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Engenharia Grupo VI Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP Ministério da Educação ENADE EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES 2011

2011 Rel Engenharia Grupo VI

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  • EngenhariaGrupo VI

    Instituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira - INEPMinistrio

    da Educao

    ENADEEXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES

    2011

  • i

    SUMRIO

    Apresentao ............................................................................................................... 1Captulo 1 Diretrizes para o ENADE/2011 ................................................................... 5

    1.1 Objetivos ............................................................................................................. 51.2 Matriz de avaliao ............................................................................................. 61.3 Formato da prova ............................................................................................. 141.4 Frmulas estatsticas utilizadas nas anlises ................................................... 15

    1.4.1 O desempenho mdio dos Concluintes de um curso ................................ 151.4.2 O Desvio Padro das notas dos Concluintes de um curso ........................ 151.4.3 Mdia dos desempenhos mdios dos concluintes de uma rea ............... 161.4.4 O Desvio Padro dos desempenhos mdios dos cursos da rea ............. 171.4.5 Clculo da nota do curso ........................................................................... 181.4.6 Nota final .................................................................................................... 191.4.7 ndice de Facilidade ................................................................................... 211.4.8 Correlao Ponto Bisserial ........................................................................ 221.4.9 Coeficiente de Assimetria .......................................................................... 23

    Captulo 2 Distribuio dos Cursos e dos Estudantes no Brasil ................................ 24Captulo 3 Anlise Tcnica da Prova ......................................................................... 33

    3.1 Estatsticas Bsicas da Prova .......................................................................... 333.1.1 Estatsticas Bsicas Gerais ....................................................................... 333.1.2 Estatsticas Bsicas no Componente de Formao Geral ........................ 383.1.3 Estatsticas Bsicas do Componente de Conhecimento Especfico .......... 43

    3.2 Anlise das Questes Objetivas ....................................................................... 483.2.1 Componente de Formao Geral .............................................................. 483.2.2 Componente de Conhecimento Especfico ................................................ 52

    3.3 Anlise das Questes Discursivas ................................................................... 563.3.1 Componente de Formao Geral .............................................................. 563.3.2 Componente de Conhecimento Especfico ................................................ 653.3.3 Consideraes Finais ................................................................................ 75

    Captulo 4 Percepo da Prova ................................................................................. 774.1 Grau de dificuldade da prova ........................................................................... 78

    4.1.1 Componente de Formao Geral .............................................................. 784.1.2 Componente de Conhecimento Especfico ................................................ 80

    4.2 Extenso da prova em relao ao tempo total ................................................. 824.3 Compreenso dos enunciados das questes .................................................. 84

    4.3.1 Componente de Formao Geral .............................................................. 844.3.2 Componente de Conhecimento Especfico ................................................ 86

    4.4 Suficincia das informaes/instrues fornecidas .......................................... 884.5 Dificuldade encontrada ao responder prova .................................................. 904.6 Contedos das questes objetivas da prova .................................................... 924.7 Tempo gasto para concluir a prova .................................................................. 94

    Captulo 5 Distribuio dos Conceitos ....................................................................... 975.1 Panorama nacional da distribuio dos conceitos ........................................... 975.2 Conceitos por Categoria Administrativa e por Grande Regio ......................... 985.3 Conceitos por Organizao Acadmica e por Grande Regio ....................... 101

    Captulo 6 Caractersticas dos Estudantes .............................................................. 1056.1. Perfil do estudante ......................................................................................... 105

    6.1.1 Caractersticas demogrficas e socioeconmicas ................................... 1056.1.2 Caractersticas relacionadas ao hbito de estudo, frequncia biblioteca e

    participao em atividades acadmicas extraclasse ................................................. 111ANEXO I - Anlise Grfica das Questes ................................................................ 116

  • ii

    ANEXO II - Tabulao das respostas do Questionrio da Percepo da Prova por Quartos de Desempenho e Grandes Regies ..................................................................... 152

    ANEXO III - Tabulao das respostas do Questionrio do Estudante segundo Total de Estudantes, Gnero e Quartos de Desempenho ............................................................ 162

    ANEXO IV Questionrio do estudante .................................................................. 220ANEXO V - Prova de Engenharia - Grupo VI ........................................................... 227

    Convenes para as tabelas numricas Smbolo Descrio

    0 Dado numrico igual a zero no resultado de arredondamento 0,0 Dado numrico igual a zero resultado de arredondamento - Percentual referente ao caso do total da classe ser igual a zero

  • 1

    APRESENTAO Este relatrio apresenta os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos

    Estudantes (ENADE) da rea de Engenharia Grupo VI, realizado em 2011.

    O ENADE constitui um dos instrumentos do Sistema Nacional de Avaliao da

    Educao Superior (SINAES), sendo realizado anualmente em todo o pas. O ENADE 2011

    avaliou cursos de bacharelado ou licenciatura das seguintes reas:

    Arquitetura e Urbanismo Artes Visuais Biologia Cincias Sociais Computao Educao Fsica Engenharia

    Engenharia - Grupo I

    Engenharia - Grupo II

    Engenharia - Grupo III

    Engenharia - Grupo IV

    Engenharia - Grupo V

    Engenharia - Grupo VI

    Engenharia - Grupo VII

    Engenharia - Grupo VIII

    Filosofia Fsica Geografia Histria Letras Matemtica Msica

  • 2

    Pedagogia Qumica

    Alm destes, foram tambm avaliados os cursos que conferem diploma de tecnlogo

    nas seguintes reas:

    Tecnologia em Alimentos Tecnologia em Anlise e Desenvolvimento de Sistemas Tecnologia em Automao Industrial Tecnologia em Construo de Edifcios Tecnologia em Fabricao Mecnica Tecnologia em Gesto da Produo Industrial Tecnologia em Manuteno Industrial Tecnologia em Processos Qumicos Tecnologia em Redes de Computadores Tecnologia em Saneamento Ambiental

    O ENADE, parte integrante do SINAES, foi aplicado no dia 06 de novembro aos

    estudantes habilitados. Tem como objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em

    relao aos contedos programticos previstos nas diretrizes curriculares, s habilidades e

    competncias para a atualizao permanente e aos conhecimentos sobre a realidade

    brasileira, mundial e sobre outras reas do conhecimento.

    O ENADE foi aplicado aos estudantes concluintes dos cursos supracitados, ou seja, aos

    que se encontravam no final do ltimo ano do curso. Esses estudantes responderam, antes da

    realizao da prova, a um questionrio online (Questionrio do Estudante), que teve a funo de

    compor o perfil dos participantes, integrando informaes do seu contexto s suas percepes e

    vivncias, e investigou, ainda, a avaliao dos estudantes quanto sua trajetria no curso e na

    IES (Instituio de Ensino Superior), por meio de questes objetivas que exploraram a oferta de

    infra-estrutura e a organizao acadmica do curso, bem como certos aspectos importantes da

    formao profissional.

  • 3

    Estruturam o ENADE dois Componentes: o primeiro, denominado Formao Geral,

    configura parte comum s provas das diferentes reas, investigando competncias, habilidades

    e conhecimentos gerais j desenvolvidos pelos estudantes no seu repertrio, de forma a facilitar

    a compreenso de temas exteriores ao mbito especfico de sua profisso e realidade

    brasileira e mundial; o segundo, denominado Componente de Conhecimento Especfico,

    contempla a especificidade de cada rea, no domnio dos conhecimentos e habilidades

    esperadas para o perfil profissional.

    Os resultados do ENADE/2011, da rea de Engenharia Grupo VI, expressos neste

    relatrio, apresentam, para alm da mensurao quantitativa decorrente do desempenho dos

    estudantes na prova, a potencialidade da correlao entre indicadores quantitativos e

    qualitativos acerca das caractersticas desejadas formao do perfil profissional pretendido.

    ESTRUTURA DO RELATRIO A estrutura geral do Relatrio Sntese composta pelos captulos relacionados a

    seguir, alm desta Apresentao.

    Captulo 1: Diretrizes para o ENADE/2011

    Captulo 2: Distribuio dos Cursos e dos Estudantes no Brasil

    Captulo 3: Anlise Tcnica da Prova

    Captulo 4: Percepo da Prova

    Captulo 5: Distribuio dos Conceitos

    Captulo 6: Caractersticas dos Estudantes

    O Captulo 1 apresenta as diretrizes do Exame para cada rea, com um carter

    introdutrio e explicativo, abrangendo o formato da prova e as comisses assessoras de

    avaliao das reas. Alm disso, d a conhecer todas as frmulas estatsticas utilizadas nas

    anlises.

    O Captulo 2 delineia um panorama quantitativo de cursos e estudantes na rea,

    apresentando em tabelas e grficos a sua distribuio segundo Categoria Administrativa e

    Organizao Acadmica da IES. Para tal, utiliza dados nacionais por Grande Regio e por

    Unidade Federativa, considerando, em 2011, somente os estudantes Concluintes.

  • 4

    O Captulo 3 traz as anlises gerais da prova, quanto ao desempenho dos

    estudantes no ENADE/2011, expressas pelo clculo das estatsticas bsicas, alm das

    estatsticas e anlises, em separado, sobre os Componentes de Formao Geral e

    Conhecimento Especfico. Nas tabelas so disponibilizados o total da populao e dos

    presentes; alm de estatsticas das notas obtidas pelos estudantes: a mdia, o erro padro

    da mdia, o desvio padro, a nota mnima, a mediana, a nota mxima e o coeficiente de

    assimetria, contemplando o total de estudantes. Os dados foram calculados tendo em vista

    agregaes resultantes dos seguintes critrios: nvel nacional e por Grande Regio,

    Categoria Administrativa e Organizao Acadmica.

    O Captulo 4 trata das percepes dos estudantes quanto prova ENADE/2011, as

    quais foram analisadas por meio de nove perguntas que avaliaram desde o grau de

    dificuldade do exame at o tempo gasto para resolver as questes. Nesse captulo

    objetivou-se a descrio desses resultados, relacionando os estudantes a quatro grupos de

    desempenho (limitados pelos percentis: 25%; 50% ou mediana; e 75%,) bem como s

    Grandes Regies onde os cursos estavam sendo oferecidos.

    O Captulo 5 expe o panorama nacional da distribuio dos conceitos dos cursos

    avaliados no ENADE/2011, por meio de tabelas e anlises que articulam os conceitos

    Categoria Administrativa e Organizao Acadmica, estratificadas por Grande Regio.

    O Captulo 6 enfatiza as caractersticas dos estudantes, reveladas a partir dos

    resultados obtidos no Questionrio do Estudante. O estudo desses dados favorece o

    conhecimento e a anlise do perfil socioeconmico, a percepo sobre o ambiente de

    ensino-aprendizagem e dos fatores que podem estar relacionados ao desempenho dos

    estudantes, cujas caractersticas so articuladas ao seu desempenho na prova, Grande

    Regio de funcionamento do curso e Categoria Administrativa da IES.

    Espera-se que as anlises e resultados aqui apresentados possam subsidiar

    redefinies poltico-pedaggicas aos percursos de formao no cenrio da educao

    superior no pas.

