhopararesfriamento(EqNumEnvResfr),paraaquecimento (EqNumEnvA) ou para ambientes condicionados artificialmente (EqNumEnvRefrig). 1.38.1 Detalhamento OEquivalentenumricodaenvoltriapararesfriamento(EqNumEnvResfr)representao desempenhodaenvoltriaparaovero.JoEquivalentenumricodaenvoltriapara aquecimento (EqNumEnvA) representa o desempenho da envoltria para o inverno.OEquivalentenumricodaenvoltriapararefrigerao(EqNumEnvRefrig)representao desempenhodaenvoltriaquandoosambientessorefrigeradosartificialmente.Este equivalentenumrico,entretanto,apenasinformativoenoentranoclculodo desempenho da envoltria. 1.39EqNumEnvAmb - Equivalente numrico da envoltria do ambiente Nmero representativo do desempenho trmico da envoltria de um ambiente de permanncia prolongada. Pode ser desempenho para resfriamento (EqNumEnvAmbResfr), para aquecimento (EqNumEnvAmbA) ou para ambientes condicionados artificialmente (EqNumEnvAmbRefrig). 1.40EqNumEq - Equivalente numrico dos equipamentos Nmero representativo da eficincia dos equipamentos.1.41EqNumIlum Equivalente numrico do sistema de iluminao artificial Nmero representativo da eficincia do sistema de iluminao artificial. 1.42EqNumS Equivalente numrico da sauna Nmero representativo da eficincia da sauna. 1.43FACHADA Superfcies externas verticais ou com inclinao superior a 60 em relao horizontal. Inclui as superfcies opacas, translcidas, transparentes e vazadas. 1.43.1 Detalhamento Fachadassocompostasdeelementoscomoparedes,aberturas,vossem fechamentos,protees solarese quaisqueroutroselementosconectados fisicamente a elas.Deve-se diferenciar fachadas de paredes externas. Estas ltimas referem-se a elementos opacos,noincluemasaberturasesousadasprincipalmentenoclculoda transmitncia trmica e absortncia (assim como as coberturas). J as fachadas referem-seatodososelementosquecompemofechamentodoedifcio,incluindoelementos opacos e translcidos. Aorientaodasfachadasinfluencianaeficinciadaenvoltria.Porestemotivo necessriodefiniraorientaodecadauma.Estadeterminaofeitaatravsda implantao de uma edificao dentro de um quadrante definido da seguinte forma: I. De 0 a 45,0e de 315,1a 360,0a orientao geogrfica Norte; II. De 45,1a 135,0, a orientao geogrfica Leste; III. De 135,1a 225,0, a orientao geogrfica Sul; IV. De 225.1a 315,0, a orientao geogrfica Oeste. AFigura1.16apresentaarosadosventoscomosquadrantes.Convmrealarqueo regulamento indica expressamente o uso do Norte geogrfico e no do Norte magntico. Figura 1.16 Quadrantes para definio da orientao de fachada OexemplomostradonaFigura1.17.Nela,possvelveraimplantaodaplantade umaedificaoretangular,comamarcaodonortegeogrficoederetas perpendicularesaosplanosdefachada.Asimagenssobrepostaspermitemo posicionamentodecadaretaperpendicularsuafachada,mostrandoaqueorientao cada fachada est direcionada. Figura 1.17 Sobreposio da edificao sobre a rosa dos ventos para definio da orientao de fachadas. Ver projeo da reta perpendicular s fachadas identificando as suas orientaes. 1.43.2 Exemplo AFigura1.2mostraumexemploparaadeterminaodaorientaodefachadas.As fachadas1a8estomarcadasemperspectivaeemplanta. Aplantautilizadapara definir a orientao das fachadas 1 e 8. A partir da sobreposio da planta tem-se que a fachada 1 possui orientao leste, e a fachada 8 com orientao sul. Figura 1.2. Fachadas de edificao, marcadas em perspectiva e em planta, com a definio da orientao de duas de suas fachadas 1.44FACHADA LESTE Fachada cuja normal superfcie est voltada para a direo de 90 em sentido horrio a partir doNortegeogrfico.Fachadascujaorientaovariaremde-45a+45emrelaoaessa orientao sero consideradas como fachadas Leste. 1.45FACHADA NORTE Fachada cuja normal superfcie est voltada para a direo de 0 a partir do Norte geogrfico. Fachadascujaorientaovariaremde-45a+45emrelaoaessaorientaosero consideradas como fachadas Norte. 1.46FACHADA OESTE Fachadacujanormalsuperfcieestvoltadaparaadireode270emsentidohorrioa partirdoNortegeogrfico.Fachadascujaorientaovariaremde-45a+45emrelaoa essa orientao sero consideradas como fachadas Oeste. 1.47FACHADA SUL Fachadacujanormalsuperfcieestvoltadaparaadireode180emsentidohorrioa partirdoNortegeogrfico.Fachadascujaorientaovariaremde-45a+45emrelaoa essa orientao sero consideradas como fachadas Sul. 1.48FRAO SOLAR Parcela de energia requerida para aquecimento da gua que suprida pela energia solar, em mdia anual. 