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R$ 3.00 EDIÇÃO NACIONAL ANO XVII NÚMERO 4103 TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2018 dci.com.br INDÚSTRIA 4.0 Copersucar investe no embarque de cargas A Copersucar investe na indústria 4.0: R$ 800 mil foram aplicados em um sistema para automatizar totalmente o embarque de cargas de açúcar no Porto de Santos (SP). PÁGINA 6 DIVULGAÇÃO Importação irregular de motopeças MERCADO A importação de produtos não conformes e variação do dólar pressionam a indústria de componentes para motocicletas. A maior parte de produtos irregulares tem origem chinesa e movimento protecionista dos EUA pode piorar situação. “Há preocupação com importações ilegais e superfaturadas e isso deve piorar com a guerra comercial entre EUA e China”, diz o presidente do Sicetel, Danielle Pesteli. PÁGINA 5 PT pode transferir menos para Haddad Com de 37,3% de intenções de voto, Lula segue à frente na dis- puta presidencial, mesmo pre- so, mostra pesquisa CNT/MDA divulgada ontem. Mas registra transferência de votos relativa- mente baixa para o plano B do PT, Fernando Haddad. PÁGINA 8 Ainda pairam dúvidas sobre regras de acordos Cada vez mais expostos na mídia, os acordos de colabora- ção firmados entre empresas e algum poder público ainda ge- ram dúvidas. Especialistas se movimentam para responder a empresários. PÁGINA 9 MERCADOS DÓLAR PTAX 1 3,9430 (R$) +0,0041 (R$) +0,10% EURO 1 4,5112 (R$) +0,0169 (R$) +0,38% OURO 1 150,70 (R$/Grama) +3,55 (R$/Grama) +2,41% ÍNDICE BOVESPA 1 76.327 (Pontos) +299 (Pontos) +0,39% PETRÓLEO WTI 1 66,43 (US$/Barril) +0,52 (US$/Barril) +0,79% CAFÉ ALTA MOGIANA 5 410,34 (R$/Saca) -4,90 (R$/Saca) -1,18% Recuperação da economia criaria ‘apagão’ de imóveis CONSTRUÇÃO Um crescimento mais inten- so da economia em 2019 ou 2020 pode gerar um “proble- ma sério” de falta de imóveis residenciais no País, avalia a Câmara Brasileira da Indús- tria da Construção (CBIC). O diagnóstico foi traçado du- rante divulgação de indicadores da construção civil no segundo trimestre. No período, o número de unidades vendidas (29,9 mil, alta de 32% em um ano) superou mais uma vez a quantidade de lançadas (25,4 mil, um salto de 19,9%). Se considerado o primei- ro semestre, as vendas avança- ram 29%, frente um avanço de 2% nos lançamentos. O quadro diminuiu os estoques para 124,7 mil unidades em ju- nho ante 145,6 mil um ano antes (-14,4%). Presidente da CBIC, Jo- sé Carlos Martins considerou os dados positivos, mas alertou so- bre “risco de se desequilibrar pa- ra a falta de imóveis quando o Brasil tiver uma puxada [positi- va] na economia.” Presidente da Comissão de In- dústria Imobiliária da entidade, Celso Petrucci seguiu o mesmo caminho. “Digamos que o presi- dente eleito seja comprometido com as reformas e o crescimento: se ocorrer, em 2019 ou 2020, um crescimento [do PIB] de 1,5% em um ano e no outro 3%, vai faltar imóvel no mercado.” Petrucci citou como exemplo o ano de 2010, “quando saímos de perda de 0,1% do PIB para cresci- mento de 7,5%”. Na ocasião, o es- toque de imóveis atingiu níveis baixíssimos e impactou preços, que “cresceram de 35% a 40% na cidade de São Paulo.” PÁGINA 4 ELEIÇÃO COLABORAÇÃO Para ajustar contas, governadores deverão buscar capital privado Capitalizada, Caixa pode expandir sua carteira de crédito comercial Capitalizada pela incorporação de 75% de seu lucro líquido recorde de R$ 6,7 bilhões no pri- meiro semestre de 2018, a Caixa Econômica Federal terá mais capacidade de expandir sua carteira de empréstimos comerciais no próxi- mo ano, apontou o vice-presidente de Finan- ças, Arno Meyer. PÁGINA 10 DESTAQUES Aporte em infra sobe 3% em 2018, mas é 32% menor que em 2014 Ainda distante dos R$ 166,5 bilhões investidos em infraestrutura em 2014, os canteiros de obras estruturais no País devem receber R$ 113,7 bilhões este ano. A cifra, aquém do ne- cessário para as demandas brasileiras é 2,9% maior que o aplicado ano passado, segundo levantamento da Abdib. PÁGINA 4 Volume de vendas no varejo registra alta de 1,8% em julho Vendas no varejo mantiveram o crescimento modesto em julho. Segundo o SpendingPulse, excluindo as vendas de automóveis e mate- riais de construção, o volume de vendas totais do mês cresceu 1,8%, se comparado ao mesmo período de 2017. A média dos últimos três me- ses é positiva, com alta de 1,2%. PÁGINA 7 Rede cearense de sorvetes abre 10 lojas em São Paulo Com 12 unidades em funcionamento na Região Nordeste do Brasil, a rede de sorveterias San Paolo Gelato tem como foco expandir suas operações para a cidade de São Paulo nos próximos três anos. Até 2021, a expectativa é investir R$ 10 milhões com a abertura de mais dez unidades na capital paulista. PÁGINA 7 DIVULGAÇÃO Governadores eleitos em outubro terão que li- dar com dificuldades semelhantes em todos os estados, como a necessidade de ajuste fiscal e busca por aumento de suas receitas. Com o ICMS prejudicado pela lenta recuperação eco- nômica, próximos governadores terão de atrair novas empresas e investidores. PÁGINA 3 82 % Do volume importado, de 2013 a 2018, de kits de transmissão – componente que transfere o movimento do motor para a roda traseira – estiveram abaixo do valor mínimo, considerando custo do aço na China e insumo na fabricação.