  • 5

    CAPTULO 1 DIRETRIZES PARA O ENADE/2011

    1.1 OBJETIVOS A Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, instituiu o Sistema Nacional de Avaliao da

    Educao Superior (SINAES), com o objetivo de assegurar o processo nacional de

    avaliao das instituies de educao superior, dos cursos de graduao e do

    desempenho acadmico de seus estudantes. De acordo com o 1o do Artigo 1 da referida

    lei, o SINAES tem por finalidades a melhoria da qualidade da educao superior, a

    orientao da expanso da sua oferta, o aumento permanente da sua eficcia institucional e

    efetividade acadmica e social e, especialmente, a promoo do aprofundamento dos

    compromissos e responsabilidades sociais das instituies de educao superior, por meio

    da valorizao de sua misso pblica, da promoo dos valores democrticos, do respeito

    diferena e diversidade, da afirmao da autonomia e da identidade institucional.

    O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), como parte integrante

    do SINAES, foi definido pela mesma lei, conforme a perspectiva da avaliao dinmica que

    est subjacente ao SINAES. O ENADE tem por objetivo geral aferir o desempenho dos

    estudantes em relao aos contedos programticos previstos nas diretrizes curriculares da

    respectiva rea de graduao, suas habilidades para ajustamento s exigncias

    decorrentes da evoluo do conhecimento e suas competncias para compreender temas

    exteriores ao mbito especfico de sua profisso, ligados realidade brasileira e mundial e a

    outras reas do conhecimento. A prova foi pautada pelas diretrizes e matrizes elaboradas

    pela Comisso Assessora de Avaliao da rea de Engenharia Grupo VI e pela Comisso

    Assessora de Avaliao de Formao Geral do ENADE.

    O ENADE complementado pelo Questionrio do Estudante (com 54 questes,

    preenchido on-line pelo estudante - ver Anexo V), o questionrio dos coordenadores de

    curso, as questes de avaliao da prova (ver Anexo IV) e os dados do Censo da Educao

    Superior.

    O ENADE aplicado periodicamente aos estudantes das diversas reas do

    conhecimento que tenham cumprido os requisitos mnimos estabelecidos, caracterizando-os

    como Ingressantes ou Concluintes. Em 2011, o ENADE foi aplicado somente aos

    estudantes Concluintes, os que estavam no ltimo ano dos cursos de graduao.

  • 6

    A avaliao do desempenho dos estudantes de cada curso participante do ENADE

    expressa por meio de conceitos, ordenados em uma escala com 5 (cinco) nveis, tomando

    por base padres mnimos estabelecidos por especialistas das diferentes reas do

    conhecimento.

    A Comisso Assessora de Avaliao da rea de Engenharia Grupo VI composta

    pelos seguintes professores, nomeados pela Portaria INEP n 200, de 18 de julho de 2011:

    Antnio Srgio Coelho, Universidade Federal de Santa Catarina ; Gilberto Dias da Cunha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Jos Belo Torres, Universidade Federal do Cear; Jos de Souza Rodrigues, Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita

    Filho;

    Luciano Nadler Lins, Universidade Federal de Pernambuco; Milton Vieira Junior, Universidade Nove de Julho; Vanderli Fava de Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora.

    Fazem parte da Comisso Assessora de Avaliao da Formao Geral os seguintes

    professores, designados pela Portaria no 155, de 21 de junho de 2011:

    Francisco Fechine Borges, Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Paraba;

    Joo Carlos Salles Pires da Silva, Universidade Federal da Bahia; Mrcia Regina Ferreira de Brito Dias, Universidade Estadual de Campinas; Nival Nunes de Almeida, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Paulo Carlos Du Pin Calmon, Universidade de Braslia; Solange Medina Ketzer, Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do

    Sul;

    Vera Lcia Puga, Universidade Federal de Uberlndia.

    1.2 MATRIZ DE AVALIAO As diretrizes para a elaborao da prova da rea de Engenharia Grupo VI esto

    definidas na Portaria INEP n 245, de 04 de agosto de 2011.

  • 7

    A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da rea de Engenharia Grupo

    VI, com durao total de 4 horas, apresentou questes discursivas e de mltipla escolha,

    relativas a um Componente de avaliao da Formao Geral, comum aos cursos de todas

    as reas, e a um Componente Especfico da rea de Engenharia Grupo VI.

    No Componente de avaliao da Formao Geral1 investigada a formao de um

    profissional tico, competente e comprometido com a sociedade em que vive. Alm do

    domnio de conhecimentos e de nveis diversificados de habilidades e competncias para

    perfis profissionais especficos, espera-se dos graduandos das IES que evidenciem a

    compreenso de temas que transcendam ao seu ambiente prprio de formao e que sejam

    importantes para a realidade contempornea.

    Essa compreenso vincula-se a perspectivas crticas, integradoras, e construo

    de snteses contextualizadas, a partir de temas tais como: arte e cultura; avanos

    tecnolgicos; cincia, tecnologia e inovao; democracia, tica e cidadania; ecologia e

    biodiversidade; globalizao e geopoltica; polticas pblicas: educao, habitao,

    saneamento, sade, transporte, segurana, defesa, desenvolvimento sustentvel; relaes

    de trabalho; responsabilidade social: setor pblico, privado, terceiro setor; sociodiversidade:

    multiculturalismo, tolerncia, incluso/excluso, relaes de gnero; tecnologias de

    informao e comunicao; vida urbana e rural; e violncia.

    No Componente de Formao Geral foram verificadas as capacidades dos

    graduandos de ler e interpretar textos; analisar e criticar informaes; extrair concluses por

    induo e/ou deduo; estabelecer relaes, comparaes e contrastes em diferentes

    situaes; detectar contradies; fazer escolhas valorativas avaliando consequncias;

    questionar a realidade e argumentar coerentemente. Foram ainda verificadas as seguintes

    competncias: projetar aes de interveno; propor solues para situaes-problema;

    construir perspectivas integradoras; elaborar snteses; administrar conflitos; e atuar segundo

    princpios ticos.

    O Componente de avaliao de Formao Geral do ENADE/2011 foi composto por

    10 (dez) questes, sendo 2 (duas) questes discursivas e 8 (oito) de mltipla escolha,

    abordando situaes-problema, estudos de caso, simulaes, interpretao de textos,

    imagens, grficos e tabelas. As questes discursivas de Formao Geral buscavam

    investigar aspectos como a clareza, a coerncia, a coeso, as estratgias argumentativas, a

    utilizao de vocabulrio adequado e a correo gramatical do texto.

    1 Art. 3, Portaria INEP n 188 de 12 de julho de 2011.

  • 8

    A prova do ENADE/2011, no Componente de Conhecimento Especfico da rea de

    Engenharia Grupo VI, teve por objetivos2:

    I - contribuir para:

    a) avaliar e aperfeioar continuamente os cursos de graduao em Engenharia

    Grupo VI, por meio de um sistema de verificao de competncias, habilidades e domnio de

    conhecimentos necessrios para o exerccio da profisso e da cidadania;

    b) construir uma srie histrica de avaliaes que permita o diagnstico da educao

    em Engenharia Grupo VI, inclusive do processo de formao e suas relaes com fatores

    socioeconmicos e culturais;

    c) identificar necessidades, demandas e problemas relacionados ao processo de

    formao nas reas de conhecimento abrangida pelos cursos de Engenharia Grupo VI,

    considerando-se as exigncias sociais, econmicas, polticas, culturais e ticas, assim como

    os princpios expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia,

    conforme resoluo CNE/CES n 11 (de 11 de maro de 2002) e Resoluo CNE/CES n 2

    (de 18 de junho de 2007) do Conselho Nacional de Educao;

    d) aprimorar a avaliao dos cursos de Engenharia Grupo VI.

    II - oferecer subsdios para:

    a) formular polticas pblicas para a melhoria do ensino de graduao nos cursos de

    Engenharia Grupo VI;

    b) permitir o acompanhamento, por parte da sociedade, do perfil do profissional

    formado pelos cursos de Engenharia Grupo VI;

    c) discutir o papel social do engenheiro formado nos cursos de Engenharia Grupo

    VI;

    d) aprimorar o processo de ensino-aprendizagem no mbito dos cursos de

    graduao em Engenharia Grupo VI;

    e) promover a autoavaliao dos cursos de graduao em Engenharia Grupo VI;

    f) promover a autoavaliao dos estudantes dos cursos de graduao em

    Engenharia Grupo VI.

    III - estimular as instituies de educao superior a:

    a) formular e implantar polticas e programas de melhoria contnua da qualidade da

    educao nos cursos de graduao em Engenharia Grupo VI;

    2 Art. 4, Portaria INEP n 245.

  • 9

    b) utilizar as informaes para avaliar e aprimorar os projetos pedaggicos de seus

    cursos, visando melhoria da qualidade dos cursos de graduao em Engenharia Grupo

    VI;

    c) aprimorar o processo de ensino-aprendizagem e o ambiente acadmico dos

    cursos de graduao em Engenharia Grupo VI, formando profissionais capazes de

    responder s demandas sociais brasileiras.

    A prova do ENADE 2011, no componente especfico da rea de Engenharia Grupo

    VI, tomar como referncia o perfil do profissional expresso nas Diretrizes Curriculares

    Nacionais para os cursos de Engenharia, a saber, o engenheiro com formao generalista,

    humanista, crtica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias,

    estimulando a sua atuao crtica e criativa na identificao e resoluo de problemas,

    considerando os seus aspectos polticos, econmicos, sociais, ambientais e culturais, com

    viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade3.

    A prova ir considerar o seguinte perfil formativo prprio dos cursos de Engenharia

    Grupo VI:

    I - projetar, implantar, operar, analisar, manter, gerir e melhorar produtos, processos

    e sistemas de produo de bens e servios, envolvendo a gesto do conhecimento, do

    tempo e dos demais recursos produtivos (humanos, econmico-financeiros, energticos e

    materiais - inclusive, naturais);

    II - dimensionar, integrar, aplicar os recursos produtivos de modo a viabilizar perfis

    adequados de produo, consoante o contexto de mercado existente, visando a produzir

    com qualidade, produtividade e ao menor custo, considerando a possibilidade de introduo

    de melhorias contnuas;

    III - projetar, gerir e otimizar o fluxo de informao e de materiais no processo

    produtivo, utilizando metodologias e tecnologias adequadas;

    IV - incorporar conceitos, mtodos e tcnicas de natureza organizacional, de modo a

    racionalizar a concepo e a realizao de produtos e processos, inclusive, produzindo

    normas e procedimentos de monitorao, controle e auditoria;

    V - prever e analisar demandas, de modo a adequar o perfil da produo e dos

    produtos produzidos ao contexto de mercado;

    VI - prever a evoluo dos cenrios produtivos, consoante a interao entre as

    organizaes e o mercado, inclusive, atuando no planejamento organizacional para viabilizar

    a manuteno e o crescimento da competitividade;

    3 Art. 5, Portaria INEP n 245.

  • 10

    VII - acompanhar os avanos metodolgicos e tecnolgicos, tornando-se apto ao

    exerccio profissional em consonncia com as demandas sociais;

    VIII - compreender a inter-relao entre produtos, processos, sistemas de produo,

    entre si e com o meio ambiente, tanto no que se refere utilizao de recursos naturais,

    quanto disposio final de resduos e efluentes, atentando para a exigncia de

    sustentabilidade;

    IX construir modelos e avaliar o desempenho de sistemas de produo;

    X - desenvolver e implantar inovaes organizacionais e tecnologias de gesto.

