2014 - Contabilidade - Auditor Fiscal - LFG

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2014 - Contabilidade - Auditor Fiscal - LFG

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  • Curso Auditor e Analista Fiscal 2014/1

    CONTABILIDADE GERAL

    -Teoria e Resoluo de Questes-

    Prof. Marcondes Fortaleza

  • Auditor e Analista Fiscal 2013/2 Contabilidade Geral Prof. Marcondes Fortaleza

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    NDICE

    Contedo Programtico ATRFB 2012 ................................................................... 04 Anlise das ltimas 9 provas de Analista-Tributrio da RFB ................................. 05 Contedo Programtico AFRFB 2012 ................................................................... 06 Algumas informaes sobre a prova de Auditor-Fiscal da RFB ............................ 07 Retrato ESAF de 2008 a 2013 .............................................................................. 08 Contas utilizadas pela ESAF nos ltimos 15 anos ................................................ 09 100 fatos contbeis tirados de provas da ESAF ................................................... 12 Resposta dos 100 Fatos ....................................................................................... 20 Frmulas e classificao dos 100 fatos contbeis ................................................ 24 Entendendo o ncleo fundamental da disciplina ................................................... 25

    ---Questes---

    Parte Introdutria .................................................................................................. 77 Origens e Aplicaes ............................................................................................ 80 Estados Patrimoniais ............................................................................................ 83 Equao Fundamental do Patrimnio ................................................................... 83 Lanamentos ........................................................................................................ 84 Frmulas de Lanamentos ................................................................................... 88 Tipos de Fatos Contbeis ..................................................................................... 89 Teorias das Contas ............................................................................................... 90 Fatos Contbeis Seguidos de Perguntas sobre o Patrimnio ............................... 92 Contas .................................................................................................................. 94 Regimes de Escriturao: Caixa x Competncia ................................................ 100 Ajuste a Valor Presente ...................................................................................... 106 Escriturao ........................................................................................................ 107 Desconto de Duplicatas ...................................................................................... 110 Folha de Pagamento .......................................................................................... 114 Depreciao, Amortizao, Exausto ................................................................. 116 Provises ............................................................................................................ 124 Teste de Recuperabilidade ................................................................................. 130 Princpios de Contabilidade ................................................................................ 132 Operaes com Mercadorias .............................................................................. 138 Demonstrao do Resultado do Exerccio .......................................................... 151 Reserva legal ...................................................................................................... 157

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    Dividendos .......................................................................................................... 161 Reserva de Lucros a Realizar ............................................................................. 163 Subveno e Assistncia Governamentais ......................................................... 164 Reservas de Capital ........................................................................................... 165 Demonstraes Contbeis na Lei 6.404/76 ........................................................ 167 Ativo Intangvel ................................................................................................... 171 Noes de Lucro Real ........................................................................................ 173 Ajuste de Avaliao Patrimonial .......................................................................... 174 Questes Diversas ............................................................................................. 175

    ---Para Ler e Reler!!!---

    Lei 6.404/76 (artigos 175 a 205) ........................................................................ 179 Resoluo 750/93 Princpios de Contabilidade ................................................ 193 Escriturao: Resoluo CFC 1.330/11 e Captulo IV do Cdigo Civil ................ 196 Cdigo Civil Captulo sobre Escriturao ......................................................... 199 Trechos de alguns pronunciamentos do CPC ..................................................... 202 Provas Anteriores: Verdades Fundao Carlos Chagas (FCC) ........................... 232 Provas Anteriores: Verdades Cespe/UNB........................................................... 267

    --- O gabarito ser disponibilizado separadamente ---

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    EDITAL ATRFB 2012

    CONTABILIDADE GERAL:

    01. Princpios Contbeis Fundamentais. 02. Patrimnio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situao Lquida (ou Patrimnio Lquido). 03. Diferenciao entre Capital e Patrimnio. 04. Equao Fundamental do Patrimnio. 05. Representao Grfica dos Estados Patrimoniais. 06. Fatos Contbeis e Respectivas Variaes Patrimoniais. 07. Contas: Conceito, Dbito, Crdito e Saldo Teorias, Funo e Estrutura das Contas Contas

    Patrimoniais e de Resultado. 08. Apurao de Resultados. 09. Sistemas de Contas. Plano de Contas. 10. Provises em Geral. 11. Escriturao: Conceito e Mtodos Lanamento Contbil: Rotina e Frmulas. Processo de

    Escriturao. Escriturao de Operaes Financeiras. 12. Livros de Escriturao: Obrigatoriedade, Funes e Formas de Escriturao. Erros de Escriturao e

    suas correes. 13. Sistema de Partidas Dobradas. 14. Balancete de Verificao. 15. Balano Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentao. Contedo dos Grupos e Subgrupos. 16. Classificao das Contas, Critrios de Avaliao do Ativo e Passivo e Levantamento do Balano de

    acordo com a Lei n 6.404/76 (Lei das Sociedades por Aes). 17. Demonstrao do Resultado do Exerccio: Estrutura, Caractersticas e Elaborao de acordo com a Lei

    n 6.404/76. 18. Apurao da Receita Lquida, do Custo das Mercadorias ou dos Servios Vendidos e dos Lucros:

    Bruto, Operacional e No-Operacional do Exerccio, do Resultado do Exerccio antes e depois da Proviso para o Imposto sobre a Renda e para a Contribuio Social sobre o Lucro.

    19. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e no-cumulativo.

    O edital de 2012 est idntico aos de 2009 e 2005 (igualzinho mesmo, sem tirar nem pr). Em relao aos de 2003, 2002.2, 2002.1 e 2000, foi acrescentado apenas o item "19- PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e no-cumulativo". Deste modo, basta uma olhada no que caiu nos ltimos concursos para vermos o que pode ou no ser cobrado.

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    AS LTIMAS PROVAS DE ATRFB 1997199719971997: 5 questes ........................ todas ok 1998199819981998: 5 questes ........................ todas ok 2000200020002000: 10 questes ...................... 1 anulada + uma mal feita no anulada 2002.12002.12002.12002.1: 10 questes ................... 1 anulada; as demais ok 2002.22002.22002.22002.2: 10 questes ................... 2 anuladas + uma com gabarito ABSURDO 2003200320032003: 10 questes ...................... 1 anulada; as demais ok 2006200620062006: 10 questes ...................... 2 anuladas + uma mal feita no anulada 2009200920092009: 10 questes ...................... sem anulaes; uma mal feita no anulada 2012201220122012: 10 questes ...................... todas ok TotalTotalTotalTotal: 80 questes80 questes80 questes80 questes

    Veja que de 97 pra c tivemos 80 questes de Analista-Tributrio da Receita Federal. Vez ou outra aparece uma questo mal feita (prepare seu esprito pra isso). Geralmente as questes tm um nvel mais ou menos (nem gua com acar, nem fim de mundo). Eis os assuntos que mais caram:

    Relao de Contas ............................................14 Operaes com Mercadorias ............................12 Lei 6.404/76 (art.175 a 202) ..............................07 Lanamentos/ARE .............................................07 Desconto de Duplicatas .....................................05 DRE ...................................................................05 Depreciao.......................................................05 Provises ...........................................................05 Regimes de Escriturao ..................................03 Escriturao .......................................................02 Teorias das Contas ...........................................02 Equivalncia Patrimonial ...................................01 Lucro Real Noes .........................................01 Princpios ...........................................................01 Reserva Legal....................................................01 Tipos de Fatos Contbeis ..................................01 Frmulas de Lanamento ..................................01 Diversos .............................................................07 Total ...................................................................80

    Logo, pode, sim, cair operaes com mercadorias, depreciao, provises, regimes de escriturao, equivalncia patrimonial (lanamentos bsicos), Lei 6.404/76, desconto de duplicatas e reserva legal, dentre outras coisas.

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    EDITAL AFRFB 2012

    CONTABILIDADE GERAL E AVANADA:

    1. Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

    2. Patrimnio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situao lquida. Equao fundamental do patrimnio.

    3. Fatos contbeis e respectivas variaes patrimoniais. 4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. 5. Escriturao: conceito e mtodos; partidas dobradas; lanamento contbil rotina, frmulas; processos

    de escriturao. 6. Provises Ativas e Passivas, tratamento das Contingncias Ativas e Passivas. 7. Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro. 8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificaes, conceitos, processos de avaliao, registros contbeis

    e evidenciaes. 9. Passivos: conceitos, estrutura e classificao, contedo das contas, processos de avaliao, registros

    contbeis e evidenciaes. 10. Patrimnio lquido: capital social, adiantamentos para aumento de capital, ajustes de avaliao

    patrimonial, aes em tesouraria, prejuzos acumulados, reservas de capital e de lucros, clculos, constituio, utilizao, reverso, registros contbeis e formas de evidenciao

    11. Balancete de verificao: conceito, forma, apresentao, finalidade, elaborao. 12. Ganhos ou perdas de capital: alienao e baixa de itens do ativo. 13. Tratamento das Participaes Societrias, conceito de coligadas e controladas, definio de influncia

    significativa, mtodos de avaliao, clculos, apurao do resultado de equivalncia patrimonial, tratamento dos lucros no realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilizao.

    14. Apurao e tratamento contbil da mais valia, do goodwill e do desgio: clculos, amortizaes e forma de evidenciao.

    15. Reduo ao valor recupervel, mensurao, registro contbil, reverso. 16. Tratamento das Depreciao, amortizao e exausto, conceitos, determinao da vida til, forma de

    clculo e registros. 17. Tratamentos de Reparo e conservao de bens do ativo, gastos de capital versus gastos do perodo. 18. Debntures, conceito, avaliao e tratamento contbil. 19. Tratamento das partes beneficirias. 20. Operaes de Duplicatas descontadas, clculos e registros contbeis. 21. Operaes financeiras ativas e passivas, tratamento contbil e clculo das variaes monetrias, das

    receitas e despesas financeiras, emprstimos e financiamentos: apropriao de principal, juros transcorridos e a transcorrer.