21 DE AGOSTO DE 201 8 Recuperação da economia criaria ... - Crescimento de... · Ainda distante dos R$ 166,5 bilhões investidos em infraestrutura em 2014, os canteiros de obras

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R$ 3.00EDIÇÃO NACIONAL

ANO XVII � NÚMERO 41 0 3

T E R Ç A- F E I R A ,21 DE AGOSTO DE 20 1 8

dci.com.br

INDÚSTRIA 4.0

Copersucar investe noembarque de cargas

A Copersucar investe na indústria 4.0:R$ 800 mil foram aplicados em umsistema para automatizar totalmenteo embarque de cargas de açúcar noPorto de Santos (SP). PÁGINA 6

D I V U L G AÇ ÃO

Impor taçãoirregular dem o t o p e ç asM E RCA D O

�A importação de produtos não conformese variação do dólar pressionam a indústriade componentes para motocicletas. A maiorparte de produtos irregulares tem origemchinesa e movimento protecionista dos EUApode piorar situação. “Há preocupação comimportações ilegais e superfaturadas e issodeve piorar com a guerra comercial entreEUA e China”, diz o presidente do Sicetel,Danielle Pesteli. PÁGINA 5

PT pode transferirmenos paraHaddad

�Com de 37,3% de intenções devoto, Lula segue à frente na dis-puta presidencial, mesmo pre-so, mostra pesquisa CNT/MDAdivulgada ontem. Mas registratransferência de votos relativa-mente baixa para o plano B doPT, Fernando Haddad. PÁGINA 8

Ainda pairamdúvidas sobreregras de acordos

�Cada vez mais expostos namídia, os acordos de colabora-ção firmados entre empresas ealgum poder público ainda ge-ram dúvidas. Especialistas semovimentam para responder aempresários. PÁGINA 9

M E RCA D O S

DÓLAR PTAX

�13 , 94 3 0

(R$)

+ 0 , 0 0 41(R$)

+ 0 ,1 0 %

EU R O

�14 , 51 12

(R$)

+ 0 , 0 1 69(R$)

+0,38%

OURO

�11 5 0 ,70

( R $ /G ra m a )

+ 3 , 55( R $ /G ra m a )

+ 2 ,41 %

ÍNDICE BOVESPA

�176 . 327(Pontos)

+ 299(Pontos)

+ 0 , 39 %

PETRÓLEO WTI

�16 6 ,4 3

(US$/Barril)

+ 0 , 52(US$/Barril)

+ 0 ,79 %

CAFÉ ALTAMOGIANA

�541 0 , 3 4( R $ /S ac a )

-4,90( R $ /S ac a )

-1,1 8 %

Recuperação da economiacriaria ‘apagão’ de imóveisC O N ST R U Ç ÃO

�Um crescimento mais inten-so da economia em 2019 ou2020 pode gerar um “proble -ma sério” de falta de imóveisresidenciais no País, avalia aCâmara Brasileira da Indús-tria da Construção (CBIC).