    A prova do ENADE 2011, no componente especfico da rea de Engenharia

    Grupo VI, avaliar se o estudante desenvolveu, no processo de formao, as seguintes

    habilidades e competncias4 previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos

    de Engenharia (Resoluo CNE/CES n 11, de 11 de maro de 2002):

    I - aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e instrumentais

    Engenharia;

    II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;

    III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;

    IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de

    engenharia;

    V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;

    VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas;

    VII - supervisionar a operao e a manuteno de sistemas;

    VIII - avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;

    IX - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica;

    X - atuar em equipes multidisciplinares;

    XI - compreender e aplicar a tica e responsabilidade profissionais;

    XII - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e

    ambiental;

    XIII - avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia;

    IV - assumir a postura de permanente busca de atualizao profissional.

    4 Art. 6, Portaria INEP n 245.

  • 11

    A prova do ENADE 2011, no componente especfico da rea de Engenharia

    Grupo VI, tomou como referencial os contedos bsicos dos cursos de Engenharia

    previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como os seguintes contedos

    curriculares especficos da rea do grupo5:

    I - ENGENHARIA DE OPERAES E PROCESSOS DA PRODUO

    a) Projetos, operaes e melhorias dos sistemas que criam e entregam os

    produtos (bens ou servios) primrios da empresa;

    b) Gesto de Sistemas de Produo e Operaes;

    c) Planejamento, Programao e Controle da Produo;

    d) Gesto da Manuteno;

    e) Projeto de Fbrica e de Instalaes Industriais: organizao industrial,

    layout/arranjo fsico;

    f) Processos Produtivos Discretos e Contnuos: procedimentos, mtodos e

    sequncias;

    g) Engenharia de Mtodos.

    II - LOGSTICA - Tcnicas para o tratamento das principais questes envolvendo o transporte, a movimentao, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos,

    visando a reduo de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o

    atendimento dos nveis de exigncias dos clientes.

    a) Gesto da Cadeia de Suprimentos;

    b) Gesto de Estoques;

    c) Projeto e Anlise de Sistemas Logsticos;

    d) Logstica Empresarial;

    e) Transporte e Distribuio Fsica;

    f) Logstica Reversa.

    5 Art. 7, Portaria INEP n 245.

  • 12

    III - PESQUISA OPERACIONAL - Resoluo de problemas reais envolvendo situaes de tomada de deciso, atravs de modelos matemticos habitualmente

    processados computacionalmente. Aplica conceitos e mtodos de outras disciplinas

    cientficas na concepo, no planejamento ou na operao de sistemas para atingir seus

    objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos

    processos de tomada de deciso, sem descuidar dos elementos subjetivos e de

    enquadramento organizacional que caracterizam os problemas.

    a) Modelagem, Simulao e Otimizao;

    b) Programao Matemtica;

    c) Processos Decisrios;

    d) Processos Estocsticos;

    e) Teoria dos Jogos;

    f) Anlise de Demanda;

    g) Inteligncia Computacional.

    IV - ENGENHARIA DA QUALIDADE - Planejamento, projeto e controle de sistemas de gesto da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a

    abordagem factual para a tomada de deciso e a utilizao de ferramentas da

    qualidade.

    a) Gesto de Sistemas da Qualidade;

    b) Planejamento e Controle da Qualidade;

    c) Normalizao, Auditoria e Certificao para a Qualidade;

    d) Organizao Metrolgica da Qualidade;

    e) Confiabilidade de Processos e Produtos.

    V - ENGENHARIA DO PRODUTO - Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organizao, deciso e execuo envolvidas nas atividades

    estratgicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo

    desde a concepo at o lanamento do produto e sua retirada do mercado com a

    participao das diversas reas funcionais da empresa.

    a) Gesto do Desenvolvimento de Produto;

    b) Processo de Desenvolvimento do Produto;

  • 13

    c) Planejamento e Projeto do Produto.

    VI - ENGENHARIA ORGANIZACIONAL - Conjunto de conhecimentos relacionados gesto das organizaes, englobando em seus tpicos o planejamento

    estratgico e operacional, as estratgias de produo, a gesto empreendedora, a

    propriedade intelectual, a avaliao de desempenho organizacional, os sistemas de

    informao e sua gesto e os arranjos produtivos.

    a) Gesto Estratgica e Organizacional;

    b) Gesto de Projetos;

    c) Gesto do Desempenho Organizacional;

    d) Gesto da Informao;

    e) Redes de Empresas;

    f) Gesto da Inovao;

    g) Gesto da Tecnologia;

    h) Gesto do Conhecimento.

    VII - ENGENHARIA ECONMICA - Formulao, estimao e avaliao de resultados econmicos para avaliar alternativas para a tomada de deciso, consistindo

    em um conjunto de tcnicas matemticas que simplificam a comparao econmica.

    a) Gesto Econmica;

    b) Gesto de Custos;

    c) Gesto de Investimentos;

    d) Gesto de Riscos.

    VIII - ENGENHARIA DO TRABALHO - Projeto, aperfeioamento, implantao e avaliao de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para faz-

    los compatveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando

    a melhor qualidade e produtividade, preservando a sade integridade fsica. Seus

    conhecimentos so usados na compreenso das interaes entre os humanos e outros

    elementos de um sistema. Pode-se tambm afirmar que esta rea trata da tecnologia da

    interface mquina - ambiente - homem - organizao.

    a) Projeto e Organizao do Trabalho;

    b) Ergonomia;

  • 14

    c) Sistemas de Gesto de Higiene e Segurana do Trabalho;

    d) Gesto de Riscos de Acidentes do Trabalho.

    IX - ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE - Planejamento da utilizao eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinao e

    tratamento dos resduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantao de

    sistema de gesto ambiental e responsabilidade social.

    a) Gesto Ambiental;

    b) Sistemas de Gesto Ambiental e Certificao;

    c) Gesto de Recursos Naturais e Energticos;

    d) Gesto de Efluentes e Resduos Industriais;

    e) Produo mais Limpa e Ecoeficincia;

    f) Responsabilidade Social;

    g) Desenvolvimento Sustentvel.

    A parte relativa ao Componente de Conhecimento Especfico da rea de Engenharia

    Grupo VI do ENADE/2011 foi elaborada atendendo seguinte distribuio: 30 (trinta)

    questes, sendo 3 (trs) discursivas e 27 (vinte e sete) de mltipla escolha, envolvendo

    situaes-problema e estudos de caso.

    1.3 FORMATO DA PROVA Como j comentado, a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes de

    2011 foi estruturada em dois componentes: o primeiro, comum a todos os cursos, e o

    segundo, especfico de cada uma das reas avaliadas.

    No Componente de Formao Geral, as 8 questes objetivas de mltipla escolha e

    as 2 discursivas tiveram pesos, respectivamente, iguais a 60,0% e 40,0%. No Componente

    de Conhecimento Especfico da rea de Engenharia Grupo VI, as 27 (vinte e sete)

    questes objetivas de mltipla escolha e as 3 (trs) discursivas, tiveram pesos iguais a

    85,0% e 15,0%. As notas dos dois componentes, de Formao Geral e de Conhecimento

    Especfico, foram ento arredondadas primeira casa decimal. Para a obteno da nota

    final do estudante, as notas dos dois componentes foram ponderadas por pesos

    proporcionais ao nmero de questes: 25,0% a do Componente de Formao Geral e

    75,0%, para o Componente de Conhecimento Especfico. Esta nota foi tambm arredondada

    a uma casa decimal.

  • 15

    1.4 FRMULAS ESTATSTICAS UTILIZADAS NAS ANLISES Primeiramente importante esclarecer qual a unidade de observao de interesse.

    Os conceitos do ENADE so calculados para cada curso i de uma rea j, abrangida pela

    avaliao anual, e so definidos tambm por uma IES (Instituio de Ensino Superior) s, em

    um municpio m. Sendo assim, a unidade de observao para o conceito ENADE o curso

    de uma dada IES (Instituio de Ensino Superior) de uma dada rea de avaliao,

    localizado em um determinado municpio.

    1.4.1 O desempenho mdio dos Concluintes de um curso

    O primeiro passo para o clculo das notas do curso i [da rea de avaliao j, da IES

    s no municpio m] a obteno do desempenho mdio dos alunos Concluintes deste curso i

    no Componente de Formao Geral, FGjmsi C,, , e do desempenho mdio dos Concluintes do

    mesmo curso i no Componente de Conhecimento Especfico da rea, CEjmsi C,, :

    C

    N

    n

    FGn

    jmsi

    C

    FGN

    jmsi

    FGjmsi

    FGjmsi

    FGjmsiFGj

    msi N

    c

    Ncccc

    C

    C

    C

    1

    ,,,,3,,2,,1,,

    ,,

    (1)

    C

    N

    n

    CEn

    jmsi

    C

    CEN

    jmsi

    CEjmsi

    CEjmsi

    CEjmsiCEj

    msi N

    c

    Ncccc

    C

    C

    C

    1

    ,,,,3,,2,,1,,

    ,,

    (2)

    onde FGnjmsi c,, e

    CEn

    jmsi c,, so, respectivamente, as notas no Componente de Formao Geral

    e no Componente de Conhecimento Especfico do n-simo aluno Concluinte do curso i [da

    rea de avaliao j, da IES s no municpio m] que compareceu prova, e NC o nmero

    total de alunos Concluintes do respectivo curso i que compareceram prova.

    1.4.2 O Desvio Padro das notas dos Concluintes de um curso

    O desvio padro uma medida de disperso e representa, neste caso, o quanto as

    notas dos Concluintes de um dado curso esto dispersas em relao mdia do respectivo

    curso. As expresses para o clculo do desvio padro das notas dos Concluintes de um

    curso i [da rea de avaliao j, da IES s no municpio m] no Componente de Formao

    Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, respectivamente, FGCjmsi DP,, e

    CEC

    jmsi DP,, , so as seguintes:

  • 16

    C

    N

    n

    FGjmsi

    FGn

    jmsi

    C

    FGjmsi

    FGN

    jmsi

    FGjmsi

    FGjmsi

    FGjmsi

    FGjmsiFG

    Cj

    msi

    N

    Cc

    NCcCcCc

    DP

    C

    C

    1

    2,,,,

    2,,,,

    2,,2,,

    2,,1,,

    ,,

    (3)

    C

    N

    n

    CEjmsi

    CEn

    jmsi

    C

    CEjmsi

    CEN

    jmsi

    CEjmsi

    CEjmsi

    CEjmsi

    CEjmsiCE

    Cj

    msi

    N

    Cc

    NCcCcCc

    DP

    C

    C

    1

    2,,,,

    2,,,,

    2,,2,,

    2,,1,,

    ,,

    (4)

    onde FGnjmsi c,, e

    CEn

    jmsi c,, so, respectivamente, as notas no Componente de Formao Geral

    e no Componente de Conhecimento Especfico do n-simo aluno Concluinte do curso i [da

    rea de avaliao j, da IES s no municpio m] que compareceu prova, FGjmsi C,, e CEj

    msi C,,

    so, respectivamente, os desempenhos mdios no Componente de Formao Geral e no

    Componente de Conhecimento Especfico dos alunos Concluintes do curso i, e NC o

    nmero total de alunos Concluintes do respectivo curso i que compareceram prova.

