ICMS – operação relativa a ICMS – operação relativa a circulação de mercadoriascirculação de mercadorias

Algumas considerações sobre a Algumas considerações sobre a estruturaestrutura

Professor: Argos Campos Ribeiro Professor: Argos Campos Ribeiro SimõesSimões

Sujeitos PassivosSujeitos Passivos

Art. 4º da LC 87/96Art. 4º da LC 87/96 – Contribuinte é – Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com realize, com habitualidadehabitualidade ouou em volume em volume que caracterize intuito comercial,que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de interestadual e intermunicipal e de comunicação, comunicação, ainda que as operações e ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.as prestações se iniciem no exterior.

Sujeitos PassivosSujeitos Passivos

Parágrafo único: É também contribuinte a Parágrafo único: É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:habitualidade ou intuito comercial:

I-I-importeimporte mercadorias ou bens do exterior, mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;qualquer que seja a sua finalidade;

II-seja destinatária de serviço prestado no II-seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;exterior;

Sujeitos PassivosSujeitos Passivos

Parágrafo único: É também contribuinte a pessoa Parágrafo único: É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:intuito comercial:

III-adquira em licitação mercadorias ou bens III-adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;apreendidos ou abandonados;

IV-adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e IV-adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.comercialização ou à industrialização.

Sujeitos PassivosSujeitos Passivos Art. 5ºArt. 5º da LC 87/96da LC 87/96 – Lei poderá atribuir – Lei poderá atribuir

a terceiros a responsabilidade pelo a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo.não recolhimento do tributo.

Arts. 6º, 7º da LC 87/96.Arts. 6º, 7º da LC 87/96. Arts. 121 e 128 a 138 do CTN.Arts. 121 e 128 a 138 do CTN.

BASE DE CÁLCULO – CF/88BASE DE CÁLCULO – CF/88 Art. 146. Cabe à Art. 146. Cabe à lei complementar:lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em I - dispor sobre conflitos de competência, em

matéria tributária, entre a União, os Estados, o matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, como, em relação aos impostos em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, respectivos fatos geradores, bases de bases de cálculocálculo e contribuintes; e contribuintes;

BASE DE CÁLCULO – LC 87/96BASE DE CÁLCULO – LC 87/96ARBITRAMENTOARBITRAMENTO

Art. 18.Art. 18. Quando o cálculo do tributo tenha por Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora, mediante direitos, a autoridade lançadora, mediante processo regularprocesso regular, , arbitraráarbitrará aquele valor ou aquele valor ou preço, sempre que preço, sempre que sejam omissossejam omissos ou ou não não mereçam fémereçam fé as as declaraçõesdeclarações ou os ou os esclarecimentos prestadosesclarecimentos prestados, ou os , ou os documentosdocumentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestaçãocontestação, avaliação contraditória, , avaliação contraditória, administrativa ou judicial.administrativa ou judicial.

ALÍQUOTAS NO ICMS – CF/88ALÍQUOTAS NO ICMS – CF/88 III - III - poderá ser seletivo,poderá ser seletivo, em função da essencialidade em função da essencialidade

das mercadorias e dos serviços;das mercadorias e dos serviços; IV - IV - resolução do Senado Federal,resolução do Senado Federal, de iniciativa do de iniciativa do

Presidente da República ou de um terço dos Senadores, Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, prestações, interestaduais e de exportação;interestaduais e de exportação;

V - V - é facultado ao Senado Federal:é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer a) estabelecer alíquotas mínimasalíquotas mínimas nas nas operações operações

internas,internas, mediante resolução de iniciativa de um terço mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar b) fixar alíquotas máximasalíquotas máximas nas mesmas operações nas mesmas operações para para resolver conflitoresolver conflito específico que envolva específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;membros;

ALÍQUOTAS NO ICMS – CF/88ALÍQUOTAS NO ICMS – CF/88

Art. 155, §2º, VIArt. 155, §2º, VI - - salvo deliberação em salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g“ XII, "g“ (CONFAZ)(CONFAZ), as , as alíquotas internasalíquotas internas, , nas operações relativas à circulação de nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores não poderão ser inferiores às previstas às previstas para as para as operações interestaduais;operações interestaduais;