O diagnóstico foi traçado du-rante divulgação de indicadoresda construção civil no segundotrimestre. No período, o númerode unidades vendidas (29,9 mil,alta de 32% em um ano) superoumais uma vez a quantidade delançadas (25,4 mil, um salto de19,9%). Se considerado o primei-ro semestre, as vendas avança-

ram 29%, frente um avanço de2% nos lançamentos.

O quadro diminuiu os estoquespara 124,7 mil unidades em ju-nho ante 145,6 mil um ano antes(-14,4%). Presidente da CBIC, Jo-sé Carlos Martins considerou osdados positivos, mas alertou so-bre “risco de se desequilibrar pa-ra a falta de imóveis quando o

Brasil tiver uma puxada [positi-va] na economia.”

Presidente da Comissão de In-dústria Imobiliária da entidade,Celso Petrucci seguiu o mesmocaminho. “Digamos que o presi-dente eleito seja comprometidocom as reformas e o crescimento:se ocorrer, em 2019 ou 2020, umcrescimento [do PIB] de 1,5% em

um ano e no outro 3%, vai faltarimóvel no mercado.”

Petrucci citou como exemplo oano de 2010, “quando saímos deperda de 0,1% do PIB para cresci-mento de 7,5%”. Na ocasião, o es-toque de imóveis atingiu níveisbaixíssimos e impactou preços,que “cresceram de 35% a 40% nacidade de São Paulo.” PÁGINA 4

E L E I Ç ÃO

C O L A B O R AÇ ÃO

Para ajustar contas, governadoresdeverão buscar capital privado

Capitalizada, Caixa pode expandirsua carteira de crédito comercial

Capitalizada pela incorporação de 75% de seulucro líquido recorde de R$ 6,7 bilhões no pri-meiro semestre de 2018, a Caixa EconômicaFederal terá mais capacidade de expandir suacarteira de empréstimos comerciais no próxi-mo ano, apontou o vice-presidente de Finan-ças, Arno Meyer. PÁGINA 10

DE STAQUE S

Aporte em infra sobe 3% em 2018,mas é 32% menor que em 2014

Ainda distante dos R$ 166,5 bilhões investidosem infraestrutura em 2014, os canteiros deobras estruturais no País devem receber R$113,7 bilhões este ano. A cifra, aquém do ne-cessário para as demandas brasileiras é 2,9%maior que o aplicado ano passado, segundolevantamento da Abdib. PÁGINA 4

Volume de vendas no varejoregistra alta de 1,8% em julho

Vendas no varejo mantiveram o crescimentomodesto em julho. Segundo o SpendingPulse,excluindo as vendas de automóveis e mate-riais de construção, o volume de vendas totaisdo mês cresceu 1,8%, se comparado ao mesmoperíodo de 2017. A média dos últimos três me-ses é positiva, com alta de 1,2%. PÁGINA 7

Rede cearense de sorvetesabre 10 lojas em São Paulo

Com 12 unidades em funcionamentona Região Nordeste do Brasil, a rede

de sorveterias San Paolo Gelatotem como foco expandir suasoperações para a cidade de São

Paulo nos próximos três anos.Até 2021, a expectativa é investirR$ 10 milhões com a abertura demais dez unidades na capitalpaulista. PÁGINA 7D I V U L G AÇ ÃO

Governadores eleitos em outubro terão que li-dar com dificuldades semelhantes em todosos estados, como a necessidade de ajuste fiscale busca por aumento de suas receitas. Com oICMS prejudicado pela lenta recuperação eco-nômica, próximos governadores terão deatrair novas empresas e investidores. PÁGINA 3

82 %� Do volume importado, de 2013 a 2018, dekits de transmissão – componente quetransfere o movimento do motor para aroda traseira – estiveram abaixo do valormínimo, considerando custo do aço naChina e insumo na fabricação.

Negócios I n d ú st r i aDIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 20 1 8 A5

Componentes como kits de transmissão chegam ao Brasil sem atender normas técnicas ou pagartributos adequados, gerando uma situação de concorrência desleal com fabricantes locais

Crescimento de importação irregularpressiona o mercado de motopeçasDUAS RODAS

Ricardo CasarinSão Paulor i c a r d o c asa r i n @ d c i . c o m . b r

� A importação de produtosnão conformes e variação dodólar pressionam a indústriade componentes para motoci-cletas. De acordo com entida-de, maior parte de produtos ir-regulares tem origem chinesae movimento protecionistados EUA pode piorar situação.