    22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. 23. Folha de pagamentos: elaborao e contabilizao. 24. Passivo atuarial, depsitos judiciais, definies, clculo e forma de contabilizao. 25. Operaes com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e

    apurao do custo das mercadorias ou dos servios vendidos. 26. Tratamento de operaes de arrendamento mercantil. 27. Ativo No Circulante Mantido para Venda, Operao Descontinuada e Propriedade para Investimento,

    conceitos e tratamento contbil. 28. Ativos Intangveis, conceito, apropriao, forma de avaliao e registros contbeis. 29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas de Reavaliao. 30. Apurao do Resultado, incorporao e distribuio do resultado, compensao de prejuzos,

    tratamento dos dividendos e juros sobre capital prprio, transferncia do lucro lquido para reservas, forma de clculo, utilizao e reverso de Reservas.

    31. Demonstraes Contbeis, obrigatoriedade de apresentao e elaborao de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alteraes e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas.

    32. Balano Patrimonial: obrigatoriedade, apresentao; contedo dos grupos e subgrupos. 33. Demonstrao do Resultado do Exerccio, estrutura, evidenciao, caractersticas e elaborao. 34. Apurao da receita lquida, do lucro bruto e do resultado do exerccio, antes e depois da proviso para

    o Imposto sobre Renda, contribuio social e participaes. 35. Demonstrao do Resultado Abrangente, conceito, contedo e forma de apresentao.

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    36. Demonstrao de Mutaes do Patrimnio Lquido, forma de apresentao e contedo. 37. Demonstrao do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de apresentao, mtodos de elaborao e forma de

    apresentao. 38. Demonstrao do Valor Adicionado DVA: conceito, forma de apresentao e elaborao. 39. Anlise das Demonstraes. Anlise horizontal e indicadores de evoluo. ndices e quocientes

    financeiros de estrutura e econmicos.

    IMPORTANTE:

    Nosso curso abrange boa parte do contedo programtico. No entanto, os assuntos sublinhados no so abordados.

    ***

    AS LTIMAS PROVAS DE AFRFB

    1996199619961996: 20 questes ............ 2 anuladas 1998199819981998: 20 questes ............ nenhuma anulada 2001200120012001: 20 questes ............ 2 anuladas 2002.12002.12002.12002.1: 20 questes ......... 1 anulada 2002.22002.22002.22002.2: 20 questes ......... 1 anulada 2003200320032003: 20 questes ............ 2 anuladas 2005200520052005: 20 questes ............ 1 anulada 2009200920092009: 20 questes ............ 1 anulada 2012201220122012: 30 questes ............ nenhuma anulada

    At 2003, havia uma prova de Contabilidade Geral, com 20 questes, e outra de Contabilidade Avanada/Auditoria, com 60 questes (30 de cada). A partir de 2005 houve a unificao das provas de Geral e Avanada, com 20 questes (em 2005 no houve prova de Auditoria). Em 2009, alm da prova de Contabilidade Geral e Avanada, com 20 questes, houve o retorno de Auditoria. No ltimo concurso SET/2012 contabilidade aumentou ainda mais sua importncia, pois passou a ter 30 questes. Se a prova de 2005 foi praticamente uma prova de Contabilidade Geral a de 2012 fez juz ao nome de Avanada: a ESAF enfim resolveu cobrar os pronunciamentos do CPC. bom, daqui pra frente, ficarmos cada vez mais espertos em relao s diversas novidades que tm aparecido em provas de contabilidade.

    Ateno: na prova de Auditor-Fiscal da Receita Federal NO CAI:

    Consolidao de Balanos Reorganizao Societria (Fuso, Ciso, Incorporao) Contabilidade de Custos Contabilidade Pblica

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    RETRATO ESAF DE 2008 A 2013:

    De 2008 pra c a ESAF fez as seguintes provas de Contabilidade Geral:

    - Analista de Finanas e Controle AFC/CGU (MAR/2008) .................. 07 questes - Analista de Planejamento e Oramento APO (JUN/2008) ................ 03 questes - Auditor da Prefeitura de Natal/RN (AGO/2008) ................................ 10 questes - Analista de Finanas e Controle AFC/STN (NOV/2008) ................... 10 questes - Analista em Planejamento, Oramento e Finanas (MAR/2009) ...... 10 questes - Auditor-Fiscal da Receita Federal (DEZ/2009) ................................. 20 questes - Analista-Tributrio da Receita Federal ............................................. 10 questes - Analista de Planejamento e Oramento APO (MAR/2010) ............... 05 questes - Analista Tcnico da SUSEP (ABR/2010) ......................................... 10 questes - Fiscal de Rendas da Prefeitura do RJ (SET/2010) ........................... 10 questes - Analista da Comisso de Valores Mobilirios (DEZ/2010) ................ 10 questes - Analista de Comrcio Exterior ACE/MDIC (MAI/2012) ..................... 15 questes - Analista de Finanas e Controle AFC/STN (MAR/2013) ................... 30 questes - Contador PECFAZ MF (AGO/2013) ................................................. 10 questes - Analista Tcnico-Administrativo (AGO/2013) ................................... 15 questes

    Total: 175 questes

    Vejamos os assuntos mais cobrados pela ESAF nessas provas:

    01 lugar: Contas 02 lugar: Operaes com Mercadorias 03 lugar: Lei 6.404/76 04 lugar: DRE Depreciao 06 lugar: Provises

    Parte Introdutria (conceitos, frmulas, tipos de fatos, teorias das contas, estados patrimoniais)

    08 lugar: Equivalncia patrimonial Informaes/fatos seguidos de perguntas sobre o patrimnio 10 lugar: Princpios

    Em provas especficas de Contabilidade Avanada da ESAF, verificamos que demonstraes de Fluxo de Caixa e Equivalncia Patrimonial so assuntos bastante cobrados.

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    Vejamos as contas utilizadas pela ESAF nos 15 ltimos anos:

    ATIVO (Bens e Direitos)

    Aes de coligadas => AC Investimento Aes de controladas => AC Investimento Aes de outras companhias => AC Investimento Adiantamento a diretores => AC RLP Adiantamento a fornecedores => AC gio na aquisio de aes de controladas => AC Investimento Aluguis a receber => AC Aluguis a vencer => AC Aluguis passivos a vencer => AC Aluguis pagos antecipadamente => AC (Amortizao acumulada) => Retif. AC (Intangvel ou Imobilizado) Ativo imobilizado => AC Imobilizado Bancos conta movimento => AC Bancos c/Poupana => AC C/C ICMS (se o saldo for devedor) => AC Caixa => AC Caixa e bancos => AC Clientes => AC Comisses Ativas a Receber => AC Comisses Passivas a Vencer => AC Computadores e perifricos => AC Contas a receber => AC Crditos de acionistas transao no recorrente => AC RLP Crditos de financiamento/funcionamento => AC Depsito bancrio => AC (Depreciao acumulada) => Retif. AC Imobilizado Despesas antecipadas => AC Despesas a vencer => AC Despesas Diferidas => AC Devedores mobilirios => AC Dinheiro em caixa => AC Disponibilidades => AC Duplicatas a receber => AC Duplicatas a vencer => AC Duplicatas emitidas => AC Duplicatas protestadas => AC Edificaes => AC Imobilizado

    Edifcios de uso => AC Imobilizado Emprstimos a coligadas => AC RLP Emprstimos concedidos => AC Emprstimos concedidos (no circulante) => AC RLP Estoque de bens => AC Estoque de bens de consumo => AC Estoque final => AC Estoques => AC ICMS a recuperar => AC Imobilizado => AC Imobilizado Imobilizado em andamento => AC Imobilizado Imveis => AC Imobilizado Impostos a recuperar => AC Impostos a vencer => AC Instalaes => AC Imobilizado Investimento em aes => AC Investimento Investimentos em Controladas => AC Investimento Investimentos => AC Investimento Investimentos temporrios => AC Investimentos gio => AC Investimento Investimentos avaliados pelo PL => AC Investimento Juros a receber => AC Juros pagos antecipadamente => AC Juros passivos a vencer => AC Mquinas e equipamentos => AC Imobilizado Marcas e patentes => AC Intangvel Materiais => AC Material de consumo => AC Mercadorias => AC Mercadorias em estoque => AC Moblia => AC Imobilizado Mveis e mquinas => AC Imobilizado Mveis e utenslios => AC Imobilizado Nota promissria a receber => AC Notas promissrias aceitas => AC Numerrio em trnsito => AC Obras em andamento => AC Imobilizado Participao acionria => AC Investimento Participaes societrias => AC Investimento (Perdas estimadas para reduo ao valor recupervel) => Retif. AC Imobilizado ou Intangvel Prmio de seguros a vencer => AC Produtos acabados => AC

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    Produtos para venda => AC Propriedades para investimentos => AC Investimento (Proviso para ajuste de estoques) => Retif. AC (Proviso para crditos de liquidao duvidosa) => Retif. AC (Proviso para devedores duvidosos) => Retif. AC (Proviso para perdas em investimentos) => Retif. AC Investimento Realizvel a longo prazo => AC RLP Receitas a receber => AC Seguros a vencer => AC Terrenos => AC Imobilizado Terrenos e edifcios => AC Imobilizado Ttulos a receber => AC Ttulos a receber a LP => AC RLP Valores Mobilirios => AC Veculos => AC Imobilizado

    PASSIVO (Obrigaes)

    Adiantamento de clientes => PC Aluguis a pagar => PC Aluguis ativos a vencer => PC C/C ICMS (se o saldo for credor) => PC Contas a pagar => PC Contribuies a Recolher => PC Debntures a resgatar => PC Debntures conversveis em aes => PC Debntures exigvel a longo prazo => PC Dbitos de financiamento/funcionamento => PC Despesas a pagar => PC Dvidas => PC Dvidas com fornecedores => PC Dvidas diversas => PC Dividendos a pagar => PC Duplicatas a pagar => PC Duplicatas aceitas => PC Duplicatas descontadas => PC Emprstimos a longo prazo => PC Emprstimos a pagar => PC Emprstimos bancrios => PC Emprstimos e financiamentos => PC Emprstimos sob cauo => PC (Encargos financeiros a transcorrer) => Retif. PC