1.49GRAUS HORA DE AQUECIMENTOasomatriadadiferenaentreatemperaturadebaseeatemperaturaoperativahorria quando esta est abaixo da temperatura de base.1.50GRAUS HORA DE RESFRIAMENTO Somatrio da diferena entre a temperatura operativa horria e a temperatura de base, quando a primeira est acima da temperatura de base. 1.51INDICADOR DE GRAUS-HORA PARA RESFRIAMENTO (GHR) Indicador de desempenho trmico da envoltria da edificao naturalmente ventilada, baseado nomtododosgraus-hora,queutilizaumatemperaturabase,independentedetemperaturas de conforto, consistindo em uma temperatura de referncia para comparaes. Neste RTQ, o indicadorrepresentaosomatrioanualdegraus-hora,calculadoparaatemperaturadebase de26Cpararesfriamento.Oclculorealizadoatravsdatemperaturaoperativado ambiente. 1.52ORGANISMO DE INSPEO ACREDITADO (OIA) Pessoajurdica,dedireitopblicoouprivado,queobteveoreconhecimentoformalda CoordenaoGeraldeAcreditaodoInmetroquantosuacompetnciapararealizaros serviosdeinspeodeprojetoe/oudeedificaesconstrudasparadeterminaronvelde eficincia energtica da edificao, tendo como base o RTQ-R. 1.53PADRO DE OCUPAO (h) Nmerodehorasemqueumdeterminadoambienteocupado, considerandoadinmicada edificao (dias de semana e final de semana). 1.54PADRO DE USO (h) Nmero de horas em que um determinado equipamento utilizado. 1.55PAREDES EXTERNAS Superfcies opacasquedelimitamo interiordo exteriordaedificao.Estadefinioexcluias aberturas. 1.55.1 Detalhamento Estadefiniovisadiferenciarasparedesexternasdasfachadas.Comovisto,paredes externassoassuperfciesopacas,compostasdetijolos,blocos,painisousimilares, enquantoasfachadascontmasparedeseaindaincluemoutroscomponentescomo aberturas, protees solares, cobogs e vos sem fechamentos. AolongodotextodoRTQ-R,hdiversascitaesdeparedesoufachadas,que apresentamobjetivosdistintos.Opr-requisitodetransmitnciatrmicadaenvoltria, bemcomoasvariveisreferentesspropriedadesdasparedesnasequaesde determinao da eficincia da envoltria, referem-se somente s paredes externas. 1.56PILOTIS Consiste na rea aberta, sustentada por pilares, que corresponde projeo da superfcie do pavimento imediatamente acima. 1.57PONTUAO TOTAL (PT) Pontuao total alcanada pela edificao.1.58POROSIDADE Relaoentreasreasefetivamenteabertasparaventilaoeasreasimpermeveis passagem do vento. 1.59POTENCIAL DE VENTILAO Critrioquevisaavaliaraexistnciadecondiesquepotencializemoescoamentodo vento atravsdosedifcios,favorecendoautilizaodaventilaonaturalcomoestratgiade resfriamento passivo nos ambientes de longa permanncia. 1.60PROFUNIDADE DO AMBIENTE (P) (m) Distnciaentreaparedequecontma(s)abertura(s)parailuminaoeaparedeopostaa esta. 1.60.1 Detalhamento Caso existam aberturas em paredes diferentes em um mesmo ambiente, considerada a menor profundidade.1.60.2 Exemplo 1.61PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE) Programadeconservaodeenergiaqueatuaatravsdeetiquetasinformativas,como objetivodealertaroconsumidorquantoeficinciaenergticadosprincipaisprodutos consumidores de energia comercializados no pas. 1.62RESISTNCIA TRMICA TOTAL (RT) [m.K)/W] Somatrio do conjunto de resistncias trmicas correspondentes s camadas de um elemento ou componente, incluindo as resistncias superficiais, interna e externa. 1.62.1 Detalhamento DeacordocomaNBR15220-2(ABNT,2005)aresistnciatrmicadeambientea ambiente determinada de acordo com a Equao 1.3. A determinao das variveis da equao descrita na referida norma.

Equao 1.3 Onde: RT a resistncia trmica de ambiente a ambiente [(m.K)/W]; Rse a resistncia superficial externa [(m.K)/W]; Rt resistncia trmica de superfcie a superfcie [(m.K)/W]; Figura 1.3Ambiente com aberturas em paredes diferentes. A distncia de 3,00 m considerada como a profundidade do ambiente Rsi a resistncia superficial interna [(m.K)/W]. 1.63TEMPERATURA OPERATIVA (TO) (C) o valor mdio entre a temperatura do ar e a temperatura radiante mdia do ambiente. 1.63.1 Detalhamento DeacordocomaNBR15220-1(ABNT,2005)temperaturaoperativaatemperatura uniformedeumambientecomcomportamentodecorponegroimaginrio,noqualo ocupante poderia trocar a mesma quantidade de calor por radiao e conveco que no ambiente real no uniforme. 1.64TRANSMITNCIA RADIAO SOLAR Quocientedataxaderadiaosolarqueatravessaumelementopelataxaderadiaosolar incidente sobre este mesmo elemento. 1.65TRANSMITNCIA TRMICA [W/(m.K)] Transmisso de calor em unidade de tempo e atravs de uma rea unitria de um elemento ou componenteconstrutivo;nestecaso,dosvidrosedoscomponentesopacosdasparedes externasecoberturas,incluindoasresistnciassuperficiaisinternaeexterna,induzidapela diferenadetemperaturaentredoisambientes.Atransmitnciatrmicadevesercalculada utilizandoomtododeclculodaNBR15220-2oudeterminadaatravsdomtododacaixa quente protegida da NBR 6488. 1.65.1 Detalhamento De acordo com a NBR 15220-2 (ABNT, 2005) a transmitncia trmica de componentes o inverso da resistncia trmica total, conforme a Equao 1.1.