ALÍQUOTAS INTERNASALÍQUOTAS INTERNAS Operações internasOperações internas

Alíquotas: Alíquotas: nas operações ou prestações internas ou naquelas que se nas operações ou prestações internas ou naquelas que se

tenham iniciado no exterior tenham iniciado no exterior 18%18% Prestação de serviço de comunicaçãoPrestação de serviço de comunicação 25%25%

Com energia elétrica: Com energia elétrica: a) a) 12% 12% em relação à conta residencial que apresente em relação à conta residencial que apresente

consumo mensal de até 200 (duzentos) kWh; consumo mensal de até 200 (duzentos) kWh; b) b) 25%25% em relação à conta residencial que apresente em relação à conta residencial que apresente

consumo mensal acima de 200 (duzentos) kWh; consumo mensal acima de 200 (duzentos) kWh;

12% (doze por cento), nas operações com:12% (doze por cento), nas operações com: a) óleo diesel; a) óleo diesel; b) álcool etílico hidratado carburante; b) álcool etílico hidratado carburante;

ALÍQUOTAS INTERESTADUAISALÍQUOTAS INTERESTADUAIS

Operações interestaduaisOperações interestaduais

AlíquotasAlíquotas

Para Estados da região N/NE/CO e ES: Para Estados da região N/NE/CO e ES: 7%7%

Para os demais Estados: Para os demais Estados: 12%12%

ICMS – operação relativa a ICMS – operação relativa a circulação de mercadoriascirculação de mercadorias

Aula 3- Aula 3- Normas de Crédito I – Normas de Crédito I – Materialidade e restriçõesMaterialidade e restrições

Professor: Argos Campos Ribeiro Professor: Argos Campos Ribeiro SimõesSimões

ICMS – ASPECTOS GERAISICMS – ASPECTOS GERAIS Princípio Constitucional -não-cumulatividadePrincípio Constitucional -não-cumulatividade

Art. 155,§ 2°, CF/88: O ICMS será não Art. 155,§ 2°, CF/88: O ICMS será não cumulativo, cumulativo, compensando-secompensando-se o que for o que for devidodevido em cada operação relativa à em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o serviços com o montante cobrado montante cobrado nas nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado, ou anteriores pelo mesmo ou outro Estado, ou pelo DF. pelo DF.

NÃO CUMULATIVIDADENÃO CUMULATIVIDADE Artigo 155, §2º, II – CF/88 - Artigo 155, §2º, II – CF/88 - A A isenção ou a isenção ou a

não incidência, não incidência, salvo determinação em salvo determinação em contrário da legislação:contrário da legislação:

a)a) - não implicará crédito para compensação  - não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;prestações seguintes;

b)b) - acarretará a anulação do crédito relativo  - acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou prestações anteriores. às operações ou prestações anteriores.

ISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIAISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIA

Este rol é exaustivo ou exemplificativo?Este rol é exaustivo ou exemplificativo?

Como entender esta não incidência? É só Como entender esta não incidência? É só imunidade? imunidade?

A legislação pode estabelecer outras restrições?A legislação pode estabelecer outras restrições?

Importância do tema Importância do tema (FUNDAMENTO (FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DE VALIDADE):CONSTITUCIONAL DE VALIDADE): INIDÔNEOINIDÔNEO GUERRA FISCALGUERRA FISCAL

ISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIAISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIA Isenção Isenção (Mutilação parcial/Isenção parcial do STF)(Mutilação parcial/Isenção parcial do STF)

Não incidência Não incidência Ausência de norma a ser incididaAusência de norma a ser incidida

Ausência de fato Ausência de fato (como articulação lingüística)(como articulação lingüística) a fazer a incidência a fazer a incidência (sem linguagem não há (sem linguagem não há incidência como coincidência)incidência como coincidência)