    Faturamento para entrega futura => PC FGTS a recolher => PC Financiamentos bancrios => PC Financiamentos contrados (circulante) => PC Fornecedores => PC ICMS a recolher => PC Impostos a pagar => PC Impostos a recolher => PC Impostos, contribuio e participao a pagar => PC INSS a recolher => PC IR e CSLL a recolher => PC Juros a pagar => PC Notas promissrias emitidas => PC Obrigaes trabalhistas => PC Prmio de seguros a pagar => PC Previdncia social a recolher => PC Proviso para frias => PC Proviso para FGTS => PC Proviso para imposto de renda => PC Proviso para IR e CSLL => PC Provises para reestruturao => PC Salrios a pagar => PC Salrios e encargos a pagar => PC Salrios no quitados => PC Ttulos a pagar => PC Ttulos a pagar a LP => PC

    PATRIMNIO LQUIDO (Aes em tesouraria) Ajustes de Avaliao Patrimonial Capital (Capital a integralizar) (Capital a realizar) Capital registrado Capital social (Dividendos antecipados) (Impostos sobre reavaliao) Lucros/prejuzos acumulados (Prejuzos acumulados) (Prejuzos anteriores) Reserva legal Reservas de capital Reservas de contingncias Reservas de lucros Reservas de reavaliao

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    Reservas estatutrias

    DESPESAS Abatimento s/ vendas (deduo da receita bruta) Aluguis pagos Aluguis passivos COFINS Comisses passivas Conduo e transporte Consumo efetuado Contribuio social sobre o lucro lquido Contribuies previdencirias Custo das mercadorias vendidas Custo das/de vendas Depreciao e amortizao Depreciao encargos Descontos concedidos Descontos passivos Despesa de comisses Despesas de organizao Despesas administrativas Despesas administrativas e gerais Despesas bancrias Despesas comerciais Despesas de aluguel Despesas de juros Despesas de salrios Despesas de transporte Despesas efetivadas no perodo Despesas financeiras Despesas gerais Despesas pr-operacionais Devedores duvidosos Devoluo de vendas (deduo da receita bruta) Encargos bancrios Encargos de depreciao FGTS Fretes e carretos Gastos com instalao ICMS sobre vendas (deduo da receita bruta) Impostos Impostos e taxas Insubsistncia do ativo IPTU IPVA Juros passivos

    Lanches e refeies Material consumido Participao de empregados Participaes estatutrias PIS sobre faturamento (deduo da receita bruta) Prejuzo na alienao Prejuzo na venda Prmios de seguros Previdncia social encargos Salrios Salrios e encargos Salrios e ordenados Supervenincia do passivo Supervenincia passiva

    RECEITAS Aluguis ativos Aluguis recebidos Comisses ativas Descontos ativos Descontos obtidos Ganhos de capital na alienao de imobilizado Insubsistncia ativa Insubsistncia do passivo Juros ativos Lucro na alienao Receita bruta de vendas Receita de aluguel Receita de servio Receita de vendas Receitas auferidas no perodo Receitas de juros Receitas diversas Receitas financeiras Rendas obtidas Servios prestados Supervenincia ativa Supervenincia do ativo Vendas vista / Vendas a prazo Vendas de mercadorias

    Endosso para Desconto e Ttulos Endossados: caram na prova de Analista-Tributrio da RFB 2012. Foi pegadinha, pois so contas de compensao e no se enquadram em nenhum dos cinco grandes grupos do sistema normal de contabilidade (Ativo, Passivo, PL, Receita e Despesa).

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    100 FATOS CONTBEIS

    - Tirados exclusivamente de provas da ESAF-

    Pagamentos, Compras

    01. pagamento a fornecedores R$ 4.200,00

    02. pagamento de um ttulo no valor de 3.000,00

    03. pagamento de um ttulo vencido no valor de R$ 1.200,00

    04. pagamento de emprstimos a curto prazo R$ 150,00

    05. pagamento de emprstimos a longo prazo R$ 900,00

    06. pagamento de R$ 12.000,00 de hipotecas de longo prazo

    07. compra a vista de veculos para o ativo imobilizado R$ 2.700,00

    08. compra a prazo (160 dias) de mveis para o escritrio R$ 1.650,00

    09. compras de mquinas industriais a longo prazo R$ 1.500,00

    10. compra a prazo de mquinas para o prprio uso, no valor de R$ 15.000,00

    11. compra, a prazo, de mveis e utenslios para uso por R$ 40.000,00

    12. firma comprou mercadorias a vista por R$ 1.400,00

    13. compra de mercadorias por R$ 8.000,00 com pagamento a longo prazo

    14. compra de bens para revender: cem unidades por R$ 21.000,00, a prazo

    15. compra de mercadorias isentas de tributao por R$ 1.200,00, aceitando duplicatas

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    16. compra de mercadorias a curto prazo R$ 4.800,00

    17. compra de mercadorias por 15.000,00 pagando um tero como entrada

    18. compras de mercadorias por 20 mil, com entrada de R$ 4 mil e duplicatas

    19. compra de mveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando uma entrada de 20% e o restante a prazo

    20. compra de mquinas por R$ 5.000,00, pagando entrada de 20%

    21. compra de mveis para uso, por R$ 6.000,00, aceitando duplicatas, sendo dois teros com vencimento a longo prazo

    22. compra a prazo de mquinas para uso por 1.000,00 pagando 40% de entrada

    23. compra de raes e alimentos por R$ 4.000,00, pagando entrada de 20% e emitindo notas promissrias

    24. compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender e 60% para usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas

    Recebimentos, Emprstimos

    25. recebimento de clientes R$ 3.000,00

    26. recebimento de duplicata no valor de R$ 100,00, em dinheiro

    27. emprstimos concedidos a empresas coligadas R$ 300,00

    28. recebimento de emprstimos concedidos aos scios R$ 450,00

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    29. emprstimos tomados a longo prazo R$ 1.200,00

    30. emprstimos tomados a curto prazo R$ 143,00

    Despesas

    31. registro de salrios de R$ 300,00, para pagamento posterior

    32. registro de impostos do ms, no valor de 120,00, para recolhimento posterior

    33. ocorrncia de uma despesa de R$ 160,00 para pagamento futuro

    34. empresa registrou a conta de luz do ms (R$ 80,00) para pagamento no ms seguinte

    35. registro do aluguel do ms no valor de R$ 300,00 para pagamento posterior

    36. pagamento do aluguel do ms no valor de 28,00

    37. pagamento de despesas do ms no valor de R$ 7.000,00

    38. pagamento de juros do ms corrente no valor de R$ 400,00

    39. pagamento de despesas com vendas R$ 1.320,00

    40. pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00

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    Vendas de Mercadorias, Servios

    41. vendas de mercadorias a vista R$ 15.000,00

    42. vendas de mercadorias por R$ 10 mil, pagos a vista

    43. venda de bens destinados a venda: oitenta unidades por R$ 19.00,00, a vista

    44. vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com entrada de R$ 8 mil e duplicatas

    45. venda, a vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com lucro de 30% sobre as vendas

    46. firma prestou servios a vista por R$ 800,00

    47. registro de servio realizado para recebimento a prazo, no valor de 52,00

    48. prestao de servios por R$ 400,00, recebendo, no ato, apenas 40%

    Pagando com desconto

    49. pagamento de duplicatas de R$ 70.000,00, obtendo desconto de 12%

    50. empresa resolveu antecipar o pagamento de uma dvida de R$ 5.000,00, ainda no vencida, para aproveitar o desconto de 10% oferecido pelo fornecedor

    51. pagamento de dvidas de R$ 6.000,00 com descontos de 15%, em cheque

    52. pagamento de dvidas de R$ 1.000,00, com desconto de 10%

    53. pagamento de ttulos vencidos no valor de R$ 200,00, com desconto de 10%

    54. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com desconto de 10%

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    55. pagamento de dvidas em duplicatas de 500,00, com descontos de 10%

    56. pagamento de um ttulo de 650,00 com desconto de 10%

    Pagando com juros

    57. quitao de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor

    58. quitao, por via bancria, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acrscimo de 10% relativos a juros

    59. ao quitar uma dvida em duplicatas no valor de R$ 2.000,00, a empresa foi compelida a pagar multa e juros de mora de R$ 100,00

    60. pagamento de uma dvida j vencida no valor de R$ 8.000,00, efetuado com juros moratrios de 11%

    61. pagamento de duplicatas de R$ 3 mil, com juros de R$ 600,00

    62. pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00, com juros de 10%

    63. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com juros de 15%

    64. pagamento de um ttulo de 450,00 com juros de 10%

    Recebendo com juros

    65. a empresa recebeu uma duplicata no valor de R$ 30.000,00, com acrscimo de juros de 10% por atraso no pagamento em relao ao vencimento original

    66. recebimento de crditos no valor de R$ 16.000,00, com juros de 8%

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    67. recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$ 400,00

    68. recebimento de direitos de R$ 500,00, com juros de 10%

    69. recebimento de ttulo no valor de R$ 400,00, com juros de 10%

    70. recebimento de um ttulo de 460,00, com juros de 10%

    71. recebimento, em cheque, de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidncia de juros taxa de 10%

    Recebendo com desconto

    72. recebimento de ttulos de R$ 120.000,00, concedendo desconto de 8%

    73. recebimento de ttulos de R$ 4.000,00, com descontos de 15%, em dinheiro

    74. recebimento, em cheque do Banco S/A, de uma duplicata, no valor de R$ 500,00, com desconto de 5%

    75. recebimento de um ttulo de 360,00, com desconto de 10%

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    Desconto de Duplicatas; + Emprstimos

    76. desconto de duplicatas no valor de R$ 200,00, com encargos bancrios de 10%

    77. desconto no Banco do Brasil de R$ 600,00 em duplicatas de sua emisso, com encargos de 10%

    78. contrato de emprstimo no banco no valor de 1.200,00, com encargos de 10%

    79. firma tomou R$ 1.000,00 emprestados no banco, com encargos de 10%

    Capital Social

    80. aumento do capital social em R$ 5.000,00 para integralizao futura

    81. aumento do capital social em R$ 4.000,00, com realizao em dinheiro

    82. firma recebeu capital social de R$ 1.100,00, em dinheiro

    83. integralizao do capital social, sendo R$ 150,00 em dinheiro, R$ 1.200,00 em mercadorias e R$ 600,00 em mveis e utenslios para o escritrio