    1.4.3 Mdia dos desempenhos mdios dos concluintes de uma rea

    O segundo passo a obteno da mdia dos desempenhos mdios dos Concluintes

    obtidos para os cursos da rea de avaliao j no Componente de Formao Geral, FGjC , e da mdia dos desempenhos mdios dos Concluintes obtidos para os cursos da rea de

    avaliao j no Componente de Conhecimento Especfico, CEjC :

    K

    C

    KCCCC

    C

    K

    k

    FGjmskFGj

    msKFGj

    msFGj

    msFGj

    msFGjkk

    KK

    1

    ,,,,,,3,,2,,1 332211

    (5)

    K

    C

    KCCCC

    C

    K

    k

    CEjmskCEj

    msKCEj

    msCEj

    msCEj

    msCEjkk

    KK

    1

    ,,,,,,3,,2,,1 332211

    (6)

  • 17

    onde FGjmsk Ckk ,, e CEj

    msk Ckk ,, so, respectivamente, os desempenhos mdios dos Concluintes

    do k-simo curso [da rea de avaliao j, da IES sk no municpio mk] no Componente de

    Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, e K o nmero total de

    cursos da rea j com pelo menos 2 alunos Concluintes6.

    1.4.4 O Desvio Padro dos desempenhos mdios dos cursos da rea

    O desvio padro uma medida de disperso e representa, neste caso, o quanto as

    mdias dos cursos de uma dada rea esto dispersas em relao mdia da rea

    (Engenharia Grupo VI). A expresso a seguinte:

    1

    1

    1

    2,,

    2,,

    2,,2

    2,,1 2211

    K

    CC

    KCCCCCC

    DP

    K

    k

    FGjFGjmsk

    FGjFGjmsK

    FGjFGjms

    FGjFGjmsFG

    Cj

    kk

    KK

    (7)

    1

    1

    1

    2,,

    2,,

    2,,2

    2,,1 2211

    K

    CC

    KCCCCCC

    DP

    K

    k

    CEjCEjmsk

    CEjCEjmsK

    CEjCEjms

    CEjCEjmsCE

    Cj

    kk

    KK

    (8)

    onde FGj

    msk Ckk ,, e CEj

    msk Ckk ,, so, respectivamente, os desempenhos mdios dos Concluintes do k-simo curso [da rea de avaliao j, da IES sk no municpio mk] no Componente de

    Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, FGjC e

    CEjC so, respectivamente, os desempenhos mdios dos cursos da rea de avaliao j no

    Componente de Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, e K o

    nmero total de cursos da rea j com pelo menos 2 alunos Concluintes.

    6 Ver observao no item 1.4.6.

  • 18

    1.4.5 Clculo da nota do curso

    A partir da obteno da mdia e do desvio padro das notas mdias dos Concluintes

    dos cursos de uma rea j possvel calcular dois novos termos: a nota padronizada dos

    Concluintes no Componente de Formao Geral, FGCj

    msk Nkk ,, , e a nota padronizada dos

    Concluintes no Componente de Conhecimento Especfico, . A Nota ENADE do

    curso k a mdia ponderada desses dois termos com pesos proporcionais ao nmero de

    questes:

    CEC

    jmsk

    FGC

    jmskC

    jmsk NNN kkkkkk ,,,,,, 75,025,0 (9)

    O clculo desses termos para o curso k [da rea de avaliao j, da IES sk no

    municpio mk] tem como base um conceito bastante estabelecido da estatstica, chamado

    afastamento padronizado (AP). Para obteno do afastamento padronizado do curso k no

    Componente de Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, subtrai-se

    do desempenho mdio dos Concluintes do curso k, a mdia dos desempenhos mdios dos

    Concluintes obtidos para os cursos da rea de avaliao j, e divide-se o resultado dessa

    subtrao pelo desvio padro dos desempenhos mdios dos Concluintes obtidos para os

    cursos da rea de avaliao j. As frmulas so as seguintes:

    FGC

    j

    FGjFGjmskFG

    Cj

    msk DPCC

    AP kkkk

    ,,,, (10)

    CEC

    j

    CEjCEjmskCE

    Cj

    msk DPCC

    AP kkkk

    ,,,, (11)

    onde FGj

    msk Ckk ,, e CEj

    msk Ckk ,, so, respectivamente, os desempenhos mdios dos Concluintes do k-simo curso [da rea de avaliao j, da IES sk no municpio mk] no Componente de

    Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, FGjC e

    CEjC so, respectivamente, os desempenhos mdios dos Concluintes dos cursos da rea de avaliao

    j no Componente de Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico, FGC

    jDP e CECjDP so, respectivamente, os desvios padres dos cursos da rea de avaliao

    j no Componente de Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico e K o

    nmero total de cursos da rea j.

    CEC

    jmsk Nkk ,,

  • 19

    Aps a padronizao, para que todas as instituies tenham as notas de Formao

    Geral e de Conhecimento Especfico variando de 0 a 5, feito o seguinte ajuste: soma-se ao

    afastamento padronizado de cada curso k o valor absoluto do menor afastamento

    padronizado entre todos os cursos da rea de avaliao j; em seguida, divide-se este

    resultado pela soma do maior afastamento padronizado com o mdulo do menor.

    Finalmente, multiplica-se o resultado desse quociente por 5. O clculo da Nota Padronizada

    dos Concluintes do curso k no Componente de Formao Geral, FGCj

    msk Nkk ,, , e da Nota

    Padronizada dos Concluintes do curso k no Componente de Conhecimento Especfico,

    , expresso pelas frmulas a seguir:

    k

    FGC

    jmsk

    FGC

    jmsk

    k

    FGC

    jmsk

    FGC

    jmskFG

    Cj

    mskAPAP

    APAPN

    kkkk

    kkkk

    kk inferior uperiors

    inferior5

    ,,k

    ,,

    ,,,,

    ,,

    (12)

    k

    CEC

    jmsk

    CEC

    jmsk

    k

    CEC

    jmsk

    CEC

    jmskCE

    Cj

    mskAPAP

    APAPN

    kkkk

    kkkk

    kk inferior uperiors

    inferior5

    ,,k

    ,,

    ,,,,

    ,,

    (13)

    onde k

    FGC

    jmsk APkk inferior,, o afastamento padronizado do curso k que obteve o menor

    afastamento padronizado no Componente de Formao Geral na rea j,

    k

    FGC

    jmsk APkk superior,, o afastamento padronizado do curso k que obteve o maior

    afastamento padronizado no Componente de Formao Geral na rea j, k

    CEC

    jmsk APkk inferior,,

    o afastamento padronizado do curso k que obteve o menor afastamento padronizado em

    Componente de Conhecimento Especfico na rea j, k

    CEC

    jmsk APkk superior,, o afastamento

    padronizado do curso k que obteve o maior afastamento padronizado no Componente de

    Conhecimento Especfico na rea j, e |.| a funo mdulo.

    Os valores de afastamento inferiores a -3,0 e superiores a 3,0 no foram utilizados

    como ponto inferior ou superior da frmula, j que as instituies a posicionadas

    apresentam desempenhos muito discrepantes (outliers) em relao s demais.

    1.4.6 Nota final

    Reiterando, a Nota ENADE do curso k [da rea de avaliao j, da IES sk no

    municpio mk] a mdia ponderada das notas padronizadas dos seus Concluintes no

    Componente de Formao Geral e no Componente de Conhecimento Especfico:

    CEC

    jmsk Nkk ,,

  • 20

    CEC

    jmsk

    FGC

    jmskC

    jmsk NNN kkkkkk ,,,,,, 75,025,0 (9)

    OBSERVAES 1. Para os clculos das mdias e desvios padro das notas de interesse (isto , do

    Componente de Conhecimento Especfico e de Formao Geral de Concluintes) para uma

    determinada rea que so os elementos necessrios para a padronizao - no foram

    includos os cursos que tiveram:

    nota mdia (do Componente de Conhecimento Especfico e/ou do Componente de Formao Geral) igual a zero. Este o caso em que todos os

    alunos do curso da IES obtm nota zero nas provas. importante destacar

    que os clculos dos afastamentos padronizados de cada nota de cada curso

    so independentes. Dessa forma, o curso com mdia zero em uma

    determinada nota, por exemplo, no Componente de Formao Geral

    excludo do clculo da mdia e do desvio padro no cmputo do afastamento

    padronizado da Formao Geral, e no necessariamente excludo do

    clculo da mdia e desvio padro do Componente de Conhecimento

    Especfico, salvo o caso em que a mdia desse curso na IES neste

    Componente tambm seja zero; e

    apenas um participante Concluinte fazendo as provas do ENADE. Como para estes cursos no se calcula o Conceito ENADE optou-se por exclu-los do

    clculo.

    2. A nota do curso k [da rea de avaliao j, da IES sk no municpio mk] obtida a

    partir da equao (9) uma varivel contnua no intervalo entre 0 e 5, por construo. Para

    a obteno do conceito ENADE, a nota do curso foi arredondada em duas casas decimais

    conforme procedimento padro. Por exemplo, caso 945,0,, NCjmsk kk e 955,0,, NCjmsk kk , NCjmsk kk ,, foi aproximado para 0,95.

    3. No foram atribudos conceitos de 1 a 5 para os seguintes casos:

    cursos com apenas um participante Concluinte presentes na prova do ENADE. No caso em que h apenas um participante Concluinte, no seria

    legalmente possvel divulgar o conceito ENADE, visto que na verdade, a nota

    do aluno estaria sendo divulgada, algo no permitido.

  • 21

    cursos que no contaram com nenhum aluno presente no Exame e, portanto, no possvel calcular um conceito nesses casos estes cursos so

    excludos, inclusive, da divulgao.

    Os conceitos sero assim distribudos:

    Tabela 1.1: Distribuio dos conceitos

    Conceito Notas finais

    1 0,0 a 0,94

    2 0,95 a 1,94

    3 1,95 a 2,94

    4 2,95 a 3,94

    5 3,95 a 5,0

    Fonte: MEC/INEP/DAES ENADE/2011

    1.4.7 ndice de Facilidade

    As questes aplicadas na prova do ENADE so avaliadas quanto ao nvel de

    facilidade. Para isso, verifica-se o percentual de acerto de cada questo objetiva. A tabela

    1.2 apresenta as classificaes de questes segundo o percentual de acerto, considerado

    como ndice de facilidade. Questes acertadas por 86% dos estudantes ou mais, so

    consideradas muito fceis. No extremo oposto, questes com percentual de acerto igual ou

    inferior a 15% so consideradas muito difceis.