Equao 1.1 Onde: U a transmitncia trmica dos componentes, [W/m.K]; RT a resistncia trmica dos componentes, [(m2.K)/W]. 1.65.2 Exerccio O exerccio a seguir faz parte do exerccio C.1 do anexo C da NBR15220-2, onde se encontram outros exemplos de clculo. Exerccio C.1 - NBR15220-2, anexo C: Calcularatransmitnciatrmicadeumaparededetijolosmaciosrebocadosem ambas as faces, cuja resistncia trmica total 0,2996 (m2.K)/W. Dados: RT: 0,2996 (m2.K)/W Assim:

As Figura 1.20 e Figura 1.21 ilustram exemplos de camadas a serem consideradas paraadeterminaodatransmitnciadeumacoberturacomcmaradearede uma parede de blocos cermicos rebocada em ambos os lados. Camadas para clculo da transmitncia da cobertura: -telha cermica -cmara de ar -laje macia Camadasparaclculodatransmitncia da parede: -argamassa -bloco cermico -argamassa -pintura externa Figura 1.20Exemplo de camadas para determinao da transmitncia da cobertura (Ucob) Figura 1.21Exemplo de camadas para determinao da transmitncia da parede (Upar) telhacermicalaje macia10cmcmara de ar14cm9cm2,5cm2,5cmargamassa2,5cmpintura externabloco cermico9cmargamassa2,5cmargamassa deassentamento1,5cm1.66TRANSMITNCIA TRMICA DA COBERTURA (Ucob) [W/(m2.K)] Transmitncia trmica das coberturas da edificao. 1.66.1 Detalhamento Deveser calculadaconsiderando-setodasas camadasdacoberturaentreointeriore o exterior de um ambiente. 1.67TRANSMITNCIA TRMICA DAS PAREDES (Upar) [W/(m.K)] Transmitncia de paredes externas da edificao. 1.67.1 Detalhamento Devesercalculadaconsiderando-setodasascamadasentreointerioreoexteriordo ambiente.AFigura1.20ilustraexemplodecamadasaseremconsideradasparaa determinao da transmitncia de uma cobertura com cmara de ar. Camadas para clculo da transmitncia da cobertura deve-se considerar: -telha cermica; -cmara de ar; -laje macia. Figura 1.20Exemplo de camadas para determinao da transmitncia da cobertura (Ucob) 1.67.2 Exemplo Figura 1.22Parede de blocos de concreto de dois furos, reboco e revestimento cermico, com U = 2,44 W/mK. Figura 1.23Parede dupla de tijolos de cermica com isolamento trmico e reboco, com U = 0,90 W/mK. 1.68UNIDADE HABITACIONAL AUTNOMA (UH) Bem imvel destinado moradia e dotado de acesso independente, sendo constitudo por, no mnimo,banheiro,dormitrio,cozinhaesala,podendoestestrsltimosserconjugados. Corresponde a uma unidade de uma edificao multifamiliar (apartamento) ou a uma edificao unifamiliar (casa). AFigura1.21ilustraumexemplodecamadasaseremconsideradasparaa determinaodatransmitnciadeumaparededeblocoscermicosrebocadaem ambos os lados. Camadas para clculo da transmitncia da parede deve-se considerar: -Argamassa; -Bloco cermico; -Argamassa; -Argamassa de assentamento. Figura 1.21Exemplo de camadas para determinao da transmitncia da parede (Upar) 1.69VENTILAO CRUZADA Pode ser considerada em relao a uma unidade habitacional autnoma ou em relao a um determinadoambientedamesmaedependedaconfiguraodoconjuntodeaberturas localizadas nas fachadas e/ou coberturas e das aberturas que interligam os diversos ambientes internos. Ventilaocruzadaatravsdeumaunidadehabitacionalautnoma:caracterizadapelo escoamento de ar entre aberturas localizadas nas fachadas orientadas a barlavento (zonas de sobrepresso onde as aberturas se caracterizam como entradas de ar) e aquelas situadas nas fachadasasotavento(zonasdesubpressoondeasaberturassecaracterizamcomosadas dear),apsesseescoamentotercruzadoumoumaisambientesqueseencontrem interligados por aberturas que permitam a circulao do ar entre eles. Ventilaocruzadaatravsdeumambiente:caracterizadapeloescoamentodearentre aberturaslocalizadasemparedesopostasouadjacentesdesseambiente,desdequesua localizao produza um escoamento de ar que cruze diagonalmente os ambientes. 1.69.1 Exemplo 1.70ZONA BIOCLIMTICA Regiogeogrficahomogneaquantoaoselementosclimticosqueinterferemnasrelaes entre ambiente construdo e conforto humano de acordo com a NBR 15220 3. Figura 1.24Exemplo de ventilao cruzada. A Tipologia 1 possui ventilao cruzada por possuir aberturas em duas fachadas diferentes. J a Tipologia 2 no possui ventilao cruzada pois todas as aberturas encontram-se na mesma fachada. Ventilao por dutos no considerada como abertura contabilizada na ventilao cruzada. 1.70.1 Detalhamento AZonaBioclimtica(ZB) temporobjetivodeterminarasestratgias queumaedificao deve seguir para obter o conforto trmico dos seus ocupantes. Desta forma, umaZB o resultado geogrfico do cruzamento de trs tipos diferentes de dados: zonas de conforto trmicohumano,dadosobjetivosclimticoseestratgiasdeprojetoeconstruopara atingiroconfortotrmico.Determinadasasestratgiasadequadasparacadacidadeou localidade geogrfica, as mesmas so agrupadas por uso de estratgias comuns criando assim uma ZB. No Brasil h 8 Zonas Bioclimticas, definidas segundo dados climticos (de temperatura eumidade)paraadeterminaodeestratgiasdeprojetonecessriasparaatingiro confortotrmicodemoradiasdeinteressesocial.Almdomtododedefiniodo zoneamentopelasnormaisclimatolgicasbrasileiras,anormaNBR15.220-3: ZoneamentoBioclimticoBrasileiroapresentaalistade330cidadesbrasileirascom suas respectivas Zonas Bioclimticas. Esta lista est disponvel tambm no anexo deste manual. Almdestas330,outrascidades tiveramsuasZBsdefinidasporinterpolao e estodisponveisemwww.labeee.ufsc.br.AFigura1.25apresentaummapacomo