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    Diversos

    84. depsitos bancrios R$ 900,00

    85. recebimento de receitas do ms no valor de R$ 12.000,00

    86. recebimento do aluguel do ms no valor de 38,00

    87. contabilizao de R$ 230,00 de juros vencidos mas no recebidos no exerccio

    88. empresa pagou a conta de luz vencida no ms passado, no valor de R$ 95,00

    89. apropriao de uma despesa paga antecipadamente no valor de R$ 150,00

    90. registro dos encargos de depreciao no valor de R$ 3.000,00

    91. registro de aluguel de R$ 120,00, pagando no ato apenas 40%

    92. firma pagou 40% do aluguel de R$ 600,00, registrando o restante para pagamento no ms seguinte

    93. distribuio de dividendos de R$ 1.000,00, para pagamento em 60 dias

    94. vendas de mveis e utenslios usados: trs unidades por R$ 1.500,00, a prazo

    95. venda de aes de coligadas por R$ 6.000,00, recebendo em cheque

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    96. venda de mquinas por R$ 2.000,00, a prazo, com prejuzo de 20%

    97. emisso das debntures mediante recebimento dos recursos

    98. reverso de reservas para contingncias R$ 180,00

    99. provisionamento para o imposto de renda no valor de R$ 1.200,00

    100. venda a prazo, por R$ 80.000,00, com incidncia de 10% de ICMS, de mercadorias compradas a prazo por R$ 60.000,00, com ICMS alquota de 15%

    Resposta dos 100 fatos:

    01) D- fornecedores C- caixa-------------------4.200

    Obs: Ao invs de fornecedores, podemos usar: duplicatas a pagar ou duplicatas aceitas (sinnimo de duplicatas a pagar). Podemos at mesmo utilizar contas a pagar ou ttulos a pagar, enfim, o importante usar uma conta que represente uma dvida da empresa. Resumo da pera: na de sofrimento com sinnimos de contas, ok?

    02) D- ttulos a pagar C- caixa--------------------3.000

    03) D- ttulos a pagar C- caixa--------------------1.200

    04) D- emprstimos C- banco c/ movimento--150

    05) D- emprstimos LP C- banco c/ movimento--900

    06) D- hipotecas a pagar LP C- banco c/ movimento12.000

    07) D- veculos C- caixa-------------------2.700

    08) D- mveis e utenslios C- contas a pagar------1.650

    09) D- mquinas e equipamentos C- contas a pagar LP-----1.500

    10) D- mquinas e equipamentos C- contas a pagar---------15.000

    11) D- mveis e utenslios C- contas a pagar--------40.000

    12) D- mercadorias C- caixa-------------------1.400

    13) D- mercadorias C- fornecedores LP---8.000

    14) D- mercadorias C- duplicatas a pagar---21.000

    15) D- mercadorias C- duplicatas aceitas----1.200

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    16) D- estoque de mercadorias C- duplicatas a pagar---4.800

    Obs: No confunda compra a curto prazo com compra vista. Na compra vista sai dinheiro do caixa; na compra a prazo, no h sada imediata de dinheiro, h, isso sim, aumento de uma obrigao que ser paga em breve.

    17) D- mercadorias---------15.000 C- caixa---------------------5.000 C- fornecedores---------10.000

    18) D- mercadorias---------20.000 C- caixa---------------------4.000 C- duplicatas a pagar--16.000

    19) D- mercadorias-----------2.200 C- caixa------------------------440 C- duplicatas aceitas----1.760

    20) D- mquinas-------------5.000 C- caixa--------------------1.000 C- contas a pagar-------4.000

    21) D- mveis e utenslios----6.000 C- duplicatas aceitas------2.000 C- duplicatas aceitas LP--4.000

    22) D- mquinas-------------1.000 C- caixa----------------------400 C- contas a pagar---------600

    23) D- estoque de raes e alimentos----4.000 C- caixa-------------------------------------------800 C- notas promissrias emitidas-------3.200

    24) D- mercadorias---------------120 D- mveis e utenslios-----180 C- caixa-------------------------100 C- duplicatas aceitas-------200

    25) D- caixa C- clientes--------3.000

    26) D- caixa C- duplicatas a receber----100

    27) D- emprstimos a coligadas C- caixa-------------------------300

    28) D- caixa C- emprstimos a scios-----450

    29) D- bancos C- emprstimos LP----1.200

    30) D- bancos c/ movimento C- emprstimos---------143

    31) D- salrios C- salrios a pagar-----300

    32) D- impostos C- impostos a pagar---120

    33) D- despesa C- despesa a pagar---160

    34) D- despesa de luz C- luz a pagar----------80

    35) D- despesa de aluguel C- aluguis a pagar---300

    36) D- aluguis passivos C- caixa------------------28

    37) D- despesas C- caixa-----------------7.000

    38) D- juros passivos C- caixa--------------400

    39) D- despesas com vendas C- caixa---------------1.320

    40) D- despesa paga antecipadamente C- caixa---------------100

    41) D- caixa C- vendas de mercadorias----15.000

    42) D- caixa C- receita de vendas------10.000

    43) D- caixa C- vendas----------------19.000

    44) D- caixa----------------------8.000 D- contas a receber----10.000 C- vendas------------------18.000

    45) D- caixa C- vendas-----------------50.000

    D- custo das mercadorias vendidas C- mercadorias----------35.000

    ou (fazendo um nico lanamento)

    D- caixa---------------------- 50.000 D- cmv------------------------35.000 C- vendas------------------- 50.000 C- mercadoria------------ 35.000

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    46) D- caixa C- receita de servios---800

    47) D- clientes C- receita de servios---52

    Obs: Ao invs de clientes, podemos usar: duplicatas a receber ou duplicatas emitidas (sinnimo de duplicatas a receber). Podemos at mesmo utilizar contas a receber ou ttulos a receber, enfim, o importante usar uma conta que represente um valor a receber.

    48) D- caixa----------------------160 D- clientes-------------------240 C- servios prestados---400

    49) D- duplicatas a pagar----70.000 C- desconto obtido--------8.400 C- caixa-----------------------61.600

    50) D- fornecedores-------------5.000 C- desconto obtido----------500 C- caixa-------------------------4.500

    51) D- duplicatas a pagar--------6.000 C- desconto obtido-------------900 C- bancos c/ movimento-5.100

    52) D- contas a pagar---------1.000 C- desconto obtido---------100 C- caixa--------------------------900

    53) D- ttulos a pagar----------200 C- desconto obtido--------20 C- caixa-----------------------180

    54) D- duplicatas a pagar----100 C- desconto obtido--------10 C- caixa-------------------------90

    55) D- duplicatas aceitas-----500 C- desconto obtido--------50 C- caixa-----------------------450

    56) D- duplicatas a pagar----650 C- desconto obtido--------65 C- caixa-----------------------585

    57) D- duplicatas a pagar---1.100 D- juros passivos----------110 C- caixa----------------------1.210

    58) D- duplicatas aceitas----600 D- despesa de juros-------60 C- banco----------------------660

    59) D- duplicatas a pagar------------2.000 D- desp de multa e juros---------100 C- caixa-------------------------------2.100

    60) D- contas a pagar-----------8.000 D- juros passivos-------------880 C- caixa-------------------------8.880

    61) D- duplicatas a pagar---3.000 D- juros passivos----------600 C- caixa----------------------3.600

    62) D- impostos a pagar---500 D- juros passivos--------50 C- caixa---------------------550

    63) D- duplicatas a pagar---100 D- juros passivos---------15 C- caixa----------------------115

    64) D- ttulos a pagar-------450 D- despesa de juros----45 C- caixa--------------------495

    65) D- caixa-------------------------33.000 C- duplicatas a receber---30.000 C- juros ativos------------------3.000

    66) D- caixa--------------------17.280 C- contas a receber---16.000 C- receita de juros-------1.280

    67) D- caixa------------------------2.400 C- duplicatas emitidas---2.000 C- juros ativos-----------------400

    68) D- caixa-----------------------550 C- duplicatas a receber--500 C- receita de juros-----------50

    69) D- caixa-----------------------440 C- duplicatas a receber--400 C- receita de juros----------40

    70) D- caixa-------------------506 C- ttulos a receber---460 C- juros ativos------------46

    71) D- caixa-------------------------2.420 C- duplicatas a receber---2.200 C- juros ativos-------------------220

    72) D- caixa--------------------------------110.400 D- descontos concedidos----------9.600 C- ttulos a receber-----------------120.000

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    73) D- caixa--------------------------------3.400 D- descontos concedidos---------600 C- ttulos a receber-----------------4.000

    74) D- caixa--------------------------------475 D- descontos concedidos--------25 C- ttulos a receber-----------------500

    75) D- caixa--------------------------------324 D- descontos concedidos--------36 C- ttulos a receber-----------------360

    76) D- banco--------------------------180 D- juros a vencer----------------20 C- duplicatas descontadas---200

    Voc ir entender esse lanamento quando chegarmos no item Desconto de Duplicatas.