    Tabela 1.2 - Classificao de Questes segundo ndice de facilidade ENADE/2011

    ndice de Facilidade Classificao

    0,86 Muito fcil 0,61 a 0,85 Fcil

    0,41 a 0,60 Mdio

    0,16 a 0,40 Difcil

    0,15 Muito difcil Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

  • 22

    1.4.8 Correlao Ponto Bisserial

    As questes objetivas aplicadas na prova do ENADE devem ter um nvel mnimo de

    poder de discriminao. Para ser considerada apta a avaliar os alunos dos cursos, uma

    questo deve ser mais acertada por alunos que tiveram bom desempenho do que pelos que

    tiveram desempenho ruim. Um ndice que mede essa capacidade das questes, e que foi

    escolhido para ser utilizado no ENADE, o denominado correlao ponto bisserial,

    usualmente representado por pbr . O ndice calculado para cada rea de avaliao e em

    separado para o Componente de Formao Geral e de Conhecimento Especfico. A

    correlao ponto bisserial para uma questo objetiva do Componente de Formao Geral da

    prova dessa rea ser calculada pela frmula a seguir:

    qp

    DPCCrT

    TApb

    , (15)

    em que AC a mdia obtida na parte objetiva de Formao Geral da prova pelos alunos que

    acertaram a questo; TC representa a mdia obtida na prova por todos os alunos da rea;

    TDP o desvio padro das notas nesta parte da prova de todos os alunos da rea; p a

    proporo de estudantes que acertaram a questo (nmero de alunos que acertaram a

    questo dividido pelo nmero total de alunos que compareceram prova) e pq 1 a proporo de estudantes que erraram a questo.

    Este mesmo procedimento realizado para as questes da parte objetiva de

    Conhecimento Especfico de cada rea.

    A Tabela 1.3 apresenta a classificao de questes segundo o poder de

    discriminao, utilizando-se para tal, do ndice de discriminao Ponto Bisserial.

    Tabela 1.3 - Classificao de Questes segundo ndice de discriminao (Ponto Bisserial) ENADE/2011

    ndice de Discriminao Classificao

    0,40 Muito Bom 0,30 a 0,39 Bom

    0,20 a 0,29 Mdio

    0,19 Fraco Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Questes com ndice de discriminao fraco, com valores 0,19, so eliminadas do computo das notas.

  • 23

    1.4.9 Coeficiente de Assimetria

    O coeficiente de assimetria (skewness) uma estatstica que informa o quanto a

    distribuio dos valores de um conjunto de dados est ou no simtrica em torno da mdia.

    Por exemplo, para as notas do Componente de Formao Geral dos alunos Concluintes de

    um dado curso i [da rea de avaliao j, da IES s no municpio m]; a seguinte:

    2*1*

    *2*1*

    2/3,,

    1

    3,,,,

    2/3,,

    3,,3,,

    3,,2,,

    3,,1,,

    ,,

    ccFGC

    jmsi

    N

    n

    FGjmsin

    jmsic

    ccc

    FGC

    jmsi

    FGjmsi

    jmsi

    FGjmsi

    jmsi

    FGjmsi

    jmsiFG

    Cjmsi

    NNDP

    CcN

    NNNDP

    CcCcCcS

    C

    (16)

    onde FGnjmsi c,, a nota no Componente de Formao Geral do n-simo aluno Concluinte do

    curso i [da rea de avaliao j, da IES s no municpio m], FGjmsi C,, o desempenho mdio

    no Componente de Formao Geral dos alunos Concluintes do curso i, FGCjmsi DP,, o desvio

    padro correspondente e NC o nmero total de alunos Concluintes do respectivo curso i

    que compareceram prova.

  • 24

    CAPTULO 2 DISTRIBUIO DOS CURSOS E DOS

    ESTUDANTES NO BRASIL

    Em 2011, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes na rea de Engenharia

    Grupo VI contou com a participao de estudantes de 215 cursos7.

    Considerando-se a Categoria Administrativa da IES, destaca-se a predominncia das

    instituies privadas de ensino, que concentraram 157 dos 215 cursos de Engenharia do

    Grupo VI, nmero correspondente a 73,0% dos cursos avaliados (Tabela 2.1).

    Como mostra a Tabela 2.1, a regio Sudeste foi a de maior representao,

    concentrando 126 dos cursos, ou 58,6% do total nacional. As regies Sul e Nordeste tiveram

    representao, respectivamente, de 20,0% e de 12,1% do total de cursos. A regio de

    menor representao foi a Centro-Oeste, com oito cursos, ou 3,7% do total, seguida de

    perto pela regio Norte com 12 cursos (5,6%).

    Considerando-se a distribuio dos cursos por Categoria Administrativa em cada

    Grande Regio, a regio Norte a que apresenta a maior proporo de cursos em

    instituies pblicas (50,0%). Em contrapartida, a regio Sudeste a que apresenta a maior

    proporo de cursos em instituies privadas (81,0%). Nesta regio encontra-se a maior

    quantidade de cursos em instituies privadas do pas, com 102 dentre os 157 desta

    categoria. Quanto aos cursos em instituies pblicas, a regio Sudeste tambm apresentou

    o maior quantitativo nacional, 24 dos 58 nesta categoria.

    7 Curso a unidade de anlise para o Conceito ENADE e caracterizado pela combinao de rea, IES e municpio de habilitao.

  • 25

    Tabela 2.1 - Nmero de Cursos Participantes por Categoria Administrativa segundo Grande Regio - ENADE/2011 - Engenharia Grupo VI

    Grande Regio Categoria Administrativa Total Pblica Privada

    Brasil 215 58 157 100,0% 27,0% 73,0%

    NO 12 6 6 100,0% 50,0% 50,0%

    NE 26 11 15 100,0% 42,3% 57,7%

    SE 126 24 102 100,0% 19,0% 81,0%

    SUL 43 14 29 100,0% 32,6% 67,4%

    CO 8 3 5 100,0% 37,5% 62,5%

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    A Tabela 2.2 disponibiliza o nmero de cursos de Engenharia Grupo VI por

    Organizao Acadmica segundo as Grandes Regies brasileiras. Dos 215 cursos de

    Engenharia Grupo VI avaliados no exame, 121, equivalentes a 56,3% desse total, eram

    oferecidos em Universidades. As Faculdades, por sua vez, apresentaram 54 cursos (25,1%

    do total). J os Centros Universitrios eram 40, o que corresponde a 18,6% do total de

    cursos.

    Dentre as Grandes Regies, a Sudeste apresentou quantitativo mais elevado de

    cursos nos trs tipos de Organizao Acadmica: Universidades (66), Centros Universitrios

    (27) e Faculdades (33), quando comparada s demais regies. Foi tambm a regio com a

    maior proporo de cursos em Centros Universitrios.

    Na sequncia de regies que apresentaram maiores quantitativos, a Sul figurou na

    segunda posio, com 43 cursos, dos quais 26 foram desenvolvidos em Universidades, oito

    em Centros Universitrios e nove em Faculdades. Esta regio foi a com maior proporo de

    cursos em Universidades.

    J na regio Nordeste, dos 26 cursos da rea de Engenharia Grupo VI, 15 eram

    oferecidos em Universidades, trs em Centros Universitrios e oito em Faculdades. Esta

    regio foi a com menor proporo de cursos em Centros Universitrios, dentre as quatro

    regies que apresentaram cursos em Centros Universitrios.

    A regio Centro-Oeste contou com a representao de seis cursos em Universidades

    e dois em Faculdades, num total de oito cursos. O Centro-Oeste no apresentou cursos em

    Centros Universitrios.

  • 26

    Como j mencionado, a regio Norte foi a segunda menor representao no total

    nacional de cursos de Engenharia Grupo VI, 12 cursos, sendo que oito em Universidades,

    dois em Centros Universitrios e dois em Faculdades. Esta regio foi a com menor

    proporo de cursos em Faculdades.

    Tabela 2.2 - Nmero de Cursos Participantes por Organizao Acadmica segundo Grande Regio -

    ENADE/2011 - Engenharia Grupo VI

    Grande Regio

    Organizao Acadmica

    Total Universidades Centros universitrios Faculdades

    Brasil 215 121 40 54 100,0% 56,3% 18,6% 25,1%

    NO 12 8 2 2 100,0% 66,6% 16,7% 16,7%

    NE 26 15 3 8 100,0% 57,7% 11,5% 30,8%

    SE 126 66 27 33 100,0% 52,4% 21,4% 26,2%

    SUL 43 26 8 9 100,0% 60,5% 18,6% 20,9%

    CO 8 6 0 2 100,0% 75,0% 0,0% 25,0%

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    A distribuio dos cursos avaliados no ENADE/2011 na rea de Engenharia Grupo

    VI, por Unidade da Federao, apresentada no Grfico 2.1. Pode-se observar que So

    Paulo e Rio de Janeiro foram os estados com maior representao, seguidos de Minas

    Gerais e Santa Catarina. Os trs primeiros estados correspondem a mais de metade dos

    cursos de Engenharia Grupo VI avaliados no ENADE de 2011. No outro extremo, o Distrito

    Federal e os estados do Piau, Maranho, Tocantins, Acre e Rondnia no apresentaram

    cursos de Engenharia Grupo VI.

  • 27

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    O nmero de estudantes inscritos e ausentes, bem como de estudantes presentes no

    ENADE/2011 de Engenharia Grupo VI, por Categoria Administrativa, apresentado na

    Tabela 2.3. Em todo o Brasil, inscreveram-se no exame 9.623 estudantes, sendo que destes

    8.288 estavam presentes (13,9% de ausncias). A menor taxa de absentesmo aconteceu

    na regio Centro-Oeste (9,2%), seguida de perto pela regio Sul (10,6%), e a maior, na

    regio Norte (16,0%). O absentesmo foi maior entre os estudantes de instituies privadas

    (15,3%) do que os de instituies pblicas (8,8%).

  • 28

    Paralelamente ao observado em todas as regies brasileiras quanto distribuio

    dos cursos, a maioria dos estudantes estava vinculada a cursos em instituies privadas.

    Tais instituies concentraram 78,2% dos estudantes de Engenharia Grupo VI de todo o

    pas inscritos no ENADE/2011 (7.520 estudantes em IES privadas e 2.096 em pblicas).

    A regio Sudeste apresentou o maior nmero de estudantes inscritos, 6.752, dos

    quais 1.168 (17,3%) estudavam em instituies pblicas, enquanto 5.584 (82,7%), em

    privadas. Este contingente correspondeu a mais de dois teros dos alunos inscritos na rea

    (70,2%). J na regio Sul, onde a quantidade total de participantes foi menor, 1.516 alunos

    correspondendo a 15,8% do total nacional, houve um percentual maior de estudantes

    cursando Engenharia Grupo VI em IES pblicas (29,1%) do que na regio Sudeste

    (17,3%).

    Na Regio Nordeste inscreveram-se 928 estudantes, correspondentes a 9,6% em

    termos nacionais. Nessa regio, a rede pblica concentrou 309 inscritos (33,3% do total

    regional), e as instituies privadas, 619 estudantes, o que correspondeu a 66,7% do total

    regional.

    Com 120 inscritos, correspondentes a 1,2% em termos de Brasil, o menor

    contingente de inscritos entre as Grandes Regies, o Centro-Oeste apresentou 56 alunos de

    instituies pblicas e 64 de privadas, respectivamente 46,7% e 53,3% do total regional. A

    regio Norte apresentou a segunda menor quantidade de estudantes na rea de Engenharia

    Grupo VI: 307, correspondendo a 3,2% do total nacional. Nessa regio, a maioria dos

    estudantes tambm era da rede privada, 185, enquanto a rede pblica possua 122

    estudantes, correspondendo respectivamente a 60,3% e 39,7% do total regional.