Não há imposto devido no Não há imposto devido no USO E CONSUMO ou na USO E CONSUMO ou na saída de ATIVOsaída de ATIVO

Obstáculo à incidência (Ineficácia Técnica)Obstáculo à incidência (Ineficácia Técnica)

ImunidadeImunidade

ConceitosConceitos Visão normativa do Crédito (direito subjetivo do Visão normativa do Crédito (direito subjetivo do

contribuinte ou dever do Estado?) => reflexos no contribuinte ou dever do Estado?) => reflexos no prazo do artigo 150, §4º do CTN prazo do artigo 150, §4º do CTN (atividade a ser (atividade a ser “homologada”)“homologada”)

Critério Financeiro de Critério Financeiro de CreditamentoCreditamento

Raiz da não cumulatividade => Raiz da não cumulatividade => CRÉDITOCRÉDITO Isenção e não incidência seriam situações Isenção e não incidência seriam situações

exaustivas de obstáculo ao crédito (outras exaustivas de obstáculo ao crédito (outras situações de vedação => situações de vedação => VIOLAÇÃO AO VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE)PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE)

ConceitosConceitos

Critério “Físico” de CreditamentoCritério “Físico” de Creditamento

Raiz da não cumulatividade => Raiz da não cumulatividade => COMPENSAÇÃOCOMPENSAÇÃO

Conceito de COBRADO => Incidente Conceito de COBRADO => Incidente (Linguagem)(Linguagem)

COBRADO = PAGO ???COBRADO = PAGO ???

VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE => CUMULATIVIDADE => OBSTAR UMA OBSTAR UMA COMPENSAÇÃO COMPENSAÇÃO DE FORMA ILEGAL, DE FORMA ILEGAL, INCONSTITUCIONAL INCONSTITUCIONAL

Art. 146 da CF/88 Art. 146 da CF/88 Papéis das Papéis das normas gerais normas gerais veiculadas por lei veiculadas por lei

complementar (visão dicotômica)complementar (visão dicotômica)

Dispor sobre conflitos de competênciaDispor sobre conflitos de competência

Limitar o poder de tributar Limitar o poder de tributar (respeito à não cumulatividade)(respeito à não cumulatividade)

Limitação às normas gerais: Limitação às normas gerais: materialidades tributárias (já materialidades tributárias (já CONCEITUALMENTE previstas na CF/88)CONCEITUALMENTE previstas na CF/88)

Art. 155, §2º, XII, da CF/88 Art. 155, §2º, XII, da CF/88 § 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá

ao seguinte: XII - cabe à lei complementar:

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

Art. 155, §2º, X, “a”, CF/88Art. 155, §2º, X, “a”, CF/88 – O ICMS não incidirá – O ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,exterior, nem sobre serviços prestados a nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, destinatários no exterior, assegurada a assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.anteriores.

ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE – ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE – Lei Complementar 87/96Lei Complementar 87/96

Art. 23 LC 87/96Art. 23 LC 87/96 – O – O direito de crédito direito de crédito para efeito de compensação com débito para efeito de compensação com débito do imposto,do imposto, reconhecido ao reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está prestados os serviços, está condicionado à condicionado à idoneidade da documentaçãoidoneidade da documentação e, se for o e, se for o caso, à escrituração nos prazos e caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.

ICMS – NÃO CUMULATIVIDADEICMS – NÃO CUMULATIVIDADE Lei Complementar 87/96 Lei Complementar 87/96

Art. 23 Art. 23 – O – O direito de crédito para efeito direito de crédito para efeito de compensação com débito do de compensação com débito do imposto, imposto, reconhecido ao estabelecimento reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, o qual tenham sido prestados os serviços, está está condicionadocondicionado à idoneidade da à idoneidade da documentação e, se for o caso, documentação e, se for o caso, à à escrituração nos prazos e condições escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislaçãoestabelecidos na legislação..

CréditoCrédito Qual a Qual a natureza jurídica natureza jurídica do crédito?do crédito?