    77) D- banco--------------------------540 D- juros a vencer----------------60 C- duplicatas descontadas---600

    78) D- banco---------------------------------------1.080 D- encargos financ. a transcorrer-------120 C- emprstimo-------------------------------1.200

    79) D- banco------------------------------------------900 D- encargos financ. a transcorrer-------100 C- emprstimo-------------------------------1.000

    80) D- capital a integralizar C- capital social--------------5.000

    81) D- caixa C- capital social--------------4.000

    82) D- caixa C- capital social------1.100

    83) D- caixa--------------150 D- mercadorias---1.200 D- mveis-------------600 C- capital------------1.950

    84) D- banco c/ movimento C- caixa------------------------900

    85) D- caixa C- receita-----12.000

    86) D- caixa C- aluguis ativos-----38

    87) D- juros a receber C- juros ativos--------230

    88) D- luz a pagar C- caixa------------95

    89) D- despesa C- despesa antecipada--150

    90) D- depreciao C- depreciao acumulada3.000

    91) D- aluguis passivos ---120 C- caixa-----------------------48 C- aluguis a pagar-------72

    92) D- despesa de aluguel----600 C- caixa-------------------------240 C- contas a pagar-----------360

    93) D- lucros acumulados C- dividendos a pagar------1.000

    94) D- contas a receber C- mveis----------------------1.500

    95) D- caixa C- aes de coligadas------6.000

    96) D- contas a receber-----2.000 D- perda de capital---------400 C- mquinas---------------2.400

    97) D- banco C- debntures a resgatar

    98) D- reserva para contingncia C- lucros acumulados------------180

    99) D- despesa com IR C- IR a pagar-----------------1.200

    100) D- clientes C- vendas-------80.000

    D- CMV C- mercadorias-----51.000

    D- ICMS s/ Vendas C- ICMS a Recolher---8.000

    ***

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    Frmulas e classificao dos 100 fatos: 01 a 16: 1 frmula; permutativo 17 a 23: 2 frmula, permutativo 24: 4 frmula; permutativo 25 a 30: 1 frmula; permutativo 31 a 39: 1 frmula; modificativo diminutivo 40: 1 frmula; permutativo

    41 a 43: 1 frmula; modificativo aumentativo

    44: 3 frmula; modificativo aumentativo 45: 4 frmula; misto aumentativo (fazendo um nico lanamento) 46 e 47: 1 frmula; modificativo aumentativo 48: 3 frmula; modificativo aumentativo 49 a 56: 2 frmula; misto aumentativo 57 a 64: 3 frmula; misto diminutivo 65 a 71: 2 frmula; misto aumentativo 72 a 75: 3 frmula; misto diminutivo 76 a 79: 3 frmula; permutativo 80: 1 frmula; permutativo 81 e 82: 1 frmula; modificativo aumentativo 83: 3 frmula; modificativo aumentativo 84: 1 frmula; permutativo 85 a 87: 1 frmula; modificativo aumentativo 88: 1 frmula; permutativo 89 e 90: 1 frmula; modificativo diminutivo 91 e 92: 2 frmula; modificativo diminutivo 93: 1 frmula; modificativo diminutivo 94 e 95: 1 frmula; permutativo

    96: 3 frmula; misto diminutivo 97 e 98: 1 frmula; permutativo 99: 1 frmula; modificativo diminutivo 100: 4 frmula; misto aumentativo

    (fazendo um nico lanamento)

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    Entendendo o Ncleo Fundamental da Disciplina Por: Marcondes Fortaleza

    1.1 INTRODUO Dentre os diversos ramos de conhecimento, natural existir um voltado

    especificamente para o estudo do patrimnio das pessoas, haja vista a enorme importncia que este tem no nosso dia a dia. No caso das pessoas jurdicas, ento, o perfeito controle de tudo o que elas possuem e devem e o acompanhamento de como a riqueza aumenta ou diminui ao longo do tempo chega a ser decisivo em um ambiente de concorrncia atroz, onde a eficincia nos processos precisa ser aperfeioada constantemente. nesse contexto que ganha importncia a Contabilidade, que a cincia voltada para o estudo, registro, controle e acompanhamento do patrimnio das entidades.

    Mas, o que vem a ser o patrimnio? o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade, a saber: as coisas que a empresa possui para usar ou vender (mveis, equipamentos, veculos, mercadorias), os valores a receber de algum e as dvidas perante terceiros. Quantificar exatamente esses montantes e acompanhar quaisquer modificaes ocorridas neles. a isso que a Contabilidade se dedica. A Contabilidade antiga. Apareceu junto com o modo mais rudimentar possvel de controle de bens, evoluindo para sistemas de informao sofisticadssimos que se constituem no principal suporte para a tomada de deciso por parte de investidores e administradores. Mas o que fazer para entender os meandros dessa disciplina? Como caminhar satisfatoriamente pela Contabilidade, sem sustos?

    O ncleo central da disciplina formado por dois pontos:

    a) O perfeito entendimento do que o Ativo, Passivo, Situao Lquida, Receitas e Despesas;

    b) Como registrar (debitar e creditar) os fatos contbeis.

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    comum o estudante que apresenta alguma dificuldade na matria confundir ativo com receita ou, mais ainda, passivo com despesa. E o que dizer da ideia, mais que enraizada, de que crdito bom e dbito ruim? Nada mais malfico para quem est dando os primeiros passos.

    fundamental que voc, caro aluno do curso Auditor e Analista Fiscal, saiba debitar e creditar com desenvoltura, bem como entenda a composio do patrimnio (ativo, passivo e situao lquida) e compreenda como ele aumenta ou diminui (receitas e despesas). Da a importncia de ler e reler essa parte do material at que no restem mais dvidas. Refaa tambm o lanamento dos 100 fatos contbeis, quantas vezes forem necessrias, at que essa histria de debitar e creditar seja algo razoavelmente tranqilo pra voc. Sem isso no vai dar pra seguir na matria. Com tal kit bsico, porm, voc conseguir acompanhar os diversos assuntos do nosso curso tranqilamente. Bom estudo!

    1.2 CONCEITO, OBJETO E TCNICAS CONTBEIS importante que cada um de ns saibamos quanto possumos e devemos. Voc, caro

    aluno, tem controle sobre seu patrimnio? Sabe quanto tem em bens e direitos? E em relao s dvidas, sabe quanto deve nesse momento? Comparando sua situao patrimonial com a do ano anterior, seu patrimnio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos desse acrscimo/decrscimo?

    A Contabilidade, cincia que estuda e pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administrao econmica1, responde a essas questes. Deve-se, assim, de cara, afastar os conceitos que tratam a Contabilidade como arte, tcnica ou metodologia. Mas, para que, afinal, a Contabilidade existe? Grosso modo, para fornecer informaes teis a todos os que por elas se interessem sendo, por isso, importante que a Contabilidade tenha total controle sobre tudo o que ocorre com o patrimnio, afinal, este o seu objeto. De modo direto podemos dizer que:

    1 Definio dada no 1 Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924.

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    Contabilidade a cincia que controla o patrimnio (objeto) a fim de fornecer informaes (finalidade) a quem interessar possa (usurios).

    Se o objeto da Contabilidade o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade, um primeiro passo entendermos o significado de tais conceitos. Perceba que o senso comum vai nos ajudar bastante nessa tarefa. Bens (tambm chamados de direitos reais)

    Bem algo que atende a uma necessidade humana e pode ser avalivel em moeda. So os elementos que podem ser utilizados ou vendidos e que tm valor: dinheiro no bolso, dinheiro no banco, mquinas, equipamentos, mveis, utenslios, veculos, terrenos, mercadorias, produtos, etc. A despeito dos exemplos dados, nem todo bem tangvel ou material. Veja o caso de um programa de computador: tem utilidade e avalivel em dinheiro (custa algum valor) e, por isso, um bem, s que intangvel. H outros exemplos de bens incorpreos, tais como marcas e patentes. importante que fique claro que um bem pode ser material ou imaterial e que necessariamente a ele deve ser possvel atribuir um custo. O ar, por exemplo, tem uma enorme utilidade, mas no avalivel em moeda. Ningum diz: o ar da minha empresa foi comprado por tantos reais. Ora, a Contabilidade trata, em ltima instncia, apenas de itens que possam ser expressos em dinheiro; sendo assim, o ar no faz parte do patrimnio de ningum.

    Direitos (tambm conhecidos como direitos pessoais) So todos os valores que a empresa tem a receber ou a recuperar, bem como tudo o

    que ela emprestou ou adiantou a algum. So os crditos perante terceiros. Emprestou algo a algum? Ficou com um direito denominado emprstimos concedidos2. Adiantou salrio a um empregado? Surgiu no seu patrimnio um direito denominado adiantamento a empregados. Vendeu mercadorias ou prestou servios a prazo? Apareceu um direito comumente chamado de clientes ou duplicatas a receber. Direitos, simplificando, so os montantes que a empresa tem a receber dos outros.

    2 Veremos mais adiante que h flexibilidade na nomenclatura das contas, a depender do plano de contas estruturado pela

    entidade. O que emprstimos concedidos em uma, pode ser emprstimos a receber em outra, por exemplo.

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    Obrigaes

    Aqui tambm o senso comum ajuda bastante: obrigaes so as dvidas que a entidade contraiu junto a terceiros: contas a pagar, emprstimos obtidos, tributos a recolher; enfim, so os valores que cedo ou tarde a empresa ter de pagar a algum.

    Situao Lquida

    Embora no esteja expresso no conceito de patrimnio, importante o entendimento do que seja a situao lquida. Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em dinheiro e pagar todas as suas dvidas, diz-se que a sobra a sua situao lquida (SL). A SL , portanto, quanto efetivamente pertence ao dono da entidade sendo, por isso, conhecida como capital prprio (riqueza do proprietrio). fcil visualizar. Imagine que algum tenha, em bens e direitos o valor de R$ 20 e que possua, ao mesmo tempo, uma dvida tambm de R$ 20. Essa pessoa, no final das contas, no possui recurso prprio, sua riqueza zero! Ora, se ela vender o bem e receber o direito ficar com R$ 20 nas mos. S que ter de pagar sua dvida, tambm no valor de R$ 20. No final da histria: nada no bolso! por isso que quando avaliarmos se algum rico ou no, no devemos focar apenas nos bens e direitos (que a praxe, diga-se de passagem), pois algum pode ter aplicaes, terrenos, investimentos e carros na casa de bilhes, mas do mesmo modo, pode estar devendo bilhes. J outro, com apenas uma simples casa, mas sem dever a ningum, pode ter uma SL maior. Vamos comparar duas situaes:

    Patrimnio 1 Dinheiro--------- 100.000 Financiamentos Bancrios a Pagar-----400.000 Casa------------- 200.000 Contas a Pagar-------------------------------200.000 Terrenos-------- 300.000 TOTAL-----------600.000

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    Anlise: A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil, mas sua riqueza prpria zero, pois suas dvidas tambm chegam a 600 mil; ou seja, todos os bens que possui foram adquiridos a prazo.

    Patrimnio 2 Dinheiro--------- 1 Contas a Pagar------- 0,50

    Anlise: A pessoa quase no possui patrimnio, pois h somente um bem (dinheiro) na quantia irrisria de um real (R$ 1); entretanto, as dvidas so menores ainda (praticamente zero), de modo que possui patrimnio lquido de 0,50 centavos quase nada, mas possui! Embora prosaicos, os exemplos servem para deixar claro, desde j, que:

    No um ATIVO (bens e direitos) grande, por si s, que vai indicar que algum est rico. No um PASSIVO (obrigaes) enorme, por si s, que vai indicar que algum est pobre.