zoneamento bioclimtico brasileiro. Figura 1.25. Zoneamento bioclimtico brasileiro (fonte: NBR 15.220-3) 47 2INTRODUO O presente documento especifica requisitos tcnicos, bem como os mtodos para classificao deedificaesresidenciaisquantoeficinciaenergtica.Asedificaessubmetidasaeste RTQ devem atender s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) vigentes e aplicveis. Cabe ressaltar que os Organismos de Inspeo Acreditados (OIAs) e o Inmetro se eximem dos problemas que porventura possam ocorrer com a edificao pela no observncia das normas da ABNT. 2.1Objetivo Criarcondiesparaaetiquetagemdonveldeeficinciaenergticadeedificaes residenciais unifamiliares e multifamiliares. Detalhamento ORTQ-Rvisaestabelecerascondiesparaaclassificaodonveldeeficincia energticadeedificaesresidenciaisafimdepossibilitaraobtenodaEtiqueta NacionaldeConservaodeEnergia(ENCE),concedidanombitodoPrograma BrasileirodeEtiquetagem(PBE)doInstitutoNacionaldeMetrologia,Normalizaoe Qualidade Industrial (Inmetro). O carter voluntrio do RTQ-R visa preparar o mercado construtivo, de forma gradativa, a assimilarametodologiadeclassificaoeobtenodaetiqueta.Ametodologiade classificao est presente no texto do Regulamento Tcnico da Qualidade (RTQ-R) para oNveldeEficinciaEnergticadeEdificaesResidenciais,enquantoquea metodologiaparaaavaliaodaconformidadedosrequisitosesolicitaodaetiqueta estpresentenosRequisitosde AvaliaodaConformidadeparaoNveldeEficincia Energtica de Edificaes Residenciais (RAC-R). Edificaesdeusomisto(usoresidencialecomercial/deserviosemumamesma edificao)terosuasparcelasresidenciaisavaliadasseparadamente.Comoexemplo, edificaes cuja torre de apartamentos e a base contm lojas, ter a torre avaliada pelo RTQ-R e a base pelo RTQ-C. Paraaavaliaodeunidadeshabitacionaisautnomaseedificaesunifamiliaresa avaliao da eficincia da envoltria pode ser realizada atravs do mtodo prescritivo, no qual so utilizadas equaes de acordo com a Zona Bioclimtica ou atravs de simulao termoenergtica. Aavaliaodossistemasdeaquecimentodeguarealizadaatravs de mtodo prescritivo com exceo para sistemas de aquecimento solar que podem ser avaliados tambm atravs de simulao. reas de uso comum so avaliadas atravs de mtodo prescritivo. OsmtodosdeavaliaoparaUHseedificaesunifamiliarespropostospeloRTQ-R foramdesenvolvidoscombasenosmodelosmaisutilizadosnosistemaconstrutivo brasileiro e busca, portanto, avaliar a maior partepossvel dos casos atravs de mtodo prescritivo, sem necessitar simulao. No entanto, existem casos para os quais o mtodo prescritivo no se apresente adequado, sendo necessrio realizarsua avaliao atravs do mtodo de simulao.2.2Pr-requisito geral ParaobtenodosnveisdeeficinciaAouB,havendomaisdeumaunidadehabitacional autnoma no mesmo lote, estas devem possuir medio individualizada de eletricidade e gua. Esto excludas deste pr-requisito edificaes construdas at a publicao deste RTQ. Detalhamento O atendimento ao pr-requisito geral necessrio para obteno dos nveis de eficincia AouB.Onoatendimentonoimpedeaclassificaodaedificao,masimplicaque esta sejanomximonvelC. Ouseja,mesmo queaavaliaodossistemasindividuais indique nvel de eficincia A, a edificao obter no mximo nvel C com seu EqNum = 3. 2.3Procedimentos para determinao da eficincia EsteRTQespecificaaclassificaodonveldeeficinciaparaedificaesresidenciais conforme as prescries descritas nos itens correspondentes: -Item 3: Unidades Habitacionais Autnomas; -Item 4: Edificaes Unifamiliares; -Item 5: Edificaes Multifamiliares; -Item6:reasdeUsoComumdeedificaesmultifamiliaresoudecondomniosde edificaes residenciais. A etiquetagem de eficincia energtica para cada um dos itens acima feita da seguinte forma: a)UnidadesHabitacionaisAutnomas:avaliam-seosrequisitosrelativosaodesempenho trmico da envoltria, eficincia do(s) sistema(s) de aquecimento de gua e a eventuais bonificaes; b)Edificao Unifamiliar: aplica-se o procedimento descrito acima para a unidade habitacional autnoma; c)Edificaes Multifamiliares: pondera-se o resultado da avaliao dos requisitos de todas as unidades habitacionais autnomas da edificao; d)reasdeUsoComum:avaliam-seosrequisitosrelativoseficinciadosistemade iluminao artificial, do(s) sistema(s) de aquecimento de gua, dos elevadores, das bombas centrfugas, dos equipamentos e de eventuais bonificaes. DeacordocomapontuaofinalobtidaatribudaumaclassificaoquevariadonvelA (mais eficiente) ao E (menos eficiente). Onveldeeficinciadecadarequisitoequivaleaumnmerodepontoscorrespondentes, atribudos conforme a Tabela 2.1. Tabela 2.1 Equivalente Numrico (EqNum) para cada nvel de eficincia Nvel de EficinciaEqNum A5 B4 C3 D2 E1 Itens com pontuao em escala tm seu nvel de eficincia obtido atravs da Tabela 2.2. Tabela 2.2 Classificao do nvel de eficincia de acordo com a pontuao obtida Pontuao (PT) Nvel de Eficincia PT 4,5A 3,5 PT < 4,5B 2,5 PT < 3,5C 1,5 PT < 2,5D PT < 1,5E Detalhamento ParaoitemrelativoaUHseedificaesunifamiliareshdoissistemasindividuaisque estabelecemoseunveldeeficinciaenergtica:aenvoltriaeosistemade aquecimentodegua.Estessoavaliadosseparadamente,obtendo-senveisde eficincia para cada um deles, cuja combinao em uma equao, de acordo com a Zona Bioclimticaemqueaedificaoseencontra,resultaemumapontuaoparaaUH. A estapontuaopode-sesomarbonificaes,queresultarnaPontuaoTotaldaUH (PTUH)enoseunveldeeficinciacorrespondente.Paraonveldeeficinciada edificao multifamiliar deve-se ponderar a pontuao total (PTUH) de todas as UHs pelas suasreasteis,resultandonapontuaodaEdificaoMultifamiliar.Paraonvelde eficinciadasreasdeusocomumsoavaliadasasreascomunsdeusofrequente (iluminaoartificial,bombascentrfugaseelevadores)easreascomunsdeuso eventual(iluminaoartificial,equipamentos,sistemadeaquecimentodeguapara banho e piscina e sauna). Os itens no aplicveis ao empreendimento no so avaliados. Porexemplo:seaedificaonopossuirsauna,noseavaliaestesistemaindividual. Entretanto,casoexistentes,suaavaliaoobrigatria.ParaUHs,edificaes unifamiliaresereasdeusocomumpodemsersomadasbonificaesclassificao final. Para as reas de uso comum tambm possvel somar bonificaes, resultando na Pontuao Total das reas de uso comum (PTAC). Hcinconveisdeeficincia,tantoparaaclassificaodossistemasindividuaiscomo para a edificao geral. So eles: nvel A (mais eficiente), B, C, D e E (menos eficiente). Cadaumcorrespondeaumequivalentenumrico(EqNum),conformeobservadona Tabela2.1doRTQ-R.Aclassificaofinaldaedificaoeitenscomclassificaoem escala tem seu nvel de eficincia obtido atravs da Tabela 2.2 do RTQ-R. Somentepossvelobteraclassificaogeraldonveldeeficinciadaedificaoou empreendimentoemavaliao,nohavendoclassificaoparcialdeseussistemas individuais.Porexemplo:paraaUH,obrigatoriamentedeve-seavaliaraenvoltriaeo sistema de aquecimento de gua (mas as possveis bonificaes). No possvel avaliar apenas a envoltria. A classificao de reas de uso comum um item independente da classificao de UHs, edificaesunifamiliarese/ouedificaesmultifamiliares.Umcondomniocompostopor torre(s) de edifcio(s) e reas comuns, por exemplo, no pode obter uma etiqueta global do empreendimento. possvel obter a etiqueta da torre e das reas comuns, porm de modo independente. ATabela2.1eaTabela2.2apresentamdoistiposdeescalaemrelaoaonvelde eficincia.Pararequisitosquesoclassificadosatravsdoseunveldeeficincia, variandodeA(maiseficiente)aE(menoseficiente)como,porexemplo,os equipamentosclassificadospeloPBE,suaclassificaocorrespondeaumequivalente numrico (EqNum)obtidona Tabela2.1.Porsuavez,requisitoscomoaenvoltriaeos sistemasdeaquecimentodegua,quepossuemseunveldeeficinciaclassificados atravsdeclculosrealizadosconformeametodologiadescritanoRTQ-R,podem resultar em um nmerointeiro ou fracionado. Neste caso, a classificao corresponde a um nvel de eficincia, quetambmvaria de A (mais eficiente) a E (menos eficiente), mas deve ser obtido na Tabela 2.2. 2.3.1 Unidades habitacionais autnomas A classificao do nvel de eficincia de unidades habitacionais autnomas (UHs) o resultado da distribuio dos pesos atravs da Equao 2.1, utilizando os coeficientes da Tabela 2.3, de acordo com a regio geogrfica na qual a edificao se localiza.

Equao 2.1. pontuao total do nvel de eficincia da UH Onde: PTUH: pontuao total do nvel de eficincia da unidade habitacional autnoma; a:coeficientedaTabela2.3adotadodeacordocomaregiogeogrfica(mapapolticodo Brasil) na qual a edificao est localizada; EqNumEnv:equivalentenumricododesempenhotrmicodaenvoltriadaunidade habitacionalautnomaquandoventiladanaturalmente,descritonoitem3.1.2.1(mtodo prescritivo)ou3.1.3(mtododesimulao)eapsaverificaodospr-requisitosda envoltria (item 3.1.1); EqNumAA: equivalente numrico do sistema de aquecimento de gua, conforme item 3.2; Bonificaes:pontuaoatribudaainiciativasqueaumentemaeficinciadaedificao, definida no item 3.3. Tabela 2.3. Coeficientes da Equao 2.1 Coeficiente Regio Geogrfica NorteNordesteCentro-OesteSudesteSul a0,950,900,650,650,65 Nota: O coeficiente da Tabela 2.3 deve ser alterado para o valor de 0,65 nas regies Norte e Nordeste sempre que houver um sistema de aquecimento de gua projetado ou instalado. Os equivalentes numricos para os nveis de eficincia de cada requisito so obtidos na Tabela 2.1.O nmero de pontos obtidos na Equao 2.1ir definir a classificao final da UH, de acordo com a Tabela 2.2. Observao: O equivalente numrico do desempenho trmico da envoltria (EqNumEnv) a ser utilizadonaEquao2.1deveseroreferenteeficincia daedificaoquandonaturalmente ventilada,calculadoatravsdoitem3.1.2.1(mtodoprescritivo)ou3.1.3.5(mtodode simulao) e 3.1.1 (pr-requisitos da envoltria), de acordo com a Zona Bioclimtica em que a edificaoestlocalizada.Onveldeeficinciadaenvoltriaquandocondicionada artificialmente(item3.1.2.2)decarterinformativo.AobtenodonvelAdeeficincia quandocondicionadaartificialmenteobrigatriaparaobtenodabonificaode condicionamento artificial de ar, descrita no item 3.3.4 deste RTQ. EXEMPLO DE CLCULO UmavezavaliadaumaUHlocalizadanacidadedeSantaMariaRS,estaobteveum equivalente numrico para resfriamento (EqNumEnvResf) = 2,91 (nvel C); um equivalente numricoparaaquecimento(EqNumEnvA)=4,07(nvelB)eumequivalentenumrico para refrigerao (EqNumEnvRefig) = 3,92 (nvel B). O equivalente numrico do sistema de aquecimento de gua (EqNumAA) = 2,71 (nvel C). As bonificaes somaram 0,3 pontos. Determinar a Pontuao Total (PT) alcanada pela UH. Passo1.DeterminararegiogeogrficadoBrasilondeaUHselocalizaeseu respeitivo coeficiente a. -Santa Maria - RS, pertence Zona Bioclimtica 2 e regio Sul do pas -Coeficiente a de acordo a regio: Regio Sul = coeficiente 0,65 Passo2.DeterminaroEqNumEnvalcanaadapelaedificao,aplicandoaequao respectiva Zona Bioclimtica 2.