  • 29

    Tabela 2.3 - Nmero de Estudantes Concluintes por Categoria Administrativa segundo Grande Regio e condio de

    presena - ENADE/2011 - Engenharia Grupo VI

    Grande Regio / Condio de Presena Total Pblica Privada Brasil Ausentes 1.335 185 1.150

    100,0% 13,9% 86,1% Presentes 8.288 1.911 6.377

    100,0% 23,1% 76,9% % Ausentes 13,9% 8,8% 15,3%

    NO Ausentes 49 18 31 100,0% 36,7% 63,3%

    Presentes 258 104 154 100,0% 40,3% 59,7%

    % Ausentes 16,0% 14,8% 16,8% NE Ausentes 110 39 71

    100,0% 35,5% 64,5% Presentes 818 270 548

    100,0% 33,0% 67,0% % Ausentes 11,9% 12,6% 11,5%

    SE Ausentes 1.005 79 926 100,0% 7,9% 92,1%

    Presentes 5.747 1.089 4.658 100,0% 18,9% 81,1%

    % Ausentes 14,9% 6,8% 16,6% SUL Ausentes 160 47 113

    100,0% 29,4% 70,6% Presentes 1.356 394 962

    100,0% 29,1% 70,9% % Ausentes 10,6% 10,7% 10,5%

    CO Ausentes 11 2 9 100,0% 18,2% 81,8%

    Presentes 109 54 55 100,0% 49,5% 50,5%

    % Ausentes 9,2% 3,6% 14,1% Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    A Tabela 2.4 mostra o nmero de estudantes inscritos e presentes por Organizao

    Acadmica, segundo as Grandes Regies. Dos 8.288 estudantes de Engenharia Grupo VI

    inscritos e presentes para o exame de 2011 em todo o Brasil, 3.998 (48,3%) estudavam em

    Universidades, 1.785 (21,5%), em Centros Universitrios e 2.505 (30,2%) estavam

    vinculados a Faculdades.

    Dentre as Grandes Regies, aquela que registrou o maior contingente de

    participantes estudando em Universidades foi a Sudeste, com 2.582, o que corresponde a

    quase dois teros dos estudantes nesse tipo de Organizao Acadmica, 64,6%. Tambm

    na regio Sudeste foi encontrado o maior contingente de participantes em Centros

    Universitrios, 1.308 (correspondendo a 73,3% dos participantes nesse tipo de

    Organizao), e em Faculdades, 1.857 (correspondendo a 32,3% nesse tipo de

    Organizao).

  • 30

    Considerando-se a distribuio intrarregional, os 5.747 participantes da regio

    Sudeste estavam principalmente em Universidades (44,9%) e com menor representatividade

    em Centros Universitrios (22,8%) e em Faculdades (32,3%).

    Dos 258 alunos participantes da regio Norte, 56,2% estavam em Universidades,

    24,8% em Centros Universitrios e 19,0% em Faculdades, respectivamente 145, 64 e 49

    estudantes. Esta regio apresentou o segundo menor contingente de participantes.

    A regio Nordeste apresentou o terceiro maior contingente de participantes. Nessa

    regio, dos 818 participantes, 360 em Universidades, 150 em Centros Universitrios e 308

    em Faculdades, correspondendo a respectivamente, 44,0%, 18,3% e 37,7%.

    A regio Sul apresentou o segundo maior contingente de participantes. Dos 1.356

    alunos participantes da regio Sul, 60,2% estavam em Universidades, 19,4% em Centros

    Universitrios e 20,4% em Faculdades, respectivamente 817, 263 e 276 estudantes.

    Na regio Centro-Oeste, a regio com o menor contingente de participantes, os 94

    participantes vinculados a Universidades correspondiam a 86,2% do total regional, sendo

    13,8% a proporo dos alunos vinculados a Faculdades (15), e no havendo alunos de

    Centros Universitrios.

  • 31

    Tabela 2.4 - Nmero de Estudantes Concluintes por Organizao Acadmica segundo Grande Regio e condio de presena - ENADE/2011 - Engenharia Grupo VI

    Grande Regio / Condio de Presena

    Organizao Acadmica

    Total Universidades Centros universitrios Faculdades

    Brasil Ausentes 1.335 415 226 694 100,0% 31,1% 16,9% 52,0%

    Presentes 8.288 3.998 1.785 2.505 100,0% 48,3% 21,5% 30,2%

    % Ausentes 13,9% 9,4% 11,2% 21,7% NO Ausentes 49 20 4 25

    100,0% 40,8% 8,2% 51,0% Presentes 258 145 64 49

    100,0% 56,2% 24,8% 19,0% % Ausentes 16,0% 12,1% 5,9% 33,8%

    NE Ausentes 110 42 19 49 100,0% 38,2% 17,3% 44,5%

    Presentes 818 360 150 308 100,0% 44,0% 18,3% 37,7%

    % Ausentes 11,9% 10,4% 11,2% 13,7% SE Ausentes 1005 266 193 546

    100,0% 26,5% 19,2% 54,3% Presentes 5.747 2.582 1.308 1.857

    100,0% 44,9% 22,8% 32,3% % Ausentes 14,9% 9,3% 12,9% 22,7%

    SUL Ausentes 160 81 10 69 100,0% 50,6% 6,3% 43,1%

    Presentes 1.356 817 263 276 100,0% 60,2% 19,4% 20,4%

    % Ausentes 10,6% 9,0% 3,7% 20,0% CO Ausentes 11 6 0 5

    100,0% 54,5% 0,0% 45,5% Presentes 109 94 0 15

    100,0% 86,2% 0,0% 13,8% % Ausentes 9,2% 6,0% 25,0%

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    O Grfico 2.2 apresenta a distribuio dos estudantes inscritos e presentes no

    ENADE/2011 na rea de Engenharia Grupo VI por Unidade da Federao. Os estados de

    So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paran, nesta ordem, foram os que contaram

    com maior nmero de inscritos, somando 76,1% dos estudantes inscritos. Como j

    comentado, no Distrito Federal e em mais cinco estados, Piau, Maranho, Tocantins, Acre e

    Rondnia, no foram oferecido nenhum curso de Engenharia Grupo VI e, portanto, no

    havia alunos inscritos.

  • 32

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

  • 33

    CAPTULO 3 ANLISE TCNICA DA PROVA

    Este captulo tem por objetivo apresentar o desempenho dos estudantes concluintes

    de Engenharia Grupo VI no ENADE/2011. Para isso, foram calculadas as estatsticas

    bsicas da prova em seu todo, bem como as estatsticas dos componentes relacionadas

    Formao Geral, ao de Conhecimento Especfico da rea e das questes discursivas

    isoladamente.

    Nas tabelas, so apresentados o tamanho da populao inscrita e de presentes, e as

    seguintes estatsticas das notas8: mdia do desempenho na prova, erro padro da mdia,

    desvio padro, nota mnima, mediana e nota mxima. As estatsticas apresentadas neste

    captulo contemplam o total de estudantes concluintes da rea de Engenharia Grupo VI

    em 2011 do Brasil e, separadamente, por Grande Regio. Foram calculadas tendo-se em

    vista as seguintes agregaes: (a) as Grandes Regies e o pas como um todo; (b) a

    Categoria Administrativa; e (c) a Organizao Acadmica.

    Em relao aos grficos de distribuio de notas, o intervalo considerado foi de dez

    unidades, aberto esquerda e fechado direita, com exceo do primeiro intervalo, [0; 10],

    fechado em ambos os extremos. Para os grficos de distribuio das notas das questes

    discursivas, foram consideradas mais duas categorias: questo em branco e nota zero.

    3.1 ESTATSTICAS BSICAS DA PROVA

    3.1.1 Estatsticas Bsicas Gerais

    A Tabela 3.1 apresenta as estatsticas bsicas da prova por Grande Regio. A

    populao total de inscritos foi de 9.623. Destes, 8.288 estiveram presentes, sendo 13,9% o

    ndice de no comparecimento. A regio de maior absteno foi a Norte (16,0%) e a de

    menor absteno foi a Centro-Oeste (9,2%).

    8 Essas estatsticas e outras esto definidas no Captulo 1.

  • 34

    A mdia das notas da prova como um todo (nas sees seguintes sero analisados

    os Componentes de Formao Geral e de Conhecimento Especfico) foi 37,7, sendo que os

    alunos da regio Centro-Oeste obtiveram a mdia mais baixa (35,1) e os da regio Sul

    obtiveram a mdia mais alta (38,6). As demais mdias foram: 37,0 nas regies Norte e

    Nordeste e 37,7 na regio Sudeste. O desvio padro para o Brasil como um todo foi 11,8,

    sendo o maior desvio padro encontrado na regio Sudeste (11,9) e o menor na regio

    Norte (10,9), indicando uma menor disperso das notas desta ltima regio.

    A regio que obteve a maior nota mxima foi a Sudeste (83,6), ao passo que a

    regio que atingiu a menor nota mxima foi a Norte (64,1). A mediana do Brasil como um

    todo foi 37,2, sendo a maior mediana obtida na regio Sul (38,6) e a menor obtida na

    Centro-Oeste (34,3). A nota mnima foi zero em todas as regies com exceo da regio

    Centro-Oeste com 8,9 e a Norte com 7,0.

    Tabela 3.1 - Estatsticas Bsicas da Prova, por Grande Regio - ENADE 2011 -Engenharia Grupo VI

    Estatsticas Brasil NO NE SE SUL CO Inscritos 9.623 307 928 6.752 1.516 120 Ausentes 1.335 49 110 1.005 160 11 Presentes 8.288 258 818 5.747 1.356 109 % Ausentes 13,9% 16,0% 11,9% 14,9% 10,6% 9,2% Mdia 37,7 37,0 37,0 37,7 38,6 35,1 Erro padro da mdia 0,1 0,7 0,4 0,2 0,3 1,1 Desvio padro 11,8 10,9 11,7 11,9 11,7 11,3 Mnima 0,0 7,0 0,0 0,0 0,0 8,9 Mediana 37,2 37,0 36,9 37,0 38,6 34,3 Mxima 83,6 64,1 75,5 83,6 72,8 71,3 Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    O comportamento das notas dos estudantes de todo o Brasil na rea pode ser

    observado no Grfico 3.1 que apresenta um histograma com a distribuio das mesmas.

    Essa uma distribuio unimodal com moda no intervalo (30,40]. Apesar do coeficiente de

    assimetria da distribuio das notas ser positivo (0,19) este pequeno e podemos

    considerar que a distribuio aproximadamente simtrica. As distribuies por Grande

    Regio tambm apresentam assimetria positiva, concentrao pouco maior do lado direito

    do histograma e mais espalhada do lado esquerdo. A nica exceo a regio Norte, com

    coeficiente de assimetria negativo (-0,20), com o comportamento oposto: concentrao

    direita e cauda um pouco mais longa esquerda.