    Tcnicas Contbeis

    So quatro as tcnicas das quais a Contabilidade se utiliza para exercer o perfeito controle do patrimnio das empresas3 a fim de municiar seus usurios internos e externos de informaes teis: escriturao, demonstraes, auditoria e anlise.

    Tudo comea com a ESCRITURAO, que o registro de todas as ocorrncias que afetam o patrimnio. Sendo a cincia que controla o patrimnio a fim de fornecer informaes, bvio que a Contabilidade deve estar atenta a todos os fatos que alterem os bens, direitos e obrigaes de uma empresa. Houve alterao? Deve-se efetuar o registro do que exatamente foi modificado no patrimnio: isso se chama lanamento que , nada mais nada menos, o debitar e o creditar na Contabilidade. Por ser o ponto de partida,

    3 Embora o campo de aplicao seja bastante vasto (quaisquer entidades econmico-administrativas onde haja um patrimnio sendo

    gerido as chamadas AZIENDAS), para fins didticos, seguiremos nosso raciocnio pensando na Contabilidade voltada para as empresas (estas, afinal, os maiores clientes daquela).

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    fundamental o entendimento de como se registra um fato, assunto que ser cuidadosamente debatido adiante, em meio a vrios exemplos.

    A contabilidade existe para fornecer informaes teis, que auxiliem na tomada de decises por parte dos usurios. Sendo assim, de nada adianta dizer ao dono de uma empresa que em relao ao seu patrimnio houve, por exemplo, cinco mil fatos que alteraram seu patrimnio e passar a narrar um festival de dbitos e crditos. Ser que ele compreenderia alguma coisa? Claro que no! por isso que, aps o registro de todos os fatos ocorridos em determinado perodo - ao qual denominamos de exerccio social, com durao de um ano -, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com uma finalidade especfica, informando aos usurios, por exemplo, qual o seu patrimnio em uma data determinada e o resultado (lucro ou prejuzo) apurado. Tais demonstrativos so conhecidos como DEMONSTRAES CONTBEIS ou DEMONSTRAES FINANCEIRAS, as quais resumem a escriturao, tornando-a mais amigvel ao usurio.

    A AUDITORIA, mais uma tcnica, consiste na obteno de evidncias sobre as informaes contidas nas demonstraes: todos os fatos foram realmente registrados de forma correta? As demonstraes foram elaboradas de acordo com os princpios e normas contbeis?

    Por fim, a ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS, tambm conhecida como anlise das demonstraes financeiras ou anlise de balanos, trata do estudo das demonstraes, atravs do qual elas so estudadas sob diferentes aspectos, de modo que o analista consiga extrair diversas informaes, tais como liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade.

    TCNICAS => Registrar (escriturao), montar quadros com exposio detalhada (demonstraes), estud-los (anlise) e averiguar se est tudo certo (auditoria).

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    1.3 CONTAS

    Imagine que voc seja o responsvel pela Contabilidade de algum e chegou o momento de mostrar a essa pessoa qual o patrimnio dela no final de determinado exerccio social. Caso voc diga seu patrimnio de R$ 1 milho, essa informao gerar, por certo, outras indagaes do tipo Mas um milho em qu? Dinheiro? Casas? Terrenos? Valores a receber? Ora, se a Contabilidade existe para fornecer informaes, deve fazer isso de modo decente. A informao deve ser prestada levando-se em considerao que o patrimnio composto de diversos itens. Para fins de comparao, para ficarmos s nos bens, algum pode ter apenas um imvel de dois milhes, enquanto outro pode ter dinheiro em caixa, dinheiro no banco, aplicaes financeiras, terrenos, mquinas, mveis, veculos, utenslios, enfim, diversos itens que somados tambm cheguem ao valor de dois milhes. Observe que embora os dois patrimnios (brutos) possuam um mesmo valor, eles tm uma composio muito diferente! por isso que a Contabilidade fornece informaes indicando cada elemento que compem o patrimnio de uma pessoa; e cada elemento desse, cada item que forma o patrimnio de algum, que chamamos de contas.

    Uma conta pode ser patrimonial ou de resultado. Contas patrimoniais so aquelas que retratam o patrimnio da entidade em determinada data e que, por isso, aparecem no Balano Patrimonial: Ativo, Passivo e SL. As contas de resultado so utilizadas na aferio do resultado da empresa (desempenho econmico), ou seja, atravs delas ficamos sabendo se a empresa teve lucro ou prejuzo em determinado perodo. So as contas que aparecem na Demonstrao do Resultado do Exerccio: Receitas e Despesas.

    Veja que uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos: ATIVO, PASSIVO, SITUAO LQUIDA (SL), RECEITAS e DESPESAS. importantssimo entendermos a caracterstica de cada um desses grupos, sabermos identificar, quando apresentados a uma conta, a qual grupo ela pertence, pois esse o ponto de partida para o lanamento contbil.

    Vamos, a partir daqui, estruturar nosso estudo da seguinte forma: em um primeiro momento, aprenderemos a identificar as contas do ativo, passivo e SL para, em seguida, entendermos como se d o registro de fatos envolvendo tais grupos. Na seqncia,

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    apresentaremos os conceitos de despesas e receitas, com exemplos de lanamentos, mostrando cuidadosamente a diferena entre as contas usadas para aferir o resultado (receitas e despesas), e as utilizadas para evidenciar o patrimnio de algum em determinada data (ativo, passivo e SL). Essa seqncia foi cuidadosamente planejada para que voc entenda mas entenda mesmo! o ncleo fundamental da disciplina: quais so os grupos de contas e como lanar. Vamos l, ento!

    1.4 ATIVO

    De modo simplificado, podemos definir ATIVO, tambm chamado de patrimnio bruto, como a parte positiva do patrimnio, representando os bens e direitos da entidade.

    J vimos que os bens podem ser tangveis (possvel tocar) ou intangveis (sem substncia fsica). Exemplos de bens corpreos: caixa (nome dado ao dinheiro existente), mercadorias (o que a empresa compra para revender), produtos (o que a indstria fabrica para vender), mquina e equipamentos, mveis e utenslios, terrenos, edifcios, instalaes (eltricas//hidrulicas), ferramentas e veculos. J entre os bens imateriais temos marcas e patentes, programas de computador, direito de explorao de uma mina4 e concesses obtidas do poder pblico.

    Direitos representam todos os valores que a empresa tem a receber, quer porque tenha vendido mercadorias ou prestado servios a prazo, quer porque tenha emprestado ou adiantado recursos a algum. Tambm so classificados como direitos os tributos que a empresa tenha direito de recuperar. Isso acontece porque h alguns tributos que, por definio, so no-cumulativos, como o ICMS e o IPI, e outros que, dependendo do regime, tambm podem ser (PIS e COFINS). A no-cumulatividade consiste em poder abater do valor do tributo devido na venda o valor pago por ele na compra. Exemplo: a empresa X comprou mercadorias pagando, embutido no preo, um ICMS de R$ 10. Quando, l na frente, vendeu essa mercadoria, houve a incidncia de ICMS no valor de R$ 15. Por conta da no-cumulatividade, a empresa no precisar recolher aos cofres pblicos o valor de R$ 15, pois

    4 Apesar da palavra direito, no se trata de valor a receber de algum; por isso essa conta considerada um bem intangvel.

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    poder abater o valor do imposto pago na compra (R$ 10), de modo que, na hora do pagamento, ser recolhido ao Estado apenas R$ 5 (R$ 15 R$ 10). No caso apresentado, os R$ 10 de ICMS que foram pagos na compra ficam registrados em uma conta chamada ICMS a Recuperar, indicando um direito da empresa junto ao Estado, j que ela poder compensar esse valor com o devido na venda. O objetivo aqui que voc saiba da existncia de tributos que podem ser recuperados (compensados com os valores a recolher), indicando um direito da entidade e que, por isso, ficam no ativo: ICMS a Recuperar, IPI a Recuperar, PIS a Recuperar e COFINS e Recuperar.

    Vamos imaginar algumas contas do ativo pensando no dia a dia: dinheiro na carteira, dinheiro no banco, relgio, computador, celular, carro, casa, aplicao financeira, emprstimo concedido a um amigo e adiantamento feito domstica.

    Vejamos, agora, o conceito oficial de ativo dado pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC, no Pronunciamento que trata da Estrutura Conceitual para a Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro:

    Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade.

    Embora aparentemente complicado esse conceito no se contrape ideia de que no ativo ficam os bens e os direitos; sendo assim, no pense que, de repente, voc no est entendendo mais nada. Vamos ver o que o CPC quer dizer:

    um recurso controlado pela entidade O ativo necessariamente dever estar sob o controle da empresa. Se um bem consta formalmente como sendo de propriedade de X mas est sob controle de Y, que usufrui dos benefcios de seu uso e assume os riscos inerentes a essa utilizao, referido bem deve figurar no Ativo de Y;

    Como resultado de eventos passados Se voc sonha em, no futuro, adquirir uma bela casa de praia, no por isso que vai, de imediato, registr-la em seu ativo, pois o evento (aquisio da casa) ainda no aconteceu, algo

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    que s vai ocorrer no futuro. O fato precisa ter acontecido - ser um evento passado , para que a casa possa aparecer no Ativo;

    E do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade Um ativo sempre vai gerar benefcio econmico para a entidade, seja pela venda, seja pelo uso. Por exemplo, quando a empresa vende um estoque, cedo ou tarde receber recursos (dinheiro) como pagamento, por isso diz-se que o ativo mercadorias resulta em benefcio econmico. Mas nem s pela venda um ativo pode gerar benefcios. Uma mquina utilizada para fabricao de produtos contribui, certamente, para que tais produtos fiquem aptos para a venda; por isso, ela tambm participa da gerao de benefcios econmicos.

    CPC

    Cabe aqui um breve apanhado sobre o Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC, entidade autnoma criada pela Resoluo CFC n 1.055/05 tendo como objetivos estudar, preparar e emitir pronunciamentos tcnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informaes dessa natureza, para permitir a emisso de normas pela entidade reguladora brasileira, visando centralizao e uniformizao do seu processo de produo, levando sempre em conta a convergncia da contabilidade brasileira aos padres internacionais. O CPC formado por seis entidades5:

    ABRASCA Associao Brasileira das Companhias Abertas;

    APIMEC NACIONAL Associao dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais;

    BM&F Bovespa;

    CFC - Conselho Federal de Contabilidade;

    IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;

    5 Receita Federal, Banco Central, Comisso de Valores Mobilirios, Superintendncia de Seguros Privados, Febraban e Confederao

    Nacional das Indstrias so membros convidados do CPC.