Moeda escritural (justifica AIIM Saldo Credor)Moeda escritural (justifica AIIM Saldo Credor)

De valor idêntico ao imposto devido daquele que De valor idêntico ao imposto devido daquele que remete a mercadoria ou presta serviçoremete a mercadoria ou presta serviço

Não tem a mesma natureza de montante a ser Não tem a mesma natureza de montante a ser restituído a título de impostorestituído a título de imposto

É direito subjetivo do contribuinte ou dever do É direito subjetivo do contribuinte ou dever do Estado?Estado?

CréditoCrédito Qual o momento de nascimento do Qual o momento de nascimento do

crédito? Quem cria a norma? crédito? Quem cria a norma? Momento da escrituração em que o Momento da escrituração em que o

contribuinte se coloca como sujeito ativo em contribuinte se coloca como sujeito ativo em face do Estado que deve reconhecer seu face do Estado que deve reconhecer seu direito àquele montante, cujo destino é a direito àquele montante, cujo destino é a compensação.compensação.

Prazo para exercer o direito ao créditoPrazo para exercer o direito ao créditoArt. 23, Parágrafo único da LC 87/96 - O direito de Art. 23, Parágrafo único da LC 87/96 - O direito de utilizar utilizar o o crédito extingue-se depois de decorridos crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados cinco anos contados da data de emissão do documento.da data de emissão do documento.

ICMS – NÃO CUMULATIVIDADEICMS – NÃO CUMULATIVIDADE Casos Especiais Casos Especiais

O crédito deve ser escriturado por seu O crédito deve ser escriturado por seu valor nominal valor nominal (Art. 38, §2º da Lei (Art. 38, §2º da Lei Ordinária Paulista 6.374/89) Ordinária Paulista 6.374/89)

Caso prático – Correção Monetária de Caso prático – Correção Monetária de Crédito Extemporâneo e de Saldo Crédito Extemporâneo e de Saldo

Credor Credor Correção MonetáriaCorreção Monetária

Argumentos do ContribuinteArgumentos do ContribuinteViolação à não cumulatividadeViolação à não cumulatividadeViolação à isonomia (igualdade)Violação à isonomia (igualdade)

Argumentos do FiscoArgumentos do FiscoPrevisão normativa (valor nominal – Previsão normativa (valor nominal – valor original)valor original)

STFSTFTIT-SP (súmula vinculante)TIT-SP (súmula vinculante)

Modalidades de créditoModalidades de crédito 1)1) Saldo Credor (Créditos > Débitos)Saldo Credor (Créditos > Débitos)

transporte para o período seguintetransporte para o período seguinte Pagamento X RecolhimentoPagamento X Recolhimento

2) 2) Crédito Acumulado proveniente de:Crédito Acumulado proveniente de: Alíquotas diversificadas (Entrada e Saída).Alíquotas diversificadas (Entrada e Saída). Operação ou prestação efetuada com redução de Operação ou prestação efetuada com redução de

base de cálculo. base de cálculo. Operação em que há saída para o exterior.Operação em que há saída para o exterior.

REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA DE DIREITO AO CRÉDITOREGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA DE DIREITO AO CRÉDITO

- Material => Material => Adquirir Adquirir MERCADORIA (E MERCADORIA (E NÃONÃO BENS NÃO BENS NÃO MERCADORIAS)MERCADORIAS) cujo montante de ICMS tenha sido cujo montante de ICMS tenha sido cobrado cobrado em em anterior operação anterior operação

- Temporal => Temporal => A partir da aquisição jurídica (física ou simbólica) da A partir da aquisição jurídica (física ou simbólica) da mercadoria (por um período decadencial de 5 anos a partir da emissão da NF mercadoria (por um período decadencial de 5 anos a partir da emissão da NF => parágrafo único, art. 20 da LC 87/96)=> parágrafo único, art. 20 da LC 87/96)

- Espacial => Espacial => No Estado/DF onde localizado o estabelecimento recebedorNo Estado/DF onde localizado o estabelecimento recebedor

- Quantitativo =>Quantitativo => Montante Montante COBRADOCOBRADO em anterior operação ( em anterior operação (Valor da Valor da operação operação X alíquota => X alíquota => imposto devido para o remetenteimposto devido para o remetente))