  • 35

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Os Grficos 3.2, 3.3 e 3.4 apresentam informaes referentes mdia da nota final

    dos Participantes, desagregando os resultados de acordo com, respectivamente, as

    Grandes Regies do pas, a Categoria Administrativa e a Organizao Acadmica. Os

    grficos apresentam o valor da mdia das notas como uma barra e os extremos do intervalo

    de confiana de 95% como linhas verticais unidas por uma linha horizontal na forma da letra

    H maiscula.

    Considerando-se o grfico de notas segundo Grande Regio (Grfico 3.2), observa-

    se que existe diferena estatisticamente significativa ao nvel de 95% entre as maiores

    mdias, obtidas nas regies Sul (38,6) e Sudeste (37,7), e a menor, obtida na regio Centro-

    Oeste (35,1).

  • 36

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Levando-se em conta os estudantes por Categorias Administrativas (Grfico 3.3),

    observa-se que existe diferena estatisticamente significante entre as mdias das notas das

    IES Pblicas e Privadas. Pode ser observado ainda que a mdia dos alunos de IES Pblicas

    (43,8) maior que a dos alunos de IES Privadas (35,9). A diferena entre IES Pblicas e

    Privadas maior do que as diferenas entre regies.

  • 37

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Tendo como foco o Grfico 3.4, que apresenta as notas mdias das provas segundo

    Organizao Acadmica, contata-se que existe diferena estatisticamente significativa ao

    nvel de 95% nas mdias das notas dos estudantes provenientes de Universidades, Centros

    Universitrios e Faculdades. A maior mdia foi obtida pelos estudantes de Universidades

    (40,3), e a menor, pelos de Faculdades (34,6).

  • 38

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    3.1.2 Estatsticas Bsicas no Componente de Formao Geral

    A Tabela 3.2 apresenta as estatsticas bsicas em relao ao componente da prova

    que avalia a Formao Geral dos estudantes concluintes. Os alunos de todo Brasil

    obtiveram desempenho mdio de 54,2. Quanto variabilidade, o desvio padro das notas

    dos estudantes do Brasil como um todo foi 15,9. A maior mdia foi obtida na regio Sul

    (54,8), e a menor na regio Nordeste (53,6). As demais mdias foram: 54,7 na regio Norte,

    54,2 na regio Sudeste e 53,8 na regio Centro-Oeste. J o maior desvio padro foi obtido

    na regio Nordeste (16,8) e o menor na regio Norte (15,1). Os demais desvios padres

    foram: 15,9 na regio Sudeste, 15,7 na regio Sul e 16,0 na regio Centro-Oeste.

  • 39

    A maior nota no componente de Formao Geral da prova do ENADE/2011 foi obtida

    por pelo menos um aluno da regio Sudeste (99,0) enquanto que a menor nota mxima foi

    obtida na regio Norte (86,5). Nas outras regies as notas mximas foram: 90,5 na regio

    Nordeste, 96,0 nas regies Sul e Centro-Oeste. A mediana do Brasil como um todo foi 55,5,

    sendo esta a mesma mediana encontrada nas regies Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A

    maior mediana foi encontrada na regio Norte (57,3). A nota mnima nesta parte foi zero em

    quase todas as regies, com exceo nas regies Norte (15,0) e Centro-Oeste (7,5).

    Tabela 3.2 - Estatsticas Bsicas do Componente Formao Geral, por Grande Regio- ENADE 2011 - Engenharia Grupo VI

    Estatsticas Brasil NO NE SE SUL CO Inscritos 9.623 307 928 6.752 1.516 120 Ausentes 1.335 49 110 1.005 160 11 Presentes 8.288 258 818 5.747 1.356 109 % Ausentes 13,9% 16,0% 11,9% 14,9% 10,6% 9,2% Mdia 54,2 54,7 53,6 54,2 54,8 53,8 Erro padro da mdia 0,2 0,9 0,6 0,2 0,4 1,5 Desvio padro 15,9 15,1 16,8 15,9 15,7 16,0 Mnima 0,0 15,0 0,0 0,0 0,0 7,5 Mediana 55,5 57,3 55,5 55,5 56,5 55,5 Mxima 99,0 86,5 90,5 99,0 96,0 96,0 Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    O Grfico 3.5 propicia a avaliao do desempenho dos estudantes no Componente

    de Formao Geral a partir do histograma da distribuio das notas correspondentes. A

    distribuio unimodal, com moda em (50,60], enquanto na prova como um todo a moda foi

    alcanada no intervalo (30,40]. Nota-se, ainda, que no grfico 3.5 as notas apresentam uma

    maior disperso do que no Grfico 3.1 (distribuio das notas da prova), confirmado pela

    comparao dos desvios padres: 11,8 para a nota da prova como um todo e 15,9 para o

    Componente de Formao Geral.

    Para o Componente de Formao Geral, o coeficiente de assimetria da distribuio

    das notas dos estudantes, como na prova como um todo, tambm negativo (-0,48). A

    distribuio apresenta uma maior concentrao direita e cauda maior esquerda. Em

    todas as Grandes Regies os histogramas tambm possuem assimetria levemente negativa

    (entre 0,44 e 0,64).

  • 40

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Nos Grficos 3.6, 3.7 e 3.8 so apresentadas as informaes referentes ao

    desempenho dos concluintes no Componente de Formao Geral, em diferentes

    agregaes: Grande Regio do pas, Categoria Administrativa e Organizao Acadmica.

    Observa-se pelo Grfico 3.6 que no existe diferena estatisticamente significativa

    entre as mdias das notas no Componente de Formao Geral, segundo Grande Regio do

    pas. Vemos que o intervalo de confiana mais largo o da regio Centro-Oeste; j o

    intervalo mais estreito observado na regio Sudeste. Este fato est relacionado, tambm,

    com o tamanho da populao envolvida, menor na regio Centro-Oeste do que na Sudeste.

  • 41

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    No Grfico 3.7, que representa as notas mdias no Componente de Formao Geral

    segundo Categoria Administrativa do pas, observa-se que existe diferena estatisticamente

    significativa entre as mdias. Os concluintes das IES Pblicas (57,4) obtiveram uma mdia

    maior do que os das IES Privadas (53,3).

  • 42

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Considerando-se o tipo de Organizao Acadmica, nota-se, no Grfico 3.8, uma

    diferena estatisticamente significativa entre a maior e as duas menores mdias. Nas

    Universidades (55,6), a mdia mais elevada do que em Centros Universitrios (53,3) e

    Faculdades (52,8).

  • 43

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    3.1.3 Estatsticas Bsicas do Componente de Conhecimento Especfico

    A Tabela 3.3 apresenta as estatsticas bsicas referentes ao Componente de

    Conhecimento Especfico da rea de Engenharia Grupo VI. A mdia do desempenho dos

    alunos do Brasil como um todo foi 32,2. A maior mdia foi obtida na regio Sul (33,2), e a

    menor na regio Centro-Oeste (28,9). As demais mdias foram: 31,1 na regio Norte, 31,5

    na regio Nordeste e 32,2 na regio Sudeste. Quanto variabilidade das notas, o desvio

    padro do Brasil como um todo foi 13,2, sendo o maior desvio padro e observado nas

    regies Nordeste e Sudeste (tambm 13,2). O menor ocorre na regio Norte (12,2). Os

    demais desvios foram: 13,0 da regio Sul e 12,4 da regio Centro-Oeste.

  • 44

    A mediana das notas dos estudantes de todo o Brasil foi 31,1. A maior mediana

    ocorreu na regio Sul (32,8) e a menor na regio Centro-Oeste (26,6). As demais medianas

    foram 31,0 na regio Norte, 31,1 na regio Nordeste e 30,8 na regio Sudeste. A nota

    mxima do Brasil como um todo foi 84,1, sendo obtida por pelo menos um aluno da regio

    Sudeste. As demais notas mximas foram: 65,4 na regio Norte, 76,1 na regio Nordeste,

    77,6 na regio Sul e 72,9 na regio Centro-Oeste. A nota mnima foi zero em quase todas as

    regies, com exceo da regio Norte, cuja nota mnima foi 0,5 e a regio Centro-Oeste que

    foi 7,5.

    Tabela 3.3 - Estatsticas Bsicas do Componente de Conhecimento Especfico, porGrande Regio - ENADE 2011 - Engenharia Grupo VI

    Estatsticas Brasil NO NE SE SUL CO Inscritos 9.623 307 928 6.752 1.516 120 Ausentes 1.335 49 110 1.005 160 11 Presentes 8.288 258 818 5.747 1.356 109 % Ausentes 13,9% 16,0% 11,9% 14,9% 10,6% 9,2% Mdia 32,2 31,1 31,5 32,2 33,2 28,9 Erro padro da mdia 0,1 0,8 0,5 0,2 0,4 1,2 Desvio padro 13,2 12,2 13,2 13,2 13,0 12,4 Mnima 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 7,5 Mediana 31,1 31,0 31,1 30,8 32,8 26,6 Mxima 84,1 65,4 76,1 84,1 77,6 72,9 Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Assim como os Grficos 3.1 e 3.5, o Grfico 3.9, apresentado a seguir, proporciona

    uma avaliao do desempenho de concluintes em relao ao Componente de

    Conhecimento Especfico com um histograma da distribuio das notas correspondentes.

    Dentre as trs distribuies apresentadas, esta a mais concentrada nas notas baixas. Esta

    tambm uma distribuio unimodal, e o grupo modal o (20,30].

    O coeficiente de assimetria da distribuio das notas do Componente de

    Conhecimento Especfico positivo e pequeno (0,41). Nota-se pelo histograma (Grfico 3.9)

    que esta uma distribuio aproximadamente simtrica. Em todas as regies o coeficiente

    de assimetria positivo, variando entre 0,32 e 1,0, ou seja, uma distribuio

    aproximadamente simtrica tambm por regio, com cauda mais pesada direita.

  • 45

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Os Grficos 3.10, 3.11 e 3.12 apresentam uma comparao dos resultados em

    relao Grande Regio do pas, Categoria Administrativa e Organizao Acadmica,

    agora levando em conta o desempenho de alunos no Componente de Conhecimento

    Especfico da prova.

    Pelo Grfico 3.10, observa-se que no existe diferena estatisticamente significativa

    entre as mdias das notas no Componente de Conhecimento Especfico, da regio Centro-

    Oeste (a mais baixa com 33,2) em relao s regies Norte (31,1) e Nordeste (31,5). Existe

    sim, diferena estatisticamente significativa com as regies Sul (33,2) e Sudeste (32,2).

  • 46

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Quanto Categoria Administrativa (grfico 3.11), observa-se um comportamento

    semelhante quele da parte de Formao Geral e prova como um todo, ou seja, existe

    diferena estatisticamente significativa entre as mdias das IES Pblicas e Privadas (30,1),

    sendo que a maior mdia foi obtida por alunos de IES Pblicas (39,3) de ensino.

  • 47

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    Quanto ao Grfico 3.12, observa-se, mais uma vez, que existem diferenam

    estatisticamente significativas ao nvel de 95% entre as notas no Componente de

    Conhecimento Especfico dos diferentes tipos de Organizao Acadmica. Sendo que a

    mdia dos concluintes das Universidades (35,2) foi maior do que a de concluintes de

    Centros Universitrios (30,7) que por sua vez foi maior do que e de Faculdades (28,5).