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    FIPECAFI Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e Financeiras da FEA/USP.

    Com a globalizao consolidada e o crescente desenvolvimento do mercado de capitais, soa cada vez mais estranha a ideia de cada pas possuir regras e prticas contbeis especficas. Isto porque comum vermos empresas que operam em diversos pases tendo, por isso, que fornecer informaes aos seus usurios espalhados mundo afora: j pensou no custo para ajustar as informaes contbeis s regras de cada pas? Nesse contexto, em 1973, foi criado o IASC6 International Accounting Standards Committee, com o objetivo de definir critrios e padres contbeis universais, atravs da emisso de normas internacionais de contabilidade, as chamadas IAS (International Accounting Standards). A partir de 2001, o IASB International Accounting Standards Board, criado inicialmente como rgo do IASC, passou a emitir os pronunciamentos contbeis, que passaram a ser chamados de IFRS (International Financial Reporting Standard).

    Foi considerando a necessidade de harmonizao da contabilidade brasileira s normas emitidas pelo IASB que a Lei n 11.638/07 estabeleceu o seguinte em seu artigo 10A:

    A Comisso de Valores Mobilirios, o Banco Central do Brasil e demais rgos e agncias reguladoras podero celebrar convnio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgao de princpios, normas e padres de contabilidade e de auditoria, podendo, no exerccio de suas atribuies regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientaes tcnicas emitidas.

    Surgia, assim, o fundamento legal para a adoo dos pronunciamentos do CPC pelas entidades reguladoras brasileiras. Hoje, com ampla participao de vrios agentes que vivenciam as normas contbeis sob diferentes aspectos, os pronunciamentos so elaborados - sendo sua aplicao estendida a todas as entidades atravs de Resolues do CFC - e, via de regra, aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, BACEN, SUSEP, etc.), legitimando e revestindo de legalidade o trabalho realizado pelo CPC.

    6 Em julho de 2010, o IASC mudou formalmente seu nome para Fundao IFRS. O nome do International Accounting Standards Board

    (IASB) permaneceu inalterado.

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    As bancas cada vez mais tm cobrado os pronunciamentos em suas provas. importante que voc saiba, pelo menos pra comeo de conversa, a ideia geral dos principais pronunciamentos. Cabe destacar, entretanto, que os CPCs no so de fcil leitura, pois tm linguagem cheia de viagens contbeis. Deste modo, importante, sim, que voc leia e releia o kit bsico sobre pronunciamentos que consta no final do nosso material, mas isso somente depois que estiver rapazinho ou mocinha na contabilidade.

    1.5 PASSIVO

    O passivo formado pelas dvidas da entidade, ou seja, tudo o que a empresa est devendo para terceiros (por isso mesmo, tambm conhecido como capital de terceiros). Quaisquer contas a pagar (ttulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissrias a pagar), emprstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de algum, tributos a recolher, dvidas junto a fornecedores, enfim, tudo o que devemos fica no nosso Passivo.

    Lembrando o que foi dito anteriormente, no um passivo grande, por si s, que vai indicar que minha situao est ruim. Por exemplo, se peguei um emprstimo de mil, mas possuo esse dinheiro no caixa (ou aplicado em mquinas, mercadorias, etc.), minha riqueza no foi alterada (no fiquei mais rico nem mais pobre), pois se verdade que tenho uma dvida de mil, tambm verdade que esse valor est no meu ativo. Basta eu realizar os bens (ou seja, transform-los em dinheiro) e pagar a obrigao. Seguindo o mesmo raciocnio, no porque tenho um ativo de um milho que posso dizer que estou em uma situao confortvel; isso porque posso estar com esse dinheiro na conta, mas ao mesmo tempo, dever igual quantia ao banco. No custa lembrar, ento, algo que vai ser importante para entendermos adiante a diferena entre passivo e despesa, bem como entre ativo e receita:

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    a) No um ATIVO grande, por si s, que vai indicar que minha SITUAO LQUIDA tambm grande ou est aumentando;

    b) No um PASSIVO enorme, por si s, que vai indicar que minha SITUAO LQUIDA pequena ou est diminuindo.

    Cabe tambm citarmos a definio de PASSIVO dada pelo CPC:

    Passivo uma obrigao presente da entidade, como resultado de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da entidade capazes de gerar benefcios econmicos.

    Pegando carona nas explicaes dadas em relao ao conceito de ativo, temos que, da mesma forma que no registramos intenes no ativo, no h registro de obrigao se s vou ficar devendo no futuro, pois se vou financiar uma casa algum dia, ficarei devendo apenas quando esse momento chegar. Quanto parte sublinhada no conceito, quando chegar a hora de liquidar a dvida, como regra, sero utilizados recursos capazes de gerar benefcios econmicos (pagarei em dinheiro => dinheiro ativo => logo, capaz de gerar benefcios econmicos).

    1.6 SITUAO LQUIDA Quando algum resolve comear uma empresa deve, necessariamente, entregar

    algum recurso para que a pessoa jurdica comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de algo para sair do papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos scios chamado de capital social, e sobre essa conta que vamos nos deter, em um primeiro momento, para sacramentar a ideia de que a SL quem vai evidenciar quanto do patrimnio efetivamente pertence ao scio.

    Imagine que Joo e Jos resolveram abrir uma empresa tendo, cada um, se comprometido a entregar R$ 50 em dinheiro para a formao do capital (com a promessa dos scios de que vo colocar recursos na empresa, surge a figura do capital subscrito).

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    Aps a entrega dos recursos, o capital enfim, passa a ser considerado como realizado ou integralizado, significando que o que foi prometido pelos scios acaba de ser cumprido. Imagine que pela manh eles abriram a empresa, subscrevendo e integralizando, em dinheiro, um capital de R$ 100. O patrimnio fica assim:

    ATIVO SITUAO LQUIDA Caixa--------100 Capital Social-------100

    Acontece que tarde eles se arrependem e decidem liquidar a empresa. Como no h dvidas, tudo o que existe no ativo pertence aos scios; sendo assim, cada um vai colocar no bolso os R$ 50 que entregaram na parte da manh.

    Agora imagine que aps a integralizao do Capital a empresa tenha obtido um emprstimo bancrio de R$100 mil. Teramos o seguinte Balano Patrimonial7:

    ATIVO PASSIVO Caixa 100 Emprstimos 100.000 Bancos 100.000 PL

    Capital Social 100 Ativo Total 100.100 Passivo Total 100.100

    Agora, caso resolvam acabar com a empresa, quanto cada scio vai botar no bolso? Simples, continua sendo o valor de R$ 50 para cada. Veja que o primeiro passo ser pagar todas as dvidas. Ora, usando o dinheiro da conta corrente para pagar a obrigao bancria, a empresa voltar situao de possuir apenas R$ 100 aplicados no caixa. Veja que o valor constante no ativo (patrimnio bruto) no pertence, efetivamente, ao scio, no faz parte de sua riqueza. Devemos diminuir do patrimnio bruto todas as dvidas e, a sim, chegamos ao que os scios colocaro no bolso no final das contas. Repetindo, a SITUAO LQUIDA que vai indicar:

    7 Demonstrao que mostra a situao patrimonial da entidade em determinada data. Por conveno, do lado esquerdo ficam as contas do

    Ativo, e do lado direito, as do Passivo e PL. A Lei n 6.404/76 (base da contabilidade) chama o lado direito do balano, composto de Passivo (dvidas) e Patrimnio Lquido, de PASSIVO. Como os dois lados do balano sempre tero o mesmo valor, diz-se que o ATIVO vai sempre bater com o PASSIVO TOTAL (termo que engloba o Passivo Exigvel e o PL).

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    a) a riqueza da entidade; b) quanto, efetivamente, o titular do patrimnio possui de recursos prprios; c) quanto, no final das contas, o scio bota no bolso caso ocorra a liquidao da empresa;

    d) se ao longo do tempo a pessoa est ficando mais rica ou mais pobre. Mas a SL no formada apenas do capital colocado inicialmente na empresa. Primeiro, porque a qualquer momento os scios podem aumentar esse capital mediante novos aportes, bem como diminui-lo. Segundo, porque outros fatores tambm influenciam na riqueza do proprietrio, sendo o mais conhecido deles, o lucro. Ora, se ao longo de suas operaes, a empresa tem mais receitas do que despesas, diz-se que obteve um lucro e tal resultado aumenta sua riqueza. Caso, entretanto, ocorra prejuzo em determinado perodo (despesas superiores s receitas) a SL da empresa fica menor.

    Outra coisa: quando ocorre lucro, a empresa pode aproveitar o bom momento e, por segurana, destinar parte dele para a constituio das reservas de lucros, guardando, assim, um pouco da gordura criada para usar, caso necessrio, em determinadas ocasies no futuro8. H, ainda no Patrimnio Lquido ( como chamamos a situao lquida quando ela positiva), outros tipos de reservas que no so originadas do lucro da companhia, as chamadas reservas de capital, bem como os ajustes de avaliao patrimonial, as aes em tesouraria e os prejuzos acumulados.

    Vejamos, por fim, que o CPC deu uma definio bem simples para o PL: Patrimnio Lquido o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus Passivos.

    Noves fora, temos o seguinte: PL igual a Ativo menos Passivo.

    8 H diversos tipos de Reservas de Lucros, cada uma criada com uma finalidade especfica.

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    1.7 ENTENDENDO O QUE H POR TRS DO LANAMENTO CONTBIL - Origens e Aplicaes e o Mtodo das Partidas Dobradas -

    Origens e Aplicaes

    A Contabilidade est toda pautada na ideia de que para toda aplicao, h uma origem. Se algo mexe com o patrimnio de algum, podemos garantir que houve, pelo menos, uma origem e uma aplicao em relao ao fato; por isso, diz-se que as origens sempre sero iguais s aplicaes eis porque os dois lados do Balano sempre so iguais. No exagero dizer que esse o fundamento que est por trs de toda a cincia contbil.