Equao3.7 do RTQ-R. EqNumEnv para ZB2 EqNumEnv = (0,44 x 2,91) + (0,56 x 4,07) EqNumEnv = 3,56 Passo 3. Aplicar a Equao 2.1 do RTQ-R para determinao da Pontuao Total da UH (PTUH)

PTUH = (0,65 x 3,56) + [(1 - 0,65) x 2,71] + 0,3 PTUH = 3,5625 PTUH = 3,6 Observao:Deve-seutilizarosvaloressemarredondamento.Oarredondamentodeve ser feito somente no final, para uma casa decimal. O nvel de eficincia alcaado pela UH "B". A Figura 2.1 apresenta o modelo da etiqueta que seria entregue a esta UH. Figura 2.1. Modelo da etiqueta da UH do exemplo 2.3.2 Edificaes unifamiliares A classificao do nvel de eficincia de edificaes unifamiliares equivalente ao resultado da classificao da unidade habitacional autnoma. 2.3.3 Edificaes multifamiliares Aclassificaodonveldeeficinciadeedificaesmultifamiliaresoresultadoda ponderao da classificao de todas as unidades habitacionais autnomas da edificao pela rea til das UHs, excluindo terraos e varandas.Observao: Quando da etiquetagem de edificaes multifamiliares novas, todas as unidades habitacionaisautnomasdevem,obrigatoriamente,seravaliadas.Emedificaesexistentes pode-se avaliar UHs individualmente. Onmerodepontosobtidoscomaponderaoirdefiniraclassificaofinaldaedificao multifamiliar, de acordo com a Tabela 2.2. Detalhamento Figura 2.2. Ilustrao esquemtica da determinao do equivalente numrico da edificao multifamiliar 2.3.4 reas de uso comum A classificao do nvel de eficincia de reas de uso comum o resultado da distribuio dos pesos atravs da Equao 2.2, de acordo com a avaliao dos requisitos apresentados no item 6.

Equao 2.2.pontuao total do nvel de eficincia das reas de uso comum Onde: PTAC: pontuao total do nvel de eficincia da rea de uso comum; EqNumIlum: equivalente numrico do sistema de iluminao artificial; PIlum: potncia instalada para iluminao; EqNumB: equivalente numrico das bombas centrfugas; PB: potncia instalada para bombas centrfugas; EqNumEq: equivalente numrico dos equipamentos; PEq: potncia instalada para equipamentos;EqNumElev: equivalente numrico dos elevadores; EqNumAA: equivalente numrico do sistema de aquecimento de gua; PAA: potncia instalada para aquecimento de gua; EqNumS: equivalente numrico da sauna; PS: potncia instalada para a sauna; Bonificaes:pontuaoatribudaainiciativasqueaumentemaeficinciadaedificao, definida nos item 6.3; F: corresponde s reas comuns de uso frequente; E: corresponde s reas comuns de uso eventual. Na ausncia de elevadores, a frmula a ser aplicada reduzida Equao 2.1.

Equao 2.1. pontuao total do nvel de eficincia das reas de uso comum Na ausncia de reas comuns de uso eventual a frmula a ser aplicada reduzida Equao 2.2.

Equao 2.2. pontuao total do nvel de eficincia das reas de uso comum Naausnciadereascomunsdeusoeventualedeelevadoresafrmulaaseraplicada reduzida Equao 2.3.

Equao 2.3. pontuao total do nvel de eficincia das reas de uso comum Observao: pode-se calcular a pontuao total do nvel de eficincia da rea de uso comum (PTAC) utilizando o consumo estimado do sistema de iluminao, das bombas centrfugas, dos equipamentos,dosistemadeaquecimentodeguaedasauna,aoinvsdapotncia,nas EquaesEquao2.2,Equao2.1,Equao2.2eEquao2.3,permanecendoa possibilidadedesomadasbonificaes.Paratanto,osconsumosehorasdeutilizaode todososequipamentosdevemserjustificados.Nestecaso,nasEquaesEquao2.2e Equao2.1osndicesmultiplicadorescorrespondentessreascomunsdeusofrequente (0,7) e reas comuns de uso eventual (0,3) devem ser substitudos por 0,5. OnmerodepontosobtidosnasEquaesEquao2.2aEquao2.3irdefinira classificao final das reas de uso comum, de acordo com a Tabela 2.2. Detalhamento Para a classificao de reas comuns o mtodo adotado visa possibilitar a avaliaode empreendimentosdediferentesmagnitudes,vistoagrandediversidadeexistenteuma vezqueareacomumpodevariardeumsistemasimplesdeiluminaoartificialem corredores e escadas at grandes complexos destinados ao lazer. Aestratgiaadotadafoiacriaodedoisgruposparaavaliao:reascomunsdeuso frequenteereascomunsdeusoeventual.Asreascomunsdeusofrequente compreendem aquelas presentes na grande maioria dos condomnios residenciais e que soutilizadasnodia-a-diadoscondminos,taiscomocorredores,hallsegaragens. As reascomunsdeusoeventualsoaquelasdestinadasaolazer,presentesapenasem parte dos empreendimentos. Estas podem possuir alta potncia instalada, porm, devido aoseucarterdeusoeventual,namaiorparte doscasos consomemenosenergia que as reas de uso frequente. Asequaesdeavaliaodasreascomunsforamdesenvolvidasdemodoaenglobar asdiferentesconfiguraespossveisparareascomunsdecondomniosresidenciais. Assim,emcasosemquehreasdeusofrequenteereasdeusoeventual,70%do pesoreferentesreasdeusofrequentee30%sreasdeusoeventual.A ponderaopelapotnciainstaladapermitequesejamavaliadosapenasosrequisitos aplicveis ao empreendimento. 57 3 UNIDADES HABITACIONAIS AUTNOMAS Escopo:Esteitemtemporobjetivoestabeleceroscritriosparaavaliaodonvelde eficinciaenergticadasunidadeshabitacionaisautnomas(UH),queseroutilizadasna classificao das edificaes unifamiliares e multifamiliares. 3.1ENVOLTRIA Estaseodescreveoscritriosparaavaliaododesempenhodaenvoltriadeunidades habitacionais autnomas. Detalhamento A classificao da envoltria realizada atravs um indicador de graus horae indicador deconsumorelativoparaaquecimentoerefrigerao,obtidoatravsdeequaes linearesnasquaissoinseridosparmetrosrelativosscaractersticasfsicases propriedadestrmicasdaenvoltria.Paraseobteraclassificaofinaldaedificao necessriorealizaraavaliaodaenvoltriaindividualmenteparacadaumdos ambientesdepermannciaprolongadadaUHeaindaavaliarospr-requisitosdecada ambiente. 