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PT8 © Porto Editora 147 Guia do Professor 3.3.1. a. A enumeração, associada à repe- tição do verbo pegar, permite que visuali- zemos as várias etapas do trabalho de costura; para além disso, transmite a calma e a metodologia características deste ofício. b. A personificação, presente na utilização do adjetivo “orgulhosas”, realça a princi- pal característica psicológica quer da linha quer da agulha (Nota: o género textual “apólogo” baseia-se na personificação). c. A comparação realça a destreza e a rapidez da costureira (trata-se de uma comparação mitológica, que assemelha a forma como a costureira trabalha à agili- dade com que os cães de Diana, deusa da caça, perseguem as suas presas). d. A antítese presente na oposição de sen- tido dos adjetivos “aberto” e “enchido”, intensifica a oposição entre a função da agulha e a linha; a dupla adjetivação ( “silenciosa” e “ativa”) realça o perfil psico- lógico da linha – que, para além de cumprir a sua função, trabalha em silêncio, ao con- trário da agulha. e. A onomatopeia (“plic-plic-plic-plic”) realça o som produzido pela agulha ao furar o pano; além disso, indica que o diá- logo entre a linha e a agulha terminou, sugerindo ainda o silêncio com que a linha trabalha. 3.4.1. A reviravolta da ação dá-se quando a baronesa veste o vestido cosido pela linha e pela agulha para ir a um baile; nesse momento, a linha assume todo o protagonismo pois, enquanto a agulha volta para a “caixinha da costureira” (l. 50), ela “vai dançar com ministros e diplomatas” (ll. 49-50). 4. Face à história que lhe é contada pelo narrador, o “professor de melancolia” conclui que também ele tem “servido de agulha a muita linha ordinária” (ll. 58-59), ou seja, também ele se limita a abrir caminho para que os outros gozem a vida e sejam bem-sucedidos graças ao seu trabalho. 5.1. Este texto é um apólogo que demons- tra que há quem se aproveite e seja bem- -sucedido graças ao trabalho dos outros, não se reconhecendo o devido valor a quem efetivamente fez o trabalho. É a esta moral que o “professor de melanco- lia” alude, na última frase do texto. CONHECIMENTO EXPLíCITO DA LíNGUA 1.1. Sugestão de resposta: a. humilde; b. primeiras; c. locais; d. socialmente; e. família; f. superioridade; g. nasceu; h. era; i. tendo.

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    147

    Guia do Professor

    3.3.1. a. A enumerao, associada repe-tio do verbo pegar, permite que visuali-zemos as vrias etapas do trabalho de costura; para alm disso, transmite a calma e a metodologia caractersticas deste ofcio. b. A personificao, presente na utilizao do adjetivo orgulhosas, reala a princi-pal caracterstica psicolgica quer da linha quer da agulha (Nota: o gnero textual aplogo baseia-se na personificao). c. A comparao reala a destreza e a rapidez da costureira (trata-se de uma comparao mitolgica, que assemelha a forma como a costureira trabalha agili-dade com que os ces de Diana, deusa da caa, perseguem as suas presas). d. A anttese presente na oposio de sen-tido dos adjetivos aberto e enchido, intensifica a oposio entre a funo da agulha e a linha; a dupla adjetivao (silenciosa e ativa) reala o perfil psico-lgico da linha que, para alm de cumprir a sua funo, trabalha em silncio, ao con-trrio da agulha. e. A onomatopeia (plic-plic-plic-plic) reala o som produzido pela agulha ao furar o pano; alm disso, indica que o di-logo entre a linha e a agulha terminou, sugerindo ainda o silncio com que a linha trabalha.

    3.4.1. A reviravolta da ao d-se quando a baronesa veste o vestido cosido pela linha e pela agulha para ir a um baile; nesse momento, a linha assume todo o protagonismo pois, enquanto a agulha volta para a caixinha da costureira (l. 50), ela vai danar com ministros e diplomatas (ll. 49-50).

    4. Face histria que lhe contada pelo narrador, o professor de melancolia conclui que tambm ele tem servido de agulha a muita linha ordinria (ll. 58-59), ou seja, tambm ele se limita a abrir caminho para que os outros gozem a vida e sejam bem-sucedidos graas ao seu trabalho.

    5.1. Este texto um aplogo que demons-tra que h quem se aproveite e seja bem- -sucedido graas ao trabalho dos outros, no se reconhecendo o devido valor a quem efetivamente fez o trabalho. a esta moral que o professor de melanco-lia alude, na ltima frase do texto.

    COnhECImEntO ExPlCItO DA lnGUA

    1.1. Sugesto de resposta: a. humilde; b. primeiras; c. locais; d. socialmente; e. famlia; f. superioridade; g. nasceu; h. era; i. tendo.

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