    Ora, se a Contabilidade a cincia voltada para o fornecimento de informaes sobre o patrimnio, no basta dizer, por exemplo, que houve o recebimento de R$ 100 em dinheiro ou o pagamento de R$ 200. Os R$ 100 vieram de onde? Os R$ 200 foram pagos a ttulo de qu? Perceba que o fornecimento de informaes deve acontecer de modo satisfatrio. Os R$ 100, com certeza, tiveram alguma origem (doao, venda vista, recebimento de um cliente, emprstimo obtido). Do mesmo modo, o valor de R$ 200 foi aplicado em alguma coisa (compra de um bem, emprstimo a algum, pagamento de uma dvida). Podemos garantir, ento, que quando ocorre um evento que altera o patrimnio, o chamado fato contbil, pelo menos dois itens so movimentados, existindo, assim, uma origem e uma aplicao.

    Inicialmente

    UNIGRAFIA => Registro do fato contbil levando em considerao que apenas um item do patrimnio era alterado. Exemplo:

    Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00 Fato 2) Houve sada de dinheiro de R$ 200,00

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    Com o avano da contabilidade...

    DIGRAFIA => Registro do fato contbil levando em considerao que pelo menos dois itens do patrimnio so movimentados.

    Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00, porque peguei emprestado de algum Fato 2) Houve sada de dinheiro de R$ 200,00, porque comprei um veculo vista

    A digrafia contbil mais conhecida como Mtodo das Partidas Dobradas e significa que uma conta registrada (partida) ter a companhia de outra (contrapartida), por isso, o termo partidas dobradas nada tem a ver com uma mesma coisa sendo feita duas vezes.

    J vimos que tudo na Contabilidade comea com o registro das ocorrncias que alteram o patrimnio e que, por causa da regra das origens e aplicaes, ocorrido um fato contbil, pelo menos duas contas so movimentadas, o que significa dizer que elas sofrero aumentos ou diminuies. Como vamos, ento, registrar os acrscimos e decrscimos ocorridos nas contas?

    Ser na forma de redao?

    Houve entrada de dinheiro de R$ 100, porque peguei emprestado de algum

    Houve sada de dinheiro de R$ 200, porque comprei um veculo vista

    Ser na base de sinais ou setas?

    + Dinheiro Caixa

    + Emprstimo Obtido Emprstimo + Veculos Veculos - Dinheiro Caixa

    Nada disso! Na Contabilidade, o registro dos aumentos e diminuies nas contas feito atravs das palavras Dbito e Crdito. Cabe alertar, desde j, que dbito e crdito, aqui, no possuem a conotao dada no cotidiano. So, isso sim, convenes adotadas para registrar os fatos (escolhidas, pense, em detrimento das setinhas, dos sinais e do estilo

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    redao). Para que no reste dvida, e mesmo que parea estranho, imagine que ao invs das palavras dbito e crdito poderiam ter sido escolhidas outras quaisquer (sol e lua ou sal e aucar) e, mesmo assim, a contabilidade continuaria funcionando normalmente. Entenda, ento, que para fins de escriturao:

    a) DBITO no significa algo ruim (nem bom); b) CRDITO no significa algo bom (muito menos ruim); c) So, simplesmente, convenes utilizadas para o registro dos aumentos e diminuies que ocorrem nas contas

    Seguindo o raciocnio que levar regra para registro dos fatos, houve a vinculao dos dbitos e crditos ideia das origens e aplicaes, j que tudo na Contabilidade funciona com base nessa premissa. Ficou convencionado, ento, que os crditos representariam as origens, e os dbitos as aplicaes.

    DBITOS = APLICAES CRDITOS = ORIGENS

    Passo seguinte foi a identificao do que seria origem e do que seria aplicao no patrimnio. De onde vm os recursos? De terceiros (emprstimos, por exemplo), dos proprietrios (capital social, reservas) e das receitas (uma doao, por exemplo, representa uma fonte de recurso). Passivo, PL e receitas representam, assim, as origens. Por sua vez, tais recursos so aplicados na compra de bens (mquinas, mercadorias, veculos), podem ser emprestados a algum (direitos) ou usados para pagamentos de servios ou consumos, as chamadas despesas; diz-se, por isso, que ativo e despesas representam as aplicaes. importante fixar que:

    ATIVO e DESPESAS=> APLICAES PASSIVO, PL e RECEITAS => ORIGENS

    Estava, assim, aberto o caminho para o lanamento contbil. Se as aplicaes correspondiam aos dbitos, era s debitar uma aplicao para que ela fosse aumentada, por

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    conta de sua natureza devedora. Ter natureza devedora significa, obviamente, gostar de dbitos, aumentando diante deles e no gostar de crdito, diminuindo diante dele. Com as contas de natureza credora acontece exatamente o contrrio.

    Como ativo e despesa representam uma aplicao, e uma vez convencionado que as aplicaes so os dbitos, temos que ativo e despesas possuem natureza devedora (adoram dbitos). Isso significa que para uma conta do ativo ou de despesa ser aumentada, debitamos referida conta (damos a ela o que ela gosta: dbitos). por isso que na Contabilidade, quando entra dinheiro na empresa, debitamos a conta caixa (caixa do ativo, e ativo adora dbitos!). Por seu turno, para diminuirmos uma conta do ativo, devemos credit-la (lembre que conta de natureza devedora detesta crditos). O raciocnio traado para a conta caixa pode ser estendido s demais contas do ativo (exceto s retificadoras, conforme adiante se ver).

    Perceba que o fato de uma conta adorar dbitos no significa que ela nunca ser creditada, por favor! Significa apenas que ela aumentar por meio de dbitos e diminuir atravs de crditos. As contas do ativo, vamos repetir at cansar, podem ser debitadas (para aumentar) ou creditadas (para diminuir). Caixa, por exemplo, cada vez que diminui creditada e nem por isso deixa de ser conta do Ativo.

    Como as contas do passivo, PL e receitas representam origens, e uma vez convencionado que as origens so os crditos, temos que passivo, PL e receitas possuem natureza credora (adoram crditos). Dito isso, voc j sabe, ento, que para aumentarmos uma conta de tais grupos, devemos creditar referida conta (afinal elas adoram crditos). Como adoram crditos, diante daquilo que no gostam (dbitos), elas diminuem. Como assim uma conta aumenta ou diminui?. Estamos nos referindo, obviamente, ao saldo das contas.

    Lembra que a Contabilidade trata do patrimnio? Pois bem, cada item desse patrimnio possui um valor (se no puder ser quantificado em bases confiveis, no ser alcanado pela Contabilidade). Quando compramos um carro, o saldo da contas veculos ser aumentado: se era zero, no mais. Se j existia algum valor, ele agora cresceu.

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    Aumentar ou diminuir uma conta significa, ento, aumentar ou diminuir o saldo existente em determinada conta, afinal, se um fato mexeu com uma, ela foi aumentada ou diminuda (no h uma terceira hiptese).

    Debitar e creditar muito simples. Basta que voc saiba quais contas tm natureza devedora e quais possuem natureza credora. Repetindo: as contas de natureza devedora adoram dbitos e detestam crditos; logo, dbito para aumentar e crdito para diminuir. As contas de natureza credora, por sua vez, adoram crditos e detestam dbitos; sendo assim, para aumentar, crdito, e para diminuir, dbito. Ativo e despesa tm natureza devedora e passivo, PL e receita possuem natureza credora. Pronto, voc j possui todo o instrumental para registrar os fatos contbeis. No esquea:

    Como Ativo e Despesa tm natureza devedora:

    Para AUMENTAR => Dbito

    Para DIMINUIR => Crdito

    Como Passivo, PL e Receita tm natureza credora:

    Para AUMENTAR => Crdito

    Para DIMINUIR => Dbito

    Pode causar estranheza, para quem est vendo o assunto pela primeira vez, o fato de algo bom (ativo) ter o mesmo funcionamento de algo ruim (despesas). A lgica, para alguns iniciantes, seria que toda a parte boa (ativo, PL e receitas) tivesse saldo credor e a parte ruim (passivo e despesas), saldo devedor. Desse modo, a sim, na entrada de dinheiro creditaramos caixa! Acontece que a contabilidade no est fundamentada em uma equao onde de um lado temos coisa boa e, do outro, coisa ruim. A lgica contbil, como dissemos, gira em torno da equao onde de um lado temos as origens (passivo, PL e receitas) e do outro as aplicaes (ativo e despesas). Como todas as origens possuem um mesmo mecanismo de funcionamento (seria ilgico imaginar parte funcionando de um jeito, parte de outro), passivo, PL e receitas seguem um mesmo caminho na escriturao. Da

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    mesma forma, enquanto aplicaes, ativo e despesas caminham juntos, ambos aumentando pelos dbitos e diminuindo pelos crditos.

    Chegamos a um ponto decisivo no nosso estudo. A regra para lanar simples, mas como estamos acostumados ideia de que dbito ruim e crdito bom, por vezes complicamos algo desnecessariamente. No confunda. Mire no seguinte:

    1) A contabilidade deve controlar o patrimnio; 2) Esse controle comea pelo registro de todos os fatos que alteram o patrimnio; 3) Registrar indicar que pelo menos duas contas foram movimentadas (aumentando ou diminuindo); 4) Esses aumentos e/ou diminuies so representados por dbitos e crditos que, por sua vez, so simples convenes contbeis. No representam, de modo algum, algo ruim ou bom;

    5) Cientes disso, para sabermos quando debitar ou creditar, devemos nos ater natureza das contas;

    6) Contas do ativo e de despesas tm natureza devedora, as do passivo, PL e receitas tm natureza credora;

    7) Por terem natureza devedora, contas do ativo e de despesas so aumentadas pelo dbito e diminudas pelo crdito;

    8) Por terem natureza credora, contas do passivo, PL e receitas so aumentadas ao serem creditadas e diminudas ao serem debitadas.

    Vamos, agora, treinar, lanando alguns fatos contbeis envolvendo apenas contas patrimoniais (ativo, passivo e PL), no valor hipottico de R$ 100:

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    Fatos envolvendo apenas contas do ATIVO/PASSIVO/PL

    01. Compra de mercadorias vista

    Para quem est comeando bom iniciar com fatos que envolvam entrada e sada de din