3.1.1Pr-requisitos da envoltria Os pr-requisitos da envoltria so avaliados em cada ambiente separadamente.Detalhamento Os pr-requisitos so referentes a caractersticas trmicas de absortncia, transmitncia ecapacidadetrmicadassuperfcieseacaractersticasfsicasrelativasiluminaoe ventilao natural. 3.1.1.1Transmitncia trmica, capacidade trmica e absortncia solar das superfcies Ospr-requisitosdetransmitnciatrmica,capacidadetrmicaeabsortnciasolardas paredes externas e coberturas de ambientes de permanncia prolongada devem ser atendidos de acordo com a Zona Bioclimtica em que a edificao se localiza, conforme a Tabela 3.1. O noatendimentoaestepr-requisitoimplicaemnvelEnosequivalentesnumricosda envoltria do ambiente (EqNumEnvAmb). Detalhamento Oprimeiropr-requisitorefere-setransmitnciatrmica,capacidadetrmicae absortnciasolardecomponentesopacos.Estepr-requisitodistinguecoberturase paredes exteriores ao exigir diferentes limites de propriedades trmicas para cada caso. As aberturas e as paredes internas no entram no clculo destes trs parmetros. Este pr-requisito se aplica apenas a ambientes de permanncia prolongada. Caso o pr-requisitonosejaatendidoemalgumambiente,somenteesteambiente obternvelde eficincia E (EqNum = 1) para a envoltria, e no a UH como um todo. A Tabela3.1doRTQ-Rapresentaoslimitesquedevemseratendidosporcoberturase paredes externas, para cada Zona Bioclimtica. Nela pode-se observar que no h limite paraaabsortncia.Esteparmetroserveparadeterminaroslimitesdosoutrosdois parmetros (transmitncia e capacidade trmica). NasequenciaTabela3.1,sodescritasalgumasconsideraesaseremobservadas para os clculos da transmitncia e absortncia. Tabela 3.1. Pr-requisitos de absortncia solar, transmitncia trmica e capacidade trmica para as diferentes Zonas Bioclimticas (Fonte: NBR 15.575-4, NBR 15.575-5 e NBR 15220-3) Zona BioclimticaComponente Absortncia solar Transmitncia trmica Capacidade trmica (adimensional)[W/(m2K)][kJ/(mK)] ZB1 e ZB2 ParedeSem exignciaU 2,50CT 130 CoberturaSem exignciaU 2,30Sem exigncia ZB3 a ZB6 Parede 0,6U 3,70CT 130 > 0,6U 2,50CT 130 Cobertura 0,6U 2,30Sem exigncia > 0,6U 1,50Sem exigncia ZB7Parede 0,6U 3,70CT 130 > 0,6U 2,50CT 130 Cobertura 0,4U 2,30 Sem exigncia > 0,4U 1,50Sem exigncia ZB8 Parede 0,6U 3,70Sem exigncia > 0,6U 2,50Sem exigncia Cobertura 0,4U 2,30 Sem exigncia > 0,4U 1,50 Sem exigncia Nota1:Coberturascomtelhadebarrosemforro,quenosejampintadasouesmaltadas,na Zona Bioclimtica 8, no precisam atender s exigncias da Tabela 3.1. Nota2: Na Zona Bioclimtica 8, tambm sero aceitas coberturas com transmitncias trmicas acima dos valores estipulados na Tabela 3.1, desde que atendam s seguintes exigncias:-contenham aberturas para ventilao em, no mnimo, dois beirais opostos; e-asaberturasparaventilaoocupemtodaaextensodasfachadasrespectivas.Nestes casos,emfunodaalturatotalparaventilao(verFigura1),oslimitesaceitveisda transmitnciatrmicapoderosermultiplicadospelofatordecorreodatransmitncia (FT) indicado pela Equao 3.1.

Equao 3.1: fator de correo da transmitncia Onde: FT: fator de correo da transmitncia aceitvel para as coberturas da Zona Bioclimtica 8; h: altura da abertura em dois beirais opostos (cm). Figura 1. Abertura (h) em beirais para ventilao do tico Asseguintesconsideraessofeitasemrelaoabsortnciasolaretransmitncia trmica:a)Consideraessobreatransmitnciatrmicadassuperfciesexternasquecompemos ambientes -coberturas de garagens, casa de mquinas e reservatrios de gua no so considerados para o clculo da transmitncia trmica da cobertura; -a transmitncia trmica a ser considerada para a avaliao do pr-requisito a mdia das transmitnciasdecadaparceladasparedesexternas(excluindoaberturas),oucobertura, ponderadas pela rea que ocupam; -aberturaszenitaiscomat2,0%dareadacoberturadevemserdesconsideradasna ponderao da transmitncia trmica; -ospisosdereasexternaslocalizadossobreambiente(s)depermannciaprolongada devematenderaospr-requisitosdetransmitnciadecoberturas.Pilotisevarandasso exemplos deste item. b)Consideraessobreaabsortnciasolardassuperfciesexternasquecompemos ambientes -coberturas vegetadas (teto jardim) no precisam atender ao pr-requisito de absortncia; -aabsortnciasolaraserconsideradaparaaavaliaodopr-requisitoamdiadas absortnciasdecadaparceladasparedes,oucobertura,ponderadaspelareaque ocupam, excluindo a absortncia das reas envidraadas das aberturas. Observao:recomenda-seutilizarosvaloresdeabsortnciaresultantesdemedies realizadas de acordo com as normas da ASTM E1918-06, ASTM E903-96 e ASHRAE 74-1988. A NBR 152202 fornece valores indicativos de absortncia. -aberturaszenitaiscomat2,0%dareadacoberturadevemserdesconsideradasna ponderao da absortncia solar; -os pisos de reas sem fechamentos laterais localizados sobre ambiente(s) de permanncia prolongada devem atender aos pr-requisitos de absortncia solar de coberturas. Pilotis e varandas so exemplos deste item; -nas fachadas envidraadas onde exista parede na face interna do vidro deve-se considerar um dos casos abaixo: i.vidroemcontatodiretocomaparede:aabsortnciatotaligualabsortnciado vidro somada ao produto entre a transmitncia radiao solar do vidro e absortncia da parede, conforme a Equao 3.2.