“Existe a preocupação comimportações ilegais e subfa-turadas. É possível que devi-do às tarifas do governo deDonald Trump, a China ex-panda para mercados emer-gentes, tentando vender maisprodutos vinculados ao açono Brasil”, avalia o presidentedo Sindicato Nacional da In-dústria de Trefilação e Lami-nação de Metais Ferrosos (Si-cetel), Danielle Pesteli.

A entidade realizou um es-tudo sobre a importação dekits de transmissão, compo-nente responsável por trans-ferir o movimento do motorpara a roda traseira, e con-cluiu que entre 2013 e 201882% do volume tinha um va-lor abaixo do mínimo, levan-do em conta o custo de açona China e a matéria-primaempregada na fabricação.

O advogado da empresaEBFVAZ, Eduardo Ribeiro Au-gusto, explica que muitas ve-zes a irregularidade decorrede uma fraude no recolhi-

mento de imposto sobre a im-portação. “Através do subfatu-ramento, o importador pagaimposto sobre um valor menordo que o verdadeiro. Isso per-mite um preço extremamentecompetitivo e mata a indústrian a c i o n a l .” Fabricante de peçasde automóveis e motocicletas,a EBFVAZ ressalta que não seopõem às importações, apenasaquelas que não são feitasdentro da legalidade. “Não so-mos contra, desde que pratica-da de forma leal. A prática pormá fé ou ignorância de um có-digo tarifário ilegítimo contri-bui para uma desindustrializa-ção do setor. Além disso, sãoprodutos que não atendem a

p re p a ra d o s.” Através dos da-dos apurados em seu estudo, aSicetel pretende municiar au-ditores e técnicos para detec-tar desvios que afetam toda acadeia metalomecânica e side-rúrgica. “É uma iniciativa paraatuarmos na defesa comercialcontra importações ilegais esubfaturadas que não atendemos requisitos técnicos básicos”,declara Pestelli.

Desempenho do setorPestelli afirma que o desempe-nho do setor está inferior àsexpectativas. “A atividade in-dustrial é menor do que o es-perado. A greve dos caminho-neiros afetou razoavelmente omercado. A indústria de trans-formação caiu muito entre2014 e 2017, mais de 20%, equalquer crescimento vai sermuito pequeno. Dificilmenteserá maior do que 2,5%.”

O presidente do Sicetel ex-plica que o preço do aço é umadas principais preocupações.“Por conta da valorização dodólar, nós já tivemos duas on-das de aumento, que totaliza-ram cerca de 20%. As siderúr-gicas estão aventando apossibilidade de mais uma,por volta do mês do outubro.”

Coser aponta para o fato davariação cambial puxar o pre-ço apenas para cima. “Se o dó-lar sobe, o preço do aço sobe.Se o dólar cai, o preço ficaigual. A empresa compra umachapa de aço, o câmbio varia ejá tem um impacto, não conse-gue repassar o preço para ga-rantir sua margem.”

Incêndio para refinaria da Petrobras

PE TRÓLEO

Da Redação e AgênciaSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

� Um incêndio de grandesproporções em instalações damaior refinaria da Petrobras,em Paulínia (SP), paralisou asatividades no local desde a ma-drugada de segunda-feira (20),mas a empresa informou queconseguirá garantir o abaste-cimento no curto prazo.

"A Petrobras conta com es-toque e produção das demaisrefinarias para garantir aoferta de combustíveis aosseus clientes. O incêndioatingiu parte de uma das uni-dades de craqueamento cata-lítico e de uma das unidadesde destilação atmosférica,que fazem parte do processode refino de petróleo, mas aextensão dos danos aindapassará por avaliação deta-lhada", afirmou a estatal emnota à Reuters. Mais cedo, odiretor-executivo de Refino eGás Natural da companhia,Jorge Celestino, já havia co-mentado que "não é para sepreocupar com abastecimen-

to por uns 15 dias". Com pro-dução correspondente a apro-ximadamente 20% de todo orefino de petróleo no Brasil, aReplan tem capacidade paraprocessar 69 mil metros cúbi-cos por dia, o equivalente a 434mil barris, de acordo com in-formações no site da empresa.O refino de petróleo no Brasilatingiu 1,82 milhão de barrisao dia em junho, segundo da-dos mais recentes da regulado-ra ANP. Conforme Celestino, oincêndio em Paulínia foi "sé-rio", mas não deixou vítimas."Nossas equipes estão no local

avaliando o acidente. Nãohouve vítimas e isso tem umvalor enorme para nós", decla-rou, por telefone.