- Subjetivo Ativo =>Subjetivo Ativo => CONTRIBUINTE CONTRIBUINTE

- Subjetivo Passivo =>Subjetivo Passivo => ESTADO DO ESTABELECIMENTO ADQUIRENTE ESTADO DO ESTABELECIMENTO ADQUIRENTE

NÃO CUMULATIVIDADE – NÃO CUMULATIVIDADE – RESTRIÇOES - ATIVO RESTRIÇOES - ATIVO PERMANENTE, USO E PERMANENTE, USO E CONSUMO, ENERGIA CONSUMO, ENERGIA

ELÉTRICA e COMUNICAÇÃOELÉTRICA e COMUNICAÇÃOVEDAÇÕES E ESTORNOVEDAÇÕES E ESTORNO

Princípio Constitucional -Princípio Constitucional -não-cumulatividadenão-cumulatividade

Art. 155,Art. 155,§ 2°, CF/88: O ICMS será não § 2°, CF/88: O ICMS será não cumulativo, cumulativo, compensando-se compensando-se o que o que for for devidodevido em cada operação relativa em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o prestação de serviços com o montante cobrado montante cobrado nas anteriores pelo nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado, ou pelo DF. mesmo ou outro Estado, ou pelo DF.

ConceitosConceitos

Visão normativa do Crédito (direito Visão normativa do Crédito (direito subjetivo, titularidade ativa subjetivo, titularidade ativa exclusiva do contribuinte)exclusiva do contribuinte)

NÃO CUMULATIVIDADENÃO CUMULATIVIDADE

Artigo 155, §2º, II – CF/88 - Artigo 155, §2º, II – CF/88 - A A isenção ou a isenção ou a não incidência,não incidência, salvo determinação em salvo determinação em contrário da legislação:contrário da legislação:

a)a) - não implicará crédito para compensação  - não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;prestações seguintes;

b)b) - acarretará a anulação do crédito relativo às  - acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou prestações anteriores. operações ou prestações anteriores.

NÃO CUMULATIVIDADENÃO CUMULATIVIDADE

Art. 146 CF/88 –Art. 146 CF/88 – Cabe à lei complementar: Cabe à lei complementar: III –III – estabelecer normas gerais em matéria estabelecer normas gerais em matéria

de legislação tributária, especialmente de legislação tributária, especialmente sobre:...sobre:...crédito.crédito.

Art. 155, §2º, XII, “c”Art. 155, §2º, XII, “c” – O ICMS atenderá – O ICMS atenderá ao seguinte: cabe à ao seguinte: cabe à lei complementar:lei complementar:

disciplinar o regime de compensaçãodisciplinar o regime de compensação. .

ICMS – NÃO CUMULATIVIDADEICMS – NÃO CUMULATIVIDADE

Art. 23 LC 87/96Art. 23 LC 87/96 – O direito de crédito – O direito de crédito para efeito de compensação com débito para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao do imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da condicionado à idoneidade da documentaçãodocumentação e, se for o caso, à e, se for o caso, à escrituração nos prazos e escrituração nos prazos e condições condições estabelecidos na legislaçãoestabelecidos na legislação..

ICMS – NÃO CUMULATIVIDADEICMS – NÃO CUMULATIVIDADE

Art. 19 LC 87/96 (art. 155, §2º, I, CF/88)Art. 19 LC 87/96 (art. 155, §2º, I, CF/88) – O imposto é não-cumulativo, – O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido compensando-se o que for devido em em cada operação relativa à circulação de cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o de comunicação com o montante cobrado montante cobrado (não necessariamente pago)(não necessariamente pago) nas nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado.anteriores pelo mesmo ou outro Estado.