Equao 3.2. absortncia total Onde: : valor da absortncia total; vidro: absortncia do vidro; tvidro: transmitncia radiao solar do vidro; parede: absortncia da parede. ii.cmara de ar entre a parede e o vidro: a absortncia da superfcie igual ao produto do fator solar do vidro pela absortncia da parede, conforme a Equao 3.3.

Equao 3.3. absortncia da superfcie Onde: : valor da absortncia da superfcie; FSvidro: fator solar do vidro; parede: absortncia da parede. -no fazem parte da ponderao de reas para o clculo da absortncia: i.aberturas; ii.fachadas construdas na divisa do terreno, desde que encostadas em outra edificao; iii.reas cobertas por coletores ou painis solares; iv.paredesexternasoucoberturaspermanentementesombreadas,semconsideraro sombreamento do entorno. EXEMPLO DE CLCULO O EXEMPLO DA FIGURA 3.1 SER UTILIZADO PARA A DETERMINAO DA EFICINCIA DA ENVOLTRIA DE UMA UNIDADE HABITACIONAL AUTNOMA. O PASSO A PASSO DOS CLCULOS SER DESCRITO EM SEUS ITENS CORRESPONDENTES, INICIANDO AQUI, COM OS CLCULOS DOS PR-REQUISITOS DE TRANSMITNCIA, ABSORTNCIA E CAPACIDADE TRMICA AUHrepresentadapelaFigura3.1estlocalizadanacidadedeSoPaulo-SPe composta por sala de estar, cozinha/rea de servio, banheiro e dois dormitrios. Possui p-direito de 2,55m. O detalhamento das portas e janelas encontra-se na Figura 3.2 e os materiaisconstituintesdasparedesecoberturasnaTabela3.1.Determinarseos ambientes atendem ou no aos pr-requisitos de transmitncia, absortncia e capacidade trmica. Figura 3.1 Planta da UH Figura 3.2 Detalhamento de portas e janelas (Esquadrias de portas 0,05m de espessura; esquadrias de janelas 0,03m de espessura) Tabela 3.1 Detalhamento da construo de paredes e coberturas (Fonte: NBR 15220-3) ItemDescrioU [W/(mK)] CT [kJ/(mK)] Absortncia Construo das paredes externas das fachadasnorteesuledasparedes internas da edificao: -Parede de tijolos 8 furos circulares, assentados na menor dimenso.-Dimensesdotijolo: 10,0x20,0x20,0 cm. -Espessuradaargamassade assentamento: 1,0 cm. -Espessuradeargamassade emboo: 2,5 cm. -Espessuratotaldaparede:15,0 cm. 2,24 167 Corexterna: Amarelo envelhecido. = 0,45 Construo das paredes externas das fachadas leste e oeste: -Parededetijolosmacios assentados na menor dimenso. -Dimenses do tijolo: 10x6x22 cm. -Espessuradaargamassade assentamento: 1,0 cm. -Espessuradaargamassade emboo: 2,5 cm. -Espessuratotaldaparede:15,0 cm. 3,13 255 Cor externa: Amarelo envelhecido. = 0,45 Construodacoberturasobarea da sala: -Coberturadetelhadebarrocom forro de madeira. -Espessura da telha: 1,0 cm. -Espessura da madeira: 1,0 cm 2,00 32 Telha cermica vermelha = 0,60 ConstruodacoberturasobareaTelha dos dormitrios: -Coberturadetelhadebarro, lminadealumniopolidoeforro de madeira. -Espessura da telha: 1,0 cm. -Espessura da madeira: 1,0 cm. 1,11 32 cermica vermelha = 0,60 Resoluo: ETAPA 1: Identificar a Zona Bioclimtica em que a UH est localizada Cidade de So Paulo -> Zona Bioclimtica 3 ETAPA 2: Identificar os limites aceitveis para a Zona Bioclimtica Zona Bioclimtica 3 Componente Absortncia solarTransmitncia trmicaCapacidade trmica (adimensional)[W/(mK)][kJ/(mK)] Parede 0,60U 3,70CT 130 > 0,60U 2,50CT 130 Cobertura 0,60U 2,30Sem exigncia > 0,60U 1,50Sem exigncia ETAPA 3: Identificar os ambientes de permanncia prolongada da UH Sala de estar, dormitrio 1 e dormitrio 2. ETAPA4:Verificarseosvaloresdeprojetoatendemaospr-requisitos,emcada ambiente individualmente Paraoexerccioemquestoforamutilizadosmateriaisdiferentesnasparedesexternas deummesmoambiente.Nestescasos,deve-sefazeraponderaodatransmitncia trmica e da capacidade trmica de cada parede pela a sua rea. O mesmo deveria ser feitocomaabsortncia,casoseutilizassemaisdeumaabsortnciaporambiente.A Tabela 3.2 apresenta o clculo da transmitncia trmica final de cada ambiente. Tabela 3.2 Clculo da transmitncia ponderada das paredes externas AmbienteItem reaU rea ponderada U ponderadaU final mW/(mK)mW/(mK)W/(mK) Dormitrio 1 Parede sul9,152,240,621,38 2,58 Parede oeste5,703,130,381,20 Dormitrio 2 Parede norte4,932,240,360,81 2,81 Parede oeste8,6