  • 48

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    3.2 ANLISE DAS QUESTES OBJETIVAS

    3.2.1 Componente de Formao Geral

    A Tabela 3.4 apresenta as estatsticas bsicas relativas s oito questes objetivas do

    componente da prova que abrange a Formao Geral dos estudantes. A mdia do Brasil foi

    52,2. A menor mdia foi encontrada na regio Centro-Oeste (51,5) e a maior na regio Norte

    (53,2). As demais mdias foram: 52,8 na regio Nordeste, 52,0 na regio Sudeste e 52,7 na

    regio Sul. O desvio padro do Brasil foi 18,1, sendo o maior desvio padro encontrado na

    regio Nordeste (18,6) e o menor na regio Norte (16,8). Os demais desvios foram: 18,2 na

    regio Sudeste, 17,5 na regio Sul e 17,7 na regio Centro-Oeste.

    As medianas (50,0), as notas mximas (100,0) e as notas mnimas (0,0) foram iguais

    para todas as regies. A nica exceo foi a Regio Norte que teve 87,5 de nota mxima.

  • 49

    Tabela 3.4 - Estatsticas Bsicas das Questes Objetivas do Componente FormaoGeral, por Grande Regio - ENADE 2011 - Engenharia Grupo VI

    Estatsticas Brasil NO NE SE SUL CO Inscritos 9.623 307 928 6.752 1.516 120 Ausentes 1.335 49 110 1.005 160 11 Presentes 8.288 258 818 5.747 1.356 109 % Ausentes 13,9% 16,0% 11,9% 14,9% 10,6% 9,2% Mdia 52,2 53,2 52,8 52,0 52,7 51,5 Erro padro da mdia 0,2 1,0 0,7 0,2 0,5 1,7 Desvio padro 18,1 16,8 18,6 18,2 17,5 17,7 Mnima 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Mediana 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 Mxima 100,0 87,5 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    A Tabela 3.5 apresenta os ndices de facilidade e discriminao (ponto bisserial) das

    questes objetivas do Componente de Formao Geral. Quanto ao ndice de facilidade,

    foram usadas as seguintes cores para diferenciar o nvel de dificuldade da questo:

    Azul para as questes classificadas com ndice muito fcil (ndice >=0,86), verde para as questes classificadas com ndice fcil (0,61 a 0,85), amarelo

    para as questes classificadas com mdio (0,41 a 0,60), vermelho para as

    questes classificadas com difcil (0,16 a 0,40) e roxo para as questes

    classificadas com muito difcil (

  • 50

    Como j comentado, para anlise das questes objetivas relativas Formao Geral

    segundo o poder de discriminao, utilizou-se, o ndice de discriminao ponto bisserial.

    Nesta anlise as questes foram assim avaliadas: quatro das oito questes apresentaram

    ndices acima de 0,40 e, assim, foram classificadas com ndice muito bom para esse grupo

    de alunos; trs questes tiveram bom ndice de discriminao, entre 0,30 e 0,39. Uma

    questo foi classificada com ndice mdio e nenhuma delas obteve ndice fraco de

    discriminao.

    O ndice de facilidade variou de 0,16 a 0,75, e o de discriminao, de 0,27 a 0,51. As

    questes com ndices de discriminao muito bom, de nmeros 1, 2, 3, e 5, figuraram entre

    as mais fceis desse conjunto: trs classificadas na categoria fcil (questes 1, 3 e 5) do

    ndice de facilidade e uma na categoria mdio (questo 2). Em particular, a questo 3 foi a

    que apresentou o maior poder discriminatrio, com ndice 0,51, e foi tambm uma das mais

    fceis, com uma proporo de 0,73 de acertos. A questo de nmero 8 apresentou ndice de

    facilidade 0,16, ou seja, um quantitativo de 16% dos estudantes conseguiu resolv-la, dentro

    do universo de participantes. No entanto, seu ndice de discriminao foi mdio (0,27), o que

    a manteve do cmputo da nota final. Nenhuma questo foi eliminada devido a ter ndice de

    discriminao classificada como fraco.

    Tabela 3.5 - ndices de Facilidade e ndice de Discriminao (Ponto Bisserial) das Questes Objetivas do Componente de Formao Geral - ENADE/2011 Engenharia Grupo VI

    Questo ndice de Facilidade ndice de Discriminao (Ponto Bisserial) valor Classificao valor Classificao

    1 0,68 Fcil 0,47 Muito bom 2 0,41 Mdio 0,44 Muito bom 3 0,73 Fcil 0,51 Muito bom 4 0,44 Mdio 0,37 Bom 5 0,73 Fcil 0,46 Muito bom 6 0,75 Fcil 0,34 Bom 7 0,27 Difcil 0,34 Bom

    8 0,16 Difcil 0,27 Mdio

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    O Grfico 3.13, para exemplificar, analisa o comportamento da questo de nmero 3

    de Formao Geral. Trata-se de uma das questes mais fcil e que obteve o maior ndice de

    discriminao dessa parte da prova.

  • 51

    Neste grfico, cada uma das cinco curvas representa o percentual de respostas em

    determinada alternativa da questo, em funo da nota dos estudantes nesta parte da prova

    (Formao Geral/Mltipla Escolha), antes de possveis eliminaes pelo critrio do ponto

    bisserial. A curva em vermelha corresponde alternativa E, a correta para esta questo.

    Assim, observa-se que entre os estudantes com notas mais baixas, nessa parte do exame,

    a situao mais frequente foi a escolha de uma das alternativas incorretas: a alternativa D

    (em roxo) ou A (em azul). Na medida em que a nota aumenta, indicando desempenho

    melhor nesta parte da prova, aumenta concomitantemente a proporo de estudantes que

    selecionaram a alternativa correta E, atingindo 100% para sete acertos em diante. Essa

    anlise permite verificar como a questo discriminou os grupos de desempenho, justificando

    o alto ndice obtido na questo.

    Os grficos relativos s demais questes de Formao Geral constam do Anexo I.

    Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

  • 52

    3.2.2 Componente de Conhecimento Especfico

    A Tabela 3.6 apresenta as estatsticas bsicas em relao s questes objetivas do

    Componente de Conhecimento Especfico da prova, por Grande Regio. A mdia do Brasil

    deste componente foi de 34,6. A menor mdia foi observada na regio Centro-Oeste (31,0)

    e a maior na regio Sul (35,6). O desvio padro de todo o Brasil foi 14,1, sendo o menor

    desvio padro encontrado na regio Norte (13,2) e o maior na regio Nordeste (14,4).

    A mediana de todo o Brasil foi 33,3, que se repete em todas as regies do Brasil,

    exceto na regio Centro-Oeste (27,8). A nota mxima da prova (88,9) foi obtida no

    Componente de Conhecimento Especfico por pelo menos um aluno das regies Sudeste e

    Sul. A nota mxima nas demais regies foi: 72,2 na regio Norte, 83,3 na regio Nordeste e

    77,8 na regio Centro-Oeste.

    Tabela 3.6 - Estatsticas Bsicas das Questes Objetivas do Componente deConhecimento Especfico, por Grande Regio - ENADE 2011 - Engenharia Grupo VI

    Estatsticas Brasil NO NE SE SUL CO Inscritos 9.623 307 928 6.752 1.516 120 Ausentes 1.335 49 110 1.005 160 11 Presentes 8.288 258 818 5.747 1.356 109 % Ausentes 13,9% 16,0% 11,9% 14,9% 10,6% 9,2% Mdia 34,6 33,8 34,3 34,6 35,6 31,0 Erro padro da mdia 0,2 0,8 0,5 0,2 0,4 1,3 Desvio padro 14,1 13,2 14,4 14,2 14,0 13,5 Mnima 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 Mediana 33,3 33,3 33,3 33,3 33,3 27,8 Mxima 88,9 72,2 83,3 88,9 88,9 77,8 Fonte: MEC/INEP/DAES - ENADE/2011

    A Tabela 3.7 apresenta os ndices de facilidade e discriminao (ponto bisserial) das

    questes objetivas do Componente de Conhecimento Especfico. Para facilitar a

    diferenciao das questes usaram-se as mesmas cores da Tabela 3.5 para as diferentes

    classificaes dos ndices de facilidade e de discriminao.

    Dentre as questes objetivas da parte da prova relativa ao Componente de

    Conhecimento Especfico, a questo 34 foi anulada pela Comisso. Desse modo, a

    classificao quanto ao ndice de facilidade foi estabelecida com base em 26 das 27

    questes. A partir dos ndices obtidos, pode-se concluir que a maioria das questes

    objetivas da prova foi considerada pelo menos difcil: das 26 questes, dezessete foram

    classificadas como difceis e trs como muito difceis. No houve questo classificada como

    muito fcil, ao passo que duas foram tidas como fceis, na faixa de 0,61 a 0,85 do ndice de

    facilidade, e outras quatro consideradas mdias, entre 0,41 e 0,60.

  • 53

    J quanto aos ndices de discriminao das questes objetivas do Componente de

    Conhecimento Especfico da prova, tem-se como resultado a seguinte classificao: oito das

    26 questes vlidas foram consideradas como boas, nenhuma questo foi classificada no

    ndice de discriminao como muito boa. Assim, para menos de um tero das questes

    oito em 26 os ndices de discriminao foram bons. Dentre as demais, dez delas foram

    classificadas como mdias e outras oito como fracas, sendo dezoito, por conseguinte, a

    quantidade de questes nos dois patamares mais baixos de discriminao. Constata-se,

    assim, que a prova no que se refere ao Componente de Conhecimento Especfico

    possua capacidade mediana de discriminar entre aqueles que dominam ou no o contedo.

    Dentre as questes que alcanaram os maiores ndices de discriminao, as de

    nmero 9, 14, 18, 20, 22, 24, 26 e 32 classificadas com ndice bom, situando-se no intervalo

    de 0,30 a 0,39 do ndice, duas delas (questes 22 e 24) foram classificadas na categoria

    fcil, trs (questes 18, 26 e 32) como mdia e outras trs (questes 9, 14 e 20) como difcil,

    quanto ao ndice de facilidade.

    A questo de nmero 30 foi a mais difcil dentre as 26 questes especficas vlidas,

    com baixo ndice de facilidade, apenas 7% de acertos. Essa questo apresentou poder

    discriminatrio igualmente baixo, 0,03, o que comprova ter sido esta a mais difcil para os

    estudantes. Destaca-se, tambm, a questo 28, com ndice de facilidade 0,19, o que, em

    termos percentuais, corresponde a 19,0% de estudantes que responderam acertadamente,

    obtendo, ainda, 0,04 de ndice de discriminao. Tais questes foram, portanto, duas das

    mais difceis da prova. Pelo ndice de discriminao as questes 30 e 28 foram eliminadas

    do cmputo da nota final. Alm destas duas, as demais questes com ndice fraco de

    discriminao, questes 12, 13, 25, 27, 31 e 33 tambm no foram computadas.

  • 54

    Tabela 3.7 - ndices de Facilidade e ndice de Discriminao (Ponto Bisserial) das Questes Objetivas do Componente de Conhecimento Especfico - ENADE/2011 Engenharia Grupo VI

    Questo nd