CRÉDITO ATIVO PERMANENTECRÉDITO ATIVO PERMANENTE Art. 20 da Lei Complementar 87/96 Art. 20 da Lei Complementar 87/96

Artigo 20 - Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou ao recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

CRÉDITO ATIVO PERMANENTECRÉDITO ATIVO PERMANENTE

Art. 20 da Lei Complementar 87/96 Art. 20 da Lei Complementar 87/96

§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado:

I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;

CRÉDITO ATIVO PERMANENTECRÉDITO ATIVO PERMANENTE Art. 20 Lei Complementar 87/96 Art. 20 Lei Complementar 87/96

§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado:

V – na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente, antes de decorrido o prazo de 4 (quatro) anos contado da data de sua aquisição, não será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio.

CRÉDITO de mercadorias para USO OU CRÉDITO de mercadorias para USO OU CONSUMOCONSUMO

Lei Complementar 87/96 Lei Complementar 87/96

Artigo 20 - Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou ao recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

CRÉDITO de mercadorias para USO OU CRÉDITO de mercadorias para USO OU CONSUMOCONSUMO

Lei Complementar 87/96 Lei Complementar 87/96

Art. 33 – Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:

I - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020;

CRÉDITO de Energia ElétricaCRÉDITO de Energia Elétrica Lei Complementar 87/96 Lei Complementar 87/96

Art. 33 – Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte: II – somente dará direito a crédito a entrada de energia

elétrica no estabelecimento:   a) quando for objeto de operação de saída de energia

elétrica; 

b) quando consumida no processo de industrialização; 

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e

d) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipóteses;

CRÉDITO de ComunicaçõesCRÉDITO de Comunicações Lei Complementar 87/96 Lei Complementar 87/96

IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento:

 a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; e

c) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipóteses.

DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96

Art. 20, §1º - Art. 20, §1º - Não dão direito a crédito Não dão direito a crédito as entradas as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações de operações ou prestações isentas ou não tributadas, isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à alheios à atividade atividade do estabelecimento.do estabelecimento.

Art. 20, §2º - Art. 20, §2º - Salvo prova em contrário, presumem-Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal.de transporte pessoal.

DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96

Art. 20, §3º - Art. 20, §3º - É vedado o crédito É vedado o crédito relativo à relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita:prestação de serviços a ele feita:

I - para I - para integração ou consumointegração ou consumo em processo de em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante NÃO FOR TRIBUTADA OU ESTIVER produto resultante NÃO FOR TRIBUTADA OU ESTIVER ISENTA DO IMPOSTO ISENTA DO IMPOSTO , exceto se tratar-se de saída , exceto se tratar-se de saída para o exterior;para o exterior;

II - II - para comercialização ou prestação de serviço,para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüente NÃO quando a saída ou a prestação subseqüente NÃO FOREM TRIBUTADAS OU ESTIVEREM ISENTAS DO FOREM TRIBUTADAS OU ESTIVEREM ISENTAS DO IMPOSTO,IMPOSTO, exceto as destinadas ao exterior. exceto as destinadas ao exterior.

DO ESTORNO DE CRÉDITO NA LC 87/96DO ESTORNO DE CRÉDITO NA LC 87/96Art. 21.Art. 21. O sujeito passivo O sujeito passivo deverá efetuar o estorno deverá efetuar o estorno do do

imposto de que se tiver creditado, sempre que o serviço imposto de que se tiver creditado, sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

I - for objeto de saída ou prestação de serviço não-I - for objeto de saída ou prestação de serviço não-tributada ou isenta, sendo esta tributada ou isenta, sendo esta circunstância circunstância imprevisível imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;utilização do serviço;

II - for integrada ou consumida em processo de II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante industrialização, quando a saída do produto resultante for não-tributada ou estiver isenta do imposto;for não-tributada ou estiver isenta do imposto;

III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;estabelecimento;

IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

DO ESTORNO DE CRÉDITO NA LC 87/96DO ESTORNO DE CRÉDITO NA LC 87/96

Art. 21, § 2° Art. 21, § 2° Não se estornam créditos Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou venham a ser objeto de operações ou prestações prestações destinadas ao exterior ou destinadas ao exterior ou de operações com o papel de operações com o papel destinado à impressão de livros, destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.jornais e periódicos.