O coordenador regional doSindipetro Unificado de SãoPaulo, Gustavo Marsaioli, afir-mou que a unidade que pegoufogo havia acabado de passarpor manutenção. "Por sorteera horário de refeição e nãohavia gente no campo. Foi umacidente sério, de proporções,e não deve ser resolvido emmenos de uma semana". Eleconfirmou informação da Pe-trobras de que os estoques dePaulínia estão elevados, e disseque outras unidades de refinodo Estado operavam com ca-pacidade de cerca de 70%. "Háfolga para compensar, e os es-toques em Paulínia estão paramais de uma semana", disseMa r s a i o l i .

Procurada, a Agência Nacio-nal do Petróleo, Gás Natural eBiocombustíveis (ANP) infor-mou que destacou um grupopara acompanhar o incidente.

"A nossa equipe está acom-panhando para ver causas queestão sendo apuradas pela Pe-trobras e consequências", dis-se à Reuters o diretor geral dareguladora, Décio Oddone.

Linha de produção da EBFVAZ: impactos do protecionismo norte-americano preocupam o setor

TST cassaliminar queimpedia leilão

ELE TROBRAS

�O presidente do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST), mi-nistro João Batista Brito Perei-ra, cassou nesta segunda-feiraa liminar concedida pelo Tri-bunal Regional do Trabalho da1ª Região (TRT-1), que impe-dia o leilão de distribuidorasda Eletrobras.

Conforme decisão a que aReuters teve acesso, o magis-trado acatou recurso da Ad-vocacia-Geral da União(AGU), que na sexta-feira en-trou com recurso no TST pa-ra derrubar a decisão doTRT-1. Na semana passada, aEletrobras alterou o crono-grama de desestatização desuas distribuidoras e reagen-dou o leilão da empresa queatua no Amazonas para 26 desetembro, ao passo que o cer-tame das companhias comoperações em Rondônia, Ro-raima e Acre foi mantido para30 de agosto. Já a venda daCeal, de Alagoas, permanecesuspensa em razão de outradecisão judicial. /Re u t e r s

norma técnica e colocam emrisco o consumidor”, apontaAugusto. Ele também acreditaque a decisão dos Estados Uni-dos de tarifar o aço pode au-mentar o volume das importa-ções. “Com outros mercadosfechando as portas, o Brasil setorna bastante promissor.”

O diretor geral da Coser,Delvino Coser, avalia que faltafiscalização ao setor. “Eu im-porto tudo regularmente e nãoconsigo vender no Brasil, por-que a concorrência é desleal.Somado ao dólar alto, deixoude valer a pena comprar peçasde fora.” Ele explica que a em-presa, especializada na fabri-cação de motopeças, costuma-

va importar a corrente do kitde transmissão, mas que oproduto nacional tornou-semais barato. “Se as importa-ções do mercado fossem 100%legais, valeria a pena. Mas dojeito que está, fica difícil.”

Coser conta que enquantogasta com ensaios de aprova-ções junto ao Instituto Nacio-nal de Metrologia, Qualidade eTecnologia (Inmetro), concor-rentes seguem atuando compeças não conformes. “O In-metro precisa atestar a quali-dade do aço e dos equipamen-tos. Poucas empresas do Brasiltem essa habilitação. Quandouma fiscalização mais efetivacomeçar ocorrer, vamos estar

D I V U L G AÇ ÃO

Confiança doempresáriom e l h o ra

I N D I CA D O R

� O empresário industrial vol-ta a mostrar confiança, aindaque pequena, revela a Confe-deração Nacional da Indústria(CNI). O Índice de Confiançado Empresário Industrial(Icei) alcançou 53,3 pontos emagosto, um crescimento de 3,1pontos em relação a julho.

O dado é superior aos dosúltimos dois meses. Mesmoassim, pondera a CNI, aindaé inferior ao registrado emmaio deste ano, antes da pa-ralisação dos serviços detransporte rodoviário, ocorri-da no fim daquele mês.

"A atividade industrial vemse normalizando, após a gre-ve dos caminhoneiros. Alémdisso, estamos entrando emum período do ano no qual éusual termos maior atividadeeconômica. Contudo, as in-certezas eleitorais e a tabelade preços mínimos de freteimpedem uma confiançamaior", afirma o economistada CNI, Marcelo Azevedo./Estadão Conteúdo

ESTADÃO CONTEÚDO

Estatal está apurando danos nasinstalações de Paulínia (SP)

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